Enciclopédia de I Reis 22:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 22: 14

Versão Versículo
ARA Respondeu Micaías: Tão certo como vive o Senhor, o que o Senhor me disser, isso falarei.
ARC Porém Mica disse: Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser isso falarei.
TB Respondeu Micaías: Pela vida de Jeová, o que Jeová me disser, isso falarei.
HSB וַיֹּ֖אמֶר מִיכָ֑יְהוּ חַי־ יְהוָ֕ה כִּ֠י אֶת־ אֲשֶׁ֨ר יֹאמַ֧ר יְהוָ֛ה אֵלַ֖י אֹת֥וֹ אֲדַבֵּֽר׃
BKJ E Micaías disse: Como vive o SENHOR, o que o SENHOR disser a mim, isto falarei.
LTT Porém Micaías disse: Vive o SENHOR que, o que o SENHOR me disser, isso falarei.
BJ2 Mas Miquéias respondeu: "Pela vida de Iahweh! O que Iahweh me disser, é isso que anunciarei!"

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 22:14

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
7. Acabe e Ben-Hadade na Guerra pela Conquista de Ramote-Gileade (I Reis 22:1-40)

Podemos imaginar que houve uma trégua entre Israel e a Síria, que durou três anos (1) desde a data da batalha de Meca (20:26-29) até a batalha por Ramote-Gileade, aqui descrita. Isso inclui o período do pacto que foi estabelecido entre os dois (20.34), e essa aliança envolvia Acabe e um grande exército israelita na batalha de Karkar. A sua tentativa de retomar Ramote-Gileade ocorreu, obviamente, no último ano de seu reina-do. A descrição dessa batalha foi incluída por duas razões: (1) ela indica a posição profé-tica contra alianças com países estrangeiros e (2) a morte de Acabe mostra o cumprimen-to do juízo previsto, e que lhe sobreveio de forma direta e pessoal.

a. Josafá aceita marchar contra Ramote-Gileade (22:2-4). Não foram fornecidos de-talhes sobre a aliança entre Acabe e Josafá, de Judá. Ao leitor resta imaginar que tenha sido alcançado algum tipo de acordo entre os dois em vista das ameaças da Síria e da Assíria. Parece bastante provável que esse acordo tenha sido selado através de um casa-mento real, das bodas da filha de Acabe, Atalia, com Jeorão, filho de Josafá (cf. 2 Rs 8.18). A maneira como esse casamento é descrito indica que algum tipo de entendimento já havia sido estabelecido.

A cidade de Ramote-Gileade, às vezes chamada de Ramote em Gileade (3; Dt 4:43; Js 20:8 passim), ou Ramá (II Reis 8:29), havia sido construída e escolhida para ser um dos centros distritais de Salomão (4.13). Ela pode ser identificada com Tell er-Rumeith no norte da Transjordânia. Trata-se de uma colina com três outeiros, localizada várias mi-lhas a sudeste de Ramtha, não muito longe da interseção norte-sul da estrada de Da-masco, através de Jarash, e da estrada que vai de leste a oeste de Mafraq a Irbid. Essa estratégica localização fazia dela uma importante cidade sob o ponto de vista do controle do comércio nas épocas de paz, e do movimento das tropas em épocas de guerra. Prova-velmente, Ramote-Gileade foi conquistada por Rezom (Heziom) em algum momento do reinado de Onri ou mesmo de Roboão. A Bíblia não faz qualquer referência a esse fato, exceto que ela aparece como uma cidade que Ben-Hadade havia prometido devolver a Israel (20.34). Porém, o fato de não ter cumprido sua promessa levou Acabe a decidir retomar a cidade à força.

b. O pedido de Josafá (22:5-28). Esse incidente traz um grande esclarecimento sobre o desenvolvimento da atividade profética durante a época de Acabe. Ele indica a ascen-são dos falsos profetas em Israel, um grupo geralmente reconhecido por sua posição em volta do rei, e junto aos sacerdotes. Posteriormente, esses populares conselheiros passa-ram a sofrer freqüentes críticas dos verdadeiros profetas de Deus (Is 9:15; Jr 5:13-31; 23.11,15,16,25,26; Os 4:5; Mq 3:5-7). Acabe conseguiu reunir 400 homens com facilidade, porque já havia organizado este grupo em substituição aos profetas de Baal.

Ao que tudo indica, os novos profetas de Acabe se conduziram de acordo com a ver-dadeira tradição profética. A única diferença — isto é, uma grande diferença — era que haviam sido convocados pelo rei e não por Deus. Sua lealdade e serviço estavam dirigi-dos a um homem e não ao Senhor. Seu desempenho perante Acabe, predizendo somente o que o rei queira ouvir (6,
11) é uma clara indicação disso. Josafá, acostumado com um círculo de genuínas vozes proféticas, percebeu o tom de falsidade que existia nas pala-vras dos profetas de Acabe, e então perguntou: "Não há aqui ainda algum profeta do Senhor?" (7). A versão Berkeley traz a seguinte tradução: "Não existe por aqui nenhum outro profeta do Senhor?" A praça ou eira (10) onde os profetas compareciam perante Acabe e Josafá era um espaço aberto perto da porta da cidade. Esse lugar era usado como local de debulha na época da colheita.

(1) Micaías desafia os profetas de Acabe (13-23). Micaías, que só é conhecido nesta situação, "brincou" com o mensageiro que o conduzia, ao desejar, aparentemente ver a reação de Acabe (13-15). A mensagem do Senhor que ele transmitia era exatamente o oposto da palavra dos outros profetas. Ela dizia que Israel ficaria sem rei — como ove-lhas que não têm pastor (17). Essa era uma profecia que Acabe não queria ouvir; no entanto, ele suspeitava que seria proferida pelo verdadeiro profeta de Deus. A frase: então disse ele (19) indica que Micaías continuou com outra devastadora mensagem. O Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas (23). Todo

  1. programa de profecias de Acabe, que poderia ter levado a ele um pouco de tranqüilidade, ficou exposto como falso e totalmente incerto. Não se pode confiar na tentativa do ho-mem de imaginar substitutos para a verdadeira adoração a Deus.

(2) Micaías é perseguido e preso (24-27). Zedequias, tomado de ira, ao ouvir as pala-vras de Micaías sobre ele e os outros profetas, adiantou-se e feriu-o no queixo. O profeta então proclamou a autenticidade de suas previsões (24) e sua réplica foi: Eis que o verás naquele mesmo dia (25). Os acontecimentos que se seguiram comprovaram quem era o verdadeiro profeta. O teste crucial de um profeta é a confirmação histórica de suas previsões (cf. Dt 18:18-22). Acabe ordenou, tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom (26). Aparentemente, isso representava a presença de condições mais severas do que as da sua prisão anterior (27; cf. 8,18). O rei planejava cuidar dele depois de seu retorno da batalha. Entretanto, o profeta anunciou: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim (28).

  1. A batalha em Ramote-Gileade (22:29-36). Perturbado pela profecia de Micaías, Acabe decidiu despir as roupas que o caracterizavam como rei antes de ir para a batalha e pediu a Josafá que não tirasse as vestes reais. Esta atitude desviou a atenção de Acabe durante algum tempo (30,32).

A ordem de Ben-Hadade aos seus comandantes demonstra o respeito que sentia pela liderança militar de Acabe: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel (31). Ele era, naturalmente, o personagem crucial do campo de batalha, e sua captura ou morte seria considerada pelo seu exército como sinal de derrota. Isso também explica porque Acabe permaneceu corajosamente no campo da luta, ao demonstrar que nada sentia, embora tivesse sido mortalmente ferido por uma seta perdida. Entre as fivelas e as couraças (34) pode ser entendido como "entre as escamas da armadura e do peitoral" (Berk). A batalha terminou com Ramote-Gileade ainda em poder dos sírios, enquanto o exército israelita se desintegrava ao saber da morte de Acabe; a notícia se espalhou, e foi, cada um para sua cidade, e cada um para sua terra (36).

  1. Morte e sepultamento de Acabe (22:37-40). A inesperada morte de Acabe veio comprovar a profecia de Elias (21,19) e de outros profetas (20.42; 22.20). E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (38) ; o versículo ainda acrescenta: Ora, as prostitutas se lavavam ali. Keil sugere que essa constru-ção gramatical deve ser aceita sob a seguinte forma: "as prostitutas estavam se ba-nhando no tanque no momento em que o carro de guerra estava sendo lavado do san-gue de Acabe.'

Peças de marfim entalhado, encontradas em Samaria, mostram que esse material era usado para decorar o interior do palácio de Acabe, como está indicado na expressão: casa de marfim (39). A grande piscina de 10x5 metros, escavada em Samaria, poderia ser o tanque do versículo 38i. Uma outra pessoa muito importante sob o ponto de vista da capacidade humana — um governante sagaz, política e militarmente competente -morreu e foi sepultado. Entretanto, assim como seu pai, Onri, Acabe se entregou a uma vida pecaminosa e idólatra que, certamente, ofuscou tudo aquilo que conseguiu realizar. O seu exemplo de impiedade teve continuidade na vida de seu filho e filha, que governa-ram os dois reinos.

G. O REINADO DE JOSAFÁ (R.S.) * (870-848 a.C.), 22:41-50 (cf. 2 Cron 17:1-20,37)

Tem início aqui a parte principal do sincronismo feito pelo historiador entre os reis de Judá e Israel. Ele prossegue através de II Reis 17:23 e termina com o relato da decadência de Samaria. Essa seção dá prosseguimento à atenção dedicada ao ministé-rio dos profetas do reino do Norte. O reinado de Josafá, que foi aqui tratado de forma muito breve, recebe um espaço muito maior em II Crônicas. Acontecimentos posterio-res no reino do Norte foram reservados para a descrição do reinado de Jeorão (R.N.) ** em II Reis 3ss.

  1. Um Bom Rei (22:41-46)

Josafá é caracterizado como aquele que fez o que era reto aos olhos do Senhor (42-43) porque nunca se envolveu com a religião idólatra. O historiador não tece comen-tários sobre o casamento de seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe'. Assim como seu pai, Asa, ele permitia a realização de cultos nos lugares altos e também conservou certos aspectos da reforma religiosa feita por seu antecessor: em particular, ele comple-tou a remoção dos sodomitas (46, os qadesh, a prostituição masculina) dos cultos cananeus, cujas práticas remontam à época de Roboão (cf. 14:21-24).

  1. Notas Finais (22:47-50)

Josafá tentou modernizar a refinaria de cobre e desenvolver o comércio com Ofir, como Salomão havia feito (cf.comentários sobre I Reis 9:26-28). O texto em II Crônicas 20:35-37 relata como Josafá caiu em desgraça ao se aliar ao iníquo Acazias (R.N.). Talvez sua recusa em permitir que os homens de Acazias se juntassem aos marinheiros dos navios de Judá (49), possa ser entendida depois do desastre descrito no versículo 48. Ele foi sepultado na Cidade de Davi (50) e sucedido por seu filho Jorão (R.S.).

H. O REINADO DE ACAZIAS (R.N.) (853-852 a.C.), I Reis 22:51-II Reis 1:18. Durante dois anos, o reinado de Acazias coincidiu com o de Josafá (R.S).

  1. Foi Caracterizado pela Iniqüidade (22.52,53)

Podemos observar dois aspectos em relação ao reinado de Acazias: primeiro, ele con-tinuou com o depravado culto aos bezerros que Jeroboão realizava em Betel e Dã, e, em segundo lugar, ele mesmo era um adorador de Baal. A influência de Jezabel, aparente-mente, começava a se fazer presente. As forças do mal não desistem facilmente; mesmo depois de exterminadas, elas muitas vezes se reagrupam e tentam voltar rapidamente.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
*

22:1

Três anos. Israel gozou de paz por três anos após a guerra de dois anos entre a Síria e Israel, descrita em 20:1-34. Durante esse período de paz, Hadadezer (Ben-Hadade II), da Síria, Acabe de Israel, e dez outros reis formaram uma coligação para afastar a invasão assíria, liderada por Salmaneser III. Os registros históricos dos assírios relatam que na principal batalha dessa campanha, que aconteceu em Qarqar, na Síria, às margens do rio Orontes (853 a.C.), Acabe contribuiu com duzentos carros de guerra e com dez mil soldados. A reivindicação assíria de que os assírios obtiveram uma grande vitória parece ser um exagero, porque os assírios se retiraram e não tentaram invadir novamente a região durante cerca de quatro anos.

* 22:2

Josafá, rei de Judá. Quanto ao seu reinado, ver os vs. 41-50 e 2Rs 3:7-27.

* 22:3

Ramote-Gileade. Localizada a cerca de 32 km a leste do rio Jordão, perto de um tributário ao rio Iarmuque, Ramote-Gileade tornou-se possessão de Israel durante a conquista (Dt 4:43; Js 20:8; conforme 1Rs 4:13) e Acabe achou que era tempo de recuperá-la dos sírios (v. 4).

* 22:4

Serei como tu és. Essa linguagem diplomática significa a concordância de Josafá em unir-se na campanha contra os sírios. Josafá parece ter sido um associado menor nessa coligação, e não um igual com Acabe, pois Acabe lhe determinou o que fazer (v. 30). Visto que anteriormente Judá fora aliado dos sírios contra Israel (15.16-21), esse novo arranjo assinalou uma mudança na política estrangeira tanto de Israel quanto de Judá. Em algum ponto no reinado de Acabe, ele formalizou suas relações com Judá, dando sua filha, Atalia, em casamento a Jeorão, filho do rei de Judá (2Rs 8:18,26). Atalia era uma devotada adoradora de Baal, e esse casamento diplomático introduziu a adoração a Baal patrocinada pelo estado, em Judá, corrompendo-se assim a adoração a Yahweh (2Rs 11).

* 22:5

Consulta primeiro a palavra do SENHOR. Era comum consultar-se a Deus ou seus profetas, antes de iniciar alguma campanha militar importante (1Sm 23:1-4; 2Sm 2:1; 2Rs 3:11; 2Cr 20:3-17).

* 22:6

profetas... quatrocentos homens. Os profetas cujas palavras ficaram registradas nas Escrituras são apenas uma fração do número total de pessoas que se chamavam de profetas naqueles tempos (18.19; 2Rs 3:13; Jr 28). Profetas também eram comuns em outras sociedades do antigo Oriente Próximo.

Eles disseram: Sobe. A maioria dos profetas israelitas anelava por agradar seus patronos, geralmente reis, proferindo lisonjas e mensagens agradáveis (Jr 28:1-4; Am 7:10-13).

* 22:7

Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR. Josafá mostrou-se cético diante desses profetas.

* 22:8

Micaías, filho de Inlá. O nome "Micaías" significa "Quem é como Yahweh?" Ele só aparece neste capítulo.

nunca profetiza de mim o que é bom. De acordo com Jeremias, era preciso desconfiar dos profetas que profetizavam com grande otimismo sobre o futuro da nação (Jr 29:8,9).

* 22:10

assentados, cada um no seu trono. Acabe e Josafá estavam sentados no lugar onde as decisões judiciais e municipais eram tomadas (Dt 21:19; 25:7; Rt 4:1-12; Am 5:10-15).

* 22:11

Zedequias. Esse homem era um dos profetas procurados por Acabe.

chifres de ferro. Os chifres representam o poder (Dt 33:17; Zc 1:18-21). Quanto aos atos simbólicos dos profetas, ver 11.30, nota.

* 22:14

Tão certo como vive o SENHOR. Um juramento convencional (1.17, nota).

o que o SENHOR me disser, isso falarei. Mesmo que ele desejasse dizer algo diferente, Micaías só podia falar a palavra do Senhor.

* 22:15

Sobe e triunfarás. Micaías estava sendo sarcástico, e Acabe sabia disso.

* 22:17

Vi todo o Israel disperso. Micaías retrata os exércitos de Israel derrotados e sem líderes como estando em um estado de anarquia.

que não têm pastor. O termo "pastor" pode referir-se a um rei (Zc 13:7). Micaías não identificou que pastor seria este.

* 22:22

Sairei e serei espírito mentiroso. Um dos seres celestiais cumpriu os desejos de Deus usando os quatrocentos profetas como o meio de reforçar uma falsa sensação de segurança no coração de Acabe (1Sm 16:14-16; 1:6-8,12; Jr 14:14-16; 23:16,26; Ez 14:9 e Gl 1:6-9).

* 22:25

de câmara em câmara. Quando a batalha tivesse terminado, Zedequias seria envergonhado e buscaria refúgio.

* 22:28

Se voltares em paz. A despeito da vontade de Acabe, a profecia permaneceria de pé.

* 22:30

Eu me disfarçarei. O disfarce de Acabe indica que ele temeu as palavras de Micaías.

as tuas vestes. Cinicamente, Acabe convidou Josafá a ficar vestido em suas vestes reais, esperando que se algum rei tivesse que ser morto em batalha (v. 17), esse rei deveria ser Josafá.

* 22:31

Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande. Neutralizar o líder de um exército contrário era algo decisivo, porque, uma vez morto esse líder, o exército dele entraria em colapso.

* 22:38

os cães lamberam o sangue do rei. Esse ato dos cães foi um cumprimento parcial da profecia de Elias em 21.19 (conforme 2Rs 9:25,26).

as prostitutas banharam-se nestas águas. Provavelmente a referência é à prostituição cultual, efetuada no templo de Baal; mas ver referência lateral.

* 22:39

casa de marfim que construiu. As escavações arqueológicas em Samaria descobriram casas construídas com marfim decorativo que datam desse período. Tal extravagância foi ironizada por Amós (Am 3:15).

cidades que edificou. As escavações arqueológicas revelam que Samaria e Megido foram refortificadas durante esse período.

livro da História dos Reis de Israel? Ver nota em 11.41.

* 22:40

Acazias. Quanto ao reinado de Acazias, ver os vs. 51-53 e
II Reis 1.

* 22:41

no quarto ano. Se Josafá foi co-regente com seu pai Asa, por três anos, conforme alguns eruditos acreditam, o quarto ano seria 869 a.C., e se referia ao começo de seu reinado independente.

*

22:42

vinte e cinco anos reinou. Isto é, entre 872 e 848 a.C.

* 22:43

fez o que era reto perante o SENHOR. Josafá foi um dos reis do reino do sul, Judá, que o autor sagrado dos livros dos Reis retrata sob uma luz positiva.

Todavia, os altos não se tiraram. Ver nota em 3.2.

* 22:44

Josafá viveu em paz com o rei de Israel. Embora os primeiros anos do reino dividido fossem assinalados por guerras intermitentes, o tratado entre Josafá e Acabe foi o começo de um período de relações pacíficas entre Judá e Israel (conforme 2Rs 8:18,26).

* 22:45

como guerreou. Ver 2Rs 3:7-27; 2Cr 17:11; 20.

livro da História dos Reis de Judá? Ver nota em 11.41.

* 22:46

prostitutos-cultuais. Ver nota em 14.24.

* 22:47

reinava um governador. "Não havia rei em Edom", pois, com toda a probabilidade, Edom era um vassalo de Judá. O rei de Judá, era quem decidia quem governaria Edom (2Rs 8:20-22).

* 22:48

navios de Társis. Josafá, tal como fizera Salomão antes dele, quis estabelecer uma marinha sua, com base em Eziom Geber (1Rs 9:26-28; 10:22; 2Cr 20:35-37).

Ofir. Ver nota em 9.28.

* 22:49

Acazias, filho de Acabe. Ver 1Rs 22:51; 2Rs 1:18.

Vão os meus servos embarcados com os teus. Ver 2Cr 20:35-37.

* 22:51

reinou dois anos. Ou seja, entre 853 e 852 a.C.

* 22:52

seu pai... sua mãe. Ou seja, Acabe e Jezabel (1Rs 16:29-34).

nos caminhos de Jeroboão. Ver nota em 12.30.

* 22:53

Ele serviu a Baal, e o adorou. A adoração a Baal, introduzida e apoiada por Acabe e Jezabel, foi perpetuada por seu filho (16.31, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
22:6 Estes quatrocentos profetas puderam ter sido os quatrocentos sacerdotes da Asera que Elías deixou com vida no monte Carmelo, apesar de que quatrocentos e cinqüenta profetas do Baal foram mortos (veja-se 18:19-40).

22:7 Josafat sabia que havia uma diferença entre estes profetas pagãos e o "profeta do Jeová", de modo que perguntou se havia algum disponível. Era evidente que Josafat queria fazer o correto, apesar de Acab. Entretanto, ambos os reis menosprezaram a mensagem de Deus e escutaram sozinho aos profetas pagãos.

22:15, 16 por que disse Micaías ao Acab que atacasse quando previamente tinha feito um voto de falar só o que Deus lhe dissesse? Possivelmente estava falando sarcásticamente, burlando-se das mensagens dos profetas pagãos ao mostrar que estavam lhe dizendo ao rei só o que ele queria escutar. De algum jeito, o tom de voz do Micaías deixou saber a todos que se estava burlando dos profetas pagãos. Quando o rei o confrontou, predisse que o rei morreria e que se perderia a batalha. Mesmo que Acab se arrependeu temporalmente (21.27), seguiu mantendo seu sistema de falsos profetas, os quais instrumentariam o caminho para sua própria ruína.

22.19-22 A visão que teve Micaías pôde ter sido uma imagem de um incidente verdadeiro nos céus, ou uma parábola do que estava ocorrendo na terra, ilustrando que a influência sedutora dos falsos profetas seria parte do julgamento de Deus sobre o Acab (22.23). Já seja que Deus enviasse um anjo disfarçado ou não, utilizou o sistema dos falsos profetas para tender uma armadilha ao Acab em seu pecado. O espírito mentiroso (22,22) simbolizava a forma de vida desses profetas, quem disse ao rei só o que ele quis escutar.

22.20-22 Acaso permite Deus que os anjos seduzam às pessoas para fazer o mal? Para entender o mal, primeiro devemos entender a Deus. (1) Deus mesmo é bom (Sl 11:7). (2) Deus criou um mundo bom que caiu devido ao pecado do homem (Rm 5:12). (3) Algum dia Deus voltará a criar o mundo e este será bom outra vez (Ap 21:1). (4) Deus é mais forte que o mal (Mt 13:41-43; Ap 19:11-21). (5) Deus permite o mal, e portanto tem controle sobre ele. Embora Deus não criou o mal, oferece ajuda a aqueles que desejam superá-lo. (Mt 11:28-30). (6) Deus utiliza tudo, tão bom como mau, para seus bons propósitos (Gn 5:20; Rm 8:28).

A Bíblia nos mostra um Deus que odeia todo mal e que algum dia acabará com ele completamente e para sempre (Ap 20:10-15). Deus não induz a nenhum para voltar-se mau. Aqueles que se comprometem com o mal, entretanto, podem ser usados Por Deus para que pequem até mais para poder apressar o julgamento que se merecem (Ex 11:10). Não precisamos entender cada detalhe de como obra Deus para poder ter uma confiança perfeita em seu poder absoluto sobre o mal e sua total bondade para nós.

22:34 Acab não pôde escapar do julgamento de Deus. O rei de síria enviou a trinta e dois de seus melhores capitães de carros com o único propósito de matar ao Acab. Pensando em que podia escapar, Acab tratou de disfarçar-se, mas uma flecha perdida lhe pegou enquanto os carros perseguiam o rei equivocado, Josafat. Foi muito parvo por parte do Acab pensar que poderia escapar com um disfarce. Às vezes a gente trata de escapar da realidade disfarçando-se: trocam de trabalho, mudam-se a uma nova cidade, até trocam de cônjuge. Entretanto, Deus vê e avalia os motivos de cada pessoa. Qualquer tento de disfarçar-se é fútil.

22:35 Tal e como o havia predito o profeta (20.42), Acab foi morto. Veja o perfil do Acab no capítulo 19 para maior informação sobre seu triste historia.

22.41-50 Para maiores detalhes a respeito do Josafat, veja o outro registro de seu reinado em II Crônicas 17:20.

22:43 Do mesmo modo que seus antepassados Salomão e Asa, Josafat seguiu a Deus, mas não eliminou os lugares altos: os santuários pagãos das colinas (2Cr 20:33). Era contra a lei de Deus adorar ídolos nos santuários (Nu 33:52), e ao princípio Josafat tentou tirá-los (2Cr 17:6). Eram tão populares, entretanto, que foi muito difícil fazê-lo. Apesar das muitas contribuições à saúde espiritual, moral e material de seu país, Josafat não teve êxito na erradicação dos santuários das colinas.

22.52, 53 O primeiro livro de Reis começa com uma nação unida sob o Davi, o rei mais devoto na história do Israel. O livro termina com um reino dividido e com a morte do Acab, o rei mais perverso de todos. O que aconteceu? O povo esqueceu reconhecer a Deus como sua líder máximo, designou líderes humanos que ignoraram a Deus, e logo se conformou ao estilo de vida desses líderes perversos. Uma má ação ocasional gradualmente se voltou em um estilo de vida. Sua maldade flagrante só poderia enfrentar-se com o grande julgamento de Deus, que permitiu que as nações inimizades se levantassem e derrotassem ao Israel e Judá em batalha como castigo por seus pecados. Fracassar em reconhecer a Deus como o máximo líder de nossa vida é o primeiro passo para a ruína.

OS 1NVASORES DO TEMPLO

Sisac, rei do Egito - 2 Rsseis 14:25-26 - Saqueou o templo, levou-se certos tesouros

Asa, rei do Judá - 2 Rsseis 15:18-19 - Levou-se tesouros do templo e dinheiro para comprar a aliança com o rei Ben-adad de Síria

Atalía, reina do Judá - 2Rs 11:13-15; II Crônicas 24:7 - Assolou o templo; logo correu ao templo só para descobrir que seu malvado reinado tinha chegado ao final

Joás, rei do Judá - 2Rs 12:18 - Tomou ouro e objetos sagrados do templo para deter o ataque do rei Hazael de Síria

Joás, rei do Israel - 2Rs 14:14 - Entrou em templo e tomou ouro e prata para desforrar-se do Amasías

Acaz, rei do Judá - 2Rs 16:8-18- Tomou prata, ouro e vários móveis do templo para mandar um tributo suficiente e apaziguar ao Ben-adad, rei de Assíria

Ezequías, rei do Judá - 2Rs 18:13-16- Tomou toda a prata do templo e arrancou o ouro de suas portas para persuadir ao Senaquerib, rei de Síria, a deter seu ataque

Manasés, rei do Judá - 2Rs 21:4-8- Colocou altares pagãos no templo

Nabucodonosor, rei de Babilônia - 2Rs 24:13; 2Cr 36:10; 2Rs 25:1-17; 2Cr 36:18-19

Nabucodonosor atacou repentinamente ao templo durante sua segunda e terceira invasão ao Judá. Em sua terceira invasão, destruiu o templo e se levou todos seus tesouros


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53

5. A morte de Acabe (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
  • A derrota e a morte de Acabe (22)
  • Acabe não derrotou a Síria quan-do teve a oportunidade de fazê-lo, portanto o inimigo voltou a atacá-lo e, por fim, matou-o. De forma se-melhante, o rei Saul não destruiu os amalequitas, e um jovem amalequi- ta matou-o. A aliança de Acabe e do rei Josafá para essa batalha não é uma surpresa, já que a filha de Aca-be era casada com o filho daquele (2Cr 21:1-14). Observe que o rei Jo-safá queria conhecer a vontade do Senhor para essa batalha, portanto eles consultaram o profeta que mi-nistrava para Acabe. É claro que os profetas pagãos, em sua cegueira, adequaram-se aos desejos dos dois reis e prometeram vitória. Contudo, a promessa deles soou vazia. Josafá queria ouvir um profeta do Senhor. Micaías era o único disponível (e

    estava preso). Assim, eles enviaram alguém a ele e pediram sua mensa-gem. E Micaías, com santo sarcas-mo, repetiu as promessas dos profe-tas pagãos, mas o rei sabia que ele estava fingindo. Não é estranho que o perdido queira ouvir o Senhor, mas, apesar disso, não queira ou-vir a verdade nem obedecer a ela? Micaías falou a verdade: os profetas pagãos foram usados para mentir, pois o rei Acabe morreria na bata-lha e Israel seria dispersado. O que o profeta fiel recebeu por seu minis-tério? Pão e água na prisão. Contu-do, ele foi fiel ao Senhor, e é isso que conta.

    Acabe tentou evitar a morte dis-farçando-se, pois os soldados tenta-riam matar o rei primeiro. (Em Ef 6, Paulo segue essa idéia quando nos aconselha a não lutar contra a carne e o sangue, mas contra Satanás, por meio da oração e da Palavra. De-pois que você derrota o rei, o resto é fácil.) Josafá foi para a batalha com suas vestimentas reais, e o Senhor protegeu-o, mas Acabe foi morto usando seu disfarce. O versículo 34 indica que os soldados lançaram as flechas sem nem mesmo mirar, con-tudo o Senhor guiou-as até o alvo adequado. Nenhum artifício ou dis-farce protege o pecador quando o Senhor envia seu julgamento. Israel perdeu a batalha e o rei.

    Sepultaram o rei em Samaria, lavaram o carro ensanguentado no açude, e os cães lamberam o san-gue, conforme Deus prometera (20:42 e 21:19). Acazias, o filho perverso de Acabe, reinou em seu lugar, e a nação continuou em seu curso pecaminoso.

    O rei Acabe era um grande soldado que teria conduzido Israel à vitória se seguisse o Senhor em verdade, mas sua união à adoração de Baal e a má influência de sua esposa ímpia trouxeram-lhe derro-ta. Acabe vivenciou a bondade do Senhor em vitórias militares, contu-do ele recusou-se a submeter-se à Lei. Ele humilhou-se exteriormente quando o julgamento foi anunciado e, até mesmo nessa ocasião, conse-guiu um "adiamento da execução", mas seu arrependimento superficial não durou muito tempo. Os três anos e seis meses de seca e a gran-de demonstração da glória de Deus no monte Carmelo não abrandaram seu duro coração. Ele "se vendeu para fazer o que era mau" e não se arrependeu. Ele ouviu um dos maio-res profetas da história do Antigo Testamento, Elias, e mesmo assim não se arrependeu. Seus 22 anos de reinado afastaram ainda mais o povo de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    22.1 Período em que houve uma aliança entrega Síria e os israelitas, pela qual foi possível a Israel, derrotar as assírios, em Carcar no ano 853 a.C.
    22.2 Para avistar-se. Uma visita oficial; o filho de Josafá já se casara com a filha de Acabe (2Rs 8:18 e 26).

    22.3 Afastado o perigo de uma invasão imediata pelos assírios (1n). Acabe rompe sua aliança com Ben-Hadade (20.34), para levar a cabo uma disputa sobre a importante cidade, fortificada, de Ramote de Gileade, uma das cidades de refúgio além do rio Jordão (Dt 4:43).

    22.4 Parece que a cidade sempre fora um assunto de contenda entre as duas nações, mas agora Acabe obteve o apoio de uma terceira, Judá.
    22.6 Profetas. Não está escrito "profetas do Senhor”; a palavra também se aplicava a sacerdotes e curandeiros pagãos. Estes tinham a função de dar um apoio religioso a Acabe, dizendo aquilo que ele desejava ouvir.

    22.7 Algum profeta do Senhor. Josafá era um homem justo, e não se deixava enganar tão facilmente. Pode haver muitas pessoas no mundo que se dedicam à religião, à filosofia, à invocação de coisas sobrenaturais, mas um verdadeiro servo de Deus, guiado por Sua Palavra, vale mais que a total religiosidade do mundo, quando esta não é vinculada à Pessoa de Jesus Cristo (Cl 2:8-51).

    • N. Hom. 22.9 Micaías. Mais um verdadeiro servo de Deus, que estava em seu posto num momento histórico. Sua mensagem era fiel à vontade divina e não ao entusiasmo carnal, que proclama ir tudo muito bem, mesmo quando mais se acentua a desobediência às leis de Deus. Esta passagem é uma indicação da profundeza da separação que havia entre os falsos e os verdadeiros profetas. Os falsos profetas tentavam agradar aos seus ouvintes com promessas de sorte e felicidade (Jr 28:8-24). Os falsos profetas eram reconhecidos pelas profecias que não se cumpriam (Dt 18:21). Mesmo que um profeta opere milagres e prediga corretamente o futuro, deve ser rejeitado como falso, se pregar heresias contra a lei de Deus (Dt 13:1). O verdadeiro profeta era íntegro na plena comunhão com o Senhor Deus e integrava-se completamente nos Seus planos (Jl 3:7).

    22.11 Chifres de ferro. Rechaçar seus inimigos com o poder dos chifres do boi selvagem era o quinhão de José, pai de Efraim e Manassés, e patriarca dessas tribos do norte (Dt 33:13-5), com a diferença que, naquele caso, imperava o desejo de Satanás, pondo à prova a integridade de um verdadeiro homem de Deus, e aqui é o próprio Deus que escolhe o Seu mensageiro para cumprir Sua sentença contra Acabe.

    22.25 É claro que Zedequias era um falso profeta, sem qualquer contato com Deus. Pior ainda, encarregado oficialmente para ser um despenseiro das coisas religiosas, sem ter religião.
    22.30 Acabe tentou fugir do julgamento divino, mas os seus disfarces jamais cancelariam a sentença pronunciada pelos dois profetas de Deus (21:21-24; 22.17).
    22.31 Contra o rei de Israel. O rei da Síria desejava vingança contra Acabe, por ter quebrado a aliança de maneira tão covarde e traiçoeira (1-4).

    22.32 Josafá gritou. Era, pela astúcia de Acabe, o único vestindo trajes reais. O grito deve ter sido uma oração pelo socorro divino (2Cr 18:31). O rei da Síria não quis tornar a participação casual de Josafá numa causa de uma longa guerra contra Judá.

    22.34 Ao acaso. Mais uma vez, um homem anônimo, foi instrumento das mãos de Deus sem estar consciente de Qual a Mão que manejou o seu arco. Quanto mais anônimo é o instrumento, tanto mais glória tem Aquele que dispõe de todas as coisas, segundo a Sua soberana vontade (Jo 3:27-43).

    22.36 Para a sua terra! É a derrota total, seguida pela fuga em desordem segundo a profecia de Micaías (17).

    22.38 O Senhor tinha dito. Pela boca do profeta Elias (21.19).

    22.39 À casa de marfim. Era um palácio em Samaria, com as paredes adornadas com placas de marfim, tendo móveis de marfim compensado, segundo descobertas feitas por arqueólogos, na área que antigamente era Samaria. Durante um século foi esta a moda seguida pelos ricos, pois que os pobres não tinham sequer alimentação adequada (Jl 3:13-30).

    22.41 Josafá. O plano histórico exige que se anuncie o princípio do reinado de Josafá, embora já se tenha dito algo a respeito, junto à história de Acabe, cujo reinado foi anterior ao dele. Era reto e temente a Deus (43).

    22.48 Um governador. Edom ainda sob o domínio de Judá; visto ter Davi conquistado aquele país, sua tribo ficou com esta província. Só no tempo do filho de Josafá foi que houve rebelião contra Judá (2Rs 8:20).

    22.49 Navios. de Társis. Veja 2Cr 20:35-14 e a nota Dt 10:22.

    22.50 Josafá não quis. Já bastavam as alianças com os reis infiéis à sua religião.

    22.51 Jeorão. Este rei tinha por esposa, a filha de Acabe com Jezabel; conseqüentemente, a idolatria dominante contaminara o reino de Israel, começando a imiscuir-se também no reino de Judá (2Rs 8:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    A morte de Acabe (22:1-40)
    Depois de três anos de cordialidade (v. 1), a hostilidade com a Síria recomeça (v. acima comentário Dt 20:1). A ocasião é uma visita de Josafá, rei de Judá (v. 2) que é introduzida na história antes da observação cronológica do v. 41. As relações entre Norte e Sul têm sido muito debatidas, mas a sugestão de que Josafá era praticamente um vassalo de Acabe é equivocada. O casamento de Jeorão com Atalia (2Rs 8:16-12) selou o acordo entre semelhantes — e também significou problemas para Judá quando a piedade sólida de Josafá desapareceu. A estabilidade dinástica do Sul contrastava com a do Norte, e, em vista da pressão síria, a unidade era politicamente essencial de todo modo. Talvez convicções políticas semelhantes fizeram Josafá fazer parcerias muito estranhas do ponto de vista religioso (v. 2Rs 3:14). Quaisquer que tenham sido as causas, Josafá não é alguém bem-vindo na corte de Acabe, e a sua frase: Sou como tu (v. 4) é timidamente modificada pelo pedido: Peço-te que busques primeiro o conselho do Senhor (v. 5).

    Assim, o rei de Israel reuniu quatrocentos profetas (v. 6), um grupo variado de homens com a mesma perspectiva nacionalista que tinha o indivíduo citado anteriormente (cap. 20). Não eram necessariamente homens oportunistas, mas impregnados de um zelo pela guerra santa — o que era bom para Israel tinha de ser a vontade de Javé — e aparentemente inconscientes de questões morais mais profundas, v. 6. Ramote-Gileade era parte do território de Javé, de modo que eles aconselharam em uníssono: Sim, pois o Senhor a entregará nas mãos do rei. Talvez foi a forma, ou até a quantidade de profetas, que trouxe desconforto a Josafá, e assim ele pede que tragam Micaías, filho de Inlá para o cenário, com o comentário de Acabe: mas eu o odeio [...] porque [...] profetiza [...] coisas ruins (v. 8). No entanto, Micaías parece estar em liberdade, e um dos oficiais é enviado para achá-lo, enquanto continua a cena pateticamente esplêndida na porta de Samaria (v. 10-12). O mensageiro, de forma característica, dá breves instruções a Micaías e lhe aconselha de forma diplomática a também [...] ser favorável (v. 13). O tom da sua expressão: Ataca, e serás vitorioso (v. 15) deve ter sido sarcástico, e o rei o pressiona a dizer a verdade em nome do Senhor (v. 16). Micaías prossegue com a comovente visão do desastre e a intenção divina de enganar Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá (v. 20). O mistério da providência de Deus não pode ser diminuído, e os autores hebreus acima de tudo o deixam inflexível e atemo-rizador (v.comentário de 18.37). O NT não é menos contundente (e.g., 2Ts 2:11,2Ts 2:12): “... a justa lei, o castigo dos céus: aquele que odeia a verdade será enganado pela mentira” (Cowper). Qualquer tentativa de excluir Deus do processo resulta em dualismo — as duas opiniões (18,21) com que Acabe brincou a vida toda.

    v. 24. Zedequias fez então a réplica óbvia: Por qual caminho foi o espírito da parte do (ou Espírito do) Senhor, quando saiu de mim para falar a você?, suscitando assim a questão do discernimento entre profecias contrárias. A sua própria contribuição (v. 11) dá sinais de pre-meditação, possivelmente uma visão da sua própria mente (Jr 23:16). Micaías faz o teste prescrito por Moisés (Dt 18:22). Os eventos vão provar quem está certo: Você descobrirá (v. 25). A ordem do rei: Ponham este homem na prisão (v. 27) pode ter sido dada em parte para preservar a dignidade e mostrar determinação em ir à guerra e em parte para expressar ódio contido contra Micaías, que mais uma vez afirma que os eventos vão provar se ele está certo ou não: Se você de fato voltar em segurança, o Senhor não falou por meu intermédio (v. 28). O acréscimo: Ouçam o que estou dizendo, todos vocês (não está na LXX e é omitido pela BJ e pela NEB) pode ter vindo de um copista que identificou de forma equivocada Micaías com o profeta canônico Mi-quéias (v. Mq 1:2).

    A apreensão de Acabe transparece por ele ir disfarçado para o combate (v. 31; não há insinuação de que ele esperasse que Josafá sofresse no lugar dele, como sugere a versão grega: “mas tu usa as minhas vestes”). O texto não apresenta a razão de o rei da Síria ordenar: Não lutem contra ninguém [...] senão contra o rei de Israel (v. 31). Ele provavelmente considerava a campanha um ato de traição. O disparo do arco ao acaso (v. 34) causou a ferida fatal. O rei ordena: Tire-me do combate e com bravura continua orientando as operações em pé no seu carro (v. 35). ao cair da tarde, ele morreu, e a batalha acabou, v. 36. Cada homem para a sua cidade; cada um para a sua terrah a versão de Lutero (1
    984) segue a LXX e emenda o v. 37a sem pontuação ao v. 36b: “pois o rei está morto”. Levaram-no para Samaria [...] e os cães lamberam o seu sangue (v. 38), considerado um cumprimento parcial da palavra do Senhor em 21.19. A referência às prostitutas é ambígua, e algumas versões seguem uma emenda textual: “e limparam as armas” (nota de rodapé da NVI). Acabe descansou com os seus antepassados: uma frase incomum para a morte na batalha. E assim acabou a história.

    O registro é um exemplo da narrativa precisa acerca da complexidade humana; a bravura na batalha, a fraqueza, desculpadas em parte pelo reconhecimento do gênio mau de Jezabel, a consciência perturbada, o arrependimento angustiado, a rejeição subjacente da autoridade de Javé, tudo isso é mencionado. Tentar dispersar esses elementos entre supostas fontes contraditórias é perder o retrato convincente do ser humano de “mente dividida” (Jc 1:7,Jc 1:8).

    Josafá (22:41-50)

    Um comentário breve mas favorável mostra Josafá concluindo a obra do seu pai Asa (v. 46). Os altares idólatras permaneceram, uma armadilha que o autor lamenta, mas eles foram aceitos inclusive pelos javistas mais leais até a reforma de Josias. A paz com o rei de Israel (v. 44) foi registrada acima no v. 2. Edom (v. 47) reaparece na história de Judá com a reabertura do comércio interrompido pelas atividades de Hadade (11:14-22) e a invasão de Sisaque. Os navios [...] naufragaram (v. 48) e Josafá recusou a ajuda de Acamas, talvez por considerar o naufrágio um mau presságio, ou por relutar em dar passagem livre aos israelitas através de seu território (conforme 2Cr 20:35-37, em que o naufrágio é um castigo contra o acordo anteriormente feito com Acazias).

    Acazias (22:51-53)

    Acazias, filho e sucessor de Acabe, teve um reinado breve de dois anos, encurtado por um acidente fatal (2Rs 1:2); o texto conclui com uma simples constatação: Prestou culto a Baal e o adorou [...] como o seu pai tinha feito (v. 53).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 38
    j) A morte de Acabe (1Rs 22:1-11 em que a narrativa é quase verbalmente idêntica. O grave revés sofrido por Salmaneser III em Carcar deixou livres os confederados (ver Apêndice III) embora a atitude de Ben-Hadade para com Acabe (31) sugira que ele considerava o ataque de Acabe uma infração ao tratado. Não se nos diz a razão que levou Josafá a fazer uma visita de estado a Acabe. Não pode ter sido o casamento de Jorão com Atalia, filha de Acabe (2Rs 8:18), uma vez que a idade de seu filho Acazias, na altura da elevação deste ao trono (2Rs 8:26), prova ter-se realizado esse casamento pelo menos dez anos mais cedo. Há quem pense que Josafá pagava tributo a Acabe, mas nada, a não ser a boa vontade com que se presta a juntar-se-lhe na peleja (4) apóia esse ponto de vista. Naquele tempo a guerra era freqüentemente considerada um tipo de desporto (cfr. 2Rs 14:8 nota).

    >1Rs 22:3

    Sobre Ramote de Gileade (3), ver 4.13 nota. Consulta... a palavra do Senhor (5); era um procedimento comum antes da batalha; cfr. 1Sm 28:6. Dos vers. 11 e 12 se conclui que os profetas (6) se diziam profetas de Jeová. Não se explica a razão por que Josafá não confiou nos profetas tanto mais que ele não pôs em dúvida a sua posição. Não há aqui ainda algum profeta do Senhor (7) deverá ser, de acordo com outra versão, "não há aqui outro profeta do Senhor". Na praça (10); na "eira", segundo outra versão; o nome pode ter permanecido muito depois de ter cessado o uso dado ao terreno; os exercícios espirituais a que se davam os 400 profetas justificariam a existência de um terreno consideravelmente espaçoso.

    >1Rs 22:11

    Chifres de ferro (11); cfr. 2Rs 13:14-12; Jr 27:2-24; Jr 28:10-24; o gesto descritivo da ação profetizada revestia-se, para o povo, de um poder mágico. Que me não fales senão a verdade. (16). Mica revelara, pelo tom da sua voz, que a sua profecia (15) fora um mero ato de cortesia. Mas uma vez interrogado confessou que tivera duas visões. A primeira (17) é uma clara indicação de desastre e da morte de Acabe; em paz, expressão pouco adequada a uma derrota, sugere que a morte de Acabe será um ganho. A segunda visão (19-23) revela Jeová a encaminhar, deliberadamente, Acabe para a morte que lhe destinara. Um espírito de mentira (22). Para que compreendamos a visão será necessário lembrarmo-nos do conceito claramente expresso no Velho Testamento segundo o qual até os espíritos malignos estão sujeitos ao poder de Deus (ver comentário sobre "Satanás", 1Cr 21:1). Ora se nem a mente evoluída do homem moderno consegue compreender como é que Deus pode executar as sentenças que pronunciou servindo-se de homens maus e de espíritos malignos, como o compreenderia Mica senão por meio de imagens de grande elementaridade? E feriu a Mica (24); foi um insulto. Em paz (27); paz (heb. shalom) significa, basicamente, realização, ação completa; daqui, outras versões possíveis: "até que eu volte vitorioso", ou "são e salvo" (2Rs 9:17 nota). A parte final do vers. 28 "Disse mais: ouvi todos os povos!" apresenta quando bem traduzida, dificuldades de interpretação. Como foi omitida nos manuscritos mais antigos da Septuaginta e aparece, ipsis verbis, em Mq 1:2, é de crer que resulte da boa vontade de algum escriba pouco inteligente que, numa data muito recuada, tentaria identificar Mica, filho de Imla, com Miquéias (ou Micaías, Jr 26:18), o morastita (Mq 1:1). Eu me disfarçarei (30); não se tratava de cobardia nem de traição a Josafá mas de uma tentativa para escapar ao destino profetizado por Mica. Aos chefes dos carros que eram trinta e dois (31). As ordens não abrangiam o exército no seu todo-diziam apenas respeito aos carros de guerra que constituíam a sua força de assalto. Josafá gritou (32). Pode ter sido o seu grito de guerra; 2Cr 18:31 não indica, necessariamente, que se tratasse de uma oração direta. Por entre as fivelas e as couraças (34); o primeiro impulso de Acabe foi abandonar o campo de batalha (34) mas acabou por continuar a participar na luta até se lhe esvaírem as forças (35). Morreu à tarde (35). Leia-se, de acordo com a Septuaginta e 2Cr 18:34 "até à tarde". Adotemos a versão da Septuaginta para a parte final do vers. 36; "cada um para a sua cidade e cada um para a sua terra porque morreu o rei! E foram para Samaria".


    Dicionário

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Micaias

    l. Um profeta que predisse a morte de Acabe em Ramote-Gileade (1 Rs 22.1 a 35 – 2 Cr 18). Era filho de inlá, e existia pelo ano de 890 a.C. o nome de Micaías não aparece antes desta data, mas a linguagem de Acabe (1 Rs 22,8) faz supor que este já tinha recebido do mesmo profeta, em tempos passados, mensagens de censura e aviso. E julgam alguns que nessa ocasião ele tivesse sido encarcerado pela sua fidelidade e audácia (1 Rs 20.35,42). 2. Pai de Acbor, que foi um importante funcionário do rei Josias (2 Rs 22.12). É Mica em 2 Cr 34.20. 3. A mulher de Roboão e mãe de Abias (2 Cr 13.2). Noutro lugar é ela chamada ‘Maaca, a filha de Abisalão’ (1 Rs 15.2), ou Absalão (2 Cr 11.20). 4. Príncipe de Judá, enviado por Josafá para ensinar o povo (2 Cr 17.7). 5. Descendente de Asafe (Ne 12:35). Em 1 Cr 9.15 está escrito Mica. 6. Um dos sacerdotes que tocavam trombeta quando foi efetuada a dedicação dos muros de Jerusalém por Neemias (Ne 12:41). 7. Uma pessoa que anunciou as profecias de Jeremias a todos os príncipes que se achavam reunidos na casa do rei Zedequias (Jr 36:11-13).

    Micaías

    (Heb. “quem é como o Senhor?).


    1. Filho de Inlá, transmitiu a palavra do Senhor para os reinos de Israel e Judá durante o reinado de Acabe e Jeosafá (1Rs 22:8-28; 2Cr 18:7-27). Provavelmente era a mesma pessoa mencionada em II Crônicas 17:7, enviada pelo rei Jeosafá, junto com um grupo de levitas, para ensinar o povo de Judá sobre o Senhor. Enquanto isso, no reino de Israel, Acabe “fez muito mais para provocar à ira o Senhor Deus de Israel do que todos os reis de Israel que foram antes dele” (1Rs 16:33). Portanto, não deve ser surpresa que um verdadeiro profeta de Deus condenasse e criticasse seu governo. Acabe sabia disso e preferia não consultar Micaías, porque só recebia mensagens negativas (1Rs 22:8).

    A profecia narrada na Bíblia demonstra claramente a existência de verdadeiros e falsos profetas em Israel, os quais conviviam lado a lado, mesmo nos dias de Acabe. O rei decidira reconquistar parte de seu território, tomado pela Síria. Apelou para Jeosafá, rei de Judá, para que se unisse a ele numa expedição contra os sírios. Este concordou, mas queria primeiro consultar ao Senhor. Todos os profetas de Acabe concordaram que seria uma boa campanha, sem dúvida cientes de que era isso que o rei desejava ouvir. Jeosafá, entretanto, percebeu a diferença entre aqueles profetas e os verdadeiros e perguntou se não havia “algum profeta do Senhor” (1Rs 22:7). A resposta do rei Acabe demonstra o quanto Israel se afastara da adoração de Deus. Ao falar sobre Micaías, ele disse: “Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas somente o mal” (v. 8). Micaías foi consultado. Primeiro, disse a Acabe o que ele queria ouvir; mas o rei, ao perceber seu sarcasmo, pediu-lhe que dissesse a verdade (vv. 14-16). O profeta então falou: “Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor, e disse o Senhor: Estes não têm senhor. Torne cada um em paz para sua casa” (1Rs 22:17).

    Micaías prosseguiu e descreveu uma cena na qual, no céu, o Senhor perguntou quem faria Acabe ir a guerra. Finalmente, “saiu um espírito, e se apresentou” e disse que induziria aquele rei, pois colocaria um “espírito mentiroso” na boca de seus profetas.

    Por essas palavras, Micaías foi lançado na prisão. Apelou para a lei dos profetas. Se sua palavra não se cumprisse, o Senhor não teria falado por intermédio dele (1Rs 22:28; veja Dt 18:22). A mensagem do profeta, entretanto, se cumpriu e o rei Acabe foi morto em RamoteGileade (1Rs 22:34-37).

    A atuação dos profetas que diziam às pessoas o que elas desejavam ouvir continuou tanto em Israel como em Judá e representava um sintoma de como o povo se afastara do Deus verdadeiro. O problema, entretanto, permaneceu até mesmo na 1greja do Novo Testamento. Paulo alertou Timóteo sobre os mestres que diriam às pessoas o que elas teriam “coceira nos ouvidos” para ouvir (2Tm 4:3). O perigo para o povo de Deus, através dos séculos, é que freqüentemente muitos não gostam de ouvir advertências ou desafios por parte do Senhor.


    2. Pai de Acbor, um dos oficiais da corte do rei Josias (2Rs 22:12).


    3. Filho de Gemarias, ouviu a profecia de Jeremias quando Baruque leu o rolo (Jr 36:11). A mensagem advertia sobre o iminente julgamento de Deus sobre Judá, por causa dos pecados que o povo cometia (Jr 35). Micaías ordenou que o rolo fosse lido para os outros líderes de Judá (Jr 36:13).


    4. Filho de Zacur e ancestral de um certo sacerdote chamado Zacarias, recebeu a tarefa de tocar a trombeta na festa de dedicação dos muros de Jerusalém, nos dias de Neemias (Ne 12:35).


    5. Chefe de uma família sacerdotal, no tempo de Neemias (Ne 12:41). Também tocou a trombeta durante a festa de dedicação dos muros da cidade. P.D.G.


    Micaías [Quem É Como Javé ?]

    Profeta que predisse a morte do rei ACABE (2Cr 18:7-27).


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Vivar

    vivar | v. intr.

    vi·var -
    verbo intransitivo

    Dar vivas.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 22: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porém Micaías disse: Vive o SENHOR que, o que o SENHOR me disser, isso falarei.
    I Reis 22: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H2416
    chay
    חַי
    vivente, vivo
    (life)
    Adjetivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4321
    Mîykâyᵉhûw
    מִיכָיְהוּ
    um efraimita do período dos juízes
    (Micaiah)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    חַי


    (H2416)
    chay (khah'-ee)

    02416 חי chay

    procedente de 2421; DITAT - 644a adj

    1. vivente, vivo
      1. verde (referindo-se à vegetação)
      2. fluente, frescor (referindo-se à água)
      3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
      4. reflorecimento (da primavera) n m
    2. parentes
    3. vida (ênfase abstrata)
      1. vida
      2. sustento, manutenção n f
    4. ser vivente, animal
      1. animal
      2. vida
      3. apetite
      4. reavimamento, renovação
    5. comunidade

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִיכָיְהוּ


    (H4321)
    Mîykâyᵉhûw (me-kaw-yeh-hoo')

    04321 מיכיהו Miykay ehuŵ

    ou מכיהו Mikay ehuŵ (Jr 36:11)

    abrev. de 4322; n pr m

    Mica ou Micaías = “aquele que é semelhante a Deus”

    1. um efraimita do período dos juízes
    2. filho de Inlá e um profeta de Samaria que profetizou a derrota e a morte do rei Acabe, de Israel
    3. filho de Gemarias na época de Jeremias

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo