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Capítulo XIII

Donativo de amor


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Filhos, o Senhor nos abençoe.

Nas reflexões a que somos induzidos pela caridade, recordemos nós mesmos na construção do Mundo Melhor, com a bênção de Jesus.

Efetivamente, o Senhor nos concede:

o ambiente de trabalho;

o veículo de manifestação;

a luz do entendimento;

o clarão da verdade;

o alimento do amor;

a chama do ideal;

a bênção da palavra;

os meios de intercâmbio;

as oportunidades de ação;

o sustento da fé;

a dádiva da esperança;

o apoio íntimo que nos assegure serenidade e paciência ante as dificuldades do caminho;

o tesouro da afinidade pelo qual nos enriquecemos com a presença e o concurso de companheiros que se nos reúnem às tarefas;

os laços da fraternidade;

a composição dos recursos necessários à edificação do bem a que nos empenhamos;

a cooperação dos valores afetivos;

o incentivo do lar;

os benefícios do aprendizado;

as vantagens do conhecimento;

as possibilidades de serviço;

o amparo da vida institucional que nos reúne para os deveres que nos competem;

os braços dos amigos;

o aviso dos adversários;

as fontes de compreensão e de carinho em que nos dessedentamos para seguir à frente;

o material de trabalho, de cuja colaboração ser-nos-á possível retirar as mais preciosas riquezas do espírito;

o dom da confiança;

a luz do discernimento;

as mil providências de socorro e sustentação de que nos achamos rodeados para que venhamos a superar valorosamente todos os problemas que surjam no caminho a trilhar…


Enfim, meus filhos, o Senhor nos dá tudo em nos referindo aos meios de que temos necessidade para a realização espiritual, mas só nos pede um donativo, sem o qual a obra em nossas mãos esmoreceria na base: a caridade de cedermos de nossos pontos de vista, aceitando-nos uns aos outros tais quais somos, nos alicerces da união fraterna em serviço, por amor à tarefa que nos foi confiada, porque essa tarefa, na essência, pertence ao Senhor na pessoa do próximo e não a nós.

Filhos queridos, vejamos um edifício comum.

Se o piso não suporta as paredes e se as paredes não toleram o teto; se os recursos de alvenaria ou as vigas de apoio não se irmanam uns aos outros, enlaçando-se entre si, sem que os fios encontrem refúgio no corpo da construção e se os agentes de comunicação não conseguem apoio nos elementos constitutivos da casa, é impossível a sustentação da obra em si como reduto de moradia e educação, amor e progresso.

Sem a caridade, diz-nos o Excelso Codificador, não há salvação e sem união, entre nós, toda realização humana, com o Senhor, conquanto o Senhor nos abençoe e nos sustente, será sempre francamente impossível.

Oremos hoje pela extensão da caridade na Terra sem nos esquecermos de orar por nós mesmos para que a caridade, de uns para com os outros, nos garanta a continuidade do privilégio de exercer a caridade com Jesus, em auxílio de todos os nossos irmãos da jornada humana, hoje e sempre.




Batuíra
Francisco Cândido Xavier

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