Chão de Flores
Versão para cópiaTrovas avulsas
Amarguras? Passarão… Dificuldades? Não tema… Quem traz Deus no coração Resolve qualquer problema. Verdade incontrovertida: O amor que merece fé Só se conhece na vida Naquilo que amor não é. Lembra um monte em todo clima A vida com seus degraus, Quem serve prossegue acima, Quem não serve desce ao caos. Tristes afetos passados Dos tempos de sombra e pranto: Eis os filhos vinculados De que Freud falou tanto… Na luta é que se aprimora O pensamento inseguro. O sofrimento de agora É benção para o futuro. Ação é lavoura em massa, A censura é a tiririca, A crítica fala e passa O trabalho faz e fica. Ação no bem por mais simples É sempre elevada e bela; O sol — luzeiro gigante Não faz a função da vela. Se há defeitos em quem amas, Não te lamentes, nem grites, Que amor à frente da sombra É sempre luz sem limites. Do amor livre tenho a saga Na melhor saga do instinto, Onde o sexo se paga Amor é clarão extinto. Obsessão, a rigor, É o amor endividado Fazendo do obsessor A vida do obsedado. Ao desculpar a quem ama, O amor conhece porque, Porque amor em qualquer trama Vê tudo e faz que não vê… Sexo: afetos, cadilhos Em dolorosas esperas… Lutam nos pais e nos filhos Muitas paixões de outras eras. Em provas de paz e amor, Nas lutas de toda parte, O teu examinador É aquele que vem tentar-te. Reencarnação nos ensina A afeição que aperfeiçoa, Pois vemos quem mais amamos Nos braços de outra pessoa. Amor puro que conheço Ninguém fere ou desarruma, Ampara e serve sem preço Nem reclama cousa alguma. Espírito obsessor Não convive ao nosso lado Se trouxermos dia a dia O pensamento ocupado. Teto, sustento, alegria, Ascensão à luz do bem… Sem trabalho, dia a dia, Nada disso se obtém. Procurei os inimigos Que me separam do bem, Achei eu mesmo em combate, Não encontrei mais ninguém. Se tens paz, nada receies O medo é assim qual a bruma: Ante o sol que a desintegra Não tem existência alguma. Toda pessoa no mundo, No caminho a que se entrega, É tão rica do que dá Quanto é pobre do que nega. Mão que se oculta (Mt Esparzindo amor e paz, Por sombra alguma se ofende Nem cobra as bênçãos que faz. Ciúme seja em quem for Vem do amor como se diz, Mas de tudo o que há no amor É a parte mais infeliz. O maior dos infortúnios Na provação dos mortais: Esquecer o que se tem Para querer sempre mais. Eis a conquista da prece Que os homens não desfarão: Quando oras, Deus te aquece Por dentro do coração. No mar revolto do mundo, Não te rendas, guarda a fé Onda subindo mais alto É o retorno da maré. Sem Deus nas forças do afeto De que Deus possa dispor O tempo aparece e arrasa Qualquer espécie de amor. Injúria e ofensa na vida, — Tristeza e dor que se tem — Tudo leva de vencida Aquele que faz o bem. Diferença desmedida Num retoque quase à-toa; Levar uma boa vida E ter uma vida boa. Nosso amor puro se expressa Ao repartirmos o pão. Na manteiga é que começa O tempo da tentação. Dupla de normas à frente Que nada sabe do azar: Trabalhar constantemente, Servir sem desanimar. Cousa estranha!… O meu defeito Em mim é coisinha à-toa, Mas toma a forma de crime Se o vejo noutra pessoa. Na estrada por mais sombria Vence a neblina da prova. O termo de cada dia É sempre alvorada nova. Dos avisos do Universo Outro mais lindo não há: De toda cinza do mundo O Amor sobreviverá. |
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