Enciclopédia de I Reis 7:43-43

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 7: 43

Versão Versículo
ARA os dez suportes e as dez pias sobre eles;
ARC Juntamente com as dez bases e as dez pias sobre as bases;
TB as dez bases e os dez lavatórios sobre as bases;
HSB וְאֶת־ הַמְּכֹנ֖וֹת עָ֑שֶׂר וְאֶת־ הַכִּיֹּרֹ֥ת עֲשָׂרָ֖ה עַל־ הַמְּכֹנֽוֹת׃
BKJ e as dez bases, e as dez pias sobre as bases;
LTT Juntamente com as dez bases, e as dez pias sobre as bases;
BJ2 as dez bases e as dez bacias sobre as bases;
VULG Et commiserunt exercitus prælium tertiadecima die mensis Adar : et contrita sunt castra Nicanoris, et cecidit ipse primus in prælio.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 7:43


Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dez (10)

Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.

(Êxodo 34:28)

 


Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?

(Lucas 15:8)

 


Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos,

(Mateus 25:28)

A gematria é uma técnica cabalística que atribui a cada letra do alfabeto hebraico um valor numérico. A letra Yod, a décima do alfabeto, tem o valor de 10.

O significado da palavra Yud pode ser "Judeu",  mão (a mão de Deus), impulsionar, dar continuidade.

Ele representa a perfeição, a plenitude, a totalidade. É o número da criação, da ordem, da lei. O número 10 representa, também, a obra de Deus, criado pelas mãos de Deus, usando o homem como ferramenta, o homem como sendo as mãos de Deus.

Na Bíblia, o número 10 aparece em muitas passagens importantes, como:

A Yod é a letra menor do alfabeto hebraico, com apenas um traço. Ela é frequentemente associada à ideia de essência, de potencialidade, de potência.

O nome do Mestre Yoda, do universo Jedi, é inspirado na letra Yod. Yoda é um personagem pequeno, mas sábio e poderoso. Sua estatura reflete a sua essência, que é pequena e compacta, mas que contém uma grande sabedoria e poder.

No livro de Mateus, no versículo Mt 5:18:"pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize". Isso significa que a lei de Deus é perfeita e completa, e que nenhuma parte dela pode ser ignorada ou alterada.

No livro de Lucas, em Lc 15:8: "Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?". Neste versículo, a parábola destaca a importância da única dracma perdida em um conjunto de dez, simbolizando a totalidade e a atenção cuidadosa de Deus por cada indivíduo.

Em Mateus 25:28 temos: "Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos". Este trecho faz parte da parábola dos talentos, onde o número 10 é usado para representar uma quantidade significativa. O servo recebeu dez talentos como uma medida de grande responsabilidade.

A letra Yad (יד), por outro lado, é a palavra hebraica para "mão" ou "braço". A mão é um símbolo poderoso em muitas culturas, representando a ação, a realização e a força. A associação com os 10 dedos é uma extensão lógica, visto que os dedos são instrumentos fundamentais para realizar tarefas e agir sobre o mundo ao nosso redor.

Portanto, a interpretação sugere que a letra Yod, com seu valor numérico de 10, está simbolicamente ligada à ideia de totalidade e realização. A relação com a letra Yad (mão) e os 10 dedos enfatiza a ideia de ação e poder associados à plenitude simbolizada pelo número 10. Esses conceitos são frequentemente explorados na interpretação simbólica e mística das Escrituras hebraicas.

Além de "Israel", "YHWH", "Judá" e "Jesus", outras palavras importantes que começam com a letra Yod são:


Aqui está uma lista de 10 nomes significativos da Bíblia que começam com "Yod," incluindo Jesus e João, com seus equivalentes em português, em hebraico e a pronúncia aproximada:

O número 10 ainda pode aparecer oculto nos versículos

Em Mateus 17:1, temos: "E depois de seis dias, Jesus toma consigo a Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os leva em particular a um alto monte.".

Neste contexto, temos "depois de 6 dias", o que indica "no sétimo" e temos 3 discípulos.

 

A Gematria desse versículo é, então, 7 + 3 = 10.

 



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
3. O Palácio Construído em Treze Anos (I Reis 7:1-12)

A casa (ou palácio) de Salomão (1) se refere a um complexo de edifícios da realeza, cada parte supostamente conectada à outra (2-8) 31. Isto explica os treze anos de sua construção, em comparação com os sete de edificação do Templo. Grandes palácios foram descobertos em inúmeros lugares; uma escavação em Samaria revelou um complexo de localidades que abrangia cinco acres (veja J. W Crowfoot, K. M. Kenyon, E. L. Sukenik, The Buildings of Samaria). Pode ser que o Templo fosse apenas uma parte do complexo de edifícios da realeza'.

Os detalhes desses edifícios que faziam parte do complexo do palácio de Salomão se referem somente aos materiais e às dimensões. Nesta passagem nada é afirmado sobre as suas funções, embora algumas indicações sejam fornecidas mais adiante. Os traba-lhadores empregados na construção do Templo, sem dúvida, foram utilizados também na edificação do palácio. A casa do bosque do Líbano (2) recebeu esse nome porque o cedro dos seus inúmeros pilares e vigas, etc., vinha dos bosques do Líbano. Aparente-mente, foi usada como um edifício do tipo despensa e tesouraria (cf. 10.17,21). É útil a tradução que Moffatt faz dos versículos 4:5: "Havia três filas de janelas; e uma janela estava em frente à outra em cada fila, e as portas e as janelas, todas elas, eram quadra-das". Supõe-se que o pórtico ou salão de colunas (6) tenha sido uma entrada sustenta-da por pilares para a casa do bosque do Líbano, ou talvez uma entrada para todo o complexo do palácio. O pórtico para o trono (7), ou Salão do Julgamento era o lugar do trono (10:8-20), onde o rei ouvia os casos e proferia as sentenças.

As áreas dos alojamentos do próprio Salomão, da filha de Faraó (8) e, supostamen-te, de suas outras esposas estavam além do pórtico (Salão do Julgamento?), dentro da área do pátio. O historiador não menciona especificamente se formavam uma parte do complexo. Ele dá uma indicação de que isso possa ser verdade quando se refere a um grande pátio (9,12) e a um pátio menor (8). Existe também uma sugestão na tradução de 9b da versão RSV em inglês: "do pátio da casa do Senhor ao grande pátio".

Como não há algo definido a respeito da disposição dos vários edifícios, existem, naturalmente, diferentes disposições propostas nos comentários e nos dicionários bíblicos. Uma proposta interessante, com muito a seu favor, é a de Kurt Galling, Biblisches Reallexikon (Tubingen: J. C. B. Mohr), em IDB". Uma disposição completamente dife-rente é apresentada em ISBE, V, p. 2.932.

4. Hirão de Tiro, Engenheiro Especialista em Bronze (7:13-45)

Aqui a atenção se volta para o Templo, em particular aos seus acessórios de bronze". Aquilo que parece ser uma interrupção quando se fornecem os detalhes sobre o palácio de Salomão, agora pode ser compreendido como uma sugestão indireta de que os outros edifícios da realeza, juntamente com o Templo, constituíam todo o complexo Templo-palácio. Desta forma, não teria havido uma interrupção, afinal.
Esta passagem apresenta dificuldades, tais como termos técnicos cujos significados se perderam, e diferenças entre os textos hebraico e grego. O leitor é remetido à obra de Keil, The Books of the Kings, pp. 95-118, que constitui um dos tratamentos mais detalha-dos desta passagem. Outra fonte útil é ISBE, V, pp. 2940-42. A passagem foi considera-velmente esclarecida por meio de investigações arqueológicas.

A escolha de Hirão (13) se deu com base em sua reputação como um artesão habili-doso e talentoso. Ele era de Tiro, a mesma cidade do rei Hirão (5,1) ; no entanto, não se trata da mesma pessoa. A sua mãe era uma israelita de Naftali, uma tribo estabelecida ao norte que fazia fronteira com a Fenícia; isto explica como ela veio a se casar com um homem de Tiro. A sua viuvez pode ter sido uma causa secundária para a seleção de seu filho. Este veio ao rei Salomão e fez toda a sua obra (14).

a. As colunas Jaquim e Boaz (7:15-22; 2 Cron 3:15-17). Os primeiros objetos do trabalho de Hirão foram duas colunas de bronze (15) com aproximadamente 9x6 metros de diâmetro. Os detalhes a respeito dos capitéis (16) não são claros hoje em dia. Elas eram muito decora-das com obra de rede, obra de cadeia, obra de lírios, romãs, etc. (17-20). Pode-se ter alguma idéia dos capitéis das colunas a partir dos achados em Megido e em Hazor. Os capitéis do Templo mediam cinco côvados (16), cerca de 2,25 metros de altura. Os qua-tro côvados (19) ou 1,8 metro se referem à utilização da obra de lírio e não ao tamanho total do capitel". Em cima do bojo (20), significa "acima da projeção arredondada".

Essas colunas ficavam na entrada do Templo, que estava sobre uma plataforma de 3 metros (Ez 41:8) ; um lance de dez degraus conduzia a elas e à entrada do Templo. Supõe-se que Jaquim (21), o nome da coluna do sul, e Boaz, a do norte, sejam abreviaturas de expressões que davam uma importância simbólica às colunas; Jaquim, "Ele estabele-ce", é uma abreviatura da expressão "Que este templo permaneça para sempre". Boaz (lit., "na força de" — H. E. F.) é uma abreviatura de "Salomão desejou que Deus lhe desse resistência e durabilidade'.

Mais recentemente, entendeu-se o significado simbólico destes nomes em termos dos oráculos dinásticos ou pronunciamentos em nome do rei: Jaquim pode ter signifi-cado "Jeová estabelecerá [yakin] o teu trono para sempre"; e Boaz, "Na força de Jeová possa o rei se alegrar'. Isto destaca ainda mais o Templo como o lugar de adoração do rei. Também enfatiza a sua posição exemplar perante o povo de Israel, e o seu papel representativo entre Deus e o povo. Esta é uma das ênfases do historiador ao longo dos livros dos Reis: conforme o rei se comporta, moral e espiritualmente, assim também o fará a nação de Israel.

Com relação ao objetivo dessas colunas, uma proposta significativa é a de que elas eram imensos altares de fogo onde o incenso sagrado era queimado. O brilho do fogo durante a noite e a fumaça durante o dia eram, talvez, lembranças da coluna de nuvem durante o dia, e da coluna de fogo durante a noite (Êx 40:35-38) dos dias do deserto'. Sendo este o caso, haveria uma sugestão simbólica da presença divina no passado e no presente de Israel.

  1. O grande mar de bronze (7:23-26). O mar de bronze (yam, não é a palavra usual para "pia", que é kiyyor, como em
    40) era um dos dois objetos admiráveis do pátio a leste do Templo. O grande altar, não mencionado aqui, mas sim em II Crônicas 4:1 e em Ezequiel 43:13-17, era o outro'. O mar de fundição (23) era uma grande tigela ou pia de 5x15 metros aproximadamente de diâmetro, com uma capacidade estimada entre 37 a 45 mil litros de água'. Dali saía a água usada quando os sacerdotes se lavavam (2 Cr 4.6). O mar de bronze deve ter sido uma visão impressionante, apoiado sobre doze touros de bronze, que estavam, de três em três, voltados para os quatro pontos cardeais (25), com a espessura (um palmo,
    26) de cerca de 13 centímetros, e a sua borda como a flor de lírios. Todos esses objetos, grandes e pequenos, refletem um sacerdócio estabelecido e um sistema sacrificial.
  2. As dez bases de cobre e suas pias (7:27-39). Pode-se ter uma clara idéia dos muitos significados difíceis desta passagem por meio de sua leitura em alguma das versões em um linguajar moderno. As bases de bronze (ou de cobre) com rodas eram carros portáteis para as pias pequenas. Aparentemente eles deviam prover água em pontos convenientes afastados do grande mar. Cada base media 2x2x1,5 metros. O painel que cobria as molduras era decorado com leões, querubins e bois (28,29). O topo de cada base era aberto e equipado com uma cinta na qual deveria ser colocada uma bacia. As pias (38,39) tinham a forma de tigelas, mediam 2 metros de diâmetro, cada uma com capacidade de 750 a 900 litros (200 galões, 40x5). Cinco das pias portáteis eram colocadas ao lado sul do Templo, e cinco ao norte. O grande mar situava-se a leste da extremidade sudeste do Templo (39). Pias como estas, com ou sem rodas, foram encontradas por arqueólogos em diferentes locais. A sua finalidade específica era a de prover água para lavar os diferentes tipos de instrumentos usados para as ofertas queimadas no Templo.
  3. Resumo dos trabalhos em bronze de Hirão (7:40-45; 2 Cron 4:11-16). Pias, pás e bacias (40), recipientes menores não mencionados previamente, também estavam in-cluídos entre os objetos feitos por Hirão. Eram todos feitos de bronze polido (ou cobre brunido; 45). Na versão inglesa Tudor da KJV, latão designava qualquer liga de cobre -por exemplo, cobre-estanho ou cobre-zinco. Isto está preservado na versão ASV em in-glês; no entanto, na versão RSV em inglês a palavra "bronze" é usada, com exceção de poucas passagens, para traduzir nehosheth, o termo usado aqui.

A recuperação de objetos metálicos nas escavações e a sua análise fornecem base para a compreensão da palavra nehosheth como aplicável a uma liga de cobre e esta-nho, especialmente se usada com referência a objetos moldados. Não se sabe onde se inventou o uso de ligas, mas ele existia em países fora da Palestina antes de 2500 a.C. (por exemplo, Ur na Mesopotâmia). Ele não aparece na Palestina até a Idade Média do Bronze, um século antes de 2000 a.C.'. O bronze polido, particularmente para objetos tão grandes como o grande mar e as colunas, indica um avançado está-gio de trabalho em bronze, assim como a necessidade de uma grande força de traba-lho para o polimento.

  1. Objetos de Bronze Moldados na Planície do Jordão (7.46,47; cf. 2 Cr 4.17,18)

A moldagem de objetos tão grandes como as colunas e o grande mar era um notável feito de engenharia. Por exemplo, o peso do grande mar foi estimado entre 25 e 30 tone-ladas, enquanto, em comparação, o grande sino da Catedral de São Paulo, em Londres, pesa cerca de 17,5 toneladas. É compreensível o motivo por que não se averiguou o peso do bronze (47).

A localização do canteiro de argila, como também do minério de cobre e outros componentes necessários para a fabricação desses objetos era no lado leste do vale do Jordão, talvez a meia distância entre o mar da Galiléia e o mar Morto. Sucote (46) foi identificada com Deir Alla, situada ao norte do Jaboque, onde ele faz uma curva para o oeste, na direção do rio Jordão. Escavações neste lugar revelaram escórias de metais de todos os estágios da Idade do Ferro. Foram descobertos restos de fornalhas fora da cidade e em uma delas encontrou-se uma biqueira de cerâmica com um cadinho de cobre. Sartã (Zaretã ou Zereda em II Crônicas 4:17) é identificada com Tell es-Sdidiyeh, um notável lugar a aproximadamente 22 quilômetros ao norte de Adã (Js 3:16) — a moderna Tell ed-Damiyeh. As conclusões obtidas a partir da exploração da superfície, realizada por Nelson Glueck, de que este lugar era a Zaretã da época de Salomão fo-ram admiravelmente confirmadas pelas escavações de James B. Pritchard durante o inverno de 1963-64. Entre as muitas descobertas surpreendentes, estavam depósitos de bronze, um pesado caldeirão moldado com um jarro e uma peneira, um lance de escadas que levava declive abaixo a uma fonte. Estas e muitas outras descobertas mostram que este lugar pode ter sido uma próspera cidade de fundição de bronze na época de Salomão. A exploração destes dois lugares, como também de localidades na direção sul para Tell el-Kheleifeh na costa norte do Golfo de Ácaba, mostra que toda esta região, com os seus depósitos de cobre, restos de minas e de fornalhas a céu aber-to, era a região da indústria de cobre de Salomão'. Além disso, mostra que a referência ao cobre em Deuteronômio 8:9 é uma referência metalúrgica correta.

  1. Objetos de Ouro para o Templo (7:48-50; cf. 2 Cron 4.7,8,19-22)

Os objetos colocados e usados na nave do templo e no lugar santíssimo eram feitos de ouro, ou recobertos com este metal. Era o altar do incenso, de cedro recoberto de ouro (48) ; a mesa dos pães da proposição; dez castiçais de ouro, cinco do lado sul e cinco do lado norte, diante do oráculo ou Santo dos Santos (49; 2 Cron 4,7) ; e objetos menores e instrumentos como espevitadores, taças, apagadores, bacias, perfumadores e braseiros. Coiceiras (50), ou articulações (como dobradiças) de ouro de qualidade infe-rior ao "ouro finíssimo" eram usadas nas portas. O uso deste metal tem sugestões simbó-licas a respeito tanto da atitude do homem em relação a Deus como a sua devoção ao Senhor. Estes objetos eram do tipo similar àqueles do Tabernáculo; suas extensas di-mensões e o seu grande número são condizentes com o tamanho do Templo.

7. O Tesouro de Davi é Transferido (7.51; cf. 2 Cron 5,1)

Aqui existe uma referência aos despojos de guerra como sinais da vitória sobre os moabitas, edomitas, sírios, amonitas, filisteus e amalequitas. Davi havia consagrado estes tesouros ao Senhor (2 Sm 8:9-12) 43. Salomão os trouxe e os colocou entre os tesouros da Casa do Senhor (51), talvez em uma seção da área da câmara lateral do templo.

Aqui a informação, juntamente com o que é dito em outras passagens (veja especial-mente adiante, II Reis 12:4-16), indica que os sacerdotes do Templo mantinham uma quantia monetária à parte do tesouro nacional, ou estatal, supostamente como objetivo da manuten-ção e conservação do Templo e dos seus utensílios, para o sustento dos sacerdotes que oficia-vam, juntamente com as suas famílias e serviçais. Pode-se supor também que foi instituí-da uma taxa do Templo, depois da sua inauguração e entrada em operação, isto com base nos dias do Tabernáculo, quando cada homem adulto, acima de 20 anos de idade, tinha que pagar meio siclo como uma oferta ao Senhor para afastar uma praga depois de um censo (Êx 30:11-16 – meio siclo, metade de 11,424 gramas, o peso estimado de um siclo) 44.

Sabe-se que os templos antigos da Mesopotâmia e do Egito eram centros de comér-cio, assim como locais religiosos. Parece que se o Templo de Salomão enveredou por esse caminho foi somente com o interesse de prover animais para o sacrifício ou outros mate-riais para aqueles que vinham de longe a fim de adorar ali. Se isto não foi uma evolução do período de Salomão e dos reis seguintes, foi dos tempos do pós-exílio até os dias do Novo Testamento.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
*

7:2

a Casa do Bosque do Líbano. Provavelmente foi assim chamado o palácio por causa do extenso uso de cedro pelo lado de dentro. Esse complexo provavelmente estava localizado imediatamente ao sul do templo.

cem côvados de comprimento, cinqüenta de largura, e trinta de altura. Embora fosse da mesma altura que o templo, o palácio de Salomão era consideravelmente mais comprido e tinha o dobro da largura (6.2).

* 7:6

o Salão das Colunas. Tendo a metade do comprimento do palácio e cerca de dois terços de sua largura (7.2), essa construção provavelmente era um impressionante salão de entrada.

* 7:7

a Sala do Julgamento. Essa era a sala onde Salomão cumpria formalmente os seus deveres como administrador do santo reino de Deus (3.16, nota).

* 7.13-51

Esta parte da narrativa não obedece a uma ordem cronológica. Salomão, na realidade, começou a tomar providências para equipar o templo, antes que este tivesse sido concluído (2Cr 2:7,13,14).

*

7:13

Hirão. Esse Hirão não deve ser confundido como o rei fenício do mesmo nome, com quem Salomão ratificara um tratado para o suprimento de materiais e operários especializados (5.1-12).

* 7:15

duas colunas de bronze. Cada uma dessas colunas foi posta de um lado da entrada do templo (v. 21). Não fica claro se elas estavam de pé sem tocar no edifício do templo ou se sustentavam um telhado, que também cobria o pórtico do templo.

* 7.18-20

Os capitéis. Eram comuns, no antigo Oriente Próximo, capitéis bem ornamentados.

* 7:23

o mar de fundição. Uma gigantesca bacia circular com capacidade de até cerca de 30 mil litros de água (2Cr 4:5, nota). De acordo com Crônicas, os sacerdotes usavam o mar em suas purificações (2Cr 4:6). Sua significação simbólica é questionada. Alguns eruditos destacam os atributos positivos da água como doadora de vida, ao passo que outros argumentam que o mar de bronze celebrava o poder de Deus sobre as forças do caos, tipificadas pelo mar (conforme Ap 21:1).

* 7:25

doze bois. A imensa bacia de bronze repousava sobre quatro tríadas de bois, voltados para os quatro pontos cardeais. No antigo Oriente Próximo, os bois simbolizavam a força física e reprodutiva. O posicionamento deles indicava o senhorio universal de Deus.

* 7:27

de bronze dez suportes. Esses vagões portáteis e grandemente enfeitados sustentavam bacias de água (v. 38). Os sacerdotes usavam a água para lavar os pedaços de animais que tinham sido mortos para servir como ofertas nos holocaustos (Lv 1:9,13; 2Cr 4:6).

* 7:40

as pás, e as bacias. Os sacerdotes usavam as pás para remover as cinzas do altar, e as bacias eram usadas para os ritos que envolviam sangue ou água (ver Êx 27:3; Jr 52:18).

* 7:46

Sucote. Esse centro metalúrgico estava localizado a leste do rio Jordão, ao norte do Vádi Jaboque (Gn 33:17; Js 13:27; Jz 8:4,5). Zaretã ficava nas proximidades.

* 7:48

o altar de ouro... a mesa de ouro. O mesmo altar descrito em 6.22. Os "pães da proposição" (1Sm 21:4,6), dispostos sobre a mesa de ouro, eram considerados uma oferenda a Deus (Êx 25:23-30; Lv 24:5-9; Nm 4:7; 2Cr 13:11; Mt 12:4).

* 7:49

castiçais. Havia dez desses castiçais no templo, em comparação com um único castiçal no tabernáculo (Êx 25:31-40; 26:35).

* 7:51

Davi, seu pai. Durante o seu período de governo, Davi acumulou despojos das campanhas militares e recebeu tributo de uma grande variedade de nações (2Sm 8:9-12; 13 18:7-13.18.11'>1Cr 18:7-11; 2Cr 5:1).

tesouros da Casa do SENHOR. Depósitos para guardar as riquezas do governo, algumas vezes usadas como tributos pelos reis, para afastar invasores estrangeiros (15.18; 2Rs 12:18; 13 12:18-16'>18.13-16). Um tesouro era também objeto de assaltos por parte de reis opositores (1Rs 14:25,26; 2Rs 14:13,14).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
7:1 O fato de que Salomão tenha tomado mais tempo em construir seu palácio que em construir o templo, não é um comentário sobre suas prioridades. O projeto de seu palácio tomou mais tempo porque era parte de um enorme edifício cívico que incluía barracos e albergue para seu harém.

7:14 Hiram era um perito artesão. Salomão só escolheu aos melhores.

7:23 Este "mar" era um enorme tanque. Desenhado e usado para os lavamientos cerimoniosos dos sacerdotes, estava colocado no átrio do templo perto do altar do holocausto. Ali os sacerdotes se lavavam antes de oferecer os sacrifícios ou entrar em templo (Ex 30:17-21).

7.27-39 Estas "dez bases" eram suportes mutáveis que sustentavam lavatórios utilizados para lavar as diferentes parte de quão animais seriam sacrificados. Eram mutáveis para transportá-lo com facilidade ao lugar que fora necessário.

7.40-47 Os artigos de bronze que fez Hiram se veriam muito estranhos nas Iglesias atuais, mas alguns cristãos utilizam outros artigos para realçar os serviços. Os vitrais, cruzes, púlpitos, hinários e mesas de comunhão servem como úteis para a adoração. Embora os instrumentos de adoração podem variar, o propósito não deverá trocar nunca: dar honra e glória a Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51

C. SALOMÃO PALÁCIO (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
  • Construção (6—7)
  • Por favor, examine seu dicionário bíblico para a planta baixa do tem-plo. Você verá que a área do templo incluía edificações adicionais ao próprio templo (7:1-12). Primeiro, Salomão construiu o templo, o que levou sete anos (6:38). Depois, ele construiu a casa do rei e as outras estruturas e os átrios que compu-nham o recinto do templo (9:10). O projeto todo levou 20 anos.

    Não pyecom entra em to-dos os detalhes da construção do templo. Você perceberá que a di-mensão do próprio templo é o do-bro da do tabernáculo, portanto o templo em si mesmo não era uma estrutura enorme. O templo io\ te\- ' to com pedra cortada revestida com madeira, e esta revestida com ouro, e ele foi enfeitado com pedras pre-ciosas. Em 6:7, vemos que as pedras eram preparadas nas pedreiras e ajustadas sem barulho no local da construção. Os talhadores das pe-dras seguiam as plantas de Deus, portanto tudo se encaixava. Esse é um bom exemplo a ser seguido por nós, trabalhadores cristãos de hoje, quando ajudamos na edificação do templo dele, a igreja (Ef 2:19-49; e veja 1Pe 2:5-60).

    O templo era maior e mais ela-borado que o tabernáculo. Não era uma tenda temporária coberta com peles; antes, era uma construção magnífica de pedra que não podia ser movida. Havia janelas e piso no templo (6:4 e 6:15), duas coisas que o tabernáculo não tinha. Salomão acrescentou dois querubins ao Santo dos Santos (6:23-30) e colocou a arca sob eles. Em vez de um pátio exterior poeirento, o templo tinha um bonito pórtico (7:1-12) com dois pilares (vv. 13-22), e deu-lhes os nomes de "Ja- quim" ("ele estabelece") e Boaz ("a força está nele"). A força e a estabili-dade pertenciam ao Senhor, e agora

    pevtencenam ao seu povo quando se estabelecesse em sua terra. Fizeram um grande "mar de fundição" (7:23- 26), sobre o qual assentavam-se 12 bois, em vez da pequena bacia. Eles fizeram também dez pias de bron-ze portáteis (7 -.27 -31) para usar em toda a área do templo. Segundo Crô-nicas 4:1 revela-nos que o altar de bronze era do mesmo tamanho que o do Santo dos Santos. Havia dez candeeiros, em vez de um candela-bro (2Co 4:7-47), como também dez mesas para o pão.

    O Antigo Testamento não nos dá tantas instruções em relação ao sentido do templo, como acontece em relação ao tabernáculo. Algu-mas pessoas vêem o tabernáculo como uma imagem da humildade de Cristo na terra, e o templo, como um tipo de seu ministério em glória atual, em que constrói o "santo tem-plo" de pedras vivas. Ou o taberná-culo tipifica nossa vida peregrina atual, ao mesmo tempo que o tem-plo (uma construção permanente) retrata nosso glorioso reinado com Cristo quando ele retornar. É trágico que os judeus cressem na presença do templo, em vez de na promessa do Senhor; pois, em menos de 500 anos, quando são feitos cativos por causa de seus pecados, o templo é destruído. Em 6:11 -13, Deus lembra Salomão de que o importante é obe-decer à sua Palavra, e não construir um templo magnífico.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
    7.1 Por que Salomão levou treze anos para construir sua própria casa depois de ter gasto apenas metade deste tempo, sete anos (6.38), para edificar o templo? Em primeiro lugar, temos de considerar todos os preparativos, já feitos pelo rei Davi, antes de Salomão começar a obra (1Cr 29:1-13). Em segundo lugar, é necessário pensar nos 180:000 homens que Salomão contratou para a construção do templo (5:13-16). É claro que esta leva de obreiros não trabalhou durante vinte anos: sete foram suficientes, como se vê em

    9.10 Palácios. A maneira mais acertada de entender-se o texto seria "casa", no singular, compreendendo-se, então, que as várias "casas" mencionadas nos versículo 2, 6, 7 e 8 nada mais eram senão o conjunto de aposentos que forma o palácio todo.

    7.2 A Casa do Bosque do Líbano. Seria a grandiosa sala especial para festas cívicas, "recebendo o nome de "Bosque do Líbano"; por ser totalmente, revestida com madeira de cedro vindo dali.

    7.6 Salão das Colunas. Seria a sala de espera, um tipo de sala de estar pública, perto da Sala do Trono.

    7.7 Sala do Trono. O auditório dos julgamentos, que serviria como sala das reuniões do rei com seus conselheiros.

    7.8 Sua casa. Os aposentos reais, a moradia da família real, que não era uma casa separada, mas sim, ficava atrás da Sala do Trono. Para a filha de Faraó. Um apartamento particular para aquela que, aliás, é o penhor da aliança com o Egito. Foi a única vez, na história de Israel, que o Faraó pôde considerar ao rei local como um monarca em pé de igualdade com ele. Mais tarde, Salomão desenvolveu um harém tipo oriental, tentando imitar, em tudo, os grandes potentados da vizinhança (1Rs 11:3).

    7.9 Átrio Maior. Três lados deste átrio davam para partes do palácio, e o quarto lado para o Templo.

    7.13 Hirão. Parece certo que se trata de um personagem bem diferente do rei de Tiro. Talvez era nome comum entre os sidônios. Os israelitas raras vezes tiveram técnicos e artistas. O seu nome é citado em 2Cr 2:13 como Hirão-Abi.

    7.15 Duas Colunas. Não exerciam a função de sustentáculo. Eram ornamentais e simbólicas, como se verá pelos seus nomes mencionados no v. 21.

    7.21 Jaquim, "Ele estabelecerá". Boaz, "Ele vem em poder". As colunas apontam para a presença consoladora de Deus entre Seus fiéis, e para a Sua futura vinda, encarnado na pessoa de Cristo.

    7.23 O mar de fundição. lemos em 2Cr 4:6 que "o mar era para que os sacerdotes se lavassem nele". A sua altura era de cinco côvados, ou seja, mais de dois metros, e compreende-se que os sacerdotes não se lavavam dentro do mar, o qual era apenas um depósito de água para os serviços de lavagens, de onde se tirava a água necessária, donde vem o sentido da expressão acima: "se lavassem por meio dele", o que está de acordo com o texto hebraico.

    7:23-50 Vale a pena estudar os utensílios do Tabernáculo descritos em Êx 37:1-38.8. Em muitos pormenores revela-se, na descrição do Templo, uma semelhança às obras do Tabernáculo, não obstante algumas diferenças. Há uma simples bacia de bronze no Tabernáculo (Êx 38:8), enquanto Salomão instalava no Templo o grande mar de fundição e dez bacias menores, transportáveis. No lugar de um único candelabro, com as sete hastes, (inclusive a haste central); que se encontrava no Tabernáculo (Êx 37:17-22), Salomão mandou confeccionar 10 castiçais (49). O altar de ouro mencionado no v. 48, deve ser o equivalente ao altar de incenso do Tabernáculo, descrito em Êx 7:25-28. Já que esta descrição dos móveis e utensílios do Templo não menciona nenhum altar de bronze, para os sacrifícios, é de se concluir que, então, ainda havia o altar de bronze do Tabernáculo do tempo de Moisés, e que teria sido usado até à confecção do altar maior, mencionado em 2Cr 4:1.

    7.26 Batos. O bato é uma medida Dt 22:0 menciona que o mar comportava 3.000 batos Talvez isto queira dizer que a sua capacidade líquida seriaDt 3:0, e seu conteúdo normal Dt 2:0 batos de água. Um cientista tomou por modelo uma bacia funda, da Índia, montada em quatro elefantes de madeira, e calculou que seria mesmo possível colocar 66.000 litros de água numa bacia de tal tipo, com uma circunferência de 1Rs 13:8 m, e que quatro dedos de bronze agüentariam este conteúdo. Verificou também a possibilidade de fundi-la em terra barrenta (46).

    7.27 Suportes. Eram vagões para carregar as pias mencionadas no v. 38, que recebiam sua água do mar de fundição. A palavra hebraica é machon, a qual deu origem à palavra "máquina", usando-se hoje o forma feminina para "ônibus", em Israel.

    7.36 Gravou. Note-se que, embora o Segundo Mandamento (Êx 20:4-6) proibisse fazer-se imagens para serem adoradas, não havia razão para considerar-se ilícitos os adornos no Templo. Judeus que viveram séculos mais tarde decidiram relacionar este mandamento com todo e qualquer tipo de arte ou manufatura.

    7.51 Todas as dádivas recebidas que hão foram diretamente empregadas na confecção de objetos para o Templo, eram guardadas na tesouraria para o despesas de futuros concertos, e também para se formar um tipo de Fundo Nacional, para os tempos de emergência.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
    A outra construção de Salomão em Jerusalém (7:1-12)

    Um período de paz em todo o Oriente Médio permitiu a Salomão que dedicasse 20 anos e grande quantidade de recursos aos projetos de construção. O monte ao norte de Ofel foi transformado de um terreno irregular ao redor da eira de Araúna em um complexo impressionante de construções. Jerusalém tornou-se não somente uma cidade de poder, mas de esplendor. No extremo norte, ficava o templo com ou o altar de bronze ou o Lugar Santo situados imediatamente no lugar do altar de Davi (2Sm 24:18), provavelmente onde está localizada atualmente a mesquita do domo da Rocha, o lugar tradicionalmente associado ao sacrifício que Abraão faria de Isaque. Logo abaixo, estava o palácio para sua moradia e o palácio para a filha do faraó (v. 8). Esses lugares de moradia ficavam mais ao fundo, separados dos prédios públicos, como a Sala do Trono (v. 7), o Palácio da Floresta do Líbano (v. 2), de 45 metros Pv 22:5 metros, usado como depósito, com o seu longo pórtico de colunas Dt 22:5 metros Pv 13:5 metros (v. 6). Assim, o templo, embora decorado e muito bem ornamentado, era somente uma pequena parte da magnificência da capela real, a alguns passos do palácio, que até dispunha de uma “entrada real” (2Rs 16:18 — possivelmente um acréscimo posterior). Ez 43:7,8 mostra a aversão profética a essa disposição.

    Os utensílios de bronze da área do templo (7:13-47)
    v. 13. Flurão, o artífice em bronze, meio-israelita, não deve ser confundido com o rei Hirão. Seguindo a habilidade de seu pai natural de Tiro, o seu trabalho segue os padrões fenícios, v. 14. A descrição extremamente hábil e experiente lembra Bezalel (Ex 31:4), embora aqui não seja especificamente atribuída ao Espírito de Deus. O bronze era farto nas minas de Salomão no vale da Arabá ao sul do mar Morto. Um centro de trabalho em bronze, identificado por N. Glueck com Zaretã (7.46), foi descoberto a oeste do Jordão, onde as profundas camadas de argila facilitariam o preparo dos moldes grandes necessários para as colunas (v. 15) e o tanque (v. 23,24). As duas colunas de bronze (v. 15; conforme também Jr 52:21-24) com oito metros e dez centímetros de altura e cinco metros e quarenta centímetros de circunferência, ocas, com espessura Dt 8:0) era mais simples e simbolicamente menos ambígua, mas se você contrata um artista estrangeiro ele vai se inspirar na sua cultura — você pode racionalizar isso como quiser, v. 40. os jarros, as pás e as bacias para aspersão de bronze eram para ofertas no grande altar de bronze, atribuído a Hurão em 2Cr 4:1, mas não incluído aqui (embora pressuposto em 8.22,64). Todos esses móveis de bronze estavam fora do templo propriamente dito, no pátio interno.

    Móveis de ouro do santuário (7:48- - 51a) v. 48. estes outros utensílios para o templo do Senhor eram de ouro. O altar de ouro (madeira de cedro, 6.20, revestido de ouro) para

    a oferta do incenso (conforme Êx 30:1), a mesa de ouro sobre a qual ficavam os pães da Presença (uma forma mais elaborada da provisão nos primeiros santuários javistas: v. 1Sm 21:6) e os candelabros de ouro puro estavam no hêkãl, e os utensílios menores, também de ouro, eram para o serviço associado a eles. v. 51a. Terminada toda a obra [...] para o templo do Senhor: mais tarde, os esforços ainda maiores nas outras construções foram concluídos. O significado econômico e social era tão grande quanto o religioso. Para um país de menos de meio milhão de habitantes, a construção representava um investimento imenso de mão-de-obra e recursos naturais, e era uma demonstração prestigiosa de um país em rápido crescimento. No âmbito social, era evidência da administração firme, talvez sem escrúpulos, de Salomão. A construção fez de Jerusalém o foco indisputável da vida política e religiosa do país sem, no entanto, inspirar a unidade nacional que o carisma de Davi havia inspirado.

    A consagração do templo (7.51b— 8,66) (2Cr 5:1-14).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 40 até o 47
    h) Um sumário da obra de Hirão (1Rs 7:40-11. Sobre a não alusão ao altar de bronze (2Cr 4:1) ver a nota adicional ao cap. 7 que abaixo damos. Pias (40); é mais elucidativa a palavra que aparece em Crônicas: "caldeiras". Em terra barrenta (46); provavelmente "em fornos de terra".

    Dicionário

    Basar

    -

    Dez

    numeral O número cardinal que está acima do nove (10); a quantidade que representa a somatória dos dedos das mãos ou dos pés.
    Representado pelo número 10: sapato de número dez.
    Diz-se do elemento dez, numa lista, numa série: camisa dez.
    Que corresponde a essa quantidade; diz-se da medida que pode ser contada: gastou dez dias para chegar na cidade.
    substantivo masculino e feminino A designação desse número: o dez estava incompreensível no texto.
    Etimologia (origem da palavra dez). Do latim decem.

    Pias

    2ª pess. sing. pres. ind. de piar
    fem. pl. de pio
    fem. pl. de pia

    pi·ar -
    verbo intransitivo

    1. Dar pios (as aves).

    2. [Informal] Falar (ex.: depois da repreensão, ele nem piou).

    3. [Informal] Beber vinho.

    verbo transitivo

    4. [Gíria] Beber (qualquer líquido alcoólico).

    5. [Regionalismo] Descascar (milho).

    nome masculino

    6. Acto de dar pios.

    7. Som agudo característico de algumas aves. = PIADO, PIO


    não poder piar
    Estar muito rouco.

    Estar muito cansado.

    Figurado Estar inibido de emitir opinião sobre alguma coisa.

    sem piar
    Sem dizer nada.


    pi·o 2
    (origem onomatopaica)
    nome masculino

    1. Voz da cria de qualquer ave.

    2. Voz de muitas aves (ex.: pio do mocho).

    3. Voz que imita o som de certas aves.

    4. [Informal] Palavra, fala (ex.: ficou sem pio).


    nem pio
    Nem uma palavra. = SILÊNCIO


    pi·o 1
    (latim pius, -a, -um, que cumpre os seus deveres para com os pais, a pátria, os deuses)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Inclinado à piedade. = DEVOTO, RELIGIOSOÍMPIO

    2. Benigno, compassivo, misericordioso.

    3. Que denota caridade.

    4. Onde se recolhem, sustentam ou educam pessoas desvalidas (ex.: estabelecimento pio).

    5. Que tem um fim caritativo ou piedoso (ex.: mentira pia, obra pia).

    6. [Popular] Embriagado.

    Superlativo: pientíssimo ou piíssimo.

    pi·o 3
    (alteração de pia)
    nome masculino

    Pia usada para pisar espremer uvas ou azeitonas em lagar de vinho ou de azeite.


    pi·ó
    (latim tardio pediola, do latim pes, pedis, pé)
    nome feminino

    1. Correia usada nos pés das aves de volataria para as prender. = PIÓS

    2. Peia.

    3. Plano para enganar alguém. = ARMADILHA, CILADA, EMBUSTE, ENGANO, LOGRO

    Plural: piós.

    pi·a
    nome feminino

    1. Pedra escavada em forma de vaso.

    2. [Marinha] Carlinga.


    pia baptismal
    A que serve para baptizar.


    pi·á
    (tupi pi'a, coração, estômago, entranhas)
    nome masculino

    1. [Brasil] Menino ou jovem índio.

    2. [Brasil] Menino caboclo, filho de branco com índio.

    3. [Brasil] Criança do sexo masculino. = GAROTO, GURI, MENINO

    4. [Brasil: Rio Grande do Sul] Rapaz não branco que trabalha como peão numa fazenda de gado.


    pi·ã
    nome masculino

    [Medicina] Doença tropical, com manifestações cutâneas.

    Confrontar: peã.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 7: 43 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Juntamente com as dez bases, e as dez pias sobre as bases;
    I Reis 7: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H3595
    kîyôwr
    כִּיֹּור
    panela, bacia, pia, fôrma
    (a basin)
    Substantivo
    H4350
    mᵉkôwnâh
    מְכֹונָה
    bater contra
    (you strike)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 2ª pessoa do singular
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6235
    ʻeser
    עֶשֶׂר
    dez
    (ten)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    כִּיֹּור


    (H3595)
    kîyôwr (kee-yore')

    03595 כיור kiyowr ou כיר kiyor

    procedente da mesma raiz que 3564; DITAT - 967d; n m

    1. panela, bacia, pia, fôrma
      1. panela, caldeirão
      2. panela, braseiro
      3. bacia, pia
      4. plataforma, estrado

    מְכֹונָה


    (H4350)
    mᵉkôwnâh (mek-o-naw')

    04350 מכונה m ekownaĥ ou מכנה m ekonaĥ

    procedente de 4349; DITAT - 964d; n f

    1. suporte fixo, base, pedestal

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עֶשֶׂר


    (H6235)
    ʻeser (eh'ser)

    06235 עשר ̀eser forma masc. do termo עשׁרה ̀asarah

    procedente de 6237; DITAT - 1711a; n. m./f.

    1. dez
      1. dez
      2. com outros números

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo