Enciclopédia de Êxodo 31:16-16
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
ex 31: 16
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. |
ARC | Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. |
TB | Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, para o observarem pelas suas gerações, como pacto perpétuo. |
HSB | וְשָׁמְר֥וּ בְנֵֽי־ יִשְׂרָאֵ֖ל אֶת־ הַשַּׁבָּ֑ת לַעֲשׂ֧וֹת אֶת־ הַשַּׁבָּ֛ת לְדֹרֹתָ֖ם בְּרִ֥ית עוֹלָֽם׃ |
BKJ | Portanto, os filhos de Israel guardarão o shabat, para observar o shabat pelas suas gerações, por um pacto perpétuo. |
LTT | |
BJ2 | Os filhos de Israel observarão o sábado, celebrando-o de geração em geração, como uma aliança eterna. |
VULG | Custodiant filii Israël sabbatum, et celebrent illud in generationibus suis. Pactum est sempiternum |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 31:16
Referências Cruzadas
Gênesis 9:13 | O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. |
Gênesis 17:11 | E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal do concerto entre mim e vós. |
Jeremias 50:5 | Pelo caminho de Sião perguntarão, para ali dirigirão o rosto; virão e se ajuntarão ao Senhor num concerto eterno, que nunca será esquecido. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA
Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn
CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt
PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.
ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
ISRAEL
Atualmente: ISRAELPaís com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Para fazer com precisão os muitos detalhes exigidos na construção do Tabernáculo e de todas as suas mobílias e acessórios, Moisés precisava de trabalhadores especializados. Deus não ia produzir este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas por meio de homens capacitados para o trabalho; esta era tarefa que seus filhos podiam e deviam fazer. Deus não faz para suas criaturas o que elas podem fazer por si mesmas.
É apropriado reconhecer que Deus chama as pessoas de muitas maneiras. Já cha-mara por nome a Bezalel (2), como também Moisés fora chamado. Agora esta desig-nação é revelada a Moisés, que mais tarde informaria Bezalel e Israel dessa escolha (35:30-36.3). Deus chamou Moisés diretamente, mas estes homens, até onde sabe-mos, foram chamados por Moisés sem receberem palavra direta de Deus. Embora Deus escolhesse por nome a Bezalel e Aoliabe (6), logicamente coube a Moisés nomear mui-tas outras pessoas para o trabalho. É inspirador ser chamado por nome direta ou indiretamente por Deus, mas também é importante ser nomeado por quem Deus auto-riza a escolher obreiros.
O Espírito Santo de Deus seleciona e unge certas pessoas para o trabalho espiritual do seu Reino, como pregar ou ensinar. Deus também escolhe, capacita e dirige seus ser-vos no empreendimento e feitura das coisas materiais. Bezalel e seu assistente, Aoliabe, foram chamados para dar beleza às formas materiais do Tabernáculo. Para esta tarefa, houve o enchimento do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício (3). Os homens aqui foram nomeados por Deus para fazer trabalhos artísticos com ouro, prata, cobre (bronze), madeira, pano e pedras (4,5). Eles seguiriam as instruções detalhadas dadas a Moisés (7-11), conforme tudo que te tenho mandado (11). Estes homens usariam sua perícia e orientariam os outros -todo aquele que é sábio de coração (6) — no desempenho desta parte da obra de Deus.
Sabedoria denota "alcance de mente e força de capacidade"; é o "poder de julgar" a melhor coisa a fazer. Entendimento é a capacidade de compreender as partes diferen-tes de um trabalho e sua forma completa. Ciência indica o conhecimento de materiais pela prática e experiência.' A habilidade de fazer coisas bonitas e úteis é um dom de Deus. Neste texto, estão em vista a capacitação natural que pode ser treinada e aperfei-çoada e o dom da graça recebido pelo Espírito Santo. Os dons do Espírito são em grande parte estas capacitações naturais dedicadas a Deus e inspiradas pelo Espírito. Estes dons são achados nas expressões vocais e no intelecto, mas também em trabalhos manu-ais e na percepção visual.
É verdade que as habilidades naturais dadas por Deus podem ser deturpadas. Mui-tos rejeitam as obras artísticas por causa da depravação comum neste tipo de habilida-de. Contudo, em todas as habilidades, o talento verdadeiro e divino deve ser distinguido do talento falso e humanístico. Deus ama a beleza, e criou muitas coisas bonitas para o prazer dos homens; dotou suas criaturas com a faculdade de criar beleza, e vemos aqui o produto do trabalho manual de Deus.
Os cristãos não devem viver para este mundo no sentido de ficarem presos às coisas temporais, esquecendo-se das eternas. Nas expressões artísticas, seja na arquitetura, pintura, música ou mecânica, o reconhecimento do lado eterno obsta a secularização e, assim, valoriza o tempo e a eternidade. O homem que trabalha em máquinas pode tor-nar-se escravo da máquina, mas esta condição é evitada se ele vir em seu trabalho a criação do Espírito de Deus pelas aptidões que possui. É possível que o homem moderno se destrua com seu gênio científico, porque, infelizmente, os controles dos produtos da ciência caem nas mãos de homens maus. Mas os cristãos devem se esforçar para usar as habilidades científicas para a glória de Deus.
É possível dedicar as habilidades pessoais a Deus para serem usadas diretamente na obra do Senhor, na melhoria da sociedade ou no ganho de meios para sustentar a causa de Cristo.
11. A Observância do Sábado (31:12-17)
Nesta passagem, há um retorno à importância de Israel cumprir todas as exigências relativas ao sábado santo. Não está muito claro por que o assunto é tratado novamente neste ponto do registro bíblico. Talvez, com as novas instruções sobre o Tabernáculo, houvesse o temor de Israel esquecer as declarações anteriores concernentes aos dias santos. Estes versículos apresentam dois aspectos novos pertinentes ao sábado.
Deus dissera a Moisés que o sábado era um sinal (17; cf.
13) entre mim e os filhos de Israel. O primeiro sinal dado a Israel foi a circuncisão; agora, Deus adiciona o sinal do sábado como marca distintiva do seu povo. Este sinal do sábado distinguia Israel das outras nações mais que a circuncisão, porque "nenhuma outra nação jamais o adotou. Persistiu nos tempos romanos a marca e insígnia do judeu"» Tornou-se um "vínculo sacramental" entre Israel e Deus. Nas vossas gerações (13; cf.
16) significa "por todos os séculos" (Moffatt; cf. NTLH).
Este texto declara que a contaminação do sábado seria punível com a morte (14,15). Pode parecer drástico para as pessoas dos dias de hoje, mas o concerto de Israel com Deus era exclusivo. O sábado fazia parte desse concerto e seu sinal. Todo aquele que quebrasse o sábado cometeria infração do mais sério caráter e, no que lhe dizia respeito, acabava completamente com o concerto entre Deus e Israel. A pessoa que assim anulasse o concerto seria extirpada do meio do seu povo (14), quer dizer, separada ou excomungada do meio dele. O indivíduo perderia o direito de viver como filho de Deus.
"Devemos destacar que esta observância externa, junto com outros sinais exterio-res, como a circuncisão, as leis dietéticas, etc., são especificamente traduzidas para o Novo Testamento em evidências internas e espirituais do discipulado (cf. Rm
12. As Tábuas do Testemunho (31,18)
Como conclusão à experiência vivida no monte durante os quarenta dias, Deus deu a Moisés duas tábuas do Testemunho, feitas de pedra e escritas pelo dedo de Deus. Estas foram as tábuas mencionadas quando Deus pediu que Moisés subisse ao monte (24,12) ; tinham de ser colocadas na arca (25,16) ; foram estas tábuas de pedra que Moisés quebrou cheio de raiva (32.19). Depois, Deus fez outras (34,4) e Moisés as colocou na arca (40.20). Estas são as tábuas que davam significação ao Tabernáculo.
Nestas tábuas, o Decálogo foi inscrito pelo dedo de Deus. Com esta expressão, não devemos entender "uma mão literal, mas um poder divino invisível" (cf. Lc
Genebra
31.1-11 O tabernáculo deveria ser construído, de acordo com o projeto divino, por homens dotados e sobrenaturalmente capacitados pelo Espírito Santo para desempenharem todas as tarefas que lhes eram requeridas (vs. 3-6, 11). Todo o trabalho foi descrito por Deus a Moisés, deixando pouca margem para variações criativas (25.9).
*
31.2
Bezalel. O nome é arcaico e significa "na sombra de El (Deus)" (conforme 17.10, nota).
*
31:6
Aoliabe. Assistente de Bezalel. O seu nome significa "o pai é minha tenda."
*
31.12-17 O mandamento de guardar o sábado é repetido e designado como o sinal da aliança de Moisés (Gn
*
31:18
as duas tábuas do testemunho. Ver nota em Dt
dedo de Deus. Ver 8.19.
Matthew Henry
Wesley
O Senhor agora chamado pelo nome, os dois homens que Ele queria para supervisionar a construção do tabernáculo e seus móveis. A convocação dos homens por nome foi reservada para cargos de grande responsabilidade. Os dois selecionados foramBezalel , neto de Hur, da tribo de Judá, e Aoliabe , da tribo de Dã. Outros estavam a ser escolhido por Moisés para ajudá-los (v. Ex
Pode parecer estranho que o Senhor iria inserir uma seção sobre a guarda do sábado neste momento. O ponto já tinha sido coberta nos Dez Mandamentos (20: 8-11) e em uma porção posterior do Livro da Aliança (Ex
Agora os longos 40 dias de revelação e no local e forma de adoração estão no fim. Moisés havia sido convidado para a montagem desta vez por apenas um explícito propósito para receber as tábuas de pedra com inscrições divinamente tendo os Dez Mandamentos (Ex
Wiersbe
Deus, sempre que nos chama para fazer um trabalho para ele, dá-nos a capacitação necessária e os ajudan-tes que precisamos. Ele fez isso para Bezalel e Aoliabe. Bezalel significa "protegido por Deus"; já encontra-mos Hur, o pai dele (Êx
Podemos dedicar a Deus nossa habilidade artística e usá-la para a glória dele. Nem todos são chama-dos para ser pregadores, professores ou missionários. Também há neces-sidade de cristãos escritores, artis-tas, músicos, arquitetos, médicos, jardineiros — na verdade, podemos servir ao Senhor por meio de toda vocação legítima (1Co
Há um tempo para trabalhar pelo Senhor e um tempo para descan-sar. Os dois são parte do plano dele para seu povo (Mc
Russell Shedd
• N. Hom. 31:12-17 Sábado. É um símbolo visível da santificação na 5elha Aliança, o sinal de pertencer a Deus (17). O mesmo espírito se vê no ato deliberado de retirar-se das preocupações do mundo, com o intuito específico de descansar e de adorar a Deus, por Ele mesmo, e não pelas vantagens e lucros de uma vida religiosa. É um encontro marcado com Deus, e se alguém pensa que algum mister, ditado por sua ganância e ambição ou ainda por seu desejo de conforto e de conveniência pode sobrepujar o dever religioso, mostra claramente que está pondo a Deus em segundo plano.
31.18 Tábuas do testemunho. Compreende-se que foram os Dez Mandamentos gravados nessas tábuas (24,12) embora pudessem ser também os termos da aliança que Deus fez com o Seu povo (19:5-8), ou ainda, a totalidade das leis registradas nos capítulos 20 até 23 (conforme 24.3). Certamente o conteúdo mais importante da Arca haveria de ser esse par de tábuas (25.21). Pelo dedo de Deus. É esta intervenção direta, divina e singular, que leva todos os fiéis a reverenciar aos Dez Mandamentos como sendo um resumo da vontade divina.
NVI F. F. Bruce
v. 2. escolhi é lit. “chamei pelo nome” (A NEB diz: “especialmente escolhido”; conforme Is
45.3). Bezalel, filho de Uri, filho de Hur. o mesmo conjunto de nomes, mostrando os mesmos relacionamentos, aparece em lCr 2.20 na genealogia de Judá. v. 3. Espírito de Deus: presente na criação (Gn
A observância do sábado (31:12-17)
v. 13. os meus sábados-, a obrigatoriedade da observância do sábado já foi estudada em Êxodo (16:22-30; 20:8-11; 23.12). Depois do anúncio dos principais artesãos responsáveis pela construção do tabernáculo, vem um lembrete de que o sábado precisa ser observado, até mesmo pelos que estão envolvidos em tarefa tão sagrada. Afirma-se agora que o sábado é um sinal do relacionamento especial que existe entre Deus e Israel (conforme o sinal da circuncisão [Gn
As tábuas da aliança (31.18)
v. 18. Esse versículo conclui o relato acerca da revelação no Sinai e, ao mencionar as tábuas da aliança, prepara o terreno para o próximo passo da história. Sem dúvida, temos de entender que as tábuas continham somente os Dez Mandamentos, e esses na sua forma original de ordens e proibições concisas (cp. Ex
Moody
II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.
O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.
A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.
B. Orientação para o Santuário e o Sacerdócio. 24:12 - 31:18.
Tendo sido estabelecida a aliança, ainda havia a necessidade "de se dar uma forma externa definida à aliança concluída com o Seu povo e edificar um laço visível de comunhão na qual Ele pudesse se manifestar ao povo e este pudesse se aproximar dEle" (KD). Por causa disso Moisés foi chamado à montanha por um longo período. A construção do santuário não devia ser deixada aos cuidados dos projetos dos homens. "A orientação divina estendeu-se a todos os detalhes, porque todos eram importantes em relação aos desígnioS de Deus" (KD). Ao mesmo tempo, a ausência de Moisés serviu de teste para a sinceridade da recente dedicação e voto do povo.
7) A Observância do Sábado. Ex
Uma solene e repetida imposição da guarda do Sábado, já ordenada no Decálogo. Esta observância seria um sinal peculiar da relação de Israel com Jeová: "Por meio disto todos os homens saberão . . . " Devese notar que esta observância externa, junto com outros sinais exteriores, tais como a circuncisão, as leis dietéticas, etc., foram especificamente traduzidas no N.T. para as evidências interiores e espirituais do discipulado (cons. Rm
Francis Davidson
Muito mais importante que a circuncisão, como sinal do concerto estabelecido entre o Senhor e Israel, era o sábado, uma instituição que se originou no começo do mundo (Gn
Dicionário
Concerto
substantivo masculino Apresentação pública de música; show.[Música] Audição de composições musicais que, feita de maneira pública, pode ser representada por cantores: concerto de rock.
[Música] Obra ou peça musical composta para instrumentos Conformidade harmônica de sons ou vozes; consonância.
Acordo entre pessoas ou empresas que possuem uma meta em comum.
Que se apresenta de maneira arrumada; com ordem; arrumação.
Por Extensão Sons ou ruídos que se combinam: um concerto de pássaros.
Ação de se reunir ou de participar; reunião: concerto entre culturas.
Etimologia (origem da palavra concerto). Do italiano concerto.
Concerto ALIANÇA (He 8:6), RC).
Filhós
substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).Guardar
verbo transitivo direto e bitransitivo Vigiar, a fim de defender: guardar um ponto estratégico; guardar os limites de um terreno.verbo transitivo direto Vigiar com o fim de proteger; abrigar, tomar cuidado em: guardar uma criança, guardar ovelhas.
Vigiar para evitar uma evasão: guardar os prisioneiros.
Conservar, arrecadar: quem guarda, tem.
Conservar, manter em bom estado: guardar as joias da família.
Ocultar, não revelar: guardar um segredo.
Conservar, não perder: conseguiu guardar seu prestígio.
Livrar, defender: Deus nos guarde de todo mal.
Trazer dentro de si; conter: guardo em mim os males do mundo.
Obedecer regras, preceitos: guardar as leis de Deus.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Não demonstrar nem expressar; calar: guardar segredos.
verbo pronominal Ficar protegido em; abrigar-se: guardou-me da tempestade.
Deixar de fazer parte; abster-se: guardou-se mudo.
expressão Guardar os domingos e dias santificados. Não trabalhar nesses dias.
Guardar castidade. Fazer voto de castidade, viver casto por vontade própria.
Guardar silêncio. Calar-se.
Etimologia (origem da palavra guardar). Do latim guardare.
Israel
Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn
Israel [O Que Luta com Deus] -
1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn
2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex
3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).
4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl
Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn
Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.
Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...
Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn
substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
Perpétuo
adjetivo Que não cessa, que dura sempre; constante, contínuo, permanente; perene, eterno.Diz-se de quem ocupa cargo ou função vitalícios.
Perpétuo Que dura para sempre (Is
Sábado
substantivo masculino Dia anterior ao domingo; último dia da semana: não trabalho aos sábados.Religião Dia de descanso; entre os judeus e certas religiões, dia que se guarda para o descanso: na minha religião tenho de guardar os sábados.
Concílio ou reunião de feiticeiros, feita à noite.
expressão Sábado de Aleluia. Sábado da semana santa, última semana da Quaresma.
Sábado gordo. Sábado que antecede o domingo de carnaval.
Etimologia (origem da palavra sábado). Do hebraico xabbat; pelo latim sabbatum.i.
substantivo masculino Dia anterior ao domingo; último dia da semana: não trabalho aos sábados.
Religião Dia de descanso; entre os judeus e certas religiões, dia que se guarda para o descanso: na minha religião tenho de guardar os sábados.
Concílio ou reunião de feiticeiros, feita à noite.
expressão Sábado de Aleluia. Sábado da semana santa, última semana da Quaresma.
Sábado gordo. Sábado que antecede o domingo de carnaval.
Etimologia (origem da palavra sábado). Do hebraico xabbat; pelo latim sabbatum.i.
substantivo masculino Dia anterior ao domingo; último dia da semana: não trabalho aos sábados.
Religião Dia de descanso; entre os judeus e certas religiões, dia que se guarda para o descanso: na minha religião tenho de guardar os sábados.
Concílio ou reunião de feiticeiros, feita à noite.
expressão Sábado de Aleluia. Sábado da semana santa, última semana da Quaresma.
Sábado gordo. Sábado que antecede o domingo de carnaval.
Etimologia (origem da palavra sábado). Do hebraico xabbat; pelo latim sabbatum.i.
[...] quer guardemos o sábado (sábado significa descanso), ou o domingo, o que importa é que o façamos segundo o espírito da Lei, e esta o que recomenda é que após seis dias de trabalho, dedicados ao provimento do indispensável ao nosso bem-estar corporal, reservemos pelo menos um dia para o repouso, consagrando-o ao cultivo dos valores espirituais.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O repouso
Sábado [Descanso] - O sétimo dia da semana, dedicado, entre os judeus, ao descanso e à adoração (Gn
Sábado Dia de descanso ordenado por Deus. Na opinião de alguns, constituiria o mandamento central e mais característico do judaísmo, atribuído unicamente a Deus e ao povo de Israel (Ex
Jesus guardou os sábados (Mc
S. Bachiocchi, From Sabbath to Sunday, Roma 1977; J. Barylko, Celebraciones...; J. Neusner, Judaism...; A. J. Heschel, El Shabat y el hombre moderno, Buenos Aires 1964; P. Sigal, The Halakah of Jesus of Nazareth according to the Gospel of Matthew, Lanham 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...; Resenha Bíblica n. 4, El año de gracia del Señor, Estella 1994.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בֵּן
(H1121)
procedente de 1129; DITAT - 254; n m
- filho, neto, criança, membro de um grupo
- filho, menino
- neto
- crianças (pl. - masculino e feminino)
- mocidade, jovens (pl.)
- novo (referindo-se a animais)
- filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
- povo (de uma nação) (pl.)
- referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
- um membro de uma associação, ordem, classe
בְּרִית
(H1285)
procedente de 1262 (no sentido de cortar [como 1254]); DITAT - 282a; n f
- acordo, aliança, compromisso
- entre homens
- tratado, aliança, associação (homem a homem)
- constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
- acordo, compromisso (de homem para homem)
- aliança (referindo-se à amizade)
- aliança (referindo-se ao casamento)
- entre Deus e o homem
- aliança (referindo-se à amizade)
- aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
- (expressões)
- fazer uma aliança
- manter a aliança
- violação da aliança
דֹּור
(H1755)
procedente de 1752; DITAT - 418b; n m
- período, geração, habitação, moradia
- período, idade, geração (período de tempo)
- geração (aqueles que vivem em um determinado período)
- geração (caracterizada por qualidade, condição, classe de homens)
- moradia, habitação
יִשְׂרָאֵל
(H3478)
procedente de 8280 e 410, grego 2474
Israel = “Deus prevalece”
- o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
- o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
- o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
- o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
- o nome da nação depois do retorno do exílio
עֹולָם
(H5769)
procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m
- longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
- tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
- (referindo-se ao futuro)
- para sempre, sempre
- existência contínua, perpétuo
- contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade
עָשָׂה
(H6213)
uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.
- fazer, manufaturar, realizar, fabricar
- (Qal)
- fazer, trabalhar, fabricar, produzir
- fazer
- trabalhar
- lidar (com)
- agir, executar, efetuar
- fazer
- fazer
- produzir
- preparar
- fazer (uma oferta)
- atender a, pôr em ordem
- observar, celebrar
- adquirir (propriedade)
- determinar, ordenar, instituir
- efetuar
- usar
- gastar, passar
- (Nifal)
- ser feito
- ser fabricado
- ser produzido
- ser oferecido
- ser observado
- ser usado
- (Pual) ser feito
- (Piel) pressionar, espremer
שַׁבָּת
(H7676)
שָׁמַר
(H8104)
uma raiz primitiva; DITAT - 2414; v.
- guardar, vigiar, observar, prestar atenção
- (Qal)
- guardar, ter a incumbência de
- guardar, vigiar, manter vigilância e custódia, proteger, salvar vida
- vigiar, vigia (particípio)
- observar, esperar por
- olhar, observar
- guardar, reter, entesourar (na memória)
- manter (dentro de limites), conter
- observar, celebrar, guardar (o sábado ou a aliança ou mandamentos), cumprir (voto)
- guardar, preservar, proteger
- guardar, reservar
- (Nifal)
- estar prevenido, tomar precauções, tomar cuidado, precaver-se
- guardar-se, conter-se, abster-se
- ser guardado, ser vigiado
- (Piel) vigiar, prestar atenção
- (Hitpael) guardar-se de
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo