Enciclopédia de I Reis 8:55-55

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 8: 55

Versão Versículo
ARA pôs-se em pé e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
ARC E pôs-se em pé, e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
TB Pôs-se em pé e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
HSB וַֽיַּעְמֹ֕ד וַיְבָ֕רֶךְ אֵ֖ת כָּל־ קְהַ֣ל יִשְׂרָאֵ֑ל ק֥וֹל גָּד֖וֹל לֵאמֹֽר׃
BKJ E ele se pôs de pé, e abençoou toda a congregação de Israel em voz alta, dizendo:
LTT E pôs-se em pé, e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
BJ2 e pôs-se de pé. Abençoou em alta voz toda a assembléia de Israel, dizendo:

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 8:55

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
E. SALOMÃO CONSAGRA O TEMPLO, 8:1-9.9

A narrativa passa rapidamente para as cerimônias e a oração de consagração do Templo. O dia esperado até mesmo por Davi finalmente havia chegado. O historiador o viu como um dos pontos altos da história do povo de Deus. O Templo significava que o que o Senhor desejava para o seu povo realizava-se naquele dia. O testemunho podia ser dado agora; a luz se propagaria pelas nações.

A casa do Senhor, construída com pedras, vigas de cedro e ouro, era supostamente o meio para a edificação da verdadeira casa do Senhor, o "lar da fé" do qual o Templo era um símbolo (cf. 2 Sm 7.13; cf. Hb 3:2-5). Portanto, o Templo era importante não apenas como o santuário, mas também como o meio de concretizar o objetivo e a esperança da aliança. O historiador aparentemente entendeu que a ocasião era uma época crucial, de grande potencial para que a fé do povo de Deus florescesse como a fé de todos os povos, como Deus determinou que fosse no início (veja comentários sobre 8.43).

1. A Glória do Senhor Enche a Casa (8:1-13; cf. 2 Cron 5:2-6,2)

a. A arca é transferida para o Templo (8:1-9; cf. 2 Cron 5:2-10). O Templo, como o Tabernáculo, deveria conter a arca, o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Uma parte significativa da consagração foi a transferência da arca da tenda de Davi para o Templo. A cidade de Davi (1) era a área Ofel de Jerusalém, não tão elevada quanto a do templo-palácio. Ela estava situada ao sul desta magnífica construção. A época, na festa... no mês de etanim (2; setembro-outubro) era o período em que se celebrava a Festa dos Tabernáculos. Novamente se utiliza o antigo nome do mês dos tempos do pré-exílio; tisri é o nome posterior.

Os sacerdotes qualificados para manusear apropriadamente a arca levaram-na ao Templo junto com outros utensílios sagrados, em solene e santa procissão (4). Salomão liderou o povo em um sacrifício de ovelhas e vacas, que se não podiam contar, nem numerar (5).

A arca foi colocada no debir, o Lugar Santíssimo (ou Santo dos Santos) do Templo (6), debaixo das asas abertas dos querubins. Cobriam a arca e os seus varais por cima (7), "formavam uma cobertura sobre a arca e as varas que a sustentavam" (Berk.). Moffatt traduz o versículo 8 como segue: "As varas eram tão longas que as suas pontas podiam ser vistas, não de fora, mas do vestíbulo sagrado em frente ao santuário". O dia de hoje seria a época do historiador. A arca continha as duas tábuas de pedra (9), cópias dos Dez Mandamentos da época do acampamento de Israel em Horebe (outro nome para Sinai). Esta é uma referência à aliança feita no Sinai depois da libertação do Egito. O Êxodo, um grande ato de redenção, foi um impressionante testemunho da graça de Deus por eles; a lei indicava a responsabilidade que veio sobre os israelitas como recebedores da graça de Deus.

  1. A glória do Senhor (8.10,11; cf. 2 Cron 5:11-14).

Deus estava no meio do seu povo. Aqui, como em inúmeras ocasiões distintas, o Se-nhor fez a sua presença real e conhecida em uma nuvem (cf. Êx 40:34-38, que fala da nuvem que ficou sobre o Tabernáculo quando ele foi consagrado). Não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem (11). Os sacerdotes, confronta-dos com a esmagadora presença de Deus, interromperam o seu trabalho. É uma magnífica ocasião, um dia altamente sagrado, quando Deus assume o completo controle e, aqueles que normalmente seriam os condutores dos acontecimentos, passam a um segundo plano.

A presença divina como uma nuvem escura, misteriosa e atemorizante representa duas grandes verdades a respeito de Deus. Por um lado, sugere que o Senhor, que é santo e transcendente, não pode ser visto pelos homens finitos. Por outro lado, sugere que Deus é imanente e que a sua morada é entre o seu povo.

  1. A morada de Deus (8.12,13; cf. 2 Cron 6.1,2). Salomão declarou por que julgava necessário construir o Templo e por que era importante que ele estivesse no meio de Israel. A ênfase de que aquela casa de oração deveria ser a morada de Deus na terra não é uma contradição ao pensamento expresso posteriormente na súplica de Salomão (27-30). A morada de Deus no Templo era interpretada como uma manifestação significativa de sua presença ali, não como uma limitação exclusiva de sua pessoa a um lugar geográ-fico. A morada do nome divino é outra designação para o Templo (29). Assento para a tua eterna habitação (13), "lugar eterno" deve ser interpretado como um local perma-nente, em contraste com o temporário, da época do Tabernáculo.

2. As Palavras de Salomão (8:14-21; cf. 2 Cron 6:3-11)

Salomão aparentemente estava de frente para o templo e o Lugar Santíssimo, de costas para o povo, quando proferiu as palavras dos versículos 12:13. Virou o rei o rosto (14), ou seja, ele se virou. Ele falou brevemente aos israelitas reunidos, quando lhes lembrou relevantes fatos de seu passado que faziam da consagração uma ocasião significativa. Ele abençoou toda a congregação de Israel. O rei, como o ungido, e conseqüentemente com a unção de Deus sobre si, estava qualificado para proferir a bên-ção do Senhor sobre os demais. Todos estavam em pé quando ele pronunciou:

Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel (15) ; um homem que bendiz a Deus deve ser visto em termos daquele que ora e exalta ao Senhor. Salomão e o povo reunido não se enganavam quanto Àquele em cujo nome eles estavam reunidos e em cujo poder consa-gravam o Templo.

Deus prometeu e cumpriu a sua promessa (15) ; Ele também foi misericordioso (16). Estes fatos deram um rico significado às cerimônias da consagração. A ênfase de Salomão era sobre a escolha de Davi, por Deus, e não sobre a sua determinação de um lugar para o Templo (16). A ordem do Senhor é a escolha da pessoa certa para o seu propósito reden-tor antes da determinação das instalações e métodos. É basicamente por meio daquele completamente dedicado e obediente que se promove verdadeiramente o reino de Deus. O desejo de Davi de construir uma casa ao nome do Senhor (17) foi o propósito de estabelecer um lugar digno para a adoração a Deus, e que desse uma impressão adequa-da e profunda a respeito do Senhor.

3. A Oração da Consagração (8:22-61; cf. 2 Cron 6:21-42)

Ao mudar de posição e lugar, Salomão desceu os degraus e pôs-se... diante do altar (22) no pátio do Templo (cf. 2 Cr 6.13 — "plataforma", kiyyor, onde Salomão ficou). Ele estendeu as mãos para os céus (22) e pronunciou a oração da consagração. Apa-rentemente em algum ponto da oração, talvez na parte intercessora, ele se ajoelhou e, ainda com as mãos estendidas para o céu, terminou a oração (54).

a. O Senhor Deus é o Único Deus Verdadeiro (8:23-30; 2 Cron 6:14-21). "Ó [Yahweh] Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu" (23, heb.). Estas palavras refletem o pen-samento monoteísta da época de Davi e de Salomão. Falar de politeísmo ou de monolatria naqueles tempos é uma má interpretação da antiga religião de Israel e do paganismo do antigo Oriente Próximo'.

Salomão pediu que Deus mantivesse e cumprisse a sua promessa com respeito à continuidade do trono em Jerusalém, assim como fora fiel ao cumprir a sua promessa com respeito ao Templo (24,25). Céu dos céus (27) é uma expressão enfática para indi-car que não se aplicam limites nem amarras a Deus, e certamente o Templo não seria um obstáculo para o Senhor (cf. Dt 10:14). Em hebraico, a expressão tem a mesma constru-ção da tradução "lugar santíssimo", o lugar mais sagrado do Templo. Este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali (29) é uma ênfase importante que segue o pensamento de que Deus, o Todo-poderoso, não pode ser contido nem mesmo pelo mundo que Ele criou. O Templo era visto basicamente como o lugar que leva o nome do Senhor, como a própria oração de Salomão indica. Como o lugar de seu nome, era o local onde Ele se encontrava com o seu povo, quando oravam e adoravam; era o lugar aonde a realidade da comunhão do povo com Deus verificava-se pela nuvem de sua presença. Wright afir-mou que o Templo era a ponte mais satisfatória para o espaço entre o Deus distante e celestial, e o desejo que o seu povo tinha de conhecê-lo e de aproximar-se dele. Era a acomodação graciosa do Senhor para as necessidades de seu povo Israel".

O uso de palavras humanas por Salomão com respeito a Deus (teus olhos, 29; ouve,
30) sem dúvida se fez em reconhecimento à sua limitação. Era um tipo de linguagem necessário que continua útil quando as nossas limitações são admitidas.

A oração de Salomão nos versículos 22:30 expressa o tema: "Como Deus é Grande!" (1) Deus é o único Deus, 23; (2) Deus é maior do que todo o seu universo, 27; (3) Deus é misericordioso, 23,24; (4) Deus é fiel, 24-26; (5) Deus tem consideração por sua casa, 28-29; (6) Deus perdoa e restaura os nossos caminhos, 30.

b. Intercessão em situações específicas (8:31-53; cf. 2 Cr 6:22-39). Esta parte da ora-ção fala de condições específicas que podem surgir no futuro. Cada situação é menciona-da com a estrutura se... então (31,32). Faz-se freqüente referência a Deus nos céus; quatro vezes é mencionada a oração no Templo. A ênfase está na súplica ao Senhor do Templo e dos céus; a geografia não é importante.

  1. Se uma disputa entre duas pessoas vier a ser julgada perante o altar, que Deus, o juiz justo, vingue o inocente (31,32). Um juramento (31), especialmente levado ao Templo, seria uma afirmação solene cuja veracidade Deus seria convidado a testemunhar.
  2. A derrota nacional e o exílio deveriam ser reconhecidos como um julgamento devido ao pecado nacional; a oração e o arrependimento seriam o caminho a seguir para o retorno à pátria (33,34).
  3. Fome, peste (37), condições variadas de desastres ecológicos e enfermidades físicas podem ser instrumentos de julgamento devido ao pecado. Nessas ocasiões, Deus ouvirá a oração e o pedido de perdão (35-40). O objetivo a atingir é que [eles] te temam (40) ; isto é, que possam desenvolver a atitude apropriada de reverência perante Deus como a única atitude adequada na vida. A ausência de tal reverência leva invariavel-mente à atitude errada no coração e a atos de pecado contra Deus. Ferrugem (37) pode ser interpretada como praga nas plantas. Chaga do seu coração (38) foi traduzida como "cada um conhece a aflição do seu coração" (versão RSV em inglês).
  4. A súplica em 41-43 é que Deus possa ouvir a oração das pessoas de outras terras que se sintam atraídas a Ele. A idéia é que as notícias do nome de Deus se espalharão até os povos de outras terras, e estes serão atraídos a Ele de tal maneira que irão abandonar a sua falsa adoração e passarão a praticar a verdadeira adoração de Israel. Aqui talvez exista uma indicação de uma razão primária para a construção do Templo: para que fosse um meio de expansão, de trazer outros povos à presença do Deus vivo e verdadeiro.
  5. Nos versículos 44:45 encontramos uma súplica para que Deus acompanhe Isra-el quando o seu exército enfrentar batalhas contra os inimigos Como no passado houve ocasiões em que se fez necessário empreender lutas sagradas, as mesmas ocasiões pode-riam se repetir no futuro.
  6. Prevendo uma época em que Deus viria a entregar o Seu povo nas mãos de um inimigo, devido aos pecados que praticaram (46-53), a oração é para que Deus possa ouvir o arrependimento de seu povo no exílio. A base para a sua oração, mesmo no exílio, é a sua eleição, que tem raízes na sua história passada. Não há homem que não pe-que (46) esta frase não deve ser interpretada como um texto que evidencia uma "religião pecadora", mas como a contrapartida do Antigo Testamento para Romanos 3:23 e I João 1:10. Não existe homem que não tenha pecado ou que não possa vir a pecar.

c. Bênção e ação de graças (8:54-61). Com a intercessão terminada, Salomão, que estava de joelhos, se levantou. Ele tinha assumido o papel de intercessor entre Deus e o povo, não necessariamente como um sacerdote, mas como um rei que representava signi-ficativamente o Senhor entre o povo e que também representava o povo perante Deus. As suas palavras em ação de graças são significativas e relevantes nas suas ênfases.

  1. Houve o adequado reconhecimento de Deus, e lhe foram dirigidas palavras ade-quadas: somente Ele pode proporcionar o verdadeiro repouso (56).
  2. Deus seja conosco, com seu povo (57) é o que Salomão via como essencial para o cumprimento de seu objetivo como o seu povo. Permanece verdadeiro o fato de que Deus deve estar com o seu povo para que possa cumprir a sua vocação e destino. Que Ele não nos desampare e não nos deixe.
  3. O desejo de ter Deus no seu meio, de ter o coração dirigido apropriadamente ao Senhor, deve ser um desejo constante (58-59).
  4. A principal razão por trás do chamado inicial de Israel e da construção do templo era a de que outros povos pudessem vir a saber que o Senhor é Deus e que não há outro (60). Aqui, e em 40-43, está o aspecto universal do monoteísmo de Israel, que é uma demonstração da fé de Israel que também é básica na fé cristã. Não existe outro Deus além do Senhor da Bíblia, e não há outro nome além do de Cristo pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12).
  5. A maneira como os homens aprenderão a conhecer a Deus retorna ao tema da obediência total. Seja o vosso coração perfeito para com o Senhor, nosso Deus (61). Ao caminharem perfeitamente perante Deus, os homens terão os seus falsos deuses e os seus maus caminhos pela vida expostos. Os seus olhos e a sua compreensão serão abertos ao único Senhor vivo e verdadeiro, que é a única base válida para uma existência digna nesta terra. Que prenúncio, no Antigo Testamento, da posição do Novo Testamento com respeito à consagração completa e ao amor perfeito!

"Toda a sua boa promessa" é o assunto dos versículos 56:61. Aqui podemos ver que (1) as promessas de Deus nunca deixam de ser cumpridas, 56; (2) Deus promete a sua presença, 57; (3) Temos a promessa de sua graça capacitadora, 58; (4) A promessa de Deus supera qualquer circunstância, 59; (5) A promessa de Deus leva à perfeição e à obediência, 60,61; 2 Co 7.1; 2 Pe 1.4.

4. Sacrifícios e Festividades (8:62-66; cf. 2 Cr 7:4-10)

A seguir, Salomão e o povo ofereceram um sacrifício de consagração adequado. O grande acontecimento e a imensa multidão reunida exigia o grande número de animais oferecido. Esta oferta conclui a cerimônia de consagração (62). Sacrifício pacífico (63) significa ofertas voluntárias em agradecimento a Deus. O pátio [átrio] diante do Templo também foi consagrado ao Senhor (64). Provavelmente o pátio e os seus objetos foram ungidos com o óleo de unção sagrado, como também foi o caso quando Moisés consagrou o Tabernáculo e os seus utensílios ao Senhor (Êx 40:1-15).

O banquete oferecido por Salomão foi para as pessoas de todas as partes de Israel. O território é aqui descrito de modo diferente do usual "desde Dã até Berseba". Aqui a descrição é desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito (65; cf. Nm 13:21). "A entrada de Hamate" é a passagem entre o monte Hermom e o Líbano, diretamente ao norte do mar da Galiléia. O rio do Egito ou "ribeiro do Egito" está a uma considerável distância ao sul de Gaza, conhecido nos anais de Tiglate-Pileser como Nahal Musri47.

Os catorze dias (65) podem ser interpretados como sete dias para a festa de dedica-ção e os sete dias seguintes para a Festa dos Tabernáculos. O oitavo dia (66), portanto, é uma referência ao retorno do povo para casa, depois de observar os sete dias da Festa dos Tabernáculos. Outra possibilidade é observar a versão grega e interpretar somente "sete dias" no versículo 65, como fazem algumas versões.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
*

8:1

os anciãos de Israel. Líderes principais que estavam encarregados do governo local e da justiça, ao longo da história do Antigo Testamento (13 2:18-26'>Êx 18:13-26; Nm 11:16-30; Jz 21:16-24; 1Sm 8:1-9).

Cidade de Davi, que é Sião. A parte mais antiga da cidade de Jerusalém ficava ao sul do templo. Davi tinha antes trazido a arca da casa de Obede-Edom para Sião (2Sm 6:1-19).

* 8:2

festa. Ao que tudo indica, Salomão esperou onze meses para dedicar o templo (6.38), a fim de que a cerimônia pudesse fazer parte da Festa dos Tabernáculos, no Ano Novo, que era comemorada ao sétimo mês (Lv 23:34; 13 5:16-15'>Dt 16:13-15).

* 8:4

tenda da congregação. O tabernáculo, juntamente com todos os seus móveis e utensílios, foi trazido presumivelmente de Gibeão (3.4, nota), pelos sacerdotes e pelos levitas.

* 8:6

debaixo das asas dos querubins. Ver nota em 6.23.

* 8:8

até ao dia de hoje. Declarações como esta (9.13 21:10-12; 12,19) foram escritas da perspectiva de um escritor que viveu antes da destruição do templo (586 a.C.). Ver Introdução: Autor.

* 8:9

as duas tábuas de pedra. A cópia da aliança (conforme o v. 21; Êx 25:16,21; 40:20).

Horebe. Seguindo o padrão estabelecido no Deuteronômio, os escritores da história deuteronômica chamam o local onde a aliança foi estabelecida de "monte Horebe", e não de "monte Sinai". O nome "Horebe" foi usado onze vezes no livro de Deuteronômio (conforme Dt 5:2) e duas vezes na história (aqui e em 19.8). "Sinai" ocorre apenas uma vez em cada um (Dt 33:2 e Jz 5:5).

* 8:10

uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. Depois do êxodo do Egito, Deus liderou o seu povo pelo deserto, mediante uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite (Êx 13:21; 40.36-38). No monte Sinai, Deus revelou-se por meio de uma nuvem (Êx 19:9; 24.15-18). Quando o tabernáculo foi levantado, Deus o cobriu com a nuvem de sua glória (Êx 40:34,35; conforme Lv 16:2). Neste incidente, Deus mostrou a sua aprovação ao santuário recém-construído.

* 8:12

habitaria em trevas espessas. Ninguém pode ver Deus Pai e viver, mas Deus pode revelar-se e manifestar o seu amor para com o seu povo por meios indiretos (v. 10 e nota).

* 8:13

lugar para a tua eterna habitação. O templo, como um lugar divinamente sancionado para as orações e os sacrifícios, era um sinal especial da presença de Deus entre o seu povo (Sl 76:2; 132:13,14; Is 8:18; Am 1:2).

* 8:22

estendeu as mãos. Esse gesto era uma atitude de oração (Êx 9:29; Is 1:15; 1Tm 2:8).

* 8:23

não há Deus como tu. A natureza incomparável de Deus é um tema proeminente através de toda a Escritura (Êx 15:11; Dt 4:39; Sl 86:8; Mc 12:29; Ef 4:6; Ap 19:6). A fidelidade de Deus não é algo temporário (3.6; 8.16; Dt 7:9,12; Sl 52:8; Hb 13:8), e nem está o seu poder limitado a um país específico (vs. 41-43; Jonas).

* 8:25

contanto que teus filhos guardem o seu caminho. Salomão repetiu a condição que a sua dinastia continuaria a governar o povo de Israel se os filhos de Davi permanecessem fiéis a Deus (2.3,4; 6:11-13 9:4-9; 11:11-13).

* 8:29

O meu nome estará ali. Deus tinha prometido que ele estaria presente, de maneira especial, no templo de Jerusalém. Salomão suplica ao Senhor que ouvisse as orações que fossem dirigidas na direção do templo (Dn 6:10; 9:17; Jn 2:4).

* 8:31

que jure. Em certas cessões de julgamento um suspeito poderia ter que fazer um juramento de inocência no santuário a fim de corroborar a sua defesa (Êx 22:7-12; Nm 5:11-31). Salomão pede para que Deus, através de seu envolvimento nas vidas dos suspeitos, condenasse o culpado e declarasse o inocente isento de culpa (v. 32).

* 8:33

por ter pecado contra ti. A derrota a um inimigo não era uma derrota pelo deus do inimigo, mas uma derrota de Israel pelo próprio Deus, devido à infidelidade do povo (Dt 28:25; Js 7; 2Cr 36:15-19; Lm 2:1-8).

* 8:34

faze-o voltar à terra. Não era incomum que o exército e o povo derrotado na guerra fossem deportados para outra terra. Salomão pede que Deus se mostre misericordioso e restaure àqueles que lhe pedirem o perdão.

* 8:35

Quando os céus se cerrarem. Da mesma maneira que Deus dirige a sorte de seu povo na guerra, assim também Deus controla o mundo da natureza. A seca era uma das maldições da aliança (1Rs 17:1; Dt 28:22-24; Am 4:7,8).

* 8:37

fome... doença. Salomão mencionou uma grande variedade de aflições: fome, pestilência, gafanhotos, guerra e doenças, todas elas mencionadas em Deuteronômio 28.

* 8:39

dá a cada um segundo todos os seus caminhos. Salomão roga a Deus para que use de seu conhecimento infinito para estabelecer a justiça entre o seu povo.

* 8:43

afim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome. Salomão ora aqui que, algum dia, todos os povos entreguem suas vidas a Deus, tal como Israel estava fazendo (conforme Is 56:6-8; Zc 8:23 e Mt 28:19).

* 8:44

Quando o teu povo sair à guerra. Salomão referia-se aqui às atividades militares empreendidas por ordem divina (ver 13 11:20-30'>1Rs 20:13-30; Lv 26:7; Dt 20; 21:10; 1Sm 23:2,4; 2Sm 5:19,24).

* 8:46

não há homem que não peque. Ver " Pecado Original e Depravação Total", em Sl 51:5.

os leve cativos. O exílio para longe da Terra Prometida era uma das mais severas maldições do pacto sinaitico (v. 33, nota; Lv 26:33-45; Dt 28:64-68; 30.1-5). O exílio era, igualmente, uma maldição em vários tratados antigos do Oriente Próximo.

* 8:50

perdoa o teu povo. Estando fora da terra de Israel, não significava que as promessas de Deus deixaram de ser operantes (Ne 1:11). Salomão roga a Deus que faça com que os captores dos exilados israelitas mostrem misericórdia para com seus cativos (Sl 106:46).

* 8:53

os separaste. Visto que Deus escolheu especificamente a Israel e os libertou da escravidão no Egito, para que se tornasse sua própria herança especial (Êx 19:3-6; Dt 4:20 e 9.26), Salomão ora para que Deus não se esqueça dessa história de redenção, quando Israel se encontrar em exílio.

* 8:56

SENHOR, que deu repouso ao seu povo. Depois de consideráveis reviravoltas no período do vagar pelo deserto e da conquista, Israel tinha esperado o cumprimento da "boa promessa, que ele havia prometido através de Moisés, seu servo" (5.4, nota; Êx 33:14; Dt 12:10). No Novo Testamento, os crentes são exortados a fazer todo esforço para entrarem no descanso de Deus (Hb 4:11; conforme Ap 14:13).

* 8:60

não há outro. Os chamados deuses que os povos adoram são fictícios; o único Deus real é o Deus de Israel (conforme Dt 4:35).

* 8:63

vinte e dois mil bois. No decurso de catorze dias de festividades dedicatórias, Salomão e a grande multidão presente em Jerusalém ofereceram um número incrível de sacrifícios, muito mais do que aquele apresentado durante a dedicação comparativamente mais modesta do segundo templo (Ed 6:16-18).

* 8:64

ofertas. Quanto aos holocaustos, ver nota em 3.4. Ofertas de cereais com freqüência acompanhavam os sacrifícios de animais (Lv 2; 7.11-14; 8:26; 9:4; 14:20; Nm 15:1-10), e eram indicações de gratidão e louvor dos adoradores. Quanto a ofertas pacíficas ver Levítico 3.

o altar de bronze. Esse altar, onde os sacrifícios eram queimados, estava localizado defronte do templo (vs. 22, 54), e era diferente do altar do incenso, dentro do templo (6.22, nota).

* 8:65

a entrada de Hamate. Essa área, perto do limite norte do território controlado por Israel, estava localizada a cerca de 32 km ao sul de Cades, às margens do rio Orontes (Js 13:5; 2Rs 14:25).

rio do Egito. Provavelmente o mesmo que o Vádi El-Arish, no norte da península do Sinai. Pessoas provenientes do reino inteiro de Salomão estiveram presentes a essas festividades (4.21).

* 8:66

todo o bem que o SENHOR fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo. Graciosamente, Deus cumpriu sua promessa a Davi de que um de seus descendentes edificaria o templo que ele tinha desejado edificar (2Sm 7:1-16). Deus também dera a Israel um santuário central (Dt 12), bem como descanso de seus inimigos (1Rs 5:4).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
8.1ss Salomão reuniu ao povo não só para dedicar o templo mas também para que eles confirmassem sua entrega a Deus. Bem poderia Salomão dirigir estas palavras a nós hoje em dia: "Seja, pois, perfeito seu coração para com o Jeová nosso Deus, andando em seus estatutos e guardando seus mandamentos, como no dia de hoje" (8.61).

8.1ss Qual era a diferença entre o templo e o tabernáculo, e por que os israelitas trocaram de um a outro? O tabernáculo era um lugar móvel de adoração desenhado para o povo quando viajavam para a terra prometida. O templo era um lugar permanente de adoração a Deus depois de que os israelitas estavam em paz em sua terra. Trazer o arca do pacto ao templo significou a presença atual de Deus nesse lugar.

8:6 Os querubins são anjos poderosos.

8.15-21 Durante quatrocentos e oitenta anos depois de que o Israel escapou do Egito, Deus não pediu que lhe construíra um templo. Em vez disso, enfatizou a importância de sua presença entre eles e a necessidade que tinha o povo de líderes espirituais. É fácil pensar em um edifício como o centro da presença e o poder de Deus, mas Deus escolhe e utiliza pessoas para fazer sua obra. Pode usá-lo mais a você que a um edifício de madeira e pedra. O construir ou aumentar nosso lugar de adoração pode ser necessário, mas nunca deve ter maior prioridade que o desenvolvimento de líderes espirituais.

8:24 Salomão se referia à promessa que Deus fez ao Davi em 2Sm 7:12-15 de que um de seus filhos construiria o templo.

8:27 Nesta oração de dedicação, Salomão declarou que nem sequer os céus dos céus poderiam conter a Deus. Não é surpreendente que, apesar de que os céus não o podem conter, está disposto a viver nos corações daqueles que o amam? O Deus do universo habita em seu povo.

8.33, 34 Depois do reinado do Salomão, o povo se foi afastando de Deus. O resto da era do reino é um exemplo vívido do que Salomão descreveu nestes versículos. Como conseqüência do pecado do povo, Deus permitiu que fossem derrotados por seus inimigos em várias ocasiões. Logo, desesperado-se, clamaram pelo perdão a Deus e O os restaurou.

8.41-43 Deus escolheu ao Israel para que fora bênção para o mundo inteiro (Gn 12:1-3). Esta bênção se cumpriu no Jesus, um descendente do Abraão e do Davi (Gl 3:8-9), quem chegou a ser o Messías para toda a gente, feijão ou não judia. Quando os israelitas entraram pela primeira vez na terra prometida, lhes ordenou que erradicassem às nações malvadas, por isso lemos a respeito de muitas guerras no Antigo Testamento. Mas não devemos concluir que a guerra era o primeiro dever do Israel. depois de submeter aos povos malvados 1srael tinha que converter-se em uma luz para as nações circundantes. Mas o próprio pecado do Israel e sua cegueira espiritual impediram que pudessem alcançar ao resto do mundo com o amor de Deus. Jesus deveu fazer o que a nação do Israel não pôde.

8.46-53 Salomão, quem parecia que tinha visões proféticas respeito ao futuro cativeiro de seu povo (2 Rseis 17:25), pediu a Deus que fora misericordioso com eles quando clamassem ao para poder recuperar sua terra. A referência de sua volta se encontra no Esdras 1:2; Nehemías 1; 2.

8.56-60 Salomão elogiou ao Jeová e orou pelo povo. Sua oração pode ser um patrão para nossas orações. Fez cinco petições básicas: (1) pela presença de Deus (8.57); (2) pelo desejo de fazer a vontade de Deus em tudo ("incline nosso coração para O", 8.58); (3) por ajuda nas necessidades diárias (8.59); (4) pela habilidade de obedecer as leis de Deus e seus mandamentos (8.58); (5) por difundir o Reino de Deus ao mundo inteiro (8.60). Estas petições são igualmente aplicáveis na atualidade como o foram nos dias do Salomão. Quando orar por sua igreja ou sua família, poderia realizar as mesmas petições.

8:65 Outras versões traduzem "rio do Egito" como "arroio do Egito". Pôde haver-se tratado do leito de um rio seco.

TEMPLO DO SALOMON 960-586 a.C.

O templo do Salomão era belo. Levou sete anos construi-lo e resultou um edifício impressionante com ouro, prata, bronze e cedro. Não havia nada que se comparasse a aquela casa de Deus. A descrição aparece em II Crônicas 2:4.

MOBILIÁRIO

Querubim: representava seres celestiales, simbolizava a presença e santidade de Deus (recubiertos de ouro, 4, 5 m de largura)

Arca do pacto: continha a Lei escrita em duas pranchas, simbolizava a presença de Deus com o Israel (madeira recubierta de ouro)

Véu: separava o Lugar Santo do Lugar Muito santo (linho fino em azul, púrpura e carmesim, bordado com figuras de anjos)

Portas: entre o Lugar Santo e o Lugar Muito santo (madeira recubierta de ouro)

Mesas de ouro: (madeira recubierta de ouro), castiçais de ouro (com sete lamparinas em cada um) e altar de incenso (madeira recubierta de ouro): instrumentos para as funções sacerdotais no Lugar Santo.

Colunas de bronze: chamados Jaquín (significa "O estabelece") e Boaz ("no está minha fortaleza"). Juntos poderiam significar "Deus dá a fortaleza"

Altar: para queimar os sacrifícios (bronze)

Mar: para que os sacerdotes se lavassem (tinha capacidade para uns quarenta e oito mil litros)

Fontes de bronze: para lavar os sacrifícios (tanques em bases com rodas)

Esta reconstrução utiliza os paralelos arqueológicos conhecidos para complementar ao texto, e supõe as dimensões interiores de 1Rs 6:17-20.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66

E. dedicatória PROCESSIONAL (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
Consagração (8)

Quando trouxeram a arca para o templo, Deus encheu-o com sua glória. Em anos posteriores, Ezequiel viu essa glória partir (Ez 8—11). Sa-lomão discursa para o povo (vv. 12-

  • e lembra-o da fidelidade de Deus no cumprimento de suas promessas. Depois, ele ora ao Senhor em benefí-cio de sua família (vv. 22-30), dos ci-dadãos que pecaram (vv. 31-40), dos gentios estrangeiros (vv. 41-43) e da nação em seu futuro exílio (vv. 44-53). O pensamento-chave da oração é que Deus ouviria os clamores de-les e seria misericordioso, apesar de seus pecados. Salomão, em sua ora-ção, deixa claro que a condição do coração de Israel é mais importante que a existência do templo. Ele sabia que o pecado trazia castigo, mas o arrependimento trazia perdão e bên-ção. Era mais importante consagrar as pessoas que o prédio.
  • Com certeza, os versículos 44:53 tornaram-se realidade, pois 1s-rael ficou cativo por causa de seus pecados, e Deus o trouxe de volta a sua terra para reconstruir o templo e servir-lhe de novo. Essa oração e promessa também serão cumpridas nos dias futuros, quando Israel, em descrença, voltar a sua terra.
    Depois da oração, Salomão abençoou o povo (vv. 54-61) e exor-tou-o a ter o coração perfeito com o Senhor. Observe a preocupação do rei no sentido de que as outras nações

    conheçam a verdade do Senhor (v. 60; e veja vv. 41 -43). lnfelizmente, Is-rael não cumpriu sua missão de levar a verdade do Senhor aos gentios. A celebração durou 14 dias (v. 65), sen-do a primeira semana ocupada com sacrifícios, com celebrações e com as cerimônias de consagração oficial. Na segunda semana, o povo voltou para suas tendas para regozijar-se no Senhor. Em 9:1-9, o Senhor aparece a Salomão para lembrá-lo de que com seus privilégios também vêm gran-des responsabilidades, que o Senhor confirmará o reino de Salomão para sempre se o povo seguisse Deus em obediência, mas, se pecasse, ele eli-minaria a nação, lnfelizmente, a na-ção caiu em pecado e descrença, e cumpre-se a profecia Dt 9:6-5. Em 586 a.C., os babilônios, quando le-vam o povo cativo, saqueiam e des- troem o belo e caro templo.

    No início, Deus habitava no tabernáculo (Êx 40:34) e, depois, no templo de Salomão. Depois, a glória do Senhor veio à terra na pessoa de Cristo (Jo 1:12-43). Hoje, todo cristão verdadeiro é templo de Deus (1Co 6:19-46), como também a igreja coletiva (Ef 2:21) e a local (1Co 3:16). Durante o período de tribulação, haverá um templo judeu (2Co 2:1-47) em que o anticristo será adorado pelo mundo descren-te. E também haverá um templo glorioso durante o Reino milenar de Cristo (Ez 40—48).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
    8.1 A narrativa dá dedicação do Templo ocupa a totalidade deste oitavo capítulo e mais nove versículos do capítulo seguinte, e divide-se em seis partes principais:
    1) A arca toma o seu lugar no Templo, 1-11;
    2) O discurso de Salomão, 12-21;
    3) A oração de Salomão, 22-53;
    4) A bênção proferida por Salomão 54-61;
    5) Os sacrifícios oferecidos em celebração da festa, 62-66;
    6) A resposta que Deus deu a Salomão, 9:1-9.
    8.3 A arca do Senhor. Pertence ao Santo dos Santos no Tabernáculo, e continha o Testemunho (as tábuas da lei), e além disso, segundo He 9:4, uma urna de ouro contendo o Maná (Êx 16:33) e a vara de Arão que floresceu (Nu 17:8-4). Estes dois objetos estavam ali, segundo a ordem divina, dada no deserto, mas, por este parágrafo (9), ficamos sabendo que a arca continha, na época de Salomão, apenas as duas tábuas de pedras. O Templo ficava um pouco fora da velha fortaleza de Davi, onde a arca estava depositada (2Sm 6:16-10).

    8.4 A tenda da congregação. Ainda havia alguma tenda para representar o Tabernáculo que Moisés construíra, mas imagina-se não haver ali muita coisa valiosa dos utensílios sagrados originais, depois de os israelitas haverem passado séculos difíceis, depois da época de juízes. Subir. O Templo estava situado numa elevação, que culmina em uma grande rocha.

    8.8 Eram vistas do Santo Lugar. O sacerdote que entrava no Santuário para o culto recebia a consolação ao sentir a presença da arca, mas o povo nada podia ver de fora, no grande átrio. Tem-se a impressão de que a de dependência central do Templo de Salomão constituía-se do santuário do Tabernáculo, que era para o serviço dos sacerdotes. O povo participava dos cultos do Templo pelo lado de fora.

    8.10 Repete-se a mesma manifestação da glória divina que se revelara ao povo, no deserto, ao se completar o Tabernáculo (Êx 40:34, 35).

    8.12 Trevas espessas A ordem divina para construir o Tabernáculo, que também foi seguida por Salomão na construção do Templo (a não ser no pormenor de uma construção maior, mais firme e permanente, contendo, portanto, maior número de móveis), tinha determinado tudo de modo a que hão fossem construídas janelas no Santo dos Santos, o que provocaria, então, absoluta escuridão.

    8.14 Voltou, então, o rei o rosto. As palavras anteriores foram dirigidas à Presença Divina, revelada pela nuvem; agora Salomão fala à congregação do povo, no átrio do lado de fora do Templo.

    8.18 Bem fizeste em o resolver. Deus aceitara a adoração que Davi expressara, por meio daquele seu desejo de edificar a Casa de Deus, porém este privilégio foi reservado ao seu sucessor. Deus havia revelado seu poder ao seu povo em muitas circunstâncias do passado, livrando-os do cativeiro, viajando com ele pelo deserto, levantando a Davi da posição de pastor de ovelhas à de pastor da nação, e não precisava de templo algum. Salomão que não era um homem de guerra, como o fora Davi, teve a permissão para levantar o Templo.

    • N. Hom. 8:23-53 Esta longa oração pública é, antes de mais nada, um ato de intercessão, como é o: caso de muitas das orações do Antigo Testamento. Pensa-se especialmente nas orações de Abraão mencionadas em Gn 18:22-33 e 20.17, e as de Moisés; que se encontram em Êx 32:11-13 e 32:30-32. A oração de Salomão inclui não apenas os israelitas mas também os prosélitos, os estrangeiros que vêm para adorar a Deus (41). Inclui não somente a época de Salomão, mas abrange todos os séculos da história de Israel (47). Divide-se em nove partes:
    1) A oração em prol da família real (2326);
    2) A oração em favor de todas as petições que viriam a ser feitas no Templo (27-32);
    3) A oração pela proteção divina contra os invasores (33-34);
    4) Pela preservação do povo em época de seca (35-36);
    5) Pelo livramento de várias calamidades naturais, tristezas e problemas do íntimo (37-40);
    6) Pela bênção divina sobre os prosélitos (41-43);
    7) Pelo socorro divino em tempo de guerra (44-45);
    8) Pela misericórdia divina quando o povo fosse levado cativo (46-50);
    9) A conclusão da oração que apresenta suas razões: estriba-se na misericórdia divina já revelada no passado (51-53). Assim também o crente se aproxima de Deus pela oração da fé, sabendo que Deus, tendo-nos dado Seu: Filho Unigênito (Jo 3:16), não nos negaria: nenhum bem (Rm 8:32; Mt 7:11; Jo 14:13).

    8.23 Guardas a aliança. Nenhuma oração pode ser dirigida a Deus antes de haver o conhecimento da revelação que fez da Sua Natureza. Nenhuma esperança de resposta à oração pode haver, sem o reconhecimento de que as promessas de Deus são fiéis, que Ele tem a vontade e o poder de cumprir tudo (24) desde que seja do Seu agrado.

    8.27 Salomão compreende muito claramente que não está construindo um tipo de hotel para hóspedes sobrenaturais, o que, aliás, sempre, foi a idéia do paganismo, mesmo no seu aspecto mais sublime. 2Cr 6:18 enfatiza o fato de que os homens não merecem a benevolência divina.

    8.29 Meu nome estará ali. A lei revelada a Moisés, no deserto, apontava para uma situação ideal, na Terra Prometida, com um Templo organizado (Dt 12:11).

    • N. Hom. 8.38 O coração humano é enganoso e maligno, desesperadamente corrupto, mas nem por isso Deus deixa de esquadrinhá-lo (Jr 17:9-24). Deus vê e compreende o íntimo do homem, o coração (1Sm 16:7, Jo 2:25), e por causa desta divina compreensão, pode julgar retamente a cada um (Gn 18:25; At 17:31). Se fôssemos enfrentar a justiça de Deus sem confiar no Seu perdão, nenhum ser humano subsistiria (Sl 130:3-19), mas esta compreensão divina inclui uma terna compaixão pelas nossas fraquezas (Lc 7:13 e He 4:15, He 4:2.18, He 4:7.25).

    8.46 Não há homem que não peque. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus” é a declaração de Rm 3:23; "O salário do pecado é a Morte", ensinaRm 6:23. Mas ambas estas declarações trazem consigo, o antídoto, a cura: "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus",(Rm 3:24); "Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6:23).

    8.47 No terra do seu cativeiro. Há várias referências, nos versículos 46:53, a um futuro cativeiro dos israelitas numa terra estrangeira. Os acontecimentos descritos em 2Rs 25:8-12; Mt 6:5; Lc 18:11-42; Lc 4:0) Com as mãos erguidas, Sl 88:9; 1Tm 2:8.

    • N. Hom. 8.56 As promessas de Deus formam o âmago da mensagem bíblica, e, num sentido geral, normalmente fazem parte das Suas Alianças. No Antigo Testamento vemos registradas as Alianças de:
    1) Noé (Gn 9:9-17);
    2) Abraão (Gn 12:1-3; 15:18; 17:6-8);
    3) Moisés, que é a Aliança aqui referida por Salomão (Êx 6:6-8; Dt 7:8-5); e
    4) Davi (2Sm 7:12-10). Mas a maior aliança de todos os tempos é a Nova Aliança ou Novo

    Testamento (Mt 26:28, He 9:11-58 e 13.20). Esta Aliança representa a soma total de toda a graça, a bênção e a verdade que se inclui na redenção que Jesus Cristo obteve para os homens; com o derramamento de Seu próprio sangue. Em resumo, o pecador arrependido que vem a Deus mediante Jesus Cristo (He 7:25), nasce de novo (Jo 3:7), tornando-se um filho de Deus (Jo 1:12), recebendo o perdão divino (1Jo 1:9), e a vida eterna (Jo 3:16).

    8.63 Sacrifício pacífico. A lei das ofertas pacíficas, que se acha em Lv 7:11-18. As pessoas que trouxessem a oferta comeriam da carne ofertada, o que esclarece a razão de haverem sido efetuados tantos sacrifícios assim: a congregação inteira participava da festa religiosa.

    8.64 O meio do átrio. A grande rocha no meio do átrio passou a servir como altar público. Hoje, aquela rocha está embutida numa mesquita, na parte árabe de Jerusalém. Muito pequeno. Veja a nota 1Rs 7:23-11.

    8.65 A Festa do Tabernáculos. A data da festa, o sétimo mês (2), mostra que aqui se trata de uma festa religiosa, já prescrita por Moisés em Lv 23:39-44. A festa é essencialmente de ações de graças pela ceifa, durante a qual celebra-se a graça divina em resgatar o povo da escravidão, e de preservá-lo durante a peregrinação pelo deserto. O Templo é o lugar para a mais íntima comunhão com Deus, e identificar-se com Suas promessas, e ali adorá-lO pelo que fizera em prol do Seu povo. Então a data de 15 de etanim foi bem escolhida.

    • N. Hom. 9:1-9 Ouvi a tua oração. Deus, tendo misericórdia do seu povo, faz uma promessa incondicional de sempre estar pronto a atender a oração de fé, feita por qualquer pessoa em nome dEle (que foi o teor da mesma oração de Salomão em 8.3052). Mas quanto à prosperidade particular, que Salomão pedira, para a família real (8.2526), dependia tão somente da responsabilidade individual dos seus descendentes em andar em fé, obediência e fidelidade (9:4-7). Da mesma maneira, o prédio físico não se poderia considerar inviolável se os freqüentadores vivessem no pecado (9.8). Isto quer dizer que nenhuma descendência física, nenhuma organização humana, nenhum lugar, pode ser detentor dos favores de Deus, mas cada um deve aproximar-se de Deus pela fé (Rm 4:16-45).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
    8.1. Salomão reuniu [...] as autoridades de Israel-, transformando a transferência da arca para o seu novo lugar de descanso numa grande celebração cívica e religiosa. A Cidade de Davi na colina a sudeste estava localizada em nível mais baixo do que o templo, assim os líderes foram chamados “para fazerem subir a arca da aliança” (ARA). A ocasião lembra o dia em que Davi levou a arca para Jerusalém (2Sm 6:12-10; lCr 15), e Salomão esperava fazer da arca da aliança mais uma vez um símbolo de unidade nacional, v. 2. por ocasião da festa-, a festa das cabanas, ou “tabernáculos” (sukkôt, Dt 16:13, ou do “encerramento da colheita, ’asip, Ex 23:16), celebrada após a colheita (“no final do ano”, Êx 23:16) e que marcava o ano novo na contagem cananéia usada no início do período da monarquia. Mais tarde (possivelmente sob Josias), foi adotado o ano babilónico, iniciando em março-abril, e por isso o editor explica que o antigo mês (yerah) de etanim era o sétimo mês (hõdes) na nova contagem (semelhante a 6.38). A se-qüência do tempo não está clara. Ou (a) o templo foi concluído no mês de bul do décimo primeiro ano de Salomão e ele esperou 11 meses para fazer a consagração coincidir com a festa do ano novo, ou (b) o templo foi concluído no mês de bul mas o tempo intermediário foi preenchido com o preparo dos utensílios de bronze, ou (c) o templo e os móveis estavam quase concluídos quando o povo se reuniu nos últimos dias de etanim, a chegada da arca assinalando a última declaração de que estavam concluídos nos primeiros dias de bul. Se a festa das cabanas estava associada a uma cerimônia de entronização de Javé, a ocasião seria duplamente apropriada, mas não há evidências diretas a favor disso com base nas fontes da monarquia (cf. De Vaux, p. 504-6).

    Seguindo o precedente estabelecido por Davi (lCr 15.14,15), os sacerdotes pegaram a arca (v. 3) e os seus acessórios e a Tenda do Encontro (v. 4; i.e., “a tenda que Davi lhe havia preparado” [2Sm 6:17], e não a tenda mosaica que 2Cr 1:3 diz que estava em Gibeom) para acompanhar o sacrifício (cf 2Sm 6:13). A arca foi levada para o santuário interno do templo (debir, v. 6), sendo carregada com varas que foram deixadas nos seus lugares e assim podiam ser vistas da frente do santuário interno (v. 8). Possivelmente as varas estavam em ângulo reto com o eixo do templo, e a cortina que fechava a entrada estreita ficava afastada um pouco, de forma que as pontas das varas (mas não a arca) pudessem ser vistas da entrada. A arca continha as duas tábuas de pedra (v. 9). He 9:4 sugere que havia outros itens na (e não somente diante da) arca (v. Êx 16:32-34; Nu 17:10), mas que se perderam, possivelmente em algum incidente como o de 1Sm 6:19. v. 10. uma nuvem encheu o templo do Senhor [...] a glória do Senhor encheu o seu templo, numa conclusão bem-sucedida da procissão, que causou grande admiração.

    A exclamação de Salomão e a oferta para Javé (8.12,13)
    A versão grega coloca os v. 12,13 no final do v. 53 e acrescenta a linha dada pela RSV, resultando assim na forte parelha de versos monoteístas: “O Senhor estabeleceu o sol nos céus” (assim Javé é maior que o sol que outros adoravam) e ele disse que habitaria numa nuvem escura (assim Javé é o regente também das nuvens de tempestades, símbolo do deus da tempestade, chamado Hadade; v. Dt 4:11; 2Sm 22:10). Salomão então apresenta o problema de todos os santuários (cf. v. 27 a seguir): Na realidade construí para ti um templo magnífico, um lugar para nele habitares para sempre! (v. 13).

    A bênção de Salomão (8:14-21)
    Salomão recapitula a história nacional como atos do Senhor, o Deus de Israel e coloca a aliança com Davi como parte da eleição divina, no mesmo nível da aliança do Sinai, não escolhi nenhuma cidade [...] em honra ao meu nome (v. 16; a LXX acrescenta: “mas escolhi Jerusalém”, 2Cr 6:6) mas (em contraste) escolhi Davi, que não teve a permissão de construir o templo ele mesmo. v. 20,21. O Senhor cumpriu a sua promessa [...] Providenciei nele um lugar para a arca, na qual estão as tábuas da aliança-, assim conduz a história de volta à sua origem no Egito. A partir daí, o culto nacional celebrava tanto a escolha inicial que Javé tinha feito do povo de Israel quanto a escolha de Sião e da dinastia davídica (Sl 68:0Sl 132:0). Qualquer dúvida sobre a legitimidade da sucessão de Salomão era absorvida em uma teologia total da eleição nacional.

    A oração de Salomão (8:22-53)
    v. 22. Salomão colocou-se diante do altar [...] levantou as mãos para o céu\ uma atitude demonstrada muitas vezes na arte do Antigo Oriente, em que o suplicante está em pé diante do rei ou deus assentado. Segundo Crônicas 6.13 nos dá detalhes de uma plataforma de bronze (e diz: “depois ajoelhou-se”, conciliando esse texto com o v. 54 mais à frente). O altar do Senhor não foi mencionado na lista do trabalho de Hurão.

    A primeira seção da oração (v. 23-30) é uma declaração excelente acerca da transcendência de Deus, mesmo que haja um relacionamento de aliança com o seu povo, que liga novamente a aliança do Sinai com a de Davi. v. 23. não há Deus como tu (lembra Êx 15:11que guardas a tua aliança de amor (v. Êx 34:7; de hesed amor leal, verdadeiro com as promessas da aliança). Recapitula-se aqui novamente a aliança de Davi (v. 24-26) com a oração de que se confirme (v. 26). v. 27. Mas será possível que Deus habite na terra? mostra claramente que essa casa não é nenhuma tentativa de localizar ou limitar o Deus infinito. Antes, é o lugar do qual disseste que nele porias o teu nome (v. 29; conforme também 5.5 acerca do nome). Assim, o servo oferece a oração voltado para este lugar (v. 29,30,35,38,42,44,48) ou neste templo (conforme 31.33), e Javé ouvirá desde os céus, lugar da tua habitação (sebet, possivelmente lugar de entronização), v. 30. quando ouvires, dá-lhes o teu perdão', porque a oração seria normalmente um sinal de arrependimento ou reconhecimento humilde (v. 34,36,39,50), em busca de alívio em diversas condições, e que resultaria em reverência renovada (v. 40). Três outros casos são vislumbrados: (a) a necessidade de castigo, não perdão (v. 32; conforme Ex 22:713, em que há um exemplo disso), declara sem culpa o inocente (saddiq, melhor: “aquele que está no direito”) dando-lhe o que a sua inocência merece (a justiça do seu caso; v. 32); (b) o estrangeiro (v. 42; nokrí, não um estrangeiro residente, mas alguém atraído pela fama de Javé, como na visão de Is 2:2-23), que pode também compartilhar a reverência que Israel demonstra por Javé — em contraste marcante com a estreiteza posterior; (c) a guerra santa (v. 44) por onde quer que tu o enviares, em que a oração é: ouve dos céus a sua oração (v. 45). As calamidades (v. 33,35) são consideradas castigos, v. 33,34. derrotado [...] traze-o de volta pode ser uma referência aos que foram levados como prisioneiros (como os do Reino do Norte, levados em 722 a.G. ou por Senaqueribe em 701 a.C.). v. 35. não houver chuva-, a falta de chuva era um desastre fre-qüente, e a chuva escassa na Palestina tornava a falta ainda mais séria. v. 37. fome ou praga', o resultado da falta ou da poluição da água. gafanhotos'. uma praga à qual a Palestina e países vizinhos eram especialmente vulneráveis, visto que os gafanhotos se procriavam nos desertos próximos. J1 2 descreve de forma muito vívida uma dessas pragas. A lista é ampliada de forma interessante e simples para incluir qualquer praga ou epidemia, uma oração: supõe-se que tudo está sob o controle de Javé, de quem se diz: só tu conheces o coração do homem (v. 39). Até mesmo no distante cativeiro, o povo pode “cair em Sl” (v. 47; a VA traz “refletir sobre Sl mesmos”) como o filho pródigo (Lc 15:0,Dt 32:9). A última atribuição ó Soberano Senhor (mais correto do que “Senhor Iahweh” da BJ) reitera a supremacia do Deus de Israel.

    A bênção real (8:54-61)
    A atitude de humildade e reverência (v. 54) muda para uma de autoridade beneficente e comovente (v. 55). A fidelidade de Javé é tanto o objeto do louvor (v. 56) quanto a fonte para a vida obediente (v. 58) que vai servir como testemunho para as nações vizinhas (v. 60). v. 56. descanso a Israel, o seu povo, como havia prometido (v. Dt 12:10) e Não ficou sem cumprimento nem uma de todas as boas promessas (v. Js 21:45) refletem esse forte sentido histórico do propósito divino em desenvolvimento, e daí vem a bênção, v. 57. Que o Senhor, o nosso Deus, esteja conosco, assim como esteve com os nossos antepassados: a condição comportamental é tornada menos severa por meio da oração: E faça com que de coração nos voltemos para ele (v. 58), mas reaparece na exigência rigorosa: Mas vocês, tenham coração íntegro (v. 61), correspondendo a responsabilidade à declaração: não há Deus como tu (v. 23; conforme Êx 20:3).

    A linguagem e idéias da oração e das bênçãos são tão semelhantes às de Deuteronômio que alguns comentaristas consideram estas como acréscimos posteriores. Mas não é de forma alguma improvável que Salomão conhecesse a história nacional e as suas raízes mosaicas. Se ele disse tudo isso — e ele pode muito bem ter se sentido assim após ter visto “a glória” (v. 11) —, então Deus lhe deu uma real oportunidade de retornar à piedade e sabedoria humilde e desfazer a arrogância crescente de sete anos da construção de palácios.
    Sacrifícios finais e festas (8:62-66)
    A ênfase na comunidade (o rei e todos os israelitas, v. 62) é forte nesse texto. Embora as construções posteriores tornassem pequeno o templo, fazendo-o parecer uma capela do palácio do rei, a impressão aqui é que era o santuário de todo o povo de Israel feito em honra do verdadeiro Deus. As ofertas de comunhão (v. 64), também, simbolizavam comunhão com Javé e uns com os outros, v. 65. A festa era a festa das cabanas no ano novo (v. comentário Dt 8:2) e pode ter sido celebrada por povoados desde Lebo-Hamate (a 160 quilômetros ao norte da Galiléia) até o ribeiro do Egito, ou isso pode ser uma referência ao encontro universal em Jerusalém, durante sete dias\ de acordo com a LXX. O TM acrescenta: “e mais sete dias, catorze no total” (assim a ARA e a ARC). oitavo dia\ no final, todos estavam jubilosos e de coração alegre, um final adequado para essa celebração tão comovente. Ah, se somente tivesse continuado assim!

    A influência do templo — alternadamente objeto de negligência, devoção e falsas esperanças — é parte da história a seguir. Há um sentimento de desconforto que vem à superfície em Is 66:1 e At 7:48, e é interessante que a carta aos Hebreus faça analogias não com o templo, mas com o tabernáculo. Com a melhor das intenções, grande parte de simbolismo cananeu havia sido incorporado. A antiga adoração “baalizada” de Javé tinha no mínimo criado alguns lugares de apoio, como mostram as recaídas subseqüentes.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66

    I Reis 8


    5) A Dedicação do Templo. 1Rs 8:1-66.

    a) A Arca é Levada ao Templo. 1Rs 8:1-11.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 12 até o 61
    b) A dedicação (1Rs 8:12-11). É muito provável que tenhamos perante nós o princípio de uma composição poética cujo tema é a dedicação do templo e que teria sido preservada no livro dos Cantares (Septuaginta). Certa versão moderna, baseando-se na Septuaginta, dá-nos a seguinte adaptação:

    O Senhor colocou o Sol nos céus

    mas disse que habitaria em densas trevas.

    Eu te edifiquei uma alta morada,

    um lugar para tua eterna habitação.

    É-nos apresentado o contraste entre Jeová, que se esconde dos olhos dos homens, e a glória da Sua criação; o visível esplendor do templo contrastava também com a escuridão do santuário mais íntimo onde Jeová se sentaria, invisível e entronizado entre o Seu povo.

    >1Rs 8:14

    2. UM DISCURSO AO POVO (1Rs 8:14-11) A escolha de uma casa régia e de um lugar para o templo marcam o fim feliz de uma época de provação e de preparação que começara com o êxodo. É este o sentido geral do discurso de Salomão. Salomão não tem espiritualidade que lhe permita compreender toda a força de 2Sm 7:5 e segs. A perder o tabernáculo, o povo de Deus perde também algo de espiritual, algo de importância verdadeiramente vital.

    >1Rs 8:22

    3. A ORAÇÃO DE SALOMÃO (1Rs 8:22-11). Trata-se de uma oração por todos os homens, e para todos os tempos. Dividamo-la assim: pela família real (23-26); para que o tempo seja verdadeiramente a casa de Deus (27-32); para que Deus se compadeça do seu povo na tribulação, quando o inimigo o vencer (33-34); para que Deus ouça as súplicas do seu povo em tempos de seca (35-36); em todas as calamidades (37-40); para que Deus proteja e abençoe o prosélito (41-43); para que Deus auxilie o seu povo em tempos de guerra (44-45); para que seja com ele e o ouça no cativeiro (46-50); conclusão (51-53).

    >1Rs 8:23

    Beneficência (23; heb. hesedh); segundo certa versão, "amor firme e constante". Resedh é a espécie de conduta que se espera num concerto ou pacto; entre os homens será a lealdade; de Deus para o homem (ou deste para Deus, Dn 6:6), amor constante. Habitaria Deus na terra (27). Tanto na Septuaginta como em Crônicas se lê, provavelmente com justeza "habitaria Deus com os homens na terra?" Note-se como, no versículo 31 se põe em relevo a justiça. O juramento faz-se no caso de faltarem provas conclusivas (cfr. Lv 5:1; Nu 5:19 e segs.). Queima de searas (37); cfr. Gn 41:6. Pulgão (37); espécie de locusta ou gafanhoto (ver Os 1:4). Estrangeiro (41); por estrangeiro entende-se o prosélito. Para os vers. 51-53 consulte-se o comentário a 2Cr 6:40-14.

    >1Rs 8:54

    4. A BÊNÇÃO (1Rs 8:54-11). Os motivos prováveis que levaram à omissão desta passagem em Crônicas são tratados no comentário a 2Cr 7:1-14. Estando de joelhos... se levantou (54); cfr. vers. 22. Orava-se de pé e de joelhos; qualquer destas posições era considerada adequada. É possível que terminada a sua oração pública Salomão ajoelhasse para dirigir a sua súplica pessoal a Deus.


    Dicionário

    Abençoar

    verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.
    Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
    Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
    Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
    verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
    Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.

    Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1:22 e em Ef 1:3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6:23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

    bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.

    Abençoar V. BÊNÇÃO.

    Alta

    substantivo feminino Elevação de preços, de cotação de títulos: a alta da bolsa de valores.
    Ordem médica que dá por terminado um tratamento ou uma internação hospitalar: o doente recebeu alta e foi para casa.
    Volta ao serviço, principalmente de militar, depois de um período de afastamento por licença.
    Parte mais elevada de; por oposição à baixa: cidade alta.
    adjetivo De altura elevada; relacionado com altura: montanha alta.
    expressão Alta sociedade. Camada social mais rica de uma sociedade: pessoas da alta.
    Jogar na alta. Comprar títulos ou mercadorias na previsão de obter lucros com a revenda.
    Etimologia (origem da palavra alta). Feminino de alto, do latim altus.a.um.

    Congregação

    substantivo feminino Ação de congregar, de reunir em assembléia.
    Confraria formada por pessoas piedosas, sob invocação de um santo.
    Instituição religiosa.
    Assembléia de prelados incumbidos de examinar certos assuntos na Cúria Romana.
    Conjunto dos professores titulares de um estabelecimento de ensino.

    Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12:3, etc – Lv 4:13, etc. – Nm 1:2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes – exerciam direitos soberanos – e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9:18). outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65 – 2 Cr 7.8 – 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.

    Congregação
    1) Israel considerado como povo ou nação (Ex 12:3).

    2) O povo reunido, especialmente para fins religiosos (1Rs 8:14); (He 10:25,RC).

    Israel

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    Regar com o pé (Dt 11:10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp.com Pv 21:1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3:5), e além disso um sinal de luto (Ez 24:17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13:5).

    V. ALFABETO HEBRAICO 17.

    Pós

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    Voz

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 8: 55 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E pôs-se em pé, e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
    I Reis 8: 55 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H1288
    bârak
    בָרַךְ
    abençoar, ajoelhar
    (and blessed)
    Verbo
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H6951
    qâhâl
    קָהָל
    assembléia, companhia, congregação, convocação
    (a multitude)
    Substantivo
    H6963
    qôwl
    קֹול
    a voz
    (the voice)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בָרַךְ


    (H1288)
    bârak (baw-rak')

    01288 ברך barak

    uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

    1. abençoar, ajoelhar
      1. (Qal)
        1. ajoelhar
        2. abençoar
      2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
      3. (Piel) abençoar
      4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
      5. (Hifil) fazer ajoelhar
      6. (Hitpael) abençoar-se
    2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    קָהָל


    (H6951)
    qâhâl (kaw-hawl')

    06951 קהל qahal

    procedente de 6950; DITAT - 1991a; n. m.

    1. assembléia, companhia, congregação, convocação
      1. assembléia
        1. para mau conselho, guerra ou invasão, propósitos religiosos
      2. companhia (de exilados que retornavam)
      3. congregação
        1. como um corpo organizado

    קֹול


    (H6963)
    qôwl (kole)

    06963 קול qowl ou קל qol

    procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

    1. voz, som, ruído
      1. voz
      2. som (de instrumento)
    2. leveza, frivolidade

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo