Tesouro de alegria
Versão para cópiaLembranças da caridade
Humildade em nossa vida, É ciência complicada, Devendo ser aprendida Não pode ser ensinada. Se procuras vida sã E alegrias benfazejas Nunca esperes amanhã Para dar o que desejas. Do bem que faças, esquece… Donativo alardeado, Deus me perdoe, mas parece Um pão doce envenenado. A bondade sem disfarce Não pede notas ou menção, Não se interessa em mostrar-se, Nem cuida de ingratidão. Na casa mais escondida, Dissipando engano e treva, Eis que a morte diz à vida: — Do mundo nada se leva. A quem tenha mais dinheiro Deus entregou os cuidados Da missão de tesoureiro Dos irmãos necessitados. Pedia apoio bancário Para erguer um grande abrigo, Mas, ao ver-se milionário, Chutava qualquer mendigo. Que ninguém se desagrade Por sofrer, fazendo o bem; A fé sem a caridade É uma anedota no Além. Cego, cantando na espera De socorro, dia a dia, Nunca soube de quem era A mão que eu agradecia. Se no claro ou no escuro, Caridade, onde estiver, Abraça qualquer “pão duro” Que lhe dê quanto quiser. Caridade!… — noto, ao vê-la, Em luz de vários matizes, A presença de uma estrela Socorrendo aos infelizes. Caridade — amor profundo, Não grita de pedestais; A zebra nasceu no mundo Para quem fala demais. Sem cartaz ou propaganda, O irmão que te pede paz É alguém que o Senhor te manda Para saber como estás. Nos caminhos da verdade, Nas crenças de amor e luz, Onde esteja a Caridade, O lugar é de Jesus. |
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