Gotas de Luz
Versão para cópiaGrãos da Verdade
Se pretendes grande prêmio, Bela vida e boa fama, Não te faças tagarela, Nem te demores na cama. Suporta com paciência As dores de teu roteiro. Mais vale a senda espinhosa Que as mãos de mau companheiro. Dois dardos arremessamos, Lacerando o coração: — O insulto que sai da boca E a pedra que sai da mão. Não publiques teu desgosto Por mais humilde e singelo. Quando o touro cai na praça Alguém afia o cutelo. Cultiva o silêncio amigo. O tolo que cerra os lábios Pode ser admitido Como sábio entre os mais sábios. Se procuras a alegria, Sonhando dias serenos, Pensa muito na jornada, Fala pouco e escreve menos. No serviço construtivo, Guarda a vida bem segura. Meio palmo de preguiça Traz dez léguas de amargura. Quem adota por sistema Cerimônia e condição, Começa gozando a paz E acaba na solidão. Haja pranto na bigorna, Haja aspereza no malho, Ergue o corpo cada dia Para a bênção do trabalho. De opiniões tresloucadas Não te percas ao sussurro. O burro que vai a Roma Segue asno e volta burro. A caridade cortês, Desconhecida no Céu, Costuma esconder a bolsa E arregaçar o chapéu. Quem foge à paz e à bondade Semeia discórdia e treva. Toda obra sem amor É folha que o vento leva. |
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 11.
Para visualizar o capítulo 11 completo, clique no botão abaixo:
Ver 11 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?