Pétalas da Primavera
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Notas do perdão
Muito embora não pareça, Nas provações a transpor, O ódio, frequentemente, É o lado avesso do amor. Sofrestes duros reveses, Golpe, injúria, ingratidão… Mas, tudo isso se apaga Na água limpa do perdão. O adversário em família, Cultivador de pedradas, É um antigo desafeto De nossas vidas passadas. Conciliação compulsória, Em muitos casos já vi; Não adianta odiar, Reencarnação vem aí. Antônio matou José Por ciúme de Ana Passos; Mas, José hoje é o filhinho Que ele acalenta nos braços. Janjão liquidou Joaquim, Joaquim, irmão dos Germanos; Está na cela do ódio Há cinquenta e cinco anos. Se alguém te ofendeu nos brios, Vingar-se não vale a pena, Quase sempre quem se vinga Cai naquilo que condena. Nas tricas da profissão Quem queira se promover, É viver, dia por dia A perdoar e esquecer. Ressentimentos na vida, Sejam de mais ou de menos, Fazem doenças no corpo Quais perigosos venenos. Enfrenta guerras em casa Só porque buscas a paz: Usa a luz da tolerância, Perdoando, vencerás. |
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