Bazar da Vida
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Promessas
O homem desencarnado Apareceu abatido… Queria o nosso mentor Para fazer-lhe um pedido. O pobre recém-chegado, Começou dizendo assim: — “Ampare-me, nobre amigo, Tenha piedade de mim… “Sei que já fui afastado De meu corpo deprimente, Mas vivo de déu-em-déu Vagando, constantemente. “É que ando preso aos cuidados De uma promessa que fiz, Promessa que não paguei, O que me faz infeliz. “Fui rico… Tive fortuna, Hoje invadida de herdeiros… Mas fiquei devendo aos pobres Setecentos mil cruzeiros. “São pobres de Santo Antônio Que os protege das Alturas… Viúvas abandonadas Em choças tristes e escuras… “Que devo fazer agora, Em meu remorso insistente, Se meu dinheiro não vale No câmbio aqui diferente?” O mentor se resguardava, Em silêncio singular, E o homem continuou Em lágrimas de pasmar… Por fim, o mentor falou Em voz amiga e pausada: — “Meu amigo, sinto muito A sua conta atrasada… “Aquilo que se promete À caridade de alguém Tem força de promissória Na Terra e no Mais Além… “O Bem é negócio urgente, Não se entristeça, entretanto, Volte ao mundo, volte e sirva Aos protegidos do Santo. — “E o meu débito, em dinheiro? Necessito de ação pronta. Posso assinar promissória, A fim de pagar a conta?” Disse o mentor: “Meu amigo, Escute com atenção: O seu resgate, em dinheiro, Só em outra encarnação…” |
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