Enciclopédia de Salmos 55:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 55: 7

Versão Versículo
ARA Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto.
ARC Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
TB Eis que eu fugiria para longe;
HSB הִ֭נֵּה אַרְחִ֣יק נְדֹ֑ד אָלִ֖ין בַּמִּדְבָּ֣ר סֶֽלָה׃
BKJ Eis que então eu vaguearia longe, e permaneceria no deserto. Selá.
LTT Eis que eu fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
BJ2 E eu digo: Quem me dera ter asas como pomba para eu sair voando e pousar...
VULG Inhabitabunt, et abscondent ; ipsi calcaneum meum observabunt. Sicut sustinuerunt animam meam,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 55:7

I Samuel 27:1 Disse, porém, Davi no seu coração: Ora, ainda algum dia perecerei pela mão de Saul; não há coisa melhor para mim do que escapar apressadamente para a terra dos filisteus; para que Saul perca a esperança de mim e cesse de me buscar por todos os termos de Israel; e assim escaparei da sua mão.
II Samuel 15:14 Disse, pois, Davi a todos os seus servos que estavam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e fujamos, porque não poderíamos escapar diante de Absalão. Dai-vos pressa a caminhar, para que porventura não se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum mal, e fira a cidade a fio de espada.
II Samuel 17:21 E sucedeu que, depois que partiram, saíram do poço, e foram, e anunciaram a Davi; e disseram a Davi: Levantai-vos, e passai depressa as águas, porque assim aconselhou contra vós Aitofel.
Provérbios 6:4 não dês sono aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras;
Jeremias 9:2 Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes! Então, deixaria o meu povo e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros, são um bando de aleivosos;
Jeremias 37:12 saiu Jeremias de Jerusalém, a fim de ir à terra de Benjamim para receber a sua parte no meio do povo.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SELÁ

Atualmente: JORDÂNIA
Selá – Ver Petra
Mapa Bíblico de SELÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
SALMO 55: A BALADA DA TRAIÇÃO, 55:1-23

Este é mais um masquil (cf. Int. do Salmo 32), um salmo de Davi, dedicado ao "cantor-mor, sobre Neguinote" (cf. Int. do Salmo 4). É um salmo sobre traição, no qual a dor da adversidade é aumentada mil vezes pelo fato de um amigo íntimo ter-se voltado contra o salmista Oesterley diz: "Aqui encontramos um homem vivendo em um mundo de violên-cia e traição que ameaça esmagá-lo. Ele anseia escapar de tudo isso, mas, ao mesmo tem-po, confia no Deus com o qual se comprometeu [...]. Embora procure sem êxito encontrar abrigo da tempestade, a sua vida continua fundamentada na rocha, a rocha da sua fé".38

Morgan encontra três movimentos no salmo que ele intitula da seguinte maneira: Medo (1-8), Fúria (9-15) e (16-23). Ele escreve: "O medo provoca o desejo de fugir. A fúria ressalta a percepção do erro. No entanto, a fé cria coragem".39

  • Medo (55:1-8)
  • O salmista ora em voz alta e em agonia pelo auxílio de Deus (1-2). Por causa do clamor do inimigo (3) e suas ameaças contra ele, seu coração está dorido ("batendo acelerado em meu peito", Moffatt), e terrores de morte caíram sobre ele (4). Lançam sobre mim iniqüidade (3) tem sido traduzido como: "sobre mim lançam calamidade" (ARA). Temor [...] tremor [...] e [...] horror fazem parte da sua vida (5). Ele anela ter asas como de pomba para voar para longe (6) e encontrar um refúgio na paz do deser-to (7). Selá: cf.comentário em 3.2. Assim ele iria escapar da fúria do vento e da tempestade (8).

  • Fúria (55:9-15)
  • Aqueles que causavam medo ao salmista são encaminhados a Deus para serem objetos da sua ira. Despedaça, Senhor, e divide a sua língua (9), isto é, coloque-os uns con-tra os outros em vez de contra o inocente. Na cidade da qual fugiria, ele vê somente violência e contenda, iniqüidade e malícia (10), maldade [...] astúcia e engano (11), uma descrição que se adequaria a muitas cidades dos nossos dias. Que se engran-decia contra mim (12) significa: "lidar comigo de maneira atrevida".

    A nota mais dolorosa do salmo é a identificação do líder da oposição — não um inimigo declarado, mas tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo (13), com quem o salmista ia à Casa de Deus (14). Não existe dor maior do que a dor da traição de um amigo de confiança ou de um ente querido. Essa traição merece somente a morte, uma queda rápida no Sheol (15), que nesse caso poderia significar "inferno", tendo em vista que ele poderia ser uma expressão da ira de Deus.

  • (55:16-23)
  • A fé, embora ainda não esteja livre da preocupação com o inimigo que o cerca, inicia sua ascensão ao trono de Deus. De tarde, e de manhã, e ao meio-dia (17) o salmista vai orar; e o livramento é tão certo que ele pode falar dele como se já tivesse acontecido. Selá (19) : cf.comentário em 3.2. Porque não há neles nenhuma mudança e tampouco temem a Deus.

    A referência sobre a traição e a deslealdade reaparece (20-22), mas a fé alcança o seu apogeu: Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado (22), ou: "jamais permitirá que o justo venha a cair" (NVI). Os ímpios serão lançados no poço da perdição (23), e não viverão metade dos seus dias. Mas o poeta diz triunfante: mas eu em ti confiarei.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
    *

    Sl 55 Tal como muitos outros lamentos, este salmo pranteia por causa do ataque de inimigos. Realmente incomum é a tristeza devido à traição perpetrada por um amigo. Este salmo desce aos abismos do desespero, mas finalmente volve-se para o Senhor com esperança. Este salmo antecipa os sofrimentos de Cristo, que foi traído por Judas 1scariotes, um discípulo do círculo mais íntimo (Mt 26:47-56).

    * 55:3

    inimigo. O salmista refere-se aos inimigos mediante o uso de termos gerais, porque sabia que este cântico seria usado por outras pessoas em outras situações (v. 22).

    * 55:6

    Voaria. O autor sentia o impulso de escapar da causa de sua aflição, mas era incapaz de fugir.

    * 55:9

    confunde os seus conselhos. O salmista alude aqui ao juízo divino contra a geração ímpia que erigiu a torre de Babel (Gn 11:1-9).

    * 55:10

    giram nas suas muralhas. Homens desregrados estavam soltos e ativos nas muralhas, a principal defesa da cidade.

    * 55:11

    suas praças. Essa descrição de uma antiga cidade de Israel, presumivelmente Jerusalém, durante o reinado de Davi, pode ser aplicada às violentas cidades de hoje em dia.

    * 55:13

    Os termos vão ficando crescentemente mais íntimos, desde "homem meu igual", passando por "meu companheiro", e terminando em "meu íntimo amigo".

    * 55:14

    Juntos andávamos. A parte mais dolorida era que o amigo íntimo era um adorador junto com o salmista, na casa de Deus.

    *

    55:15

    vivos desçam à cova. Isto é, ao seol, à sepultura.

    * 55:18

    dos que me perseguem. Embora este salmo possa ter tido a sua origem em uma batalha, é mais provável que a perseguição seja uma metáfora das lutas que o salmista mantinha contra seus inimigos e amigos que o cercavam.

    * 55:19

    desde a eternidade. Deus ouvia as orações do salmista de seu trono real, nos céus.

    * 55:20

    sua aliança. O salmista descreve aqui o rompimento voluntário de um acordo formal existente entre amigos. Uma aliança é um acordo solene sob sanções.

    * 55:21

    mais macia que a manteiga... mais brandas que o azeite. Uma poderosa descrição poética da hipocrisia e do engano.

    * 55:22

    jamais permitirá que o justo seja abalado. O contexto do salmo mostra que não há promessa inábil de que os justos sempre serão felizes e prósperos. O salmista entoa este lamento ao Senhor por estar desesperado. Este versículo deve significar que Deus não permitirá que os justos fiquem na posição caída para sempre, mas que, no fim, haverá de vindicá-los.

    * 55:23

    à cova profunda. O sepulcro.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
    55.1ss Este salmo talvez se escreveu na época da rebelião do Absalón e a traição do Ahitofel (2 Smamuel 15-17). Alguns dizem que os versículos 12:14 são messiânicos devido a que também descrevem a traição do Judas ao Jesus (Mt 26:14-16, Mt 26:20-25).

    55.6-8 Até os que estão especialmente perto de Deus, como Davi, têm momentos nos que querem fugir de tudo e escapar dos problemas e pressões da vida.

    55.9-11 A cidade, que se supunha devia ser Santa, estava infestada de problemas internos, violência, lutas, malícia, abuso, destruição, ameaças e mentiras. Os inimigos externos, apesar de ser uma ameaça constante, não eram tão perigosos como a corrupção interna. Até hoje as Iglesias procuram freqüentemente defender-se dos problemas do mundo pecaminoso enquanto fracassam em ver que seus próprios pecados motivam seus problemas.

    55.12-14 Nada nos dói mais que uma ferida feita por um amigo. Haverá momentos quando os amigos nos confrontem com amor para nos ajudar. Os verdadeiros amigos, entretanto, permanecem junto a nós nos tempos difíceis e nos brindam consolo, amor, aceitação e compreensão. Que classe de amigo é você? Não traia a quem ama.

    55:17 Orar na manhã, na tarde e na noite é sem dúvida uma maneira excelente de manter prioridades legítimas através de cada dia. Daniel seguiu este patrão (Dn 6:10), como o fez Pedro (At 10:9-10). As orações do povo de Deus são a arma principal em contra do mal que aflige ao mundo.

    55:22 Deus quer levar nossas cargas, mas freqüentemente continuamos as levando nós mesmo que dizemos que confiamos no. Confie em que a mesma força que o sustenta a você pode também levar suas cargas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
    Sl 55:1. ; 2Sm 15:1 ; Jo 8:59 ). Paulo correu (At 14:6 , At 17:14 ). Mas também houve momentos em que tudo isso bravamente enfrentou a oposição (1Sm 17:1 ; At 21:13 , At 21:14 ). A tentação de correr pode ser resultado de esforço excessivo e resultar em auto-piedade, como no caso de Elias, o tisbita (1Rs 19:1) .

    II. DENÚNCIA E grito contra os perseguidores (Sl 55:9 , Sl 55:14 ), um amigo que virou traidor. Tal turncoat dói profundamente. Seus feitos para chamar os juízos de Deus.Para entender imprecações de Davi, ver a exposição do Salmo 35 .

    III. Uma expressão de confiança em Deus para a Protecção (Sl. 55: 16-23)

    16 Quanto a mim, eu invocarei a Deus;

    E o Senhor vai me salvar.

    17 De tarde, de manhã e ao meio-dia, eu vou reclamar, e gemer;

    E ele ouvirá a minha voz.

    18 Ele remiu a minha alma em paz, dos que havia contra mim;

    Para eles eram muitos que se esforçaram comigo.

    19 Deus ouvirá, e respondê-las,

    Mesmo quem permanece de idade, [Selah

    Os homens que não têm mudanças,

    E que não temem a Deus.

    20 Aquele meu companheiro estendeu a sua mão contra os que estavam em paz com ele:

    Ele profanou o seu pacto.

    21 de sua fala era macia como manteiga,

    Mas seu coração havia guerra:

    Suas palavras eram mais brandas do que o azeite,

    No entanto, eles foram atraídos espadas.

    22 Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá;

    Ele nunca permitirá que o justo seja abalado.

    23 Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição;

    Homens de sangue e de traição não viverão metade dos seus dias;

    Mas vou confiar em ti.

    Nos versículos 1:8 , o salmista estava pensando principalmente de si mesmo. Nos versículos 9:15 , ele pensa de seus inimigos. Nestes versos, seus pensamentos se voltam principalmente para Deus. Como ele considera o Todo-Poderoso, seus inimigos perdem seu terror.

    No entanto, eles não perdem a sua existência. Eles ainda são sanguinário e fraudulento , mas Deus vai trazê-los para a destruição . Nesse meio tempo, Ele nunca vai sofrer o justo seja abalado .

    O homem de Deus, lançou o teu fardo sobre o Senhor, e ele vai te sustente .


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
    55.1 É provável que a situação histórica refletida neste salmo seja a rebelião de seu filho Absalão, provocando a fuga de Davi (2 Sm caps. 15-17).
    55.1,2 No meio das dificuldades e das profundas tristezas, é sempre a Deus que Davi sabe recorrer. Muitas pessoas pioram sua situação, recorrendo à vingança, a brigas, a queixas e lamúrias.
    55:3-5 Descreve-se a perseguição física que Davi está sofrendo e os efeitos que ela produz no seu íntimo.

    55.6- 8 Um profundo anseio por ficar livre das angústias. • N. Hom. Métodos de enfrentar os sofrimentos:
    1) A tentativa de fugir dos desgostos (6-8). Isto nunca é solução, pois a fuga normalmente abre caminho para coisas piores (Jl 5:19);
    2) A amargura (9-15). Além de não solucionar o problema, o ressentimento faz "sentir outra vez", e em dobroaquilo que já sofremos;
    3) A confiança em Deus, lançando sobre Ele a nossa ansiedade (16-23; 1Pe 5:7). Esta é a única solução adequada, pois, abre o caminho para a intervenção divina, e prepara nossos corações para sentir o que Deus reservou para nós.

    55:12-14 Um dos perseguidores era amigo traiçoeiro (conforme Judas).
    55:16-19 Mais uma revelação da profunda confiança que Deus revelara em Davi, depois de tantas vezes o ter abençoado. Davi fora ensinado a apresentar a Deus as suas tristezas (17), e Deus atendia às petições de um servo tão cheio de fé, de humildade e de confiança.
    55.18 Em paz. A expressão pode ser traduzida por "até ao último grau”, ou "completamente". Heb beshãlõm. Seria a mesma expressão (em grego) aplicada ao amor que Cristo revelou na terra (Jo 13:1), aplicada também à obra completa da salvação em Cristo (He 7:25). Nos três casos, em ambas as línguas, pode ser traduzida por "perfeita e finalmente".

    55.19 Mudança. Heb haliphã, da raiz hãlaph, "passar além", "sumir", que na raiz intensiva (aqui) é "renovar", "mudar". É uma das palavras que contribuem para o pleno sentido de "arrepender-se".

    55 20 Tal homem. O íntimo amigo descrito no v. 13. Não, se sabe se estas palavras podem ser aplicadas ao próprio filho, Absalão (conforme a maneira astuta e traiçoeira pela qual preparou sua revolta, 2Sm 15:4).

    55.22 A experiência de Davi, durante uma das suas horas mais difíceis, deu-lhe experiência para escrever esta exortação para qualquer pessoa que, em suas dificuldades, precise do socorro de Deus. Pela experiência na bondade de Deus, pode agora dar essa garantia (1Pe 5:7).

    55.23 Deus terá a última palavra em tudo. Bem-aventurado o homem que, como Davi, pode dizer a Deus: confiarei em ti.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 23
    Sl 55:0). Em vez disso, ele se volta para Deus (v. 9


    11) com um clamor por juízo sobre aqueles que estão causando destruição na sua cidade. Sua explosão de ira continua diante da revelação (v. 12-14) de que entre os seus adversários está um que foi seu amigo íntimo e de confiança. Novamente (v. 15) ele clama pela destruição dos seus inimigos. Nos v. 16-19, seu estado de espírito muda, e ele expressa sua certeza de que Deus vai ouvi-lo e libertá-lo; mas, mesmo assim, ele ainda não consegue digerir o fato de que seu amigo o enganou e traiu (v. 20,21). Seu consolo final (v. 22) vem em palavras que talvez tenham sido o oráculo de um profeta cultual (v.comentário Dt 6:0,2Co 4:9). O salmista termina (v. 23) com a conclusão de que Deus vai julgar os ímpios e com a determinação final de que, independentemente do que acontecer, ele vai confiar em Deus (acerca dos elementos imprecatórios no salmo, v. Introdução IV. 1).

    Título: v. Introdução III. 1,2,3. v. 1. não ignores-, v.comentário Dt 13:1. v. 2. Os meus pensamentos me perturbam-, lit. “estou agitado”; conforme NTLH: “As minhas aflições me deixam desgastado”, v. 4. pavores da morte-, ou “pavor mortal” (conforme Êx 15:16). v. 6. pomba: conforme Jr 48:28. v. 7. deserto-, uma região não cultivada que pode incluir estepes ou regiões de pastagem, como também desertos (v. NBD). Pausa (“Se-lá”): v. Introdução III. 3. v. 9. confunde a língua deles-, possivelmente deve ser traduzido por “Confunde e divide a língua deles, ó Senhor” (conforme Gn 11:5-9; Sl 12:3,Sl 12:4). v. 9-11. A BJ personifica os substantivos: “violência [...] discórdia [...] maldade [...] tormento” etc. v. 11. ruas-, ou “praças”, provavelmente o local de encontro da assembléia quando se reunia para julgar as questões do povo. v. 12. se um adversário se levantasse contra mim-, lit. “alguém que me odeia, (que) se exalta contra mim”, v. 14. comunhão-, heb. sõd (v.comentário Dt 25:141ss. sepultura: v. comentário Dt 6:5. entre eles o mal acha guarida: conforme NTLH: “pois a maldade está na casa e no coração deles!”, v. 17. Sempre que ele ora (conforme 119.164; Ez 6:10), Deus ouve. v. 18. Ele me guarda ileso: lit. “ele me redime” (v.comentário de 49.7). na batalha: ou “das hostilidades contra mim”, v. 19. reina: conforme Dt 33:27; Sl 29:10; Sl 74:12. jamais mudam sua conduta: o TM (seguido pela NVI) é de difícil tradução, mas sugere ou “para eles não existe emenda” (BJ), ou “porque eles não receberam a retribuição” (A. A. Anderson). Pausa (“Selá”): ocorre na metade do versículo no TM. v. 20. Aquele homem: inserido para dar sentido; o TM traz “ele”, aliados: lit. “aqueles que estão em paz com ele”, acordo: uma promessa solene que se torna cumprimento obrigatório por meio de juramento (tendo Deus como testemunha) resultando em um relacionamento com obrigações mútuas, v. 22. Esse versículo (junto com 16.8; 108.5; 25.3) foi adaptado de forma magnífica a um antigo coral germânico por Mendelssohn no seu “Elias”.preocupações-, lit. “o que é dado”, i.e., “sorte”, “porção” (conforme 11.6), “problemas” (NTLH), “fardo” (BJ). A LXX (citada em 1Pe 5:7; 49.9.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 8

    1-8. Queixas do Salmista. Sinto-me perplexo em minha queixa. De acordo com a forma de unta lamentação poética, o escritor apela para a atenção de Deusa fim de que considere sua condição intranqüila. Ele está sendo caluniado, oprimido, maltratado e odiado. A constante ameaça à sua vida causa dor, temor, tremor e horror. Com palavras de beleza lírica, ele expressa seu desejo de voar para o deserto, onde poderá escapar à perseguição.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 55 do versículo 1 até o 8
    Sl 55:0). O salmista desejava ter uma visão aberta e uma resposta imediata da parte de Deus, visto que estava tão inquieto, a lamentar-se (2). Ele não se podia conservar em silêncio por causa do suspense criado por suas suspeitas, que tinham crescido tão rapidamente a ponto de se tornarem esmagadoras e intoleráveis. Memórias sobre uma hoste de incidentes, não observados quando por ocasião de seu acontecimento, sugerem agora uma teia de perversos esquemas, e uma barragem de malévolas maquinações pareciam ter sido lançadas contra ele (3). Dominado por tal sentimento ele não apenas conjetura o sucesso de seus adversários, mas tem o pressentimento da morte por meios violentos.

    A pressão dos acontecimentos se tornara então tão intolerável que seu coração faz um desesperado esforço para escapar, em fantasias. Ele gostaria de mudar completamente sua condição e transformar-se numa pomba, a habitar em lugares quietos e afastados dos homens (6-7). A pausa (Selá) deseja prolongar essa vida idealizada tecida dos mais finos fios de seu exílio anterior, mas as cores desmaiam e o desejo permanece. Ele se pinta como um homem cansado que, a lutar desesperadamente para obter abrigo e segurança, encontra-se espancado e esbaforido em meio a uma súbita tempestade (8).

    O impulso de escapar da realidade é uma perversão de um desejo universal de estar em descanso (6; cfr. Gn 2:2; Mt 11:28-40; He 4:1-58; Ap 14:13). O motivo de "voar" para longe (do dever, da disciplina, ou de Deus) é muito saliente nas Escrituras, e é um fator básico do interminável desassossego e descontentamento do homem. Mas esse processo é vão e fútil (cfr. Sl 139:7 e segs.). Ninguém jamais descobriu que escapar para a experiência do deserto traz descanso; pelo contrário, ali é o terreno mesmo da tentação.


    Dicionário

    Deserto

    substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
    [Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
    Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
    Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
    adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
    Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
    De caráter solitário; abandonado.
    expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
    Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

    A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

    solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

    ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

    Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

    Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Longe

    advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
    Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
    Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
    locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
    De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
    De longe em longe, a longos intervalos.
    locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

    Pernoitar

    verbo intransitivo Ficar para dormir; permanecer num local para passar a noite: pernoitava no chão.
    Etimologia (origem da palavra pernoitar). Do latim pernoctare.

    Pernoitar Passar a noite (Zc 5:4).

    Sela

    substantivo feminino Peça confeccionada em couro que, colocada sobre o lombo do cavalo (ou de outro animal cavalgadura), é utilizada pelo cavaleiro para se equilibrar sobre esse animal.
    Etimologia (origem da palavra sela). Do latim sella.

    substantivo feminino Peça confeccionada em couro que, colocada sobre o lombo do cavalo (ou de outro animal cavalgadura), é utilizada pelo cavaleiro para se equilibrar sobre esse animal.
    Etimologia (origem da palavra sela). Do latim sella.

    Sela Assento de couro que é fixado sobre CAVALGADURA (Lv 15:9).

    Selá

    Termo musical de significação incerta, ocorrendo setenta e uma vezes em trinta e nove salmos, e três vezes no salmo de Hc 3. Concordam muitos comentadores na idéia de que a palavra é derivada de uma raiz, que significa levantar, elevar. E será deste modo a sua significação: para cima, alto. É neste sentido diversamente interpretada: uma direção
    (1). aos tocadores para mais forte acompanhamento, tendo mesmo alguns críticos a opinião de que se trata somente da transliteração da palavra grega “Psalle”, ‘façam vibrar os instrumentos’ –
    (2). aos cantores para que continuem a elevar os seus corações e as suas vozes em louvor –
    (3). a toda a congregação para que se unam na bênção ‘Bendito seja o Senhor para sempre’, elevando as suas vozes nos seus louvores ao Senhor.

    1. Filho de Arfaxade; portanto, neto de Sem (Gn 10:24-1Cr 1:18-24). Com 30 anos de idade tornou-se pai de Éber (Gn 11:12-15; 1Cr 2:3-1Cr 4:21). Listado na genealogia apresentada por Lucas que vai de Jesus a Adão (Lc 3:35).

    2. Nascido em Quezibe, era filho de Judá com uma mulher cananita. Depois que seu filho Er morreu, como castigo do Senhor por causa de seu pecado, Judá prometeu à viúva que ela se casaria com seu outro filho Selá, assim que ele tivesse idade suficiente. Judá, entretanto, não cumpriu sua promessa (Gn 38:5-11, 14,26). Para mais detalhes, veja Tamar. Posteriormente Selá é listado junto com o avô Jacó e outros membros da família no grupo que desceu para o Egito (Gn 46:12). Tornou-se líder do clã dos selanitas (Nm 26:20; Ne 11:5). P.D.G.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Salmos 55: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Eis que eu fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
    Salmos 55: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H2009
    hinnêh
    הִנֵּה
    Contemplar
    (Behold)
    Partícula
    H3885
    lûwn
    לוּן
    hospedar, ter um parada, passar a noite, habitar
    (and stay all night)
    Verbo
    H4057
    midbâr
    מִדְבָּר
    deserto
    (the wilderness)
    Substantivo
    H5074
    nâdad
    נָדַד
    retirar, fugir, partir, mover, vaguear, perder-se, bater as asas
    (and departed)
    Verbo
    H5542
    çelâh
    סֶלָה
    Selá
    (Selah)
    Verbo
    H7368
    râchaq
    רָחַק
    estar ou vir a estar longe, estar ou vir a estar distante, ser removido, ir muito longe
    (a good way off)
    Verbo


    הִנֵּה


    (H2009)
    hinnêh (hin-nay')

    02009 הנה hinneh

    forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

    1. veja, eis que, olha, se

    לוּן


    (H3885)
    lûwn (loon)

    03885 לון luwn ou לין liyn

    uma raiz primitiva; DITAT - 1096,1097; v

    1. hospedar, ter um parada, passar a noite, habitar
      1. (Qal)
        1. hospedar-se, passar a noite
        2. habitar, permanecer (fig.)
      2. (Hifil) fazer repousar ou hospedar
      3. (Hitpalpel) morar, habitar
    2. resmungar, reclamar, murmurar
      1. (Nifal) resmungar
      2. (Hifil) reclamar, fazer resmungar

    מִדְבָּר


    (H4057)
    midbâr (mid-bawr')

    04057 מדבר midbar

    procedente de 1696 no sentido de conduzir; DITAT - 399k,399L; n m

    1. deserto
      1. pasto
      2. terra inabitada, deserto
      3. grandes regiões desérticas (ao redor de cidades)
      4. deserto (fig.)
    2. boca
      1. boca (como órgão da fala)

    נָדַד


    (H5074)
    nâdad (naw-dad')

    05074 נדד nadad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1300; v

    1. retirar, fugir, partir, mover, vaguear, perder-se, bater as asas
      1. (Qal)
        1. retirar, fugir
        2. fugir, partir
        3. vaguear, perder-se
        4. bater as asas (referindo-se a aves)
      2. (Poal) fugir, ser perseguido
      3. (Hifil) afugentar
      4. (Hofal) ser afugentado
      5. (Hitpolel) fugir

    סֶלָה


    (H5542)
    çelâh (seh'-law)

    05542 סלה celah

    procedente de 5541; DITAT - 1506a; v

    1. elevar, exaltar
      1. Selá
        1. um termo técnico musical provavelmente mostrando ênfase, pausa, interrupção

    רָחַק


    (H7368)
    râchaq (raw-khak')

    07368 רחק rachaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 2151 v.

    1. estar ou vir a estar longe, estar ou vir a estar distante, ser removido, ir muito longe
      1. (Qal) estar longe, estar distante
      2. (Piel) enviar para longe, extender
      3. (Hifil)
        1. manter ou mostrar distância, ter ido longe
        2. remover, colocar longe
    2. (Nifal) soltar v. inf. (como adv.)
    3. à distância