Enciclopédia de I Samuel 14:48-48

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 14: 48

Versão Versículo
ARA Houve-se varonilmente, e feriu os amalequitas, e libertou a Israel das mãos dos que o saqueavam.
ARC E houve-se valorosamente, e feriu aos amalequitas: e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
TB Houve-se valorosamente, destroçou os amalequitas e livrou a Israel das mãos dos que o despojavam.
HSB וַיַּ֣עַשׂ חַ֔יִל וַיַּ֖ךְ אֶת־ עֲמָלֵ֑ק וַיַּצֵּ֥ל אֶת־ יִשְׂרָאֵ֖ל מִיַּ֥ד שֹׁסֵֽהוּ׃ ס
BKJ E ele reuniu um exército, e feriu os amalequitas, e livrou Israel das mãos daqueles que os espoliavam.
LTT E ele fez um exército, e feriu aos amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
BJ2 Realizou proezas de valentia, bateu os amalecitas e livrou Israel das mãos dos que o pilhavam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 14:48

Êxodo 17:14 Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué: que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
Deuteronômio 25:19 Será, pois, que, quando o Senhor, teu Deus, te tiver dado repouso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor, teu Deus, te dará por herança, para possuí-la, então, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças.
I Samuel 15:3 Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
2. A Grande Vitória de Jônatas (1Sm 14:1-15)

Como as coisas já estavam assim há algum tempo, Jônatas tomou o seu pajem de armas e cruzou o vale para o lado dos filisteus, a cerca de cinco quilômetros do acampa-mento de Saul em Migrom, no distrito de Geba (2), sem deixar que alguém soubesse de seus planos. Uma vez mais nos é dito que o exército de Saul contava apenas com seis-centos homens, e também está dito que com eles estava Aias (3), bisneto de Eli, que usava o éfode sacerdotal (cf. 2.18, comentário). Aias é provavelmente o próprio Aimeleque, mais tarde assassinado por Saul (22.9).

A passagem onde Jônatas abordou a guarnição dos filisteus está bem marcada com um rochedo agudo de cada lado; aquele que está mais ao norte é conhecido como Bozez (provavelmente o nome deriva de uma raiz que quer dizer "brilhante"), e o que está mais ao sul é conhecido como Sené ("espinheiro, ou arbusto espinhoso"). Diz-se que o General Allenby, durante a Primeira Guerra Mundial, enviou um esquadrão entre esses mesmos penhascos para surpreender e capturar um exército turco. Estes incircuncisos (6), um epíteto usado em particular com referência aos filisteus, que, após virem do oeste, não praticavam a circuncisão como o faziam os povos semitas. Nenhum impedimento — isto é, "nenhuma limitação, nenhum obstáculo". Deus pode agir para e com o seu povo sem levar em conta o seu número, quer sejam muitas pessoas, quer poucas. A fé atreve-se a coisas impossíveis quando tem em vista "o invisível" (Hb 11:27). Tais palavras bem poderiam ser o lema da igreja em tempos como estes.

A natureza da condição de ação de Jônatas era algo como "um velo de lã" (cf. Jz 6:36-40). Sob circunstâncias normais, seria altamente improvável que uma guarnição militar, quando desafiada, convidasse os desafiadores: Subi a nós (10). Nos descobriremos (8), isto é, "nos mostraremos". Os filisteus supuseram que eles lidavam com dois desertores que tinham saído das cavernas em que se tinham escondido (11). Com a confiança de que Deus havia verificado a sua liderança pelas palavras que lhes foram ditas pelos inimigos, Jônatas e o seu pajem rapidamente subiram até onde os desavisados soldados filisteus esperavam para ensinar-lhes (12) uma lição. Com a vantagem da surpresa, Jônatas e o seu companheiro rapidamente dominaram a guarnição e mataram uns vin-te homens (14). Quase no meio de uma jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar — o texto em hebraico aqui é muito difícil, mas a versão em português provavelmente traduz o significado, ou seja, que a ação teve lugar em uma área tão grande quanto uma junta de bois poderia arar em um dia.

Na ocasião deste ousado ataque, ainteceu um terremoto tão severo que houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo (15). Era tremor de Deus. O texto hebraico deixa claro que o Senhor, e não apenas um terremoto comum, era a causa do terror do inimigo, embora a versão em português não traduza claramente este fato. O pânico não se limitou ao povo, mas afetou também a guarnição e os destruidores, supostamente soldados cuidadosamente escolhidos e amadurecidos.

"Deus é sempre maior do que as circunstâncias"; este é o ensinamento nas palavras de fé de Jônatas: Pois com o Senhor não existe impedimento para salvar com muitos ou com poucos (6). Nos versículos 4:14 vemos: (1) circunstâncias desencorajadoras, 4,5; (2) uma fé crescente, 6; (3) um companheiro corajoso, 7; (4) um claro sinal, 8-12; (5) uma vitória poderosa, 13,14.

3. O Voto Precipitado de Saul e os seus Resultados (14:16-46)

As sentinelas de Saul relataram a fuga dos filisteus e o fato de que na sua confusão eles atacavam os seus próprios companheiros. Se derramava (16), literalmente signifi-ca "moviam-se de um lado para o outro". Saul ordenou a vinda da arca de Deus (18) — a Septuaginta diz "o éfode", o que estaria de acordo com o comentário de Saul: Retira a tua mão (19). Aparentemente o éfode sacerdotal continha um bolso no qual eram guar-dados o Urim e o Tumim, os pequenos objetos religiosos usados para determinar, ao lançar a sorte, a vontade de Deus. Não existe menção do uso deste meio de determinação da liderança de Deus depois do reinado de D vi. A maneira exata como se usavam esses objetos não é conhecida (cf. também 1Sm 23:6, comentário). Neste caso, a típica impaciência de Saul fez com que ele não estivesse disposto a esperar pela consulta de Mas. Naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel (18) é uma afirmação que explica uma condição que já não existia na época em que o registro foi escrito. Portanto, indica uma data muito posterior para a escrita do relato, provavelmente após a arca ter sido guardada no Templo em Jerusalém.

Saul rapidamente aproveitou-se da confusão nos exércitos inimigos e uniu-se à bata-lha. O seu pequeno contingente teve os reforços dos grupos daqueles hebreus que esta-vam com os filisteus (21) e de todos os homens de Israel que se esconderam (22). A natureza humana parece ser assim. Se alguém assume a liderança e conduz um grupo à vitória, há muitos que se juntarão às linhas e se unirão ao lado vencedor. É possível que o autor quisesse usar os termos "hebreus" e "israelitas" no versículo 21 com diferentes senti-dos. "Hebreu" era o termo mais amplo, e, embora todos os israelitas fossem hebreus, nem todos os hebreus eram israelitas. Com o uso posterior, as duas palavras se tornaram sinônimas. Livrou o Senhor a Israel (23) — o escritor enxerga claramente a vitória com-pleta como um dos atos salvadores de Deus. A Bete-Áven — literalmente, "além de Bete-Áven" (cf. 31). Bete-Áven estava a oeste de Micmás, em direção à região dos filisteus.

No entanto, a vitória foi limitada pela proibição precipitada de Saul de que o povo se alimentasse até o entardecer depois que a batalha tivesse terminado em completo triunfo. O rei pode ter estado interessado em evitar atrasos ou, mais provavelmente, devido à linguagem utilizada, teria imposto a restrição como um jejum religioso. De qualquer for-ma, os resultados foram prejudiciais (24-26) 12. Todo o povo (25) — leia-se "o povo". Jônatas não fora informado e, sem sabê-lo, transgrediu o juramento ou a proibição (27-31). Tam-bém com fome, o povo começou a comer os despojos da sua batalha, sem retirar o sangue e oferecê-lo em sacrifício, como a lei ordenava (32; Lv 17:10-14,28; 19.26; Dt 12:16).

Ao tomar conhecimento do pecado ritual do povo, Saul edificou um altar onde os requisitos da lei pudessem ser cumpridos (33-35) — Este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor (35), e que também serviu para comemorar a sua vitória. O objetivo de Saul era o de prosseguir com a sua vitória depois que o povo tivesse comido. O povo estava disposto a acompanhá-lo, mas o sacerdote Mas, talvez ao pressentir a insatisfa-ção divina, sugeriu: Cheguemo-nos aqui a Deus (36). Porque o Senhor não respon-deu à sua consulta, Saul concluiu que alguém teria pecado e jurou a morte ao culpado, ainda que seja em meu filho Jônatas (39). Como ninguém do exército delatou Jônatas, o processo de eliminação, com o uso dos dois objetos sagrados, foi usado, e Jônatas foi exposto como o culpado (39-43). Quando Saul estava prestes a cumprir o seu juramento, o povo interveio, baseado em que o seu filho com Deus fez isso, hoje

(45). Assim, o povo livrou a Jônatas — a palavra em hebraico é padah, "resgatar ou redimir", provavelmente através de sua substituição pelo sacrifício de algum animal (Gn 22:13; Êx 13:13-34.20). O final desta fase da guerra (que foi concluída posterior-mente) está marcado pelo versículo 46.

4. Resumo do Reinado de Saul (1Sm 14:47-52)

Estes versículos resumem os feitos militares de Saul e descrevem os seus relaciona-mentos familiares As suas campanhas o levaram contra Moabe na direção sudeste (veja mapa), contra os amonitas para o leste, contra os edomitas além de Moabe para o sul e para o leste, contra os reis de Zobá para o norte além de Damasco e contra os filisteus para o oeste (47). A campanha contra os amalequitas (48) está descrita com detalhes no próximo capítulo.

A família imediata de Saul consistia de sua esposa Ainoã; dos seus filhos Jônatas, Isvi, e Malquisua; e das suas filhas Merabe e Mical. O seu tio Abner era o general do exército (50), o comandante. Os inimigos persistentes de Saul eram os filisteus, contra quem ele permaneceu em conflito durante toda a sua vida. Para manter fortalecidos os seus exérci-tos, ele seguiu a política do alistamento militar conforme Samuel havia previsto em 1Sm 8:11.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 14 versículo 48
Houve-se varonilmente:
Outra tradução possível:
reuniu um exército.1Sm 14:47-48 Os povos aqui mencionados circundavam completamente as fronteiras de Israel:
Amom e Moabe, a leste; Edom, a sudeste; os amalequitas, a sudoeste; os filisteus, a oeste; e Zobá, ao norte. Ver o Índice de Mapas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
*

14:1

Porém não o fez saber a seu pai. Jônatas, ao resolver não contar ao seu pai a respeito do seu plano ousado, talvez dê a entender sua falta de confiança neste (conforme a reação semelhante de Abigail diante da atitude do marido Nabal em 25.19).

14:3

filho de Aitube, irmão de Icabode. A presença de um membro da casa sacerdotal de Eli, rejeitada por Deus (2,30) no arraial de Saul traz à memória a rejeição recente da própria casa real de Saul.

trazia a estola sacerdotal. A presença no arraial de Saul da estola sacerdotal, que era usada para indagar a vontade de Deus (2.28 nota), encoraja a expectativa de que a usará para pedir a orientação divina, conforme fez Davi em data posterior (23.9-12; 30:7-8). Nesse caso, no entanto, Saul deixa por conta de Jônatas a tarefa de descobrir a vontade do Senhor (v. 10, nota). No v. 19 (nota) Saul demonstra uma falta de respeito para com a estola sacerdotal; e, mais tarde, ataca de modo selvagem aqueles cujo dever é cuidar da estola sacerdotal e zelar pelo seu devido uso (22.18; conforme 21.19). No fim, os esforços de Saul para descobrir a vontade do Senhor recebem só o silêncio como resposta (28.6, nota).

* 14:4

Bozez... Sené. Esses nomes significam, possivelmente, "escorregadio" e "espinhoso" e assim dramatizam o desafio que Jônatas tinha diante dele.

* 14:6

incircuncisos. Os incircuncisos eram pessoas que, assim como os filisteus, estavam fora da aliança com Deus (Gn 17:14; Êx 12:48; Jz 14:3; 15:18).

para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar. Compare a confiança de Davi em 17.47. Embora o narrador não ofereça nenhuma crítica à desculpa de Saul em 13.11 (que "o povo ia se espalhando," etc.), a confissão corajosa de Jônatas serve de comentário indireto sobre a mediocridade daquela desculpa.

* 14:10

Isto nos servirá de sinal. Jônatas não quer adiantar-se sem a aprovação do Senhor. Nisto, é mais fiel do que o seu pai, que parece demonstrar cada vez menos compromisso com a busca da orientação divina (13 8:15-14.18, 19, 36 e notas).

* 14:11

hebreus. Ver nota em 4.6.

* 14:18

arca de Deus. Ver referência lateral. A Septuaginta (antiga tradução grega do Antigo Testamento) contém o termo "estola sacerdotal" o que é provavelmente correto, pois essa estola sacerdotal estava claramente presente em Gibeá (v. 3, nota) e era usada para inquirir do Senhor (2.28, nota). O texto existente em hebraico, "arca," é duvidoso, porque a arca estava em Quiriate-Jearim nessa ocasião (7.1,2); nunca é dito que a arca foi usada como meio de obter uma mensagem divina; e tocar na arca (conforme v. 19) resultava em morte (6.19; 2Sm 6:6, 7).

* 14:19

Desiste. Ao mandar o sacerdote deixar de fazer uso do instrumento mediante o qual a vontade do Senhor, poderia ter sido determinada, Saul assume sobre si mesmo a responsabilidade pelos acontecimentos (conforme 13.9).

* 14:21

hebreus. Ver nota em 4.6.

* 14:24

angustiados naquele dia. Esse é um relato de algo que aconteceu anteriormente naquele mesmo dia, ou seja: depois de Jônatas sair para atacar os filisteus (vs. 13,
14) mas antes de Saul entrar na batalha (v. 20).

porquanto Saul. Isto também pode significar "assim Saul", significando que Saul colocou o povo sob um juramento por causa da tristeza deles, e não que a tristeza houvesse sido causada por aquilo que Saul disse ao povo.

* 14:27

Jônatas, porém, não tinha ouvido. Isso provavelmente porque saíra do arraial antes do juramento ter sido imposto (v. 24, nota).

* 14:29

Meu pai turbou a terra. A falta de confiança de Jônatas em seu pai implícita na exclusão dele de seus planos (v. 1) agora passa a ser uma condenação aberta da ação estulta do seu pai ao submeter o povo a um juramento. Assim como no caso de Acã (Js 7:16-18, 25), a sorte será lançada para desmascarar o culpado, o "perturbador" da terra. A sorte revela Jônatas como aquele que violou o juramento (v. 42), mas o verdadeiro perturbador de Israel era Saul.

* 14:31

Aijalom. Cerca de 24 km ao oeste de Micmás no vale de Aijalom, que parece ser o caminho que os filisteus seguiram de volta ao seu país.

* 14:33

comendo com sangue. No Antigo Testamento são registradas proibições freqüentes contra comer sangue (Gn 9:4; Lv 3:17; 7:26, 27; 17:10, 12; 19:26; Dt 15:23; Ez 33:25).

* 14:35

o primeiro altar. É também o único altar a ser mencionado.

* 14:37

Disse, porém, o sacerdote. É incomum que o sacerdote, provavelmente Aías (v. 3), tenha tomado a iniciativa. Mas o fato condiz com o padrão cada vez menor do compromisso de Saul na busca pela orientação do Senhor (v. 10, nota).

* 14:39

Porém nenhum... lhe respondeu. O povo protegia Jônatas.

* 14:45

Tal não suceda. Ao ser forçado pela severidade de Saul (vs. 39,
44) a escolher entre Saul e Jônatas, o povo optou por Jônatas, claramente reconhecendo-o como aquele que o Senhor usara na batalha naquele dia. O comportamento estulto de Saul o alienara de todos ao seu redor, inclusive dos seus próprios seguidores. Seu isolamento não é permanente, no entanto, pois Jônatas volta posteriormente a ser da sua confiança (20.2), e o povo demonstra sinais de lealdade renovada (23.19; 24.1). Até mesmo Samuel passa a ter mais contatos com ele (cap. 15).

* 14.47-51

Aqui temos um resumo das façanhas militares de Saul (vs. 47,
48) e pormenores acerca de sua família e de Abner (vs. 49-51). Uma comparação entre essa seção e o resumo mais longo das vitórias de Davi e dos seus oficiais em 2Sm 8 revela várias semelhanças, mas também uma diferença reveladora: em nenhuma parte do resumo a respeito de Saul existe algo semelhante à declaração repetida a respeito de Davi: "o SENHOR dava vitórias a Davi, por onde quer que ia" (2Sm 8:6, 14).

*

14.52 forte guerra. Ver notas em 7.13.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
14.1ss Neste capítulo lemos sobre o pobre trabalho que fez Saul como líder: não teve comunicação com o Jonatán (14.1, 17), pronunciou uma maldição insensata (14,24) e ignorou o bem-estar de seus próprios soldados (14.31). A liderança deficiente do Saul não foi o resultado de rasgos de personalidade, mas sim de um caráter espiritual em decadência. O que fazemos é freqüentemente resultado direto de nossa condição espiritual. Não podemos ignorar a importância do caráter espiritual em uma liderança efetiva.

14:1 por que iria Jonatán só a atacar aos filisteus? Jonatán pôde ter estado cansado do comprido e desesperançado empate na batalha. Confiava em que Deus daria a vitória e quis atuar com apóie nessa confiança. Além disso sabia que o número de filisteus não era problema para Deus. Possivelmente não disse a seu pai nada a respeito de sua missão porque pensou que Saul não o tivesse deixado ir.

14:6 Jonatán e seu escudeiro não representavam uma força que pudesse atacar ao imenso exército filisteu. Mas enquanto todos outros tinham medo, eles confiaram em Deus, sabendo que o tamanho do exército inimigo não restringiria a capacidade de Deus para ajudá-los. Deus honrou a fé e a ação valorosa destes dois homens com uma vitória tremenda.

há-se sentido alguma vez rodeado pelo "inimigo" ou enfrentou circunstâncias entristecedoras? Deus não se intimida nunca pelo tamanho do inimigo ou pela complexidade de um problema. Com O, sempre há suficientes recursos para resistir as pressões e ganhar as batalhas. Se Deus o chamou a atuar, comprometa corajosamente com Deus os recursos que possua e deposite sua confiança no para que lhe dê a vitória.

14:12 Jonatán não tinha a autoridade para guiar todas as tropas à batalha, mas pôde começar uma pequena escaramuça em uma esquina do campo inimigo. Quando o fez, o pânico se apoderou dos filisteus. Quão hebreus tinham sido recrutados no exército filisteu fizeram uma revolta e os homens que se esconderam nas montanhas recuperaram seu valor e retornaram para brigar.

Quando se em frente a um obstáculo que está além de seu controle, pergunte-se: "Que passos posso dar agora para encontrar uma solução?" Possivelmente uns poucos sejam justamente o que se necessita para pôr-se a rodar a cadeia de ações que o levarão a vitória final.

14:19 A expressão "Detén sua mão" se refere ao uso do Urim e o Tumim, que eram tirado do efod de linho (colete) como uma maneira de determinar a vontade de Deus (veja-a nota a 10.20). Saul apressava as formalidades de receber uma resposta de Deus para poder adiantar-se e entrar em batalha aproveitando a confusão dos filisteus.

14:24 Saul fez um voto sem pensar as implicações. Os resultados? (1) Seus homens estavam muito cansados para brigar; (2) estavam tão famintos que comeram carne crua que ainda jorrava sangue, que era contra as leis de Deus (14.32); (3) Saul quase mata a seu próprio filho (14.42-44).

O voto impulsivo do Saul soava heróico, mas tinha seus efeitos colaterais desastrosos. Se estiver em meio de um conflito, evite fazer declarações impulsivas que logo possa ver-se forçado a seguir.

SAUL

As primeiras impressões podem ser enganosas, especialmente quando a imagem criada pela aparência de uma pessoa se contradiz com suas qualidades e habilidades. Saul era a imagem visual ideal de um rei, mas as tendências de seu caráter freqüentemente eram contrárias às ordens de Deus para um rei. Saul foi o líder escolhido de Deus, mas isto não significava que fora capaz de ser rei por si só.

Durante seu reinado, e quando obedeceu a Deus, Saul teve grandes êxitos. Seus grandes fracassos surgiram quando atuou por sua própria conta. Saul tinha a matéria prima para ser um bom líder: aparência, valor e ação. Inclusive suas debilidades puderam ter sido utilizadas Por Deus se Saul as tivesse reconhecido e posto nas mãos de Deus. Suas próprias decisões o separaram de Deus e à larga o separaram até de seu próprio povo.

Do Saul podemos aprender que enquanto nossos pontos fortes e habilidades nos fazem úteis, é nossa debilidade a que nos faz utilizáveis. Nossas habilidades e talentos nos fazem ser ferramentas, mas nossos fracassos e reversos nos recordam que necessitamos a

um artesão que controle nossas vidas. Algo que obtenhamos por nossa conta é só um indício do que Deus poderia fazer por meio de nossas vidas. Controla O sua vida?

Pontos fortes e lucros:

-- Primeiro rei do Israel designado Por Deus

-- Conhecido por seu valor pessoal e sua generosidade

-- Alto, sua boa aparência impressionava

Debilidades e enganos:

-- Suas habilidades de líder não eram congruentes com as expectativas criadas por sua aparência

-- Impulsivo por natureza, tendia a ultrapassar seus limites

-- Ciumento do Davi, tratou de matá-lo

-- Especificamente desobedeceu a Deus em diversas ocasiões

Lições de sua vida:

-- Deus quer a obediência que sai do coração, não meros atos de um ritual religioso

-- A obediência sempre significa sacrifício, mas o sacrifício não sempre é obediência

-- Deus quer utilizar nossas forças e nossas debilidades

-- A debilidade nos deve ajudar a recordar nossa necessidade da guia e ajuda de Deus

Dados gerais:

-- Onde: A terra de Benjamim

-- Ocupação: Rei do Israel

-- Familiares: Pai: Cis. Filhos: Jonatán, Is-boset. Esposa: Ahinoam

Versículos chave:

"E Samuel disse: sente prazer Jeová tanto nos holocaustos e vítimas, como em que se obedeça às palavras de Deus? Certamente o obedecer é melhor que os sacrifícios, e o emprestar atenção que a grosura dos carneiros. Porque como pecado de adivinhação é a rebelião, e como ídolos e idolatria a obstinação. Por quanto você desprezou a palavra do Jeová, O também te rechaçou para que não seja rei" (1Sm 15:22-23).

Sua história se relata em 1 Smamuel 9-31. Também o menciona em At 13:21.

14.32-34 Uma das mais antigas e firmes leis hebréias sobre o alimento era a proibição de comer carne crua que continha sangue do animal (Lv 7:26-27). Esta lei começou nos dias do Noé (Gn 9:4) e ainda era observada pelos primeiros cristãos (At 15:27-29). Era pecado comer o sangue porque esta representava a vida e a vida pertence a Deus. (Se deseja uma explicação mais ampla, veja-se Lv 17:10-14.)

14:35, 36 depois de ser rei por vários anos, Saul finalmente constrói seu primeiro altar a Deus, mas só como último recurso. Ao longo de seu reinado, Saul sempre se aproximava de Deus depois de ter tentado todo o resto. Isto era bem contrário à opinião do sacerdote, quem sugeriu que Deus devia ser consultado primeiro (14.36). Tudo tivesse resultado muito melhor se Saul tivesse ido ante primeiro Deus, e tivesse construído um altar como seu primeiro ato oficial como rei. Deus é muito grande para ficar para depois. Se nos voltarmos para O em primeiro lugar, nunca teremos que recorrer ao como último recurso.

14:39 Esta é a segunda maldição néscia do Saul. A primeira delas (14.24-26) foi porque estava extremamente ansioso de derrotar aos filisteus e queria dar aos soldados um incentivo para terminar a batalha rapidamente. Na Bíblia, Deus nunca pediu às pessoas que fizesse juramentos ou votos, mas se os faziam, esperava que os cumprissem (Lv 5:4; Números 30).

O voto do Saul foi algo que Deus não tivesse aprovado, mas seguia sendo um voto. E entretanto, Jonatán, apesar de que não sabia sobre o voto do Saul, foi culpado de rompê-lo. Ao igual a Jefté (Juizes 11), Saul fez um voto que punha em perigo a vida de seu próprio filho. Felizmente, o povo interveio e salvou a vida do Jonatán.

14:39 Saul tinha dado uma ordem tola e tinha feito que seus homens pecassem, mas não queria retratar-se nem que tivesse que matar a seu próprio filho. Quando fazemos declarações tolas, é difícil reconhecer que estamos equivocados. Aferramos ao que havemos dito para salvar as aparências, o que está acostumado a agravar o problema. Entretanto, requer-se mais valor para reconhecer um engano que para nos aferrar ao que tenhamos feito.

14:43 O caráter espiritual do Jonatán era diametralmente oposto ao do Saul. Jonatán reconheceu o que tinha feito e não tratou de apresentar desculpas. Mesmo que não sabia da ordem do Saul, Jonatán esteve disposto a aceitar as conseqüências de suas ações. Quando fizer um pouco equivocado, inclusive sem querer o, atue como Jonatán, não como Saul.

14:44, 45 Saul fez outra declaração néscia, esta vez porque estava mais preocupado por salvar as aparências que por ter a razão. Perdoar a vida ao Jonatán era reconhecer que tinha atuado neciamente, o que era uma vergonha para um rei. Saul estava mais interessado em proteger sua imagem que em cumprir seu voto. Felizmente, o povo foi em resgate do Jonatán. Não seja como Saul. Reconheça seus enganos e mostre que está mais interessado no que é correto que em mostrar uma boa imagem de si mesmo.

14:47 por que teve tanto êxito Saul exatamente depois de que tinha desobedecido a Deus e que lhe havia dito que seu reino acabaria (13 13:14)? Muitas vezes as batalhas ganham gente ímpia. O êxito não está garantido, nem se limita aos justos. Deus atuou de acordo a sua vontade. Deus possivelmente deu o triunfo ao Saul pelo bem-estar da nação, não porque o rei o merecesse. Possivelmente deixou ao Saul no trono por um tempo para aproveitar seus talentos militares, e para que Davi, o seguinte rei do Israel, pudesse passar mais tempo enfocado nas batalhas espirituais da nação. Quaisquer que tenham sido as razões que teve Deus para atrasar a morte do Saul, seu reinado terminou exatamente na forma que Deus o havia predito. O momento oportuno nos planos de Deus e suas promessas só o conhece O. Nossa tarefa é encomendar nossos caminhos a Deus e esperar em Deus.

PENUMBRA E JULGAMENTO

3.11-14: Virá castigo sobre a casa do Elí.

7.1-4: A nação deve voltar-se da idolatria.

8.10-22: Seus reis não lhes trarão nada mais que problemas.

12:25: Se continuarem em pecado, Deus os destruirá.

13:13, 14: O reinado do Saul não continuará.

15.17-31: Saul, pecaste ante Deus.

Não era ser profeta. A maioria das mensagens que tinham que dar eram desagradáveis para os que escutavam. Pregavam sobre o arrependimento, do julgamento, da destruição iminente, do pecado e, em geral, de quão descontente estava Deus pelo comportamento de seu povo. Os profetas não eram muito populares, a menos de que fossem falsos profetas e dissessem exatamente o que o povo queria escutar. Mas a popularidade não era o que se buscava dos verdadeiros profetas de Deus, a não ser a obediência a Deus e a proclamação fiel de sua palavra. Samuel é um bom exemplo de um profeta fiel. Deus também tem mensagens para que nós os proclamemos. E mesmo que suas mensagens estão carregadas de "boas novas", também há "malotes novos" que dar. Queira Deus que, como verdadeiros profetas, transmitamos fielmente todas as palavras de Deus, resultemos populares ou não.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52

B. DA VITÓRIA JONATHAN e voto RASH Saul (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
  • Orgulho (cap. 14)
  • Era evidente que Jônatas, filho de Saul, era um homem piedoso, pois o Senhor deu a ele e ao seu escudei-ro vitória sobre os filisteus. Saul foi apenas um espectador (vv. 16-18), mas depois ele reuniu suas tropas e compartilhou a vitória. Entretanto, Saul, para sua infelicidade, proferi-ra o tolo voto de que, naquele dia, os soldados estavam proibidos de ingerir qualquer alimento. Que to-lice pensar que um voto sacrificial lhe daria vitória quando seu cora-ção não era reto para com Deus! Ele tardava em aprender "que o obedecer é melhor do que o sa-crificar". Jônatas não sabia nada a respeito da conjuração de seu pai, portanto ele foi em frente e comeu um pouco de mel e fortaleceu-se (v. 27), e seu exemplo de sabedoria prática encorajou o exército a co-mer depois da vitória (vv. 31-32). Infelizmente, os judeus estavam tão famintos que comeram a carne com o sangue (Lv 1:7-10-14), o que era muito pior que quebrar o voto. Saul tentou consertar isso oferecen-do os despojos como sacrifício ao Senhor. Enquanto o exército seguia para seu próximo embate, procurou a orientação de Deus, mas não ob-teve resposta. Isso levou Saul a des-cobrir a desobediência de Jônatas, e o rei, tolamente, pretendia matar o próprio filho! Como é fácil ser condenado pelos pecados de ou-tra pessoa! O povo salvou Jônatas, mas as ações de Saul revelaram as trevas de seu coração. Logo have-ría problema. Seu orgulho levou-o à derrocada.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    14.3 Aías bisneto de Eli. Tudo indica que é o mesmo Aimeleque Dt 22:9, Dt 22:11, morto por Saul em 22:9-19.

    14.4 Entre essas mesmas penhas, um punhado de homens do general Allenby, na 1 Guerra Mundial, surpreendeu e derrotou uma guarnição turca.
    14.6 Incircuncisos. Nome por antonomásia. Israel e mais alguns povos semitas, tais como os moabitas, os idumeus e os amonitas praticavam a circuncisão; os filisteus, que não eram semitas, não a praticavam. O Senhor nos ajudará... Foram a coragem e a fé que Jônatas teve a causa única da vitória de Israel.

    14.13 Caíram diante de Jônatas. Deus estava com ele (Lv 26:8).

    14.14 Meia jeira. Chão de terra, lavrado por uma junta de bois num dia.

    14.15 Terror de Deus ou "grande terror" (ver 2.25).

    14.18 Arca de Deus. A melhor tradução é a do texto grego (LXX) que diz: "estola sacerdotal". Esta continha as duas pedras de ônix com os nomes gravados das doze tribos e o peitoral de juízo com Urim e Tumim (Êx 28:6-30). Pensa-se que Urim (luz, ou revelação) e Tumim (perfeição, ou verdade) respondessem ao "sim" ou ao "não", respectivamente (v. 41). As consultas pelo Urim e Tumim cessaram nos dias de Davi, com o advento dos profetas que declaravam diretamente a vontade de Deus.

    14.21 Hebreus... se ajuntaram com os israelitas... Astutos, ficaram do lado mais forte. Para outros seriam escravos que fugiram dos filisteus.

    14.23 A LXX acrescentaria no fim: "E o povo de Saul era cerca de dez mil homens; e a batalha se estendeu por todas as cidades da montanha de Efraim".
    14.24 Maldito o homem que comer o pão antes de anoitecer. Este versículo na LXX começa assim: "Naquele dia, porém, Saul cometeu uma grave imprudência..." Na verdade, foi um voto estulto de Saul (29); uma ordem que enfraqueceu o exército (30-31), o qual não podia vencer por completo ao inimigo (36).

    14.27 Tornaram a brilhar os seus olhos. Voltou a energia; recuperou-se física e moralmente. O mesmo teria acontecido a todos, caso tivessem comido naquele dia.

    14.32 Comeram com sangue. Terminado o voto imprudente de Saul, os homens, vencidos pela fome, em vez de perseguirem o inimigo, atiraram-se sobre os animais, devorando-os precipitadamente, até com sangue, o que era condenado pela lei, cometendo, assim, pecado grave. (Lv 17:10-14).

    14.35 Edificou Saul um altar. Para agradar a Deus, Saul edificou-lhe um altar. Em hebraico se lê: "Começou a edificar um altar ao Senhor". O que pode, muito bem, significar que não o tivesse acabado. Foi o primeiro... Outros seguir-se-iam, edificados pelos reis de Israel, sobre os quais não faltariam sacrifícios estranhos e abomináveis.

    14.37 Disse... o sacerdote. Não estivesse o sacerdote presente, mais desatinos teria cometida Saul. Consultou Saul a Deus, por Urim e Tumim (ver 18, 41). Deus não lhe respondeu. A negativa em hebraico é categórica. Isso mostra que Deus não aprovava a atitude de Saul, nem seus votos.

    14.38 O pecado não foi de Jônatas mas do próprio Saul.
    14.39 Ainda que meu filho... seja morto. Foi outro erro de Saul, que a próprio povo corrigiu (45). Se o voto de Saul tivesse a aprovação de Deus, Jônatas morreria sem apelação.

    14.41 Mostra a verdade, por Urim e Tumim (18). Lê-se no texto grego (LXX): "Disse pois Saul ao Senhor: Ó Senhor Deus de Israel, por que não responde ao teu servo hoje? Se a culpa está em mim, ou em meu filho, Jônatas, ó Senhor Deus de Israel, mostre-o Urim; mas se a culpa está em Israel, mostre-o Tumim. E Jônatas e Saul foram apontados, e o povo ficou livre" (Js 7:16-6).

    14.42 Texto grego (LXX): "Disse, então, Saul: seja lançada a sorte entre mim e o meu filho, Jônatas, e a quem o Senhor apontar pela sorte, seja morto. Mas o povo lhe disse: Com isto não concordamos...".
    14.45 Foi com Deus que fez isso. Era verdade notória que Deus estava com Jônatas e não com Saul. O povo salvou a Jônatas. O povo errou quando escolheu a Saul como rei (12.19), mas acertou quando salvou a Jônatas (39).

    14:47-52 Contém um resumo do reinado de Saul.

    14.49 Outros filhos de Saul: Abinadabe (31.2), Armoni e Mefibosete (2Sm 21:8).

    14.50 Aimaás, sogro de Saul. Há outro Aimaás, filho do sacerdote Zadoque (2 Sm, 15.27), que alguns (A. Klostermann e R. H. Pfeiffer) apontam como o autor do livro de Samuel, a quem chamam de "pai da História" (antes de Heródoto) e cujo estilo é sem par na literatura hebraica do AT.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    b) Jônatas e a derrota dos filisteus (14:1-46)
    v. 1-15. Jônatas, sem o conhecimento do seu pai, que estava em Migrom, perto de Gibeom, com os seus assessores (incluindo os sacerdotes), e sem o conhecimento do povo, tomou o seu escudeiro para fazer um reconhecimento das posições inimigas. Chegaram a um desfiladeiro em que havia um penhasco íngreme em cada lado (v. 4), intransponível, a não ser pelos mais atrevidos. Mas a confiança de Jônatas estava em Javé: Talvez o Senhor aja em nosso favor, pois nada pode impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou com poucos (v. 6). Os inimigos são incircun-cisos, e o conflito é uma guerra santa. O escudeiro seguiu a Jônatas sem restrições. Eles atrairiam a atenção dos filisteus; se fossem repelidos, iriam adiar o ataque; se desafiados a subir, iriam atacar. Convidados a subir o terreno incrivelmente íngreme, defrontaram-se com os inimigos numa passagem muito estreita e mataram 20 filisteus um por um à medida que estes avançavam. Os filisteus, não conseguindo crer que dois homens pudessem causar tanta destruição, pensaram que os fugitivos tinham se reagrupado. Um terremoto aumentou o seu pânico, v. 3. Aías\ da dinastia sacerdotal de Eli em Siló; ele estava usando um manto sacerdotal ou, talvez melhor, “trazendo” o manto sacerdotal (23.9 e 30.7 claramente indicam algo que estava carregando, e não usando; mas conforme comentário do v. 18). v. 15. tropas de ataque: os Dt 13:17 que estavam voltando para casa.

    v. 16-23. A vitória e a confusão dos filisteus era vista em todo o vale de Gibeá, onde Saul ordenou uma contagem das suas tropas para ver quem estava faltando; foi então descoberta a falta de Jônatas e de seu escudeiro (v. 17). Aías recebeu a ordem de trazer o oráculo e buscar orientação divina, mas, visto que o tumulto no acampamento filisteu era visivelmente completo, Saul lhe ordenou: Não precisa trazer a arca (heb. “Retire a sua mão”; v. 19); a consulta a oráculos deve dar lugar à ação. Saul e suas forças marcharam, acompanhados por aqueles que se haviam dispersado anteriormente ou, embora ficando, tinham tremido (13.6). Assim o Senhor concedeu vitória a Israel naquele dia, e a batalha se espalhou para além de Bete-Aven (v. 23). v. 18. a arca de Deus\ isso aconteceu em Quiriate-Jearim, por isso muitos críticos acham que é uma referência ao “manto sacerdotal” (v. NBD, “Vestes”, “Vestido”, p. 1651-5). Mas Hertzberg ressalta (p. 113-4) que “é notável que arca foi preservado, e esse fato deveria pelo menos ser um argumento contra a sua desconsideração precipitada”. v. 23. Bete-Aven: alguns estudiosos preferem Bete-Horom ou Betei. A certeza aqui é impossível.

    v. 24-30. A ação de Saul depois de dispensar o oráculo foi mal planejada; ele baniu todo alimento para os seus homens antes do pôr-do-sol. Jônatas, não sabendo do decreto, comeu mel silvestre que encontrou. Os seus homens, que se abstiveram, lhe disseram: Seu pai impôs ao exército um juramento severo, dizendo: “Maldito seja todo o que comer hoje!” (v. 28). Jônatas ficou apavorado com essa situação; ele viu a tolice da ação do pai ao privar os seus soldados da fartura da terra em que manava leite e mel, debilitando, assim, a força deles para perseguirem o inimigo.

    v. 31-35. Mas, mesmo assim, a vitória foi considerável; os filisteus foram afastados dos 30 quilômetros entre Micmás e Aijalom. Ao anoitecer, os soldados exaustos se lançaram sobre os despojos e pegaram ovelhas, bois e bezerros, e mataram-nos ali mesmo e comeram a carne com o sangue (v. 32). Saul ouviu falar desse pecado, não que eles tivessem quebrado a proibição, que expirava ao anoitecer (v. 24), mas que na sua fome eles ignoraram as leis rituais (v. Lv 17:10-14; Dt 12:23; Ez

    32.25). Para evitar o castigo, Saul construiu um altar e se empenhou para que o ritual fosse observado. “Mas observe que, embora o sacerdote Aías estivesse com Saul dessa vez, foi Saul quem conduziu o sacrifício dos animais e construiu o altar” (Mauchline, p. 119). O sacerdócio de Israel parece ainda não ter se tornado exclusivo nessa época.

    v. 36-46. Saul propôs que, já que agora o sacrifício havia sido apresentado, deveriam concluir a aniquilação do inimigo (v. 36). O povo concordou, mas o sacerdote sugeriu que primeiro se buscasse a vontade de Javé. Assim, Saul consultou o Urim e o Tumim (v. Ex 28:30, p. 201), mas naquele dia Deus não lhe respondeu (v. 37). Ele achou que o silêncio de Deus indicasse que havia algo errado no acampamento; descubramos que pecado foi cometido hoje (v. 38). O culpado deveria morrer, até mesmo se fosse o próprio Jônatas. Ninguém se acusou. Diante disso, Saul pediu que se lançassem sortes para descobrir se ele e Jônatas tinham culpa ou se era o povo. (A nota de rodapé da NVI restaura o texto completo, como foi preservado pela LXX; parte dele se perdeu do TM). A certa altura, se revelou que o culpado era Jônatas; ele confessou que havia violado inadvertidamente a proibição do seu pai em relação à comida. Semelhantemente a Jefté, Saul achou que não tinha alternativa; em razão de seu voto precipitado, teria de sacrificar o próprio filho. Mas, como diz McKane (p. 99): “Jônatas rouba a cena nesse capítulo, o que de fato era intenção do autor”. As suas proezas tinham feito dele um herói popular; os homens intervieram e resgataram Jônatas, e ele não foi morto (v. 45).

    c)    Resumo do reinado de Saul até esse ponto (14:47-52)
    No cap. 15, vemos Saul, comprovadamente inapto para ser rei, sendo deposto; nos últimos seis versículos do cap. 14, o autor, ou talvez, como se tem sugerido, um editor ou redator posterior, resume a história até aqui.
    Os v. 47,48 relatam as suas realizações bélicas. Ele lutou contra os moabitas, amo-nitas, os reis de Zobá (um pequeno reino arameu), os filisteus e os amalequitas e infligia-lhes castigo (v. 47). Ele lutou, libertando Israel das mãos daqueles que os saqueavam (v.

    48). Ele consolidou as suas fronteiras.
    Os v. 49,50 incluem notas familiares: Os filhos de Saul, Jônatas, Isvi (contração de Ishyo, ou Ish-Javé — “homem do Senhor”, também chamado “Is-Baal” (ou “Is-Bo-sete”) — v. 2Sm 2:8) e Malquisua-, as filhas, Merabe e Mical e sua esposa Ainoã. A sua administração parece simples; somente Abner, filho de Ner, o comandante do exército, é mencionado.

    O v. 51 faz melhor sentido se a versão da ARA, que traduz o hebraico, for substituída por uma formulação da LXX, que faz de Quis e de Ner filhos de Abiel, tornando, assim, Saul e Abner primos (conforme v. 50, mas contraste com lCr 8.33).
    O v. 52 mostra que Saul não está relaxando em virtude de suas conquistas, mas constantemente recrutando talentos adequados para o seu exército permanente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    1Sm 14:1

    4. JÔNATAS DERROTA MILAGROSAMENTE A GUARNIÇÃO DOS FILISTEUS (1Sm 14:1-9). Num plano secreto, acompanhado apenas do seu moço de armas, Jônatas atravessou o vale secretamente até ao flanco dos filisteus, a cerca Dt 5:0), e assim veio a prejudicar todo o povo. Como se me aclararam os olhos (29), isto é, tornaram-se brilhantes, graças ao mel que comera, ao passo que os olhos dos outros se escureciam de fadiga. Ao terminar o período do voto feito por Saul, lançaram-se os israelitas ao despojo (32), infringindo a Lei de Moisés não só por comerem carne com sangue (Lv 17:10-14), mas também por matarem os animais com suas crias (Lv 22:28). Para escoar o sangue utilizou-se uma grande pedra, e este foi o primeiro altar que Saul edificou ao Senhor (35).

    >1Sm 14:36

    7. CONSEQÜÊNCIAS DO ERRO DE JÔNATAS (1Sm 14:36-9). Como resultado do lapso inconsciente de Jônatas, o Senhor recusou-se a responder à pergunta de Saul (36-37). Este então, num acesso de furor, decretou a pena de morte para o responsável, que era afinal, o próprio Jônatas. O povo, porém, o livrou alegando que a ele devia a grande vitória conseguida contra os filisteus (38-45). Mostra o inocente (41). As diferentes versões, assim como os LXX, baseados no texto hebraico, apresentam as mais variadas formas, de sorte a não ser fácil saber-se o processo utilizado para a revelação do culpado. As sortes foram lançadas, não se sabendo se houve qualquer outra manifestação da vontade de Deus através de sonhos ou de visões.

    >1Sm 14:47

    8. NOVAS GUERRAS. DESCENDÊNCIA DE SAUL (1Sm 14:47-9). Apesar de certas faltas, foi Saul um valoroso chefe militar, admirado não só pelo povo, mas até por Samuel e Davi. Após um breve resumo das suas conquistas, segue-se uma enumeração dos familiares. Os exércitos por ele conduzidos chegaram até aos confins de Zobá (47), entre Damasco e o Eufrates.


    Dicionário

    Amalequitas

    Eram os inimigos perpétuos de Israel, que passou grande parte de sua história em duros combates com eles. Originalmente, ocuparam a região do Neguebe e Sinai, mas tempos depois uniram-se aos midianitas, para lutar contra o povo de Deus (Ex 17:8-13; Jz 3:13; Jz 6:33ss.). Uma das tarefas iniciais dos israelitas, ao entrar na terra de Canaã, era a de expulsar os amalequitas (Ex 17:14; Nm 24:20; Dt 25:19; Jz 12:15), embora pareça que parte desse povo permaneceu ali (cf. Jz 3:12s; 6:3-33; etc.). As palavras memoráveis de Êxodo 17:14 mais tarde pareciam vazias, quando uma vez após outra o povo de Israel era derrotado diante do poder superior e das táticas agressivas dos amalequitas: “Escreve isto para memória num livro, e repete-o a Josué, porque riscarei totalmente a memória de Amaleque de debaixo dos céus”.

    A razão para as derrotas que os israelitas sofriam nas mãos dos amalequitas é explicada como conseqüência da desobediência de Israel (Nm 14). Serve como um lembrete de que as promessas de Deus não estão lá para instilar complacência, mas, pelo contrário, o propósito delas é o de motivar a ação. É possível que alguém se desqualifique para receber as bênçãos do Senhor, quando os limites da aliança e da comunhão são flagrantemente desrespeitados (Nm 14:10-12). Números 14:16 é uma advertência solene: “O Senhor não pôde introduzir este povo na terra que lhes tinha jurado...”

    O início da queda de Saul veio quando ele se recusou a aniquilar os amalequitas (1Sm 15), pois guardou o melhor do gado e das ovelhas para sacrificar ao Senhor e poupou a vida do rei Agague; contudo, o crente não tem o direito de julgar a Palavra de Deus nem supor que qualquer adoração ao Senhor será aceita simplesmente por estar baseada em retórica religiosa (1Sm 15:22 s). Davi foi bem-sucedido na eliminação dos amalequitas e em I Samuel 30 eles recebem bem pouca atenção (1Cr 4:42s). Quando os amalequitas são citados novamente, é apenas para engrandecer a vitória que Israel obteve sobre eles (2Sm 8:12-1Cr 18:11).

    Os amalequitas tornaram-se o epítome do perigo que envolve o mundo, para o povo de Deus. A falha em destruir os inimigos do Senhor, apesar de eloqüentemente justificada, desagradou a Deus. O conforto, contudo, é que o Senhor também edificará sua Igreja, como prometeu, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18). S.V.


    Amalequitas Povo errante, que praticava assaltos e roubos. Eram inimigos de Israel (Ex 17:8-16); (Nu 14:40-45).

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Libertar

    verbo transitivo Tornar livre; dar liberdade a: libertar os presos.
    Aliviar, desobrigar: libertar alguém de uma dívida.

    Mão

    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

    Saquear

    verbo transitivo Pilhar, praticar saque: saquear uma cidade.
    Roubar, devastar, assaltar: a igreja foi saqueada.

    Saquear Roubar (2Rs 7:16); (Mt 12:29).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 14: 48 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E ele fez um exército, e feriu aos amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
    I Samuel 14: 48 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1041 a.C.
    H2428
    chayil
    חַיִל
    força, poder, eficiência, fartura, exército
    (their wealth)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H5337
    nâtsal
    נָצַל
    tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
    (Thus has taken away)
    Verbo
    H6002
    ʻĂmâlêq
    עֲמָלֵק
    filho de Elifaz com sua concumbina Timna, neto de Esaú, e pai de uma tribo na região sul
    (Amalek)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H8154
    shâçâh
    שָׁסָה
    saquear, pilhar, tomar espólio
    (of spoilers)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    חַיִל


    (H2428)
    chayil (khah'-yil)

    02428 חיל chayil

    procedente de 2342; DITAT - 624a; n m

    1. força, poder, eficiência, fartura, exército
      1. força
      2. habilidade, eficiência
      3. fartura
      4. força, exército

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    נָצַל


    (H5337)
    nâtsal (naw-tsal')

    05337 נצל natsal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1404; v

    1. tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
      1. (Nifal)
        1. arrancar, salvar-se
        2. ser arrancado ou tirado, ser libertado
      2. (Piel)
        1. tirar, despojar
        2. salvar
      3. (Hifil)
        1. tirar, tirar à força
        2. resgatar, recuperar
        3. livrar (referindo-se aos inimigos ou problemas ou morte)
        4. salvar do pecado e da culpa
      4. (Hofal) ser tirado
      5. (Hitpael) desembaraçar-se

    עֲמָלֵק


    (H6002)
    ʻĂmâlêq (am-aw-lake')

    06002 עמלק Àmaleq

    provavelmente de origem estrangeira; n. pr. m. Amaleque = “habitante dum vale”

    1. filho de Elifaz com sua concumbina Timna, neto de Esaú, e pai de uma tribo na região sul de Canaã
    2. descendentes de Amaleque

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    שָׁסָה


    (H8154)
    shâçâh (shaw-saw')

    08154 שסה shacah ou שׂשׁה shasah (Is 10:13)

    uma raiz primitiva; DITAT - 2425; v.

    1. saquear, pilhar, tomar espólio
      1. (Qal)
        1. pilhar
        2. saquaedores (particípio)
      2. (Poel) pilhar

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo