Enciclopédia de Salmos 89:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 89: 6

Versão Versículo
ARA Pois quem nos céus é comparável ao Senhor? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao Senhor?
ARC Pois quem no céu se pode igualar ao Senhor? Quem é semelhante ao Senhor entre os filhos dos poderosos?
TB Pois quem, lá no alto, se pode comparar a Jeová?
HSB כִּ֤י מִ֣י בַ֭שַּׁחַק יַעֲרֹ֣ךְ לַיהוָ֑ה יִדְמֶ֥ה לַ֝יהוָ֗ה בִּבְנֵ֥י אֵלִים׃‪‬
BKJ Pois quem no céu pode ser comparado ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser semelhante ao SENHOR?
LTT Pois quem no céu pode ser comparado ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser assemelhado ao SENHOR?
BJ2 O céu celebra a tua maravilha, Iahweh, por tua verdade, na assembléia dos santos.
VULG Mane sicut herba transeat ; mane floreat, et transeat ; vespere decidat, induret, et arescat.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 89:6

Êxodo 15:11 Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?
Salmos 29:1 Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força.
Salmos 40:5 Muitas são, Senhor, meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; eu quisera anunciá-los e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar.
Salmos 52:1 Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente.
Salmos 71:19 Também a tua justiça, ó Deus, está muito alta, pois fizeste grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?
Salmos 73:25 A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.
Salmos 86:8 Entre os deuses não há semelhante a ti, Senhor, nem há obras como as tuas.
Salmos 89:8 Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é forte como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?!
Salmos 113:5 Quem é como o Senhor, nosso Deus, que habita nas alturas;
Jeremias 10:6 Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; tu és grande, e grande é o teu nome em força.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
SALMO 89: A FIDELIDADE DE DEUS, 89:1-52

O último salmo do Livro III é um contraste surpreendente com o salmo precedente, embora atribuído em seu título ao irmão do compositor do Salmo 88, "Etã, o ezraíta" (cf. I Reis 4:31-1 Croni 6.44; 15.17,19). Seu uso no NT em relação a Cristo justifica sua inclusão entre os salmos messiânicos. Os assuntos variáveis do salmo têm levado alguns (e.g., Oesterley) a conjeturar que ele seja uma combinação de três partes separadas no seu original. Essa suposição não precisa ser considerada, no entanto, visto que é possível observar um tema uniforme ao longo do salmo. O salmista deixa que suas "petições se-jam conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ações de graça" (Fp 4:6).

A opinião acerca da data e ocasião tem variado largamente entre os estudiosos, indo desde o tempo do Reino do Norte sob o reinado de Jeroboão II (Gunkel), passando pelo reinado de Jeoaquim (Perowne), até a última parte do período macabeu, em 88 a.C. (Duhm). O conteúdo do salmo parece encaixar-se melhor no período de Jeoaquim, quan-do a monarquia de Davi foi ameaçada, mas não extinta. Oesterley escreve: "O salmo ensina E...] que existe um relacionamento íntimo entre o destino da nação e o propósito divino com ela. Deus, todo-poderoso no céu e na terra, determinou a monarquia para o seu povo como um meio de bem-estar social entre eles e escolheu a linha davídica. Mas o plano divino foi frustrado pela vontade pecaminosa dos homens, como o salmista parece estar começando a perceber, embora não tenha visto o final da monarquia que estava próximo [...] Deus é o Deus da história; e embora homens, agentes livres pela vontade de Deus, frustrem seus propósitos, ele, no entanto, na sua misericórdia, desconsidera a loucura deles"." Acerca de masquil no título, cf. Introdução do Salmo 32.

  1. Louvor (89:1-4)

O salmo abre com o louvor do poeta (1-2) e a resposta do Senhor (3-4). As be-nignidades (chesed, bondade e amor imutável; cf.comentário em 17,1) do SENHOR (1) e a sua fidelidade constituem o tema do salmista. Será edificada (2), "como um palácio imponente, crescendo cada vez mais, pedra por pedra, diante dos olhos maravilhados dos homens, não conhecendo deterioração, destinada a jamais cair em ruína"."

Os versículos 3:4 são aplicados a Cristo em Atos 2:30 e, juntamente com o versículo 20, dão um caráter messiânico ao salmo. Deus tinha, de fato, feito um concerto com [...] Davi (3) para que sua descendência fosse estabelecida para sempre e o seu trono de geração em geração (4). Esta promessa foi cumprida no Filho maior de Davi (Mt 1:1 etc.). Selá: cf.comentário em 3.2.

  1. Passado (89:5-12)

Tendo expressado sua fé e recebido a resposta de Deus, o salmista agora se volta para a exposição das maravilhas do poder de Deus na criação e história que serviram de sinal para o cumprimento das suas promessas a Davi. O Senhor não somente tem o desejo, mas a capacidade de fazer o que prometeu. Primeiramente, é descrito o poder de Deus na criação e na natureza. Os céus louvam as maravilhas de Deus (5; cf. 19:1-6). Sua fidelidade é exaltada na assembléia dos santos — provavelmente uma referên-cia à assembléia angelical, em paralelo com os filhos dos poderosos (6), embora certa-mente os santos na terra não tenham um motivo de louvor maior. O SENHOR é incompa-rável (6), grandemente reverenciado (7) com temor piedoso, o "temor do Senhor" tan-to no Antigo como no Novo Testamento. "Poderoso, Senhor" (8, NVI) significa o Governante soberano do universo. Mesmo o ímpeto do mar (9) está sujeito à vontade dele: quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar (cf. Mt 8:23-27; Mc 4:36-41; Lc 8:22-25). Raabe (10), possivelmente simbolizando o Egito como em 87.4, mas, com base no contexto, mais provavelmente os poderes violentos e aterradores da profundeza espumosa, como o monstro marinho. Os céus e a terra [...] o mundo e a sua plenitude (11) são de Deus pela sua ação criativa, tanto o Norte como o Sul (12). Tabor e o Hermom são identificados por alguns como representando o Leste e o Oeste em contraste com o Norte e o Sul, mas são mais provavelmente citados como montanhas distintas e majestosas em uma terra montanhosa (veja mapa 1).

  1. Presente (89:13-18)

O Senhor da natureza, que "criou [...] os céus e a terra" (Gn 1:1), é também, e mais significativamente, o Deus do seu povo. Seu braço é poderoso e sua mão é elevada (13). "O braço e a mão sugerem um poder que é ativo, não meramente latente. Literal-mente, um braço com poder, uma outra construção forte usada por esse salmista"." Jus-tiça (retidão) e juízo [...] misericórdia e verdade (14) são a base do governo soberano de Deus sobre seu universo.

A bênção do povo de Deus é descrita nos versículos 15:18 em termos majestosos. Estes versículos fazem parte do ritual das sinagogas para a observância do Ano Novo judaico, e são recitados imediatamente após o soar da trombeta. Aversão Berkeley conse-guiu captar a beleza do original:

Bem-aventurado o povo que reconhece o chamado festivo.

Eles andam, á Senhor, na luz da tua face;
em teu nome se regozijam o dia todo,
e por meio da tua justiça são exaltados.

Pois tu és a glória da força deles;

e pelo teu favor será exaltado o nosso chifre (a nossa força).
Porque o Senhor é o nosso escudo,
e o nosso rei o Santo de Israel.

Som festivo (15) significa literalmente: "som de trombeta", ou chamada para a festa. Andará [...] na luz da tua face tem sido traduzido como: "anda radiante na tua presença" (Harrison). Será exaltado o nosso poder (17) no original significa: "será exaltado o nosso chifre" (Harrison) — o chifre do carneiro ou do boi simbolizava força.

  1. Promessa (89:19-37)

Esta longa passagem é dedicada à promessa de Deus a Davi (20) e à sua descen-dência (29). Como Pedro colocou os versículos 3:4 em um cenário messiânico (At 2:30), assim Paulo usou o versículo 20 em seu discurso à sinagoga em Antioquia da Pisídia (At 13:22-23). Sua aplicação limitada é para Davi e seus sucessores terrenos. Sua aplicação suprema é para Jesus, o Messias. Teu santo (19) é melhor traduzido como: "teu vidente fiel" (Moffatt). Davi foi ajudado, escolhido e ungido (20), sustentado (12) e fortalecido. Portanto, o inimigo não o importunará (22; "oprimirá", NVI) ; mas Deus derrubará os seus inimigos e ferirá os que o aborrecem (23). O seu nome será exaltado ("seu chifre será exaltado",
24) — cf.comentário do versículo 17.

Porei a sua mão no mar e a sua direita, nos rios (25), é melhor traduzido como: "Estenderei o seu poder até o mar e sua autoridade até o Eufrates" (Moffatt) ; cf. 72.8; Zacarias 9:10. O rei (tanto humano como divino) deve reconhecer Deus como seu pai (26) e como retribuição será proclamado o primogênito do Senhor (27), um termo que no seu sentido mais restrito pertence somente a Cristo (Jo 1:14; Rm 8:29). A aliança de Deus com Davi e sua descendência é eterna (28-29). A desobediência dos filhos do rei resultará em seu próprio castigo, mas não malogrará os propósitos de longo alcance de Deus (30-34). O juramento da aliança de Deus estava baseado na sua santidade (35), isto é, sua própria natureza (cf. 60.6; Hb 6:13-20). Estabelecido para sempre como a lua (37) tem sido traduzido como: "Será estabelecido permanentemente como a lua, e durável como os céus" (Harrison).

  1. Perspectiva (89:38-45)

Há, com certeza, um contraste trágico entre a promessa e a perspectiva imediata. Em parte, o problema do salmista era o mesmo que os discípulos tiveram muito mais tarde quando aguardavam que o Senhor restaurasse "neste tempo o reino a Israel" (At 1:6). O propósito de Deus não tem sido a restauração do velho, mas a realização do novo. O velho tinha de passar antes que o novo pudesse aparecer. Estes versículos refletem um novo estado nos acontecimentos do reino de Israel. Parece que Deus rejeitou e aborreceu seu ungido (38). Parece que o concerto foi abominado e a coroa do rei profanada ao ser lançada por terra (30). Todos os seus muros (40) significa: "todas as suas defesas" (Harrison). Todos os que passam pelo caminho o despojam (41) significa: "Todos os que passam o saqueiam" (NVI). O opróbrio dos seus vizinhos pode ser: "objeto de zombaria para os seus vizinhos" (NVI).

À medida que o rei se enfraquecia, seus adversários se tornavam mais fortes (43) e o destino do jovem monarca foi a humilhação do seu trono (44-45). Como resultado, o rei havia sido coberto de vergonha.

  1. Petição (89:46-51)

Sob circunstâncias como essas o grito do coração é: Até quando, SENHOR? (46). Uma série de perguntas retóricas expressa o desejo de que Deus logo se volte outra vez ao seu representante sitiado. "A súplica se divide em duas partes, cada uma compreendida por três versículos. O argumento da primeira é a brevidade da vida humana; e da segunda, a desonra lançada sobre Deus pelo triunfo dos seus inimigos".58 A urgência da petição está baseada na brevidade da vida e na certeza da morte (47-48).

A honra de Deus é a nova base que o salmista usa para expressar sua súplica. O Senhor é lembrado das suas benignidades antigas e do seu juramento a Davi (49). O salmista pede que o Senhor se lembre do opróbrio (50, "desgraça", Harrison) dos seus servos, "e de como trago dentro de mim o abuso de muitas nações" (Harrison). Aqueles que se opõem ao salmista são inimigos do Senhor (51).

  1. Doxologia (89,52)

O último versículo é geralmente reconhecido como não fazendo parte do salmo origi-nal; é, antes, a doxologia acrescentada a todos os salmos do Livro III. Amém e amém é uma repetição que intensifica o significado de "Que assim seja". Cf. as doxologias que concluem os outros livros (Sl 41:13-72:18-19; 106.48 e comentários do salmo 150).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
*

Sl 89 Este salmo começa com um tom de júbilo, mas, finalmente, transforma-se em uma lamentação. A questão no âmago do salmo é o pacto davídico. Em 2Sm 7:4-17 (conforme 13 17:1-13.17.15'>1Cr 17:1-15) Deus estabeleceu uma aliança com Davi, no qual Deus prometeu que o relacionamento especial passaria para os filhos obedientes de Davi (32.11). A linguagem usada por Deus era enfática; a aliança perduraria "para sempre" (2Sm 7:13).

Contudo, essa promessa não deixava de ter condições impostas aos que a recebiam. Se pecassem, seriam punidos (1Rs 8:25; 2Sm 7:14). O próprio filho de Davi, Salomão, começou a desviar-se, ao admitir os cultos religiosos de suas mulheres estrangeiras (1Rs 11). A contínua desobediência dos reis davídicos resultou no exílio babilônico, bem como o fim daquele período da monarquia de Israel no século VI a.C. Mas a substância espiritual da promessa não foi cancelada: Cristo veio para apossar-se do trono de Davi para sempre (Is 9:7; Lc 1:32; 22:30).

*

89:1

as tuas misericórdias. As maravilhas da dedicação de Deus ao seu povo, no amor de sua aliança com eles.

a tua fidelidade. Deus não é caprichoso ou volúvel, mas, sim, cumpre as promessas que faz (de bênção ou castigo). A esperança no cumprimento da promessa divina a Davi é que motivará o lamento no fim deste salmo (vs. 38-51).

* 89:5

os céus. Os céus são aqui personificados; a referência é aos seres habitantes dos céus, como os querubins e os anjos. Deus é tão grande que até essas poderosas entidades espirituais caem de joelhos em adoração.

na assembléia. Os anjos e outros seres espirituais, existentes no céu, são a divina assembléia de Deus, por meio dos quais ele opera a sua vontade.

* 89:6

nos céus. Tendo mencionado os seres espirituais, o salmista destaca de imediato o caráter ímpar de Deus. Os escritos dos cananeus e dos mesopotâmios também mencionam uma "assembléia dos santos", mas esta era uma assembléia composta de deuses diferentes. O Deus de Israel não era o melhor dentre tais deuses, mas era inteiramente diferente deles. O Antigo Testamento exprime em inúmeros lugares a transcendência de Deus (Is 44:6.).

* 89:10

Raabe. Tal como leviatã, Raabe é um monstro marítimo da mitologia do Oriente Próximo e Médio, representando as forças do mal e do caos (9:13; Ez 29:3, e nota). Com freqüência, o nome Raabe é aplicado ao Egito (Sl 87:4, e nota).

* 89:11

tu os fundaste. Diferente dos deuses dos povos pagãos, o Senhor é o Criador do mundo.

* 89:12

o Tabor e o Hermom. O Hermom, no extremo norte de Israel, é o pico mais alto do país. O Tabor é um monte de formato distinto que fica na planície de Megido, um marco de fronteira entre três tribos de Israel.

* 89:14

Justiça e direito. Como Rei, Deus é o responsável pela administração da lei na terra de Israel. Ele não julga arbitrariamente.

te precedem. Ver Sl 85:13.

* 89:17

sua força. O rei. A metáfora do "chifre", traduzida como "força", está associada ao chifre de um touro, que representa a força. Deus era aquele que dotava o rei humano com poder. Esse pensamento é especificado na linha seguinte.

* 89:19

em visão. As palavras exatas dessa visão não são encontradas em qualquer outro lugar das Escrituras, mas a alusão mais provável é ao discernimento profético de Natã, em 2Sm 7, se não à palavra divina inicial dada a Samuel acerca do reinado de Davi (1Sm 6).

* 89:21

o meu braço o fortalecerá. O rei tinha responsabilidades sagradas, tanto políticas quanto religiosas. Deus prometeu dar a Davi a força de que ele precisava para cumprir suas tarefas.

* 89:24

A minha fidelidade e a minha bondade. Essas duas palavras-chave reverberam através deste salmo, a começar pelo primeiro versículo; ver nota em o v. 1.

* 89:26

Tu és meu pai. Uma referência ao relacionamento íntimo estabelecido entre Deus e Davi, em 2Sm 7:14. O rei desempenhava um importante papel como mediador do pacto davídico, entre Deus e o seu povo. Essa função especial fez a apostasia dos reis posteriores tornar-se especialmente hedionda.

* 89:27

meu primogênito. Chamar Davi de "primogênito" significava que ele foi o primeiro na fileira da comunidade em aliança com Deus, o cabeça de uma casa (Gn 4:4; 25:31, e notas). Davi, em particular, prefigura a Cristo, de caráter ímpar como o Filho de Deus e Cabeça da Igreja (Ef 1:22; Hb 3:6).

* 89:29

para sempre. A dinastia de Davi, como um empreendimento político terreno, seria de longa duração, embora não eterna. Caiu por causa dos pecados dos sucessores de Davi. Substituindo-o, sendo a própria realidade que aqui se fez prenunciar, estava o reino eterno de Jesus Cristo.

* 89:31

os meus preceitos. A vontade de Deus sumariada nos primeiros cinco livros do Antigo Testamento. O trecho de Dt 17:19 ordena que o rei fosse bem versado na lei de Deus e obediente a ela.

* 89:34

Não violarei a minha aliança. As promessas de Deus perduram para sempre. A aliança com Davi tem um elemento condicional, conforme este salmo salienta no v. 32, mas seu cumprimento final não depende da reação humana. Davi e o salmista sabiam que essa aliança seria cumprida, mas não podiam saber tudo sobre como isso ocorreria (At 2:29-31; 1Pe 1:10,11).

* 89:38

Tu... o repudiaste. O enfoque deste salmo muda para o presente, com sua grande ruptura no relacionamento entre Deus e o rei.

o teu ungido. Algum sucessor de Davi, que não foi especificado.

* 89:39

Aborreceste. O salmista torna-se aqui muito franco, falando ousadamente, em seu apelo, para que Deus rompesse o seu silêncio.

* 89:41

Despojam-no todos. A ausência de Deus era experimentada através da vitória dos inimigos sobre Israel.

* 89:49

tuas benignidades de outrora. O amor de Deus é o amor pelo qual Deus se prende ao seu povo em devoção segundo a aliança.

*

89:52 Uma doxologia conclui o livro III do saltério (Introdução: Características e Temas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
89.1ss Este salmo se escreveu para descrever o reino glorioso do rei Davi. Deus prometeu que faria do Davi o rei mais capitalista da terra e que manteria a seus descendentes no trono para sempre (2Sm 7:8-16). devido à destruição de Jerusalém e a que seus reis deixaram de governar ali, estes versículos só se adiantam proféticamente ao futuro reino do Jesucristo, o descendente do Davi. O versículo 27 é uma profecia que concerne à dinastia eterna do Davi, que se consumará no reino futuro de Cristo sobre o mundo (veja-se Ap 22:5).

89:5 "Na congregação dos Santos" pelo general se refere aos anjos. Nos átrios do céu, uma miríade de anjos elogiam ao Senhor. Esta cena é de majestade e esplendor para mostrar que Deus vai além das comparações. Seu poder e pureza o colocam muito por cima da natureza e dos anjos. (se desejar mais informação sobre os anjos, vejam-se Dt 33:2; Lc 2:13; e Hb 12:22.)

89:12 Isto se refere aos Montes Tabor e Hermón. O monte Tabor não é muito alto (650 m), foi cenário da vitória da Débora em Juizes 4. O monte Hermón (3,000 m) é alto e majestoso.

89.14, 15 O trono de Deus se descreve com pilares de justiça e julgamento e como servidores a misericórdia e a verdade. Isto explica os aspectos fundamentais de como Deus trata às pessoas. Como embaixadores de Deus, devemos tratar às pessoas da mesma maneira. Assegure-se de que suas ações derramem justiça, julgamento, misericórdia e verdade, já que nenhuma ação injusta, sem misericórdia nem desonesta pode provir de Deus.

89:17, 24 "Nosso poder" significa nosso homem forte, nossa esperança do Messías. O versículo 24 volta a referir-se ao poder e aqui o salmista promete ter o poder de Deus para cumprir sua vontade. Sem a ajuda de Deus somos débeis e impotentes, ineptos incluso para a mais simples tarefa espiritual. Mas quando estamos cheios do Espírito de Deus, seu poder flui através de nós e vai além de nossas expectativas.

89.34-37 À luz da contínua desobediência do Israel em toda a história, esta é uma promessa surpreendente. Deus prometeu que os descendentes do Davi sempre se sentariam no trono (89.29), mas se o povo desobedecia, receberia o castigo (89.30-32). E mesmo assim, com sua desobediência e castigo, Deus nunca deixaria de cumprir suas promessas (89.33). Israel sim desobedeceu, o mal correu com desenfreio, a nação se dividiu, veio o exílio. Mas apesar de tudo, um remanescente do povo de Deus permaneceu fiel. Séculos depois chegou o Messías, o Rei eterno da linhagem do Davi, tal e como Deus o prometeu. Tudo o que Deus promete, cumpre-o. Não se retratará de nenhuma das palavras que diz. Também nós podemos confiar em que Deus nos salvará porque O prometeu (Hb_6:13-18). Deus é completamente confiável.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
Sl 89:1 ). Deus havia feito sua escolha e que tinha se comprometido com um juramento (ver também Sl 132:11. ; Mc 4:36 ; Lc 8:22 ).

O inimigo mais poderoso perto de Israel, Egito (Raabe , ver Is 30:7 , Ex 15:16 ), o que sugere que o poeta tinha esse evento memorável em mente. O versículo 14 esclarece que poder "terrível" de Deus é como. Não é indisciplinado e lunático, mas é solidamente baseada em atributos éticos. Sustentando seu poder ou trono são justiça (tsedeq ), que é o padrão final de conduta moral e justiça (mishpat ), que é a aplicação da moralidade aos assuntos humanos reais. Mas estes são suavizadas por dois outros atributos muito importantes, benignidade (chesed ), que é concurso, a preocupação leal para o homem, apesar de seus deméritos, e verdade ('emeth ), que está profundamente enraizado em uma relação pessoal positiva, bem como sendo uma representação fiel da realidade.

Não é à toa que os seguidores de um Deus como este pode irromper em canções de louvor; não admira que eles são abençoados quando ouvem o som alegre (teru'ah ), o que poderia significar a trombeta explodir um alarme no momento do perigo, para aqueles que se rebelam contra Deus, mas também pode significar as notas trompete e os gritos de uma multidão de boas-vindas um rei retornando.

Não há dúvida sobre o significado deste som alegre. É motivada por uma pessoas dedicadas felizes que têm apenas um desejo, para exaltar o seu Senhor. Eles encontrar segurança em Sua justiça ; eles são sustentados por Sua glória, porque Ele é a sua glória , a sua luz e de vida, a sua força (chifre é um símbolo bíblico de poder) e proteção (shield ). Os seguidores de Deus estavam certos de uma grande verdade fundamental. Deus era seu próprio rei , o rei da nação.

IV. As riquezas do PROMESSAS DE DEUS (Sl 89:1 .)

As promessas de Deus incluem a auto-outorga de força (v. Sl 89:21 ), da vitória (vv. Sl 89:22-23 ), das características do convênio básicos de fidelidade e misericórdia (v. Sl 89:24 ), do alargamento territorial (v. Sl 89:25 ), de Deus do íntimo relação como Pai e Salvador (v. Sl 89:26 ), de fama entre os reis (v. Sl 89:27 ), da própria lealdade eterna ou de Deus misericórdia (v. Sl 89:28 ), de uma dinastia que durará para sempre. No entanto, houve condições que Davi de descendentes devem atender. Eles sempre devem reconhecer a prioridade de leis próprias de Deus e obedecê-las. A desobediência traria punição severa. O caráter eterno de promessas de Deus para Davi não torná-los imunes a responsabilidade diante do tribunal de Deus. No entanto, Deus não iria rapidamente encerrar o davídica dinastia.Bondade e fidelidade ainda guiaria tratos de Deus com os descendentes de Davi. Juramento de Deus, baseado em sua própria santidade , fixaria lado da aliança como inalterável de Deus.

V. A humilhação ACTUAL DA CASA DE DAVI (Sl 89:38 ).

VI. MEU TEMPO É CURTO (Sl 89:1-A ). Agora, parecia que de Deus ira iria queimar como fogo para sempre.

O salmista pego nenhuma conotação messiânica na promessa de Deus a Davi. Ele podia ver a questão apenas em termos de sua própria vida curta, e temia que, se o trono de Davi não foi restaurado dentro de sua vida, então tudo estava perdido. Nem o poeta compreender a doutrina da vida após a morte (v. 49b ), então ele teria vislumbrado a verdade de uma celeste Rei da dinastia de Davi. Porque essa perspectiva mais ampla foi falta, o salmista ficou com a visão turva. De Deus misericórdia e fidelidade parecia ter cessado, e ele ficou com uma grande carga de reprovação , que pesava sobre a sua alma.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
89.1- 52 Outro ezraíta mencionado em 1Rs 4:31 completa a oração de Hemã, ezraíta (Sl 88:0).

89.15 Vivas de júbilo. Os cultos pagãos da época conheciam os gemidos das crianças sacrificadas, os uivos dos sacerdotes e os gritos do povo atemorizado.

89.19 Poder de socorrer. De Jesus está escrito: "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (He 7:25). Do meio do povo. Tanto Davi como seu Descendente, Jesus, foram exaltados entre o povo humilde e pobre.

89.24 Fidelidade e... bondade. É o assunto geral do salmo, segundo v. 1.

89.25 Mar... rios. As fronteiras do Israel completo vão desde

o Mediterrâneo de um lado ("mão") e até o outro lado dos rios Eufrates e Tigre. Isso foi cumprido em Salomão, filho do rei Davi.
89.26 Pai. Ninguém no Antigo Testamento chamava Deus de "Pai". As primeiras e as últimas palavras que lemos de Jesus, chamam Deus de "Pai" (Lc 2:49 e Lc 23:46).

89.27 Primogênito. No costume de Israel, o primogênito recebia uma parte dupla na divisão dos bens (Dt 21:17), tinha autoridade sobre os irmãos e os sobrinhos (2Cr 21:3), e, a princípio, foi escolhido para o sacerdócio santo (Nu 8:14-4). Posteriormente, devido a troca dos mesmos pela tribo de Levi, não mais foi necessária tal dedicação.

89:29-37 Estes versículos provêem uma explicação das palavras da aliança que Deus fizera com o rei Davi, contidas em 2Sm 7:12-10. • N. Hom. Cristo é a plenitude da aliança entre Deus e o homem. É o Salvador (19); o Servo (20); vencedor sobre o inimigo (v. 22); Juiz dos Seus perseguidores (23); Rei dos reis (25 e 27); Filho de Deus (26 e 27); Fonte de Graça (28); Pai de filhos imortais (29). Todavia mais maravilhoso que tudo é a promessa de que Seus filhos são salvos para a eternidade e que nunca mais haverá modo da perdição (30-36). Haverá punição (32) mas nunca perdição.

89.29 Dias do céu. Quer dizer pela eternidade.

89.32 Vara. Pv 23:13, Pv 23:14 e 13.24 ensina que aquele que retém a vara aborrece a seu filho e o que a fustiga, livra sua alma do inferno.

89.35 Deus jura pela Sua própria santidade, que, segundo Isaías, é o supremo atributo de Deus. A aliança de Deus é tão firme, que declara que preferiria cessar de ser Deus, a rejeitar aqueles que Ele salvara.
89.37 O universo inteiro é testemunha da promessa eterna de Deus.

89:39-51 Etã, o ezraíta, depois de relembrar, com júbilo, as promessas de Deus, aponta para uma situação atual angustiosa. Talvez se refira à época de Roboão, neto de Davi, quando já no quinto ano de seu reinado tinha de ver Jerusalém invadida por Sisaque, rei do Egito (1Rs 15:25-11). Outra possibilidade é que os vv. 38-59 sejam uma continuação do salmo, escrita muita mais tarde, quando os descendentes de Davi sofreram terríveis derrotas e depois foram levados para o cativeiro (2Rs 24:0).

89.51 Vilipendiado... os passos do teu ungido. Espiões dos fariseus espreitavam cada ato de Jesus, para, quiçá, apanhá-lo nalgum ato ilícito e, no fim, tiveram de recorrer a falsos testemunhos.

89.52 O fim, porém, se reverte em todo louvor e glória a Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
Sl 89:0,26:13; Sl 74:13,Sl 74:14Is 51:9). O Universo é um edifício maravilhoso que comemora o poder dele. Os montes majestosos são obra das suas mãos. O seu governo sobre o mundo não é uma tirania despótica, mas está firmemente fundamentada nos seus atributos da bondade moral, da sua confiabilidade e cuidado. O povo de Javé teve permissão para saber esse tipo de segredos. Ele tem o privilégio duplo de se reunir em aclamação jubilosa com o Rei sem igual (conforme 92.2,3) e de experimentar o favor dele em sua vida (conforme Nu 6:25). Não é de admirar que esteja motivado a louvar. Ele é a fonte de toda a sua força (v. 17); o povo tem acesso ao poder do Senhor. O canal apontado por Deus da sua ajuda generosa não é ninguém mais do que o rei davídico. Ele é o pivô da bênção divina sobre a nação. Assim, no coração da fé e da vitalidade de Israel está a aliança de Deus com Davi.

A revelação gloriosa (v. 19-37)

A antiga palavra de Deus é narrada de forma poética; o texto em prosa dessa teologia régia aparece em 2Sm 7:8-10. Davi, o arquétipo do representante do rei entre os homens, fundou uma instituição que nunca se extinguiria. O poder de Deus {braço, v. 21; conforme v.


13) e a sua vitória (v. 12; conforme v. 10) foram prometidos a ele e a seus descendentes. Assim como Deus era o Rei do mundo, também o seria o rei davídico, com seu reino estendendo-se por todo o mundo semítico, do Eufra-tes e seus afluentes até o mar Mediterrâneo. Seu relacionamento com Deus seria singular. Como representante crucial da nação aos olhos de Deus, ele receberia o título especial de primogênito (v. 27; conforme Ex 4:22) e trataria Deus como Pai (v. 26) adotivo e protetor (conforme Sl 2:0; Cl 1:15; Ap 1:5). E irônico que esse salmo, em que o sofrimento e a glória se chocam, estabeleça um padrão misterioso que foi seguido pelo Herdeiro: “Aqui está o seu rei” se disse de alguém que usava uma coroa de espinhos.

v. 47b. I.e., “todas as pessoas que criaste vão morrer um dia” (NTLH). v. 51. cada passo\ i.e., “Aonde ele vai” (NTLH); possivelmente é melhor traduzir por “calcanhares”, i.e., enquanto foge. O v. 52 não faz parte do salmo, mas é uma doxologia que marca o final do terceiro livro do Saltério (conforme 41.13; 72.18,19).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 5 até o 18

5-18. A Incomparável Fidelidade Divina. Pois quem nos céus é comparável ao Senhor? A excepcionalidade divina tanto ao céu como entre os Seus santos dentro de Israel serve de justificativa diante de Deus e conforto para o povo. A referência a Raabe (v. Sl 89:10) emprega um termo extraído de uma antiga lenda do Oriente Próximo que fala da vitória divina sobre o Egito no Mar Vermelho (cons. 9:13; Sl 74:13-15; Sl 87:4; 1Sm 30:7; Is 51:9, Is 51:10). Outras alusões são feitas aqui para intensificar a figura do poder divino na criação, sua vitória sobre toda oposição, e o seu domínio sobre o céu e a terra.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 5 até o 17
b) A majestade e a aliança de Deus (5-37)

1. EXALTAÇÃO DOS ATRIBUTOS DIVINOS (5-18). Esses versículos são uma expansão dos vers. 1 e 2. Em lugar da voz do salmista (1), há as hostes angélicas (Os céus, a assembléia dos santos; cfr. 15:15), que exaltam as seculares maravilhas da maneira de Deus tratar com os homens. Quem no céu se pode igualar ao Senhor? (6); isto é, nem o sol nem a lua são dignos de ser adorados (cfr. Sl 19:1 e segs.) e nem um sequer dos filhos dos poderosos, ou anjos, se assemelha a Ele (cfr. Cl 1:16; He 1:5 e segs.). O concílio angelical mantém-se em terrível reverência para com Ele (7; cfr. 1Rs 22:19; Jr 23:18), de quem Ele é o Senhor, Deus dos Exércitos. Ninguém tem poder como JÁ, que derrotou Faraó (Êx 15:11), e esse poder supremo não pode ser separado de Seu envoltório de fidelidade (8; cfr. Is 59:17).

>Sl 89:9

Do vers. 9 em diante a ênfase recai sobre o poder de Deus nesta terra, e não nos céus. Ele governa os mares furiosos e acalma as ondas (cfr. Sl 77:17-19); Ele esmagou o poder de Raabe (isto é, o Egito como em Sl 87:4), e dispersou todos os outros adversários (9-10; cfr. Nu 10:35). Ele é o Criador e Dono do Céu e da Terra (11; cfr. Sl 24:1). Em realidade, a terra inteira, de um extremo a outro (o norte e o sul) é Sua, e as mais notáveis características geográficas da Palestina, os montes Tabor e Hermom, são testemunhos e monumentos de Sua grandeza (12). Os acontecimentos têm demonstrado repetidamente Seu braço poderoso e Sua potente mão (13), e além disso, tanto na terra como no céu, o poder divino é inseparável da justiça divina. Cfr. Sl 97:2 com o vers. 14. A misericórdia e a verdade sempre vão adiante dEle, prontas para ser Seus arautos.

>Sl 89:15

Em conseqüência disso, Israel, escolhida por Deus, que é tão grande, certamente deve ser excepcionalmente abençoada (cfr. Nu 6:25). O som festivo (15); o termo hebraico denota tantos gritos de alegria (cfr. Sl 65:13) como o som da trombeta (ver Nu 10:9). Os alegres gritos do povo o aclamaram como rei. Pelo teu favor será exaltado o nosso poder (17), isto é, todas as nações estimarão Israel porque a justiça de Deus é manifestada entre eles. Todos os Seus súditos se gloriam nEle. A nossa defesa, ou rei (cfr. Sl 84:9) foi divinamente nomeada e age a favor do Santo de Israel. Esse conceito sobre a soberania prepara o caminho para a seção seguinte do salmo.

>Sl 89:19

2. A CLAREZA DO CONCERTO DAVÍDICO (19-37). Estes versículos expandem o tema esboçado nos vers. 3 e 4, e são vazados em linguagem como se fosse um discurso direto do Santo de Israel (18). Então, refere-se à ocasião do juramento feito a Davi, declarado em visão concedida a Natã (2Sm 7:4-10) e, mediante ele, feito a todo o povo, sendo preferível ler "teus santos" em lugar de teu santo (19). Socorri (19), isto é, conferi (o poder de dar) socorro. Um eleito, (19) poderia ser traduzido como "um jovem". Achei a Davi (20), isto é, ele foi desvendado como a pessoa mais apropriada para tornar-se servo do Senhor (cfr. Sl 78:70) e, portanto, foi ungido com o santo óleo do Espírito de Deus (cfr. 1Sm 16:13). Esse divino fortalecimento significa que nenhum inimigo poderia dominá-lo de surpresa, e que nenhum adversário poderia prevalecer contra ele (cfr. 2Sm 22:1). Não o importunará (22); ou seja, não fará violência contra ele.

>Sl 89:24

Em adição a essa definida promessa de poder real e poderio militar, o Senhor ainda se comprometeu a dotar Davi de Sua misericórdia e fidelidade (24). Não apenas o seu domínio deveria estender-se desde o mar Mediterrâneo até os rios do oriente (cfr. Gn 15:18; Sl 80:11), mas sua relação para com Deus seria a de um filho primogênito (26-27; cfr. 2Sm 7:14; He 1:5). A promessa anterior, à comunidade inteira (Êx 4:22) é agora focalizada sobre o rei (notar Rm 8:29; Ap 1:5). Em resultado disso, o trono de Israel será supremo acima de tudo (cfr. Dt 28:1), e seria eterno como os dias do céu (29).

Esse aspecto da aliança, sua infalibilidade e permanência, prepara o caminho para o propósito maior do Salmo e, a fim de preparar o caminho para o protesto subseqüente, o salmista prossegue para ocupar-se da inviolabilidade do juramento (2Sm 7:14-10). A infidelidade dos descendentes de Davi não anularam a aliança referente à dinastia. Se eles deixarem, não andarem, profanarem e não andarem nos meus mandamentos, disse Deus, Ele haveria de castigá-los; porém, disse ainda o Senhor: Não quebrarei o meu concerto... (34). O Senhor jurara de uma vez para sempre, e Ele não era homem para mentir (ver Lc 1:32-42). Deus declarou que esse concerto era como a testemunha no céu é fiel (34). Isso talvez signifique "o meu concerto do dia, e o meu concerto da noite" (Jr 33:20-24) ou, literalmente, "como o testemunho no céu, o próprio Deus, é fiel" (cfr. 16:19). Essa alusão à fidelidade celestial é uma reminiscência do vers. 29; isto é, o salmista reverte ao conceito primordial da imutabilidade do concerto.


Dicionário

Céu

substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


Céu
1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Igualar

verbo transitivo Tornar igual; igualizar.
Ser igual a: nada igualava seu desprendimento.
Nivelar, aplainar, alisar (um terreno, uma superfície).
Estar ou ficar no mesmo nível, ou altura.
verbo pronominal Fazer-se igual, supor-se igual, rivalizar com: nada se iguala à sua beleza.

Pode

substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.

Semelhante

[...] Nossos companheiros não são maus e sim Espíritos incompletos nas virtu des divinas, à maneira de nós outros. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 89: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Pois quem no céu pode ser comparado ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser assemelhado ao SENHOR?
Salmos 89: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1819
dâmâh
דָּמָה
parecer, assemelhar
(I thought)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H410
ʼêl
אֵל
deus, semelhante a deus, poderoso
(unto God)
Substantivo
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H6186
ʻârak
עָרַךְ
organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer,
(and they joined)
Verbo
H7834
shachaq
שַׁחַק
poeira, nuvem
(on the sky)
Substantivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

דָּמָה


(H1819)
dâmâh (daw-maw')

01819 דמה damah

uma raiz primitiva; DITAT - 437; v

  1. parecer, assemelhar
    1. (Qal) parecer, assemelhar
    2. (Piel)
      1. ser semelhante, comparar
      2. imaginar, pensar
    3. (Hitpael) tornar semelhante
    4. (Nifal)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

אֵל


(H410)
ʼêl (ale)

0410 אל ’el

forma contrata de 352, grego 2241 ηλι e 1664 ελιουδ; DITAT - 93a; n m

  1. deus, semelhante a deus, poderoso
    1. homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
    2. anjos
    3. deus, deus falso, (demônios, imaginações)
    4. Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
  2. coisas poderosas na natureza
  3. força, poder

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


עָרַךְ


(H6186)
ʻârak (aw-rak')

06186 ערך ̀arak

uma raiz primitiva; DITAT - 1694; v.

  1. organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer, avaliar, igualar, dirigir, comparar
    1. (Qal)
      1. organizar ou pôr ou colocar em ordem, organizar, expor em ordem, apresentar (uma causa legal), por no lugar
      2. comparar, ser comparável
  2. (Hifil) avaliar, tributar

שַׁחַק


(H7834)
shachaq (shakh'-ak)

07834 שחק shachaq

procedente de 7833; DITAT - 2367a; n. m.

  1. poeira, nuvem
    1. poeira fina
    2. nuvem (fina)