Enciclopédia de II Reis 8:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 8: 10

Versão Versículo
ARA Eliseu lhe respondeu: Vai e dize-lhe: Certamente, sararás. Porém o Senhor me mostrou que ele morrerá.
ARC E Eliseu lhe disse: Vai, e dize-lhe: Certamente não sararás. Porque o Senhor me tem mostrado que certamente morrerá.
TB Respondeu-lhe Eliseu: Vai, dize-lhe: Hás de sarar; contudo, Jeová me mostrou que ele há de morrer.
HSB וַיֹּ֤אמֶר אֵלָיו֙ אֱלִישָׁ֔ע לֵ֥ךְ אֱמָר־ [לא] (ל֖וֹ) חָיֹ֣ה תִחְיֶ֑ה וְהִרְאַ֥נִי יְהוָ֖ה כִּֽי־ מ֥וֹת יָמֽוּת׃
BKJ E Eliseu disse-lhe: Vai e diz a ele: Tu podes certamente te recuperar; todavia o SENHOR tem me mostrado que ele certamente morrerá.
LTT E Eliseu lhe disse: Vai, e dize-lhe: 'Certamente sararás ①.' Porém, o SENHOR me tem mostrado que certamente ele será morto ②.
BJ2 Eliseu respondeu-lhe: "Vai dizer-lhe: "Podes ficar curado", mas Iahweh mostrou-me que certamente ele morrerá."[v]
VULG Constituit autem Nicanor, ut regi tributum, quod Romanis erat dandum, duo millia talentorum de captivitate Judæorum suppleret :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 8:10

Gênesis 2:17 mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Gênesis 41:39 Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu.
I Reis 22:15 E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe e serás próspero, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
II Reis 1:4 E, por isso, assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então, Elias partiu.
II Reis 1:16 E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás.
II Reis 8:13 E disse Hazael: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? E disse Eliseu: O Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria.
Jeremias 38:21 Mas, se tu não quiseres sair, esta é a palavra que me mostrou o Senhor.
Ezequiel 11:25 E falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me tinha mostrado.
Ezequiel 18:13 e emprestar com usura, e receber de mais, porventura viverá? Não viverá! Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.
Amós 3:7 Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Amós 7:1 O Senhor Jeová assim me fez ver: eis que ele formava gafanhotos no princípio do rebento da erva serôdia, e eis que era a erva serôdia depois da segada do rei.
Amós 7:4 Assim me mostrou o Senhor Jeová: eis que o Senhor Jeová clamava que queria contender por meio do fogo; e consumiu o grande abismo e também queria consumir a terra.
Amós 7:7 Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na sua mão.
Amós 8:1 O Senhor Jeová assim me fez ver: e eis aqui um cesto de frutos do verão.
Zacarias 1:20 E o Senhor me mostrou quatro ferreiros.
Apocalipse 22:1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

da doença.


 ②

violentamente.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS DE ISRAEL E DE JUDÁ

séculos IX e VIII a.C.

O termo "profeta" é derivado de uma palavra grega referente a alguém que "anuncia", e não "prenuncia". Já no século XVIII a.C., em Mari, na Síria, havia indivíduos anunciando mensagens dos deuses. No Antigo Testamento, o termo mais antigo "vidente" foi substituído posteriormente por "profeta", designação aplicada inclusive a Abraão, Moisés e Samuel.

ELIAS E ELISEU
O livro de Reis descreve as atividades de dois profetas do século IX a.C. Elias e seu sucessor, Eliseu. Durante o reinado de Acabe (873-853 a.C.), Elias anuncia uma seca como resposta divina ao pecado do povo. Passados três anos e meio sem chuva. Elias se encontra com 450 profetas de Baal, o deus da tempestade, no monte Carmelo e os desafia a fazer esse deus mandar fogo do céu. Os profetas de Baal são envergonhados, pois, a fim de mostrar que é o único Deus vivo e verdadeiro, o Senhor manda fogo do céu para consumir o sacrifício encharcado de água oferecido pelo seu profeta. Elias aproveita a ocasião e manda matar os profetas de Baal. Chuvas torrenciais põem fim à seca, mas Elias parece ser vencido pela depressão e foge para o deserto, onde pede para morrer. Restaurado pelo Senhor, Elias não teme confrontar Acabe por este haver confiscado a vinha de Nabote. Quando Elias é levado ao céu num redemoinho, Eliseu, seu sucessor ungido, herda seu manto e recebe uma porção dobrada do seu espírito. Vários milagres são atribuídos a Eliseu, inclusive a cura de Naamã, um comandante do exército arameu, que sofria de uma doença de pele grave." De acordo com o relato bíblico, Eliseu também ungiu a Jeú como rei de Israel e a Hazael como rei de Damasco. Em várias ocasiões, o profeta aparece na companhia de um grupo de discípulos.

OS PROFETAS ESCRITORES
Apesar de todas as suas atividades, não há registro das palavras de Elias e Eliseu além do relato encontrado nos livros de Reis. Porém, 22% do conteúdo do Antigo Testamento são constituídos de palavras de diversos profetas. Na Bíblia hebraica, quinze livros são dedicados a mensagens proféticas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e o Livro dos Doze (chamados, por vezes, de "Profetas Menores"). Na classificação da Bíblia cristã, o livro de Daniel é incluído entre os textos proféticos.

OSÉIAS
De acordo com a lista de reis em Oséias 1.1, esse profeta atuou na metade do século VIII a.C. Oséias atribuiu grande parte da decadência moral de Israel ao adultério spiritual dos israelitas com outros deuses. A situação de Israel é comparada com a de Gômer, a esposa adúltera de Oséias. Efraim, uma designação para os israelitas, buscou repetidamente a ajuda do Egito e da Assíria. Porém, Oséias insta o povo de Israel a voltar para Deus e evitar o julgamento vindouro: "Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos a Senhor; dizei- lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios" (Os 14:1-2).

JOEL
E difícil datar o livro de Joel, pois o profeta não faz referência a nenhum rei contemporâneo. Joel descreve a devastação provocada por pragas sucessivas de gafanhotos. Esse fenômeno pode ser observado no mundo moderno, havendo registros de nuvens de gafanhotos que cobriram regiões de até 370 km de uma só vez, numa densidade de mais de seiscentos mil insetos por hectare. Joel insta o povo a se arrepender. "Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei- vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos no SENHOR, VOSSO Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
Joel 2:12-13
O Senhor promete restauração: "Eu vos indenizarei pelos anos que os gafanhotos comeram os gafanhotos plenamente desenvolvidos, os que acabaram de nascer, os gafanhotos jovens e os que ainda não se desenvolveram de todo." JL 2:25; tradução do autor)

AMÓS
Amós era um boieiro de Tecoa (Khirbet Tequ'a), em Judá, que também cuidava de sicômoros, uma espécie de figueira.° Dotado de um senso de justiça social aguçado, dirigiu a maior parte das suas profecias à sociedade próspera, porém corrupta, de Israel durante o reinado de Jero- boão I (781-753 a.C.). Portanto, Amós foi contemporâneo de Oséias. Para Amós, o cerne de Israel estava corrompido e seria apenas uma questão de tempo até o povo ser exilado. "Gilgal, certamente, será levada cativa, e Betel será desfeita em nada" (Am 5:5b) e "Por isso, vos desterrarei para além de Damasco, diz o Senhor, cujo nome é Deus dos Exércitos". Ainda assim, ele também conclui sua profecia com uma promessa de esperança final.

Os ministérios de Elias e Eliseu
O profeta Elias e seu sucessor, Eliseu, exerceram seus ministérios no século IX a.C.Os números se referem aos lugares visitados (em sequência cronológica) por esses dos profetas influentes. Elias (círculos em vermelho)

Eliseu (círculos em amarelo)


Os ministérios de Elias e Eliseu
Os ministérios de Elias e Eliseu
cidades em que nasceram os profetas hebreus
cidades em que nasceram os profetas hebreus
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
9. Eliseu Ajuda a Sunamita Novamente (II Reis 8:1-6)

O relato desse incidente é um exemplo da falta de uma estrita ordem cronológica nesse material sobre Eliseu. A seca de sete anos provavelmente ocorreu quase na metade do reinado de Jorão, antes do profeta curar a lepra de Naamã (II Reis 5:1-27). A conversa de Geazi com o rei (4,5) mostra que o servo de Eliseu ainda não havia sido atacado pela doença.

Eliseu havia aconselhado a mulher sunamita (II Reis 4:8-37) a partir para outro país du-rante a seca. Seguindo esse conselho, ela foi para a Filístia e, lá, permaneceu durante sete anos. Ao retornar, encontrou dificuldade para estabelecer o seu devido direito à propriedade da terra. Geazi, servo de Eliseu, estava com Jorão em Samaria quando a mulher clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras (5). O conhecimento que existia entre ambos foi, sem dúvida, um fator que influiu na atitude do rei de lhe assegu-rar a reintegração de sua propriedade (6).

10. Eliseu Visita Damasco (8:7-15)

Aparentemente, devemos entender que a presença de Eliseu em Damasco se devia à obediência a uma ordem de Deus para "ungir" Hazael como rei da Síria (1 Rs 19.15). Essa determinação foi obedecida por Eliseu. A "unção" pode não ter sido necessaria-mente uma verdadeira cerimônia em que se derramou o óleo sobre Hazael, mas a de-signação de Hazael por Eliseu (no período 841-798 a.C.) como sucessor de Ben-Hadade. Em fontes não bíblicas, ele ficou conhecido como alguém que havia usurpado o trono de Damasco".

  1. A enfermidade de Ben-Hadade (8:7-9). O imenso presente que Ben-Hadade deu a Eliseu indica o grande respeito que o rei sírio nutria por ele. Mais importante ainda, o fato de pedir a opinião de um profeta do Senhor sugere que ele havia ficado bastante impressionado com o poder e a força do Deus de Israel com o passar dos anos. Não pode-mos afirmar com segurança se ele havia se convertido ao Senhor, mas pelo menos nessa ocasião ele dispensava a Deus uma certa consideração e negligenciava a divindade de sua cidade, Hadade (Baal). Teu filho (9) era a maneira do servo expressar a deferência de Ben-Hadade em relação a Eliseu.
  2. Eliseu confronta Hazael com seu futuro (8:10-15). Eliseu afirmou a Hazael, um oficial da corte de Ben-Hadade: o Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria (13). Suas palavras: Vai e dize-lhe: Certamente, não sararás (10) eram a forma de Eliseu mostrar a Hazael que ele conhecia os seus pensamentos e planos. O profeta sabia que ele mentiria ao rei, pois qualquer outro tipo de mensagem provavelmente colocaria Ben-Hadade de sobreaviso contra os atos que Hazael praticaria no dia seguinte (10,15). Eliseu também confrontou Hazael com a barbaridade cometida contra Israel, da qual ele seria responsável quando se tornasse o rei de Damasco. Ele, entretanto, rejeitou vigorosamente essa acusação: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? (13).

L. O REINADO DE JE0RÃ0 (R.S.) (848-841 a.C.), 8:16-24 (cf. 2 Cron 21:1-19)

O nome Jeorão (16) foi usado nas duas relações dos reis. Às vezes, ele aparece numa forma mais abreviada como Jorão (16; cf. II Reis 1:17), onde o divino elemento do nome foi eliminado — Jeho foi abreviado para Jo.

1. "Ele fez o mal" (8:17-19).

O mal de Jeorão, ao qual o historiador se refere, foi o de se dedicar ao culto idólatra dos canaaneus. Isso pode ser atribuído, parcialmente, à influência de Atalia, filha de Acabe, com quem Jeorão se casara. Foi através desse casamento que o culto de Acabe e Jezabel, a Baal e Aserá, transformou-se em uma grave ameaça ao povo de Judá. A razão de Deus permitir que esta tribo continuasse, apesar da desobediência de Jeorão, pode ser encontrada na promessa feita a Davi de que lhe daria para sempre uma lâmpada a seus filhos (19).

  1. A revolta de Edom (8:20-22).

Edom, e também os outros estados vassalos, sempre procuraram a oportunidade de se libertar do jugo de Judá. Essa guerra pode ter sido provocada pela incapacidade de Judá dominar Moabe completamente (3:25-27) e pela preocupação com as invasões assírias no oeste entre 850 e 841 a.C.". Zair, (21), de onde Jeorão realizou seu ataque noturno contra Edom, pode ter sido localizada na extremidade sul do mar Morto (cf. Zoar, Gn 13:10), ou na região nordeste de Hebrom (cf. Zior, Js 15:54, cerca de 8 quilômetros de Hebrom). Libna (22) estava localizada na fronteira entre a Filístia e Judá, e servia como uma cidade fortaleza que os filisteus conquistaram na época da revolta edomita (cf. 2 Cr 21.16,17). Ela pode ser identificada com Tell es-Safi na extremidade ocidental do vale de Elá, ou mais ao sul com Tell Bornat no Uádi Zeita51.

  1. Epílogo (8:23-24).

Os detalhes a respeito das terríveis doenças e da morte violenta de Jeorão foram omitidos pelo historiador (cf. 2 Cron 21:11-15,18,19).

M. O REINADO DE ACAZIAS (R.S.). (841 a.C.), 8:25-29 (cf. 2 Cron 22:1-6)

A mãe de Acazias, Atalia é identificada como filha de Onri (26; em hebraico, bat omri). Essa expressão também significa neta ou descendente do sexo feminino; o contex-to exige a tradução "neta".

  1. "Ele Fez o que era Mau" (8,27)

Novamente, a impiedade do rei foi participar e promover a religião de Acabe e Jezabel.

  1. Guerra contra a Síria por Ramote-Gileade (8.28,29)

Ramote-Gileade (28) continuava sob o controle da Síria devido às más sucedidas ten-tativas de Acabe e Josafá de conquistá-la (I Reis 22:29-36, em torno de 853 a.C.) ; porém, ela foi violentamente arrebatada dos sírios através dos esforços combinados de Jeorão (R.N.) eAcazias (R.S.), talvez no início do ano 841 a.C. O período de confusão e incerteza que se seguiu depois que Hazael se apossou do trono (veja os comentários sobre 8,15) havia criado um momento oportuno para um movimento contra Ramote-Gileade52. Contra Hazael (28,29) significa, provavelmente, contra o exército sírio, então sob a liderança de Hazael. O amigável relacio-namento entre os dois reis israelitas está refletido na visita de Acazias a Jezreel para ver Jorão, que se recuperava dos ferimentos sofridos na batalha de Ramote-Gileade.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
*

8:1

a fome. O escritor sacro não declarou quanto tempo havia passado entre os eventos do cap.4 e o presente incidente.

* 8:2

na terra dos filisteus. Isto é, na planície sudoeste, onde a chuva era bastante adequada para a agricultura.

* 8:3

a clamar. Em sua obrigação como supervisor do sistema judicial da nação, o rei ouvia causas especiais (1Rs 3:16, nota).

* 8:4

o rei. Seu nome não nos foi fornecido, mas se este rei era Jorão (1.17; 3.13), então é surpreendente que ele nada soubesse sobre as atividades de Eliseu. Ou este incidente teve lugar pouco tempo depois dos eventos narrados em 4:8-37 ou o rei aqui referido era Jeú (cap. 9).

Geazi. Ele era o auxiliar pessoal de Eliseu (4.12, nota; 5.27, nota).

* 8:7

Veio Eliseu a Damasco. Era incomum que profetas de Israel visitassem capitais estrangeiras. Mas Eliseu estava em uma missão incomum: implementar a primeira das três ordens que Deus havia dado a Elias, no monte Horebe (1Rs 19:15,16).

Ben-Hadade. Provavelmente Ben-Hadade II (6.24; 1Rs 20:1, nota).

* 8:8

Hazael. O Senhor tinha dito a Elias que ele deveria ungir Hazael como rei sobre a Síria, como parte do julgamento divino contra a casa de Acabe (1Rs 19:15).

* 8:9

de tudo que era bom de Damasco. A cidade de Damasco tinha uma reputação internacional como um centro de comércio do antigo Oriente Próximo.

Teu filho Ben-Hadade. Essa é uma indicação diplomática da alta consideração que Ben-Hadade tinha por Eliseu (6.21; 13.14).

* 8:12

deitarás fogo... rasgarás o ventre. Tais atrocidades eram comuns nas guerras antigas (Gn 34:29; Sl 137:9; Is 13:16; Os 10:14; 13:16; Am 1:13; Na 3.10). Eliseu, contudo, não aprovava tais atos; antes, ele os lamentava.

* 8:13

teu servo, este cão. Essa expressão de autodepreciação na presença de um superior ocorre em certo número de documentos extrabíblicos (cartas de Laquis e Tell-el-Amarna), do começo do século VI a.C., em Judá (ver também uma fórmula parecida em 1Sm 17:43; 24:14; 2Sm 3:8). Inscrições assírias referem-se a Hazael como "filho de ninguém", isto é, um cidadão comum.

* 8:15

tomou um cobertor. Hazael entendeu a profecia de Eliseu como licença para cometer assassinato, uma indicação da crueldade de Hazael.

* 8:16

Jeorão. Jeorão provavelmente, reinou juntamente com seu pai, Josafá, por cinco anos, antes de tornar-se monarca exclusivo de Judá (1.17; 1Rs 22:42). Este versículo assinala a morte de Josafá e o começo do governo independente de Jeorão (848 - 841 a.C.).

* 8:18

andou nos caminhos dos reis de Israel. Geralmente, os reis de Judá eram avaliados com referência a seus antecessores. Jeorão foi propositalmente contrastado com a "casa de Acabe", porquanto ele imitava suas políticas. Acabe introduziu e sancionou a adoração a Baal, no reino de Israel, no norte, e agora Jeorão fazia a mesma coisa em Judá.

a filha deste era sua mulher. As dinastias governantes do norte e do sul estavam agora ligadas por ideologia e por laços de sangue (v. 26; 2Cr 21:6). Atalia promoveu a adoração a Baal no sul, tal como sua mãe, Jezabel, tinha promovido a religião de Baal no norte (1Rs 16:31; 18:4; 19:2).

* 8:19

por amor de Davi, seu servo. Por causa do amor do Senhor para com Davi, Judá foi preservado em sua existência, tendo sido mantida acesa a lâmpada de Davi.

* 8:22

até ao dia de hoje. Ver a nota em 1Rs 8:8.

se rebelou também Libna. Libna era uma cidade que ficava próxima da fronteira com a Filístia, a cerca de 24 km a sudeste de Asdode.

* 8:23

Livro da História dos Reis de Judá. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 8:24

Acazias. Não deve ser confundido com seu tio por parte de mãe, o rei Acazias, de Israel (1Rs 22:40,512Rs 1:18).

* 8.25

No décimo-segundo ano de Jorão, filho de Acabe. Isto é, 841 a.C.

* 8:26

Atalia. Ver nota no v. 18.

* 8:27

Ele andou no caminho da casa de Acabe, e fez o que era mau. Tal como seu pai, Jeorão, Acazias imitou as políticas religiosas de Acabe, sancionando a adoração, em Judá, do deus cananeu, Baal (1Rs 16:31, nota).

* 8:28

Foi com Jorão, filho de Acabe... à peleja. Anteriormente, Josafá, rei de Judá, havia aliado-se a Acabe, rei de Israel, em uma campanha contra os sírios, em Ramote-Gileade (1Rs 22). Esta campanha, tal como a anterior, terminou em desastre (1Rs 22:32-37).

* 8:29

Então, voltou o rei Jorão para Jezreel. Nessa cidade havia uma residência real dos reis do norte (1Rs 18:45, nota). Também foi este o local do terrível crime de Acabe e Jezabel contra Nabote (1Rs 21).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
8.1-6 Esta história aparentemente aconteceu antes que os fatos registrados no capítulo 5, porque os sete anos de fome supostamente terminaram antes de que Giezi fora castigado com lepra. Isto mostra a preocupação a longo prazo do Elías por esta viúva e faz um contraste entre seu ministério público milagroso e seu ministério privado com sua família. A vida do Eliseu exemplifica a classe de interesse que devemos ter por outros.

8.12, 13 Quando Eliseu disse ao Hazael que este pecaria grandemente. Hazael protestou assegurando que jamais faria algo semelhante. Não reconheceu seu potencial pessoal para o mal. Em nossa sociedade ilustrada, é fácil pensar que estamos por cima do pecado grosseiro e que podemos controlar nossas ações. Pensamos que nunca cairemos tão baixo. Pelo contrário, devemos jogar uma olhada mais bíblica e realista, e admitir nosso potencial para o mal. Então, pediremos a Deus fortaleça para resistir tal maldade.

8.12-15 As palavras do Eliseu sobre o trato do Hazael para o Israel se cumpriram parcialmente em 10.32, 33. Aparentemente Hazael tinha conhecimento de que seria rei porque Elías o tinha ungido (1Rs 19:15). Mas foi impaciente e, em vez de esperar o tempo de Deus, tomou os assuntos em suas mãos, matando ao Ben-adad. Deus utilizou ao Ben-adad como um instrumento de julgamento contra os israelitas desobedientes.

8:18 O rei Josafat arrumou o matrimônio entre a Jora, seu filho, e Atalía, a filha dos malvados Acab e Jezabel. Atalía seguiu os caminhos idólatras do reino do norte trazendo a adoração do Baal ao Judá, e dando início à decadência do reino do sul. Quando Joram morreu, seu filho Ocozías chegou a ser rei. Logo, quando Ocozías foi morto em batalha, Atalía assassinou a todos seus netos, com exceção do Joás, e se fez a si mesmo reina (11.1-3). O matrimônio do Joram pôde ter tido uma vantagem política, mas espiritualmente implicou a morte.

8.20-22 Apesar de que Judá e Edom compartilhavam uma fronteira comum e tinham um antepassado comum (Isaque), as duas nações brigavam continuamente. Edom tinha sido um tributário do reino unido do Israel e logo do reino do sul do Judá dos dias do Davi (2Sm 8:13-14). Nesses momentos Edom se rebelou contra Joram e declarou sua independência. Joram partiu imediatamente para atacar Edom, mas falhou sua emboscada. portanto Joram perdeu algumas de suas fronteiras como castigo por não ter honrado a Deus.

8:26 Ocozías era o único filho que ficava do Joram do Judá. Apesar de que era o filho mais jovem, tomou o trono porque o resto de seus irmãos tinham sido levados em cativeiro quando os filisteus e os árabes os atacaram sorpresivamente (2Cr 21:16-17).

8.26, 27 A mãe do Ocozías era Atalía, filha do Acab e Jezabel (anteriores reis do Israel), neta do Omri (pai e antecessor do Acab). A maldade do Acab e do Jezabel se estendeu no Judá por meio da Atalía.

8:29 Jezreel era o lugar aonde se encontrava o palácio do verão dos reis do Israel.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29

Eu. Terra da sunamita (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
  • Eliseu protege a mulher sunamita (8:1-6)
  • O versículo 1 deveria dizer: "Eli-seu dissera...", isto é, o homem de Deus advertira a sunamita a respei-to da aproximação da fome sobre toda a terra sete anos antes; veja 4:38. Essa não é a fome, descrita no capítulo 6, que assolou a cidade de Samaria. O fato de Geazi estar conversando com o rei indica que esse evento deu-se antes da cura de Naamã (cap. 5). A mulher seguiu o conselho de Eliseu, abandonou sua propriedade e encontrou ajuda temporária na terra dos filisteus. No entanto, quando voltou para Israel, alguém confiscara sua proprieda-de. Imagine a surpresa dela quando encontrou Geazi conversando com o rei no exato momento em que vi-nha apresentar seu caso. Anos an-tes, Deus determinara que seu filho morrería e ressuscitaria (4:18-37), e que esse milagre possibilitaria que ela reouvesse sua propriedade. Tal-vez não entendamos o motivo para nossas provações atuais, mas cer-tamente elas operam para o nosso bem (Rm 8:28). Como é magnífico que os crentes tenham uma herança que não lhes pode ser tirada (1Pe 1:4; Ef 1:11,Ef 1:14).

  • Eliseu julga o rei (8:7-29)
  • Voltemos aos dias de Elias. O Senhor dissera ao profeta que ungisse Ha- zael como rei da Síria (1Rs 19:15). Elias ungiu Eliseu seu sucessor como profeta, e coube a Eliseu ver Hazael subir ao trono. A Palavra do Senhor cumpre-se, apesar das falhas dos crentes e dos planos dos descrentes.

    Ben-Hadade era inimigo de Is-rael: no entanto, ele se voltou para o homem de Deus em busca de aju-da quando sobreveio a crise. Exata-mente como fazem hoje as pessoas do mundo! Ele enviou um presente elaborado e caro para Eliseu, mas não há registro de que este tenha aceitado o presente. Se o aceitou, com certeza, usou-o para a escola de profetas. Observe a resposta críti-ca que Eliseu dá a Hazael: (1) "Vai e dize-lhe: Certamente, sararás" (grifos do autor); (2) "Porém o Senhor me [a Eliseu] mostrou que ele morrerá". No versículo 14, Hazael transmite a primeira afirmação ao rei de for-ma que sua recuperação parecesse certa. A segunda afirmação, Hazael cumpriu ao matar o rei (v. 15).

    Devemos estudar com atenção os versículos 11:13. Eliseu, após dar essa resposta estranha a Hazael, fitou o visitante por um longo tem-po. Na verdade, Eliseu lia o coração perverso de Hazael e viu que o visi-tante pretendia matar o rei. Hazael ficou tão perturbado com o com-portamento peculiar de Eliseu que se sentiu embaraçado; Eliseu, por sua vez, chorou. O visitante perver-so tentou encobrir os pecados de seu coração, mas Eliseu conhecia- os muito bem. "Sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel", disse Eliseu enquanto chorava e descre-veu os crimes terríveis que ele co-metería. Hazael ficou chocado com o anúncio; contudo ninguém deve-ria chocar-se com a perversidade do próprio coração, pois o coração é "desesperadamente corrupto". As palavras de despedida de Eliseu foram: "Tu hás de ser rei da Síria". Hazael, em vez de deixar que o Se-nhor executasse a tarefa, cuidou ele mesmo do assunto sufocando o rei doente na própria cama. Mais tarde, a história confirma que as palavras de Eliseu eram verdadeiras, pois Ha-zael foi culpado de feitos horríveis durante seu reinado; veja2Rs 10:32-12; 2Rs 13:3-12; 2Rs 13:22.

    Os versículos restantes desse capítulo atualizam-nos em relação a Israel e Judá. É provável que Jorão e Josafá tenham sido co-regentes durante a última parte do reinado de Josafá. É triste constatar que os reis dessas nações seguiram o mau exemplo de Jeroboão e Acabe.
    Nesses dias de decadência po-lítica e de pecado nacional, Deus usava Eliseu para chamar os cren-tes remanescentes à obediência ao Senhor. A nação inteira não seria salva, da mesma forma que hoje o mundo inteiro não será salvo. Deus chama as pessoas para si. Nossa res-ponsabilidade como crentes é ser verdadeiros com a Palavra e ganhar pessoas para Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
    8.1 Falou. Os verbos hebraicos não têm muita variedade nos tempos; por isso, deve ser traduzido "tinha falado", referindo-se, naturalmente, à época descrita no capítulo; 4. Pelo fato desta narrativa mencionar Geazi, deve ser anterior ao episódio mencionado em 5.27. A história bíblica está mais na ordem dos ensinamentos morais do que na ordem cronológica.

    8.2 Essa mulher possuía bens (4:8-10), tinha família (4.13), e, provavelmente, estava em condições de viajar para fugir aos anos de fome em sua terra e procurar um país estranho, a Filístia (conforme Gn 12:10).

    8.7 Ben-Hadade. Já houvera um Ben-Hadade em Damasco, no ano 900 a.C. Ben-Hadade ll começou a reinar c. 873 a.C. e reinou até o ano 843, ano em que Hazael começara a reinar (15).

    8.9 Quarenta camelos. Essa caravana teria a capacidade de carregar até dez toneladas de mercadorias. Mas, talvez, uma boa parte da mesma fora mandada para formar uma comitiva impressionante, Gn 32:13-18.

    8.10 Dize-lhe. "Lhe" em hebraico é. "Lo" e "Não" também é "Lo", com uma pequena consoante muda depois do "o". Originalmente se lia: "Dize - não sararás certamente", e os rabinos de milhares de anos atrás alteraram o pormenor, para mostrar que o profeta sabia que o rei haveria de sarar, mas também que ele haveria de ser assassinado.

    8.13 Rei do Síria. Eliseu está cumprindo parte da tarefa dada a Elias no monte Horebe (1Rs 19:15). Elias, ao ungir Eliseu (1Rs 19:16, 1Rs 19:19-11).

    8.15 A ordenança divina que fez a Hazael, rei da Síria, não significava que ele era livre para usar métodos criminosos para apressar sua própria coroação. Veja a nota 1Rs 16:7.

    8.23 História dos Reis. Os arquivos reais, uma das fontes de informação para este relatório, e para 2Cr 21:1-14, que dá mais alguns pormenores sobre o rei Jeorão.

    8.25 Acazias. Reinou no ano 842 a.C., o ano da morte do seu pai Jeorão; antes de completar esse ano no trono caiu vitima de Jeú (9.27). Não se deve confundir com o rei Acazias de Israel, que reinou durante parte dos anos 853:852 a.C., e que morreu em conseqüência de uma queda e agravada pela sua atitude de infidelidade a Deus (1.2, 16).

    8.26 Atalia. Era uma neta de Onri. Na maneira hebraica, de pensar e falar, nem sempre se distingue entre "filho" e "neto" (conforme 9.14 1Rs 19:16). Filha de um casal maldito (Acabe e Jezabel), herdou a malignidade de seus pais (11.1).

    8.29 Jezreel. Acabe tinha feito uma espécie de segunda capital nesta cidade (1 Rs 18.45n). Ficava nas montanhas e funcionava como uma estância climática para a família real. Acazias estava presente como sobrinho do rei Jorão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 29
    A história da sunamita é retomada

    (8:1-6)

    O incidente segue 4:11-37, e a fome pode ser datada do final do reinado de Jorão. O anúncio é particular para a mulher, e não um desafio público a Baal como em lRs 17.1. H. L. Ellison sugere que uma mulher com tanta influência e riqueza teria sobrevivido à fome como qualquer outra pessoa, e a verdadeira razão por trás da advertência para fugir teria sido o conhecimento prévio de que Eliseu tinha do banho de sangue que seria promovido por Jeú. Suném ficava perto de Jezreel, e poucos cidadãos da elite teriam possibilidade de sobreviver, v. 3. fez um apelo ao rei para readquirir sua casa e sua propriedade que, aparentemente, haviam sido confiscadas. Parece que ela era viúva e estava pedindo em seu próprio nome. v. 4. O rei (provavelmente Jeú) estava conversando com Geazi e ouvindo as histórias de Eliseu, que a essa altura já era uma lenda nacional. Nesse momento oportuno, a própria mãe chegou para apresentar sua petição, e Geazi a reconheceu: Esta é a mulher — e assim o seu pedido foi atendido de forma muito generosa (v. 6). Uma datação alternativa do texto depois da morte de Eliseu (como, e.g., Gray) cria dificuldades de identificação do rei, da fome e da datação do incidente anterior.

    O golpe de Hazael é anunciado (8:7-15)
    v. 7. Eliseu foi a Damasco, onde evidentemente ele era conhecido e aceito, e talvez nesse momento estivesse procurando refúgio para escapar de Jorão. O presente mostra que Ben-Hadade não havia intimado Eliseu, mas estava tirando vantagem de uma visita inesperada. v. 9. carregado por quarenta camelos: uma hipérbole que demonstrava a honra de que Eliseu era digno em Damasco. A resposta de Eliseu (v. 10) sofreu na transmissão do texto. O TM traz “Vá e diga: Tu não {lõ’) te recuperarás”, mas a NVI traz Vá e diga-lhe [lõ, a ele]: “Com certeza te recuperarás” e tem o apoio de diversos manuscritos hebraicos e de muitas versões. O TM representa, assim, uma tentativa antiga de evitar uma mentira proferida pelo profeta. E mais provável que a percepção do profeta tenha se alargado com o hesitante no entanto..., e, enquanto Eliseu ficou olhando fixamente para Hazael e tentou decifrar o caráter de Hazael, percebeu que, embora a doença do rei não fosse fatal, estava diante de um ambicioso assassino. Então Eliseu chorou pelo seu povo, talvez lembrando-se da palavra de lRs 19.15 e das coisas terríveis que vocêfará aos israelitas (v. 12) — as barbaridades pelas quais mais tarde Amós invocou o castigo sobre a Síria (Am 1:3-5). A NVI e a RSV (ao contrário da VA) trazem corretamente a resposta de Hazael: teu servo, que não passa de um cão, não seria capaz de exercer influência para realizar algo assim (v. 13). Uma inscrição assíria se refere a Hazael como um “filho de ninguém” (VA: “O teu servo é um cão...?” sugere que Hazael está indignado diante do insulto ao seu caráter). Eliseu então repete o seu novo e terrível conhecimento: O Senhor me mostrou que você se tornará rei da Síria, sem especificamente chamar Hazael de assassino. Hazael não conseguiu esperar por nenhum outro método de cumprimento, a não ser ele mesmo matar de forma traiçoeira o rei. O cobertor (heb. makbêr, usado somente aqui) é controvertido. Gray interpreta o termo como uma “rede (como um mosquiteiro) que uma pessoa pegou, molhou e colocou diante de sua face” e observou que o rei havia morrido. O sujeito de apanhou é indefinido, mas Hazael é o que melhor se encaixa na descrição, e é razoável aceitar makbêr (da raiz kãbar, “torcer”) como referência aos lençóis da cama (kebir é traduzido por “travesseiro” em 1Sm 19:13 na RSV).

    Jeorão reina em Judá (8:16-24 e conforme 1.17)
    E desconcertante que dois reis de nomes tão parecidos (iguais em heb.) estejam reinando simultaneamente em Israel e Judá durante aproximadamente três anos. Eles também seguiram políticas semelhantes, pois Jeorão se casou com uma filha de Acabe (v. 18), o casamento político desastroso que o bom Josafá infelizmente permitiu. Atalia é chamada aqui de filha de Acabe, e a NVI, no v. 26, traz “neta de Onri” (o TM traz “filha de Onri”, que pode ter o significado idiomático de descendente feminino, embora a BJ traga “irmã de Acab” na nota de rodapé do v. 18, supostamente como uma harmonização alternativa). Infelizmente a má influência de Jezabel por meio de Atalia não parou em Jeorão fazendo o que o Senhor reprova (v. 11.1). Mais uma vez, a dinastia é salva por amor ao seu servo Davi (v. 19), embora os edomitas tenham se rebelado (v. 20) depois de uma façanha que quase custou a vida a Jeorão como também à sua província. O texto do v. 21 é confuso, mas parece que Jeorão e os seus carros romperam o cerco edomita, deixando que o resto do exército fugisse da forma que conseguisse.

    Acazias reina em Judá (8:25-29)
    v. 24. Acazias, filho de Jeorão (único sobrevivente de acordo com 2Cr 22:1) tornou-se rei. O seu breve reinado é lembrado basicamente em virtude de sua subserviência aos caminhos da família de Acabe, sob a influência terrível da sua mãe Atalia. A sua causa comum com Jorão, filho de Acabe, além dos laços familiares, foi ditada pelo interesse de Judá em conter a expansão síria para além de Ra-mote-Gileade (v. 28). A convalescença de Jorão em Jezreel tornou-se a ocasião para mais uma visita de Acazias (v.
    - 29b) e a sujeição ao expurgo de Jeú (9.27).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 4 do versículo 1 até o 15


    9) O Ministério Profético de Eliseu. 4:1 - 8:15.

    O ministério profético de Eliseu tinha a intenção de mostrar que não há necessidade pessoal ou nacional que Deus não possa suprir, que todos os acontecimentos são controlados por Ele e que Ele cuida do Seu povo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 8 do versículo 7 até o 15
    k) Eliseu e Hazael (2Rs 8:7-12.

    Dicionário

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Dize

    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Eliseu

    adjetivo Nome Hebraico - Significado: Deus é a sua salvação.

    adjetivo Nome Hebraico - Significado: Deus é a sua salvação.

    Deus é Salvação. Eliseu, filho de Safate, foi discípulo e sucessor de Elias. o profeta Elias, a quem Deus tinha mandado que ungisse Eliseu como profeta, foi para este fim a Abel-Meolá, onde encontrou Eliseu, ocupado em lavrar a terra com doze juntas de bois, e lançando o seu manto sobre ele, abruptamente passou adiante (1 Rs 19. 19). Correu Eliseu após ele, e pediu-lhe fosse permitido despedir-se da sua família – recebendo uma resposta enigmática, matou logo uma junta de bois, cozeu a carne com a madeira do arado, e fez uma festa de despedida a que assistiram os seus vizinhos. Depois disto, foi coadjuvar Elias, a quem serviu até ser este trasladado da terra – nessa ocasião apanhou Eliseu o manto caído, sendo-lhe dada, em conformidade ao seu pedido, dobrada porção do espírito de Elias, sinal de que havia de ser o seu herdeiro e sucessor (2 Rs 2). Após o desaparecimento de Elias, mostrou Eliseu ter sido favorecido com os dons de profeta, separando as águas do rio Jordão por meio do manto do ser mestre (2 Rs 2.14). os ‘discípulos dos profetas’ publicamente o reconheceram como sucessor de Elias. Logo depois deste fato, deu-se o segundo e o terceiro dos seus milagres, que foram a dulcificação das águas de Jericó (2 Rs 2.19 a 22), e o aparecimento de ursos, que despedaçaram rapazes escarnecedores (2 Rs 2.23,24). Quando o rei de Moabe, que havia pagado tributo desde o tempo de Davi, se revoltou contra o rei de israel, marchou este e os seus aliados, os reis de Judá e de Edom, para o deserto, na esperança de surpreender o rei de Moabe – mas a falta de água os fez sofrer muito. A pedido de Josafá, profetizou Eliseu um notável livramento (2 Rs 3.1 a 25), que foi maravilhosamente realizado. Não está muito claramente indicada a cronologia da vida de Eliseu – mas como ele morreu no reinado de Jeoás (2 Rs 13.14), deve o seu ministério ter-se exercido durante os reinados de Jeorão, Jeú, Jeoacaz, e Jeoás, pelo espaço de quase cinqüenta e sete anos. A mais profunda lição deste longo ministério não foi tanto a pregação do poder do Senhor, como fazer ver o cuidado, a providência e o auxílio do Senhor, que sempre se tornam visíveis para com os Seus servos e o Seu povo. Vê-se isto no caso da viúva, cujo marido tinha vivido no temor do Senhor (2 Rs 4.1 a 7). Em virtude de ter ficado pobre esta viúva, o credor tomou conta dos seus dois filhos, para serem seus servos. E, fazendo isto, estava dentro de lei (Lv 25:39), mas semelhante ação não se podia justificar pela sua dureza. Então Eliseu, o profeta do Deus de infinita misericórdia, não pôde resistir ao apelo que lhe foi feito, prestando auxilio à pobre mulher. Aconteceu também que, vindo Eliseu várias vezes do monte Carmelo, costumava ficar em Suném, hospedando-se em casa de uma piedosa família israelita (*veja Suném). A mulher sunamita não tinha filhos, o que era considerado como grande desgraça entre as mulheres judias – mas um dia o profeta assegurou-lhe que Deus a livraria dessa esterilidade (2 Rs 4.8 a 17). Na verdade, essa mulher teve um filho, que, passados alguns anos, morreu, devido a um ataque de insolação. Deitando ela o corpo do seu filho na cama do profeta, partiu logo, montada numa jumenta, em procura de Eliseu, que orou ao Senhor, e pôde fazer voltar à vida o rapazinho (2 Rs 4.26 a 3 7). (*veja Sunamita.) Algum tempo depois do acontecimento narrado, numa ocasião de grande fome, estava Eliseu em Gilgal, ensinando os discípulos dos profetas e animando-os com a sua presença durante o tempo em que aquele flagelo angustiava o povo. Tendo sido lançada na panela uma planta venenosa, o profeta tornou a refeição inofensiva, misturando-lhe farinha (2 Rs 4.38 a 41). (*veja Gilgal.) Pertence a este mesmo período o milagre dos vinte pães e algumas espigas de trigo. o outro milagre que Eliseu operou é descrito no cap. 5 do segundo livro dos Reis, de modo notável. As tropas da Síria, numa das suas incursões, tinham levado consigo uma menina que foi servir em casa de Naamã, homem de grande autoridade, porém leproso. (*veja Lepra.) Veio Naamã ao reino de israel e apresentou-se, por indicações da menina judia, em casa do profeta Eliseu. E Naamã foi curado. o fato do machado, que, tendo caído na água, é recuperado, mostra a poderosa influência de Eliseu. Tinham ido os discípulos dos profetas receber de Eliseu a necessária instrução – mas, como o seu número já era demasiadamente grande, pediram ao profeta que lhes permitisse construir uma casa própria nas margens do rio Jordão, onde havia madeira em abundância. Nessa ocasião se deu o caso do machado, que caiu no rio (2 Rs 6.1 a l). Em outra ocasião, não sabemos quando, porque os acontecimentos descritos nestes capítulos não estão na sua ordem cronológica, pôde Eliseu avisar o rei acerca de diversas conspirações, pelas quais o rei da Síria esperava apoderar-se da pessoa do rei. Não podia o monarca sírio explicar o ter Jeorão descoberto os seus planos, em tão grande segredo preparados, até que lhe foi sugerido que o taumaturgo profeta podia ter revelado tudo. Sabendo então onde se achava Eliseu, mandou soldados a Dotã, para que o prendessem. Mas este orou para que todo o exército de Ben-Hadade fosse ferido de cegueira. Foi ouvida a sua oração, e em cegueira foram conduzidos os soldados até entrarem os muros de Samaria. Todavia, não permitiu Eliseu que o rei de israel massacrasse o exército, que daquela maneira tinha caído no laço, manifestando assim o profeta quanto era humanitária a sua alma. Mostrou também ao rei sírio a futilidade de suas tentativas, nas contendas contra o Deus de israel (2 Rs 6.19 a 23). E Ben-Hadade abandonou, com efeito, as suas incursões de salteador, mas foi preparando um exército regular, e veio cercar Samaria, numa ocasião em que Eliseu e o rei de israel ali estavam. A cidade viu-se em terríveis dificuldades por falta de alimento, e a fome era tão grande que um ato de canibalismo chegou ao conhecimento do rei. Extraordinariamente angustiado por este fato, o rei Jeorão acusou Eliseu de ser a causa de todas as suas infelicidades, e mandou matá-lo. Avisado o profeta do que estava acontecendo, e sabendo, também, das intenções do r

    No meio do século nono a.C., o reino de Israel foi assolado pela apostasia religiosa. A casa real, representada pelo rei Acabe e sua esposa sidônia Jezabel (1Rs 16:292Rs 10:17), promovia a religião de Canaã, cultuando a Baal, e não hesitava em desarraigar a verdade por meio da força. A queixa de Elias (1Rs 19:10-14) é um bom resumo da situação: a apostasia nacional (“os filhos de Israel deixaram a tua aliança”), a perseguição religiosa (“derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada”) e a determinação de destruir o culto de Yahweh (“só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também”).

    Nesta situação, Elias e Eliseu (Heb. “meu Deus salva”) encabeçaram “a revolta profética” e, quer soubessem disso quer não, originaram a linhagem de grandes profetas que vieram depois deles. Por esta razão, o ministério dos dois foi marcado por notáveis obras sobrenaturais. A Bíblia é bem frugal naquilo que chamamos “milagres”. Eles não estão espalhados por todos os lugares das Escrituras: realmente, em sua maior parte a Bíblia concentra-se na providência ordinária de Deus, mais do que nas manifestações especiais ou espetaculares que proclamam sua presença. Grupos de tais eventos, entretanto, sempre marcam novos começos — Moisés, Samuel, Elias e Eliseu, o Senhor Jesus e os apóstolos. Ao operar de forma inquestionável, o Senhor assim sela e sinaliza a natureza especial e única dos tempos e de seus participantes. Isso nos ajuda a ver Eliseu, assim como Elias, como um dos notáveis homens de Deus.

    O manto de Elias

    As duas primeiras histórias relacionadas com Eliseu (1Rs 19:15-21; 2Rs 2:1-17), seu chamado e sua exaltação como profeta do Senhor depois da ascensão de Elias, estão ligadas pelas referências à capa do seu antecessor (1Rs 19:19-2Rs 2:13-15).

    Três nomes figuram no comissionamento de Eliseu (1Rs 19:15-18). Concernente à apostasia nacional, sobre a qual Elias tinha-se lamentado, o instrumento do juízo de Deus (Dt 28:33) seria Hazael (2Rs 8:10-13; 2Rs 10:32; 2Rs 12:17-18; 2Rs 13:3-24). A vingança contra a casa real — pela destruição dos altares e pela morte dos profetas do Senhor — seria operada por meio de Jeú (2Rs 9:10); o ministério profético não terminaria com Elias: Eliseu iria sucedê-lo, juntamente com os 7:000 remanescentes garantidos pelo Senhor. Dessa maneira o substituto de Elias entrou em cena com um papel muito significativo: era o início de uma sucessão profética cujo ministério separaria e sustentaria o remanescente fiel do povo de Deus. A escolha de Eliseu foi uma expressão da soberania do Senhor (1Rs 19:16), mas exigia uma resposta pessoal. Envolvia sacrifício, pois Eliseu pertencia a uma família rica e amorosa, na qual tinha liberdade para fazer o que desejasse (1Rs 19:19-21); mas o senso do chamado era muito forte. A capa peculiar do profeta (1Rs 19:19-2Rs 1:8; Zc 13:4) o envolveu, separando-o para a função profética, e ele abandonou a posição social e os privilégios, para tornar-se “servo” do homem mais velho (1Rs 19:21).

    Na época de II Reis 2, Eliseu já tinha conhecimento de Deus e estatura pessoal suficiente para recusar as ordens de Elias (2Rs 2:2-6), quando o profeta — acostumado à vida solitária — desejava encontrar-se com o Senhor sozinho. A história então se concentra no pedido de Eliseu (2Rs 2:9) e como foi atendido (vv. 13-15). Ao pedir uma “porção dobrada” do espírito de Elias, não desejava ser “duas vezes mais” do que Elias! Esta quantidade era o que recebia o filho primogênito na partilha dos bens (Dt 21:17), e o desejo de Eliseu era ser reconhecido e equipado como o sucessor escolhido por Elias. Numa palavra, sua pronta decisão de acompanhar o profeta (1Rs 19:21) não foi “um fogo de palha”. Seguir Elias tornara-se sua prioridade de longo prazo. Deus honrou seu desejo: a capa derrubada pelo profeta que partia caiu sobre o que surgia e Eliseu atravessou novamente o rio Jordão, de volta à Terra Prometida, com a porção dobrada de Elias reconhecidamente sobre si (2Rs 2:15). Sua autoridade, entretanto, não era baseada no autoritarismo, nem sua liderança simplesmente baseada na tomada de decisões. Em sua imaturidade, o grupo de profetas queria procurar por Elias e, embora Eliseu soubesse que seria tolice e perda de tempo, não reprimiu aquilo que, afinal, era o produto de uma preocupação amorosa (v. 17); quando voltaram, não transformou aquilo num assunto mais grave (v. 18). Esse espírito amável, gentil e ameno sempre foi a característica de Eliseu.

    A espada de Eliseu

    A associação de Eliseu com Hazael e com Jeú obviamente colocou uma espada de juízo em sua mão, e podemos ver o brilho dela no decorrer de seu ministério. Esta arma, entretanto, às vezes tem outra utilidade: é com o toque dela que um monarca transforma um de seus súditos num nobre, e a espada de Eliseu foi utilizada de forma similar — exaltar o pobre e o necessitado para uma vida melhor.

    As primeiras duas histórias sobre Eliseu mostram esses usos contrastantes da espada: uma maldição removida (2Rs 2:19-22) e uma proferida (2Rs 2:23-25). Ambas registram como ele era reconhecido publicamente como profeta do Senhor, nos dois lados de seu ministério-espada: restaurando e condenando.

    Jericó foi o primeiro obstáculo de Israel na possessão de Canaã e, como tal, foi colocada sob uma maldição por Josué (Js 6:26). Não é interessante que justamente nos dias do rei Acabe um homem chamado Hiel achasse que podia ignorar a maldição, apenas para descobrir (1Rs 16:34) que precisava pagar um horrível preço? A maldição, porém, prevaleceu também contra os que viviam no lugar amaldiçoado: literalmente, “as águas são más, e a terra é estéril” (2Rs 2:19) — um manancial de água suspeito que espalhava infecção mortal. Eliseu atravessara o Jordão no mesmo local que Josué o fizera e, como ele, propusera um novo começo em Canaã. Chegara o tempo de indicar o favor de Deus em prol da bênção. A “tigela nova” (2Rs 2:20) indicava que algo estava para acontecer; o “sal” (embora as Escrituras não expliquem a razão) era o símbolo da aliança eterna do Senhor (Lv 2:13; Nm 18:19-2Cr 13:5). Simbolicamente, esse ato reverteu a maldição e trouxe a cidade e seus moradores para as novas bênçãos do pacto, embora o poder não estivesse no ritual ou na mágica, mas na palavra do Senhor proferida por Eliseu (2Rs 2:22).

    Betel (1Rs 12:28-33) estava no centro da religião herética de Israel. Ir até lá exigiu grande determinação por parte de Eliseu, mas, se ele desejava exercer um ministério sem restrições, seria essencial que desde o princípio estabelecesse domínio onde fosse necessário. Semelhantemente, seria estratégico que os sacerdotes de Betel recebessem o primeiro golpe, agora que Elias havia saído de cena e um novo homem, que não fora ainda testado, estava no comando. Assim, quando Eliseu chegou, arranjaram-lhe um “comitê de recepção” de “rapazinhos” — não crianças pequenas, mas, de acordo com o contexto, “rapazinhos estúpidos” (2Rs 2:23-24). O significado da zombaria (e sua gravidade) não é bem claro. O certo é que a cabeça de Eliseu deveria estar coberta, de forma que, se ele fosse realmente calvo, isso não poderia ser visto. Pode ser que ele usasse os longos cabelos de um nazireu (Nm 6:5) e os garotos na verdade zombassem de sua consagração. De qualquer maneira, a situação era de confronto e o futuro de seu ministério dependia do seu desfecho. Lutar ou fugir de qualquer maneira significaria perder o dia; entretanto, existe um grande Deus que fica ao lado dos seus servos quando estão acuados; o Senhor ouviu a zombaria, que para Ele pareceu muito grave. A vitória foi de Deus e II Reis 2:25 mostra a completa liberdade que Eliseu teve para viajar por toda a terra em seu ministério.

    Bondade e severidade

    O padrão das histórias restantes de Eliseu mostra a dimensão de seu ministério em graça e poder:

    A1 II Reis 3:11-20 (os monarcas): Os reis de Israel denunciados (v. 13). Água da vida.

    Predita a derrota de Moabe (v.18). A ira de Deus contra Israel (v. 27).

    B1 II Reis 4:1-7, 8-37 (o povo): A viúva pobre (vv. 1-7) e a senhora rica (vv. 8-37). O filho da sunamita ressuscitado (vv. 32-37).

    C1 II Reis 4:38-41,42-44 (os profetas e os outros): Tirado o veneno da comida (vv. 38-41). Multiplicação dos pães (vv. 42-44).

    D II Reis 5:1-27 (Naamã e Geazi): a remoção da impureza contraída (vv. 14,27).

    C2 II Reis 6:1-7,8-23; 6:24—7:20 (os profetas e outros): A perda recuperada (6:1-8). Multiplicação dos pães (6:23; 7:18).

    B2 II Reis 8:1-6, 7-14 (o povo e os reis): A terra da sunamita restaurada.

    A de Israel, perdida.

    A2 II Reis 9:1-13; eis 13:14-19,20,21 (os monarcas): os reis de Israel destruídos.

    A derrota da Síria predita. Eliseu, doador de vida.

    As pessoas colocadas entre parênteses indicam o alcance do interesse de Eliseu. Ele podia intervir e influenciar o curso da história, pois seu ministério levou-o diante dos soberanos. Na verdade, também ungiu alguns reis — embora devamos notar cuidadosamente em II Reis 9:1-10 a diferença entre o que Eliseu mandou o jovem dizer (v. 1) e o que ele insensatamente acrescentou para satisfazer sua suposição pessoal de que possuía o dom profético (vv. 6-10)! Uma mais maiores qualidades do ministério de Eliseu, contudo, era que sabia ser condescendente com as pessoas comuns com amor e poder (B1, 2), cuidava de seus subordinados (C
    1) e identificava-se com seus desejos (C2). Eliseu representava uma mistura balanceada da “bondade e severidade de Deus” (Rm 11:22): por um lado, ao sustentar os indignos (2Rs 3:17), suprir as necessidades do pobre ((4:1-7), alimentar o faminto (4:38s), preocupar-se com uma ferramenta perdida (6:1s), chorar diante do sofrimento (8:11s), restaurar uma criança (4:8-37) e a terra (8:
    - 1s) e usar o poder dado pelo Senhor, para promover o bem-estar do povo de Deus (6:8s); por outro lado, severo em suas denúncias (3:13s; 2:23-25), resoluto na promoção dos justos juízos de Deus (9:1,2) e na destruição dos inimigos de seu povo (13:14s). A peça central de toda a apresentação — conforme destacado acima, a história de Naamã e Geazi — é um perfeito resumo da vida deste grande homem, sobre quem a “porção dobrada” de Elias veio tão abundantemente.

    Quando Naamã obedeceu à ordem de Deus em toda a sua simplicidade, ao subjugar seu orgulho diante da revelação divina e submeter suas necessidades à provisão divina, foi abençoado (2Rs 5:1-19). Quando Geazi, entretanto, ao cobiçar privilégios (2Rs 5:20) e contradizer a mente de Deus conforme revelada na atitude de Eliseu (vv. 16,20), corrompeu a doutrina da graça imerecida expressa na recusa do profeta de receber recompensas, mudou a verdade do Senhor numa mentira (vv. 21,22), dissimulou (v. 25) e viu o ministério da graça de Deus como um meio de obter lucro pessoal (v. 26), contraiu a contaminação do mundo com o qual tinha-se identificado (v. 27). Nas mãos de Eliseu, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (Ef 6:17), tanto enobrecia como destruía, trazendo vida aos obedientes e morte aos desobedientes.

    J.A.M.


    Eliseu [Deus É Salvação] - Profeta UNGIDO para continuar o trabalho de Elias (1Rs 19:16-21). Realizou vários milagres em seu longo ministério (2Ki 2—13).

    Morrer

    verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
    Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
    Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
    Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
    Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
    Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Sarar

    Conhecido como “ararita”, foi pai de Aião, contado entre os “trinta” guerreiros valentes de Davi e um homem “poderoso” na batalha (2Sm 23:33). Seu nome é traduzido como “Sacar”, em I Crônicas 11:35.


    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Restaurar a saúde física/mental de; curar ou curar-se: sarar um paciente do câncer; após tomar todas as precauções, sarou-se rapidamente.
    verbo intransitivo Ocasionar o fechamento de; cicatrizar ou cicatrizar-se: o furúnculo sarou.
    verbo transitivo direto Figurado Excluir as imperfeições de; reparar: sarar a péssima conduta do filho.
    Etimologia (origem da palavra sarar). Do latim sanare.

    firme

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Vai

    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 8: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Eliseu lhe disse: Vai, e dize-lhe: 'Certamente sararás ①.' Porém, o SENHOR me tem mostrado que certamente ele será morto ②.
    II Reis 8: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    847 a.C.
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H2421
    châyâh
    חָיָה
    viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para
    (And lived)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H477
    ʼĔlîyshâʻ
    אֱלִישָׁע
    ()
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo


    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    חָיָה


    (H2421)
    châyâh (khaw-yaw')

    02421 חיה chayah

    uma raiz primitiva [veja 2331]; DITAT - 644; v

    1. viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para sempre, reviver, estar vivo, ter a vida ou a saúde recuperada
      1. (Qal)
        1. viver
          1. ter vida
          2. continuar vivo, permanecer vivo
          3. manter a vida, viver em ou a partir de
          4. viver (prosperamente)
        2. reviver, ser reanimado
          1. referindo-se à doença
          2. referindo-se ao desencorajamento
          3. referindo-se à fraqueza
          4. referindo-se à morte
      2. (Piel)
        1. preservar vivo, deixar viver
        2. dar vida
        3. reanimar, reavivar, revigorar
          1. restaurar à vida
          2. fazer crescer
          3. restaurar
          4. reviver
      3. (Hifil)
        1. preservar vivo, deixar viver
        2. reanimar, reviver
          1. restaurar (à saúde)
          2. reviver
          3. restaurar à vida

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    אֱלִישָׁע


    (H477)
    ʼĔlîyshâʻ (el-ee-shaw')

    0477 אלישע ’Eliysha ̀

    forma contrata para 474, grego 1666 ελισσαιος; n pr m

    Eliseu = “Deus á salvação”

    1. o grande profeta que sucedeu Elias

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte