Cartas do Alto

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Capítulo XXV

Promessa


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Coração no candente pelourinho,
Humilhado nos últimos tormentos,
Exposto à fúria de tufões violentos,
Agoniado, exânime, sozinho…

Agradece ao medonho torvelinho…
A tua voz, em trágicos lamentos,
Rompe esferas, estrelas, firmamentos,
— Prece brilhando em fúlgido caminho!


Luta, mas vence o cárcere das trevas,
Sublimando o martírio a que te elevas,
Embora a própria angústia em pranto brades.


Extinta a noite do suplício extremo,
Desferirás teu voo alto e supremo
Na eternidade das eternidades!





Reformador — Abril de 1961.


Segundo consta do original, o soneto foi recebido em reunião da noite de 17/09/1959, sem referência de local.



Cruz e Souza
Francisco Cândido Xavier

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