Versões:

(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida


O Messias sofre, mas triunfa
22:1
DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que te alongas das palavras do meu bramido, e não me auxilias?
22:2
Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
22:3
Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.
22:4
Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
22:5
A ti clamaram e escaparam: em ti confiaram, e não foram confundidos.
22:6
Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
22:7
Todos os que me veem zombam de mim, estendem os beiços e meneiam a cabeça, dizendo:
22:8
Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
22:9
Mas tu és o que me tiraste do ventre: o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe.
22:10
Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
22:11
Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
22:12
Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
22:13
Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
22:14
Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
22:15
A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar: e me puseste no pó da morte.
22:16
Pois me rodearam cães: o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
22:17
Poderia contar todos os meus ossos: eles veem e me contemplam.
22:18
Repartem entre si os meus vestidos, e lançam sortes sobre a minha túnica,
22:19
Mas tu, Senhor, não te alongues de mim: força minha, apressa-te em socorrer-me.
22:20
Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
22:21
Salva-me da boca do leão, sim, ouve-me, desde as pontas dos unicórnios.
22:22
Então declararei o teu nome aos meus irmãos: louvar-te-ei no meio da congregação.
22:23
Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.
22:24
Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
22:25
O meu louvor virá de ti na grande congregação: pagarei os meus votos perante os que o temem.
22:26
Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam: o vosso coração viverá eternamente.
22:27
Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor: e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face.
22:28
Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações.
22:29
Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele: como também os que não podem reter a sua vida.
22:30
Uma semente o servirá: falará do Senhor de geração em geração.
22:31
Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.

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Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 22:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO
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sl 22:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO
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Locais

BASÃ
Atualmente: SÍRIA
Leste do Mar da Galiléia. Nesta região localizaram-se as províncias de Auranites, Traconites, Gaulonites e Ituréia.

Basã ("Planície fértil, sem Pedras") é um lugar bíblico mencionado primeiramente em Gênesis 14:5, onde é dito que Quedorlaomer e seus aliados "feriram aos Refains em Asterote-Carnaim", onde Ogue, o rei de Basã, residia. No momento da entrada de Israel na Terra Prometida, Ogue saiu contra eles, porém foi completamente derrotado (Números 21:33-35; Deuteronômio 3:1-7). Esta região estendeu-se de Gileade no sul até Hermom ao norte, e do rio Jordão ao oeste à Salcá ao leste. Junto com a metade de Gileade ela foi dada à meia tribo de Manassés (Josué 13:29-31). Golã, uma de suas cidades, tornou-se uma cidade de refúgio (Josué 21:27).

Argobe, em Basã, foi um dos distritos comissariados de Salomão (I Reis 4:13). As cidades de Basã foram tomadas por Hazael (II Reis 10:32-33), porém pouco tempo depois foram reconquistadas por Jeoás (II Reis 13:25), que superou os sírios em três batalhas, de acordo com a profecia de Eliseu(19). A partir desta época Basã quase desapareceu da história, apesar de lermos sobre os gados selvagens de seus ricos pastos (Ezequiel 39:18; Salmos 22:12), dos carvalhos de suas florestas (Isaías 2:13; Ezequiel 27:6; Zacarias 11:2) e a beleza de suas extensas planícies (Amós 4:1; Jeremias 50:19). Logo após a conquista, o nome "Gileade" foi dado ao país inteiro além do Jordão. Após o Exílio, Basã foi dividia em quatro distritos:



ISRAEL
Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.


Comentários

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores






Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante






















































Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)






Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.






Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano






Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista






Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.






NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia






Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista






























Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson













Apêndices

Gênesis e as viagens dos patriarcas









Mapas Históricos

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ








PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS








OS PATRIARCAS NA PALESTINA








OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.







O CLIMA NA PALESTINA









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Centro Emmanuel

Cláudio Fajardo - Belo Horizonte MG
Salmo 22 - Comentários
Salmos 22:1-31

 

SALMO 22

 

1Do mestre de canto. Sobre "A corça da manhã." Salmo. De Davi.

 

2Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? As palavras do meu rugir estão longe de me salvar! 3Meus Deus, eu grito de dia, e não me respondes, de noite, e nunca tenho descanso. 4 E tu és o Santo, habitando os louvores de Israel! 5Nossos pais confiavam em ti, confiavam e tu os salvavas; 6 eles gritavam a ti e escapavam, confiavam em ti e nunca se envergonharam. 7Quanto a mim, sou verme, não homem, riso dos homens e desprezo do povo;

 

Este é um Salmo mais que especial. É um dos mais citados e utilizados pela tradição cristã.  Os relatos da paixão de Cristo se inspiram nele.

Esteve como oração na boca do próprio Jesus. É sem dúvida um Salmo de profecia messiânica; e mais, ao nos dizer da humanidade do Messias fala dEle como modelo. Neste passo nos identificamos e passamos à condição do Orante,

Devido a especialidade do Salmo, iremos comentá-lo mais detalhadamente.

Podemos ver nele dois lances distintos:

  • Súplica: Versículos de 1 a 22
  • Louvor e agradecimentos futuros como esperança de libertação: Versículos 23 a 31

 Importa-nos ainda destacar a urgência do salmista devido ao seu grande sofrimento, e sua atitude nobre: não pede punição para aqueles que o fazem sofrer e nem relaciona o sofrimento a nenhuma culpa ou transgressão que tenha cometido.

Neste ponto temos importante aprendizado principalmente para nós espíritas: nem todo sofrimento é expiação pode ser apenas uma prova aperfeiçoando o Espírito.

Talvez esteja aqui a compreensão do sofrimento de Jó. Não se trata de retribuição, nem mesmo de causa e efeito, talvez oportunidade de crescimento espiritual.

O primeiro versículo foi repetido como oração por Jesus:

 

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste (Salmo 22:1)

 

É preciso ver as diferenças dele na boca de Jesus e na nossa quando oramos.

Jesus é o Guia e o Modelo para toda humanidade (cf. O Livro dos Espíritos, Questão 625)

Ele não precisava passar por nada que passou, se assim o fez, foi por amor e para ensinar-nos o "caminho" para Deus. Pode até mesmo se identificar com o "caminho” por ter feito ele com excelência; assim, adquiriu autoridade.

Desta forma ao orar este verso participando de nossa humanidade Ele carinhosamente nos ensina dizendo que vamos passar por momentos de tão grande dificuldade que sentiremos como se Deus tivesse nos abandonado. Estes momentos são aqueles em que ninguém pode nos ajudar, temos de passá-los em solidão.

Existem circunstâncias em nossa vida que somos só nós quem temos que resolver. Neste instante temos não o abandono de Deus, mas Ele fica oculto, os amigos espirituais se afastam não por negligência, mas para nos deixar testemunhar. É este instante que está em foco no verso, é uma realidade pela qual temos de passar; em Jesus é ensinamento, é Ele educando nosso Espírito imortal.

Ensinando-nos que em nossa boca a oração não deve ser protesto, mas clamor confiante.
 O Segundo versículo quebra a sequência de outros Salmos. Normalmente aquele que ora clama e o Senhor responde.

Aqui Ele não responde, nem à noite o salmista tem descanso.

Como comentamos trata-se daquele momento provacional por qual todos passamos, momento de grande significação, em que o Criador e os Espíritos Consoladores nos observam de "longe".

Muitas vezes, neste instante, buscamos o conselho de um amigo e não o encontramos, outro, e também não; buscamos nos socorrer com uma página de um livro edificante e a mensagem sorteada é completamente distante da nossa necessidade. Faz parte, nas horas definidoras de nossa evolução temos de decidir a sós, escolher o caminho e nos mantermos nele, é a opção de cada um.

"Deus é Santo", habita em nossos louvores (vers. 3), que são nossas atitudes em obediência a Ele. Só assim, em santidade, que é a realização do projeto Dele para nossa vida, habitaremos em Seu santuário e Ele em nós, em nosso coração.

Nossos pais (vers 4) representam aqueles que nos antecederam na doutrina do Cristo. Podemos vê-los na revelação primeira do Antigo Testamento, na segunda do Novo Testamento, ou na terceira, a dos Espíritos consoladores.

No quarto e quintos versículos a expressão de confiança se repete por três vezes. Já dissemos alhures que no contexto do Antigo Testamento confiar é testemunhar Deus e entregar a Ele a vida e as atitudes.

No Novo Testamento esta confiança e fidelidade é tratada como "fé", que é o ato de estar comprometido com o amor de Cristo.

Nossos pais serviram de exemplo e foram salvos, e nós, que exemplo estamos deixando para os nossos filhos?

O vocábulo "verme" (Vers. 7) é usado outras vezes na Escritura em outros contextos, aqui ele tem uma conotação social.

Sabemos que somos quase nada diante de nossa destinação futura, porém, quando assumimos uma vida buscando espiritualidade, somos vistos por aqueles que nos rodeiam como um "bichinho esquisito", eles ainda presos à retaguarda não compreendem a transformação que está operando em nós, não somos mais vistos como "homens" comuns.

 

8 todos os que me vêem caçoam de mim, abrem a boca e meneiam a cabeça: 9 "Voltou-se  a Iahweh, que ele o liberte, que o salve, se é que o ama!" 10Pois és tu quem me tirou do ventre e me confiou aos peitos de minha mãe; 11 eu fui lançado a ti ao sair das entranhas, tu és o meu Deus desde o ventre materno. 12Não fiques longe de mim, pois a angústia está perto e não há quem me socorra. 13Cercam-me touros numerosos, touros fortes de Basã me rodeiam; 14escancaram sua boca contra mim, como leão que dilacera e ruge. 15Eu me derramo como água e meus ossos todos se desconjuntam; meu coração está como a cera, derretendo-se dentro de mim; 16 seco está A Bíblia de Jerusalém meu paladar, como um caco, e minha língua colada ao maxilar; tu me colocas na poeira da morte. 17Cercam-me cães numerosos, um bando de malfeitores me envolve, como para retalhar minhas mãos e meus pés. 18Posso contar meus ossos todos, as pessoas me olham e me vêem; 19repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica tiram sorte. 20Tu, porém, Iahweh, não fiques longe! Força minha, vem socorrer-me depressa! 21 Salva minha vida da espada, meu único ser da pata do cão! 22Salva-me da goela do leão, dos chifres do búfalo minha pobre vida! 23Vou anunciar teu nome aos meus irmãos, louvar-te no meio da assembléia: 24"Vós que temeis a Iahweh, louvai-o! Glorificai-o, descendência toda de Jacó! Temei-o, descendência toda de Israel!" 25 Sim, pois ele não desprezou, não desdenhou a pobreza do pobre, nem lhe ocultou sua face, mas ouviu-o, quando a ele gritou. 26De ti vem meu louvor na grande assembléia, cumprirei meus votos frente àqueles que o temem. 27Os pobres comerão e ficarão saciados, louvarão a Iahweh aqueles que o buscam: "Que vosso coração viva para sempre!" 28Todos os confins da terra se lembrarão e voltarão a Iahweh; todas as famílias das nações diante dele se prostrarão. 29 Pois a Iahweh pertence a realeza: ele governa as nações. 30Sim, só diante dele todos os poderosos da terra se prostrarão, perante ele se curvarão todos os que descem ao pó; e por quem não vive mais, 31 sua descendência o servirá e anunciará o Senhor à geração 32 que virá, contando a sua justiça ao povo que vai nascer: ele a realizou!

Os versículos seguintes (8 e 9) referem-se às atitudes da sociedade em geral por não compreenderem os gênios, os profetas, os médiuns, ou nós mesmos quando não mais nos iludimos com as coisas transitórias. Eles zombam; para aquele que se transforma é uma zombaria “gostosa”, um elogio.

Confiou no Senhor; que ele o livre, dizem; nós sabemos, livra mesmo. Livrou Jesus conforme narra o evangelista (Mateus, 27: 43), atribuindo este verso à sua paixão; livrará qualquer um de nós que a Ele formos fiéis.

Deus está e sempre esteve na direção de nossa vida (vers. 10 e 11) isto é consolador e maravilhoso.

Para o salmista que não leva em conta, aqui, a preexistência da alma, como alguns profetas levaram (Cf. Jeremias 1: 5a; Ml, 1: 2 e 3 à luz de Rm, 9: 11 a 14), a vida inicia no ventre materno. Para nós que temos a ciência da preexistência o motivo de confiança no Criador é ainda maior.

Cristo, como modelo, entregou-se à vontade soberana do Pai, nós, do mesmo modo temos que fazer. Pois Ele, o Pai, é nosso Deus desde sempre.

A crise psíquica diante do testemunho se agrava, e o salmista roga com maior urgência: não fiques longe de mim... (V.12), como se dissesse:

- “Senhor eu preciso de ti, agora é que eu preciso mais, não me abandone..., eu não posso mais contar com mais ninguém.”

Nestes momentos a perseguição que sofremos é grande, inimigos de fora e de dentro nos pressionam, usam a boca com palavras agressivas, mentirosas (Vers. 14) sempre buscando nos intimidar. Além das próprias viciações temos adversários não gratuitos, a quem prejudicamos no tempo, e se não evangelizados, aproveitam a ocasião de fraqueza para exercerem suas vinganças.

Nos próximos versículos (a partir do 15) segue a descrição da luta íntima do orante que aumenta. Os evangelistas se apropriaram de várias destas expressões para nos falar da dor Messias no momento da crucificação. Podemos ver, no entanto, a partir destes versos uma transformação do suplicante em seu processo redentor, através de algumas figuras narradas pelo poeta.

Como água (V15) condição humana sugerindo reencarnação como necessidade expiatória, é preciso crucificar o “homem velho”.

Ossos que desconjuntam como corpos físicos que se formam e morrem nos ciclos palingenésicos.

Coração se derretendo como cera significando o quebrantamento do Espírito e sua transformação moral.

Tu me colocas na poeira da morte; este processo de redenção, morte do velho para que nasça o novo é verdadeiramente dolorido, a metáfora nos fala da Lei atuando em nós promovendo evolução.

Salva minha vida da espada (V 21) diz o Espírito levado à saturação do mal pela dor; é como dissesse, “não quero mais sofrer”. Sou um ser único, salva-me da violência (pata do cão). Não quero retroalimentar a selvageria (goela do leão); salva minha vida do poder transviado e transitório (chifres de búfalo).

A partir do vigésimo segundo versículo inicia um novo movimento do Salmo. Um louvor e ação de graças pela libertação.

Nos primeiros versos (23 a 26)[1] temos uma ação voltada para a própria comunidade.

Vou anunciar teu nome aos meus irmãos, louvar-te no meio da assembleia (V 23); anunciar o nome é revelar através de atitudes renovadas o bem que o Senhor nos fez e faz. É exteriorizar o novo nascimento. No início assim fazemos entre aqueles que nos são próximos, no passo seguinte com os irmãos de comunidade.

Os pobres (V. 25) representam os carentes de um modo geral, não só de bens materiais. Todos poderão se alimentar da caridade em seu verdadeiro significado:

 

Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas[2]

 

Quando isto se dá podemos dizer que é estabelecido o “Reinado de Deus”: ele governa todas as nações (V. 29)

Os últimos versículos ampliam ainda mais:

Os poderosos da terra se prostrarão; significando poder do mundo material; perante ele se curvarão todos os que descem ao pó, poder do mundo espiritual.

 

 Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue[3]

 

Sua descendência (V. 31) (alguns traduzem “minha descendência”, outros “uma semente”) o servirá... (V. 31); representando os crentes atuais, aqueles que servem ao Senhor, estes o anunciarão.

No último verso o salmista profetiza com certeza: o povo que vai nascer também será beneficiado, os futuros homens de fé que ainda vão aderir. Ele (o Senhor) realizou a justiça, ou seja, já justificou, já salvou, já redimiu a todos, pois esta é uma certeza da Lei de Evolução, a perfeição de todos, o Reino de Deus em cada um.

Se para nós é futuro, para Deus já é realizado:

 

            Para Deus, o passado e o futuro são o presente (Allan Kardec em A Gênese)

 

Cláudio Fajardo

[email protected]

 

 

 



[1] A numeração dos versículos varia de acordo com a versão da Bíblia

[2] O Livro dos Espíritos, questão 886

[3] Mateus, 28: 18

 

 


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Referências Bíblicas de Salmos 22:1-32

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