Linha Duzentos
Versão para cópiaAmealhando a riqueza real
Não te despreocupes da verdadeira propriedade, para que a propriedade irrisória não te perturbe o roteiro e encegueça o coração.
Há bens inalienáveis e preciosos que podes perfeitamente conduzir contigo do caminho terrestre para o Mundo Espiritual.
Para isso, é indispensável saibas usar os talentos que a Sabedoria da Vida te confiou.
Cada dia, em toda parte, dispões da riqueza das horas para as mais nobres aquisições.
Conquista com as próprias mãos a experiência do trabalho que te aprimora e te eleva.
Adquire com os próprios olhos a seleção do bem, assegurando a alegria daqueles que te cercam.
Arquiva nos ouvidos a prudência e a serenidade que te conferirão a luz do discernimento.
Entesoura com o próprio verbo a felicidade de auxiliar, vazando do escrínio da própria alma as joias da compreensão e da paz, alicerçando a alegria onde pisem teus pés.
Amealha os valores da educação que te possam içar o espírito aos cimos da cultura e do aprimoramento.
Não olvides que o serviço ao próximo, que o dever bem cumprido, que o estudo edificante e que o gesto de bondade, nas faixas do espaço e do tempo, constituem a bagagem que te aliciará o tesouro da simpatia hoje e amanhã, aqui e além…
Não te limites à caridade do menor esforço que se estende facilmente a preço de supérfluo. O dinheiro que mobilizas para o conforto alheio é uma bênção, mas o esforço que despendes para que a vida se faça melhor com o teu concurso é virtude rara a se te incorporar no próprio caráter.
Dar o que retemos é devolver ao mundo a quota de nosso débito, mas doar a nós mesmos, a benefício dos outros, através de nosso suor, de nossa renúncia, de nosso silêncio ou de nosso sorriso, é realizar o investimento da verdadeira felicidade que nos seguirá da sombra terrestre à Luz Espiritual.
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