Enciclopédia de Salmos 23:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 23: 5

Versão Versículo
ARA Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.
ARC Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice trasborda.
TB Diante de mim preparas uma mesa na presença dos meus inimigos;
HSB תַּעֲרֹ֬ךְ לְפָנַ֨י ׀ שֻׁלְחָ֗ן נֶ֥גֶד צֹרְרָ֑י דִּשַּׁ֖נְתָּ בַשֶּׁ֥מֶן רֹ֝אשִׁ֗י כּוֹסִ֥י רְוָיָֽה׃
LTT Ordenadamente preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
BJ2 Diante de mim preparas uma mesa, à frente dos meus opressores; unges minha cabeça com óleo,[j] e minha taça transborda.
VULG hic accipiet benedictionem a Domino, et misericordiam a Deo salutari suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:5

Jó 36:16 Assim também te desviará da angústia para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as iguarias da tua mesa serão cheias de gordura.
Salmos 16:5 O Senhor é a porção da minha herança e o meu cálice; tu sustentas a minha sorte.
Salmos 22:26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
Salmos 22:29 Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.
Salmos 31:19 Oh! Quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, e que tu mostraste àqueles que em ti confiam na presença dos filhos dos homens!
Salmos 45:7 Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Salmos 78:19 E falaram contra Deus e disseram: Poderá Deus, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto?
Salmos 92:10 Mas tu exaltarás o meu poder, como o do unicórnio: serei ungido com óleo fresco.
Salmos 104:15 e o vinho que alegra o seu coração; ele faz reluzir o seu rosto com o azeite e o pão, que fortalece o seu coração.
Salmos 116:13 Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor.
Isaías 25:6 E o Senhor dos Exércitos dará, neste monte, a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa com vinhos puros, com tutanos gordos e com vinhos puros, bem purificados.
Amós 6:6 que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis pela quebra de José:
Mateus 6:17 Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
Lucas 7:46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
João 6:53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
João 10:9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
João 16:22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
I Coríntios 10:16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
II Coríntios 1:21 Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus,
Efésios 3:20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
I João 2:20 E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
I João 2:27 E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 23:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
SALMO 23: PASTOR E ANFITRIÃO, 23:1-6

Acerca da relação do Salmo 23 com o salmo precedente e o subseqüente, veja os comentários introdutórios do Salmo 22. Nenhuma parte das Escrituras, com a possível exceção da Oração do Pai Nosso, é mais conhecida do que "O Salmo do Pastor". Sua beleza literária e percepção espiritual são insuperáveis. Como observa Taylor: "Ao longo dos séculos esse salmo tem conquistado um lugar supremo na literatura religiosa do mundo. Todos que o lêem, independentemente de idade, raça ou circunstâncias, encon-tram na beleza pacífica dos seus pensamentos uma amplitude e profundidade de percep-ção espiritual que satisfaz e domina a alma. Ele pertence à classe de salmos que exalam confiança e segurança no Senhor [...]. Aqui o salmista não apresenta um prefácio de queixas acerca das dores de enfermidades ou da traição dos inimigos, mas inicia e termi-na com palavras de gratidão pela bondade eterna do Senhor".53

Oesterley também escreve: "Esse breve e seleto salmo, provavelmente o mais conhe-cido de todos os salmos, relata de alguém cuja confiança sublime em Deus lhe trouxe paz e contentamento. O relacionamento íntimo com Deus sentido pelo salmista é expresso por duas figuras representando o Pastor protetor e o Anfitrião amoroso. A breve referên-cia aos inimigos indica que ele não estava livre da maldade e intenção perversa de pesso-as do seu povo, mas a menção delas é superficial. Diferentemente de tantos outros salmistas que são vítimas de inimigos inescrupulosos e que acabam exteriorizando sua amargura de espírito, esse servo fiel de Deus tem somente palavras de reconhecimento e gratidão pela bondade divina. Todo o salmo exala o espírito de calma, paz e contenta-mento, decorrentes de sua fé em Deus, que o torna um dos mais inspiradores do Saltério"."
É possível interpretar todo o salmo em termos do relacionamento de um pastor com suas ovelhas. No entanto, a divisão mais natural é sugerida pelo título "Pastor e Anfi-trião". Como Leslie M'Caw comenta: "Este poema deve muito da sua beleza à. mistura talentosa das figuras contrastantes que cobrem os principais aspectos da vida humana, ou seja: exterior (1,2) e interior (6b), paz pastoral (2) e peregrinação através do perigo (4b), a possibilidade do mal (
- 4b) e a perspectiva do bem (5), tempos de revigoramento da alma (
- 3a) e tempos de trevas agourentas (
- 4a) ; a experiência de seguir (1,2) e uma vida de segurança estável (6b). No entanto, todas as facetas literárias dessa pérola lírica são vistas à luz do Senhor cujo cuidado afetuoso, vigilância constante e presença contínua comunicam à vida toda a sua cor e satisfação. Na verdade, a atividade sétupla do Senhor descrita nos versículos 2:5 (Ele faz, leva, refrigera, guia, está com, prepara uma mesa e unge a cabeça) está emoldurada pelo nome do SENHOR (que consta entre as primeiras e últimas palavras do poema) ".55

1. Peregrinação com o Pastor (23:1-4)

Davi podia escrever a partir da sua rica experiência pessoal com as ovelhas: O SE-NHOR é o meu pastor; nada me faltará (1; isto é, não sentirei falta de qualquer coisa indispensável). Existem "sete provisões" que o Pastor supre para as suas ovelhas:

  1. "Não me faltará completa satisfação" (23.2a). Deitar-me faz em verdes pastos fala, literalmente, de pastos de capim macio e novo. Dizem que as ovelhas nunca se deitam, até que estejam satisfeitas. Cada necessidade espiritual é suprida. Afigura trans-mite um completo descanso na satisfação proporcionada pelo cuidado vigilante do gran-de Pastor. Que contraste com a agitação do mundo!
  2. "Não me faltará orientação" (23.2b). Guia-me mansamente a águas tranqüilas, ou "águas de descanso". Continuando a idéia de provisão para as necessidades do reba-nho, o poeta acrescenta o pensamento de orientação. O pastor oriental não empurra ou impele, ele sempre guia suas ovelhas. Esse pensamento é recordado no hino evangélico:

Ele me guia! Ó pensamento abençoado! Ó palavras repletas de conforto celestial! Seja o que eu fizer, seja onde estiver, É a mão de Deus que me guia.

  1. "Não me faltará restauração" (23.3a). Refrigera a minha alma, isto é, Ele me aviva, renova e refresca. Esse é um tema recorrente do NT: "O interior, contudo, se reno-va de dia em dia" (2 Co 4,16) ; "E vos renoveis no espírito do vosso sentido" (Ef 4:23) ; "E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento" (Cl 3:10). Essa é a graça que sustenta a alma.
  2. "Não me faltará instrução da justiça" (23.3b). Guia-me pelas veredas da justi-ça por amor do seu nome. As veredas da justiça são caminhos planos. Uma das funções das Escrituras é "instruir em justiça" (2 Tm 3.16). Deus não somente adverte contra o mal; Ele nos guia nos caminhos da justiça. Isso ocorre por amor do seu nome, provando o tipo de Deus que Ele é. O Deus, cujo nome é santo (111.9; Mt 6:9), quer que seu povo também seja santo (Lv 19:2-1 Pe 1:14-16).
  3. "Não me faltará coragem diante do perigo" (23.4a). Ainda que eu andasse pelo vale da sombra (hb., escuridão profunda e mortal) da morte, não temerei mal al-gum. Aqui está a certeza da ajuda no momento mais difícil da vida. A morte não é um adversário desprezível. Ela é o nosso último grande inimigo 1Co 15:26). Se Deus podenos dar coragem nesse momento, como tem dado a tantos outros, Ele pode nos ajudar em qualquer lugar. Mal (ra) é um termo amplo para qualquer tipo de dano ou perigo que possa nos sobrevir.
  4. "Não me faltará a Presença Divina" (23.4b). Porque tu estás comigo. Esse é o motivo principal para toda a confiança do salmista. O Senhor não o deixará nem o de-samparará (Êx 33:14; Dt 31:6-8; Js 1:5-9 etc.). Nessa Presença há força, conforto, descan-so e esperança. Nesse ponto significativo a descrição (2-3) dá lugar à adoração.
  5. "Não me faltará conforto na tristeza" (23.4c). A tua vara e o teu cajado me consolam. O cajado do pastor tem duas funções: ele é uma vara de proteção e um caja-do no qual o pastor se apoia, servindo para o seu conforto. "O homem de dores" sabe melhor do que ninguém como atender as necessidades do coração abatido.

2. Provisão feita pelo Anfitrião (23:5-6)

A idéia do completo suprimento de cada necessidade com a qual o salmo inicia con-tinua controlando o seu desenvolvimento, mas a comparação muda do Pastor para o Anfitrião, do campo para a casa. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos (5) retrata a marca da apreciação pública que o rei oriental mostrava àquele que desejava honrar de uma maneira especial. Essa é a única referência passa-geira aos inimigos que aparecem descritos tão amplamente em outros salmos de Davi. Unges a minha cabeça com óleo: não é o óleo da unção que era usado para empossar o rei ou o sacerdote; um outro termo hebraico é usado para esse fim. Esse era um óleo perfumoso amplamente usado em banquetes do Oriente antigo como marca de hospitali-dade e favor. A cabeça ungida com óleo é uma figura bíblica comum para abundância de alegria. O meu cálice transborda simboliza a provisão abundante oferecida pelo gene-roso Anfitrião.

Certamente que a bondade e a misericórdia (chesed, bondade, amor pactuai, graça; cf.comentário em 17,7) me seguirão todos os dias da minha vida (6). O termo traduzido por certamente também significa "unicamente". O salmista está confiante em que apenas a bondade e o amor imutável farão parte da sua vida. Habitarei na Casa do Senhor por longos dias, ou "para todo o sempre" (ARA). Mas o significado mais profundo é mais do que uma longa vida nesta terra. Bondade e misericórdia [...] todos os dias da minha vida serão-seguidos por um lar eterno na presença de Deus quando essa vida chegar ao fim (Jo 14:1-3).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 5
Preparas-me uma mesa:
O convite para uma refeição era não somente um gesto de hospitalidade, mas também um símbolo de solidariedade e de aliança. Conforme Gn 18:5-8; Gn 19:2-3.Sl 23:5 O ato de derramar azeite perfumado sobre a cabeça do hóspede era outro sinal de hospitalidade e de amizade. Conforme Lc 7:37-38,Lc 7:46 e ver Sl 92:10,Sl 23:5 Conforme 1Co 10:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
*

Sl 23 Este salmo talvez seja o mais bem conhecido exemplo de um salmo de confiança (Introdução: Características e Temas). Trata-se de uma unidade literária, com duas metáforas dominantes que expressam os cuidados e a bondade de Deus: o pastor e a mesa do banquete.

* 23:1

meu pastor. A imagem de Deus como um pastor é inesgotavelmente rica. O pastor permanece com seu rebanho (Is 40:11; 63.9-12). suas ovelhas dependem totalmente dele quanto ao alimento, à água e à proteção de animais ferozes. No Novo Testamento, Jesus se revela como o pastor de seu povo (Jo 10:11,14), cumprindo a profecia de que Deus viria para pastorear o seu povo (Ez 34:7-16,23).

* 23:2-3

me faz repousar... Leva-me... refrigera-me... Guia-me. Estes dois versículos exprimem a metáfora dos cuidados do pastor por suas ovelhas. O Senhor cuida amorosamente de seu povo.

* 23:4

vale da sombra da morte. Ver 10:21,22.

bordão... cajado. A vara servia para combater animais ferozes, e o cajado para dirigir o rebanho.

* 23:5-6 O Senhor tratava o salmista como um hóspede de honra.

* 23:5

uma mesa. A figura de linguagem passa a ser a de um banquete, para uma celebração de vitória.

unges-me. Os convidados eram ungidos nos banquetes (Sl 104:15; Lc 7:46).

* 23:6

habitarei. Tal como as ovelhas com os seus pastores, o salmista se tranqüilizou na certeza de um lar eterno com Deus. Ver Jo 14:23; "Deus é Amor: Bondade e Fidelidade", índice.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
23:1 Ao descrever a Deus como pastor, Davi escrevia a respeito de sua própria experiência, já que passou seus primeiros anos cuidando ovelhas (1Sm 16:10-11). As ovelhas dependem completamente de seu pastor quanto a alimentação, guia e amparo. O Novo Testamento chama o Jesus o bom pastor (Jo 10:11), o grande pastor (Hb_13:
20) e o Príncipe dos pastores (1Pe 5:4). Da mesma maneira que o Senhor é o bom pastor, nós somos suas ovelhas. Não somos animais atemorizados e passivos, a não ser seguidores obedientes e sábios que seguem ao Unico que pode nos guiar aos melhores lugares e por caminhos seguros. Este salmo não põe ênfase nas qualidades das ovelhas como animais, a não ser nas qualidades como discípulos dos que seguem a um líder. Quando você reconheça ao bom pastor, siga-o!

23.2, 3 Quando permitimos que Deus nosso pastor nos guie, temos contentamiento. Quando decidimos pecar, entretanto, estamos decidindo ir por nosso próprio caminho e não podemos culpar a Deus pelo entorno que nós mesmos criamos. Nosso pastor conhece os "delicados pastos" e as "águas de repouso" que nos restaurarão. Chegaremos a esses lugares unicamente quando o seguirmos em obediência. Ao nos rebelar contra a direção do bom pastor em realidade nos rebelamos contra o que nos convém. Devemos recordar isto a próxima vez que nos vejamos tentados a ir por nossa conta e não pelo caminho do pastor.

23:4 A morte projeta uma sombra aterradora sobre nossa vida porque estamos completamente indefesos quando chega. Podemos lutar com muitos outros inimigos -dor, sofrimento, enfermidade, danos- mas a fortaleza e o ânimo não podem vencer à morte. Esta tem a palavra final. Solo uma pessoa pode caminhar conosco com o passar do vale sombrio da morte e nos fazer passar até o outro lado a salvo: o Deus da vida, nosso pastor. A vida é incerta, e por isso devemos seguir a este pastor que nos oferece eterno distração.

23.5, 6 Na antiga cultura do Próximo Oriente, era costume ungir a uma pessoa em um banquete com azeite fragrante, como com uma loção. Os anfitriões deviam proteger a seus convidados a toda costa. Deus oferece o amparo de um anfitrião mesmo que estejamos em meio dos inimigos. Na cena final deste salmo, vemos que os crentes morarão com Deus. Deus, o perfeito pastor e anfitrião, promete nos guiar e nos proteger ao longo da vida para nos levar a morar para sempre em

SALMOS PARA APRENDER E AMAR

Quase todos, já sejam religiosos ou não, escutaram o Salmo 23 porque se cita com muita freqüência. Muitos outros salmos também são bem conhecidos porque se citam na música, na literatura ou nos cultos de adoração. Os salmos que conhecemos e amamos são os que entram em nossa mente quando os necessitamos. Inspiram-nos, confortam-nos, corrigem-nos no momento justo em que necessitamos uma palavra do Senhor. Se você quer começar a aprender-se salmos, comece com alguns destes favoritos. Aprenda o salmo completo ou só os versículos que lhe falem diretamente com você. Ou leoa o salmo em voz alta várias vezes ao dia até que seja parte dela.

Salmos que nos levam a presença de Deus: 29; 95:1-7a; 96; 100

Salmos sobre o bem: 1; 19; 24; 133; 136; 139

Salmos de louvor: 8; 97; 103; 107; 113 145:150

Salmos de arrependimento e perdão: 32:1-5; 51; 103

Salmos para tempos de problemas: 3; 14; 22; 37:1-11; 42; 46; 53; 116:1-7

Salmos de confiança e esperança: 23; 40:1-4; 91; 119.11; 121; 127


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
Sl 23:1) que o homem tem o direito de dizer: O Senhor é meu pastor ; Nada me faltará .

Por cerca de três mil anos, este salmo tem sido talvez a passagem mais conhecida e favorito da Bíblia. Obviamente, isso é porque ele ministra a necessidades concretas e universais: as necessidades do homem para o conforto e uma sensação de segurança, tanto nesta vida e na vida futura. Ele tem sido muitas vezes chamado de "o rouxinol dos salmos." Sobre este ponto Beecher diz:

Ele é pequeno, de uma pena caseira, cantando timidamente fora da obscuridade; mas, oh! ele encheu o ar de todo o mundo com alegria melodiosa, maior do que o coração pode conceber. Bendito seja o dia em que o Salmo nasceu! ... Ele tem encantado mais tristezas para descansar do que toda a filosofia do mundo. Seu trabalho nem é feito. Ele vai continuar cantando para os seus filhos, e aos seus filhos, através de todas as gerações do tempo; nem vai dobrar suas asas até o último peregrino é seguro, e tempo terminou; e em seguida, ele deve voar de volta ao seio de Deus, de onde ele emitido, e som on, misturada com todos aqueles sons de alegria celestial que fazem o céu musical para sempre.

Muitos tomam falso conforto a partir deste salmo. Todo homem quer desfrutar da rica provisão que o Pastor celestial faz por suas ovelhas; mas os confortos expressas aqui são para um grupo seleto. Em Jo 10:4 ). Ele disse que se um homem vai buscar primeiro o reino ea justiça de Deus, Ele vai cuidar de todas as necessidades daquele homem para comida, bebida e roupas (Mt 6:19 ). No versículo 5 , onde muitos estudiosos acreditam que Davi mudou a figura do de Shepherd para o Host, ele deixa claro que Deus não vai deixar seus seguidores ir em uma dieta de fome. Davi testemunha em outro salmo: "Fui moço, e agora sou velho; contudo não me vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão "( Sl 37:25 ).

No entanto, Deus não promete fornecer todos os caprichos de Suas ovelhas, mas cada necessidade. Além disso, um pai sábio, por vezes, retém algo que parece básico, a fim de que Ele possa ministrar o que é mais básico. Ele mesmo permitido missionário Alan Gardner para morrer de fome enquanto estava em serviço na América do Sul. O presente escritor não pode explicar essas aparentes contradições às suas promessas simples. É certo, porém, que Ele, que é fiel e verdadeira, eventualmente, irá revelar como até mesmo estas coisas trabalhou para o bem (Rm 8:28. ).

II. Nada me faltará PARA força espiritual e de orientação (Sl 23:3) vai dirigir Seus filhos hoje. "Eu vou te instruir e ensinar-te pelo caminho que deves seguir", diz Ele; "Eu vou guiar-te com os meus olhos" (Sl 32:8 , Jo 11:26 ). Para o seguidor de Jesus, "a morte foi tragada pela vitória" (1Co 15:54 ).

Às vezes o mal toma a forma de problemas ou de tentação do pecado, mas o seguidor de Deus não precisa ser dominado por elas. Deus diz: "A minha graça te basta, porque; porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza "( 2Co 12:9 ).

O salmista deixa claro, no versículo 5 , que os inimigos, às vezes, cercam o filho de Deus, mas Deus vai preparar uma mesa perante ele com eles olhando avidamente diante. Duas coisas são evidentes nesta promessa: (1) os inimigos não será capaz de cortar o fornecimento de divino; e (2) que não será permitida a pressionar tão duro e continuamente que não haverá tempo e oportunidade para sentar-se à mesa e comer.

IV. Nada me faltará para a unção (Sl 23:5. ; Sl 20:6. ; Ex 40:36. ;) é por privilégios (2Sm 22:51. ; Sl 18:50. ); é para o poder (1Rs 19:15 ; conforme At 1:8 ); é para o serviço (Is 61:1 ); é para a beleza (Lc 7:46 ); é para a cura (Lc 5:14 Jas. ; Ap 3:18 ); é para a limpeza (2 Sam 00:20. ); e é por proteção (1Cr 16:22. ; Sl 105:15 ). A razão por que Ele tem feito tanto para a Sua própria é "que nos séculos vindouros mostrar as riquezas da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus" (Ef 2:7-C ). Esse tem sido o testemunho de cada fiel seguidor de Deus.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
  1. O grande Pastor (Sl 23:0); Jeová Sha- lom, "O Senhor é paz" (Jz 6:24); Jeo-vá Tsidkenu, "Senhor, justiça nossa" Gr 23:6); Jeová Shammah, "O Se-nhor está ali" (Ez 48:35); Jeová Nis- si, "O Senhor É minha bandeira" (Êx 17:8-15); e Jeová Raah, "O Senhor é o meu pastor" (SI 23:1). Em ou-tras palavras, Jesus Cristo é tudo que suas ovelhas precisam. Como uma criancinha disse quando citou com suas palavras esse salmo: "O Senhor é meu pastor — o que mais posso querer?".


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
23.1- 6 Descreve o Grande Pastor que vive pelas suas ovelhas. O salmo tem sido tratado como três comparações: "o Pastor e as Ovelhas", vv. 1 e 2; "o Guia e o viajante", vv. 3 e 4; "Hospedeiro e o Hóspede", vv. 5 e 6. Isto ressaltará as três grandes verdades da provisão, da direção e da comunhão divinas.
23.1 O Senhor é meu pastor. Assim como Davi vigiava suas ovelhas, o Grande Pastor, Deus, a estava vigiando. O pastor rege, guia, alimenta e protege suas ovelhas, e elas obedecem ao pastor, seguindo-o, amando-o e nele confiando (conforme Jo 10:3-43).

23.2 Pastos verdejantes... águas de descanso. Cristo é o Pão da Vida (Jo 6:48) e a Água Viva (Jo 4:10, Jo 4:14) para os que seguem como Pastor.

23.3 Refrigera-me. O Pastor como Salvador sara às ovelhas.

23.4 Bordão e... cajado. Para guiare defender o rebanho (conforme At 20:28-44).

23.5 Unges. O Pastor põe óleo nas feridas que as ovelhas recebem dos espinhos e dos pedregulhos; o Hospedeiro oriental põe óleo perfumada na cabeça dos hóspedes. Assim o Senhor Jesus alivia e consola.

23.6 Habitarei. A comunhão com Deus, na terra e depois ainda mais nos Céus, é o quinhão dos que pertencem à família de Deus (Ef 2:19). O salmo inteiro é sobremodo íntimo: 17 vezes o autor refere-se a si mesmo, e 13 vezes refere-se a Deus; é o salmo da comunhão com Deus. • N. Hom. Nada falta àquele que recebe bênçãos de Cristo, nem descanso, v. 2; nem refrigério; v. 3a; nem diretrizes, v. 3b; nem companhia, v. 4; nem consolação, v. 4; nem sustento, v. 5a; nem gozo, v. 5b; nada, enfim.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
Sl 23:0; conforme 36.8; 65.4; 116.17,18) após uma experiência de libertação.

Não é de admirar, então, especialmente à luz de Jo 10:0; 1Pe 2:25), que os cristãos tenham aplicado esse salmo a Jesus Cristo; nem que tenha sido parafraseado muitas vezes para ser cantado como hino: e.g., “O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará” e outros hinos.

Título: v. Introdução III. 1,2. v. 1 .pastor. usado de forma metafórica em Israel e em outras nações do Antigo Oriente Médio como título de rei ou líder (conforme 2Sm 5:2; lRs 22.17; Jr 23:0; Ez 34:11ss). v. 3. o meu vigor. lit. “minha alma”; v.comentário Dt 3:2; Dt 19:7justiça: transmite a idéia de “retidão”, “conformidade com a lei” e “libertação” (v.comentário Dt 33:5; Dt 5:8). por amor do seu nome: porque é característica dele fazer isso (v.comentário Dt 5:11; Dt 20:1). v. 4. de trevas e morte-. a palavra “morte” talvez aqui funcione como superlativo, i.e., “densas trevas”, “escuro como a morte” (NTLH). Ela podia ser aplicada a qualquer experiência apavorante (v. comentário Dt 9:13). vara: uma clava (em alguns casos, com ponta de ferro) usada como proteção contra animais selvagens, cajado-. usado para apoio e orientação, me protegem-, as versões em geral trazem “me consolam”; não há promessa de imunidade de problemas ou sofrimento.

v. 5. inimigos-, possivelmente israelitas compatriotas, também no templo, ungindo-. lit. “engordar”; não é a palavra usada acerca de ungir um rei, mas acerca de receber um visitante (conforme Lc 7:46). v. 6. fidelidade-, heb. hesed (v.comentário Dt 5:7). me acompanharão-, ou “perseguirão” (conforme os inimigos do v. 5). voltarei à [casa do Senhor] : a maioria das versões trazem “habitarei na...”, mas o TM traz “eu voltarei [para]”. Nos dois casos, a palavra expressa o ideal de comunhão contínua do adorador com Deus (v.comentário Dt 15:1); a GNB traz “a tua casa será o meu lar enquanto eu viver”, casa: v. comentário Dt 5:7. enquanto eu viver. lit. “a extensão dos dias”; NTLH: “todos os dias da minha vida”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 5 até o 6

5-6. Deus como o Hospedeiro Benévolo. Preparas uma mesa. O escritor introduz uma metáfora secundária para expressar melhor a sua confiança. A cena muda para mostrar o salmista como hóspede de honra na casa de Deus, desfrutando de calorosa hospitalidade característica no Oriente. Ele está sob a proteção de Deus. Sua cabeça é ungida com azeite perfumado. Cada uma de suas necessidades é completamente satisfeita. Com base nesta verdade, cada momento de sua vida será preenchido com as mais ricas bênçãos de Deus. A maior das bênçãos será uma comunhão íntima com Deus através de contínua adoração.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 5 até o 6
b) Hospitalidade (5-6)

Estes versículos frisam o cuidadoso discernimento de Davi sobre a generosidade do Senhor na qualidade de anfitrião perfeito. Os dois aspectos são: plenitude-a provisão para as suas necessidades e usufruto é completo em todo sentido, e não é obstaculizado por quaisquer antagonistas humanos; e o finalismo-a rica relação com o Senhor é ilimitada, e o privilégio é totalmente pessoal. Contraste-se o uso de tu com o uso de ele na primeira parte.

O tema se inclina na direção de surpreendida apreciação, uma inspiração quanto ao futuro (como quem tem sido atendido), e o laço com o anfitrião é de lealdade sem reservas.


Dicionário

Cabeça

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

Cálice

substantivo masculino Conjunto de sépalas de uma flor.
Copinho para licores e vinhos fortes: um cálice de conhaque.
Vaso sagrado em que se põe o vinho durante o sacrifício da missa.
Beber o cálice até as fezes, sofrer até o fim as maiores aflições; suportar as mais pesadas afrontas.

Do latim calix, que significa “copo” ou “vaso para beber”.

Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. o Salmista refere-se a este costume em Sl 116:13 – nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do ‘cálice de bênção’. É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por ‘amaldiçoar’, e assim se acha traduzida em 1:5-11 e 2.5,9.

Cálice Figuradamente pode significar sofrimento (Mt 20:22; 26.39), ou a morte (sangue) de Jesus por nós (Lc 22:20).

Cálice Copo de barro ou metal, de forma côncava e de pouca profundidade (Mt 23:25ss.; Mc 7:4). Nos evangelhos, simboliza o destino ou missão da pessoa (Mt 20:22ss.; Mc 10:38ss.), o que, às vezes, implica uma prova difícil (Mt 26:39.42; Mc 14:36; Lc 22:42; Jo 18:11).

Mesa

Mesa 1. Móvel, geralmente com pés, utilizado para comer (Mt 15:27; Mc 7:28) ou para trabalhar (Mt 21:12; Mc 11:15; Jo 2:15).

2. Banco (Lc 19:23; comp.com Mt 25:27). Mesa de três pés “cabriolé” para as refeições.


Mesa [Salvação]

Rei MOABITA que reinou no tempo de Acabe, de Acazias e de Jorão, reis de Israel. Mesa ofereceu o seu filho mais velho em sacrifício ao deus QUEMOS (2Rs 3).


1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).

substantivo feminino Móvel, em geral de madeira, formado por uma tábua horizontalmente assentada em um ou mais pés.
Figurado Alimentação habitual, diária; passadio: mesa frugal.
Conjunto de presidentes e secretários de uma assembléia: a mesa do Senado.
Geologia Camada plana, horizontal e rodeada de escarpas.
[Brasil] Pop. Seção de feitiçaria.
Mesa de cabeceira, pequena mesa que se coloca ao lado do leito.
Mesa de operação, mesa articulada, na qual se opera o doente.
Pôr a mesa, colocar na mesa os alimentos e objetos necessários à refeição.

Preparar

verbo transitivo Aprontar, arranjar, dispor com antecedência.
Predispor favoravelmente.
Estudar, organizar previamente.
Dar preparo a, ensinar.
Química Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição: preparar o oxigênio.
verbo pronominal Aparelhar-se, apetrechar-se.
Vestir-se convenientemente; enfeitar-se, ataviar-se.

preparar
v. 1. tr. dir. e pron. Aparelhar(-se), aprontar(-se), dispor(-se) antecipadamente. 2. pron. Arranjar-se, ataviar-se. 3. tr. dir. Educar, habilitar. 4. tr. dir. Predispor. 5. tr. dir. Armar, dispor, maquinar. 6. tr. dir. Estudar, meditar, memorizar. 7. tr. dir. Dosar e combinar os ingredientes para um medicamento. 8. tr. dir. Tratar (plantas, animais ou partes do corpo humano) a fim de conservar ao natural para fins de estudo.

Presença

substantivo feminino Fato de uma pessoa estar num lugar específico; comparecimento.
Existência de uma coisa em um lugar determinado: presença de mosquitos.
Fato de existir, de ter existência real num local; existência: a presença de índios na Amazônia.
Participação em alguma coisa: sua presença trouxe glamour ao evento.
Figurado Manifestação de uma personalidade forte capaz de chamar a atenção dos demais: sempre foi um sujeito sem presença.
Figurado Algo ou alguém que não se consegue ver, mas que se sente por perto: sinto sua presença sempre comigo.
Etimologia (origem da palavra presença). Do latim praesentia.ae.

presença s. f. 1. Fato de estar presente. 2. Existência, estado ou comparecimento de alguém num lugar determinado. 3. Existência de uma coisa em um dado lugar. 4. Aspecto da fisionomia. 5. Modos, porte. 6. Juízo, opinião, parecer, voto.

Transbordar

Transbordar Encher até derramar (Js 3:15); (Sl 23:5); (2Tm 1:4), RA).

Ungir

verbo transitivo Esfregar, friccionar com óleo, unguento ou qualquer substância gorda; untar: antigamente, ungiam-se os atletas para a luta.
Religião católica Sagrar, dar a unção a, com os santos óleos.
Religião católica Dar a extrema-unção a.
Untar com substâncias aromáticas.
Figurado Purificar, corrigir, melhorar.
Figurado Conferir dignidade, poder a.
Figurado Repassar de doçura, de suavidade.
verbo pronominal Untar-se; esfregar o próprio corpo com substâncias oleosas ou aromáticas.

A prática de ungir o corpo friccionando-o com óleo e outros ungüentos era vulgar no clima quente da Palestina, tornando-se uma necessidade para saúde, conforto e bom aspecto pessoal. o ungir a cabeça com óleo ou ungüento era prova de consideração que o hospedeiro algumas vezes dava aos seus hóspedes (Sl 23:5Mt 26:7Lc 7:46Jo 11:2 – 12.3). Quando se punha de parte o costume, era sinal de luto ou de desgraça (Dt 28:40Mq 6:15). o modo de manifestar o respeito a um morto era ungi-lo com óleo (Mt 26:12Mc 16:1Lc 23:56). (*veja Embalsamamento.) isaías g1,5) refere-se ao costume de untar o escudo com azeite, antes de o guerreiro ir para a batalha. o objetivo desta operação era fazer deslizar os golpes que sobre ele caíam. o óleo era empregado em várias observâncias religiosas. o tabernáculo foi dedicado a Deus com o ‘óleo da santa unção’. Foi empregado em Arão e seus filhos, quando foram consagrados ao sacerdócio, e todas as vezes que um levita ascendia ao lugar de sumo sacerdote, era nessa ocasião ungido (Lv 16:32). Saul, por expressa determinação de Deus, foi ungido para exercer o seu real cargo, estando também escrito na Bíblia que receberam a devida unção os reis Davi, Salomão, Jeú e Joás. Com efeito, foi Davi ungido três vezes (1 Sm 16:13 – 2 Sm 2.4 – 5.3). A fi ase ‘meus ungidos’ usa-se como equivalente a ‘meus profetas’ em Sl 105:15 – 1 Cr 16.22. É desta prática de ungir com óleo os que são consagrados ao serviço de Deus, que deriva o título hebraico de ‘Messias’ e o seu equivalente grego ‘Cristo’ – e Cristo é o ungido do ‘profeta, sacerdote, e rei’, ungido na verdade com o Espírito Santo e com virtude (At 1:38). Também se diz dos que seguem a Cristo que são ‘ungidos’ por Deus (2 Co 1.21 – 1 J .20, 27).

Ungir Pôr AZEITE na cabeça de uma pessoa, a fim de separá-la para serviço especial. Profetas (1Rs 19:16), sacerdotes (Ex 30:30) e reis (1Sm 16:1-13) eram ungidos. Tanto “o Cristo” (grego) como “o Messias” (hebraico) querem dizer “o Ungido”, um dos títulos de Jesus, a quem Deus escolheu para ser o Salvador da humanidade (Jo 1:41; At 4:26-27). Óleo perfumado que era usado também como cosmético, tanto diariamente como em ocasiões festivas e na recepção de hóspedes (Dt 28:40; Lc 7:46).

óleo

substantivo masculino Química Líquido gorduroso, viscoso e inflamável, que se extrai de diversas substâncias vegetais ou animais.
Perfume obtido por maceração de flores em óleo refinado.

Óleo V. AZEITE (Sl 45:7); (He 1:9).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
עָרַךְ פָּנִים שֻׁלחָן צָרַר דָּשֵׁן רֹאשׁ שֶׁמֶן כּוֹס רְוָיָה
Salmos 23: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Preparas-meH6186 עָרַךְH6186 H8799 H6440 פָּנִיםH6440 uma mesaH7979 שֻׁלחָןH7979 na presença dos meus adversáriosH6887 צָרַרH6887 H8802, unges-meH1878 דָּשֵׁןH1878 H8765 a cabeçaH7218 רֹאשׁH7218 com óleoH8081 שֶׁמֶןH8081; o meu cáliceH3563 כּוֹסH3563 transbordaH7310 רְוָיָהH7310.
Salmos 23: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1878
dâshên
דָּשֵׁן
ser gordo, engordar, ficar gordo, tornar próspero, ungir
(for removing)
Verbo
H3563
kôwç
כֹּוס
cálice n m
(And the cup)
Substantivo
H5048
neged
נֶגֶד
o que é notável, o que está na frente de adv
(suitable)
Substantivo
H6186
ʻârak
עָרַךְ
organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer,
(and they joined)
Verbo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6887
tsârar
צָרַר
atar, ser estreito, estar em aperto, estreitar, causar aflição, sitiar, ser impedido, estar atado
(being bound up)
Verbo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H7310
rᵉvâyâh
רְוָיָה
()
H7979
shulchân
שֻׁלְחָן
mesa
(a table)
Substantivo
H8081
shemen
שֶׁמֶן
gordura, óleo
(oil)
Substantivo


דָּשֵׁן


(H1878)
dâshên (daw-shane')

01878 דשן dashen

uma raiz primitiva; DITAT - 457; v

  1. ser gordo, engordar, ficar gordo, tornar próspero, ungir
    1. (Qal) referindo-se a prosperidade (fig.)
    2. (Piel)
      1. ficar gordo, ungir
      2. considerar gordo (referindo-se à aceitação da oferta)
      3. lelvar as cinzas (do altar)
    3. (Pual) ser engordado
    4. (Hotpael) engordar (referindo-se à espada de Javé)

כֹּוס


(H3563)
kôwç (koce)

03563 כוס kowc

procedente de uma raiz não utilizada significando segurar junto; DITAT - 965,966 n f

  1. cálice n m
  2. uma espécie de coruja (uma ave impura)

נֶגֶד


(H5048)
neged (neh'-ghed)

05048 נגד neged

procedente de 5046; DITAT - 1289a; subst

  1. o que é notável, o que está na frente de adv
  2. na frente de, direto em frente, diante, na vista de
  3. na frente de alguém, direto
  4. diante da sua face, à sua vista ou propósito com prep
  5. o que está na frente de, correspondente a
  6. na frente de, diante
  7. à vista ou na presença de
  8. paralelo a
  9. sobre, para
  10. em frente, no lado oposto
  11. a uma certa distância prep
  12. da frente de, distante de
  13. de diante dos olhos de, oposto a, a uma certa distância de
  14. defronte, em frente de
  15. tão longe quanto a distância de

עָרַךְ


(H6186)
ʻârak (aw-rak')

06186 ערך ̀arak

uma raiz primitiva; DITAT - 1694; v.

  1. organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer, avaliar, igualar, dirigir, comparar
    1. (Qal)
      1. organizar ou pôr ou colocar em ordem, organizar, expor em ordem, apresentar (uma causa legal), por no lugar
      2. comparar, ser comparável
  2. (Hifil) avaliar, tributar

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

צָרַר


(H6887)
tsârar (tsaw-rar')

06887 צרר tsarar

uma raiz primitiva; DITAT - 1973,1974; v.

  1. atar, ser estreito, estar em aperto, estreitar, causar aflição, sitiar, ser impedido, estar atado
    1. (Qal)
      1. atar, amarrar, fechar
      2. ser limitado, estar confinado, estar em apuros
    2. (Pual) ser atado, ser amarrado
    3. (Hifil)
      1. tornar apertado para, causar aflição a, pressionar
      2. sofrer opressão
  2. demonstrar hostilidade a, incomodar
    1. (Qal)
      1. demonstrar hostilidade a, tratar com inimizade, incomodar, assediar
      2. esposa rival, importunador (particípio)

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

רְוָיָה


(H7310)
rᵉvâyâh (rev-aw-yaw')

07310 רויה r evayaĥ

procedente de 7301; DITAT - 2130c; n. f.

  1. saturação

שֻׁלְחָן


(H7979)
shulchân (shool-khawn')

07979 שלחן shulchan

procedente de 7971; DITAT - 2395a; n m

  1. mesa
    1. mesa
      1. referindo-se à mesa do rei, uso privado, uso sagrado

שֶׁמֶן


(H8081)
shemen (sheh'-men)

08081 שמן shemen

procedente de 8080, grego 1068 γεθσημανι; DITAT - 2410c; n. m.

  1. gordura, óleo
    1. gordura, obesidade
    2. azeite, azeite de oliva
      1. como produto, remédio ou ungüento
      2. usado para unção
    3. gordura (referindo-se à terra frutífera, vales) (metafórico)