Deus Conosco

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Grupo Espírita Emmanuel (GEEM) | São Bernardo do Campo - SP

Dr. Caio Ramacciotti


Instituto de Difusão Espírita (IDE) | Araras - SP

Sr. Wilson Frungilo Júnior

Dr. Hércio Marcos Cintra Arantes


Lar Espírita André Luiz (LEAL) | Petrópolis - RJ

Sra. Suzana Maia Mousinho

Sra. Maria Idê Cassãno Mousinho


Escola Jesus Cristo | Campos - RJ Sra. Hilda Mussa Tavares

Dr. Flávio Mussa Tavares


Casa de Chico Xavier | Pedro Leopoldo - MG

Sr. Hélcio Marques

Sr. Jhon Harley Madureira Marques

Sra. Adanira Deisiré Bergamaschi


Centro Espírita Luiz Gonzaga | Pedro Leopoldo - MG

Sra. Célia Diniz


Grupo Espírita Ephigênio Salles Víctor | Belo Horizonte - MG

Sr. Arnaldo Rocha



Francisco Cândido Xavier

Epígrafe

“Alma gêmea da minh’alma,

Flor de luz da minha vida,

Sublime estrela caída

Das belezas da amplidão!…


Quando eu errava no mundo

Triste e só, no meu caminho,

Chegaste, devagarinho,

E encheste-me o coração.


Vinhas na bênção dos deuses,

Na divina claridade,

Tecer-me a felicidade,

Em sorrisos de esplendor!…


És meu tesouro infinito,

Juro-te eterna aliança,

Porque eu sou tua esperança,

Como és todo o meu amor!”


(Século I)



poema de Públio Lentulus dedicado à esposa, Lívia, constante do romance mediúnico , psicografado por Chico Xavier e editado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), em 1939. Veja dados tipográficos da referida obra em .



Públio Lentulus Cornelius
Francisco Cândido Xavier

Apresentação

DEUS CONOSCO é o livro que dá sequência às revelações espirituais inéditas da psicografia de Chico Xavier, trazidas a lume em abril de 2006 pela prestimosa organização de Wanda Amorim Joviano, através do livro Sementeira de Luz, de autoria de seu avô Arthur Joviano, o benfeitor espiritual que todos conhecem pelo nome de Neio Lúcio.

Ambos os livros vieram ao mundo pelas abnegadas mãos de Francisco Cândido Xavier, através de cuja tarefa psicográfica tanto esclarecimento e consolação verteu dos planos mais altos da vida para a face da Terra, sedenta de luz para amenizar as suas dores e aflições.


Desta feita, contudo, o autor espiritual dessas mensagens recebidas em sua maioria no culto doméstico do Evangelho no lar da família Joviano, na Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, onde Chico Xavier trabalhava, é nada menos que o benfeitor da Espiritualidade Maior, .


Estou certo de que Emmanuel dispensa apresentações. No entanto, atrevo-me a lembrar aos nossos leitores o significado de seu nome em hebraico: Emmanuel significa DEUS CONOSCO, ou também a variância DEUS ESTÁ CONOSCO.


Encontramos no Evangelho de Mateus (Mt 1:22), a referência a uma profecia de Isaías (Is 7:14). Escreveu o Levita Mateus: “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome Emmanuel, que traduzido é: DEUS CONOSCO”.


Ora, não se ignora, então, que nas sagradas escrituras o Messias tão esperado pela Casa de Israel, o Filho de Deus, Senhor e Mestre de nossas vidas, que inicialmente se fez conhecido por Jesus, o Nazareno, e mais tarde como o Cristo de Deus, é também reconhecido pelo nome de Emmanuel, ou DEUS CONOSCO.


Prometera-nos o divino Mestre o envio do Consolador, em passagem unicamente relatada pelo apóstolo querido João Evangelista (Jo 14:16; Jo 14:25) como segue: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre. O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (…) “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (…) “Tenho-vos dito isto, estando convosco.” (…) “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”


Pois bem, a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec há exatos 150 anos, é o Consolador prometido por Jesus, inaugurando a terceira etapa da revelação divina aos homens de boa vontade no mundo terrestre.


Sem dúvida alguma, já podemos considerar hoje que o espírito de Emmanuel é um dos principais luminares da Vida Maior a responsabilizar-se por ser um autêntico intérprete do pensamento direto do Cristo, recordando-nos que DEUS ESTÁ CONOSCO. O próprio Chico Xavier no-lo revela como partícipe atuante da falange do Espírito da Verdade, aquela que se designa como Espírito Santo e reúne a legião dos Espíritos santificados na luz e no amor, e que cooperam com o Cristo desde os primórdios da humanidade.


Vemo-lo, por atestado público de Chico Xavier em entrevista dada a Fernando Worm, inserida à página 170 do livro Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, de Marlene Rossi Severino Nobre, editado pela Folha Espírita em 1997, quando este lhe pergunta: “Chico, você confirma que seu mentor espiritual Emmanuel é o mesmo que, sob tal nome, e no anonimato da equipe espiritual, elaborou com Allan Kardec a codificação de O Evangelho Segundo o Espiritismo e demais obras da codificação grafadas a partir de 1857?” Ao que Chico Xavier respondeu: “Creio que sim. Conservo para mim a certeza de que ele, Emmanuel, terá participado da equipe que colaborou na estrutura da codificação da Doutrina Espírita. A mensagem intitulada “”; no capítulo XI, item 11 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em que se faz referência a Pilatos, é de autoria do nosso benfeitor espiritual, não tenho dúvidas a esse respeito.”


Pois bem, é este mesmo espírito de escol, integrante da falange do Espírito da Verdade, que recebeu do Cristo a espinhosa missão de interpretar-lhe o próprio divino pensamento, de forma inequívoca e de maneira absolutamente original, fazendo-se o portador das notícias de Deus na revivescência do Cristianismo puro e simples dos tempos apostólicos, em pleno século XX da Era Cristã e no auge dos estertores da nossa civilização, no coração humilde e generoso das terras pacíficas do Brasil.


Em perfeita sintonia de propósitos superiores com o medianeiro fiel e dedicado que lhe foi Chico Xavier, a partir da década de 30 responsabilizou-se Emmanuel pela mais ampla produção bibliográfica de que se tem notícia em língua portuguesa, não só grafando diretamente as interpretações atualizadas do pensamento do Cristo, constante nos versículos do Novo Testamento, comentados na série Caminho, Verdade e Vida, mas também comentando brilhantemente textos da codificação espírita através da série Religião dos Espíritos, além de lançar luzes novas no conhecimento dos fatos históricos autênticos do Cristianismo primitivo, testemunhando-os pela série de seus esplêndidos romances a partir de Há 2000 anos… e Paulo e Estêvão.


Supervisionou, assim, como verdadeiro médium do Cristo de Deus, a insuperável produção mediúnica dos 437 livros da psicografia de Francisco Cândido Xavier, em consequente desdobre complementar necessário à tarefa de continuidade da construção do edifício da revelação espírita.


É por isto que ao editarmos este livro com as novas e originais notícias de Emmanuel não poderíamos pensar em lhe atribuir outro título senão aquele que por direito lhe pertence, como o justo e generoso salário do bom servidor, e que nos atinge em cheio o imo d’alma: DEUS CONOSCO, novamente!


Belo Horizonte, 18 de abril de 2007




Geraldo Lemos Neto
Francisco Cândido Xavier

À guisa de prefácio

Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes muita paz e alegria aos corações. Sem dúvida, meu caro Rômulo, não me seria lícito o alheamento às suas emoções de estudioso à face da “volta espiritual” ao passado, através dos recursos milagrosos do livro.


O Padre Nóbrega, indiscutivelmente, nos merece a melhor atenção e carinho. Aí na Esfera da carne é muito difícil ao educador a fundamentação de princípios para transmitir à mente infanto-juvenil as tradições respeitáveis de quantos nos prepararam o ninho coletivo na formação da Pátria. Quantas vezes, em minha condição de professor, fui defrontado por esses problemas torturantes dos hiatos históricos, que impossibilitavam a partitura verbal dos grandes amigos da nacionalidade no pretérito distante! Aqui, no entanto, restabelecemos o espírito de sequência e confiando-nos às tarefas pedagógicas, libertos de muitas das convenções asfixiantes que aí nos esterilizam os melhores propósitos de ensinar com fidelidade, podemos operar verdadeira transformação em nossos métodos de serviço, ligando as existências (quando é possível) de muitos personagens importantes do mundo numa só linha de evolução e realização, quando nos é dado reunir na Terra diversas contas diferentes.


Devidamente entendidos, é agradável comentar o esforço de Emmanuel na vanguarda do serviço de evangelização, pelo Espiritismo, nos domínios da língua portuguesa. Vemos agora que a obra de qualquer natureza, quando merece a aprovação das autoridades superiores, cresce com o seu fundador. Nesse sentido, é importante meditar nos pontos de contato entre a vida de Manoel da Nóbrega e a de Públio Lentulus [Vide próximo capítulo].


Pelo amor profundo, devotado por ele à inesquecível figura de , poderá você concluir das razões que levaram o esforçado jesuíta a dar o nome do grande apóstolo à cidade que lhe mereceu especiais cuidados no lançamento, a ponto de esperar o aniversário da conversão do doutor de Tarso, em janeiro, para iniciar os primórdios da grande metrópole brasileira, colocando-a sob a proteção do amigo da gentilidade.


É que também Paulo, na vida espiritual, jamais descansou. Quando o senador romano desencarnou, extremamente desiludido em Pompeia, foi contemplado com os favores do sublime convertido. Paulo sempre se consagrou às grandes inteligências afastadas do Cristo, compreendendo-lhes as íntimas aflições e o menosprezo injusto de que se sentem objeto no mundo, ante os religiosos de todos os matizes, quase sempre especializados em regras de intolerância.


Amparado pelo apóstolo dos gentios, conseguiu Públio Lentulus transitar nas avenidas obscuras da carne, em existências várias, até encontrar uma posição em que pudesse servir ao divino Mestre com o valor e com o heroísmo daquela que lhe fora companheira no início da Era Cristã.


E assim temos em Manoel da Nóbrega o homem de raciocínio elevado, entregue a si mesmo em plena selva, onde tudo se achava por fazer.


Noutro tempo, os livros prontos e as tribunas construídas, os direitos de família preestabelecidos e o dinheiro fácil, a sociedade constituída e o pedestal do poder para brilhar. Aqui, porém, eram a improvisação necessária e o deserto, as inibições do corpo deficiente, que lhe apagavam a voz de tribuno, e a insolência dos selvagens, recordando as feras do circo, à frente dos quais devia imolar-se, consumindo as próprias forças para doar-lhes uma vida nova.


Surgiam, ainda, a devassidão e o crime, a ignorância e a audácia, os perigos e ameaças mil, que o hábil político transformado em missionário deveria vencer, exibindo não mais a toga do poder e as armas dos seus guardas pessoais, mas sim o sinal da cruz, sem mais ninguém que não fosse a sua pertinácia nos compromissos assumidos.


Entretanto, superou os óbices de toda espécie, lutou, sofreu e venceu, não para estagnar-se, mas para prosseguir, séculos adentro, reesculpindo, com os poderes da ideia cristianizada, um povo diferente e um novo mundo dentro do mundo.


Você tem razão emocionando-se ante o contato revelador. Não é por acaso que isto acontece. Um trabalhador nunca opera só na continuidade dos serviços. Nóbrega podia ter vivido isolado no seu tempo, contudo, desde cedo agregaram-se a ele multidões de amigos, exaustos de mando, de poder e dominação, e a teia dos destinos foi convertendo em trabalho para a coletividade tudo o que era cristalização: do “eu” em luz quanto era sombra, em libertação espiritual o que era cárcere físico.


Da rocha emerge o diamante no curso dos milênios. Também a luz divina fluirá de nós outros um dia, quando a escória estiver abandonada no carvão que servirá de berço a outros diamantes no curso longo e paciente das eras.


O serviço do nosso amigo está longe de acabar. “É preciso criar espírito para o gigante”, costuma dizer. O gigante é a terra em que hoje nos situamos e o espírito é a luz com que devemos continuar erguendo os padrões de fraternidade mais alta e de mais avançado serviço com Jesus no Brasil todo.


Prossigamos, marchando à frente. Anos e dias correrão. Estejamos certos da brevidade de tudo o que se movimenta sobre a Terra para agirmos com segurança e paciência. Para construir é preciso lutar. E para colher é indispensável haver semeado. (…)


Boa noite para vocês, com meus votos de muita tranquilidade para todos. Com um forte abraço de carinho e saudade, sou o papai muito amigo e reconhecido de sempre,


3 de agosto de 1949.


* * *


[Pedro Leopoldo, 02 de setembro de 1957.]



Nota da Organizadora: em referindo-se à reencarnação de Emmanuel como o Padre Manoel da Nóbrega, jesuíta em missão evangelizadora no Brasil, no século XVI, assunto tratado mais adiante, à página 37, no capítulo intitulado “As vidas sucessivas de Emmanuel”.


Nota da Organizadora: Arthur Joviano refere-se à cidade de São Paulo de Piratininga, hoje São Paulo fundada em 25 de janeiro de 1556, pelos jesuítas Manuel de Paiva, Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, entre outros [Houve engano no ano de fundação da cidade de São Paulo, ocorrida por ocasião da celebração da 1ª missa nos altiplanos de Piratininga no dia 25/01/1554. Vide mensagem: ].


Nota da Organizadora: em referindo-se a Lívia Lentulus, esposa de Públio, cuja história inesquecível é narrada por Emmanuel no Há 2000 anos…, romance psicografado por Francisco Cândido Xavier em 1939.


: Todos os prefácios nos livros de Francisco Cândido Xavier foram recebidos na conclusão do livro, indicação segura de sua data de edição, embora, muitas vezes, houvessem sido publicados posteriormente, como é o caso do presente volume. A data colocada entre colchetes é a mesma da mensagem mais tardia deste livro impresso em 2007, que é a lição nº 395 intitulada “”. Lembramos ainda que a , foi colocada aqui, como seu título indica “À guisa de prefácio”.



Arthur Joviano
Francisco Cândido Xavier

As vidas sucessivas de Emmanuel


Temas Relacionados:




SIMAS, GRÃO-SACERDOTE DO EGITO
SÉCULO IX A.C.

Grão-sacerdote do templo de Ámon-Rã em Tebas, no Egito. Foi reitor da escola de Tanis e pai da futura rainha Samura-Mat, ou Semíramis, do império da Assíria, da Babilônia, do Súmer e do Akad. Viveu no século IX antes de Cristo e sua história é descrita na obra de Camilo Rodrigues Chaves, cujo título é Semíramis: rainha da Assíria, da Babilônia e do Súmer (LAKE, 1995).


CÔNSUL PÚBLIO CORNELIUS LENTULUS SURA
SÉCULOS 2 E I A.C.

Cônsul à época de Lucius Sergius Catilina, conspirador e inimigo de Sulla e Cícero, condenado à morte no ano 63 a.C. Partidário e amigo particular de Lucius Sergius Catilina, tentou apoiá-lo várias vezes a conquistar o consulato, inclusive cerrando fileiras com a parceria dos líderes democratas César e Crasso. Esperavam aprovar um projeto apresentado pelo tribuno Sérvio Rulo, que afirmava, em escala bem mais ampla, a lei agrária de Caio Graco. Tinham como inimigos a oposição do Senado e a perseverança de Marco Túlio Cícero, que acabou sendo eleito para o consulato, derrotando as pretensões da Lei de Rulo em 63 a.C. Com o inevitável, Catilina perdeu o apoio de César e de Crasso, iniciando, ao lado de Públio Lentulus Sura, uma anárquica revolta, simultânea em Roma e na Etrúria. Pretendiam o massacre dos magistrados e senadores, ateando fogo à cidade de Roma e assumindo o seu controle, enquanto os veteranos de seu aliado, Sila, marchariam da Etrúria para tomar a cidade e organizar um novo governo. Descoberta a conspiração, graças à vigorosa ação de Marco Túlio Cícero, Catilina foi expulso de Roma, enquanto os seus partidários mais diretos, dentre os quais Públio Lentulus Sura, foram presos em Roma e executados sem julgamento por proposta de Catão, o moço, apoiado por Marco Túlio Cícero e com a aprovação do Senado. Finalmente, o exército de Catilina foi derrotado e ele tombou na batalha. Públio Lentulus Cornelius Sura foi o segundo esposo de Júlia, mãe do conhecido General Marco Antônio, que, anos mais tarde, participaria do segundo triunvirato romano junto com Lépido e Otávio.


SENADOR PÚBLIO LENTULUS CORNELIUS
ÉPOCA DO CRISTO

Senador romano que exercia funções legislativas e judiciais, de acordo com os direitos de descendência de antiga e tradicional família de senadores e cônsules da república. Unido em matrimônio com Lívia, teve dois filhos: Flávia Lentúlia e Marcus. Desencarnou no ano 79 d.C. em Pompeia, vítima da tragédia do Vesúvio. Fora o legado romano do imperador Tibério César na província da Palestina, à época das pregações de Mt 4:12, comissionado para investigar as acusações de corrupção que pesavam contra o governador Pôncio Pilatos.


ESCRAVO NESTÓRIO
SÉCULO II

De origem judia, apesar de nascido em Éfeso, Grécia. Criou-se às margens do Mar Egeu, onde constituiu família. Chegou a ouvir, na infância, as pregações de João Evangelista, tendo colaborado com ele na evangelização da Ásia Menor. Foi escravizado por romanos na Judeia. Tinha um filho, de nome Ciro. Ambos foram martirizados no circo romano ao tempo da perseguição aos adeptos do Cristianismo, durante reinado de Élio Adriano. Seu drama está descrito por ele mesmo através da mediunidade de Chico Xavier no magnífico romance 50 anos depois. Também o Espírito de Theophorus, pela psicografia de Geraldo Lemos Neto, relata sua trajetória ao lado do apóstolo João Evangelista, no romance histórico Ignácio de Antioquia.


FILÓSOFO BASÍLIO
SÉCULO III

Romano, filho de escravos gregos, pelo ano de 233 vivia em Chipre como liberto, dedicando-se a estudos filosóficos. Foi casado com a escrava Júnia Glaura, com quem teve uma filha, ambas mortas precocemente. Em Chipre, a vida lhe deu uma outra filha, Lívia, para a qual viveu até o fim de seus dias. Para criar a filha adotiva, tornou-se afinador de instrumentos musicais, transferindo-se para Marselha, onde a educou. Desencarnou supliciado em Lyon, ao tempo do governo de Treboniano Galo nas Gálias, após perseguição aos cristãos da igreja local.


BISPO DE REIMS | SÃO REMÍGIO
SÉCULOS 5 E VI

De família nobre e religiosa, nasceu Remígio na cidade de Lyon, em 439. Inteligente, talentoso e disciplinado, foi considerado o maior orador sacro do reino dos francos pela sua especialidade em retórica. Era distinguido por sua pureza de espírito, seu grande amor a Deus e ao próximo, e pela fé ardente. Foi eleito Bispo de Reims ainda muito jovem, onde permaneceu por 60 anos, sendo considerado o apóstolo dos pagãos nas Gálias. Foi o grande conselheiro e, ao lado da rainha Clotilde, responsável pela conversão de Clóvis 1, o primeiro rei dos francos, depois de suas vitórias sobre os povos da Gália, a quem disse em 496: “Abaixa a tua cabeça, oh, sicambro altivo! Adora o que queimaste e queima os que adoraste!” Pelo seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização, fortaleceu os alicerces do Cristianismo no território francês. Ensinava não somente aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado. Desde a sua morte, em janeiro de 535, aos 96 anos de idade, foi aclamado pela população humilde como um santo. Mais tarde, considerado santo pela Igreja Católica Romana com o nome de São Remígio, teve o seu dia consagrado, o dia 3 de outubro, curiosamente o mesmo dia em que, séculos adiante, nasceria Allan Kardec, na sua mesma cidade natal de Lyon, em 1804. Em 1853, quando reconheceram o seu túmulo, seu corpo foi encontrado ainda intacto, onde até hoje é visitado na Abadia Beneditina de Reims. Entre os seus ditos e ensinos, podemos destacar como dois de seus lemas: “Sê paciente e perseverante nas provações!” e “Sê corajoso em empreender o bem!”


PADRE MANOEL DA NÓBREGA
SÉCULO XVI

Nasceu em Entre-Douro-e-Minho, Portugal, no ano de 1517. Em 1541, formou-se bacharel em Direito Canônico e Filosofia na Universidade de Coimbra. Três anos depois veio para o Brasil, sob ordens da Companhia de Jesus, com a missão de proteger e converter os indígenas à fé cristã, além de fundar igrejas e seminários. Em 1552, acompanhou o governador Tomé de Sousa à capitania de São Vicente e, dois anos depois, colaborou na fundação de São Paulo. Em 1559, foi demitido do cargo de provincial no Brasil, sendo substituído pelo Padre Luís da Graça. Mesmo assim, auxiliou o governador Mem de Sá na expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Escreveu “Terras do Brasil”, “Cartas da Bahia e de Pernambuco”, publicadas em Veneza entre 1559 a 1570. Desencarnou no Rio de Janeiro antes de assumir o antigo posto. [Vide também o que Emmanuel relata na lição intitulada “”]


PADRE DAMIANO
SÉCULO XVII

Nascido em 1613, na Espanha. Aos 50 anos, residia em Ávila, Castela-a-Velha, oficiando na 1greja de São Vicente. À época da instauração do Santo Ofício, revelou ideias diferentes, combatendo o fanatismo da Igreja Católica e as injunções políticas da Inquisição. Acreditava na imortalidade da alma e na pluralidade das existências e, embora envergando o labor no ministério católico, abraçava, no íntimo, as premissas da Doutrina Espírita, antes mesmo de seu aparecimento, no século XIX. Desencarnou no Prebistério de São Jaques do Passo Alto, no burgo de São Marcelo, em Paris, em idade avançada.


EDUCADOR JEAN JACQUES TURVILLE
SÉCULO XVIII

Educador da nobreza e prelado católico romano no período que antecede à Revolução Francesa. Viveu na região norte da França até a época do recrudescimento do Terror, quando decidiu fugir da ferocidade revolucionária, encaminhando-se para a Espanha, onde passou a viver até a morte.


EMMANUEL, ESPÍRITO INTEGRANTE DA FALANGE DO ESPÍRITO DA VERDADE
SÉCULO XIX

Emmanuel, como espírito liberto integrante da falange do Espírito da Verdade, encarregada pelo Cristo de inaugurar no mundo o advento do Consolador, colaborou ativamente no plano espiritual na estrutura da codificação espírita de Allan Kardec, tendo, inclusive, escrito a mensagem intitulada “”, inserida no item 11 do Capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em que menciona a figura de Pôncio Pilatos.


PADRE AMARO, SACERDOTE NO BRASIL
SÉCULOS 11X E XX

Humilde sacerdote católico romano encarnado no último quartel do século XIX, no Estado do Pará, Brasil, com a finalidade de se mergulhar mentalmente na língua portuguesa contemporânea, preparando-se para a missão que lhe seria confiada no vindouro século XX. Reencarnou em abastada família paraense, de origem mulata, e depois de sagrado sacerdote dirigiu-se à cidade do Rio de Janeiro onde passou a dedicar-se à condução da pregação do Evangelho de Jesus, reunindo naquela pequena paróquia milhares de ouvintes de todos os bairros do Rio de Janeiro, que faziam questão de chegar muito cedo para ouvi-lo assentados. Nesta ocasião, travou particular conhecimento com o insigne médico Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, com quem conversou abertamente sobre a codificação espírita. Segundo informação de Chico Xavier, ele pediu esta reencarnação por ter necessidade interior de recolhimento, para ficar esquecido das personagens de destaque que, historicamente, vinha vivenciando nas suas diversas etapas reencarnatórias, a fim de ter tempo e silêncio para meditar e estudar convenientemente o Evangelho do divino Mestre. Seu retrato, ainda há pouco tempo, encontrava-se na sacristia da referida igreja no bairro carioca de Bonsucesso. Viveu pouco na Terra, retornando à pátria espiritual nas primeiras décadas do século XX, a tempo de assumir a condução espiritual da tarefa que lhe estaria afeita por determinação de Jesus, guiando, em nome do Espírito da Verdade, a missão psicográfica do médium Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo | MG, para quem aparece, inicialmente, em 1931. No livro , de Hércio Marcos Cintra Arantes, IDE, capítulo 32, páginas 183-184, há uma interessante mensagem psicografada por Chico, em 15 de maio de 1934, em que o benfeitor Emmanuel relata a sua própria desencarnação nesta época, com sua consequente chegada ao Mundo Maior.


EMMANUEL, ESPÍRITO RESPONSÁVEL PELA OBRA MEDIÚNICA DE CHICO XAVIER
SÉCULO XX

“Quem é Emmanuel? Se alguém ainda, no Brasil, articular esta pergunta, nestas páginas despretensiosas encontrará singela, embora naturalmente incompleta, resposta. Emmanuel é o nobre espírito responsável por um grande trabalho missionário na pátria do Evangelho. É o guia espiritual do médium Francisco Cândido Xavier, o universalmente famoso Chico Xavier, o humilde Chico, que está no coração agradecido de todos os espiritistas brasileiros e ainda além de nossas fronteiras. Esse trabalho fecundo — todos de relevante e inegável valor, doutrinário e literário, devemos ao dinamismo espiritual de Emmanuel. É a realidade da grande missão do livro mediúnico espírita, sob a esclarecida liderança do nobre benfeitor! Alma profundamente possuída de espírito evangélico, Emmanuel tem prodigalizado, através de inúmeras formas de amparo espiritual, conforto e esclarecimento a legiões de criaturas aflitas e torturadas. Coração generoso, sabe repartir-se continuamente, na ubiquidade do amor e da simpatia, atendendo aos sofredores que o buscam. Polígrafo admirável, aí estão seus esplêndidos livros — (…) — que seu filho espiritual psicografou, sobre os mais variados temas, em feliz abordagem dos mais complexos e transcendentes assuntos, num estilo diáfano e comunicativo, entre belezas de simplicidade e sentimento. Sábio condutor de almas, sua palavra de luz se tem dirigido, sem distinções, a todos os que lhe batem à porta do coração, em dádivas de paz, de esclarecimento e bom-ânimo, na univocidade do espírito evangélico. Emmanuel é o bondoso e sábio instrutor espiritual que superintende o vasto movimento de espiritualidade iniciado no Brasil com o despontar das faculdades mediúnicas de Chico Xavier. Talvez nem todos calculem quanto lhe deve o Brasil Espírita, por desconhecerem os ascendentes que estruturam as atividades dos missionários da Luz, junto ao médium Xavier. Emmanuel é o responsável perante a hierarquia espiritual que nos governa, por todo o trabalho mediúnico que se iniciou em Pedro Leopoldo e continua, fecundo como sempre, em Uberaba. É ele o supervisor, o coordenador de toda a obra literário-mediúnica de Chico Xavier. Foi ele quem, no início dos anos 30, reuniu seleta plêiade de nossos bardos, que provocaram o grande impacto no ambiente cultural do Brasil com o inconfundível Parnaso de Além Túmulo, fenômeno que se repetiu em 1962 com a não menos maravilhosa Antologia dos 1mortais. Foi Emmanuel quem nos restituiu o admirável cronista Humberto de Campos, redivivo, com suas mensagens, suas reportagens do Além, seu admirável Boa Nova, seu Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho e suas iluminadas páginas sob a chancela do Irmão X. Ao magnânimo benfeitor, devemos essa obra portentosa, de indescritível beleza, que é Falando à Terra, em que podemos ouvir os apelos e as advertências de grandes espíritos. Foi ele quem projetou essa fascinante obra de revelação espiritual das esferas invisíveis que nos envolvem o planeta, confiada à inteligência brilhante de André Luiz, que vem trazendo com seus livros, numa inestimável contribuição à obra iniciada por Allan Kardec, obra de iluminação da consciência humana. A ele, alma de escol, ao seu espírito de organizador, de autêntico chefe espiritual, devemos a beleza, a luz, a pureza ortodoxa da prodigiosa produção mediúnica do fidelíssimo Chico Xavier, em que têm cooperado centenas de obreiros espirituais, desde as primeiras revelações do além-túmulo, orvalhadas pelas lágrimas maternais de Maria de São João de Deus até os poemas cheios de ternura de Auta de Souza, Maria Dolores, Meimei, Francisca Clotilde, Irene Souza Pinto. A ele ainda, à sua esclarecida visão dos mais conturbadores ou silenciosos problemas humanos, é devido o atendimento a multidões de necessitados e a infindáveis fileiras de sofredores, beneficiados pela aproximação de laços afetuosos do “outro lado da vida”; através de mensagens confortadoras e inconfundíveis de corações amigos, ou por socorros espirituais de várias espécies. Foi esse magnânimo e sábio espírito que apresentando-se com o nome de Emmanuel apareceu numa tranquila tarde dominical de Pedro Leopoldo, no ano de 1931, a um jovem de vinte anos tímido, puro, sincero, para dar início a uma grande missão.” — Clóvis Tavares.


NOVA REENCARNAÇÃO
SÉCULO XXI

“Conforme atestam várias pessoas que conviviam na intimidade com o médium Chico Xavier, por afirmativas dele mesmo, o espírito do benfeitor Emmanuel já está entre nós, na face da Terra, pela via da reencarnação. Um destes depoimentos, da Sra. Suzana Maia Mousinho, presidente e fundadora do Lar Espírita André Luiz (LEAL), de Petrópolis | RJ, amiga do médium desde 8 de novembro de 1957, Francisco Cândido Xavier lhe confidenciou detalhes sobre a reencarnação de Emmanuel, que voltaria à Terra no interior do Estado de São Paulo, no seio da família constituída pelo casal D. Laura e Sr. Ricardo, personagens do livro Nosso Lar, de André Luiz. Tempos depois, novamente o estimado médium Chico Xavier tornou a tocar no assunto em pauta com D. Suzana, afirmando ter presenciado o retorno à vida física de seu benfeitor no ano de 2000, vendo, então, confirmadas as previsões espirituais a respeito. Este fato está em sintonia com depoimentos públicos do médium mineiro em três ocasiões distintas, veiculados em dois de seus livros publicados, a saber:

a) no livro Entrevistas, (IDE, 1971), quando, respondendo à questão 61, sobre a futura reencarnação de Emmanuel, Chico Xavier disse: “Ele (Emmanuel) afirma que, indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isso se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década”,

b) também no livro A Terra e o Semeador, (IDE, 1975), quando, respondendo à pergunta de número 33, Chico Xavier disse: “Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física.”; e,

c) assim também vamos observar outra confirmação de Chico sobre o assunto no livro organizado pela Dra. Marlene Nobre, e editado em 1997 pela Folha Espírita, cujo título é Lições de Sabedoria, que traz à página 171 da segunda edição a pergunta de Gugu Liberato a Chico Xavier: “É verdade que o espírito Emmanuel, que lhe ditou a base do Espiritismo prático no Brasil, se prepara para reencarnar?” Ao que Chico respondeu: “Ele diz que virá novamente, dentro de pouco tempo, para trabalhar como professor.”

Também uma vez, conversando comigo em Uberaba, e falando sobre a volta de Emmanuel, Chico nos confidenciou: “Geraldinho, o nosso compromisso, meu e de Emmanuel, com o Espiritismo na face da Terra tem a duração de três séculos, e só terminará no final do século XXI.”




NOTAS DO EDITOR

Revelação do Espírito do ex-presidente da União Espírita Mineira (UEM), Camilo Rodrigues Chaves, através do médium Chico Xavier, na residência de Maria Philomena Aluotto Berutto, D. Neném, na presença de diversos confrades como Zeca Machado, Adélia Machado de Figueiredo, Paulo e Wanda Noronha, Ademar Dias Duarte, Bady Elias Cury, José Martins Peralva Sobrinho e Jupira Silveira Peralva, e Arnaldo Rocha. Informação confirmada décadas adiante em conversa particular com Geraldo Lemos Neto. Veja dados tipográficos da obra mencionada em .


Fonte: . Acesso em 21 mar 07.


Revelação do próprio Espírito de Emmanuel, constante do primeiro capítulo do romance Há 2000 anos…, da psicografia de Chico Xavier. Veja dados tipográficos do referido livro em . O texto acima foi referenciado na obra História de Roma, de M. Rostovtzeff, Capítulo 11, páginas 124-127, 5. ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1983.


O drama de Emmanuel está descrito por ele mesmo através da mediunidade de Chico Xavier no excelente romance Há 2000 anos….


Vide dados tipográficos das referidas obras em .


Vide dados tipográficos da obra Ave, Cristo!, psicografada por Chico Xavier, em .


Esta reencarnação de Emmanuel foi dada em revelações do médium Chico Xavier à família de seu amigo e biógrafo Clóvis Tavares, da cidade de Campos | RJ. Fontes: | www.luzdavida.org.br | | www.webcatolica.com.br/aigreja/santos | . Acessos em 21 mar 2007.


A reencarnação como Manoel da Nóbrega foi uma revelação do Espírito de Neio Lúcio | Arthur Joviano, como consta na mensagem de 3 de agosto de 1949, psicografada na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo | MG por Chico Xavier, e incluída como . As informações descritas acima, bem como a imagem da página 37 [no livro impresso] foram retiradas do site . Acesso em 21 mar 07.


Revelação do próprio Emmanuel, constante do romance Renúncia, da psicografia de Chico Xavier. Vide dados tipográficos da referida obra em .


Revelações do médium Chico Xavier a Arnaldo Rocha.


Revelação do médium Chico Xavier em entrevista concedida a Fernando Worm, do Rio Grande do Sul, inserida na página 170 da edição de 1997 do livro lições de Sabedoria: Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, de Marlene Rossi Severino Nobre.


Revelação feita pelo médium Chico Xavier em conversa particular com Geraldo Lemos Neto e também com os amigos Clóvis e Hilda Tavares, da cidade de Campos | RJ, e Suzana Maia Mousinho, da cidade do Rio de Janeiro. A referida mensagem encontra-se reproduzida à página 55 deste volume “”.


A bibliografia mediúnica de Francisco Cândido Xavier já consta de 437 volumes. Este texto consta da obra Amor e Sabedoria de Emmanuel, de Clóvis Tavares. Vide dados tipográficos em .


Texto retirado do livro , da nota explicativa ao pé do Prefácio Espiritual, elaborada pelo editor do Vinha de Luz — Serviço Editorial, Geraldo Lemos Neto, à página 21 da primeira edição. Vide dados tipográficos da referida obra em .



Francisco Cândido Xavier

A título de esclarecimento


Temas Relacionados:

Sobre o núcleo familiar Joviano

A consulta feita a respeito do Espírito de Arthur Joviano, durante reunião realizada na casa de Chico Xavier, em 14 de agosto de 1935, e respondida por Emmanuel, consta do livro , à página 69. No referido livro, às páginas 70-72, consta a em 9 de outubro de 1935.


Em 13 de novembro deste mesmo ano, foi realizada a primeira reunião do Grupo Doméstico Arthur Joviano, na residência de Rômulo Joviano e Maria Amorim Joviano, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Desta data em diante, todas as quartas-feiras, o Grupo se reuniu sempre com as presenças física de Chico Xavier e espiritual de Emmanuel.


Ao prezado leitor é importante ressaltar que tais comunicações trouxeram revelações importantíssimas sobre o núcleo familiar Joviano, unido através dos séculos pela irrevogável lei da reencarnação, confirmando os compromissos redentores que assumimos na Espiritualidade junto daqueles que amamos e dos que ainda não amamos o bastante.


Algumas das personalidades citadas neste livro também aparecem nos romances 50 anos depois e Renúncia, ligadas que são ao benfeitor Emmanuel na cadeia das vidas sucessivas rumo à redenção.

Os que já conhecem e se emocionaram com o drama de Célia e a história inesquecível de Alcíone encontrarão aqui:

— Neio Lúcio | Jaques Duchesne Davenport como Arthur Joviano,

— Hevídio Lúcio | Cirilo Davenport como Rômulo Joviano,

— Alba Lucínia | Madalena 5ilamil como Maria Amorim Joviano,

— Fábio Cornélio | D. Inácio Ortegas Vilamil como General Aurélio Amorim,

— Júlia Spinter | D. Margarida Vilamil como Júlia Pêgo Amorim,

— Túlia Cevina | Colete como Aurélia Amorim, envolvidos pelo extremado carinho do amigo incansável e amoroso, que durante décadas amparou e fortaleceu a todos na magna tarefa de divulgação da Doutrina Espírita, ao lado de Chico Xavier.



Sobre o uso da prancheta

Conforme o leitor verificará ao longo deste livro, algumas mensagens foram recebidas com o auxílio da prancheta, por indicação do próprio Emmanuel, que, na qualidade de orientador das tarefas psicográficas que deram origem à extensa bibliografia do médium Chico Xavier, solicitou a inclusão da pontuação ao alfabeto existente, aprimorando sobremaneira a recepção das mensagens, proporcionando a integralidade de seu entendimento. Neste trabalho, revezavam-se com Chico Rômulo e Maria — na maioria das vezes —, ora impondo as mãos, ora anotando.

A título de informação, e de conformidade com o Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, de João Teixeira de Paula, a prancheta é conceituada como segue:


“(…) Peça móvel em que há um indicador (ou ponteiro), que percorre mediunicamente o alfabeto (em forma de quadrante), os algarismos de 0 a 9 e as palavras SIM e NÃO ali colocados e por meio dos quais se obtém comunicações espiríticas. Um autor, que naturalmente muito lidou com a prancheta, assim a descreve: “Por meio da prancheta obtém se extensas comunicações, sem demasiada fadiga para o médium. A prancheta deve ser, de preferência, de madeira lisa ou polida, com as dimensões de cerca de dezoito por dezoito centímetros. Num dos bordos haverá um cartão resistente para designar as letras e os algarismos inscritos no quadro. Este quadro é constituído por uma folha de papel resistente, com as dimensões de quarenta e cinco por trinta, no qual se inscrevem, em duas linhas, as letras do alfabeto suficientemente distanciadas umas das outras. Uma terceira linha é reservada para os algarismos de zero a dez. Por baixo desta terceira linha são inscritas as palavras “sim” e “não”; à direita do quadro. A prancheta só necessita de um médium e de uma única mão — e é assim que se obtém os melhores resultados, conquanto certos experimentadores não consigam utilizá-la senão com duas pessoas que pousem a mão perto uma da outra. O quadro é colocado em cima de uma mesa: o médium pousa a mão estendida na parte inferior direita do alfabeto. E indiferente pôr uma ou outra mão. É nesta atitude que se aguarda que a prancheta se mova. (…) quando a prancheta está prestes a mover-se, o médium sente, geralmente, um formigamento no braço, no pulso ou nos dedos. O aparelho, então, dirige-se para as letras suscetíveis de formar palavras e, depois, frases. A prancheta necessita de muito pouco fluido e o médium não sente a menor fadiga. (…) O uso assíduo da prancheta é um bom caminho para a mediunidade de incorporação. (…) Prancheta, no sentido espirítico, é galicismo, pois provém do nome de seu inventor, Planchette, espírita francês que, em 1853, teve a feliz ideia da invenção do dispositivo mediúnico.”


Wanda Amorim Joviano

Organizadora




Palavras de Emmanuel

“A CADA UM CABE UMA RESPONSABILIDADE, EM VISTA DE QUE ESTE SERVIÇO É ORIGINARIAMENTE DO ALTO. NO QUE ME TOCA, AINDA NÃO PRODUZI COISA ALGUMA, SENDO QUE TENHO TÃO-SOMENTE RECEBIDO PARA TRANSMITIR E SINTO-ME FELIZ POR TER CUMPRIDO O MEU COMPROMISSO DE ENTREGAR À CIRCULAÇÃO GERAL AS IDEIAS RENOVADORAS QUE NOS FORAM CONFIADAS.”


Emmanuel

(Psicografado pelo médium Chico Xavier em 11 de abril de 1945, no Grupo Doméstico Arthur Joviano, Pedro Leopoldo | MG.)



Nota da Organizadora: PRANCHETA. In: PAULA, João Teixeira de. Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo. São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1970. p. 71-73.



Wanda Amorim Joviano
Francisco Cândido Xavier

Bibliografia indicada

AMORIM, Wanda Joviano (Org.); XAVIER, Francisco Cândido. Sementeira de luz. Ditado pelo Espírito de Neio Lúcio. 2. ed. Belo Horizonte: Vinha de Luz, 2006.

ARANTES, Hércio Marcos Cintra (Org.). Notáveis reportagens com Chico Xavier. São Paulo: IDE, 2002.

BÍBLIA SAGRADA. A. T. Eclesiástico. Porto: Tipografia Porto Médico, 1930.

CHAVES, Camilo. Semírames: rainha da Assíria, de Babilônia e do Súmer. 4. ed. São Paulo: LAKE, 1995.

LÚCIO, Vera. No roteiro do Evangelho. Ditado pelo Espírito de Ottília. São Paulo: IDE, 1989.

NETO, Geraldo Lemos. Ignácio de Antioquia. Ditado pelo Espírito de Theophorus. Belo Horizonte: Vinha de Luz, 2005.

NOBRE, Marlene Rossi Severino. Lições de sabedoria: Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita. São Paulo: Folha Espírita, 1997.

PALHANO, Jr. L. Dicionário de filosofia espírita. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2004.

PAULA, João Teixeira de. Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo. São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1970.

RAMACIOTTI, Caio (Org.); XAVIER, Francisco Cândido. Mensagens de Inês de Castro. Ditado pelo Espírito de Inês de Castro. 4. ed. São Paulo: GEEM, 2006.

RAMACIOTTI, Caio (Org.); XAVIER, Francisco Cândido. Mensagens de Inês de Castro. Ditado pelo Espírito de Inês de Castro. 8. ed. São Paulo: GEEM, 2007.

RODRIGUES, Wallace Leal V. A esquina de pedra. 9. ed. São Paulo: O Clarim, 2003.

ROSTOVTZEFF M. História de Roma. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983.

TAVARES, Clóvis. Amor e sabedoria de Emmanuel. 10. ed. São Paulo: IDE, 1996.

UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA. Belo Horizonte. Chico Xavier: mandato de amor. 4. ed. Belo Horizonte: UEM, 1997.

XAVIER Francisco Cândido. Agenda cristã. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1948.

XAVIER Francisco Cândido. Ave, Cristo! Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1953.

XAVIER Francisco Cândido. Alvorada cristã. Ditado pelo Espírito de Neio Lúcio. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1948.

XAVIER, Francisco Cândido. A terra e o semeador. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. São Paulo: IDE, 1975.

XAVIER, Francisco Cândido. Bastão de arrimo. Ditado pelo Espírito de William Machado de Figueiredo. Belo Horizonte: União Espírita Mineira, 1984.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho verdade e vida. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1949.

XAVIER Francisco Cândido. Coletânea do além. Ditado por Espíritos diversos. 2. ed. São Paulo: FEESP 1943.

XAVIER, Francisco Cândido. Entrevistas. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. São Paulo: IDE, 1971.

XAVIER Francisco Cândido. Há 2000 anos… . Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1939.

XAVIER Francisco Cândido. Jesus no lar. Ditado pelo Espírito de Neio Lúcio. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1950.

XAVIER, Francisco Cândido. Lázaro redivivo. Ditado pelo Espírito de Irmão X. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1946.

XAVIER Francisco Cândido. Libertação. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1949.

XAVIER Francisco Cândido. Luz acima. Ditado pelo Espírito de Irmão X. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1948.

XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1945.

XAVIER, Francisco Cândido. No mundo maior. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1947.

XAVIER, Francisco Cândido. Nosso lar. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944.

XAVIER, Francisco Cândido. Nosso livro. Ditado por Espíritos diversos. São Paulo: LAKE, 1950.

XAVIER, Francisco Cândido. Obreiros da vida eterna. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1946.

XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1941 .

XAVIER, Francisco Cândido. Os mensageiros. Ditado pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1943.

XAVIER, Francisco Cândido. Parnaso de além-túmulo. Ditado por Espíritos diversos. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1932.

XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1941.

XAVIER, Francisco Cândido. Pontos e contos. Ditado pelo Espírito de Irmão X. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1951.

XAVIER, Francisco Cândido. Renúncia. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944.

XAVIER, Francisco Cândido. Reportagens de além-túmulo. Ditado pelo Espírito de Humberto de Campos. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1945.

XAVIER, Francisco Cândido. Vem e ajuda. Ditado pelo Espírito de Auta de Souza.

XAVIER, Francisco Cândido. Voltei. Ditado pelo Espírito de Irmão Jacob. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1949.

XAVIER, Francisco Cândido. 50 anos depois. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1940.



Francisco Cândido Xavier

Na tarefa mediúnica


: Chico, em seu primeiro encontro com Emmanuel, ele enfatizou muito a disciplina. Teria falado algo mais?


: “Depois de haver salientado a disciplina como elemento indispensável a uma boa tarefa mediúnica, ele me disse: “Temos algo a realizar.” Repliquei de minha parte qual seria esse algo e o benfeitor esclareceu: “Trinta livros para começar!” Considerei, então: como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos, além do nosso próprio trabalho diário, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!… Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei: “Será que meu pai vai tirar a sorte grande?” Emmanuel respondeu: “Nada, nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na providência de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!” Algum tempo depois, enviando as poesias de Parnaso de Além-túmulo para um dos diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o livro aceito e publicado em 1932. A este livro seguiram-se outros e em 1947 atingimos a marca de 30 livros. Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: “Agora começaremos uma nova série de trinta volumes.” Em 1958, indaguei-lhe novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de janeiro de 1959. O grande benfeitor explicou-me, com paciência: “Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe chegar ao limite de 100 livros.” Fiquei muito admirado e as tarefas prosseguiram. Quando alcançamos o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de nossos compromissos. Ele esclareceu, com boa vontade: “Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.” Muito desapontado, perguntei: “Então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida atual?” Emmanuel acentuou: “Sim, não temos outra alternativa!” Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a interrogar: “E se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos portadores do livre-arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos?” Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e me cientificou: “A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade da Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico!” Quando eu ouvi sua declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei a chamar de “desígnios de Cima”.




Em entrevista concedida a Geraldo Lemos Neto, em Uberaba | MG, em 17 de julho de 1988.

Nota da Editora: Transcrito do livro , páginas 259/260, UEM, 4. ed., 1997.

Esta entrevista foi igualmente reproduzida pelo IDEAL e é a 4a lição do livro “.”



Francisco Cândido Xavier

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Mateus 1:22

Tudo isto, aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz:

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Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.

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João 14:16

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;

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João 14:25

Tenho-vos dito isto, estando convosco.

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Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galileia.

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