Enciclopédia de I Crônicas 21:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1cr 21: 28

Versão Versículo
ARA Vendo Davi, naquele mesmo tempo, que o Senhor lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali.
ARC Vendo Davi, no mesmo tempo, que o Senhor lhe respondera na eira de Ornã, jebuseu, sacrificou ali.
TB Nesse tempo, vendo Davi que Jeová lhe tinha respondido na eira de Ornã, jebuseu, ofereceu ali sacrifícios.
HSB בָּעֵ֣ת הַהִ֔יא בִּרְא֤וֹת דָּוִיד֙ כִּי־ עָנָ֣הוּ יְהוָ֔ה בְּגֹ֖רֶן אָרְנָ֣ן הַיְבוּסִ֑י וַיִּזְבַּ֖ח שָֽׁם׃
BKJ Naquele momento, quando Davi viu que o SENHOR havia lhe respondido na eira de Ornã, o jebuseu; ofereceu ali sacrifícios.
LTT Naquele tempo, ao ver Davi que o SENHOR lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali.
BJ2 Nesta época, vendo que Iahweh lhe havia respondido na eira de Ornã, o jebuseu, Davi ofereceu lá um sacrifício.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Crônicas 21:28

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30

6. O Pecado de Davi e a Praga (21:1-22,1)

O cronista, apropriadamente, culpa Satanás, que, ao apelar para o orgulho do rei, incita Davi a contar o povo. A narrativa de Samuel dá a entender que o Senhor lhe permitiu esse pensamento. Certamente, como tinha acontecido com Jó, Deus permite; mas é Satanás que nos tenta e é o nosso adversário (cf. 2 Sm 24.1).

  • A contagem (21:1-6). O Senhor tinha prometido que os números de Israel seriam como a areia do mar, mas que a vitória na guerra não seria por força ou sabedoria superior, mas sim pelo poder de Deus. Se Davi estava preocupado com a força militar, ele deveria ter se lembrado disso. Se realmente estivesse interessado nos impostos, deveria ter consulta-do ao Senhor em primeiro lugar. Não é de se admirar que o Senhor estivesse insatisfeito!
  • A escolha da punição (21:7-13). A punição de Deus sobre as pessoas reflete a influ-ência das escolhas do homem sobre os que estão próximos a ele. Davi poderia escolher entre três anos de fome; ou três meses de guerra amarga e humilhante, e derrota, ou três dias de peste na terra (12; 2 Sm 24.13). Ele escolheu a última opção.
  • A peste (21:14-17). A escolha da peste pareceu melhor a Davi, porque a mão de Deus era melhor do que a do homem. Foi a consciência de Davi que o ajudou a reconhecer o seu pecado, porque ele teve o conhecimento do pecado antes de ser ameaçado com a punição (8). Foi também a sua consciência que lhe indicou o caminho para o perdão (17).
  • Um altar e um sacrifício (21:18-27). A variação do nome, como aparece em II Samuel 24:16 (Araúna) e aqui, Orna, (18) é muito menor nas consoantes do hebraico.
  • Davi se recusou a viver segundo uma religião emprestada: não tomarei o que é teu, para o Senhor... (24). Ao admitir o seu próprio pecado e oferecer os seus própri-os sacrifícios, que lhe permitiriam desfrutar do mais elevado e completo relaciona-mento com Deus e seus companheiros, Davi foi trazido a um relacionamento correto com o Senhor.

    O preço aqui – seiscentos siclos de ouro (25) – parece ter incluído tanto a eira como a área toda (cf. 2 Sm 24.24).

  • O sacrifício na eira de Ornã (21:28-22.1). Após encontrar o tão precioso Senhor aqui, e desejoso de continuar na comunhão com Deus, Davi quis fazer um sacrifício no lugar dos jebuseus, embora o Tabernáculo ainda estivesse em Gibeão. Apesar do profun-do entendimento de Deus por parte de Davi, existe refletida no versículo 30 uma atitude que não corresponde à certeza do perdão de Deus, expressa no Novo Testamento.

  • Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30
    *

    21.1—22.1

    A narrativa continua, contando como Davi descobriu o local do templo (17.1—29.30, nota). O tema das vitórias militares (19.1—20,8) leva ao relato sobre o recenseamento feito por Davi. Com duas grandes exceções, o relato segue bem de perto 2Sm 24 (21.1; 21.28—22.1 e notas). II Samuel relata como Davi provocou problemas para a sua nação, mas como intercedeu com sucesso em seu favor. Em Crônicas a moral da história é contar como Davi foi conduzido por Deus para descobrir o local sagrado do templo.

    * 21:1

    Satanás. Quando a palavra hebraica satan é usada com um artigo definido, isso significa, lit., "o adversário" (1:6; Zc 3:1). Aqui Satanás é usado pela primeira vez sem o artigo definido, provavelmente indicando um nome próprio. Ver "Satanás", em 1:6.

    Satanás se levantou. De conformidade com 1Sm 24:1, foi Deus quem instigou Davi. O próprio Deus a ninguém tenta (Tg 1:13), mas ele emprega meios criados que estão sob o seu controle soberano. Crônicas identifica Satanás como o instrumento pelo qual Davi foi desviado do caminho reto. Essas duas passagens, em seu conjunto, lembram-nos que Deus é soberano sobre todos os acontecimentos, sem excetuar a tentação e o pecado (11.4; 25.20, nota; Êx 4:21, nota; Js 11:20; 1Rs 22:22,23; 2Cr 10:15, nota; 1:12; 2:10; Ez 3:20; 14:9; Mt 6:13; At 4:27-28).

    * 21:3

    trazer, assim, culpa sobre Israel. Fazer um recenseamento não era algo proibido pela lei do Antigo Testamento, embora houvesse regulamentos específicos (Êx 30:12; Nm 1:2; 26:2). O desejo de Davi em contar seu poderio militar pode ter sido uma indicação de dependência ao poder humano em lugar de depender do poder divino (2Cr 13:18 e nota). Tendo em vista a reação de Joabe (13 21:6'>1Cr 21:6 e 27.24), Davi pode ter insistido que a tribo de Levi também fosse contada para o serviço militar (v. 6, nota).

    * 21:5

    em Israel. (2Sm 24:9). Ver nota em 11.1.

    um milhão. As diferenças entre esse número e aquele referido em 2Sm 24:9 são problemáticas. É possível que o número de homens de Judá tenha sido incluído no total de Israel (ou seja, incluindo Judá, que tinha 470 mil homens, e não "e Judá"). Crônicas pode ter incluído alguns elementos, como Levi e Benjamim, nessa contagem (21.6, nota). Ou os números podem ter sido meras aproximações. Além disso, um ou ambos os textos podem ter sofrido erros de cópia.

    * 21:6

    não foram contados. Joabe não completou a ordem que Davi lhe comissionara (v. 3, nota).

    Levi e Benjamim. Essas tribos não foram incluídas no recenseamento. A tribo de Levi devia ser excluída de qualquer censo militar, em consonância com a legislação mosaica (Nm 1:49; 2:33). E a tribo de Benjamim pode ter sido excluída porque o tabernáculo estava em Gibeom, nessa ocasião (v. 29).

    * 21:13

    são muitíssimas as suas misericórdias. Apesar da severidade do castigo divino, Davi confiava na abundante misericórdia de Deus. Sem dúvida, as promessas feitas a Davi, em 17:1-14, fornecem o contexto da confiança de Davi na misericórdia do Senhor.

    * 21:16

    Este versículo não se acha no texto hebraico tradicional de 2Sm 24. Entretanto, textos dos livros de Samuel, recém-descobertos (Rolos do Mar Morto), além de outros testemunhos, sugerem que é provável que o versículo fazia parte dos livros originais de Samuel.

    * 21:20-21

    Embora esses versículos sobre Ornã (escrito "Araúna" em 2Sm 24), não apareçam no texto hebraico tradicional de 2Sm 24:20, textos recém-descobertos de Samuel (Rolos do Mar Morto) e outros testemunhos sugerem que essa informação pertencia originalmente aos livros de Samuel.

    * 21:22

    pelo seu devido valor. Esta porção da narrativa nos faz relembrar a compra que Abraão fez do local de sepultamento para Sara (Gn 23). Davi comprou o local por seu devido valor. Como resultado, o local do templo futuro (21.28—22.1, nota) era uma possessão real devotada ao templo.

    * 21:25

    por aquele lugar a soma de seiscentos siclos de ouro. 2Sm 24:24 diz: "Davi comprou a eira e pelos bois pagou cinqüenta siclos de prata". Alguns têm sugerido que Samuel enfocou a atenção sobre a eira com seus bois, enquanto Crônicas dá o valor do local inteiro.

    * 21:26

    o qual lhe respondeu com fogo. Uma ocorrência rara, indicando a aprovação especial de Deus aos atos de Davi (Lv 9:24; 1Rs 18:37,38). Esse acontecimento prenuncia a dedicação do templo por parte de Salomão, naquele mesmo local (2Cr 7:1).

    * 21.28—22.1

    Esses versículos não se encontram em 2Sm 24. Eles mostram interesse pelos sacrifícios (21,28) e possivelmente ajudam a explicar a negligência de Davi quanto ao tabernáculo (21.29,30). O fato principal foi que Davi reconheceu a eira de Ornã como o local para o futuro templo (22.1). Esse fim notável com sua clara narrativa de falha moral na vida de Davi indica vividamente o lugar onde a comunidade deveria voltar-se para o sacrifício, perdão e resposta às suas orações (2Cr 3:1; 6.12-42 e notas).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30
    21:1 O censo do Davi conduziu o desastre devido a que, a diferença dos censos tomados no livro de Números (Números 1:2) os quais Deus tinha ordenado, este censo se levou a cabo para que Davi pudesse sentir-se orgulhoso da fortaleza de seu exército. Ao determinar seu poder militar, estava começando a confiar mais neste poder que na força de Deus. Existe uma linha muito magra entre a dependência que confia no poder de Deus e a soberba porque Deus o usou para grandes propósitos.

    21:1 O texto bíblico diz que Satanás incitou ao Davi para fazer um censo. Acaso pode forçar Satanás às pessoas a fazer coisas más? Não, Satanás só tentou ao Davi com a idéia, mas foi Davi o que decidiu fazê-lo. Do horta do Éden, sempre Satanás esteve tentando às pessoas a pecar. O censo do Davi não ia contra a lei de Deus, mas o motivo do censo estava mau: sentia orgulho por seu exército poderoso, enquanto esquecia que sua verdadeira fortaleza provinha de Deus. Inclusive Joab, quem não era conhecido por seus ideais de alta moral, reconheceu que o censo era um pecado. Do exemplo do Davi podemos aprender que um ato que por si mesmo não é mau, pode chegar a ser um pecado se o motivarem a cobiça, a arrogância ou o egoísmo. Freqüentemente nossos motivos, e não nossas ações, originam o pecado. Devemos sopesar constantemente nossos motivos antes de atuar.

    21.1-3 Davi caiu na tentação de Satanás. Deus proporcionou uma saída com o conselho do Joab, mas a curiosidade do Davi se viu estimulada pela arrogância. Sua fé estava em sua própria fortaleza e não na de Deus. Se nos sentirmos auto-suficientes e depositamos nossa confiança longe de Deus, logo cairemos nos esquemas de Satanás. Na auto-suficiência perdemos nossa segurança. Para escapar da tentação, examine os desejos internos de seu coração para compreender por que a tentação externa é tão atrativa. (Veja-se 1Co 10:13 para mais informação sobre o escapamento da tentação.)

    21:8 Quando Davi se deu conta de seu pecado, tomou plena responsabilidade disso, admitiu que estava mau, e pediu a Deus que o perdoasse. Muitas pessoas querem contar com Deus e suas bênções em suas vidas sem reconhecer seus pecados pessoais nem sua culpabilidade. Mas a confissão e o arrependimento devem chegar antes de receber o perdão. Ao igual a Davi, devemos admitir a plena responsabilidade de nossos atos e confessá-los a Deus antes que O nos perdoe e continue sua obra em nossas vidas.

    21.13, 14 O pecado tem um efeito de dominó. Uma vez que se cometeu um pecado, seguem-no uma série de conseqüências. Deus perdoará nosso pecado se o pedimos, mas as conseqüências desse pecado já estão em marcha. Davi suplicou misericórdia, e Deus respondeu ao deter o anjo antes de que completasse sua missão de morte. Entretanto, as conseqüências do pecado do Davi já tinham causado um grande dano. Deus sempre perdoará nossos pecados e freqüentemente intervirá para fazer menos severas suas amargas conseqüências, mas permanecerão as cicatrizes. O pensar nas possíveis conseqüências antes de atuar pode nos evitar a nós mesmos e a outros muita pena e muito sofrimento.

    21:14 por que morreram setenta mil inocentes pelo pecado do Davi? Nossa sociedade faz uma grande ênfase no indivíduo. Nos tempos antigos, entretanto, os líderes familiares, os líderes das tribos e os reis representavam ao povo que dirigiam, e todos esperavam compartilhar seus triunfos ao igual a seus fracassos e castigos. Davi merecia castigo por seu pecado, mas sua morte podia ter ocasionado um caos político e a invasão do exército inimigo, causando centenas de milhares de mortos. Em troca, Deus mostrou sua graça ao salvar a vida do Davi. Além disso deteve a praga para que se salvasse a maior parte do povo de Jerusalém.

    Deus nos faz trabalhar juntos, em forma interdependente. Já seja que pensemos que isso é justo ou não. Queiramos ou não, nossas ações sempre afetam a outras pessoas. Não podemos conhecer por completo a mente de Deus neste julgamento severo. Não sabíamos onde estavam os profetas, os líderes das tribos e os outros conselheiros durante este incidente e já seja que o tivessem decidido ou não permaneceram junto ao rei. Nós sim sabemos que depositar nossa confiança unicamente no poder militar é idolatria. Algo que tome o lugar de Deus é pecado, e o pecado origina conseqüências desastrosas.

    21.22-24 Quando Davi quis comprar a terra de Ornam para construir um altar, Ornam a ofereceu generosamente como presente. Mas Davi o rechaçou, dizendo: "Não tomarei para o Jeová o que é teu, nem sacrificarei holocausto que nada me custe". Davi queria oferecer um sacrifício a Deus. A palavra sacrifício implica dar aquilo que lhe haja flanco ao doador algo de si mesmo, tempo ou dinheiro. Está-lhe custando algo o servir a Deus, ou o serve comodamente devido ao excesso do que tem? O dar a Deus o que nada costa, não demonstra seu compromisso.

    21.29-22.1 Gabaón foi uma cidade de Benjamim. Logo que Saul venceu ao Nob, quem era benjaminita, Saul transladou o tabernáculo ao Gabaón. Gabaón se encontrava ao noroeste de Jerusalém, aproximadamente a duas horas de viagem.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30
    H. DO CENSO DAVI e sua sequência (1Cr 21:22 ; 2 Sm. 24: 1-17)

    1 Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar Israel. 2 E disse Davi a Joabe e aos príncipes do povo, Go, a Israel desde Berseba até Dã; e me trazer palavra, para que eu saiba a soma deles. 3 E disse Joabe: O Senhor acrescente ao seu povo cem vezes mais do que eles são: mas, o rei meu senhor, não são todos servos de meu senhor? por que o meu senhor requer isto? porque ele vai ser uma causa de culpa a Israel? 4 palavra No entanto, o rei prevaleceu contra Joabe. Pelo que saiu Joabe, e passou por todo o Israel, e vieram a Jerusalém. 5 E Joabe deu-se o resultado da numeração do povo a Davi. E todo o Israel um milhão de homens e cem mil homens que arrancavam da espada; e de Judá quatrocentos e setenta mil homens que arrancavam da espada. 6 Mas Levi e Benjamim não contou entre eles; porque a palavra do rei foi abominável a Joabe. 7 E Deus estava descontente com esta coisa; . pelo que feriu Israel 8 E disse Davi a Deus, eu pequei muito, em que eu tenho feito isso, mas agora pôr de lado, peço-te, a iniqüidade do teu servo; para eu ter feito muito tolamente.

    9 E o Senhor falou a Gade, o vidente de Davi, dizendo: 10 Vai, e fala a Davi, dizendo: Assim diz o Senhor, te ofereço três coisas: escolher-te um deles, para que eu possa fazê-lo a ti. 11 E Gade veio a Davi, e disse-lhe: Assim diz o Senhor: Toma o que tu queres: 12 quer três anos de fome; ou três meses para ser consumido diante de teus adversários, enquanto a espada de teus inimigos te alcance; ou que por três dias a espada do Senhor, até mesmo a peste na terra, eo anjo do Senhor façam destruição por todo o território de Israel. . Agora, pois, considerar que resposta eu vou voltar para aquele que me enviou 13 Então disse Davi a Gade, estou em grande angústia: me deixe cair, eu oro, nas mãos do Senhor; por muito grande são as suas misericórdias; e não me deixes cair na mão do homem. 14 Então o Senhor enviou uma peste sobre Israel; e caíram de Israel setenta mil homens. 15 E Deus mandou um anjo a Jerusalém para destruí-la, e como ele estava prestes a destruir, o Senhor viu, e se arrependeu daquele mal, e disse ao anjo destruidor: Basta ; agora ficar a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 16 E Davi, levantando os olhos, viu o anjo do Senhor parado entre a terra eo céu, e tinha uma espada desembainhada na sua mão estendida contra Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos. 17 E Davi disse a Deus: Não sou eu que comandou as pessoas a serem numerados? Eu mesmo sou o que pequei, e procedi muito mal; mas estas ovelhas, que fizeram? Seja a tua mão, peço-te, ó Senhor meu Deus, ser contra mim, e contra a casa de meu pai; mas não contra o teu povo, que eles devem ser atormentado.

    Enquanto a conta Samuel explica o ato de Davi tomar o censo como originários com Deus, a conta Cronicas dá um refinamento dessa explicação. Consciente de que Satanás é um agente de Deus, o cronista estabelece o teste moral a que Davi sucumbiu.Enquanto não há dúvida de que Satanás é o inimigo de Deus, não há razão para acreditar que apenas homens como perversos podem servir a Deus em seus propósitos assim pode Satanás. A conta Cronicas nos ajuda a ver a nossa responsabilidade moral. Teste moral é parte da vida, e estamos a viver com esta realização antes de nós. Observe a conta em II Samuel.

    2. O Sacrifício e do Templo Site (21: 18-22: 1 ; conforme 2 Sam 24:18-25.)

    18 Então o anjo do Senhor ordenou a Gade que dissesse a Davi, este deve ir para cima, e na traseira um altar ao Senhor na eira de Ornã, o jebuseu. 19 E Davi, conforme a palavra de Gade, que falara em . o nome do Senhor 20 E virando-se Ornã, viu o anjo;e seus quatro filhos que estavam com ele, se esconderam. Ornã estava trilhando o trigo. 21 E Davi veio a Ornã, Ornã olhou e viu Davi, e saiu da eira, e se prostrou perante Davi com o rosto no chão. 22 Então disse Davi a Ornã: Dá-me o lugar deste eira, para que eu possa construir nela um altar ao Senhor, porque o preço total tu hás de dá-la de mim, que a praga pode ser suspensa do Pv 23:1 Respondeu Ornã a Davi: Toma-o para ti, e seja o meu senhor, o rei fazer o que é bom em seus olhos: lo, eu dou -te os bois para holocaustos, e os trilhos para lenha, eo trigo para a oferta de cereais; Eu dou tudo. 24 E o rei Davi disse a Ornã: Não, mas, em verdade, comprá-lo para o preço total, porque não vai levar o que é teu por Jeová, nem oferecer um holocausto sem custo. 25 E Davi deu a Ornã por aquele lugar de seiscentos siclos de ouro em peso. 26 E edificou ali um altar ao Senhor, e ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas, e invocou o Senhor; e ele lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 27 E o Senhor ordenara o anjo; e ele colocou a sua espada na bainha.

    28 Naquele tempo, vendo Davi que o Senhor lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali. 29 Para o tabernáculo do Senhor que Moisés fizera no deserto, eo altar do holocausto, estavam naquele tempo no alto de Gibeão. 30 Mas Davi não podia ir perante ele para consultar a Deus; pois ele estava com medo por causa da espada do anjo do Senhor. 1 Então disse Davi: Esta é a casa do Senhor Deus, e este é o altar do holocausto para Israel.

    Confissão do pecado em relação ao censo de Davi resultou na palavra divina instruindo-o pela boca do profeta para ir para a eira de Ornã, o jebuseu e erguer um altar ao Senhor (v. 1Cr 21:18 ). Após a sua chegada no local, Davi descobriu Ornã esconder por causa de seu medo de um visitante celestial, o anjo do Senhor, que havia interrompido sua debulha.

    Davi relacionado a Ornã, o objetivo de sua vinda. Ao ouvir isso, Ornã voluntariamente concordou em dar Davi posse do lugar. Davi dispostos a comprar o site e, em seguida, teve um altar para o sacrifício erguido (vv. 1Cr 21:26-27 ). Por causa do sacrifício, o Senhor ordenara o anjo; e ele tornou a sua espada (v. 1Cr 21:27 ).

    A terrível peste foi removido das pessoas, e Davi percebeu que Deus tinha recebido o sacrifício oferecido na eira de Ornã. Como resultado, ele determinou que este lugar de sacrifício era para ser o local do templo. Esta é a casa do Senhor Deus, e este é o altar de holocausto para Israel (v. 1Cr 21:1 ). "O propósito destes versos é mostrar como, em consequência do censo e da peste, o lugar de debulha se tornou o local consagrada do templo." O que começou como um pecado presunçoso de recenseamento teve como sequela um sinal memorável da bênção divina. Quando Davi se arrependeu e ofereceu sacrifício a Deus, veio o fogo do céu e consumiu o sacrifício (v. 1Cr 21:26 ). Há também veio a confirmação divina que eira de Ornã, era para ser o local do templo (v. 1Cr 21:1 ).

    Embora todo o incidente sobre o recenseamento eo sacrifício indica a fraqueza do homem, a verdade mais importante é a revelação da graça de Deus. De uma maneira que escapa análise, Deus fez provisão para um lugar de culto. Monte Moriá tornou-se um local mais sagrado, pois aqui Salomão construiu o templo para o Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30
    21.1 Satanás. O diabo caiu devido ao seu orgulho (conforme Is 14:12-23). Apelou ao orgulho de Davi, o único motivo do censo. Davi não estava satisfeito com a promessa de Deus de que se tornaria uma "grande nação". Satanás é o seu "adversário" cujo nome é dado especificamente aqui. É chamado por trinta nomes e títulos diferentes nas Escrituras. Cada um desses desvenda alguma fase de sua obra. Os nomes mais significativos Sl 1:0),
    2) Príncipe deste mundo (Jo 14:30);
    3) Maioral dos demônios (Mt 12:24);
    5) Tentador (1Ts 3:5). A passagem paralela em 2Sm 24:0 arredonda a, cifra de Judá para 500 mil e observa que em Israel só 800 mil eram tidos por fisicamente capazes.

    21.8 Uma admirável qualidade de Davi, pois ao ser acusado de pecado (2Sm 24:10), ele:
    1) humilhava-se;
    2) reconhecia seu pecado;
    3) fazia restituição, quando possível;
    4) assumia a culpa;
    5) nunca se desculpava;
    6) nunca atribuía a culpa a outrem;
    7) orava pedindo purificação de sua iniqüidade (Sl 51:0). Nesse local, Abraão ofereceu seu filho Isaque a Deus (Gn 22:2, 9), Davi edificou um altar para invocar o nome do Senhor e Salomão edificou o templo.

    21.17 Estas ovelhas. A Bíblia freqüentemente compara os líderes e o povo ao pastor e seu rebanho (11.2; Sl 23:0, onde Davi pagou 50 siclos de prata (11,4 g por siclo, ou 570 g pela eira - no heb, gorem - e pelos bois). Pagou 600 siclos de ouro (em um valor de c. dez mil dólares) pelo lugar todo (lugar, no heb maqom). Foi nesse lugar que, não só o templo, mas vários palácios foram erigidos (2Cr 3:1). O sítio inteiro deve Ter incluído mais que a eira.

    21.26 Respondeu com fogo. Símbolo da aprovação do Senhor, dado em circunstâncias críticas ou especiais (Lv 9:24; 1Rs 18:24, 1Rs 18:38). Talvez essa prova tenha ajudado a determinar o local do templo (22.1).

    21.28 Parece que o Sl 30 - "Cântico da dedicação da casa” - surgiu dos acontecimentos deste capítulo; os vv. 5 e 6 descrevem a situação de Davi nessa questão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30

    5) Davi e o templo (21.1—22.19)
    a) O recenseamento e o local do templo (21.1—22.1)

    O cronista relatou como os despojos da guerra eram separados para o templo. Agora ele relata como o local do templo foi adquirido. Ao contrário do autor de Samuel, o cronista não atribui a Deus a imprudência de Davi na iniciativa do recenseamento, mas a Satanás. Havia se tornado impensável para o judaísmo pós-exílico atribuir o mal a Deus (contraste com Jl 3:6). A idéia de Satanás (o “acusador”) como membro da corte divina, colocado na função de diretor da promo-toria pública do céu, não era nova (conforme 1:0). Aqui, no entanto, alguns o consideram mais como um oponente de Deus, o que é um desenvolvimento novo no pensamento judaico, atribuído comumente (mas não com certeza) à influência do dualismo persa. Alguns estudiosos têm sugerido que a posição dele é destacada ainda mais pela omissão do artigo diante do seu nome, e ele se torna, assim, uma personalidade com vontade e propósito próprios, contrários à vontade e ao propósito de Deus. E aconselhável, no entanto, não exagerar esse ponto, e parece que o cronista ainda estava pensando em termos de Satanás como um agente de Deus, evitando, assim, a declaração ostensiva de Samuel de que foi Deus que tentou a Davi. Aqui é o incitamento de Satanás (levantou-se contra — i.e., trouxe à mente; daí, tentou) que explica a persistência de Davi em realizar o recenseamento apesar da objeção de Joabe.

    O texto não apresenta a razão específica para o recenseamento, nem deixa claro por que esse recenseamento foi considerado errado, visto que a contagem com propósitos militares havia sido autorizada por Deus (Nu 24:0 homens de combate, algo muito mais razoável. A pequena diferença em números em relação ao relato de Samuel se deve ao fato de o cronista omitir Levi e Benjamim (v. 6). Os detalhes do recenseamento em Samuel são também omitidos aqui, visto que o ponto principal dessa seção é a aquisição do local do templo.

    O cronista não registra como Davi chegou à conclusão de que havia errado na realização do recenseamento. O texto paralelo de Samuel sugere que a sua consciência pesou. O profeta Gade recebe a orientação de oferecer três opções ao rei arrependido (v. 9-12). Ele escolhe colocar-se diretamente nas mãos de Deus, em vez de encarar a humilhação de cair nas mãos dos seus inimigos. O resultado é a epidemia em que morreram 70:000. Aqui também o número deve ser entendido como unidades — “70 unidades”. Provavelmente haveria pouca diferença entre os números de mortos em três dias de epidemia e três anos de fome.
    O autor agora chega ao ponto na história em que houve a interrupção da epidemia e a escolha do local para o templo. Davi e o seu grupo estão de partida para Gibeom para fazer sacrifícios e buscam o conselho de Deus. A aparição repentina do anjo do Senhor (v. 16; considerado agora um oficial divino, e não a manifestação de Javé como nas histórias anteriores) gera a necessidade imediata de clamar a Deus com arrependimento e confissão e a oferta de um sacrifício. Isso se dá na eira de Araúna que Davi agora compra. A história tem paralelos próximos com a transação entre Abraão e Efrom (Gn 23), e talvez não seja coincidência que haja esses paralelos evidentes, e outros não tão evidentes, em vista da tradição que associa o monte Moriá de Abraão ao monte Sião de Davi. O uso da palavra terreno (mãqôm) sugere que aqui há um remanescente de uma tradição anterior segundo a qual o lugar já era um local sagrado que foi encampado por Israel como um santuário nacional.

    A aceitação do sacrifício é confirmada pelo fogo que veio do céu (v. 26), uma demonstração poderosa da aprovação divina (conforme Jz 6:21; lRs 18.38; 2Cr 7:1). A ira de Deus foi aplacada, a praga é interrompida e Jerusalém é poupada. A reação positiva ao sacrifício indicou a Davi que esse terreno deveria ser o local do templo e o futuro centro dos sacrifícios e de outras formas de culto para substituir o santuário de Gibeom. E por isso que Davi faz a declaração Dt 22:1. Toda a história mostra então como o local do templo foi escolhido — não foi por acaso, mas pela intervenção divina. Há também uma ilustração clara do grande interesse do autor por temas como fracasso e castigo, graça e restauração. O rei levou a sério a repreensão profética, aceitando o castigo da praga. Portanto, ele não foi apenas perdoado, mas também recebeu um sinal claro do favor divino.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30

    C. Últimos Dias de Davi. 21:1 - 29:30.

    O pecado de Davi com Bate-Seba precipitou uma cadeia de crimes (cons. a licenciosidade de Amnom, na qualidade de "filho do rei", 2Sm 13:4), que se centralizaram à volta do príncipe Absalão e ocuparam o espaço de onze anos completos (2Sm 13:23, 2Sm 13:38; 2Sm 14:28; 2Sm 15:7, traduções com variantes), ou aproximadamente de 990 a 979 A.C. Tal conduta pouco exemplar contribuía pouco, contudo, para o propósito de Esdras de incorporar aos homens do seu tempo a piedade que caracterizou Davi nos melhores dias. Grande parte dos acontecimentos registrados em II Sm. 11-19 não encontram igualmente o paralelo na obra do cronista (cons. Introdução, Ocasião).

    Entre esses deve-se também incluir a revolta de Seba (II Sm. 20); de modo que não foi antes de 975 A.C., nos últimos anos da vida de Davi, que a análise histórica das Crônicas foi retomada. Apresenta então o decorrer do recenseamento de Davi (1Cr 21:1). Os resultados do gênio organizador de Davi, tanto na esfera religiosa (caps. 23-26) rumo na administração civil (cap. 1Cr 27:1), foram esboçados, seguidos de seu desafio final feito ao povo para que fosse fiel ao seu Deus (caps. 28-29). Só o capítulo 21 tem um paralelo direto em outra passagem das Escrituras.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Crônicas Capítulo 21 do versículo 1 até o 30
    e) Os preparativos para o templo (1Cr 21:1-13). Ver 2Sm 24:0. Assim, Satanás é aqui apenas ministro dos propósitos divinos.

    >1Cr 21:5

    Não parece que a divergência entre os algarismos do versículo 5 e os de 2Sm 24:9 seja devida a corrupção de texto. Não se deu qualquer explicação inteiramente satisfatória, mas ver as notas referentes a esta passagem em II Samuel.

    >1Cr 21:7

    Pareceu mal aos olhos de Deus (7). Este versículo não ocorre em Samuel e deve-se considerar como um preâmbulo do desenvolvimento da narrativa. Não há dúvida de que a praga só começou a assolar Israel depois da escolha de Davi (13-14). Além disso, Samuel tem a certeza de que foi a consciência de Davi, não o castigo divino, que levou aquele rei a reconhecer o seu pecado. Três anos de fome (12). Em 2Sm 24:13 o hebraico diz "sete"; todavia, deve-se preferir a versão de Crônicas, com a qual concorda a tradução da Septuaginta Dt 2:0). A diferença consonântica é pequena, e as variantes são provavelmente de atribuir ao fato de se tratar de um nome estrangeiro. Ver nota referente a 1Cr 18:16. E se esconderam com ele seus quatro filhos (20), isto é, para evitar ver o anjo. Comparar com os versículos 15:16. E Ornã estava trilhando o trigo (20). É óbvio que isto foi antes da chegada do anjo, pois, de outro modo, Ornã ter-se-ia escondido com seus filhos. A tradição judaica diz que se escondeu na caverna que indubitavelmente existia debaixo da rocha sobre a qual se colocou mais tarde o altar da oferta queimada e que ainda se pode ver debaixo da chamada Cúpula da Rocha (Mesquita de Omar). Com o versículo 25, compare-se 2Sm 24:24. Todos aqueles que não andam à cata de discrepâncias reconhecem, de uma maneira geral, que não há aqui qualquer contradição. II Samuel indica o preço da eira rochosa, e Crônicas o de todo o lugar da eira, ou seja, toda aquela parte do terreno. O que o rodeava teria sido comprado algo mais tarde (e, uma vez que não havia qualquer praga a deter, a um preço muito mais elevado); todavia, é característico do cronista combinar os dois acontecimentos.

    >1Cr 21:28

    2. A ESCOLHA DO LOCAL DO TEMPLO (1Cr 21:28-22.1). A sintaxe deste passo é difícil. Os versículos 29:30 deveriam ser impressos entre parênteses; 1Cr 22:1 segue-se imediatamente a 1Cr 21:28. Sacrificou ali (28); seria muito melhor traduzir da seguinte forma: "quando sacrificou" ou "depois de ter sacrificado ali". Tem-se pensado que isto significa que, a partir daquela altura, se celebraram sacrifícios naquele local, mas nem o hebraico nem o contexto apóiam semelhante idéia.


    Dicionário

    Ali

    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.

    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Eira

    substantivo feminino Terreno ou local cuja superfície não possui saliências, normalmente feito sobre terra batida, utilizado para debulhar, secar, trilhar e limpar legumes e cereais.
    Local que, situado ao lado das salinas, se destina ao acúmulo de sal.
    [Brasil] Pátio que, adjacente às fábricas de açúcar, se utiliza como depósito de cana.
    Etimologia (origem da palavra eira). Do latim area.ae.

    substantivo feminino Terreno ou local cuja superfície não possui saliências, normalmente feito sobre terra batida, utilizado para debulhar, secar, trilhar e limpar legumes e cereais.
    Local que, situado ao lado das salinas, se destina ao acúmulo de sal.
    [Brasil] Pátio que, adjacente às fábricas de açúcar, se utiliza como depósito de cana.
    Etimologia (origem da palavra eira). Do latim area.ae.

    Terreno onde se secam e limpam os cereais e legumes, nas marinhas, se ajunta o sal

    Eira Área de terra batida onde se secam e malham cereais (Rt 3:2; Mt 3:12).

    Jebuseu

    adjetivo Relativo a Jebus, nome dado à cidade de Jerusalém, quando em poder dos jebuseus.
    Etimologia (origem da palavra jebuseu). De Jebus, nome próprio.
    substantivo masculino Nome de uma das tribos de Canaã, antes da conquista do país pelos hebreus.
    Indivíduo dos jebuseus.

    Jebuseu
    1) Descendente de CANAÃ 1, (Gn 10:16).


    2) Morador de JEBUS (2Sm 5:6).


    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Orna

    hebraico: grande pinheiro

    Ornã

    Ornã V. ARAÚNA (1Cr 21:15).

    Responder

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    Sacrificar

    verbo transitivo Oferecer em sacrifício, em holocausto à divindade; imolar.
    Consagrar inteiramente.
    Desprezar (coisa ou pessoa) em favor de (outra): sacrificar a vida pelos filhos.
    Diminuir o valor, prejudicar, pôr em risco: o autor sacrificou o papel.
    Renunciar voluntariamente a.
    verbo pronominal Devotar-se inteiramente a; tornar-se vítima de (algum ideal, interesse): sacrificar-se pela pátria, pelos filhos.

    Sacrificar Oferecer SACRIFÍCIO (Ex 3:18)

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tempo

    substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
    Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
    O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
    Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
    Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
    Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
    Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
    Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
    Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
    Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
    [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
    [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
    Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
    Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
    [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
    [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
    Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

    A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

    os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
    i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
    ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

    O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

    [...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

    [...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

    O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

    [...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

    A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

    O tempo é o nosso grande benfeitor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

    Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

    [...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

    [...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

    [...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    [...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

    O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

    [...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

    O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

    [...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


    Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

    Vendar

    verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
    Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

    Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Crônicas 21: 28 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Naquele tempo, ao ver Davi que o SENHOR lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali.
    I Crônicas 21: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    979 a.C.
    H1637
    gôren
    גֹּרֶן
    eira
    (the threshing floor)
    Substantivo
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H2076
    zâbach
    זָבַח
    abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
    (and offered)
    Verbo
    H2983
    Yᵉbûwçîy
    יְבוּסִי
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H6030
    ʻânâh
    עָנָה
    E respondido
    (And answered)
    Verbo
    H6256
    ʻêth
    עֵת
    tempo
    (toward)
    Substantivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H771
    ʼOrnân
    אׇרְנָן
    ()
    H8033
    shâm
    שָׁם
    lá / ali
    (there)
    Advérbio


    גֹּרֶן


    (H1637)
    gôren (go'-ren)

    01637 גרן goren

    procedente de uma raiz não utilizada significando suavizar; DITAT - 383a; n m

    1. eira
    2. (DITAT) celeiro, chão de celeiro, local de debulha, lugar vazio

    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    זָבַח


    (H2076)
    zâbach (zaw-bakh')

    02076 זבח zabach

    uma raiz primitiva; DITAT - 525; v

    1. abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
      1. (Qal)
        1. imolar para sacrifício
        2. abater para comer
        3. abater em julgamento divino
      2. (Piel) sacrificar, oferecer sacrifício

    יְבוּסִי


    (H2983)
    Yᵉbûwçîy (yeb-oo-see')

    02983 יבוסי Y ebuwciŷ

    procedente de 2982; n patr m

    Jebuseus = “descendentes de Jebus”

    1. descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o nome primitivo de Jerusalém

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    עָנָה


    (H6030)
    ʻânâh (aw-naw')

    06030 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

    1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
      1. (Qal)
        1. responder, replicar
        2. testificar, responder como testemunha
      2. (Nifal)
        1. dar resposta
        2. ser respondido, receber resposta
    2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
    3. (Qal) habitar

    עֵת


    (H6256)
    ʻêth (ayth)

    06256 עת ̀eth

    procedente de 5703; DITAT - 1650b; n. f.

    1. tempo
      1. tempo (de um evento)
      2. tempo (usual)
      3. experiências, sina
      4. ocorrência, ocasião

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אׇרְנָן


    (H771)
    ʼOrnân (or-nawn')

    0771 ארנן ’Ornan

    provavelmente procedente de 766; n pr m Ornã = “a luz foi perpetuada: seus ciprestes”

    1. um jebuseu que vendeu a Davi uma eira para um altar

    שָׁם


    (H8033)
    shâm (shawm)

    08033 שם sham

    uma partícula primitiva [procedente do pronome relativo, 834]; lá (transferindo para tempo) então; DITAT - 2404; adv

    1. lá, para lá
      1. para lá (depois de verbos de movimento)
      2. daquele lugar, de lá
      3. então (como um advérbio de tempo)