Enciclopédia de II Samuel 5:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 5: 22

Versão Versículo
ARA Os filisteus tornaram a subir e se estenderam pelo vale dos Refains.
ARC E os filisteus tornaram a subir, e se estenderam pelo vale de Refaim.
TB Os filisteus tornaram a subir e espalharam-se pelo vale de Refaim.
HSB וַיֹּסִ֥פוּ ע֛וֹד פְּלִשְׁתִּ֖ים לַֽעֲל֑וֹת וַיִּנָּֽטְשׁ֖וּ בְּעֵ֥מֶק רְפָאִֽים׃
BKJ E os filisteus subiram novamente, e se espalharam no vale dos Refains.
LTT E os filisteus tornaram a subir, e se estenderam pelo vale de Refaim.
BJ2 Os filisteus subiram novamente e se espalharam pelo vale dos rafaim.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 5:22

II Samuel 5:18 E os filisteus vieram e se estenderam pelo vale dos Refains.
I Reis 20:22 Então, o profeta chegou-se ao rei de Israel e lhe disse: Vai, e esforça-te, e atenta, e olha o que hás de fazer; porque, no decurso de um ano, o rei da Síria subirá contra ti.
I Crônicas 14:13 Porém os filisteus tornaram e se estenderam pelo vale.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

REFAIM

Atualmente: ISRAEL
Vale situado na fronteira setentrional de Judá: II Samuel 5:18-25
Mapa Bíblico de REFAIM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
B. DAVI REINA SOBRE TODA A NAÇÃO, 2Sm 5:1-10.19

  • A Coroação (5:1-5)
  • A base havia sido preparada para trazer os remanescentes do reino de Saul sob o governo de Davi. Todas as tribos de Israel (1) vieram a Davi e disseram: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos, ligados por laços comuns de nacionalidade e parentesco. Eles lembraram que, mesmo enquanto Saul era rei, era Davi que comandava o exército. Além disso, eles estavam cientes da promessa que Deus havia feito a Davi: Tu apascenta-rás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel (2). Davi fez com eles alian-ça [berith] (3), um termo usado como referência ao relacionamento entre Deus e Israel no Sinai. Este foi um acordo baseado na confiança mútua, geralmente selada com o sacrifício de um animal. Perante o Senhor, significa com cerimônias religiosas.

    A nota cronológica de 4,5 nos diz que Davi tinha trinta anos de idade quando se tornou rei pela primeira vez, e que ele reinou durante um total de quarenta anos – sete anos e meio em Hebrom sobre Judá, e trinta e três anos em Jerusalém sobre toda a nação de Israel e Judá. Deve ser observado que a união de Judá com o restante das tribos foi sempre um tanto frágil, e forneceu a linha mestra de separação na qual o reino se dividiu após a morte de Salomão.

  • Jerusalém Estabelecida como a Capital (2Sm 5:6-7.
    29)
  • A primeira ação de Davi como rei foi um golpe de engenhosidade política [4]. Nem Maanaim, onde Isbosete havia reinado, nem Hebrom, que havia sido a capital de Judá, eram adequadas para serem a capital da nação. A primeira ficava na Transjordânia, fora da própria terra da Palestina; a segunda estava longe, ao sul, identificada muito mais com a tribo de Judá. Assim Davi e seus homens vieram a Jerusalém, uma antiga cidade jebusita, situada no sul de Benjamim, mas não distante da fronteira norte de Judá. Ela fica em um planalto na região montanhosa, aproximadamente 32 quilômetros a oeste da extremidade norte do mar Morto. O terreno é fortificado pela própria natureza de tal maneira que, em tempos antigos, foi capaz de resistir a longos cercos. Embora situada no coração da Palestina, a cidade – então chamada de Jebus – jamais fora conquistada pelos israelitas, e era ocupada por uma tribo cananita conhecida como "os jebuseus".

    a. Captura e ocupação da cidade (5:6-16). A guarnição de defesa de Jerusalém era tão confiante, e sentia-se tão segura, que seus líderes insultaram Davi com palavras que deveríamos provavelmente traduzir como: "Não podes entrar aqui, porque até mes-mo os cegos e os coxos podem repelir os teus ataques" (6). Sua exultação duraria pouco, pois os homens de Davi logo anularam as defesas e entraram na fortaleza. A referência ao canal (8), mais propriamente, ao túnel de água, não está inteiramente clara, mas pode fazer referência a um duto não vigiado através do qual os soldados de Davi foram capazes de rastejar, e passaram dessa forma pelas meticulosas defesas. Tem sido suge-rido que o sistema de água descoberto pelos arqueólogos do Fundo de Exploração da Palestina, pouco depois de 1922, pode ter identificado a entrada. Este sistema consis-tia de um poço ligado a um túnel vertical que levava a uma fonte do lado de fora dos muros. O texto em I Crônicas 11:4-7 identifica Joabe como o capitão que conduziu a ousada expedição'. O insulto dos jebuseus fez surgir o provérbio: Nem cego nem coxo entrarão nesta casa (8).

    Um nome familiar por todo o restante do Antigo Testamento é encontrado pela pri-meira vez aqui. Sião (7) era o monte sobre o qual a fortificação dos jebuseus estava situada, e, posteriormente, se tornou o local para onde Davi levou a arca da aliança. O nome foi mais tarde estendido para incluir toda a área do Templo, e o monte Sião tornou-se o deleite e a alegria do povo de Deus ao longo dos séculos. Esta se tornou conhecida como a Cidade de Davi (7,9). Milo (9) é um termo de significado incerto, talvez uma fortificação de terra como parte das defesas da cidade'.

    Os versículos 11:16 são uma previsão resumida de alguns aspectos da ocupação de Jerusalém por Davi. Uma casa real foi construída para o novo rei de Israel por Hirão, rei de Tiro, uma cidade-estado na costa mediterrânea voltada à direção noroeste, que era célebre por seus excelentes artesãos e construtores (11). Este foi o início de uma longa associação entre Tiro e Israel (cf. 1 Rs 5.1, onde, nos dias de Salomão, lemos: "porquan-to Hirão sempre tinha amado a Davi"). Nos acontecimentos que cercaram a sua coroação e seu estabelecimento em Jerusalém, entendeu Davi que o Senhor o confir-mava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por amor do seu povo (12). Foi dada uma lista dos filhos de Davi nascidos em Jerusalém (13-16; cf. 1 Cron 3;1-9).

    b. A derrota final dos filisteus (5:17-25). Os filisteus, os quais estiveram satisfeitos em ver a Palestina divida em dois reinos pequenos e hostis sob os governos de Isbosete e Davi, viram na união das doze tribos de Israel — com Jerusalém como a sua capital — uma séria ameaça ao seu domínio na região (17). Eles agiram rapidamente e marcharam para as próprias portas de Jerusalém, e ocuparam o vale até o sudoeste. O vale dos Refains (18), ou "vale dos gigantes" (Js 15:8), é identificado como limítrofe ao vale de Hinom, que fica ao sul da cidade.

    Davi, como costumava fazer, consultou ao Senhor, e recebeu a promessa de que Ele entregaria seu inimigo em suas mãos (19). Os movimentos de seu exército, que era me-nor, porém consolidado, não estão inteiramente claros a partir do relato. Os termos: desceu (17) e subiu (19) não se encaixam inteiramente na topografia do monte Sião, que era mais alto do que o campo à sua volta. Tem sido conjeturado que quando Davi soube da aproximação dos filisteus, ele desceu para o meio de sua família, a fortaleza (17), em Adulão. Dessa forma, flanqueando os filisteus, ele os golpeou inesperadamente a partir da lateral, e assim derrotou as suas forças. A sua declaração: Rompeu o Se-nhor a meus inimigos diante de mim, como quem rompe águas (20), parece suge-rir uma força repentina e esmagadora que rompeu sobre o inimigo como uma inundação extremamente veloz.

    Os filisteus, porém, logo reagruparam suas tropas e investiram outra vez contra Jerusalém, após ocuparem o mesmo vale dos Refains (22). Desta vez o movimento de flanco é claramente descrito, pois o Senhor instruiu Davi a não fazer um ataque frontal, mas a rodear por detrás (23), isto é, marchar em torno do inimigo, vindo sobre ele a partir de um arvoredo de amoreiras (23). Seu sinal para o ataque deveria ser o som de um estrondo de marcha pelas copas das amoreiras, então... É o Senhor que saiu diante de ti (24) ; a maneira exata como isto ocorreu não nos é informada, mas talvez tenha sido pelo mesmo som estridente de um batalhão em marcha, o qual deveria ser o sinal para Davi. Desta vez a vitória foi completa e decisiva. Davi e seus soldados feriram os filisteus desde Geba até chegar a Gezer (25). Esta primeira localidade ficava perto de Jerusalém, e a segunda estava longe, a noroeste. O texto em I Crônicas 14:17 acrescenta o seguinte comentário sobre a fama desta vitória: "Assim se espalhou o nome de Davi por todas aquelas terras; e o Senhor pôs o seu temor sobre todas aquelas gentes" (cf. 1 Cron 14:8-17 para um relato paralelo).

    Com armas espirituais e não carnais (2 Co 10,4) ; podemos ver nos versículos 22:25: "Uma convocação para pegar em armas". (1) A nossa batalha é contra as grandes situa-ções contrárias, 22; (2) Ela deve ser desempenhada com oração pela direção e ajuda de Deus, 23; (3) Deve ser desempenhada sob a direção divina 23:24; (4) Devemos nos unir em tempo de crise, 24; (5) O resultado vitorioso, 25.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
    *

    5:1

    todas as tribos de Israel. Ou seja, os líderes dos israelitas; conforme "todos os anciãos", no v. 3. Alguns estudiosos têm sugerido que a palavra hebraica aqui traduzida por "tribos" também pode significar "governantes".

    Somos do mesmo povo de que tu és. Essa é uma expressão de parentesco (19.12,13; Gn 29:14; Jz 9:2), e também foi a primeira dentre três razões apresentadas pelos israelitas, nos vs. 1 e 2, para desejarem tornar Davi seu rei.

    * 5:2

    fazias entradas e saídas militares com Israel. Uma expressão idiomática que indicava campanhas militares (1Sm 18:13,16). A segunda razão para quererem tornar Davi seu rei foram seus sucessos militares (1Sm 17:32,45-47; 18:7; 25:28).

    o SENHOR te disse. A terceira razão é a comissão divina (1Sm 16:1, nota).

    apascentarás. O emprego do termo "pastor" com freqüência é usado metaforicamente, na Bíblia, para indicar ou Deus (Gn 49:24; Sl 23:1; 80:1, etc.), ou o seu Filho, Jesus (Jo 10:11; Hb 13:20; 1Pe 5:4; Ap 7:17, etc.), ou líderes humanos divinamente designados (7.7; Nm 27:15-17, etc.). A imagem é a de uma liderança íntima e zelosa (v. 12, nota).

    chefe. No hebraico, essa mesma palavra é traduzida por "príncipe", em 1Sm 9:16 (nota).

    * 5:3

    o rei Davi fez com eles aliança. Ver 3.21. O pacto estabelecido para que Davi governasse as tribos do Norte provavelmente consistiu em leis para o governo real (1Sm 10:25), incluindo os direitos e responsabilidades mútuas, e para com o Senhor (2Rs 11:17). Fica evidente na revolta de Seba (20.1), que esse pacto não acabou com o sentimento de identidade separada, sentido por Israel e Judá, e, isto também pode ser visto particularmente na dissolução do reino unido, no reinado de Roboão (1Rs 12:16).

    Ungiram Davi. Ver nota em 2.4.

    * 5.4,5

    No Antigo Testamento, uma fórmula estereotipada com freqüência inicia a narrativa do governo de um rei (p.ex., 1Sm 13:1; 2Sm 2:10; 1Rs 14:21; 22:42, etc.). Neste caso, essa fórmula assinalou apropriadamente o início do reinado de Davi sobre todo o Israel.

    * 5:6

    Jerusalém. Uma cidade de grande antigüidade (ocupada já no terceiro milênio a.C.), Jerusalém ficava no território de Benjamim, perto da fronteira norte de Judá. A cidade fora anteriormente conquistada por Judá (Jz 1:8); mas nem Judá e nem Benjamim tinha conseguir expulsar de forma permanente os seus habitantes jebuseus (Js 15:63; Jz 1:21). Davi pode ter pensado que a localização estratégica de Jerusalém e sua condição relativamente independente tornava a cidade adequada para constituir uma capital nacional que não implicaria em favoritismo a qualquer região em particular.

    jebuseus... disseram a Davi. A zombaria dos jebuseus, quer sugerindo excesso de confiança ou simplesmente a determinação de lutar até o último homem (mesmo que fossem cegos ou aleijados) reflete a hostilidade que havia entre os jebuseus e Davi (ver o v. 8; 1Sm 17:54, nota).

    * 5:7

    fortaleza de Sião. Temos aqui a primeira ocorrência da palavra "Sião" na Bíblia e a única nos livros de Samuel. Originalmente, esse nome designava uma colina fortificada na extremidade sul da serra de Ofel. Posteriormente, o nome veio a ser usado em um sentido extenso para indicar toda a Jerusalém (2Rs 19:21; Is 2:3), e até mesmo para toda a nação de Israel (Sl 149:2; Is 46:13). Esse nome ocorre com freqüência na literatura poética e profética de Israel, onde é, com freqüência, apresentada como sendo o lugar dos poderosos feitos de Deus de salvação e julgamento (p.ex., Sl 14:7; Is 4:4; Lm 4:11).

    * 5:10

    crescendo em poder. Da mesma maneira que os capítulos 3:4 detalham como "os da casa de Saul se iam enfraquecendo" (3.1; 3:2-11, nota), assim também os capítulos 5:10 mostram como "Davi se ia fortalecendo" (3.1). A razão fundamental para as vitórias de Davi era que o Senhor estava com ele (ver nota em 1Sm 16:18).

    * 5:11

    Hirão, rei de Tiro. Tiro era uma cidade portuária da Fenícia, a cerca de 56km ao norte do monte Carmelo e a 40km ao sul de Sidom. A generosidade de Hirão para com Davi foi motivada pelo caráter impressionante das recentes realizações de Davi, embora também envolvesse um certo elemento de interesse próprio. Tiro precisava das rotas comerciais que passavam agora controladas por Davi, bem como pelo meio das terras da Palestina central (conforme Ed 3:7). A amizade de Hirão com Israel continuou até durante o reinado de Salomão (1Rs 5:1-12; 9,.11; etc.).

    * 5:12

    o SENHOR o confirmara rei. Ver nota em v. 10.

    por amor do seu povo. Davi compreendeu não somente que seu governo dependia inteiramente de Deus, mas também que tinha o propósito de beneficiar o povo de Deus (v. 2; 8.15).

    * 5.13-16

    Ver 3.2, nota, e a lista um pouco mais longa em 13 14:3-13.14.7'>1Cr 14:3-7.

    * 5:17

    Ouvindo, pois, os filisteus. Embora o reinado de Davi sobre Judá não tenha sido contestado pelos filisteus, a extensão do seu domínio para as tribos do norte trouxe uma ameaça aos interesses dos filisteus que eles não podiam ignorar.

    fortaleza. Ver 1Sm 23:14, nota.

    * 5:18

    vale dos Refaim. Esse vale começa poucos quilômetros a sudoeste de Jerusalém e desce ao oeste na direção do território dos filisteus (21.16, nota; 23.13; Js 15:8; 18:16).

    * 5:19

    Davi consultou o SENHOR. Ver nota em 2.1.

    * 5:20

    Baal-Perazim. Ver a referência lateral. Baal-Perazim tem sido identificada com um local a cerca de 5km a sudoeste de Jerusalém.

    * 5:21

    deixaram lá os seus ídolos. Davi infligiu sobre os filisteus uma perda semelhante àquela que Israel sofrera com a captura da arca, em 1Sm 4.

    os levaram. Ver nota em 1Sm 5:2; 13 14:12'>1Cr 14:12 diz que Davi os queimou.

    * 5:24

    é o Senhor que saiu diante de ti. O Senhor é um guerreiro (Êx 15:3), que sai adiante de seu povo para combater por eles (ver Êx 14:14; Dt 1:30).

    * 5:25

    desde Geba até Gezer. A derrota dos filisteus, por parte de Davi, foi mais decisiva que a derrota deles diante de Jônatas (1Sm 14:31). Derrotar os filisteus, em particular (8,1) tinha uma significância especial (3.18; 19.9; 13 14:17'>1Cr 14:17; conforme 1Sm 9:16).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
    5.3-5 Esta foi a terceira vez que Davi foi ungido rei. Primeiro foi ungido em privado pelo Samuel (1Sm 16:13). Logo, foi coroado rei da tribo do Judá (1Sm 2:4). Finalmente, foi coroado rei de todo o Israel. Quando viveu fora da lei, a vida lhe pareceu hostil; entretanto, a promessa de Deus de que o faria rei de todo o Israel se cumpria. Mesmo que o reino seria dividido outra vez em menos de setenta e cinco anos, a dinastia do Davi reinaria sobre o Judá, o reino do sul, por mais de quatrocentos anos.

    5:4, 5 Davi não chegou a ser rei do Israel até que teve trinta e sete anos, apesar de que lhe tinha prometido o reino muitos anos antes (1Sm 16:13). Durante aqueles anos, Davi teve que esperar pacientemente para que se cumprisse a promessa de Deus. Se você se sente pressionado para obter resultados e êxitos imediatos, recorde a paciência do Davi. Da mesma maneira que esse tempo o preparou para sua importante tarefa, um período de espera deve ajudá-lo a preparar-se para fortalecer seu caráter.

    5:6 A cidade murada de Jerusalém estava localizada em uma alta colina perto do centro do reino unido do Israel. Era considerada território neutro porque se localizava na fronteira do território das tribos de Benjamim e Judá e ainda seguia ocupada pelos jebuseos, uma tribo cananea que nunca foi expulsa da terra (Jz 1:21). Por suas vantagens estratégicas Davi fez de Jerusalém seu capital.

    5.6, 7 Os jebuseos tinham uma clara vantagem militar e se vangloriavam de sua segurança detrás dos impenetráveis muros de Jerusalém, também chamada Sion. Mas logo descobririam que suas paredes não os ajudariam. Davi tomou por surpresa ao entrar na cidade através de um canal de água.

    Só em Deus estamos completamente sãs e salvos. Qualquer outra coisa é falsa segurança. Já seja que esteja rodeado por impressionantes paredes de pedra, uma casa confortável ou um trabalho seguro, não dê por feito que estarão aí amanhã. Nossa relação com Deus é a única segurança que não pode ser tirada.

    5:12 "E entendeu Davi que Jeová lhe tinha confirmado[...]" Mesmo que os reino pagãos apoiavam sua grandeza na conquista, poder, exércitos e riqueza, Davi sabia que sua grandeza provinha exclusivamente de Deus. Ser grande significa manter uma relação próxima com Deus de maneira pessoal e nacional. Para fazer isto, Davi teve que manter sua ambição sob controle. Apesar de que era famoso, bem-sucedido e admirado, deu a Deus o primeiro lugar em sua vida e serve ao povo de acordo com o propósito de Deus. Busca a grandeza proveniente de Deus ou do homem? No caminho ao êxito, recorde manter sua ambição sob o controle de Deus.

    5:17 "A fortaleza" é uma montanha no deserto do Judá que usou Davi quando se defendia do Saul (vejam-se 23.14 e 1Cr 12:8).

    5:17 A opressão filistéia para o Israel começou nos dias do Sansón (Juizes 13-16). Os filisteus eram ainda os inimigos mais capitalistas do Israel, a pesar que Davi foi considerado em uma oportunidade um amigo e aliado (1 Smamuel 27; 29). devido a que ocupavam muita parte do norte do território do Israel, aparentemente não incomodaram ao Davi quando foi rei do Judá, para o sul. Mas quando se inteiraram que Davi estava tratando de unir todo o Israel, trataram de detê-lo.

    MICAL

    Algumas vezes o amor não é suficiente, especialmente se esse amor é algo menos que uma mera forte atração emocional que cresce entre um herói e uma admiradora. Para o Mical, a filha do Saul, o valente e jovem Davi deveu lhe haver parecido um sonho feito realidade. Os sentimentos para este herói gradualmente chegaram a ser óbvios para outros, e à larga, Saul chegou ou seja de seu amor pelo Davi. O viu isto como uma oportunidade para desfazer-se deste rival. Prometeu a mão do Mical em matrimônio em troca de que Davi triunfasse na impossível tarefa de matar a cem filisteus. Mas Davi saiu vitorioso. Como resultado, Saul perdeu uma filha, e Davi se voltou ainda mais popular entre a gente.

    O amor do Mical pelo Davi não teve tempo de ser provado pelas realidades do matrimônio. Pelo contrário, ela se viu envolta em salvar a vida do Davi. Sua mente rápida ajudou a que Davi escapasse, mas lhe custou a ira do Saul, e sua separação do Davi. Seu pai a entregou a outro homem, Palti, mas à larga Davi a recuperou.

    A diferença de seu irmão Jonatán, Mical não tinha a aula de relação profunda com Deus que a tivesse ajudado a atravessar as dificuldades de sua vida. Por isso, voltou-se amargurada. Não pôde aceitar o regozijo que Davi tinha ao adorar a Deus, assim que ela o odiou. Como conseqüência, nunca deu ao Davi um filho.

    além de sentir lástima por ela, precisamos ver o Mical como uma pessoa que reflete nossas próprias tendências. Quão fácil e rapidamente nos amarguramos com os giros inesperados da vida. Mas a amargura não pode trocar as coisas más que aconteceram. Freqüentemente a amargura piora a situação. Por outro lado, a disposição de responder a Deus dá ao a oportunidade de tirar uma bênção das situações difíceis. Essa disposição consta de duas partes: o pedir ajuda e guia a Deus, e o procurar essa guia em sua Palavra.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Amou ao Davi e chegou a ser sua primeira esposa

    -- Salvou a vida do Davi

    -- Quando foi necessário atuou e pensou com rapidez

    Debilidades e enganos:

    -- Mentia sob pressão

    -- Deixou-se amargurar pelas circunstâncias

    -- Em sua infelicidade, odiou ao Davi por amar a Deus

    Lições de sua vida:

    -- Não somos responsáveis pelo que nos acontece mas sim da forma em que reagimos a nossas circunstâncias

    -- Desobedecer a Deus danifica quase sempre ao igual à outros

    Dados gerais:

    -- Ocupações: Princesa e esposa de um rei

    -- Familiares: Pais: Saul e Ahinoam. Irmãos: Abinadab, Jonatán, Malquisúa. Irmã: Merab. Maridos: Davi e Palti

    Versículo chave:

    "Quando o arca do Jeová chegou à cidade do Davi, aconteceu que Mical filha do Saul olhou de uma janela, e viu o rei Davi que saltava e dançava diante do Jeová; e lhe menosprezou em seu coração" (2Sm 6:16).

    A história do Mical se narra em 1 Smamuel 14-2 Smamuel 6. Além disso se menciona em

    1Cr 15:29.

    5:19 Como pôde obter Davi uma mensagem de Deus tão claro? Provavelmente tinha orado e o Espírito Santo o tinha urgido a atuar. Pôde ter perguntado a Deus através de um profeta. Muito provavelmente, entretanto, foi ante o supremo sacerdote, que consultava a Deus através do Urim e Tumim, pedras que Deus lhes havia dito a quão israelitas utilizassem para um propósito igual a este. (Para maior informação a respeito do Urim e Tumim vejam-nas notas a Lv 8:8 e 1Sm 10:20.)

    5.19-25 Davi lutou suas batalhas seguindo as instruções de Deus. Em cada instância ele (1) perguntou se devia brigar ou não, (2) seguiu as instruções cuidadosamente e (3) deu a Deus a glória. Podemos errar em nossas "batalhas" ao ignorar estes passos e pelo contrário: (1) fazer o que quisermos sem considerar a vontade de Deus, (2) fazer as coisas a nossa maneira e ignorar o conselho da Bíblia ou de outras pessoas soube e (3) nos dar a glória a nós mesmos ou a outra pessoa sem reconhecer a ajuda que recebemos de Deus. Todas estas respostas são pecado.

    5:25 Depois que Davi chegou a ser rei, seu primeiro assunto foi submeter a seus inimigos, uma tarefa em que tinha falhado a nação quando entrou pela primeira vez na terra (Jz 2:1-4). Davi sabia que isto se tinha que fazer para: (1) proteger à nação, (2) unificar o reino, e (3) prepará-la para a edificação do templo (que unificaria a religião sob o mando de Deus e ajudaria a abolir as influências idólatras).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
    III. Jerusalém, a cidade de Davi (2Sm 5:1 ; conforme 1Cr 11:1 ). Eles reconheceram que o Senhor estava com ele, a fim de que ele deveria ser príncipe sobre Israel (v. 2Sm 5:2 ).

    Davi fez um pacto com eles ... e ungiram a Davi rei sobre Israel (v. 2Sm 5:3 ). A relação de aliança que foi estabelecida deve ter previsto uma igualdade entre as tribos, Judá não tendo mais direito do que as outras tribos.

    Na última Davi tinha chegado à realeza de Israel. Desde a juventude, ele havia sido escolhido como rei. No entanto, antes do reinado foi atingido ele tinha absorvido duras provações e reveses violentos. Ao invés de tentar forçar os acontecimentos para trazê-lo para esta posição alta, Davi teve a capacidade e discernimento para fazer as steppingstones eventos em vez de pedras de tropeço. Ele levantou questões relativas ansiosos algumas situações, mas ele nunca perdeu o discernimento espiritual ea capacidade de aproveitar o que a vida tinha imposta a ele.

    A vida de Davi e pensei durante esses anos entre a unção por Samuel em Belém ea unção pelos anciãos de Israel em Hebron proporcionar um magnífico exemplo de vida no seu melhor. O que acontece com um indivíduo não é tão importante quanto suas reações. Os atos de história não anular as ações ou reações de um homem; ao contrário, eles são as ocasiões que revelam o homem real.

    B. DAVI, conquistador de Jerusalém (5: 6-16 ; conforme 1Cr 11:4 ). No entanto, através de um feito notável de heroísmo, Davi capturou a cidade. Sua estratégia era para entrar na cidade pelo curso de água (v. 2Sm 5:8 ). Arqueologia dá provas de um túnel de água a partir da fonte de Giom.

    Jerusalém foi rebatizado na cidade de Davi (v. 2Sm 5:9 ). Desde exército pessoal de Davi havia capturado, Jerusalém tornou-se seu poder pessoal. Esta foi uma conquista significativa perante todo o Israel. Sem dúvida, bastante reforçada a autoridade e prestígio de Davi.

    C. DAVI, vitorioso sobre PHILISTIA (5: 17-25 ; conforme 1Cr 14:8 ). A resposta do Senhor foi, Sobe, pois eu entregarei os filisteus nas tuas mãos (v. 2Sm 5:19 ).

    Mais uma vez os filisteus voltaram a se engajar na batalha com Davi. Quando Davi consultou ao Senhor por orientação ele foi instruído a subir a partir de trás e esperar perto de algumas árvores de amoreira (v. 2Sm 5:23 ). Quando veio o som de marcha pelas copas das amoreiras Davi era atacar (v. 2Sm 5:24 ). O resultado foi uma derrota surpreendente para os filisteus.

    Uma e outra vez no curso da obra de Deus, tem havido o som, ou de provas, de Deus já ter passado por diante. No momento da fé, como o som da marcha foi ouvido, houve aqueles valentes que estavam atentos e sensíveis aos sinais e cometeram grandes façanhas. Quando Deus tem saído e não há o som da marcha, ninguém tem qualquer obrigação mais importante do que a apressarás si mesmo.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
  • Davi sucede a Saul (5)
  • Davi reinou 7 anos em Hebrom so-bre a tribo de Judá e 33 anos sobre toda a nação, totalizando 40 anos de reinado. Essa era a terceira un- ção de Davi — Samuel o ungiu na casa de seu pai, em Belém, e os ho-mens de Judá o ungiram em Hebrom (2:4). Sl 18:0), e os jebuseus eram arro-gantes e desafiavam Davi a atacá- los. Eles escarneciam: "Os cegos e os coxos te repelirão", mas Davi e seus homens transformaram o es-cárnio deles em clamores de derro-ta. Primeiro Crônicas 11:5-8 relata que Joabe foi o homem que Deus usou para abrir a cidade. Alguns estudiosos acham que os homens de Davi arrastaram-se, de surpresa, para dentro da cidade através do sis-tema de água, mas alguns arqueólo-gos afirmam que o sistema de água não estava localizado naquele pon-to. Pelo texto, parece claro que Davi usou o túnel de água como meio para entrar na cidade, e que Joabe executou o plano mestre do rei.

    Não muito tempo depois de Davi estabelecer-se em sua cidade, o antigo inimigo, os filisteus, retor-naram. Como isso é verdade em nossa vida pessoal: Satanás espera pela "bonança depois da tempesta-de" para atacar-nos de novo. Davi sabia que o único caminho para a vitória era a vontade do Senhor. Assim, consultou-o imediatamente. Observe que o segundo ataque (vv. 22-25) foi diferente do primeiro, e que Davi foi bastante sábio para buscar mais uma vez a orientação de Deus. Deus guiou-o em um novo caminho. Devemos ter cuidado em não guardar "cópias de papel-car- bono" da vontade do Senhor, mas procurá-lo a cada nova decisão.

    Com certeza, a vontade de Deus era que Davi reinasse sobre a nação inteira, como também é sua vontade que Cristo seja Senhor so-bre toda a nossa vida. Qualquer par-te que fique fora da vontade dele se rebelará e trará problema. "Somos sangue do teu sangue" (5:1, NVI) e "membros do seu corpo" (Ef 5:30) e devemos convidá-lo a reinar sobre nós. Apenas assim teremos paz e vi-tória completas.

    O caminho de Davi para o tro-no levou muitos anos e trouxe mui-tas tribulações, mas, ao longo do ca-minho, ele sempre pôs Deus em pri-meiro lugar e nunca buscou vingan-ça nem retaliação contra Saul. Deus fez com que Davi fosse protegido e elevado de acordo com seu plano e no seu tempo. Se apenas crermos nele, ele fará o mesmo por nós.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
    5.6 Jerusalém. Nas cartas de Tell-el-Amarna (c 1.400 a.C.) é chamada de Urusalim. Era cidade de Melquisedeque (Gn 14:18). Pertencia aos jebuseus (Js 15:63); parte da mesma (1Sm 17:54; Jz 1:8) situava-se na divisa de Judá com Benjamim. Tudo indica que os jebuseus davam livre acesso até à cidade principal, aos homens de Saul e aos de Is-Bosete, mas não aos de Davi (Jz 1:21).

    5.7 Fortaleza de Sião. Achava-se, na colina oriental e era a parte mais fortificada, onde se achava a acrópole, o templo e o palácio real. A cidade em si, a parte murada, não passava de quatro hectares.

    5.8 Suba pelo canal subterrâneo. Trata-se de uma conquista engenhosa, por meio de um túnel. O fato era contestado por muitos críticos até que C. Warren, em 1867, e descobriu o túnel cavado pelos jebuseus, para levar a água da Fonte da Virgem (situada na parte externa) ao interior da cidade. Lê-se ainda em 1Cr 11:6: "Qualquer que ferir os jebuseus será chefe e comandante". Joabe, que tinha caído no desagrado de Davi (3.39), fez um tremendo esforço e conquistou a cidade. Passou, assim, de comandante de 600 homens (1Sm 27:2; 2Sm 2:12) para chefe do exército, o que lhe poupou a vida por algum tempo (1Rs 2:28-11).

    5.11 Hirão, rei de Tiro. Rei fenício, amigo de Davi e de Salomão por cerca Dt 34:0).

    5:17-25 As duas arremetidas dos filisteus contra Israel são cronologicamente anteriores à conquista de Jerusalém por Davi (6-9).
    5.17 Desceu Davi à fortaleza. De Hebrom desceu Davi à caverna de Adulão (1Sm 22:1; 1Sm 22:4, 1Sm 22:5; 2Sm 23:13).

    5.20 Baal-Perazim. "Senhor das separações definitivas”. Como divisor de águas que separa os rios que se dirigem, uns para o Mar Morto e outros para o Mediterrâneo, aquele lugar dividiria, definitivamente, os filisteus dos israelitas.

    5.21 Ídolos. Diz o texto grego (LXX), conforme 1Cr 14:12, que os filisteus tinham trazido os seus deuses, os quais, ao mandado de Davi, foram queimados.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25

    2) Davi é rei sobre todo o Israel em Jerusalém (5.1—6.23)
    a) Davi é rei sobre todo o Israel (5.15; conforme 11:1-3)
    Dessa maneira, Saul e a sua casa tinham chegado ao fim; não havia mais obstáculos entre Davi e o trono de toda a nação. v. 1. Representantes de todas as tribos de Israel foram dizer a Davi, em Hebrom-. conforme v. 3 (todas as autoridades de Israel). Trouxeram-lhe o convite de ser o seu senhor; “aqui se cumpre a promessa a Davi: ele se torna rei de todo o povo” (Hertzberg, p. 266). Durante o reinado de Saul, ele havia sido o seu Moisés e o seu Josué: eras tu quem liderava Israel em suas batalhas (v. 2). Javé lhe havia prometido dois ofícios: seria não somente o seu governante, mas também os pastorearia. “Esse é o primeiro uso desse verbo no AT com referência a um rei em Israel; evidentemente exige dele um cuidado pastoral do seu povo, e não o uso despótico deles” (Mauchline, p. 215).

    Davi fez um pacto com eles em Hebrom, e eles o ungiram; estava marcado assim o início oficial do seu reinado. Ele tinha 30 anos e reinou sete anos e meio em Hebrom.
    b) Sião é capturada dos jebuseus (5:6-12; conforme lCr 11:4-9; 14.1,2)
    A primeira tarefa a que Davi se lançou foi providenciar uma capital para o seu reino. Escolher uma cidade que tivesse associações mais fortes com o Norte ou com o Sul inevitavelmente alienaria grande número de súditos. Sião se mostrou um local ideal, a cidade-fortaleza dos jebuseus, que até então haviam resistido a todas as tentativas dos israelitas de tomá-la, e assim não estava identificada nem com o Norte nem com o Sul. Atacada mais uma vez pelo rei e seus soldados (v. 6) — lCr 11.4 diz: “Davi e todos os israelitas” — eles mais uma vez ofereceram resistência, enviando uma mensagem a Davi que a ARC traduz assim: “Não entrarás aqui, pois os cegos e os coxos te repelirão, querendo dizer: Não entrará Davi aqui”. Em geral, as traduções modernas concordam com a NVI: “Você não entrará aqui! Até os cegos e os aleijados podem se defender de você”. Eles achavam que Davi não conseguiria entrar (v. 6). O ataque de Davi foi bem-sucedido; a sua estratégia é descrita no v. 8, mas, como diz A. R. S. Kennedy (p. 213), “a primeira parte desse versículo está tão corrompida que já há muito tempo tem sido o desespero dos críticos textuais”.

    A impressão geral é de um ataque frontal; para um estudo mais detalhado, v.comentários mais abrangentes. Primeiro Crônicas 11.6,7 diz que Joabe conduziu o ataque, conquistando, assim, o comando. A parte dos cegos e aleijados, diz Driver {Notes, p. 260), está por trás dos provérbios que mais tarde excluíram os pedintes do templo, embora seja difícil ver a relação entre “os aleijados e cegos” nos v. 6,8. Primeiro Crônicas 11 não faz nenhuma referência a eles.

    No entanto, independentemente da exatidão dos detalhes, o resultado foi claro; a cidade caiu totalmente nas mãos de Davi. Ele a ocupou e realizou um grande trabalho de reconstrução para fazer dela a capital digna do seu reino. v. 9. Construiu defesas na parte interna da ddade desde o Milo (ou “desde o aterro”): aparentemente, começando as fortificações concluídas posteriormente por Salomão (cf. lRs 9.15,24). A palavra traduzida por “parte interna” é a palavra comum para “casa”, aqui contraposta a “parte externa”. O relato da conquista de Jerusalém é concluída com uma observação editorial: E foi se tomando cada vez mais poderoso, pois o Senhor, o Deus dos Exércitos, estava com ele (v. 10).

    v. 11,12. Hirão, o rei de Tiro, fez um acordo para enviar material e trabalhadores para construir o seu palácio; outro comentário editorial diz: Então Davi teve certeza de que o Senhor o confirmara como rei de Israel e que seu reino estava prosperando por amor de Israel, o seu povo (v. 12).

    c) Os filhos de Davi: lista 2 (5:13-16; conforme lCr 11:4-9; 14.1,2)

    O texto Dt 3:2-5 nos dá a lista dos filhos de Davi nascidos em Hebrom; agora há mais um registro de acréscimos posteriores à sua família. Um número não especificado de concubinas anônimas (omitidas em I Crônicas) e esposas é mencionado (v. 13); por meio dessas, nasceram mais filhos e filhas. Os filhos são alistados: (1) Samua\ (2) Sobabe\ (3) Natã\ (4) Salomão-, (5) Ibar, (6) Elisua-, (7) Nefegue; (8) Jafia-, (9) Elisama-, (10) Eliada-, (11) Elifelete — no total Dt 11:0.

    Essa lista é uma continuação daquela em 3:2-5 e provavelmente vem dos mesmos arquivos oficiais.
    d) Davi vence os filisteus (5:17-25; conforme lCr 14:8-16)
    A notícia de que Davi havia sido ungido rei chegou aos filisteus; eles ficaram assustados com essa evolução dos acontecimentos. Um rei em Hebrom, compartilhando o governo com um rival no Norte era uma coisa; mas outra coisa totalmente diferente era um rei sobre toda a terra. Os filisteus mandaram o seu exército para prendê-lo, mas quando Davi soube disso foi para a fortaleza (v. 17). A maioria dos estudiosos supõe que a fortaleza era Adulão; uma minoria sugere Sião, mas, se este fosse o caso, o autor dificilmente falaria em “descer para”, como está no hebraico v. 18. Tendo os filisteus se espalhado pelo vale de Refainr. Davi, tendo consultado o oráculo e recebido uma resposta positiva com a certeza da vitória, atacou-os e os derrotou em Baal-Perazim — “o Senhor quebra, livra” — tão completamente que eles fugiram, deixando os seus ídolos como despojos de guerra. E Davi disse: Assim como as águas de uma enchente causam destruição, pelas minhas mãos o Senhor destruiu os meus inimigos diante de mim (v. 20). “Ele mesmo compara a vitória com um fenômeno visível na região montanhosa durante uma chuva intensa. A água que cai torrencialmente varre tudo que encontra pela frente, carregando qualquer obstáculo que esteja no caminho, sejam montes de terra, cercas, muros e até mesmo uma casa construída sobre a areia” (Hertzberg, p. 274).

    Eles, porém, se reagruparam na planície de Refaim; o oráculo orientou Davi a mudar a sua tática. Não haveria nenhum ataque frontal dessa vez; a orientação que o Senhor lhe deu foi: Não ataque pela frente, mas dê a volta por trás deles e ataque-os em frente das amoreiras (v. 23). Algumas versões, como a NIV e a RSV, trazem “balsameiro”, o que seria melhor aqui, “embora os eruditos não estejam de acordo acerca da árvore em questão” (A. R. S. Kennedy, p. 217). O som de passos por cima das amoreiras (v. 24) seria o sinal para avançar. E Javé quem vai adiante de suas tropas e que determina a estratégia que conduz Davi à vitória completa; e ele derrotou os filisteus por todo o caminho, desde Gibeom até Gezer (v. 25).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 5 do versículo 1 até o 25
    2Sm 5:1

    9. DAVI É UNGIDO REI SOBRE TODO O ISRAEL (2Sm 5:1-10). As tribos de Israel reuniram-se em Hebrom e ofereceram o trono a Davi considerando-o o homem mais indicado para o ocupar naquela perigosa conjuntura histórica (1-3). Reconheceram que Deus lhe dissera que apascentasse o povo de Israel. Firmaram um contrato constitucional com Davi (conforme 1Sm 10:25). Davi tinha principiado a reinar em Hebrom aos 30 anos de idade-o que prova que não há registros do primeiro período do reinado de Saul, período que corresponde à adolescência de Jônatas. De 1Sm 13:0; Jz 1:8, Jz 1:21) esteve em poder dos jebuseus até ao reinado de Davi. Esta grande tribo cananita vivia perto dos amorreus e duma seção da tribo dos heteus, na montanhosa região de Judá (Nu 13:29; Js 11:3). Embora derrotados por Josué, retinham ainda em seu poder a importante fortaleza de Jebus, no monte Sião, se bem que a tribo de Judá se apoderasse da cidade baixa (Js 15:63; Jz 1:8; Jz 19:12; Josepho Ant. 5.2,2). Era um centro estratégico, ideal para capital e facilmente fortificado. Enquanto permanecesse em mãos hostis, perigava a segurança da Palestina central e meridional. Davi reinou em Jerusalém... trinta e três anos (5), pelo que deve ter tomado a fortaleza pouco depois de ser ungido rei sobre todo o Israel. A menos que lances fora... (6). Leia-se: E (os jebuseus) falaram a Davi dizendo: Não entrarás aqui, que os cegos e os coxos o impedirão (segundo a versão de Coverdale-1535); o que significava que até os cegos e os coxos eram suficientemente fortes para defender a fortaleza dos israelitas. E confiados na segurança do seu reduto, pensavam que nem sequer precisavam de se defender de Davi.

    >2Sm 5:8

    O versículo 8 tem-se considerado muito obscuro. Leia-se: "Qualquer que ferir aos jebuseus, vá ao canal e fira os cegos e os coxos que a alma de Davi aborrece". O ponto que oferece maior dificuldade de interpretação é a expressão ba-sinnor cuja tradução muito tem variado; em certas versões aparece "ao rego" ou "à vala". Sinnor é a palavra que ocorre também em Sl 42:7 que Almeida traduz por catadupas e outras versões por "jatos" ou "cataratas", esta última versão de acordo com a Septuaginta. A palavra canal, que aparece em 5.8 pode significar, segundo certo comentador, o canal propriamente dito ou a água do canal. A Septuaginta omite, neste versículo, qualquer referência ao canal. A moderna arqueologia muito contribuiu para esclarecer o termo ba-sinnor, desde que o Fundo para a Exploração da Palestina principiou as suas investigações no monte Sião em 1922.

    Warren descobriu uma escavação vertical de 13,20 m de profundidade e um túnel horizontal de mais de 19,80 m de comprimento, obra dos jebuseus para canalizar a água da Fonte da Virgem, a qual ficava junto às muralhas, mas da parte de fora destas. Foi o audacioso ataque através deste túnel ou canal que permitiu a Joabe esmagar os orgulhosos e confiantes jebuseus. (2Sm 5:6-10; 1Cr 11:4-13). Isto veio explicar uma passagem que durante tanto tempo levantara sérias dificuldades. As precipitadas hipóteses, que críticos de responsabilidade então propuseram, ficar-nos-ão como avisos contra uma atitude por demais segura e confiante na interpretação de textos obscuros. Que a alma de Davi aborrece (8). A Davi encolerizava a escarninha alusão dos jebuseus aos cegos e aos coxos. Odiava-os e resolveu mostrar-lhes que os coxos e os cegos eram eles próprios, que não podiam deixar de cair na armadilha que ele lhes preparara. Por isso as palavras de Davi se tornaram numa espécie de provérbio que, segundo determinada versão, é: "Lá estão os coxos e os cegos: ele não pode entrar-lhes em casa". Seria uma trocista referência à imoderada confiança dos jebuseus em cuja casa ele afinal entrou. Também podia tratar-se de uma proverbial referência a gente desagradável. A tomada da fortaleza aparece também descrita em 1Cr 11:4-13, passagem que não contém, todavia, qualquer referência ao canal. Aqui o escritor do livro de Crônicas difere de 2Sm 5:8, embora os versículos 1:3 sejam quase idênticos. Resta dizer que se fizeram outros túneis depois do domínio dos jebuseus. Ezequias fez alterações no canal (2Cr 32:30).

    >2Sm 5:11

    11. A AMIZADE DE HIRÃO POR DAVI: O NASCIMENTO DE ONZE FILHOS (2Sm 5:11-10). É possível que o palácio tenha sido edificado já no último estádio da vida de Davi. A alusão à sua edificação pode não estar aqui em ordem cronológica. Hirão tornou extensiva a sua amizade a Salomão (conforme 1Rs 5:1; 1Cr 14:1). A vinda de carpinteiros e pedreiros de Tiro prova até que ponto, devido às guerras, tinha declinado em Israel o artesanato. Os fenícios estavam, pela raça e pela língua, muito ligados aos hebreus. O Hirão que foi amigo de Salomão mais de cinqüenta anos depois (1Rs 9:10-11) era provavelmente filho do Hirão amigo de Davi. A referência à construção do palácio é, naturalmente, seguida de uma alusão às mulheres do rei e aos filhos que estas lhe deram.

    >2Sm 5:17

    12. DAVI DERROTA POR DUAS VEZES OS FILISTEUS (2Sm 5:17-10). Os filisteus, alarmados com a marcha dos acontecimentos-consolidara-se a unidade do povo de Israel e firmara-se a posição de Davi como rei-decidem esmagar Davi e aproximam-se vindos da planície. Davi desceu à fortaleza (17; heb. mesudhah). Tratava-se, possivelmente da fortaleza de Adulão tão bem conhecida de Davi (conforme 2Sm 23:13-10; 1Sm 22:1). Daqui subiu ao vale de Refaim (18) também chamado "o vale dos gigantes". Era a oeste de Jerusalém. Depois de serem completamente dispersados os filisteus insistiram em atacar e voltaram ao mesmo lugar (23). Deus ordena a Davi que rodeie o sítio em que eles se encontram e os surpreenda por detrás, defronte das amoreiras (23. Heb. bakha’). O vale de Baca (Sl 84:6) deve, muito provavelmente, o seu nome a estas árvores que se caracterizam por uma exsudação lacrimejante. Um estrondo de marcha (24). É a grandiosa e imponente marcha tantas vezes atribuída a Jeová (conforme Jz 5:4; Sl 68:7). A vitória de Davi foi, pois, devida à presença de Deus. Os filisteus foram obrigados a recuar até Gezer, lugar que ficava entre Bete-Horom de baixo e o mar (Js 16:3).


    Dicionário

    Estender

    verbo transitivo direto e pronominal Tornar mais amplo no tempo ou no espaço; alongar: estender a estadia; o mar estende-se de modo infinito.
    Fazer ficar maior; aumentar-se: ele estendeu suas capacidades; seu talento estendia-se com o tempo.
    Causar a propagação de; espalhar-se: estendeu a educação aos territórios mais remotos; a tragédia se estendeu pela cidade.
    Dispor-se de modo horizontal; ficar deitado; deitar-se: estendeu-se na cama; estendeu-a no berço.
    Causar a divulgação de; fazer com que fique conhecido; divulgar: estender críticas; a fofoca estendeu-se por todo o bairro.
    verbo transitivo direto e intransitivo Alongar fazendo com que se torne maior ou mais largo: os fios de metal se estendem por toda a propriedade.
    verbo bitransitivo e pronominal Conter em sim; abarcar, abranger: estende seus insultos a todos; sua vontade se estende a múltiplos trabalhos.
    verbo transitivo direto Esticar, geralmente, uma parte do corpo: estender as pernas.
    Figurado Direcionar os olhos para longe: sua visão estendia pelo horizonte.
    Abrir totalmente; desdobrar, desenrolar: estendeu o lençol sobre a cama.
    Colocar roupas no varal para secá-las: ela estendia os vestidos.
    Derrubar; fazer com que seja derrubado ao chão: estendeu-a com o tapa.
    Fazer a preparação do cavalo para corrida.
    [Popular] Lançar o laço para enlaçar a rês.
    verbo bitransitivo Entregar alguma coisa a alguém: estendi-lhe o presente.
    Demonstrar a dedicação; dedicar: seu esforço estendia noite afora.
    Dar ou presentear; cumprimentar: estendo meus parabéns ao noivo.
    verbo pronominal Prolongar-se na realização de alguma coisa; demorar-se: estendeu-se no desenvolvimento do exame.
    Falar ou escrever de maneira prolixa: estendeu-se sobre aquele tópico e não parava de falar.
    Etimologia (origem da palavra estender). Do latim extendo.is.

    Estender
    1) Levantar (Ed 9:5; Jo 21:18).


    2) Mover para a frente, oferecendo (Sl 18:16, RA; At 4:30).


    3) Espalhar; desdobrar (9:8).


    Filisteus

    É desconhecida a significação, talvez querendo dizer imigrantes – os filisteus habitavam as terras baixas de Judá ao longo da costa, desde Jope até ao deserto de Gaza. o território tinha cinco divisões, cada uma das quais com a sua capital – Asdode ou Azoto, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom, sendo as duas últimas cidades situadas no interior. Estes cinco distritos formavam uma confederação de que Asdode era a capital federal (1 Sm 6,17) – e por isso foi para ali levada a arca (1 Sm 5.1). É muito incerta a DATA do estabelecimento deste povo em Canaã, mas eles venceram o Avim, tendo vindo de Caftor (Dt 2:23Jr 47:4Am 9:7). Quando os israelitas entraram no país, bem depressa estiveram em conflito com os filisteus, que obstinadamente resistiram aos invasores, obrigando uma parte da tribo de Dã a emigrar para as proximidades do monte Hermom (Jz 18). o poder dos filisteus aumentou durante o governo dos juizes e de Saul – foi Davi, que depois da morte do seu antecessor, de um modo notável uniu as tribos e os derrotou. (*veja Sansão.) A parte superior do território dos filisteus foi reclamada pelos descendentes de Efraim (1 Rs 15.27 – 16.15), que, contudo, não puderam expulsar os habitantes. A Filístia em nenhum tempo fez parte do Reino de israel (2 Rs 1.3 – 8,2) – jamais o seu povo deixou de atacar os israelitas, praticando terrivelmente a pilhagem, e prendendo os habitantes para vendê-los como escravos (1 Sm 10.5 – 13 3:17 – 14.21 – 23.1 – 28.1 – 29.11 – 31.1 a 12). Esta situação durou até que Tiglate-Pileser (734 a.C.) invadiu todo o país, subjugando os filisteus até Gaza. Alguns anos depois revoltaram-se contra Sargom (is
    20) e Senaqueribe. Ezequias foi envolvido na luta, por ter recebido o rei de Ecrom, que antes tinha estado em boas relações com a Assíria. o rei Ezequias havia restabelecido sobre a Filístia, o poder que Salomão tinha adquirido (2 Rs 18.8). Nesta ação foi o rei de Judá auxiliado pelos egípcios que se apoderaram dos lugares baixos do país (is 19:18). Mas Senaqueribe, na guerra com os egípcios, tomou Ascalom. outras cidades se submeteram aos assírios, perdendo Ezequias, também, certas porções do seu território. Por muito tempo os assírios tiveram a cidade de Asdode em seu poder, até que os egípcios, sob Psamético i, a subjugou (Jr 25:20). Neco, o seguinte egípcio, quando voltava da batalha de Megido, conquistou Gaza. Ainda outra vez os filisteus ficaram esmagados entre as duas potências em luta, o Egito e a Caldéia, pois Nabucodonosor, percorrendo o país levou cativa, depois de grande mortandade, quase toda a população (Jr 47). o velho ódio dos filisteus para com os judeus se patenteou durante o cativeiro (Ez 25:15-17). Todavia, desde a volta do cativeiro, a história dos filisteus é absorvida nas lutas dos reinos vizinhos.

    Filisteus Povo que habitava a planície da costa do mar Mediterrâneo em Canaã, desde Jope até o Sul de Gaza. Tinham cinco grandes cidades: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (Js 13:3). Os israelitas viviam sempre em luta contra eles.

    =====================

    MAR DOS FILISTEUS

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Ex 23:31).


    Refains

    -

    l. Uma raça de gigantes (Gn 145 – 15.20). 2. o vale de Refaim, que hoje se chama El-Bukeia. Fértil planície, fechada de todos os lados por cordilheiras, e que progressivamente se estende de Jerusalém para o sudoeste no espaço de quase dois quilômetros, estreitando-se depois de modo a formar o Wady-el-Werd. Esse vale servia de limite às tribos de Judá e Benjamim (Js 15:8 – e 18.16), e foi teatro de conflitos entre Davi e os filisteus (2 Sm 5.18,22 – 23.13 – 1 Cr 11.15 – 14.9,13).

    Refains Povo de GIGANTES que, nos tempos antigos, moravam em Canaã (Gn 14:5).

    Subir

    verbo intransitivo Transportar-se para um plano mais elevado: os hóspedes subiram para o quarto; os meninos amigos subiram à árvore.
    Aumentar em altura, crescer de nível: durante a noite as águas subiram dois metros.
    Ir para cima, elevar-se: o terreno, aqui, sobe muito.
    Passar do grave ao agudo: a voz subia em tons e meios-tons.
    Figurado Apresentar avanços, progressos: ele tem subido muito na vida.
    Alcançar taxas ou preços mais elevados: o preço dos alimentos subiu muito.
    Assomar a um lugar preeminente: o orador subiu à tribuna.
    Alastrar-se para cima: assim como a seiva, as parasitas sobem pelos ramos.
    Estar muito alto ou elevado: os tetos subiam a grande altura.
    Seguir os devidos trâmites até chegar a uma autoridade ou repartição superior: o papel subiu a despacho do ministro.
    Subir ao trono, tornar-se rei, receber o poder.
    Subir ao cadafalso, morrer no cadafalso, na forca.
    Subir à cabeça, perturbar-se, embriagar-se (diz-se geralmente das bebidas alcoólicas: o vinho subiu-lhe à cabeça).
    Subir ao céu, morrer na graça de Deus.
    verbo transitivo Galgar: rápido, o homem subiu a escada.

    Tornar

    verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
    Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
    verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
    Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
    Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
    verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
    Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
    verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
    Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
    verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
    Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

    tornar
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

    Vale

    substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
    Várzea ou planície à beira de um rio.
    Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
    Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
    substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
    Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
    Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
    Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
    Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
    interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
    expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
    Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
    Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.

    substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
    Várzea ou planície à beira de um rio.
    Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
    Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
    substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
    Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
    Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
    Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
    Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
    interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
    expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
    Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
    Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.

    A Palestina é um território de montes e vales, e por isso encontramos muitas povoações com o nome do vale ou da serra, onde foram fundadas. Geralmente, quando se menciona um vale, com mais propriedade quer dizer-se ‘desfiladeiro’ ou ‘ravina’, porquanto a natureza abrupta e escabrosa dos montes da Palestina e a estreiteza do espaço entre muitas serras tornam esses nomes mais apropriados. Em alguns sítios o vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (Js 9:1 – 10.40 – 1 Rs 10.27). (*veja Palestina.)

    Vale Extensão longa e baixa da terra que fica entre COLINAS ou montanhas (Is 40:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Samuel 5: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E os filisteus tornaram a subir, e se estenderam pelo vale de Refaim.
    II Samuel 5: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1003 a.C.
    H3254
    yâçaph
    יָסַף
    acrescentar, aumentar, tornar a fazer
    (And she again)
    Verbo
    H5203
    nâṭash
    נָטַשׁ
    deixar, permitir, desamparar, lançar fora, rejeitar, sofrer, juntar, estender ou espalhar, ser
    (allowed me)
    Verbo
    H5750
    ʻôwd
    עֹוד
    novamente
    (again)
    Substantivo
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H6010
    ʻêmeq
    עֵמֶק
    no Vale
    (in the valley)
    Substantivo
    H6430
    Pᵉlishtîy
    פְּלִשְׁתִּי
    habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a
    (Philistim)
    Adjetivo
    H7497
    râphâʼ
    רָפָא
    gigantes, Refaim
    (the Rephaims)
    Substantivo


    יָסַף


    (H3254)
    yâçaph (yaw-saf')

    03254 יסף yacaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 876; v

    1. acrescentar, aumentar, tornar a fazer
      1. (Qal) acrescentar, aumentar, tornar a fazer
      2. (Nifal)
        1. juntar, juntar-se a
        2. ser reunido a, ser adicionado a
      3. (Hifil)
        1. fazer aumentar, acrescentar
        2. fazer mais, tornar a fazer

    נָטַשׁ


    (H5203)
    nâṭash (naw-tash')

    05203 נטש natash

    uma raiz primitiva; DITAT - 1357; v

    1. deixar, permitir, desamparar, lançar fora, rejeitar, sofrer, juntar, estender ou espalhar, ser afrouxado, cessar, abandonar, desistir, estar solto, estar para baixo, fazer uma incursão, estar desocupado, deixar cair, desistir, retirar
      1. (Qal)
        1. deixar, deixar só, estar desocupado, confiar a
        2. desertar, abandonar
        3. permitir
      2. (Nifal)
        1. ser deserdado
        2. ser solto, estar solto
        3. deixar ir, estender
      3. (Pual) ser abandonado, ser deserdado

    עֹוד


    (H5750)
    ʻôwd (ode)

    05750 עוד ̀owd ou עד ̀od

    procedente de 5749; DITAT - 1576a subst

    1. repetição, continuação adv
    2. ainda, novamente, além disso
      1. ainda, ainda assim (referindo-se a continuidade ou persistência)
      2. ainda, ainda assim, além disso (referindo-se a adição ou repetição)
      3. novamente
      4. ainda, ainda mais, além disso

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    עֵמֶק


    (H6010)
    ʻêmeq (ay'-mek)

    06010 עמק ̀emeq

    procedente de 6009; DITAT - 1644a; n. m.

    1. vale, várzea, planície, região aberta

    פְּלִשְׁתִּי


    (H6430)
    Pᵉlishtîy (pel-ish-tee')

    06430 פלשתי P elishtiŷ

    gentílico procedente de 6429; adj.

    filisteu = “imigrantes”

    1. habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a costa marítima de Canaã

    רָפָא


    (H7497)
    râphâʼ (raw-faw')

    07497 רפא rapha’ ou רפה raphah ou (plural) רפאים

    procedente de 7495 no sentido de revigorar; DITAT - 2198d; n. pr. gentílico

    1. gigantes, Refaim
      1. antiga tribo de gigantes