Enciclopédia de II Reis 9:30-30

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 9: 30

Versão Versículo
ARA Tendo Jeú chegado a Jezreel, Jezabel o soube; então, se pintou em volta dos olhos, enfeitou a cabeça e olhou pela janela.
ARC E Jeú veio a Jezreel, o que ouvindo Jezabel, se pintou em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça e olhou pela janela.
TB Quando Jeú tinha chegado a Jezreel, Jezabel soube disso; ela pintou os olhos, adornou a cabeça e olhou pela janela.
HSB וַיָּב֥וֹא יֵה֖וּא יִזְרְעֶ֑אלָה וְאִיזֶ֣בֶל שָׁמְעָ֗ה וַתָּ֨שֶׂם בַּפּ֤וּךְ עֵינֶ֙יהָ֙ וַתֵּ֣יטֶב אֶת־ רֹאשָׁ֔הּ וַתַּשְׁקֵ֖ף בְּעַ֥ד הַחַלּֽוֹן׃
BKJ E quando Jeú chegou a Jezreel, Jezabel ouviu a respeito; e ela pintou a face, e ataviou a cabeça, e olhou por uma janela.
LTT E quando Jeú veio a Jizreel, Jezabel ouviu a respeito disto, pintou-se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.
BJ2 Jeú voltou para Jezrael. Sabendo disso, Jezabel pintou os olhos, adornou a cabeça e se pôs à janela.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 9:30

I Reis 19:1 E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada.
Isaías 3:18 Naquele dia, tirará o Senhor o enfeite das ligas, e as redezinhas, e as luetas,
Jeremias 4:30 Agora, pois, que farás, ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus olhos com o antimônio, debalde te farias bela; os amantes te desprezam e procuram tirar-te a vida.
Ezequiel 23:40 E, o que mais é, mandaram vir uns homens de longe; fora-lhes enviado um mensageiro, e eis que vieram; por amor deles te lavaste, coloriste os teus olhos, e te ornaste de enfeites.
Ezequiel 24:17 Refreia o teu gemido; não tomarás luto por mortos; ata o teu turbante e coloca nos pés os teus sapatos; e não te rebuçarás e o pão dos homens não comerás.
I Timóteo 2:9 Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos,
I Pedro 3:3 O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestes,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JEZRAEL

Jezrael, vale ou planície de Esdrelon
Mapa Bíblico de JEZRAEL


JEZREEL

Atualmente: ISRAEL
Lugar no vale de Jezreel citado em II Samuel 4:4
Mapa Bíblico de JEZREEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
N. ASCENSÃO E REINADO DE JEÚ (R.N.) (841-814 a.C.), II Reis 9:1-10.36

A forte dinastia de Onri deu origem à outra "casa" poderosa no reino do Norte. "A casa de Jeú" permaneceu em Samaria durante quatro gerações (10.30). A usurpação do trono por ele teve início, e foi fortemente promovida pelos profetas de Deus, com o inte-resse de uma total eliminação da adoração a Baal no reino do Norte.

  • Jeú é Ungido (9:1-10)
  • Eliseu transferiu para um dos filhos dos profetas (1) a ordem de Deus para ungir a Jeú (1 Rs 19,16) que lhe havia sido dada como sucessor de Elias. Ele, um indivíduo capaz e ousado, era o comandante em Ramote-Gileade (4,5). Leva-o (2) significa leva-o à "câ-mara interior". Sua principal tarefa como rei seria destruir a casa de Acabe (7) e, dessa forma, destituir a dinastia de Onri dentro do propósito de libertar a terra da religião dos canaaneus. Para o significado do versículo 8, veja os comentários sobre I Reis 14:10.

  • Jeú Derrota Jorão (9:11-37)
  • A maneira do jovem profeta, sua urgência em penetrar repentinamente na reunião dos oficiais, e talvez sua própria aparência, provocaram o desprezível epíteto de camara-da louco (11, "este louco") ou "homem louco" (Berk).

    Quando Jeú anunciou que fora ungido rei, os oficiais e companheiros expressaram sua aprovação e o proclamaram rei (11-13). Moffatt interpreta o significado da primeira parte do versículo 13 da seguinte maneira: "Então, cada um dos homens correu e colocou o seu manto nos degraus aos pés de Jeú". A Bíblia não informa se a unção de Jeú repre-sentava o ponto culminante dos planos que ele havia preparado. Entretanto, essa ajuda profética proporcionou a base para levar adiante a sua conspiração contra Jorão (14).
    Jeú saiu vitorioso de seu "golpe de Estado", porque ele manteve o sigilo necessário (15), a rapidez (17-20) e a surpresa (21-24). Quando o rei percebeu que ele pretendia feri-lo, voltou as mãos e fugiu (23), isto é, ele "se virou e fugiu". Mas Jeú matou o fugitivo Jorão com uma flecha (24) bem colocada, e ordenou que o corpo fosse sepultado na vinha de Nabote. O novo rei tinha tomado conhecimento do desprezível incidente de Nabote, quando era um oficial sob as ordens de Acabe (25). A morte de Jorão vingou a vida de Nabote (26; cf. 1 Rs 21.19). Jeú também deu ordem a seus homens para perseguir Acazias, que havia fugido. Eles o encontraram e feriram, não muito longe de Jezreel. Ele conse-guiu escapar para Megido, 16 quilômetros a oeste, onde morreu. O ex-comandante de Acabe também é responsável pelo terrível destino de Jezabel em Jezreel (30-35). Pintou em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça (30), isto é, "pintou os seus olhos e adornou a sua cabeça". Antes de ser lançada pela janela, ela o lembrou, ou chamou-o de Zinri (31), que também havia cometido um assassinato para conseguir o trono (1 Rs 16:8-10). Aparentemente, esse nome havia se tornado o epíteto de um assassino, semelhante ao de Judas como traidor. Jeú entendeu naquele terrível destino a concretização da pro-fecia que Elias havia proferido a respeito dela (36,37; cf. I Reis 21:23). A frase, que não se possa dizer: esta é Jezabel (37) parece ser a fórmula da lamentação. Moffatt a inter-preta do seguinte modo: "Não haverá ninguém para dizer: ei-la! ei-la!"


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
    *

    9:1

    discípulos dos profetas. Ver nota em 1Rs 20:35.

    * 9:3

    Toma... azeite, derrama-lho sobre a cabeça. Eliseu instruiu um dos profetas para que realizasse um rito de unção, usado para designar um (futuro) monarca (11.12; 23.30; 1Sm 9:16; 10:1; 16:13 e 2Sm 2:7).

    * 9:9

    como à casa de Jeroboão...como à casa de Baasa. Deus tinha destruído essas duas dinastias israelitas anteriores por causa de sua infidelidade (1Rs 15:27-30; 16.8-13).

    * 9:10

    não haverá quem a enterre. A falta de sepultamento era um sinal de desgraça (Jr 8:2; 16.4-6; 22:19; 25:33).

    * 9:11

    este louco. Por causa de seu estilo de vida incomum, hábitos excêntricos e mensagem proféticas extáticas, os profetas eram tidos como loucos por certas pessoas (conforme Jr 29:26; Os 9:7).

    * 9:13

    tocaram a trombeta. As trombetas anunciavam a unção de um rei (conforme 2Sm 15:10; 1Rs 1:34).

    * 9:21

    Nabote, o jezreelita. O golpe político de Jeú atingiu o seu clímax no mesmo lugar onde Acabe e Jezabel tinham mandado matar Nabote (1Rs 21:1-16).

    * 9:22

    Que paz. A pergunta feita por Jeú atingiu em cheio o âmago da questão. Não pode haver verdadeira paz enquanto houver idolatria e feitiçaria (conforme 17.17; 21.6; Jz 2:17; 8:33; Os 2:3; Na 3.4).

    * 9:25

    o SENHOR pronunciou contra ele esta sentença. Ver 1Rs 21:21-24.

    * 9:27

    Acazias, rei de Judá... morreu. Jeú não estava autorizado a matar os descendentes de Davi que estavam aparentados com a casa de Acabe, através de sua filha, Atalia (conforme os vs. 8-10). Jeú mostrou-se por demais zeloso no cumprimento de sua comissão. Oséias o criticou "pelo sangue de Jezreel” (Os 1:4).

    * 9:29

    No ano undécimo. Esse número talvez nos informa acerca dos anos completos de seu governo, deixando de fora o ano em que ele subira ao trono. Isso concordaria com os números apresentados em 8.25.

    * 9:30

    Jezreel. O cenário volta a ser o sinistro local do assassinato de Nabote.

    * 9:31

    Zinri. Ao referir-se a Jeú dessa maneira, Jezabel aludia sarcasticamente ao massacre sangrento efetuado por Zinri, quase meio século antes (1Rs 16:9-15).

    * 9:32

    eunucos. Essa última palavra pode referir-se a homens que eram empregados como guardas e auxiliares dos haréns reais, no antigo Oriente Próximo (como aqui), ou a oficiais da corte real (20.18; Is 39:7; Jr 29:2; 34:19; 38:7; Dn 1:3,7-10).

    * 9:34

    filha de rei. Jeú não dignificou Jezabel com o título de "rainha de Israel", mas antes, referiu-se a ela como a filha de Etbaal, rei dos sidônios (1Rs 16:31).

    * 9:36

    os cães comerão a carne de Jezabel. O oráculo de julgamento do qual Jezabel escarneceu com tanto desprezo, enquanto vivia, agora se cumpria em sua morte (1Rs 21:23). Cães também estiveram presentes na morte de Acabe (1Rs 22:38).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
    9:1 Atê-los lombos fazia mais fácil o correr.

    JEHU

    Jehú possuía as qualidades básicas para que tivesse grande êxito. É mais, da perspectiva humana foi um rei bem-sucedido. Sua família foi a que mais governou no reino do norte. Deus se valeu dele como instrumento para castigar a malvada dinastia do Acab, e atacou corajosamente a adoração ao Baal. aproximou-se muito a ser o tipo de rei que Deus queria, mas imprudentemente foi além dos mandamentos de Deus e não pôde seguir sendo obediente. Quando tinha a vitória ao alcance de suas mãos preferiu resignar-se à mediocridade.

    Jehú foi um homem que atuou rapidamente, mas sem ter um propósito supremo. Seu reino avançava, mas seu destino não era claro. Eliminou uma forma de idolatria, a adoração ao Baal, só para continuar com outra: a adoração dos bezerros de ouro que Jeroboam tinha instalado. Poderia ter feito grandes costure para Deus se tivesse permanecido obediente ao Unico que o fez rei. Mesmo que cumpriu com as instruções de Deus, Jehú demonstrou que não estava completamente consciente de quem o dirigia.

    Assim como o fez com o Jehú, Deus dá a cada pessoa a fortaleza e as habilidades que só acharão sua máxima utilidade sob seu controle. Fora do controle de Deus não alcançam o que poderiam, e freqüentemente se convertem em instrumentos do mal. Uma forma de assegurar-se de que isto não aconteça é lhe pedindo a Deus estar sob seu controle. Sua presença em nossa vida fará que nossas forças naturais e habilidades sejam utilizadas plenamente e para o melhor.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Tomou o trono que tinha a família do Acab e destruiu sua malvada influência

    -- Fundou a dinastia mais larga do reino do norte

    -- Foi ungido pelo Elías e confirmado pelo Eliseu

    -- Destruiu a adoração ao Baal

    Debilidades e enganos:

    -- Teve uma visão imprudente a respeito da vida que o fez temerário e propenso ao engano

    -- Adorou aos bezerros de ouro do Jeroboam

    -- Dedicou-se a Deus só até o ponto onde servia a seus próprios interesses

    Lições de sua vida:

    -- Um compromisso valente necessita controle porque pode acabar em imprudência

    -- A obediência inclui tanto a ação como a direção

    Dados gerais:

    -- Onde: O reino do norte do Israel

    -- Ocupações: Comandante do exército do Joram, rei do Israel

    -- Familiares: Avô: Nimsi. Pai: Josafat. Filho: Joás

    -- Contemporâneos: Elías, Eliseu, Acab, Jezabel, Joram, Ocozías

    Versículo chave:

    "Mas Jehú não cuidou de andar na lei do Jeová Deus do Israel com todo seu coração, nem se separou dos pecados do Jeroboam, que tinha feito pecar ao Israel" (2Rs 10:31).

    A história do Jehú se relata em 2 Rsseis 19:16-2Rs 10:36. Também o menciona em

    2Rs 15:12; 2Cr 22:7-9 e Os 1:4-5.

    9:3 Elías tinha profetizado que muita gente seria assassinada quando Jehú chegasse a ser rei (1Rs 19:16, L). portanto, Eliseu aconselhou ao jovem profeta que saísse da área logo que entregasse sua mensagem, antes de que começasse a massacre. As ações do Jehú parecem terríveis ao matar aos parentes e amigos do Acab (2Cr 22:8-9), mas o culto, fora de controle, ao Baal estava destruindo à nação. Se o Israel devia sobreviver, os seguidores do Baal tinham que ser eliminados. Jehú tomou medidas necessárias do momento: justiça.

    9:7 A declaração do Eliseu cumpriu a profecia do Elías feita vinte anos antes: toda a família do Acab seria destruída (1Rs 21:17-24). A morte do Jezabel, predita pelo Elías, está descrita em 9:30-37.

    9:9 A dinastia do Acab terminaria como a do Jeroboam e Baasa. Ahías tinha profetizado o fim da dinastia do Jeroboam (1Rs 14:1-11), e isto se cumpriu por meio do rei Baasa (1Rs 15:29). O profeta Jehú-não o rei Jehú-falou logo do fim da família da Baasa (1Rs 16:1-7), e isto também se cumpriu (1Rs 16:11-12). O fim da família do Acab, portanto, era seguro, Elías o havia predito (1Rs 21:17-24) e Deus o faria realidade.

    9.18, 19 Os cavaleiros encontraram ao Jehú e lhe perguntaram se vinha em são de paz. Mas Jehú respondeu: "O que tem você que ver com a paz?" Esta qualidade, propriamente entendida, vem de Deus. Não é genuína a menos que tenha seu fundamento na crença em Deus e o amor pelo. Jehú sabia que os homens representavam a um rei desobediente e malvado. Não procure paz e amizade com aqueles que são inimigos do bem e da verdade. A paz duradoura só podem chegar quando se conhece deus que a outorga.

    9:26 O rei Joram do Israel foi tão malvado como seu pai e mãe, Acab e Jezabel. portanto, seu corpo foi arrojado ao campo que seus pais obtiveram ilegalmente. Reina-a Jezabel arrumou o assassinato do Nabot, o dono anterior porque não quis vender sua vinha, a que Acab queria como jardim (1Rs 21:1-24). Acab nem sequer se imaginou que esse campo seria a tumba de seu filho malvado.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37

    C. TERCEIRA PARTE (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
    2 Reis 9-10

    Esses dois capítulos são repletos de violência, pois neles vemos o Senhor aplicar sua fúria sobre aqueles que havia muito o des-prezavam e desobedeciam à sua Palavra. O rei Jeú foi um instru-mento de vingança nas mãos do Senhor (9:7), embora devamos confessar que talvez o zelo dele pelo Senhor (10:
    16) fosse mui-to exagerado. EmDn 1:4, o Senhor anunciou que julgaria a casa de Jeú por causa dos assas-sinatos cruéis que ele cometeu. Jeú chamava suas atividades de "zelo para com o Senhor", con-tudo vemos em sua matança um motivo carnal e pecaminoso que não honra o Senhor.

    I. A unção (9:1-13)

    Jorão, filho de Acabe, reinava so-bre Israel, e Acazias, sobre Judá. Os dois reis aliaram-se contra Hazael, rei da Síria (2Rs 8:25-12). Jorão feriu-se em batalha e recuperava-se em JezreeI, e Acazias foi visitá-lo. Jeú era um capitão respeitado no exército israelita, provavelmente um dos líderes-chave da guerra. Anos antes, na época em que Aca-be apossou-se da vinha de Nabote (9:25-26), Jeú pertencia à guarda pessoal de Acabe.

    Eliseu não ungiu Jeú, pois ele seria reconhecido e talvez ataca-do. Por isso, ele escolheu um dos discípulos dos profetas para ir a Ramote-Gileade e ungir Jeú como rei de Israel. Anos antes, Deus or-denara isso (1Co 1:9:1 1Co 1:5 1Co 1:7). O jo-vem profeta obedeceu de imedia-to; ele apareceu repentinamente no conselho de guerra, pediu que Jeú entrasse em uma sala privada onde o ungiu rei e transmitiu-lhe a mensagem do Senhor, para depois partir tão rápido quanto chegou. Jeú conhecia sua incumbência: eliminar a família de Acabe e vin-gar o sangue inocente derramado por Acabe, Jezabel e seus descen-dentes. Compare o versículo 9 1Rs 15:29;1Rs 16:3-11, em queZinri matou o rei e governou por apenas sete dias. A perversa Je-zabel tentava convencer Jeú a pou-pá-la e, assim, tornar seu trono mais seguro? Vários servos do palácio ajudaram Jeú ao lançá-la da janela do andar superior, e Jeú terminou o serviço pisoteando-a com seu car-ro. A seguir, ele assumiu o palácio e saboreou uma lauta refeição. Ele instruiu os homens para que enter-rassem a rainha morta, mas os cães já tinham feito o serviço e comido o corpo dela. Veja 1Rs 21:23.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
    9.1 Um dos discípulos. Eliseu deve ter escolhido um dos estudantes mais insignificantes da Escola de Profetas (2:3-5), para não despertar desconfiança antes da hora aprazível, uma grande revolução de fundo religioso. O ato dramático e fundamental da revolução seria a exterminação da dinastia de Onri, incluindo seu filho Acabe, segundo a profecia de Elias registrada em1Rs 21:21-11.

    9.5 Capitão. O chefe da nação era também comandante supremo das forças militares nacionais. Durante a doença do rei, os dirigentes do exército, os capitães, teriam de obedecer a um capitão supremo, conhecido como "Príncipe dos Exércitos", que fora o título de Joabe, interpretado "comandante" ou "general". É possível que este fosse Jeú, em virtude de uma aclamação entusiasta, quando de sua nomeação como rei (13); mas a frase "qual de todos nós?" mostra que não havia certeza naquela afirmativa.

    9.11 Bem conheceis. Foi a maneira de descobrir as reações dos seus companheiros, antes de espalhar a notícia. Esta evasiva quer dizer: "não interessam as conversas dos loucos fanáticos".

    9.13 De boa vontade os soldados cumpriram a parte cívica da mensagem profética. Pela sua atitude no v. 12, conhecemos que os profetas gozavam já de alto prestígio, graças à atuação de Eliseu em suas relações humanas, e às escolas de profetas, que recomendavam aos profetas a necessidade de um viver mais condizente com a Palavra de Deus, do que deixar-se cair em transes (1Sm 10:9-9). A vocação final de Elias fora cumprida pelas mãos de Eliseu (1Rs 19:15-11).

    9.14 Josafá, filho de Ninsi. O nome é dado por extenso para se evitar confusão com o nome de Josafá, rei de Judá.

    9.15 Este versículo dá um resumo das circunstâncias.
    9.20 Guia furiosamente. Jeú sempre fora um homem de muita energia; nesta ocasião, ele estava preocupando-se para que não fosse revelado ao rei Jorão algo sobre a nomeação do novo rei (15).

    9.21 Foram ao encontro. Os dois reis idólatras não imaginavam que estariam marcando seu encontro com a justiça Divina.

    9.22 Prostituições. • N. Hom. A religião de Canaã tinha como prática característica a prostituição ritual nos templos e "lugares altos" como "exemplo" da fertilidade para todo o povo seguir, produzindo assim mais rebanhos e maiores ceifas. Os profetas bíblicos usavam esta palavra para qualquer tipo de infidelidade religiosa, e até o apóstolo Paulo usou a expressão "adulterar a Palavra de Deus", querendo dizer "recusar-se a ser dirigido tão somente pelas normas bíblicas no desempenho do ministério" (2Co 2:17). Assim como a prostituição física é rebaixar a nobreza conjugal ao nível da mais abjeta degradação, assim também a infidelidade religiosa degrada a alma, criada para a adoração de Deus, condenando-o ao inferno.

    9.24 Atingir um alvo em "plena fuga não era fácil para flecheiro.

    9.26 Ficamos sabendo, assim, que o encontro histórico descrito em 1Rs 21:18-11, tinha terceiros como testemunhas. Jeú quis mostrar a estreita ligação entre o julgamento de

    Deus que caiu sobre Jorão e o assassínio de Nabote.
    9.27 Feri também à este. O zelo de Jeú já estava se excedendo, no cumprimento da ordem profética de eliminar a dinastia de Acabe.

    9.30 Se pintou. Jezabel tinha vivido uma vida com os requintes do mais alto luxo e assim pretendia viver até ao fim de sua vida, porém Jeú lhe vedou, abruptamente tal privilégio. O leitor poderá estranhar que Jezabel ainda viva, embora a morte de seu marido, o rei Acabe, já tivesse sido registrada no livro anterior, em 1Rs 22:34-11. Mas estes nove capítulos bíblicos, aqui intercalados, são seleções do ministério de Eliseu, que durou desde a época do rei Acazias de Israel, de 853 a.C., até ao princípio do reinado de Jeoás, 798 a.C. Acabe morreu em 853 a.C., e Jeú exterminou sua dinastia em 841 a.C., apenas doze anos mais tarde. O neto de Jezabel que subiu ao trono de Judá, Acazias, tinha apenas 22 anos quando Jeú o matou.

    9.31 Zinri. Jezabel lembrava-se muito bem da rebelião de Zinri, 44 anos antes, e de como este havia se suicidado dentro de apenas uma semana, 1Rs 16:9-11. Sua memória, porém, não funcionou ao ponto de se recordar que outrora, quem tomara o trono de Zinri para fundar outra dinastia, fora Onri, seu próprio sogro! Assim, a memória humana sempre grava melhor os pecados de outrem. Foi uma tentativa de amedrontar a Jeú.

    9.34 Filha de rei. A antiga tradição, de respeito aos membros das famílias mais, não poderia cancelar uma profecia da parte de Deus, que fora cumprida em sua íntegra (36).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 37
    A revolta, expurgo e reinado de Jeú (9.1—10.36)

    Elias já havia reconhecido a natureza incurável do câncer da adoração a Baal (v.comentário de lRs 18.37; 19.16). O expurgo sangrento conduzido por Jeú, embora um castigo inevitável e apesar da declaração esperançosa de 10.28, foi tão ineficaz quanto o evento do Carmelo em reverter o declínio de Israel para a destruição. A narrativa em alta velocidade é um comentário vívido tanto da comoção quanto da escalada da violência: a comoção de ver o castigo de Javé sobre o mal ostensivo; a escalada até que o povo fosse privado de líderes e amigos. O massacre da parentela de Jezabel certamente alienou Israel da Fenícia e da Judá de Atalia, de forma que Jeú se viu obrigado, no seu primeiro ano de reinado, a se apressar em pagar tributos a Salmaneser da Assíria. A gravura no obelisco negro de Salmaneser (NBD, placa VII) de Jeú se ajoelhando é um contraste apropriado com o comandante fanfarrão e o seu jeito de guiar O carro (9,20) para corrigir as mazelas de Israel. Aqui há violência que julga e castiga, mas não cura. Somente no Calvário ocorreu o castigo violento que traz restauração e cura para os pecadores.

    A conspiração (9:1-37)
    v. 1.
    Finalmente Eliseu desencadeia o castigo por meio de Jeú. A cerimônia da unção seria particular (v. 2) e com óleo, na forma tradicional, significando que ele havia sido separado para servir a Javé como rei de Israel, o povo do Senhor (v. 6). v. 4. Então o jovem profeta foi a Ramote-Gileade, que evidentemente estava sob controle israelita nessa época (conforme v. 14b). A pergunta de Jeú: Para qual de nós? (v. 5) sugere que ele não estava esperando essa honra, mas entrou na casa (v. 6) e ouviu a ordem e a comissão para dar fim à família de Acabe (v. 7). Tendo entregue o oráculo de condenação, o jovem profeta abriu a porta e saiu correndo (v. 10), não dando espaço para Jeú e seus colegas fazerem qualquer tipo de questionamento, v. 11. Jeú voltou para junto dos outros oficiais do rei: uma ironia à luz da sua recém-formada intenção de derrubar o seu senhor. Eles o questionam acerca daquele louco (da raiz sãga‘, como em 1Sm 21:15 e a seguir no v. 20): tem sido compreendido como descrição de um êxtase profético, porém mais provavelmente representa o mau humor dos soldados em vista da aparição nada polida e da pressa misteriosa do profeta. A resposta de Jeú mostra despreocupação semelhante — Vocês conhecem essa gente... — mas eles não aceitam essa resposta: Não nos enganei (heb. “Mentira!”), e Jeú compartilha o oráculo com eles (v. 12). v. 13. Então imediatamente eles o entronizaram ali sobre os degraus diante deles (heb. gerem; pode se referir a uma característica da arquitetura que se perdeu com o tempo) com trombeta e aclamação: Jeú é rei! (v. 2Sm 15:10 acerca dessa frase que Gray e outros associam a “entronização”; Sl 47:8; Sl 93:1). v. 14. Então Jeú [...] começou uma conspiração: o seu avô, Ninsi, parece ter recebido outro nome (conforme v. 20), embora o nome do seu pai seja dado aqui e no v. 2 como Josafá. Os v. 14b, 15a recapitulam a história (8.28,29) e explicam por que o rei estava ausente, assim facilitando o golpe. v. 15. Se vocês me apoiam {nephes, “espírito”, “de todo o coração”; RSV: “se essa é a sua mente”), i.e., se vocês estão realmente levando isso a sério, não deixem ninguém sair escondido da cidade. Jeú planeja uma surpresa total e, então, sobe em seu carro e conduz a corrida desordenada para Jezreel, ao longo dos mais de 80 quilômetros, à frente da fileira de carros, deixando Ramote-Gileade a cargo dos defensores restantes. A história relata de maneira muito vívida a tensão à medida que os reis, sem desconfiar de nada e desacompanhados (v. 21), saíram, cada um em seu carro, ao encontro de Jeú. A frase Você veio em paz, Jeú? traduz uma única palavra em hebraico. “E paz?” (RSV) talvez seja uma referência aos eventos em Ramote-Gileade, e não evidencia pânico. A NVI mais provavelmente se refere à razão de Jeú para retornar a Jezreel. A resposta irada de Jeú (v. 22): Gomo pode haver paz? dá vazão ao ódio contido de um fiel javista contra a idolatria e as feitiçarias de [...] Jezabel(v. 22). idolatria (RSV: “prostituições”) é uma referência ao ritual de prostituição do culto da fertilidade dos cananeus; feitiçarias aos magos e adivinhos ou à sedução do “culto da efeminação” de Jezabel. Com um grito final de Traição! (v. 23), Jorão caiu morto no seu carro. Jeú lembrou o oráculo: com certeza farei você pagar por isso nesta mesma propriedade (v. 26) e descartou o corpo de forma apropriada.

    v. 27. Acazias [...] fugiu na direção de Bete-Hagã: i.e., em direção a Samaria, mas depois de ser ferido pelos perseguidores foi levado na direção nordeste para Megido e lá morreu. “Matem-no também/” Eles o atingiram... (NVI) segue uma variante textual. Outra variante traz “ ‘A ele também!’ e eles o atingiram”. (O v. 29 é uma intrusão não explicada na história e conflita com 8.25).

    A notícia do assassinato dos reis deve ter chegado rapidamente a Jezreel. Os detalhados preparativos cosméticos de Jezabel (v. 30) são enigmáticos. Talvez, como Maria Anto-nieta, ela não tinha idéia dos sentimentos de rejeição da população contra ela, ou talvez tenha decidido morrer de forma bravia e grandiosa. Há sarcasmo áspero na expressão dela: Como vai, Zinri (ou: “Você veio em paz, Zinri?” [NIV em inglês]; v. lRs 16:9-20. Zinri reinou somente por uma semana). Mas a intensidade ardente de Jeú com o seu desafio: Quem de vocês está do meu lado? (v. 32) atraiu o apoio inesperado dos oficiais (ARA, ARC, BJ: “eunucos”), e ela foi derrubada para um fim infame e horrível, v. 34. Jeú entrou para comer e beber — não somente um sinal da indiferença calejada em relação ao banho de sangue da tarde, mas também um selo do acordo com os seus seguidores e prováveis moradores locais que se juntaram à refeição. E significativo que ninguém esboçou um movimento de apoio à odiada dinastia de Acabe. Quando o rude soldado lembra dos direitos de uma filha do rei, já é tarde demais, e a terrível palavra do Senhor já se cumpriu (v. 35-37).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 11 até o 36


    1) O Reinado de Jeú. 9:11 - 10:36. De conformidade com os princípios divinos referentes ao julgamento do pecado, conforme apresentados em Deuteronômio, Jeú tornou-se o executante da ira de Deus contra os principais pecadores em Israel - Acabe e seus perversos descendentes.


    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 11 até o 41

    C. Desde Jeú até a Destruição de Israel. 9:11 - 17:41.

    Ameaçando a idolatria de destruir todas as boas influências restantes em Israel e invadir Judá para destruir toda a nação, a casa de Acabe foi assinalada para extinção.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 30 até o 37
    c) A morte de Jezabel (2Rs 9:30-37)

    Jezabel preparou-se para morrer como uma rainha. Jezabel se pintou em volta dos olhos (30); de acordo com um costume do Próximo Oriente, existente desde tempos imemoriais, Jezabel escureceu as pontas das pestanas, e possivelmente as sobrancelhas com um cosmético negro (cfr. Ez 23:40; Jr 4:30). A sua desdenhosa saudação (31) é bem posta em relevo na seguinte versão: "Como estás, Zinri, assassino do teu senhor?" Lançai-a de alto a baixo (33); a janela seria a de um primeiro andar.


    Dicionário

    Cabeça

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

    Enfeitar

    verbo transitivo Pôr enfeites em; ataviar, adornar: um bordado enfeitava o vestido dela.
    Figurado Dar boa aparência, dissimular os defeitos.
    verbo pronominal Embelezar-se, vestir-se e pintar-se com exagero: enfeitou-se para a festa.
    [Brasil: Sul] Entrar na puberdade (a moça).
    Começar a ficar adulta (a franga).
    Tomar confiança, estando em posição inferior: enfeitava-se junto ao chefe.
    Gír. Fingir coragem, fanfarronar, blasonar, gargantear.

    Janela

    substantivo feminino Abertura praticada a meia altura das paredes externas de um prédio e que, guarnecida por um caixilho envidraçado ou por persianas de madeira, alumínio etc., pode abrir-se para permitir a entrada de ar e claridade.
    Figurado Qualquer abertura, buraco ou rasgão.
    Informática Em sistemas micrográficos, recorte em um cartão especialmente destinado a prender um ou mais fotogramas; em guia de ondas, membrana ou tampa impermeável aos gases ou à água, dimensionado para não apresentar obstáculo à passagem da energia eletromagnética; em comunicação de dados, conjunto consecutivo ordenado de números de sequência de recepção de pacotes autorizados a cruzar a interface.
    Jogar pela janela, atirar fora.

    Geralmente todas as janelas dascasas orientais abrem para os pátios interiores, excetuando algumas vezes pequenas janelas de grades ou varandas, que existem para o lado da rua. Era somente em ocasiões de festas públicas que estas janelas exteriores se abriam. Estava Jezabel usando da liberdade permitida às mulheres durante uma recepção popular, quando da sua janela, colocada no andar superior, pôde ver Jeú (2 Rs 9.30). Por via de regra, as janelas eram perfeitamente estreitas e altas, nas casas comuns – mas, nas habitações dos ricos, o feitio era diferente e artístico, dando larga entrada à luz e ao ar (1 Rs 7.2 a 12). (*veja Casa, Jezabel.)

    Jezabel

    -

    Era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e foi casada com Acabe, rei de israel (1 Rs 16.31). Esta princesa introduziu no reino da Samaria a forma siríaca do culto a Baal, a Astarte, e a outras divindades fenícias. Com este culto trouxe ela também para os israelitas muitas daquelas abominações, que tinham chamado a ira de Deus contra os cananeus. Tão fanatizada estava Jezabel, nesta religião, que em volta da sua mesa reunia ela 450 profetas ou sacerdotes de Baal, e 400 sacerdotes de Astarte (poste-ídolo) (1 Rs 18.19). Foi um mau dia para os israelitas aquele em que Acabe trouxe uma mulher estrangeira para partilhar do trono de israel. Salomão tinha colocado cada uma das suas mulheres pagãs longe dos negócios do Estado; mas Acabe procedeu de diverso modo, permitindo que ela tomasse parte no governo, e até algumas vezes com exclusão dele próprio (1 Rs 21.25). A terrível perseguição contra os profetas do Senhor (1 Rs 18.13; 2 Rs 9,7) deu causa a um forte levante do povo, por instigação de Elias, sendo destruídos quase inteiramente os que adoravam o deus Baal (1 Rs 19.1). Mas ele próprio, o forte Elias, caiu em abatimento quando lhe constou que Jezabel ficara ferozmente irritada ao receber a notícia da mortandade dos seus sacerdotes; e então tratou de fugir para salvar a vida (1 Rs 19.3). Jezabel era mulher de desígnios mais firmes do que o seu marido. Sem escrúpulos, no uso daquele poder que o rei devia conservar nas suas próprias mãos, ela ocasionou a morte de Nabote (1 Rs 21.14), e mandou a seu marido que se apoderasse das cobiçadas terras do assassinado. Provavelmente a rainha pouca importância dava à vinha ou ao seu proprietário; mas para ela o poder era tudo, e foi pelo fato de o exercer cruelmente que a maldição do profeta caiu sobre ela (1 Rs 21.23). A descrição do seu terrível fim, sendo Jeú o seu implacável executor, é feita de modo inteiramente dramático em 2 Rs 9.30 a 37. As palavras de Jeú, quando o mensageiro que tinha sido encarregado de a enterrar, ‘porque é filha de rei’, voltou, informando-o do que tinha acontecido ao corpo, foram uma recordação da profecia de Elias (2 Rs 9.36,37). Ele havia considerado que, deixando a rainha sem sepultura, seria um insulto ao rei de Tiro. Jezabel deve ter sido de avançada idade quando morreu, porque ela sobreviveu a Acabe pelo espaço de quatorze anos, sendo proeminente o seu lugar na corte de seus filhos, como o tinha sido junto do trono do seu marido. Considerada em seu todo, foi Jezabel a mais perversa das rainhas de israel, sendo também a mais inteligente e notável. (*veja Acabe, Jeú, Elias, Nabote.)

    Filha de Etbaal, rei de Tiro e Sidom. Foi esposa do rei Acabe de Israel [874 a 853 a.C.] (1Rs 16:31). No hebraico bíblico seu nome significa “não há nobreza”. Este nome provavelmente é uma distorção intencional do seu verdadeiro significado, “onde está o príncipe (Baal)” ou “o príncipe (Baal) existe”, a fim de louvar o deus dela, o Baal fenício. O escritor dos livros dos Reis distorceu o nome de Jezabel, para mostrar seu desprezo por sua ação e religião. Desta maneira, caracterizou a rainha como inteiramente perversa.

    Jezabel devotou-se à implantação da adoração a Baal e a sua deusa consorte Aserá (ou Astarte) em Israel. Contratou 450 profetas de Baal e 400 profetisas de Aserá (1Rs 18:19; onde Aserá é traduzida como poste-ídolo) e perseguiu os profetas do Senhor, inclusive Elias (1Rs 19:1-9). Também expandiu sua religião e violou o conceito de Israel de limitar o poder da monarquia (Dt 17:14-20). Quando Nabote recusou-se a vender ao rei Acabe a herança que lhe fora dada por Deus (1Rs 21:3), Jezabel tramou para que fosse executado, ao contratar alguns homens que o acusaram falsamente de blasfêmia (1Rs 21:8-16).

    A atitude desafiadora de Jezabel para com Deus levou Elias a profetizar que o corpo dela seria devorado pelos cães (1Rs 21:23). Embora tenha vivido pelo menos dez anos depois da morte de Acabe, ela morreu conforme o profeta havia predito, quando Jeú ordenou que fosse atirada por uma janela (2Rs 9:32-33). Os cães a devoraram na rua, e deixaram apenas seu crânio, os pés e as palmas das mãos (2Rs 9:34-37).

    O caráter e as ações de Jezabel ganham um significado simbólico no Novo Testamento. Apocalipse 2:20 refere-se a uma falsa crente na igreja de Tiatira como “Jezabel, mulher que se diz profetisa”, para indicar que a ira de Deus seria contra ela, por seus falsos ensinos e suas imoralidades. R.P.


    Jezabel [Sem Marido ? Sem Nobreza ?]

    Filha de Etbaal, rei de SIDOM. Acabe se casou com ela e dela teve um filho chamado Jorão (1Rs 16:31; 2Rs 3:1; 9.22). Promoveu o culto a BAAL, matou os profetas de Javé e obrigou Elias a fugir (1Rs 18:4—19.18). Tomou a vinha de NABOTE para Acabe (1Rs 21). Foi morta 11 anos depois por ordem de Jeú, e os cães comeram a sua carne (2Rs 9). Em Ap 2:20 Jezabel é o símbolo de alguém que leva as pessoas a adorarem deuses pagãos.


    Jezreel

    Jezreel
    1) Cidade que ficava no território de ISSACAR 2, entre Megido e Bete-Seã, perto do monte Gilboa (1Rs 4:12); 21.23; (2Rs 9:30-35).

    2) Vale que ficava perto dessa cidade (Os 1:5).

    (Heb. “Deus planta”).


    1. Primeiro filho de Oséias com sua esposa adúltera Gômer (Os 1:4). O nome foi dado ao menino por Deus e referia-se à terrível destruição da casa de Acabe, efetuada por Jeú, na cidade de Jezreel (2Rs 10:11). O Senhor disse a Oséias: “Põelhe o nome de Jezreel, porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jezreel sobre a casa de Jeú, e farei cessar o reino da casa de Israel. Naquele dia quebrarei o arco de Israel no vale de Jezreel” (Os 1:4-5). Ainda assim, a esperança pairava no horizonte, porque o Senhor permaneceria fiel às suas promessas. Essa esperança é contemplada no
    v. 11, onde há um jogo de palavras com o significado literal de “Jezreel”. Deus uma vez mais “plantará”. Depois do juízo sobre Israel, o Senhor fará com que novamente haja frutificação (Os 2:21-23).

    Como acontecia freqüentemente entre os profetas do Antigo Testamento, Oséias foi chamado para pronunciar o juízo de Deus, mas também para lembrar os israelitas da necessidade do arrependimento, bem como e da fidelidade do Senhor à aliança de seu amor pelo povo. Essa mensagem foi vivida por Oséias na parábola de sua própria vida. Os nomes de seus filhos ajudaram a ilustrar a mensagem profética. Veja também Lo-Ami e Lo-Ruama.


    2. Um dos filhos de Etã, da tribo de Judá. Líder de seu povo e irmão de Isma e Idbas. Sua irmã chamava-se Hazelelponi (1Cr 4:3). P.D.G.


    hebraico: Deus semeia

    -

    Jeú

    -

    o Senhor, Ele o é. 1. Filho de Josafá e neto de Ninsi. Foi com ele que principiou a quinta dinastia dos reis de israel, a qual teve maior duração que outra qualquer casa real daquele país (2 Rs 10). As principais características de Jeú foram discrição, rapidez da ação, e crueldade. Ele era ainda jovem quando Deus mandou a Elias que o ungisse como rei de israel (1 Rs 19.16). Por qualquer razão não efetuou Elias o mandato, que passou para Eliseu, realizando este profeta a cerimônia da unção por procuração e em segredo (2 Rs 9.1,6). Nesta ocasião era Jeú capitão daquela força que cercava Ramote-Gileade, tendo ali sido deixado por Jorão, que se tinha retirado para Jezreel, a fim de ser curado de uma ferida. Havendo conhecimento de tudo isto, foi ele aclamado rei pelos oficiais, que lhe proporcionaram aquelas honras que o tempo e o lugar permitiam (2 Rs 9.2 a 15). Procurou Jeú evitar que as notícias da insurreição chegassem aos ouvidos de Jorão – e então partiu logo para Jezreel, e ali matou o rei de israel e provocou a fuga do rei de Judá e a morte de Jezabel (2 Rs 9.24 a 37). Não se deteve Jeú neste feito, mas continuou a mortandade até que a casa de Acabe foi exterminada (2 Rs 10.1 a 14). Foi durante a marcha para Samaria que Jeú encontrou Jonadabe, o recabita, conseguindo dele o seu auxilio na matança, dos adoradores de Baal, dentro do respectivo templo edificado por Acabe (1 Rs 16.32 – 2 Rs 10.23). Foi despedaçada a estátua de Baal, o templo foi arrasado, e daquele sítio fizeram um lugar para usos vis. Todavia, embora Jeú tivesse sido o instrumento nas mãos de Deus para infligir o devido castigo à casa de Acabe, é na Sagrada Escritura acusado de não abandonar inteiramente os pecados de Jeroboão, que fez pecar israel, prestando culto aos bezerros de ouro (2 Rs 10.29 a 31). Ele parece ter sido movido mais pelo espírito de ambição do que pelo temor de Deus, não sendo, na verdade, o desejo de restaurar a pureza do culto do Senhor o que o impelia nos seus atos. Durante os seguintes vinte e sete anos do seu reinado não há conhecimento de qualquer fato de Jeú que não seja o de manter o culto do bezerro, que Jeroboão tinha instituído. Foi sepultado em Samaria, sucedendo-lhe seu filho Jeoacás. (*veja Hazael, Ramote-Gileade, Jezreel.) Jeú é mencionado no ‘obelisco Negro’ (que agora existe no Museu Britânico), sendo representado a pagar o tributo a Salmaneser ii, rei da Assíria (840 a.C.). É chamado na inscrição ‘Jeú, filho de onri’, não sendo conhecida a mudança da dinastia pelos escribas da Assíria, dado o caso que onri não seja um erro clerical, estando em vez de Ninsi, como já tem sido sugerido.- Profeta de Judá, a quem Deus mandou que fosse ter com Baasa, rei de israel, a fim de predizer-lhe o mau resultado das suas cruéis ações (1 Rs 16.1 a l), pois havia ferido a casa de Jeroboão. Ele também denunciou Josafá (2 Cr 19.2,3). (*veja Baasa.) – Descendente de Simeão (1 Cr 2.38). – Descendente de Judá (1 Cr 4.35). – Um dos heróis de Davi (1 Cr 12.3).

    (Heb. “do Senhor”).


    1. Filho de Hanani, foi profeta em Israel, o reino do Norte. Falou contra Baasa, devido ao seu comportamento perverso e idólatra. Previu a destruição da família desse rei, o que se cumpriu posteriormente no massacre executado por Zinri (1Rs 16:12). Ele também profetizou nos dias do rei Josafá, de Judá, condenandoo por ter feito uma aliança com o rei Acabe, de Israel (2Cr 19:2). Presume-se que também fazia registros sobre os reis de Israel (2Cr 20:34).


    2. Pai de Azarias e filho de Obede, foi um líder na tribo de Judá (1Cr 2:38).


    3. Filho de Josibias, era líder de um clã da tribo de Simeão (1Cr 4:35).


    4. Anatotita, foi um dos guerreiros da tribo de Benjamim que desertaram do exército de Saul e uniram-se a Davi em Ziclague. Todos eram ambidestros e peritos no uso do arco e da funda (1Cr 12:3)


    5. Filho de Ninsi, foi o 10o rei de Israel e governou por 28 anos (842 a 814 a.C.). Deus dissera a Elias, o profeta, que ungisse Jeú, um comandante do exército, rei sobre Israel (1Rs 19:16-17). Sua primeira tarefa, indicada por Deus, seria matar Acabe e sua família, pela perseguição que infligiram aos verdadeiros adoradores do Senhor. A unção de Jeú finalmente foi realizada pelo profeta Eliseu, o qual enviou um de seus auxiliares a cumprir a tarefa (2Rs 9:2-5-15). Quando os outros oficiais do exército, colegas de Jeú, viram o que o profeta fizera, apressaram-se e o proclamaram rei. Jeú então conspirou contra Jorão, que, ferido numa batalha contra os sírios, recuperava-se em Jezreel, onde Acazias, rei de Judá, foi encontrar-se com ele. Jeú foi até lá e encontrou os dois monarcas, ocasião em que matou Jorão (2Rs 9:17-26). Os homens de Jeú perseguiram Acazias e também o feriram gravemente, o que provocou a sua morte logo depois (2Rs 9:27-29; 2Cr 22:7-9).

    Jeú retornou a Jezreel e ordenou a morte de Jezabel, esposa de Acabe. Os cães lamberam o sangue dela, exatamente como Elias profetizara anos antes (2Rs 9:34-37). Em várias ocasiões, o escritor do livro de II Reis deixa bem claro que tudo o que o novo rei fazia naquele momento era o cumprimento dos mandamentos do Senhor e das profecias contra a maldades feitas durante o reinado de Acabe e Jezabel. Nenhum sobrevivente foi deixado com vida naquela dinastia (2Rs 10:11-17). Jeú deliberadamente contrastava sua fidelidade aos mandamentos do Senhor com as maldades dos dias de Acabe (vv.16-19). Convocou uma grande cerimônia em homenagem a Baal, certificou-se de que não havia nenhum seguidor do Senhor presente e então ordenou que todos fossem mortos (vv. 20-28). Essa fidelidade foi recompensada pelo Senhor, por meio da promessa feita a Jeú de que seus descendentes ocupariam o trono de Israel até a quarta geração (2Rs 10:30-2Rs 15:12).

    Quase imediatamente, entretanto, Jeú desviou-se do Senhor (2Rs 10:31). Como resultado, a Síria se fortaleceu e o tamanho do território de Israel gradualmente diminuía à medida que Hazael prevalecia sobre Jeú. Quando Jeú morreu, foi sepultado em Samaria (vv. 32-36). Seu filho Jeoacaz reinou em seu lugar (2Rs 13:1).

    Lamentavelmente, o reinado de Jeú não terminou como começara. Possivelmente o poder que adquiriu ou a força dos invasores que estavam ao redor fizeram com que se desviasse de seu zelo para com o Senhor. Sob o reinado de Jeú, Israel foi poupado do juízo pelos pecados de Acabe e de Jezabel, mas o povo e seus líderes não se arrependeram totalmente nem abandonaram as práticas pagãs. P.D.G.


    Jeú [Ele É Javé]

    Décimo rei de Israel, que reinou 28 anos (841-814 a.C). Matou Jorão e reinou no lugar dele. Matou adoradores de BAAL e também Jezabel e Acazias, rei de Judá, e os descendentes de Acabe (2Rs 9:10).


    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    Pintar

    verbo transitivo Reproduzir por linhas e/ou por cores.
    Colorir.
    Recobrir de tinta.
    Tingir.
    Figurado Descrever, representar verbalmente de maneira fiel.
    verbo intransitivo Mudar de cor.
    Surgir, aparecer, despontar.
    verbo pronominal Maquilar-se.
    Pintar o sete, divertir-se muito, fazer tropelias, andar na pândega.

    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Volta

    substantivo feminino Ato ou efeito de voltar(-se).
    Passeio rápido; giro: dar uma volta pela cidade.
    Tira de pano branco, que cobre a dobra superior do cabeção de certos uniformes.
    Curva de estrada ou caminho.
    Devolução, troco.
    Circuito, contorno: volta da Gávea.
    Figurado Vicissitude, revés.
    [Brasil] Pop. Cortar (uma) volta, passar dificuldades ou privações; enfrentar obstáculos.
    locução adverbial Volta e meia, frequentemente, constantemente.

    volta s. f. 1. Ato ou efeito de voltar(-se). 2. Regresso, retorno. 3. Movimento em torno; giro, circuito. 4. Extensão do contorno; circunferência. 5. Pequeno passeio; giro. 6. O que se dá para igualar uma troca. 7. Resposta, réplica; troco. 8. Mudança de opinião; reviravolta. 9. Sinuosidade. 10. Cada uma das curvas de uma espiral. 11. Curva numa estrada ou rua. 12. Meandro dos rios. 13. Espécie de colar, usado pelas mulheres. 14. Turvação de vinho. 15. Laço, laçada.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 9: 30 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E quando Jeú veio a Jizreel, Jezabel ouviu a respeito disto, pintou-se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.
    II Reis 9: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    841 a.C.
    H1157
    bᵉʻad
    בְּעַד
    em / de / para
    (in)
    Prepostos
    H2474
    challôwn
    חַלֹּון
    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)
    (Israel)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    H3058
    Yêhûwʼ
    יֵהוּא
    o monarca do reino do norte, Israel, que destronou a dinastia de Onri
    (Jehu)
    Substantivo
    H3157
    Yizrᵉʻêʼl
    יִזְרְעֵאל
    um descendente do pai ou fundador de Etã, de Judá
    (And Jezreel)
    Substantivo
    H3190
    yâṭab
    יָטַב
    ser bom, ser agradável, estar bem, estar satisfeito
    (you do well)
    Verbo
    H348
    ʼÎyzebel
    אִיזֶבֶל
    ()
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H6320
    pûwk
    פּוּךְ
    antimônio, estíbio, pintura preta
    (and she painted her)
    Substantivo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo
    H7760
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    (and he put)
    Verbo
    H8085
    shâmaʻ
    שָׁמַע
    ouvir, escutar, obedecer
    (And they heard)
    Verbo
    H8259
    shâqaph
    שָׁקַף
    olhar do alto, olhar para baixo ou para fora, olhar para
    (and looked)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בְּעַד


    (H1157)
    bᵉʻad (beh-ad')

    01157 בעד b e ̂ ad̀

    procedente de 5704 com prefixo preposicional; DITAT - 258a; prep

    1. atrás, através de, em torno de, em favor de, longe de, sobre
      1. através (referindo-se a ação)
      2. atrás (com verbos denotando a idéia de fechar)
      3. sobre (com verbos denotando a idéia de cercar)
      4. em favor de (metáf. especialmente com o Hitpael)

    חַלֹּון


    (H2474)
    challôwn (khal-lone')

    02474 חלון challown

    derivação desconhecida; DITAT - 660c; n m/f

    1. janela (perfuração da parede)

    יֵהוּא


    (H3058)
    Yêhûwʼ (yay-hoo')

    03058 יהוא Yehuw’

    procedente de 3068 e 1931; n pr m Jeú = “Javé é Ele”

    1. o monarca do reino do norte, Israel, que destronou a dinastia de Onri
    2. filho de Hanani e um profeta israelita na época de Baasa e Josafá
    3. o anatotita, um benjamita, um dos soldados das tropas de elite de Davi
    4. um descendente de Judá da casa de Hezrom
    5. filho de Josibias e um líder da tribo de Simeão

    יִזְרְעֵאל


    (H3157)
    Yizrᵉʻêʼl (yiz-reh-ale')

    03157 יזרעאל Yizr e ̂ e’l̀

    procedente de 2232 e 410;

    Jezreel = “Deus semeia” n pr m

    1. um descendente do pai ou fundador de Etã, de Judá
    2. primeiro filho de Oséias, o profeta n pr loc
    3. uma cidade no Nequebe, de Judá
    4. uma cidade em Issacar, na ponta noroeste do Monte Gilboa

    יָטַב


    (H3190)
    yâṭab (yaw-tab')

    03190 יטב yatab

    uma raiz primitiva; DITAT - 863; v

    1. ser bom, ser agradável, estar bem, estar satisfeito
      1. (Qal)
        1. estar satisfeito, estar alegre
        2. estar bem colocado
        3. ser bom para, estar bem com, ir bem com
        4. ser agradável, ser agradável a
      2. (Hifil)
        1. tornar contente, jubilar
        2. fazer o bem para, agir bondosamente com
        3. fazer bem, fazer completamente
        4. fazer algo bom, correto ou belo
        5. fazer bem, agir corretamente

    אִיזֶבֶל


    (H348)
    ʼÎyzebel (ee-zeh'-bel)

    0348 איזבל ’Iyzebel

    procedente de 336 e 2083, grego 2403 Ιεζαβελ; n pr f Jezabel = “Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”

    1. rainha de Israel, esposa de Acabe, filha de Etbaal

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    פּוּךְ


    (H6320)
    pûwk (pook)

    06320 פוך puwk

    procedente de uma raiz não utilizada significando pintar; DITAT - 1742; n. m.

    1. antimônio, estíbio, pintura preta
      1. cosmético para os olhos

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma

    שׂוּם


    (H7760)
    sûwm (soom)

    07760 שום suwm ou שׁים siym

    uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

    1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
      1. (Qal)
        1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
        2. estabelecer, direcionar, direcionar para
          1. estender (compaixão) (fig.)
        3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
        4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
        5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
      2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
      3. (Hofal) ser posto

    שָׁמַע


    (H8085)
    shâmaʻ (shaw-mah')

    08085 שמע shama ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

    1. ouvir, escutar, obedecer
      1. (Qal)
        1. ouvir (perceber pelo ouvido)
        2. ouvir a respeito de
        3. ouvir (ter a faculdade da audição)
        4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
        5. compreender (uma língua)
        6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
        7. ouvir, dar atenção
          1. consentir, concordar
          2. atender solicitação
        8. escutar a, conceder a
        9. obedecer, ser obediente
      2. (Nifal)
        1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
        2. ter ouvido a respeito de
        3. ser considerado, ser obedecido
      3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
      4. (Hifil)
        1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
        2. soar alto (termo musical)
        3. fazer proclamação, convocar
        4. levar a ser ouvido n. m.
    2. som

    שָׁקַף


    (H8259)
    shâqaph (shaw-kaf')

    08259 שקף shaqaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 2457; v.

    1. olhar do alto, olhar para baixo ou para fora, olhar para
      1. (Nifal) inclinar-se (e olhar), olhar para baixo
      2. (Hifil) olhar para baixo, olhar com desdém

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado