Enciclopédia de Ester 1:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

et 1: 12

Versão Versículo
ARA Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei; pelo que o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira.
ARC Porém a rainha Vasti recusou vir conforme à palavra do rei, pela mão dos eunucos; pelo que o rei muito se enfureceu, e ardeu nele a sua ira.
TB A rainha Vasti, porém, recusou vir, como o rei lhe tinha ordenado por meio dos eunucos; portanto, o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira.
HSB וַתְּמָאֵ֞ן הַמַּלְכָּ֣ה וַשְׁתִּ֗י לָבוֹא֙ בִּדְבַ֣ר הַמֶּ֔לֶךְ אֲשֶׁ֖ר בְּיַ֣ד הַסָּרִיסִ֑ים וַיִּקְצֹ֤ף הַמֶּ֙לֶךְ֙ מְאֹ֔ד וַחֲמָת֖וֹ בָּעֲרָ֥ה בֽוֹ׃
BKJ A rainha Vasti, porém, recusou-se a vir diante do mandamento do rei por meio dos seus camareiros; pelo que o rei ficou muito irado, e ardeu nele a sua ira.
LTT Porém a rainha Vasti recusou vir em obediência à palavra do rei, enviada pela mão dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu-se a sua ira dentro dele .
BJ2 A rainha Vasti, porém, recusou-se a vir segundo a ordem do rei, transmitida pelos eunucos. O rei se enfureceu muito e sua ira se inflamou.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ester 1:12

Gênesis 3:16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
Êxodo 32:19 E aconteceu que, chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se o furor de Moisés, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte,
Êxodo 32:22 Então, disse Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal;
Deuteronômio 29:20 O Senhor não lhe quererá perdoar; mas, então, fumegará a ira do Senhor e o seu zelo sobre o tal homem, e toda maldição escrita neste livro jazerá sobre ele; e o Senhor apagará o seu nome de debaixo do céu.
Salmos 74:1 Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?
Salmos 79:5 Até quando, Senhor? Indignar-te-ás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo?
Provérbios 19:12 Como o bramido do filho do leão é a indignação do rei; mas, como o orvalho sobre a erva, é a sua benevolência.
Provérbios 20:2 Como o bramido do leão é o terror do rei; o que provoca a sua ira peca contra a sua própria alma.
Daniel 2:12 Então, o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
Daniel 3:13 Então, Nabucodonosor, com ira e furor, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a esses homens perante o rei.
Daniel 3:19 Então, Nabucodonosor se encheu de furor, e se mudou o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; falou e ordenou que o forno se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer.
Naum 1:6 Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas.
Efésios 5:22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
Efésios 5:24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
I Pedro 3:1 Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,
Apocalipse 6:16 e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

XERXES E ESTER

486-465 a.C.
XERXES PLANEJA VINGANCA
Dario foi sucedido por seu filho Xerxes (486-465 a.C.). Daniel fala de Xerxes de forma profética: "Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia" (Dn 11:2). Xerxes não podia esquecer a derrota vergonhosa sofrida por seu pai Dario, nas mãos dos atenienses; assim, deu ordem ao seu servo para lhe dizer diariamente: "Senhor, lembra-te dos atenienses" e fez preparativos para uma invasão em grande escala. Em 483 a.C., Xerxes ordenou a construção de um canal na faixa estreita de terra ao norte do monte Atos, onde a trota de Dario havia naufragado. Em 480 a.C., a fim de transportar o exército persa pelo estreito de Dardanelos que separa a Ásia da Europa, Xerxes ordenou construção de duas pontes, usando navios de guerra amarrados uns as outros para sustentá- las: 360 navios para a ponte do norte e 314 para a ponte do sul. A parte de cima foi coberta de gravetos e terra batida e as laterais foram cercadas para que os cavalos e mulas não vissem a água e se assustassem. Os soldados persas levaram sete dias e sete notes para atravessar as pontes.

XERXES INVADE A GRÉCIA
O exército persa avançou para dentro do território grego. Heródoto descreve em detalhes as diversas nacionalidades desse exército, suas roupas e armas, e faz uma estimativa do total de soldados e ajudantes: 5.283.220, um número que os estudiosos de hoje reduzem consideravelmente Descreve o exército bebendo de rios até secarem "Não é de surpreender que, com tantas pessoas e animais, os rios, por vezes, não tenham sido capazes de prover água suficiente" (Heródoto Histórias, 7.187).
O avanço do exército numeroso foi impedido por um grupo de trezentos soldados de Esparta que guardaram o desfiladeiro das Termópilas, na região central da Grécia. Por fim, um traidor mostrou as persas um caminho secreto pelas montanhas, os espartanos foram removidos e os persas se dirigiram a Atenas. A maioria dos atenienses fugiu da cidade e se refugiou nas ilhas de Egina e Salamina. Alguns, porém, crendo num oráculo de Delfos, segundo o qual um muro de madeira permaneceria intacto, construíram um muro de madeira temporária sobre a Acrópole e se refugiaram atrás dele. Os soldados persas amarraram em suas flechas pedaços de estopa e, depois de les atear fogo, atiraram-nas contra o muro que foi destruído pelo fogo. Ainda assim, os atenienses resistiram, lançando grandes pedras do alto do monte sobre os soldados persas que avançavam. Por fim, porém, os persas subiram a encosta da Acrópole e queimaram todos os templos. Xerxes parecia ter realizado sua ambição de tomar Atenas e se vingar da derrota de seu pai em Maratona, dez anos antes. A frota grega, porém, ainda estava intacta e muitos atenienses acreditavam que, na verdade, essas trezentas e dez embarcações eram o muro de madeira ao qual o oráculo de Delfos havia se referido.

DERROTAS EM SALAMINA E PLATÉIA
Os gregos atraíram a frota persa para um canal estreito entre a ilha de Salamina e a região continental da Grécia. Xerxes assistiu à batalha subseqüente de seu trono em terra firme. O confronto no mar foi violento e, mais uma vez, os persas levaram a pior. Diz-se que perderam cerca de duzentas embarcações, enquanto os gregos só perderam quarenta. Os navios persas restantes voltaram ao mar Egeu a fim de proteger as pontes no estreito de Dardanelos. A maioria dos soldados persas regressou à Ásia com Xerxes. Um exército menor, talvez com cerca de setenta e cinco mil dos melhores guerreiros persas, foi deixado na Grécia sob o comando de um general chamado Mardônio. Esse exército foi derrotado pelos gregos em Platéia, na região central da Grécia, no ano seguinte (479 a.C.).

A RAINHA VASTI
O livro de Ester começa com Xerxes (também chamado de Assuero) oferecendo um banquete de sete dias para nobres e oficiais no terceiro ano de seu reinado (483 a.C.). O relato bíblico informa que os líderes militares e nobres das províncias estavam presentes. E possível que a campanha malograda na Grécia tenha sido iniciada nessa ocasião. No sétimo dia, quando estava embriagado com vinho, Xerxes ordenou que sua rainha, Vasti, se apresentasse no banquete. A rainha, equiparada por alguns com a rainha de Xerxes chamada Amestris, recusou comparecer. Como resultado de sua desobediência e do mau exemplo dado às esposas de todo o seu reino, Vasti foi destituída do seu cargo de rainha.

ESTER
A próxima data fornecida no livro de Ester é o décimo mês do sétimo ano (479 a.C.). Sem dúvida, Xerxes passou o período entre o terceiro e o sétimo ano envolvido nos confrontos na Grécia. Sob a orientação de seu prime e guardião, Mordecai, uma bela moça judia chamada Hadassa, ou Ester, se apresentou no harém do palácio sem revelar suas origens e foi escolhida para ser a nova rainha de Xerxes. O livro de Ester narra uma história dramática que se passa na residência de inverno dos reis persas em Susà, no sudeste do atual Irã. A corte do rei persa, descrita no primeiro capítulo do livro, corresponde às evidências arqueológicas e inscrições dessa cidade. "Havia tecido branco, linho fino e estofas de púrpura atados com cordões de linho e de púrpura a argolas de prata e a colunas de alabastro. A armação dos leitos era de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, de mármore, de alabastro e de pedras preciosas" (Et 1:6). Mordecai descobriu uma conspiração para assassinar Xerxes, mas apesar de terem sido registrados nos anais do rei, seus atos foram esquecidos quando o perverso Hamã convenceu Xerxes a permitir o extermínio dos judeus.3 Mordecai insistiu para Ester tomar uma providência a fim de salvar seu povo: "E quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?" (Ft 4.14b). Arriscando sua vida, Ester pedi uma audiência particular com seu marido. O rei estendeu seu cetro de ouro em sinal de aprovação e se dispôs a atender o pedido da rainha.* Ester convidou Xerxes e Hamã para um banquete, mas só apresentou seu pedido num segundo banquete, realizado do dia seguinte. Entre um banquete e outro, Hamã preparou uma forca para "o judeu Mordecai" e o rei insone leu nos anais reais aquilo que Mordecai havia feito por ele. Quando Hamã foi ao palácio com a intenção de pedir o enforcamento de Mordecai, Xerxes lhe perguntou o que se devia fazer ao homem ao qual o rei desejava honrar. Pensando que o rei estava se referindo a ele, Hamã sugeriu vários gestos pomposos que, em seguida, teve de realizar para o judeu Mordecai. A esposa de Hamã considerou esse episódio um agouro: "Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele" (Et 6:13). No segundo banquete, Ester revelou a trama de Hamã e salvou os judeus do extermínio. Hamã e seus filhos foram executados na forca preparada por ele para Mordecai, enquanto este último foi promovido a primeiro-ministro de Xerxes.

ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Em 465 a.C, Xerxes foi assassinado numa conspiração palaciana e sucedido por seu filho, Artaxerxes (no hebraico, Artashasta) Amestris (possivelmente Vasti, segundo a proposta mencionada acima), mãe de Artaxerxes, atuou como rainha-mãe até falecer em 424 a.C. Caso essa proposta esteja correta, Vasti conseguiu reaver sua posição de poder (é impossível determinar se o fez à custa de Ester). A ideia não é conflitante com o relato do livro de Ester, no qual não se faz menção de Vasti ter sido executada ou se divorciado formalmente do rei. Os judeus instituíram a festa de Purim para lembrar Mordecai, o livramento obtido pelos esforços de Ester e a revogação da sorte (pur) que Hamã havia lançado para eles.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO 1

A ASCENSÃO DE ESTER

Ester 1:1-2.23

A. A REJEIÇÃO DE VASTI, 1:1-22

1. O Banquete de Assuero (1:1-9)

Foi no terceiro ano de Assuero (1; Xerxes), rei da Pérsia, 486-465 a.C., que nossa história teve início. Houve uma grande convocação dos governantes e nobres do vasto império para virem a Susã, capital persa (veja o mapa). Esta grande festa deveria durar seis meses, durante os quais seriam apresentados a riqueza e esplendor do rei e a exce-lência do seu domínio do mundo, como uma revisão periódica. O poder da Pérsia e Média (3), ou seja, "os oficiais do exército Medo e Persa" (Moffat). Havia indubitavelmente um banquete para os visitantes nobres no início deste período, assim como para os cida-dãos de Susã (desde o maior até ao menor), juntamente com seus nobres visitantes no final – com duração de sete dias (5).

A descrição dos encontros nestes banquetes é similar à informação procedente de outras fontes históricas, com relação aos costumes persas nos dias de Xerxes. Os leitos (6), "a armação dos leitos era de ouro e prata sobre um pavimento de alabastro" (Berk.). Heródoto (IX.
82) fala dos leitos de ouro e prata que os gregos tomaram dos persas. Foram descobertos pelos arqueologistas pedaços de pilares de mármore e pavimentos de mosaico do palácio real deste período'.

O beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro (8) ; "O ato de beber estava prescrito, porém não era obrigatório". (Berk.). As mulheres, conforme o cos-tume oriental, eram separadas dos homens em tais ocasiões, mas também tinham a sua festa. A rainha Vasti oferecia um banquete na casa real que pertencia ao rei Assuero (9).

  • A Recusa de Vasti (1:10-12)
  • No último dia do banquete, enquanto o rei estava embriagado, enviou seus camareiros reais para trazer a rainha a fim de exibir sua beleza aos seus convidados, certamente de maneira orgulhosa. Porém, a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei (12). Esta recusa direta da rainha ocasionou muitos comentários favoráveis por parte dos críticos. Eles sentem que podemos nos inclinar a glorificar a personalidade e cora-gem de Ester, porém, mediante o desprezo de Vasti, que pode ter mostrado, em alguns aspectos, maior coragem do que a judia. "Se Ester veio ao reino com um propósito espe-cífico (4,14) ", observa Wick Broomal2, "certamente podemos dizer que o nobre exemplo de modéstia feminina de Vasti não pode ser facilmente esquecido. Nosso mundo moderno precisa de mais mulheres como esta rainha, relutantes em expor seus corpos seminus para a contemplação da multidão". Talvez aumentemos nossa consideração por Vasti se pensarmos que não havia realmente uma lei ou costume, que tornasse inapropriado para as esposas estarem presentes em um banquete com seus maridos. Parece que ela se recusou a obedecer ao pedido do rei por motivos pessoais. Provavelmente, percebeu que por causa de sua escolha poderia perder a sua posição, ou até mesmo a própria vida.

  • Vasti é Destituída (1:13-22)
  • A recusa de Vasti em concordar com o pedido do rei deixou o embriagado monarca enfurecido. Ele entregou o destino da rainha nas mãos dos astrólogos da corte, que em tais ocasiões eram seus conselheiros mais confiáveis. Embora estes conhecessem o tem-peramento do rei, e soubessem que ele provavelmente se arrependeria de sua atitude quando se recuperasse de seu estupor alcoólico, estes homens inteligentes resolveram tirar vantagem da oportunidade para obter a publicação de um decreto que contribuiria com os interesses da disciplina doméstica. Assaz desprezo e indignação (18) : "as mulheres da Pérsia e Média... estão falando com orgulho e petulância com todos os ofici-ais do rei" (Moffat). Vasti não poderia mais entrar na presença do rei Assuero, e o reino dela deveria ser dado a outra melhor do que ela (19) ; as esposas de todas as partes deveriam honrar seus maridos (20) ; e todo homem deveria manter as regras e a liderança de sua casa (22). G. Campbell Morgan nota que "a história revela o lugar que a mulher ocupava fora da aliança do povo escolhido. Ela era, simultaneamente, uma di-versão e uma escrava do homem'.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    *

    1.1

    Assuero.

    Também conhecido como Xerxes (486 - 465 a.C.), Assuero foi o rei persa mencionado em Esdras 4:6. Ele tornou-se famoso por consolidar o império de seu pai, Dario, por seus bem sucedidos projetos de construção, e por suas guerras contra os gregos, de 480 a 470 a.C.

    Etiópia. No hebraico, "Cuxe", na região ao sul do Egito, que agora faz parte do norte do Sudão.

    cento e vinte e sete províncias. A referência aqui é ao grande número de divisões dentro dos vinte distritos administrativos maiores, ou satrapias, dentro do império persa.

    * 1:2

    na cidadela de Susã. Essa acrópole, um palácio fortificado a 36,60 m acima da cidade circundante de Susã, era uma das três capitais persas e a residência real de inverno. Tem sido escavada por diversas vezes, desde 1851.

    * 1:3

    no terceiro ano. 483 a.C.

    * 1.4-7

    Durante cento e oitenta dias o rei exibiu com ostentação as riquezas reais. A dispendiosa festa externa de sete dias foi o clímax das celebrações. Os detalhes esmerados dos vasos de beber e da abundância do vinho salienta a generosidade do monarca.

    * 1:9

    Vasti. Esse nome, que não se encontra em qualquer outro lugar, pode estar relacionado à palavra persa que significa "a amada" ou "a melhor". Fontes informativas extrabíblicas dão à rainha de Assuero o nome de Amestris. Ele pode ter tido outras rainhas.

    * 1:12

    As razões para a desobediência de Vasti não são citadas no texto hebraico, embora os antigos intérpretes judeus tenham explicado que ela recebera ordens de comparecer despida, vestindo apenas a sua coroa, ou então que ela apresentava algum defeito físico. A recusa da rainha em obedecer introduz o tema da obediência e da desobediência.

    * 1:13-14

    entendiam dos tempos. Essa expressão usualmente refere-se à astrologia, embora neste contexto provavelmente signifique "procedimento apropriado a ser seguido" (conforme 13 12:32'>1Cr 12:32). O sabor satírico da narrativa evidencia-se no fato do rei, que acabara de exibir todo o seu poder e a glória de seu magnificente reino, precisar consultar os peritos nas questões de lei e de justiça, e dirigir-se aos nobres (conforme Ed 7:14) conselhos sobre como enfrentaria o comportamento de sua esposa.

    * 1:19

    se inscreva, nas leis dos persas... e não se revogue. A imutabilidade das leis decretadas pelos reis é uma característica importante no desenvolvimento dessa narrativa (4.11; 8.8). Era preciso efetuar o plano de banir Vasti, entregando a posição dela para alguém melhor, mais bela e mais obediente.

    * 1:21-22

    cartas a todas as províncias do rei. O sistema postal dos persas, renomado por sua eficiência, foi usado para publicar os irrevogáveis decretos reais (3.12-14; 8.9,10; conforme 9.20,30).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1:1 A história do Ester começa no 483 a.C., 103 anos depois de que Nabucodonosor se levasse cativos aos judeus (2 Rseis 25), 54 anos depois de que Zorobabel guiasse ao primeiro grupo de cativos de retorno a Jerusalém (Esdras 1:2) e 25 anos antes que Esdras guiasse ao segundo grupo a Jerusalém (Esdras 7). Ester vivia no reino da Persia, o reino que dominava o Meio Oriente depois da queda de Babilônia no 539 a.C. Os pais do Ester deveram estar entre aqueles cativos que decidiram não retornar a Jerusalém, mesmo que Ciro, o rei nesse tempo, tinha emitido um decreto permitindo-o. Os cativos judeus tinham grande liberdade na Persia, e muitos permaneceram aí devido a que já se estabeleceram ou tinham medo de fazer a perigosa viagem de volta a sua terra natal.

    1:1 Asuero, também chamado Jerjes o Grande, foi o quinto rei da Persia (486-465 a.C.). Era soberbo e impulsivo, como o podemos deduzir da narração do capítulo 1. Seu palácio de inverno estava em Suas, onde levou a cabo o banquete descrito em 1:3-7. Freqüentemente, antes de ir à guerra, os reis persas celebravam grandes banquetes. No 481, Asuero lançou um ataque contra Grécia. depois de que sua armada ganhou uma grande vitória no Termópilas, foi derrotado na Salamina no 480 e teve que retornar a Persia. Ester começou seu reinado no 479 a.C.

    1:4 A celebração durou cento e oitenta dias (quase seis meses) devido a seu propósito real era o de planejar uma estratégia de batalha para invadir a Grécia e demonstrar que o rei tinha suficiente riqueza para levá-la a cabo. A razão de liberar uma guerra não era somente questão de sobrevivência, a não ser uma maneira de adquirir mais riqueza, território e poder.

    1.5-7 Persia era uma potência mundial, e o rei, como centro desse poder, era uma das pessoas mais ricas do mundo. Aos reis persas adoravam fazer alarde de sua riqueza, inclusive até o ponto de levar pedras preciosas em suas barbas. As jóias eram um símbolo de hierarquia entre os homens persas. Até os soldados levavam grandes quantidades de jóias de ouro enquanto participavam de batalha.

    O MUNDO NOS DIAS DO ESTER: Ester vivia na capital do vasto Império Meço-persa, que tinha incorporado as províncias de Meia, Persia, assim como os impérios anteriores de Assíria e Babilônia. Ester, um feijão, foi escolhida pelo rei Asuero para ser sua rainha. A história da forma em que salvou a seu povo se desenvolve no palácio de Suas.

    1:8 "Que ninguém fosse obrigado a beber" significa que os convidados podiam beber muito ou pouco, como eles quisessem. (Pelo general, o rei controlava quanto podiam beber seus convidados).

    1:9 Os antigos documentos gregos chamam Amestris à esposa do Asuero, provavelmente uma forma grega para o Vasti. Vasti foi deposta em 484/483 a.C., mas a menciona outra vez nos registros antigos como a reina mãe durante o reinado de seu filho Artajerjes, que aconteceu ao Asuero. Para o final do reinado do Asuero, não se sabe se a reina Ester morreu ou se Vasti pôde, por meio de seu filho, recuperar a influência que tinha perdido.

    1:10 Alguns conselheiros e funcionários do gabinete eram castrados para evitar que tivessem filhos e que se rebelassem e tratassem de estabelecer uma dinastia própria. Um funcionário oficial castrado era chamado eunuco.

    1:10, 11 Asuero, meio ébrio, tomou uma decisão imprudente, apoiada exclusivamente nos sentimentos. Sua moderação e sua sabedoria prática se debilitaram pelo excesso de vinho. As decisões inadequadas se tomam quando não se tem claro o entendimento. Apóie suas decisões em um raciocínio cuidadoso e não nas decisões do momento. As decisões impulsivas conduzem a severas complicações.

    1:12 A reina 5asti se negou a exibir-se ante o grupo de varões do rei, possivelmente porque ia contra os costumes persas o que uma mulher se apresentasse diante de uma reunião pública de homens. Este conflito entre o costume persa e a ordem do rei a colocou em uma situação difícil, e decidiu rechaçar a ordem de seu marido já que estava meio ébrio, esperando que mais tarde voltasse para seus cabais. sugeriu-se que Vasti pôde ter estado grávida do Artajerjes, quem nasceu no 483 a.C. e que não quis ser vista em público nesse estado.

    Qualquer que tenha sido a razão, sua ação foi uma violação do protocolo, o que também colocava ao rei Asuero em uma situação difícil. Uma vez dada uma ordem, um rei persa não podia retratar-se (veja-a nota a 1.19). Enquanto se preparava para invadir a Grécia, Asuero tinha convidado a funcionários oficiais de todo seu reino a ver seu poder, sua riqueza e sua autoridade. Se se tivesse percebido que não tinha autoridade sobre sua esposa, viu-se em perigo sua credibilidade militar, o mais importante critério de êxito para qualquer rei da antigüidade. Além disso, o rei Asuero estava acostumado a obter o que queria.

    1.13-15 Asuero, como a maioria dos governantes do passado e da atualidade, tinha um punhado de conselheiros aos que consultava na maioria de seus assuntos. Freqüentemente, o êxito de um rei se incrementava ou diminuía devido à sabedoria destes homens. Daniel era um destes conselheiros sob o governo do rei Darío e do rei Ciro (Dn 6:28) e possivelmente também sob o governo dos três reis persas seguintes.

    1:15 Freqüentemente, os reis do Meio Oriente não tinham relações pessoais próximas com suas algemas. Asuero demonstrou isto devido a que (1) tinha um harém (2.3), (2) não mostrou nenhum respeito pela pessoa do Vasti (1.10-12), e (3) Ester, quando chegou a ser reina, não o viu durante compridos períodos (4.11).

    1.16-21 Possivelmente a mente dos homens tenha estado afetada pela bebida. Obviamente esta lei não faria que as mulheres da cidade respeitassem a seus maridos. O respeito entre um homem e uma mulher surge da avaliação entre si como criaturas feitas à imagem de Deus, não por pronunciamentos legais nem ordens. A obediência forçada é um substituto deficiente do amor e do respeito que os cônjuges devem ter entre si.

    1:19 Para muitas pessoas de seu povo, um rei persa era considerado um deus. portanto, uma vez que emitia uma lei ou ordem, permanecia para sempre (vejam-nas notas a 8.8 e Dn 6:8). A lei nunca podia ser cancelada, mesmo que tivesse sido imprudente. Mas se era necessário, podia-se emitir uma nova lei para neutralizar os efeitos da anterior.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    I. No reinado de Assuero (Et 1:1)

    1 Ora, aconteceu, para passar nos dias de Assuero (o Assuero que reinou desde a Índia até a Etiópia, sobre cento e vinte e seis províncias), 2 que, naqueles dias, quando o rei Assuero assentado no trono do seu reino, que estava em Susã, a capital, 3 no terceiro ano de seu reinado, deu um banquete a todos os seus príncipes e seus servos; o poder da Pérsia e da Média, os nobres e príncipes das províncias, sendo antes dele; 4 quando ele mostrou as riquezas do seu glorioso reino, eo esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, cento e oitenta dias. 5 E, quando estes dias foram cumpridos, o rei um banquete a todo o povo que se achava em Susã, a capital, grandes e pequenos, por sete dias, no pátio do jardim do palácio do Ap 6:1 Havia cortinas debranco pano, de verde , e de azul, atadas com cordões de linho fino e de púrpura a argola de prata ea colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de vermelho e branco e amarelo, e mármore preto.

    7 E dava-se de beber em copos de ouro (os quais eram diferentes uns dos outros), e muito vinho real, segundo a generosidade do Ap 8:1 E o beber era de acordo com a lei; ninguém poderia obrigar: pois o rei tinha ordenado a todos os oficiais da sua casa, que fizessem conforme a vontade de Ct 1:1 ). De acordo com o famoso historiador grego Heródoto, Assuero chamou uma grande assembléia em Susã, capital da Pérsia, no ano de 483 aC a planejar uma expedição militar contra a Grécia. É razoável considerar a assembleia referida por Heródoto como o mesmo evento referido no Ester como uma grande festa.

    No entanto, Heródoto viu a montagem como preparando o palco para uma crise da guerra entre a Pérsia e Grécia, enquanto que o relato bíblico narra a festa como um episódio necessário preparar o caminho para desenvolvimentos dentro Persia que viriam a ter grande significado para os judeus ainda na Babilônia .

    B. VASHTI deposto (1: 13-22)

    13 Então disse o rei aos sábios que entendiam dos tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei, na todos os que sabiam a lei eo direito; 14 e junto a ele estavam Carshena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, Memucã , os sete príncipes da Pérsia e da Média, que viam o rosto do rei, e se sentaram pela primeira vez no reino), 15 O que devemos fazer então à rainha Vasti de acordo com a lei, porque ela que não fez a licitação do rei Assuero, por meio dos camareiros ? 16 E Memucã respondeu perante o rei e os príncipes, a rainha Vasti não tem feito de errado com o rei só, mas também a todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero. 17 Para este que a rainha fez chegará ao conhecimento de todas as mulheres, para fazer seus maridos desprezível em seus olhos, quando se disser: O rei Assuero mandou que a rainha Vasti que ser trazida diante dele, mas ela não veio. 18 E neste mesmo dia as princesas da Pérsia e da Média, sabendo do que a rainha fez dizero como a todos os príncipes do rei. Assim , surgirá muito desprezo e indignação. 19 Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real dele, e escreva-se entre as leis dos persas e dos medos, para que não seja alterado, que Vasti não mais do rei Assuero, e dê o rei os seus direitos de rainha a outra que seja melhor do que ela. 20 E quando o decreto do rei que ele fará será publicada ao longo de todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, ., tanto para grandes e pequenos21 E o conselho ao rei e os príncipes; eo rei fez conforme a palavra de Memucã: 22 para que ele enviou cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo a escrever, ea cada povo segundo a sua língua, que cada homem fosse senhor em sua própria casa, e deve falar de acordo com a língua de seu povo.

    Durante o tempo de banquetes, o espírito de folia montado. Em um momento supremo de alegria irreverente, o rei Assuero chamado para sua rainha, Vashti (vv. Et 1:10-11 ). Ele aproveitou a ocasião da festa para mostrar a riqueza e esplendor do seu reino (vv. Et 1:3-4 ). Seu comando para Vashti a aparecer pode ter sido o clímax de sua exposição.

    Nenhuma explicação é dada para a recusa surpresa por Vasti (v. Et 1:12 ), mas parece provável que ela se ressentia de ser exibido antes da festa. Sua ação, no entanto, assim que irritou o rei que, embora a ocasião pediu festividade, ele iniciou uma ordem de negócio: O que devemos fazer então à rainha Vasti, segundo a lei? (v. Et 1:15 ).

    Os sábios aconselhou o rei que, por causa de sua recusa Vashti deve ser banido da presença do rei (v. Et 1:19 ), para que suas esposas da mesma forma agir após o seu exemplo desafiante (v. Et 1:18 ). Esse conselho agradou ao rei, e ele decretou que Vashti ser deposto. Além disso, o rei enviou cartas durante todo o ordenamento império cada um para governar a sua casa (v. Et 1:22 ).

    O ponto sutil envolvido era que as mulheres deveriam submeter-se a todas as regras e caprichos de seus maridos, como Vasti era esperado para submeter-se a Assuero. Tal relacionamento compromete seriamente a dignidade da feminilidade em qualquer cultura e em qualquer século. Um marido não é governar a sua casa depois dessa maneira.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    Esses quatro capítulos iniciais apre-sentam os quatro personagens prin-cipais do drama.

    1. Assuero, o rei (1)

    Como já mencionamos, Assuero era o título do governante persa. Seu nome verdadeiro era Xerxes, e ele governou de 486 a 465 a.C. A histó-ria relata que ele foi um governante impulsivo, e observamos isso no re-lato de Ester. Veja a rapidez com que o rei dá muita autoridade a Hamã e, depois, esquece o que seu decreto envolvia! Note também com que impulsividade ele afasta sua amada esposa e, mais tarde, arrepende-se disso.

    1. O banquete (vv. 1-12)

    Esse acontecimento real tinha por objetivo conferenciar com seus che-fes e líderes para preparar a guerra contra a Grécia. Xerxes acabara com uma revolta no Egito e sentia-se se-guro de poder conquistar a Grécia. A reunião durou 180 dias. O grande banquete aconteceu no final desse período. Isso aconteceu no terceiro ano do reinado de Xerxes ou em 483 a.C. Como Daniel profetizara (Ez 2:36 ss), os medos e os persas esta-vam no poder. O banquete no belo jardim real durou sete dias (v. 5). É claro que havia bebida e que cada convidado podia consumir quanto desejasse. De acordo com o costu-me persa, as mulheres tiveram um banquete separado. Xerxes, ansioso por agradar seus convidados, pediu que a rainha viesse ao banquete dos homens, mas Vasti recusou-se a ir. (O nome Vasti significa "linda mu-lher".) Vasti sabia que o rei e seus convidados estavam sob influência do vinho e que o salão de banquete não era lugar para uma mulher, em especial uma rainha.

    1. O banimento (vv. 13-22)

    O rei ficou atônito com a recusa pú-blica de Vasti em satisfazer seu ca-pricho. Ele procurou os sábios em busca de conselho. (Veremos nes-se livro que Xerxes escuta conse-lhos de diversas pessoas. A história diz que ele era uma marionete nas mãos de vários de seus chefes.) Os homens aconselharam-no a depor Vasti e torná-la um exemplo público para toda a nação. Talvez o "sistema postal" dos persas fosse o melhor do mundo antigo. Ele funcionava um pouco como o antigo serviço postal que utilizava cavalos, em que cava-los e cavaleiros descansados espe-ravam em vários pontos ao longo da rota para fazer rodízio. O rei espe-rava que seu decreto fortalecesse as famílias da terra. Ninguém sabe se isso aconteceu ou não. O que sabemos é que, mais tarde, ele se arre-pendeu de sua decisão.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1.1 Assuero. Este é o rei ao qual os gregos deram o nome de Xerxes, sendo esta a sua maneira de interpretar as consonantes do nome persa do rei khshayarsha, filho de Dario por Atossa, filha de Ciro. Reinou entre 486 e 465 a.C., sobre 127 províncias, enquanto seu pai, Dario, só tinha 120, sobre as quais nomeou sátrapas (Ez 6:1).

    1.3 Escol. Heb hayil, "força", "poder", "virtude", "escol"; são os maiorais do gabinete de Assuero. Houve uma festa privativa para cortesãos e funcionários, que durou seis meses, em 484-483 a.C.

    1.5 Nesta festa pública, o rei era o hospedeiro de todo o povo; uma semana já era muito, quando se tratava de um número tão elevado de pessoas. Susã. Ou Susa, 322 km a leste da Babilônia, era capital de Elão e residência de inverno dos reis persas.

    1.9 Vasti. Esta palavra persa, que significa "bela", é um título dado Amestris, uma das esposas de Assuero (Xerxes I). Era Mulher de má fama por causa de sua crueldade e sensualidade.

    1.12 Amestris recusou-se a ser "brinquedo do rei embriagado", que, querendo fazer alarde público da beleza de sua esposa, estava violando o costume persa de não convidar mulheres para as festas dos homens.
    1.13 Os sábios. Heb hakhãmim, que, na situação persa, nada mais eram senão astrólogos e prognosticadores, que diziam discernir "os tempos favoráveis". Para os persas, eram cientistas cuja opinião devia ser considerada em todos os assuntos importantes do reino.

    1.14 Esses homens eram os sete príncipes da Média e da Pérsia que agiam como ministros do Estado, os conselheiros do rei, de cujas famílias o rei tradicionalmente escolheria sua rainha.
    1.16 Memucã passa a demonstrar que qualquer frouxidão ao tratar do assunto da rainha, provocaria uma aluvião de atitudes de desrespeito da parte das mulheres para com seus maridos. Tal argumento, que parece um pouco infantil, tornou-se, provavelmente, o pretexto para os nobres se verem livres da rainha déspota.
    1.19 E não se revogue. Memucã não quer que uma decisão, feita pelo rei num momento de cólera, instigada pela festa, pela atitude da rainha e pelos conselhos dos sábios, venha, depois, a ser revogada, pois a rainha, uma vez restaurada, logo se vingaria. Exigia-se, portanto, um decreto real registrado nos arquivos do império, que passaria a fazer parte das inalteráveis leis da Média e da Pérsia. A diferença entre casos particulares e temporários, e leis imutáveis se percebe nitidamente em Ez 6:7-27, Ez 6:14-27. A outra. Lit. "à companheira dela", ou seja, alguma outra dama da corte, dentre as sete famílias reais. Dentro da providência de, Deus, porém, as coisas estavam sendo planejadas de maneira diferente: o rei, volúvel e sensual, ao sentir falta da rainha, haveria de ser facilmente persuadido a procurar a moça mais bela do reino (2.4), e era justamente Ester, do povo de Deus, que tinha essa qualidade (2.7).

    1.20 Mandado. Heb pithgãm, é a palavra persa própria para um memorial real, um decreto ou edito. Na forma aramaica pithgãmã', ocorre em Ed 5:7 para definir a "relação escrita", ou consulta formal feita ao rei Dario, pedindo-se uma resposta em forma de decreto.

    1.22 O assunto da autoridade do pai no lar, sendo ele quem impõe os costumes e a língua, não era insignificante naquela época de internacionalismo, quando impérios enormes haviam eliminado as antigas barreiras nacionais. As deportações, conquistas e colonizações produziram uma confusão de casamentos mistos que nunca poderia ser prevista poucos séculos antes. • N. Hom. Cap. 1. A providência de Deus controla os acontecimentos de maneira imprevisível: aquela jovem cativa Ester, jamais poderia sonhar em ser rainha, se não tivesse havido o pensamento indecente e tirânico na mente do rei (v. 11), a altiva recusa da rainha (v. 12), e a sugestão audaciosa e sem precedentes da parte de Memucã (v. 19).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    I. O PREPARO DO CENÁRIO (1.1—2.23)

    1) A rainha Vasti é deposta (1:1-22)
    O contexto histórico é dado: a época — o reinado de Xerxes, e o lugar — o palácio de Susã. Contra o pano de fundo do seu palácio colorido e luxuoso, destacam-se a arbitrariedade, o temperamento impetuoso e as ações precipitadas de Xerxes.
    a) O banquete (1:1-9)
    v. 1. Algumas versões traduzem a primeira palavra do texto hebraico, wyhy (“e sucedeu” [ARC]; foi [NVI]), que geralmente liga um livro ao relato histórico anterior; essa é a primeira palavra de Josué, Juízes, Rute, 1 e II Samuel e também Ezequiel e Jonas. Xerxes, nota de rodapé, Assuero (persa Khshayârsha), significa “herói real”. O autor conhecia mais de uma pessoa com esse nome, por isso determina de qual está falando. Veja a Introdução com relação à identidade de Assuero como Xerxes I (486—
    465) a.C.). desde a índia até a Etiópia: uma tabuinha de um alicerce do palácio de Xerxes em Persépolis traz uma lista dos países do império de Xerxes. índia e Cuxe (Etiópia) estão incluídos. Heródoto também menciona que etíopes e indianos pagavam tributos a Xerxes e lutavam no seu exército, cento e vinte e sete províncias', medinôt são províncias, e não satrapias, que constituem uma unidade maior incluindo várias províncias; veja a Introdução, v. 2. naquela época retoma a iniciativa que foi interrompida pela identificação de Xerxes. reinava em seu trono reforça a sua autoridade real. Alguns eruditos interpretam esse versículo no sentido de que Xerxes estava estabelecido agora como rei, i.e., depois de ter sido bem-sucedido em abafar as rebeliões no Egito e na Babilônia que marcaram a sua subida ao trono, na cidadela de Susã ou na “acrópole de Susã”. Susã estava situada a 300 quilômetros a noroeste da Babilônia e era a antiga capital do Elão. Susã era uma das quatro capitais persas, as outras eram Babilônia, Ecbátana e Persépolis. O hebraico bírãh significa palácio ou fortaleza e não se refere a toda a capital mas à área régia da capital.v. 3. banquete: veja a Introdução. O propósito dessa assembléia dos grandes não é especificado, mas pode bem ter sido planejar a campanha contra a Grécia. Isso também explicaria a necessidade de Xerxes de mostrar a sua riqueza e poder como que para dar a seus hóspedes a confiança na sua habilidade de derrotar os gregos, líderes militares'. heb. “exército”. O hebraico não é claro, visto que hyl (“exército”) não está sintaticamente relacionado com o restante da oração. E improvável que signifique o exército inteiro Dt 14:0 homens, mas provavelmente os líderes do exército. A LXX tem uma expressão que talvez reflita o original hebraico wsry, “e oficiais”, v. 5. todo o povo que estava na cidadela de Susã não quer dizer todos os residentes da cidade, mas todos os que tinham vindo à acrópole para a reunião do conselho, jardim interno: bitan (persa apadana) é uma casa de verão — provavelmente um salão aberto de colunas, v. 6. branco e azul eram as cores reais da Pérsia. Toda a descrição transmite um pouco do luxo da corte. v. 7. vinho-, beber era a característica principal dos banquetes persas. Na corte, havia grande variedade de taças de vinho sofisticadas, das quais os persas muito se orgulhavam. v. 8. cada convidado tinha permissão de beber o quanto desejasse-, o costume normal era que, sempre que o rei bebia, todos também bebiam. A corte persa era conhecida por consumir bebida em excesso, mas o versículo diz também que nessa ocasião ninguém estava obrigado a beber. v. 9. Vasti: acerca da identidade dela, veja a Introdução, banquete às mulheres-, segundo o costume persa, não era necessário que homens e mulheres jantassem em locais separados. As mulheres com freqüência estavam presentes nos banquetes, mas Vasti escolheu fazer a sua festa separada para as mulheres.

    b) A rainha Vasti rejeita a ordem do rei (1:10-12)
    v. 10. alegre-, lit. “o coração estava bom”. O rei não estava bêbado, mas tinha bebido demais para estar completamente sóbrio. Meumã [...] Carcas: embora nenhum desses nomes possa ser identificado fora da Bíblia, parecem persas. Um Carcas ocorre nas ta-buinhas do tesouro de Persépolis. sete oficiais [“eunucos”]: eunucos tinham um papel central na corte, não somente na supervisão do harém, mas também na administração, v. 11. usando a coroa reah lit. “com o turbante do reino” feito de tecido azul e branco; o turbante provavelmente vinha com uma tiara, a beleza dela-, comentaristas judaicos colocam

    Vasti entre as quatro mulheres mais bonitas da história, v. 12. Vasti [...] se recusou a ir. nenhuma razão para isso é dada, mas muitas foram sugeridas. Visto que Josefo afirma que não se permitia a estranhos que vissem a beleza das mulheres persas, alguns sugeriram que talvez a sua modéstia fez 5asti não comparecer diante de um grupo de homens que tinham bebido mais do que era apropriado. Considerando que o banquete ocorreu provavelmente pouco antes do nascimento de Artaxerxes, alguns sugerem que a gravidez fez ela recusar-se a ir. O pedido do rei não era uma violação dos costumes persas, no entanto, e foi expresso como uma ordem formal transmitida pelos eunucos; assim, a recusa de Vasti era um desprezo flagrante ao rei. o rei ftcou furioso-, uma característica de Xerxes era sua ira súbita; conforme 7.7. Observe o paralelismo furioso e indignado, que é um aspecto comum no livro.

    c) O rei decide depor Vasti (1:13-22)
    v. 14. Carsena [...] Memucã-, esses nomes também não são encontrados fora da Bíblia, mas provavelmente são nomes persas. Os sete nobres são mencionados em Heródoto como conselheiros principais do rei. Observe novamente o número sete, um número de significado especial para os persas, tinham acesso direto ao rei-, (conforme Heródoto iii. 84). Isso era in-comum, porque geralmente o rei persa era inacessível para o seu povo. os mais importantes-, i.e., oficiais do primeiro escalão do reino. v. 16. não ofendeu somente o rei-, Memucã deprecia de forma astuta a ira pessoal do rei ao sugerir que a questão afeta todos os seus súditos, v. 19. lei irrevogável da Pérsia e da Média-, observe a ordem, em contraste com Ez 6:8 etc., refletindo a proeminência dos persas a essa altura, irrevogável: veja a Introdução. Os conselheiros queriam muito que a lei fosse irrevogável, pois, se Vasti voltasse ao poder, eles correriam grande perigo, v. 22. em sua própria escrita e em sua própria língua-, no vasto império persa, existia um número considerável de línguas e escritas. Decretos de Xerxes escritos em persa, elamita e babilônio, como também em aramaíco, sobreviveram até os nossos dias.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 9 até o 12

    9-12. No último dia da festa, orei embriagado (Jz 16:25) enviou seus sete camareiros (ou eunucos; cons. Et 1:12,Et 1:15), que eram o seu meio de comunicação com o harém, para buscarem Vasti. As rainhas persas costumavam comer à mesa do rei, mas nem sempre nos grandes banquetes. Temendo por sua dignidade no meio de tal grupo embriagado (Heródoto, 5.18), ela recusou-se terminantemente a obedecer as ordens.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ester Capítulo 1 do versículo 10 até o 12
    b) Vasti recusa-se a comparecer perante o rei (Et 1:10-12)

    Vasti (9), o nome dado pelos autores gregos à primeira rainha de Xerxes é Améstris, mulher notória pela sua crueldade e sensualidade, que casou com ele antes do terceiro ano do seu reinado e continuou a ser rainha até ele morrer. Rawlinson sugere que Vasti (palavra persa que significa "bela") é um título dado a Améstris, e que a deposição foi apenas temporária. Os sete eunucos (10). O número sete era sagrado entre os persas, como entre os hebreus. Estes nomes provavelmente não são persas. Não nos esqueçamos de que muitas nacionalidades estavam representadas entre os numerosos escravos do rei. Porém, a rainha Vasti recusou vir (12). A chamada era, na realidade, uma ordem real transmitida da forma regulamentar através dos eunucos-fato acentuado nos versículos 10:12-15. A recusa de Vesti era, portanto, uma afronta pública. Na realidade, os persas costumavam permitir que as suas mulheres assistissem às suas festas libatórias (ver Heródoto 5.18). Portanto, na ordem dada a Vasti nada sugere uma afronta.


    Dicionário

    Arder

    verbo intransitivo Inflamar-se; estar em chamas.
    Estar aceso.
    Figurado Diz-se das paixões da alma.
    Figurado Estar apaixonado, colérico, entusiasmado.
    Sentir muito calor.
    Causar ardor: o que arde, cura.
    Brilhar, cintilar.
    Estar inquieto, sobressaltado.
    Arder em febre, ter muita febre.
    Arder por alguém, ter-lhe muito amor.

    Conforme

    segundo. – “Estas duas palavras – diz Roq. – não são frases adverbiais como quer o autor dos sinônimos (refere-se a fr. F. de S. Luiz): são, sim, advérbios, ou Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 309 antes preposições, que correspondem à latina secundum; e com elas explica-se a conformidade de uma coisa com outra. Conforme, no entanto, supõe a coisa mais exata e indispensável; e segundo supõe-na menos absoluta, ou mais voluntária. – Dou-o conforme o recebi; fica conforme estava (isto é: exatamente como estava, ou como me tinham dado). João vive segundo lhe dita seu capricho; fala segundo lhe dá na cabeça. – Nos dois primeiros exemplos não se pode usar da voz segundo, porque não explicaria uma conformidade tão absoluta e exata, como exige aquela ideia; nem nos segundos se pode usar com propriedade da voz conforme, porque daria à ideia uma conformidade demasiado exata, e menos livre e voluntária, do que se quer dar a entender. – Esta diferença se faz mais perceptível quando a conformidade, que se quer explicar com a proposição, se apoia só numa probabilidade ou numa opinião; pois em tal caso se vê claramente a impropriedade do uso da preposição conforme, que nunca pode explicar uma conformidade duvidosa, sem uma notável impropriedade. – É verdade, segundo dizem; chove, segundo creio (e não: é verdade, conforme dizem; chove, conforme creio).” – Dos mesmos vocábulos havia dito fr. F. de S. Luiz: “São frases adverbiais, que exprimem uma relação de conformidade, conveniência, congruência, etc.; mas conforme é mais próprio para exprimir a rigorosa conformidade; segundo, para exprimir a conveniência, congruência, etc. O escultor deve fazer a estátua conforme o modelo que se lhe dá; e ampliar ou estreitar as dimensões, segundo o local em que há de ser colocada (as formas devem ser idênticas às do modelo; as dimensões devem ser convenientes ao local). O homem de juízo obra segundo as circunstâncias, e a conjunção das coisas; mas sempre conforme as máximas da razão e da sã moral (quer dizer: as ações do homem de juízo devem ter uma relação de perfeita conformidade com as regras da moral, e uma relação de justa congruência com as circunstâncias dos tempos e das coisas). Deus há de julgar os homens conforme os invariáveis princípios da sua eterna justiça, e segundo as boas, ou más ações, que eles tiverem praticado durante a sua vida, etc.”

    adjetivo Que possui a forma semelhante; que possui a mesma forma: vestidos conformes.
    Que se assemelha; semelhante: o projeto está conforme com o modelo.
    Em que há conformidade; concordante: pontos de vista conforme.
    Na medida certa; nos termos exatos: o documento está conforme.
    Ajustado às particularidades de alguém ou ao valor de alguma coisa; condigno: uma medicação conforme à doença; um representante conforme ao dono.
    Que está de acordo com: estar conforme com uma oferta de salário.
    Que é conformado; que se resigna; resignado está conforme ao medo.
    conjunção Que estabelece uma relação de acordante com; segundo: foi um mal-entendido, conforme se observou.
    [Brasil] No instante em que: conforme o vento passava, as árvores caiam.
    À medida que: conforme os convidados iam chegando, os atores escondiam-se.
    preposição Que estabelece uma relação acordante com; segundo: realizou o trabalho conforme o projeto.
    De maneira proporcional a; proporcionalmente: o valor foi cobrado conforme a tabela.
    Etimologia (origem da palavra conforme). Do latim conformis.e.

    Enfurecer

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Tornar furioso, irritar, enraivecer.
    verbo intransitivo Ficar furioso, irar-se, virar fera.
    verbo pronominal Irar-se, zangar-se, irritar-se.
    Figurado Levantar-se, agitar-se muito, desencadear-se com violência: enfurecem-se as vagas.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Enfurecer Tornar furioso; enraivecer (Is 64:9; At 5:33).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ira

    Ira CÓLERA (Sl 30:5); (Ef 4:26). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (Is 54:7-8); (Rm 9:22-23). “Filhos da ira” quer dizer “sujeitos ao castigo” de Deus (Ef 2:3). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    1. O jairita, mencionado junto com Zadoque e Abiatar em II Samuel 20:26 como “ministro de Davi”. Os jairitas eram da tribo de Manassés (Nm 32:41). Isso pode significar que os que não pertenciam à tribo de Levi foram autorizados a exercer algumas funções sacerdotais durante o reinado de Davi.


    2. Filho de Iques, de Tecoa, era um dos “trinta” guerreiros valentes de Davi.

    Como comandante do exército do rei, estava de prontidão com seus homens todo sexto mês de cada ano e tinha 24:000 soldados sob suas ordens (2Sm 23:26-1Cr 11:28; 1Cr 27:9).


    2. O itrita, outro dos guerreiros valentes de Davi (2Sm 23:38-1Cr 11:40).


    Irã

    Cidadão

    Um dos chefes de Edom, mencionado em conexão com Magdiel, descendente de Esaú (Gn 36:43-1Cr 1:54).


    Mão

    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

    Palavra

    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Rainha

    substantivo feminino Esposa de um rei.
    Soberana de um reino.
    Fêmea fecunda, entre os insetos sociais (abelhas, formigas, térmitas).
    Figurado Principal em graduação: a águia é a rainha das aves.
    A primeira, a mais bela: a rosa é a rainha das flores.
    No xadrez, O mesmo que dama.
    Variedade de pêra e de maçã.
    Espécie de rede triangular.
    Rainha mãe,
    v. RAINHA-MÃE.

    Rainha do mar,
    v. IEMANJÁ.

    Diversas palavras na língua hebraica foram vertidas para ‘rainha’, significando a primeira delas uma soberana reinante como a rainha de Sabá (1 Rs 10.1), e também Vasti e Ester (Et 1:9-2.22). A segunda (Ne 2:6Sl 45:9) faz-nos supor que se trata da mulher que é esposa do rei. A terceira (1 Rs 11.19 – 2 Rs 10.13 – Dn 5:10 etc.) empregava-se com referência à rainha-mãe, que segundo o costume oriental exercia grande autoridade.

    Recusar

    verbo transitivo Não aceitar uma coisa oferecida; declinar; repelir: recusar um presente; recusou a proposta por julgá-la ofensiva.
    Não conceder o que é pedido: recusar uma esmola.
    Resistir a, não aceder: recuso obedecer-lhe.
    Desaceitar, não admitir: recusar um jurado, recusar a inscrição de um candidato.
    Fugir a, evitar: recusar combate.
    verbo pronominal Negar-se a: recusou-se a entrar.
    Direito Declarar-se incompetente, ou manifestar suspeição: o juiz recusou-se.

    recusar
    v. 1. tr. dir. Não aceitar, não admitir; rejeitar. 2. tr. dir. Não conceder; não permitir; negar. 3. tr. dir. Não se prestar a; opor-se; resistir a. 4. pron. Não querer; não se prestar; escusar-se. 6. pron. dir. Declarar-se incompetente. 7. pron. Não obedecer.

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Vasti

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Palavra persa, que significa o mais excelente. A rainha que o rei persa Assuero (Xerxes) depôs, elevando depois Ester à alta posição de sua esposa (Et 1:9-19 – 2.1 a 17). Vasti havia recusado mostrar-se diante dos convidados na mesa real, sendo isto um ato de audácia para aqueles tempos, não ficando bem a uma mulher. A sua recusa, embora natural, de tal modo encolerizou Assuero, que a exonerou do seu alto posto. E nada mais se sabe de Vasti. (*veja Ester.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Rainha da Pérsia, esposa do rei Assuero (Et 1). No último dia do banquete oferecido por este monarca, Vasti foi convocada para mostrar sua beleza diante dos convidados. Ela recusou o convite e essa atitude gerou controvérsias entre os conselheiros do rei. Receosos de que a desobediência da rainha desacreditasse todos os homens do reino diante de suas esposas, eles depuseram 5asti e procuraram uma nova rainha para substituí-la. Isso fez com que entrasse em cena Ester, a qual foi escolhida como a nova esposa do rei. Deus estava no controle da situação, de maneira que uma judia foi colocada numa posição da qual pôde ajudar a salvar seu povo da destruição. Veja Ester e Hamã. S.C.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Vasti [Linda Mulher] - Rainha de quem ASSUERO se divorciou (Et 1:9—2:17).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Vir

    verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
    Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
    Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
    Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
    verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
    Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
    Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
    Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
    Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
    Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
    Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
    verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
    Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
    Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
    Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
    Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
    Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
    Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
    verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
    Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ester 1: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porém a rainha Vasti recusou vir em obediência à palavra do rei, enviada pela mão dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu-se a sua ira dentro dele .
    Ester 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    483 a.C.
    H1197
    bâʻar
    בָּעַר
    queimar, consumir, acender, ser acendido
    (burned)
    Verbo
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H2060
    Vashtîy
    וַשְׁתִּי
    deidade grega chamada de Mercúrio pelos romanos
    (Hermes)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    H2534
    chêmâh
    חֵמָה
    calor, fúria, desprazer intenso, indignação, ira, raiva, veneno
    (the fury)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3966
    mᵉʼôd
    מְאֹד
    muito
    (very)
    Adjetivo
    H3985
    mâʼên
    מָאֵן
    tentar para ver se algo pode ser feito
    (to be tempted)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H4436
    malkâh
    מַלְכָּה
    ()
    H5631
    çârîyç
    סָרִיס
    ()
    H7107
    qâtsaph
    קָצַף
    estar descontente, estar bravo, aborrecer-se, estar irado
    (And was angry)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בָּעַר


    (H1197)
    bâʻar (baw-ar')

    01197 בער ba ar̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 263; v

    1. queimar, consumir, acender, ser acendido
      1. (Qal)
        1. começar a queimar, ser acendido, começar a queimar
        2. queimar, estar queimando
        3. queimar, consumir
        4. a ira de Javé, a ira humana (fig.)
      2. (Piel)
        1. acender, queimar
        2. consumir, remover (referindo-se a culpa) (fig.)
      3. (Hifil)
        1. acender
        2. queimar
        3. consumir (destruir)
      4. (Pual) queimar v denom
    2. ser estúpido, ignorante, selvagem
      1. (Qal) ser estúpido, de coração insensível, não receptivo
      2. (Nifal) ser estúpido, de coração insensível
      3. (Piel) alimentar, pastar
      4. (Hifil) fazer com que seja pastado

    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    וַשְׁתִּי


    (H2060)
    Vashtîy (vash-tee')

    02060 ושתי Vashtiy

    de origem persa; n pr f Vasti = “linda”

    1. esposa de Assuero, a rainha de quem ele se divorciou por desobedecer às suas ordens

    חֵמָה


    (H2534)
    chêmâh (khay-maw')

    02534 חמה chemah ou (Dn 11:44) חמא chema’

    procedente de 3179; DITAT - 860a; n f

    1. calor, fúria, desprazer intenso, indignação, ira, raiva, veneno
      1. calor
        1. febre
        2. peçonha, veneno (fig.)
      2. ira ardente, fúria

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    מְאֹד


    (H3966)
    mᵉʼôd (meh-ode')

    03966 מאד m e ̂ od̀

    procedente da mesma raiz que 181; DITAT - 1134 adv

    1. extremamente, muito subst
    2. poder, força, abundância n m
    3. grande quantidade, força, abundância, extremamente
      1. força, poder
      2. extremamente, grandemente, muito (expressões idiomáticas mostrando magnitude ou grau)
        1. extremamente
        2. em abundância, em grau elevado, excessivamente
        3. com grande quantidade, grande quantidade

    מָאֵן


    (H3985)
    mâʼên (maw-ane')

    03985 מאן ma’en

    uma raiz primitiva; DITAT - 1138; v

    1. (Piel) recusar

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    מַלְכָּה


    (H4436)
    malkâh (mal-kaw')

    04436 מלכה malkah

    procedente de 4428; DITAT - 1199b; n f

    1. rainha

    סָרִיס


    (H5631)
    çârîyç (saw-reece')

    05631 סריס cariyc ou סרס caric

    procedente de uma raiz não utilizada significando castrar; DITAT - 1545; n m

    1. oficial, eunuco

    קָצַף


    (H7107)
    qâtsaph (kaw-tsaf')

    07107 קצף qatsaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 2058; v.

    1. estar descontente, estar bravo, aborrecer-se, estar irado
      1. (Qal) estar irado, estar cheio de ira, estar furioso
      2. (Hifil) provocar à ira ou fúria
      3. (Hitpael) enfurecer-se, enraivecer-se

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado