Enciclopédia de Êxodo 33:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 33: 6

Versão Versículo
ARA Então, os filhos de Israel tiraram de si os seus atavios desde o monte Horebe em diante.
ARC Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte de Horebe.
TB Então, os filhos de Israel tiraram de si os seus atavios desde o monte Horebe em diante.
HSB וַיִּֽתְנַצְּל֧וּ בְנֵֽי־ יִשְׂרָאֵ֛ל אֶת־ עֶדְיָ֖ם מֵהַ֥ר חוֹרֵֽב׃
BKJ E os filhos de Israel tiraram de si os seus ornamentos junto ao monte Horebe.
LTT Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe.
BJ2 Então, desde o monte Horeb[e] os filhos de Israel deixaram os seus enfeites.
VULG Deposuerunt ergo filii Israël ornatum suum a monte Horeb.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 33:6

Êxodo 32:3 Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão,
Êxodo 33:4 E, ouvindo o povo esta má notícia, entristeceram-se, e nenhum deles pôs sobre si os seus atavios.
Jeremias 2:19 A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mau e quão amargo é deixares ao Senhor, teu Deus, e não teres o meu temor contigo, diz o Senhor Jeová dos Exércitos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
6. O Arrependimento e a Reconciliação de Israel (33:1-23)

a) A oferta de justiça moderada (33:1-3). Deus disse a Moisés que levasse o povo à terra prometida a Abraão, a Isaque e a Jacó (1). Achou-se um meio pelo qual a pro-messa de Deus seria cumprida. O anjo (2) de Deus expulsaria os inimigos, e a terra seria fecunda em leite e mel (3). O Senhor assegurou bênçãos materiais ao povo.

Entretanto, um importante aspecto da promessa anterior foi omitido. Embora prometesse enviar um anjo, Deus em pessoa não iria com o povo. Os israelitas eram obstinados e, se Deus os conduzisse, correriam o risco de ser fulminados pela ira divina. O Anjo mencionado em 23.20,23 tem de ser o Filho de Deus, pois era o próprio Deus que conduzia o povo sem intermediários. Aqui, o anjo era um ser que representaria Deus apropriadamente, mas Deus em sua presença pessoal mais imediata esta-ria ausente.6° Contudo, é possível que a última parte do versículo 3 fosse um aviso. A presença de arrependimento ocasionaria, mais tarde, a renovação da promessa da presença de Deus (14-17).

  • O lamento de Israel (33:4-6). Para os israelitas, esta era má notícia (4). Esta ameaça despertou neles a conscientização do que perderam. Eles se lembravam da colu-na de nuvem (13.21), da deliberação de Deus quando necessária (15.25), da ajuda na batalha (17:8-13) e da presença próxima (13.22). As pessoas do mundo passam muito bem sem Deus, mas quem experimenta a presença divina sabe que não há como se dar bem sem Ele. Esta realidade trouxe a Deus muitos que tinham se afastado.
  • Quando nos damos conta do pecado e do vazio que ele traz, ficamos propensos a nos arrepender em pano de saco e cinzas. Deus ordenou que Israel tirasse os atavios (5; "jóias", NTLH; "enfeites", NVI) como sinal de arrependimento, mas a prontidão em obe-decer se deu com a tristeza segundo Deus antes mesmo da ordem (4). Estes atavios "eram braceletes, pulseiras e, talvez, presilhas ou argolas usadas no tornozelo, as quais eram usadas pelos homens no Egito deste período".61Foram tirados como prova de obedi-ência "desde o monte Horebe em diante" (6, ARA) e, mais tarde, empregados na constru-ção do Tabernáculo (35.22).

  • O encontro de Deus com Moisés (33:7-11). E tomou Moisés a tenda, e a esten-deu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação (7). Esta tenda era a tenda do próprio Moisés (ATA), onde ele se encon-trava com Deus e aconselhava o povo.' Depois do pecado da idolatria, Moisés colocou sua tenda fora do acampamento, porque Deus já não podia habitar entre o povo (3). A presen-ça da tenda fora do acampamento lembrava Israel do pecado cometido. O povo tinha de sair do acampamento para consultar o Senhor.
  • Saindo Moisés à tenda (8) da congregação, todo o povo se colocava cada um à frente da porta de sua tenda e ficava olhando até Moisés entrar na tenda. Quando entra-va, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda, enquanto o SENHOR falava com ele (9). Visto que estavam arrependidos, os israelitas se levantaram e ado-raram (10), enquanto Deus falava face a face com Moisés, como alguém que fala com o seu amigo (11). Quando Moisés retornava ao arraial, Josué permanecia nesta tenda, possível indicação prévia do favor a ser mostrado a Josué como sucessor de Moisés.

    Aprendemos três grandes lições neste relato.
    1) Deus sofre com o pecado dos seus filhos e, por causa disso, a presença divina se retira deles. O crente sente um vazio sempre que desobedece a Deus, entristecendo o Espírito Santo. Esta narrativa ou o teor do Novo Testamento não ensina uma restauração fácil e pronta ao favor de Deus (cf. 1 Co 5:1-5; 2 Co 7:6-13).

    2) Mas os que se arrependem ainda podem, se desejarem, aproximar-se de Deus (Hb 13:13). Ali, podem ver a Presença divina e ouvir sua palavra.

    3) Para aquele cujo coração é puro há comunhão face a face com Deus. O encontro de Moisés com Deus garante que todo o crente tem alegria jubilosa quando não há nada entre a alma e o Salvador.

    Hoje, a igreja precisa recuperar este senso de temor e respeito pela presença santa de Deus. Não é raro as pessoas verem Deus como alguém que tolera o pecado, deixa passar as faltas e facilita o caminho de volta ao favor divino. Consideram o arrependi-mento um simples pedido de desculpas. Mas Deus sofre profundamente com o pecado; o Calvário é prova disso. O pecado livre hoje com a esperança de perdão fácil amanhã desconsidera a natureza santa de Deus e toma por certo a misericórdia barata. O verda-deiro arrependimento é caro, mas é o único meio de chegar à fé e à presença redentora de Deus. O povo de Israel viu que estava custando muito a ele e a Deus para que a restau-ração fosse plena.

    d) A promessa da presença de Deus (33:12-17). Estes versículos pintam a terceira vez que Moisés intercedeu pelo povo. Na primeira vez (32:11-14), ele obteve a moderação da ira de Deus sobre o povo. Na segunda vez (32:30-35), obteve o perdão para os israelitas e uma promessa modificada de levá-los a Canaã. Desta vez, Moisés recebeu a garantia da plena restauração dos filhos de Israel ao favor de Deus e do restabelecimento total da presença de Deus com eles.

    Moisés sabia que Deus renovara a ordem para ele fazer subir a este povo (12) a Canaã; também sabia que Deus o favorecera com graça pessoal. Todavia, estava confuso quanto ao modo ou com quem seria feita a viagem. Rogou uma revelação do teu cami-nho (13), de forma que conhecesse Deus ainda com mais clareza e nitidez e encontrasse graça aos olhos divinos. Moisés não era espiritualmente egoísta; não estava pedindo a bênção de Deus somente por prazer pessoal. Assim, acrescentou: Atenta que esta na-ção é o teu povo; sentia-se inadequado para conduzir o povo sem a garantia de que Deus iria com ele.

    Na verdade, Moisés não queria conduzir o povo a menos que Deus estivesse com eles: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui (15). Esta presença de Deus em sua plenitude demonstraria que Moisés e o povo foram totalmente restaurados à graça (16), e seria a verdadeira marca de supremacia entre as nações. A única justificativa para a existência de Israel como nação era ser inteiramente do Se-nhor. Quando a igreja perde a plenitude do Espírito de Deus, ela deixa de ser diferente como instrumento de Deus.

    As súplicas de Moisés prevaleceram. Deus afirmou: Irá a minha presença conti-go para te fazer descansar (14). Que garantia esplendorosa! O espírito intranqüilo de Moisés suplicara que Deus poupasse o povo. Ele quebrara as tábuas de pedra, destruíra o ídolo e dirigira a execução dos transgressores; contudo, não descansou até que lhe fosse garantido que a graça de Deus seria completamente restabelecida ao povo. Os servos de Deus não conseguem ter paz até que saibam que Ele respondeu as orações. Quando responde e a presença divina é certeza, há grande tranqüilidade.

    Deus condescende em responder o clamor do homem. Declarou a Moisés: Farei tam-bém isto, que tens dito (17). Há coisas que Deus faz porque os crentes oram, caso contrário, ele não faria. A integridade pessoal do intercessor é vital; Deus acrescentou: Porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome. Quem suplica a Deus deve ser o primeiro a se certificar se tem uma relação certa com Deus. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tg 5:16).

    Identificamos "A Presença Divina" nos versículos 1:17-1) É sujeita à provocação, 1-6;

    2) Honra a separação, 7-11;

    3) Responde a intercessão, 12,13 15:16;

    4) Concede a restauração, 14,17.

    e) O pedido de Moisés para ver a glória de Deus (33:18-23). A maioria dos crentes se satisfaz com a experiência da presença de Deus com muito menos que Moisés. Eis um homem a quem Deus dera mais que a qualquer outro, e ainda queria mais. Quanto mais perto nos aproximamos do céu, mais do céu queremos; quanto mais experimentamos de Deus, mais de Deus queremos. Moisés implorou: Rogo-te que me mostres a tua gló-ria (18). "A glória de Deus se manifesta na mente mortal pelas evidências de sua bonda-de. Contudo, esta revelação a Moisés foi — de certo modo incompreensível por nós que não a vimos — uma visão direta da bondade divina não turbada pelas limitações de suas manifestações habituais através das formas terrenas."" "O que Moisés desejava era uma visão da glória ou do ser essencial de Deus, sem qualquer figura e sem véu."' Tratava-se de pedido ousado.

    Deus prometeu a Moisés concessão parcial da petição. Toda a sua bondade (19) pas-saria por diante de Moisés. A ira de Deus arrefecera e suas ameaças foram postas de lado. Ele estava pronto para revelar sua grande misericórdia e compaixão àqueles que, embora indignos, experimentariam sua graça. A proclamação do nome do SENHOR era anúncio de compaixão, demência, longanimidade, misericórdia e fidelidade (cf. 34.6, ARA).

    O Senhor disse a Moisés que ele não podia ver a face de Deus e viver (20). Só no mundo vindouro poderemos ter totalmente a visão beatífica. Moisés tinha de se satisfazer, en-quanto fosse mortal, com algo menos que desejava. Por ora, não nos é permitido alcançar e possuir tudo que nos espera no futuro. Mas naquele dia "veremos face a face" 1Co 13:12).

    Deus prenunciou a teofania (a manifestação visível de si mesmo) a Moisés, que mais tarde a veria (cf. 34:5-7). Deus prometeu colocá-lo sobre a penha (21) e sua glória pas-saria. Quando acontecesse isso, Deus cobriria Moisés com a mão (22) enquanto Ele passasse, mas retiraria a mão para que Moisés o visse pelas costas (23). Desta forma, Moisés veria "o reflexo do resplendor que Ele deixaria atrás de si, mas que, ao mesmo tempo, indicaria palidamente o que seria a plena magnificência da sua presença"." Para esta experiência, a linguagem humana seria inadequada, como se deu com Paulo quando foi levado ao "terceiro céu" (2 Co 12.2). Os filhos de Deus que têm coração puro recebem visões de Deus que são enigmas para a mente mundana e incompreensíveis para o cora-ção carnal. Mas para os santos em Cristo estas visões trazem o céu à terra, ao mesmo tempo que ainda arde neles o desejo de ver as glórias do céu.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 33 versículo 6
    O fato de tirar os atavios é um sinal de pesar. Outra tradução possível:
    as jóias ou a gala.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    *

    33.1

    o povo que tiraste. "Tiraste" sugere que Deus se absolve da responsabilidade por Israel já que a aliança foi quebrada (32.7, nota).

    *

    33.2

    Enviarei o Anjo adiante de ti. Não existe nenhum verdadeiro contraste entre o Senhor e o Anjo nesta passagem, já que o Anjo que deveria ir adiante de Israel já foi identificado com o próprio Senhor (23.20-23; Gn 16:7 e notas). A chave para entender a proposta de Deus se encontra no v. 3 ("eu não subirei no meio de ti"). A questão era a moradia graciosa de Deus entre o povo (29.44-46). Se Deus não habitasse no meio de Israel, então não fazia sentido construir o tabernáculo; na verdade, Israel poderia "subir" imediatamente sem construí-lo (v. 1). Em vez disso, outro acordo, já em operação (descrito nos vs. 7-11), seria continuado. Deus se encontraria com Moisés e com os israelitas que o procurariam numa tenda "fora do arraial, longe do arraial" (v. 7). Esta nova "tenda da congregação" não era a habitação de Deus; Josué viveu lá (v. 11). Deus só vinha em certos momentos até à entrada da tenda numa coluna de nuvem para falar com Moisés (vs. 9, 10).

    *

    33.4

    pôs-se a prantear. Poderia até se pensar que Israel se alegraria na possibilidade de receber a sua herança na terra sem a ameaça da constante presença de Deus. Ao invés disso, prantearam, pois 1srael não seria mais uma nação de sacerdotes, desfrutando de comunhão imediata com Deus (19.3-6; 29.45,46). Este episódio é uma das grandes crises da história do êxodo.

    *

    33.5

    tira... de ti os atavios. Eles tiraram as vestes festivas associadas com a idolatria (conforme Gn 35:4) e assumiram a postura de pranteadores. Mas isto era remorso, e não arrependimento genuíno. Eles eram e continuariam a ser um povo endurecido e teimoso. Ainda assim, havia uma nota de esperança nas palavras de Deus, "para que eu saiba o que te hei de fazer."

    *

    33.7

    tomar... armá-la. As formas verbais hebraicas usadas aqui indicam que esta foi a prática normal durante o período no Sinai. Esta "tenda da congregação" era uma estrutura temporária que servia como um lugar de encontro para Deus e Moisés até que o verdadeiro tabernáculo pudesse ser construído (v. 2, nota).

    fora, bem longe. A ausência da presença de Deus no arraial é enfatizada.

    *

    33.12

    Disse Moisés ao SENHOR. Moisés responde à ameaça espantosa dos vs. 1-3. Ele não podia argumentar que o povo de Israel não era teimoso, ou que o bezerro de ouro tenha sido uma aberração particular. Ele só podia pedir pela graça de Deus e pela sua misericórdia segundo a aliança. Isso ele fez, repetidamente, pedindo exatamente por aquilo que o Senhor estava ameaçando retirar: a revelação de sua própria presença (vs. 13-18). A persistência fiel de Moisés na sua intercessão estava fundamentada na promessa da aliança de Deus de comunhão divina-humana (6.7; 19.5,6; Gn 17:7, nota), e nos lembra a luta persistente de Jacó com Deus na busca pela bênção divina (Gn 32:24-30).

    quem hás de enviar comigo. Moisés expressa a sua objeção à presença ocasional do Anjo do Senhor (uma forma de manifestação divina misteriosa e temporária, Gn 16:7, nota; 32.29; Jz 13:17,18) agindo como um substituto para a presença imediata da glória de Deus no meio do arraial (v.2, nota), um relacionamento cujo ápice era a revelação, da parte de Deus, do seu Nome da aliança (3.15, nota).

    Conheço-te pelo teu nome. Deus havia declarado o seu conhecimento da eleição de Moisés (32.10; 33,11) e repetiria essa garantia expressamente (v.17). Já que o Senhor conhecia a Moisés pelo nome, pessoalmente e intimamente, Moisés conheceria ao Senhor (Nm 12:6-8).

    *

    33.13

    o teu caminho. Moisés iria conhecer ao Senhor e os seus propósitos para Israel.

    *

    33.14

    presença. Lit. "face". O próprio Deus iria com Moisés.

    te darei descanso. O uso do pronome singular "tu" significa que a promessa 13 5:3-15'>de 3:13-15 para todo Israel é agora repetida a Moisés, individualmente.

    *

    33.15

    comigo. Moisés engloba o povo em sua prece. O tratamento no plural (“não nos faça”) faz a conexão entre Moisés e Israel. Se Deus escolhesse não ir com o seu povo habitando entre eles, não haveria sentido ir à Terra Prometida. O objetivo não era somente o leite e mel em Canaã, mas uma terra santa onde Deus iria habitar no meio do seu povo.

    *

    33.16

    separados. A distinção de Israel estava baseada na presença graciosa do próprio Deus.

    *

    33.17

    achaste graça aos meus olhos. Deus inclui Israel em favor de Moisés; Israel dependia de Moisés como mediador. A intercessão de Moisés é um tipo da obra de Cristo como o Mediador da nova aliança (conforme Hb 3; 9.16-22).

    *

    33.18

    me mostres a tua glória. O Senhor havia selado o seu pacto com Israel, revelando-se (24.9-11), e Moisés, agora, busca uma revelação maior de Deus em sua glória. Sua única esperança pela misericórdia contínua de Deus para com Israel estava no próprio Deus. Tendo experimentado a misericórdia de Deus, Moisés ansiava pela revelação completa. Ver "A Transfiguração de Jesus", índice.

    *

    33.19

    Minha bondade... proclamarei o nome. Ainda que a magnificência visível desta teofania seja aparente no texto, a ênfase recai sobre a revelação à Moisés da natureza soberana, graciosa, e compassiva de Deus (conforme 34:5-7). Em Jesus Cristo, a glória do Deus compassivo e gracioso que foi velada até de Moisés é revelada aos que crêem através do Espírito Santo (Jo 1:14; 2Co 3:18).

    de quem... de quem. O Senhor é soberano nos seus propósitos de misericórdia (Rm 9:14-16). Ver "O Propósito de Deus: Predestinação e Pré-Conhecimento", índice.

    *

    33.22 Ver "A Glória de Deus", índice.

    *

    33.23

    costas. A bondade do Senhor velou o que Moisés não podia suportar e revelou tudo o que podia suportar.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    33:5, 6 Esta proibição a respeito dos atavios não foi uma lei permanente, a não ser um símbolo de arrependimento e de duelo. Em Ex 35:22 o povo seguia usando sua joalheria.

    33:11 Deus falou com o Moisés cara a cara no tabernáculo de reunião, como o faríamos com um amigo. por que Moisés encontrou este favor com Deus? Uma coisa é segura, que não foi por causa de sua perfeição, seus dons ou seu poder. Mas bem foi porque Deus escolheu ao Moisés, e este em resposta pôs sua plena confiança na sabedoria e direção de Deus. A relação íntima com Deus foi um verdadeiro privilégio para o Moisés, fora do alcance para outros hebreus dessa época. Mas esta relação especial não está fora de nosso alcance atualmente. Jesus chamou a seus discípulos -e por extensão, a todos seus seguidores- seus amigos (Jo 15:15). Também o chama a você a ser seu amigo. Confiará como o fez Moisés?

    33:11 Josué, o ajudante do Moisés, não abandonou a loja, provavelmente porque a estava cuidando. Sem dúvida, havia gente curiosa que se atreveu a entrar.

    33.18-23 A oração do Moisés era ver a glória de Deus manifestada. Desejava ter a segurança de que ele, Arão e Josué estavam acompanhados da presença de Deus, e também queria conhecer essa presencia por experiência própria. Por ser nós finitos e moralmente imperfeitos, não é possível que existamos e vejamos deus tal qual é. Ver as costas de Deus significa que só podemos olhar por onde passou. Só podemos conhecê-lo pelo que faz e por sua maneira de atuar. Não é possível que compreendamos como é Deus verdadeiramente exceto pelo Jesucristo (Jo 14:9). Jesus prometeu que se manifestaria aos que acreditassem (Jo 14:21).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    c. Julgamento Divino e Intercessão (33: 1-23)

    1 E falou o SENHOR a Moisés, Depart, vá subir daqui, tu eo povo que fizeste subir da terra do Egito, para a terra de que jurei a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: À tua semente darei isso: 2 e enviarei um anjo diante de ti; e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, os heveus, e os jebuseus: 3 para uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti; pois tu és povo de dura cerviz; . para que eu não te consuma da maneira 4 E quando o povo ouviu esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si os seus atavios. 5 E disse o SENHOR a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És um povo de dura cerviz ; se eu subir no meio de ti por um momento, vou te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. 6 E os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, desde o monte Horebe em diante.

    7 Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la fora do arraial, bem longe do arraial; e ele a chamava, que a tenda de reunião. E sucedeu que, para que todo aquele que buscava o SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. 8 E aconteceu que, quando Moisés saiu para o tabernáculo, que todas as pessoas se levantou, e pôs-se , cada um à porta da sua tenda, e olhava a Moisés, até ele entrar na tenda. 9 E aconteceu que, quando Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à porta da tenda; e Jeová . falou com Moisés 10 E todo o povo via a coluna de nuvem que estava à porta da tenda:. e todo o povo se levantou e adorava, cada um à porta da sua tenda 11 E falou o SENHOR a Moisés face a face, como um homem fala com o seu amigo. E virou-se novamente para o arraial; mas o seu ministro Josué, filho de Nun, um jovem, não se apartava da tenda.

    12 Respondeu Moisés ao Senhor, Veja, me disseres, Faze subir a este povo; e tu não me deixe saber a quem hás de enviar comigo. E tu disseste, eu conheço pelo teu nome, e tu também achou graça aos meus olhos. 13 Agora, pois, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, me mostrar agora os teus caminhos, para que eu te conheça, a fim de que eu possa achar graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu Pv 14:1 E ele disse: A minha presença irá contigo , e eu te darei descanso. 15 E disse-lhe: Se tu mesmo ir não comigo , não nos faça subir daqui. 16 Para onde agora deve ser conhecido que tenho achado graça aos teus olhos, eu e teu povo? Não é em que vais tu conosco, de modo que estamos separados, eu eo teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?

    17 E disse o SENHOR a Moisés, vou fazer também isto que tens dito; porque achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome. 18 E ele disse: Mostra-me, peço-te, a tua glória. 19 E ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e eu vou ter misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e vai mostrar misericórdia de quem me compadecer. 20 E ele disse: Tu não podes ver o meu rosto; . para o homem não deve me ver e viver 21 E o Senhor disse: Eis que há um lugar junto a mim, e tu hás de suporte sobre a rocha: 22 e ela deve vir a passar, quando a minha glória, passando, que eu te porei em uma fenda da rocha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu tenha passado: 23 e eu vou tirar minha mão, e verás minhas costas; mas a minha face não se verá.

    O Senhor já começou a explicar a Moisés as implicações claras de Sua observação em Ex 32:34 , "meu anjo irá adiante de ti." Ele diz que Moisés é partir com Israel para Canaã, a fim de que Ele possa cumprir sua promessa ao patriarcas. Um anjo vai preceder-los a expulsar os atuais habitantes da terra, mas o próprio Jeová não vai subir em seu meio, por Sua santidade iria destruí-los por causa de sua teimosia. Nas promessas do convênio, o Senhor também havia dito que Ele enviaria um anjo diante deles. Mas esse anjo era tão estreitamente identificado com Ele, com seu nome nele (Ex 23:21 ), para que ele deve ter sido o preincarnate Cristo (ver comentários sobre o 23: 20-33 ). O anjo agora mencionado era de uma ordem completamente diferente. Sin levou à retirada da presença divina.

    Quando Moisés transmitiu essa notícia para Israel, a nação inteira lamentou . Em obediência às instruções de Jeová de Moisés, eles se despojaram dos seus ornamentos e, aparentemente, nunca colocá-los novamente desde o monte Horebe em diante .Alguns dos seus ornamentos tinha sido utilizada na composição do idol. Os restantes eram uma lembrança dolorosa de que a apostasia. Eles foram mais tarde para ser usado na construção do tabernáculo (Ex 35:22 ). O povo tinha plena razão para lamentar a retirada da presença divina. Antes desta vez tinha sido costume de Moisés para montar uma tenda, chamada A tenda da congregação a uma certa distância do acampamento. Moisés foi regularmente para a tenda de comungar com o Senhor, e as pessoas muitas vezes o viu entrar na tenda, e também assistiram a coluna de nuvem descer sobre a tenda como Moisés conversou com o Senhor. Eles se curvaram em adoração em suas próprias portas da barraca. E quando eles precisavam de um advogado, que era a esta tenda que eles vieram de que Moisés poderia interpretar as leis de Deus para eles. Aqui o Senhor falou a Moisés diretamente como um homem fala com o seu amigo -no muletas como sonhos ou visões ou meras impressões. Moisés foi até a barraca e voltou, mas Josué parece ter sido há constantemente como assistente e assistente de Moisés. Agora, esta comunhão íntima era para ser levado a um fim. Estudiosos críticos alegaram que a tenda primitivo da reunião mencionada aqui é uma tradição conflitantes sobre um lugar de culto mais crua do que o templo portátil apenas descrito pelo Senhor a Moisés. Mas este é apenas um estágio de pré-tabernáculo, uma tenda Moisés reservou mais ou menos de sua própria vontade, nos meses entre o Êxodo ea construção do tabernáculo, em que a buscar a vontade divina. Embora possa ser mencionado no momento da visita de Jetro (Ex 18:7 ).

    Mas, agora, Moisés leva novamente até o escritório do intercessor. Ele ressalta que o Senhor ainda lhe deu a mesma responsabilidade pesada, mas deixou em completa confusão sobre seu ajudante angelical. O Senhor tinha falado com aprovação de Moisés, e se ele quis dizer isso, Moisés pediu para uma compreensão mais completa de seus caminhos para que ele possa achar graça aos seus olhos. Ele lembrou que o Senhor mais uma vez que esta nação é o teu povo . Moisés não estava disposto a se contentar com um menor nível de comunhão, para um mero cumprimento da aliança com os patriarcas. Ele estava querendo uma renovação da aliança tão recentemente estabelecido e tão tragicamente quebrado. Agora veio a resposta que ele tinha sido esperando. O Senhor declarou que Sua presença também vai, e ele daria Moisés descansar -o resto e segurança de Sua companhia. Moisés foi rápido para pegar ao menor sinal de consentimento da parte de Jeová, e ele disse que, se o Senhor não foi também para ir, que ele preferiria que Israel não se moveu do lugar. Não havia outra maneira de que a aprovação de Moisés de Jeová (e Moisés é rápido em acrescentar de teu povo ), seria evidente para o mundo em geral, exceto por meio de Sua presença que os separava de todos os outros povos. Mais uma vez o Senhor assegurou a Moisés que Ele iria conceder seu pedido.

    Então Moisés deu um novo pedido. Ele queria ver a glória de Deus. Ele tinha falado com o Senhor diretamente como um amigo. Ele havia permanecido em sua presença 40 dias e noites. Ele tinha sido mais perto Dele do que qualquer homem já tinha sido. E, no entanto Moisés sentiu-se afastados da plenitude da glória divina. O Senhor concedeu esta solicitação também, na medida em que Moisés poderia suportá-lo. Ele faria com que a Sua bondade passar diante de Moisés, proclamando o nome divino, revelando Sua graça e misericórdia, como antes ele tinha revelado a Sua justiça. Mas Moisés não podia ver seu rosto e viver. Em vez disso, ele estaria em uma pedra, e quando o Senhor passado, Ele iria colocar Moisés em uma fenda da rocha, cobrindo-o com a mão. Quando Ele tinha passado, Moisés podia ver suas costas, mas não seu rosto. Como Motorista coloca, Moises veria "só o brilho, que ele deixa atrás de si, mas que ainda pode sugerir vagamente o que o brilho cheio de Sua presença deve ser." O que Moisés experimentou realmente está além do conhecimento dos povos menos favorecidos. Talvez Paulo teria parcialmente compreendida (2 Cor. 12: 1 e ss. ). Mas a experiência teve de ser colocado em termos antropomórficos para fazê-lo em qualquer sentido inteligível.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    1. Moisés, o mediador (Ex 33:1-17)

    Moisés, como intercessor, permanecia entre a nação e os pecados passados dela. Como mediador, ficava entre a nação e as bênçãos futuras que rece-bería. Moisés não se satisfazia com o fato de a nação ser perdoada; ele tam-bém queria certificar-se de que Deus seguiría com eles quando continuas-sem a marcha em direção à terra pro-metida. O povo, quando soube que Deus não iria com ele, humilhou-se e pranteou. Uma coisa é chorar em conseqüência da disciplina do Senhor por causa de nossos pecados, e outra, bem diferente, chorar por causa do afastamento de Deus como resultado de nosso orgulho. C. H. Macintosh escreveu: "A pessoa aflita é objeto de graça, mas a pessoa obstinada deve ser humilhada".

    A tenda descrita nos versícu-los 7:11 não é o tabernáculo, pois ele ainda não fora construído. Essa tenda é onde Deus encontrava-se com Moisés e compartilhava seus planos com ele (Nu 12:6-4; Dt 34:10). Moisés moveu a tenda para fora do acampamento como um gesto simbólico para mostrar a Isra-el como este tinha sido perverso. Al-guns foram encontrar-se com Deus, enquanto outros apenas olharam Moisés sair. Josué foi um dos que ficaram com Moisés em vigília na tenda do encontro. J. Oswald San- ders disse: "Cada um de nós fica tão próximo de Deus quanto escolhe fi-car", e isso é verdade.

    Moisés pediu a graça de Deus para abençoar o povo e que ele fos-se com o povo, e o Senhor atendeu a seu pedido. Afinal de contas, era a presença gloriosa de Deus que di-ferenciava Israel de todas as outras nações. As outras nações tinham leis, sacerdotes e sacrifícios. Apenas Israel tinha a presença de Deus en-tre ele.

    1. Moisés, o adorador (Ex 33:18— 34:35)
    2. A visão da glória (Ex 33:18—34:9)

    Moisés sabia o que muitos hoje, na igreja, esqueceram — a atividade mais importante do povo do Senhor é adorar a Deus. O Senhor garan-tiu a Moisés que estaria com seu povo, mas isso não era suficiente; ele queria uma nova visão da glória de Deus. A "bondade" (33:
    19) de Deus significa seu caráter e atribu-tos. A palavra "costas" (33:
    23) car-rega a idéia de "o que sobra", isto é, o arrebol da glória de Deus — o que "fica" depois da passagem do Senhor. Deus não tem um corpo como os seres humanos, pois ele é espírito. Essas são apenas represen-tações humanas das verdades divi-nas a respeito de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    33.1 Sobe daqui. As promessas de Deus não voltam atrás; é só avançar para entrar na plenitude do gozo do Senhor.

    33.2,3 Anjo. No anjo vemos claramente a presença de Jesus Cristo, que nos reconciliou com Deus (Ef 2:14-49). O pecador enfrentar a Deus seria a sua própria destruição (3; Hc 1:13 e 2:10-13).

    33.4 Atavios. Símbolos de um estado alegre, próspero, e de grande importância. Se o povo estava numa condição de arrependimento, não podia se vestir de uma maneira festiva. Os atavios do verdadeiro povo de Deus vêm do próprio Senhor (Ap 21:2; Mt 22:11-12).

    33.6 De Horebe em diante. Desde a chegada a este monte até ao fim da viagem, quarenta anos mais tarde, em Canaã.

    33.7 Tenda da congregação. Parece ser o "escritório da legislação cívica” guardado pelo chefe do exército, Josué (11). Depois de construído o Tabernáculo, este também recebeu o título de "Tenda da Congregação", acumulando a função cívica da tenda original de Moisés, que por simples que tenha sido, era o lugar da revelação da glória de Deus (910). Fora do arraial. Haveria perigo, se Deus manifestasse Sua glória no meio do povo (33.3).

    33.8 Pelas costas. Ficaram olhando para Moisés como quem olha com saudade para alguém que já vai se afastando.

    33.11 Face a face. "O segredo da comunhão com Deus". Nota-se que a iniciativa sempre está com Deus, que pela Sua graça nos abre o caminho da oração e nos manda buscar Sua face, até ao dia de hoje. A parte mais importante desta comunhão é escutar a voz de Deus. (Falava o SENHOR). Isto pode ser feito quando lemos a Bíblia com fé, meditamos naquilo que temos lido, e resolvemos, pela graça de Deus, pôr em prática tudo que ali aprendemos. Percebe-se que não há barreiras nesta comunhão face a face, e se, da nossa parte, há pecados que ofuscam a visão de Deus peçamos perdão em nome de Jesus Cristo (1Jo 1:9; 1Jo 2:1-62). Finalmente, compreendemos claramente que a oração verdadeira é como conversação entre Amigo e amigo. Jesus Cristo nos chama de amigos (Jo 15:15) e nos convida à pratica constante da oração em Seu nome (Jo 14:14; Jo 15:4; 1Ts 5:17).

    33:12-16 Moisés, apesar dos pecados do povo; suplica a presença revelada de Deus para acompanhar a marcha do Seu Povo. Baseia a oração sobre a comissão que Deus lhe dera: Faze subir este povo (12); baseia-a também na graça e na bondade que Deus já lhe tinha mostrado, achaste graça (12). Se há um favor que Deus lhe queira prestar, esse é o de Se revelar mais claramente ao Seu povo (13). Pela fé, Moisés já percebera a resposta à sua oração (14) e, como crente fiel, acata essa divina responsabilidade (15), mostrando ser a base de suas esperanças (16).

    33:17-23 Recebendo a Promessa de Deus: Farei também isto (17), que é a garantia e que o povo não vai ficar sem Guia (16), Moisés agora pleiteia alguma inspiração extraordinária para si mesmo, para fazer um bom profeta e líder. Sente que precisa de uma visão da glória de Deus, para lhe refrigerar a alma (18). A resposta de Deus é que lhe revelaria Sua bondade, e Seu nome (ou natureza), que se caracteriza pela misericórdia e compaixão (19).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    Deus retira a sua presença (33:1-6)
    v. 1. você tirou: conforme comentário Dt 32:7. A reconciliação entre Deus e seu povo de forma alguma está completa, a terra que prometi com juramento: a força do argumento de Moisés em 32.13 é reconhecida, v. 2. Seis das “sete nações maiores e mais fortes do que vocês” de Dt 7:1 são citadas, v. 3. eu não irei com vocês: cf., com referência a uma situação posterior, Dt 1:42. eu poderia destrui-los: porque Deus tem “olhos tão puros que não suportam ver o mal” (Hc 1:13). v. 6. monte Horebe-. a remoção dos enfeites, que seriam um lembrete visível da aventura dos israelitas na idolatria, não era somente uma medida temporária. E, levando em conta a capacidade do povo de imitar os seus vizinhos cananeus, iria impedir qualquer tentação de tratar os enfeites como talismãs. Horebe é outro nome do Sinai (conforme 3.1; 17.6).

    A Tenda do Encontro (33:7-11)
    Acerca do ponto de vista de que essa seção preserva uma tradição mais autêntica a respeito do tabernáculo do que o restante de Ex 25—40, v. a introdução a Êxodo. v. 7. Agora que a presença de Deus foi removida, somos informados de um sistema provisório pelo qual os oráculos de Deus seriam transmitidos a Moisés. Essa tenda era diferente do tabernáculo pelo fato de que era montada do lado de fora do acampamento (conforme Nu 2:2,Nu 2:17), e a sua localização serviu para destacar o descontentamento de Deus com o seu povo. v. 9. a coluna de nuvem descia: embora o povo de Israel como um todo houvesse perdido o direito à presença de Deus, ela não foi negada a Moisés — uma razão de júbilo para o povo castigado (v. 10). v. W. face a face: conforme Nu 12:0. Na verdade, Moisés está perguntando como ele pode se comportar de maneira aceitável diante de Deus. Visto que Moisés é o líder dos israelitas, essa revelação vai trazer benefícios ao povo de Deus. v. 15,16. Mesmo depois de ser dada a certeza da presença divina (v. 14), Moisés insiste em que Israel não tem raison d'être se Deus não estiver entre eles.

    O pedido de uma teofania (33:17-23) v. 18. peço-te que me mostres a tua glória: conforme 16.10; 24.16. O pedido é por uma teofania; a revelação da glória divina iria assegurar a Moisés que suas orações haviam sido atendidas. v 19. toda a minha bondade, os atributos graciosos e os atos de Deus pelos quais o seu caráter (o meu nome) podem ser conhecidos. de quem eu quiser ter misericórdia: com a declaração dos atributos da graça, vem o lembrete de que o exercício deles é prerrogativa única e exclusiva de Deus. v. 20. a minha face: esse antropomorfismo significa a completa revelação de Deus. Mas está além da capacidade de homens mortais compreenderem essa visão; conforme Gn 16:13; 32:30; Jo 1:18. v. 21. Há semelhanças notáveis entre esses versículos e a experiência de Elias registrada em lRs 19:9-18. v. 23. as minhas costas significa a revelação parcial da glória divina. A seção é fortemente antropomórfica, sem comprometer de forma alguma a verdade da incor-poreidade de Deus.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 4 até o 11


    7) Arrependimento e Prova de Israel. Ex 33:4-11.

    O povo estava começando a sentir o peso do juízo de Deus, e cheio de tristeza começou a se despir de todo adorno.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 33 do versículo 1 até o 23
    Êx 33:1

    Vai, sobe daqui (Êx 33:1). A infidelidade do povo não destruiu a fidelidade de Deus. Ele tinha de cumprir a promessa feita aos seus pais, ainda que tivesse ameaçado alterar a maneira de fazê-lo; um anjo deveria agora liderar, em lugar do próprio Deus (2). O versículo 2 é semelhante a Êx 23:20, 23, mas com a seguinte diferença vital, que em Ex 23 o anjo era o próprio Deus, na segunda Pessoa da Santa Trindade (ver Êx 23:21, "Meu nome está nele"), enquanto que agora a própria pessoa de Deus se retirou (3, "Eu não subirei no meio de ti"). Para que te não consuma (3). Conf. He 12:29. Para o impenitente, a presença do Deus infinitamente santo é como o calor brando de uma fornalha. Portanto, foi movido por Sua misericórdia que Deus disse que não iria mais no meio deles. Conf. Ap 21:27.

    >Êx 33:4

    Ouvindo o povo... entristeceram-se (4). O povo ainda amava suficientemente a Deus para ficar verdadeiramente desanimado em vista dessa ameaça. Tiraram seus enfeites como sinal de sua piedosa tristeza, e nunca mais os colocaram (no versículo 6, ler: "do monte Horebe em diante"). Para que eu saiba (5). Esse era o teste pelo qual Deus saberia quão genuína era a tristeza deles. Fora do arraial (7). Moisés não podia mais encontrar-se com Deus dentro do acampamento, que havia sido conspurcado pela grosseira idolatria. O tabernáculo ainda não fora construído; pelo que Moisés tomou sua própria tenda e a armou fora do arraial, para que fosse o lugar onde ele, e outros (7), se encontrassem com Deus. A tenda da congregação (7). Mais tarde esse nome deveria ser dado ao grande tabernáculo. Cara a cara (11). Isso não pode significar que Moisés via o rosto de Deus (conf. versículo 20), mas expressa uma comunhão imediata e direta com Deus, num grau não outorgado a qualquer outro homem; ver Nu 12:8; Dt 34:10 nota. Aos outros a revelação vinha por meio de visões e enigmas, mas a Moisés a mente de Deus ficava tão clara como um homem falando a seu amigo.

    >Êx 33:13

    Rogo-te me faças saber o teu caminho (13). Moisés requereu uma certeza mais plena do apoio de Deus na liderança do povo até à terra prometida. Dizendo-lhe: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos (12), Deus declarou o favor supremo com o qual considerava Seu servo escolhido (conf. Êx 31:2), mas, não obstante, não deu certeza explícita sobre a maneira em que demonstraria esse favor (13), pois a natureza do anjo foi deixada incerta (12). Moisés relembrou a Deus que Ele resolvera ser responsável por aquele povo (13), e que eles deveriam ser um reflexo de Sua glória. No versículo 14 a palavra, contigo, não se encontra no texto hebraico. Moisés apegou-se a essa primeira indicação da continuação da presença de Deus em alguma medida, e pressionou seu apelo para que fosse proporcionado esse favor em sua plenitude. Ele não podia suportar o pensamento de dar um passo sequer, com aquela grande nação, sem que Deus estivesse no meio deles (15). Essa presença era aquilo que, acima de tudo, testificava ao mundo que eles eram o povo terreno de Deus (16); portanto, contribuía para a honra do Senhor, aos olhos das nações, que Ele seguisse com os israelitas. A ousadia humilde e reverente com a qual Moisés pleiteou defronte de Deus, e o favor sem paralelo que ele recebeu da parte do Senhor (17), revelam algo da relação em que Cristo, nosso Intercessor, está defronte do Pai, e dos favores que Ele conquista para nós, por causa do favor que Deus mostra para com Ele. As orações de Moisés, em Êx 32:30-32; Êx 33:12-16 são as mais belas precursoras, no Antigo Testamento, das orações de nosso Salvador.

    >Êx 33:18

    Rogo-te que me mostres a tua glória (18). Moisés, encorajado pela resposta graciosa à sua oração, até ali, teve a ousadia de solicitar aquilo que nenhum outro homem se atreveu a pedir ou aspirou, isto é, ver a glória de Deus. Minha bondade (19). A glória da Deus é manifestada às mentes mortais pelas evidências de Sua bondade; não obstante, aquela revelação a Moisés deve ter sido, de alguma maneira incompreensível para nós, que não a vimos, uma visão direta de Sua bondade, não embaçada pelas limitações de suas manifestações usuais por intermédio de formas terrenas. O nome do Senhor (19). Ver 34.5 nota. Terei misericórdia (19). Palavras citadas em Rm 9:15, como exemplo de salvação exclusivamente pela graça, independentemente de qualquer mérito ou de mérito da parte da alma salva. O falecido rabino Hertz permitiu-se dizer a respeito deste versículo "Deus mostrará misericórdia àqueles que a merecem", o que é um surpreendente comentário. Minha face (20). Os olhos humanos não podem contemplar a essência divina, nem podem a mente e o espírito de um mortal suportar a luz desvelada da glória divina (conf. 24.10 nota; também Jo 1:18). As palavras de Jacó, em Gn 32:30, devem ser uma expressão metafórica; ele viu o anjo de Deus, mas não a face desvendada do Pai. Conf. Mt 11:27; 1Jo 3:2. Ali te porás sobre a penha (21). Uma inefável experiência espiritual é descrita em termos materiais adaptados ao nosso estado terreno; contudo, as lições espirituais da mesma são claras. Se considerarmos a penha (rocha) como Cristo, veremos como, em Cristo somente, estamos protegidos de ser devorados pelo fogo da glória de Deus, e como, exclusivamente por Ele, somos capacitados a contemplar aquela glória.


    Dicionário

    Despojar

    Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma.

    Despojar
    1) Roubar (Ex 3:22); (2Co 11:8)

    2) Despir (Mt 27:28), RA).

    3) Largar; abandonar (Ef 4:22).

    despojar
    v. 1. tr. dir. Privar da posse; desapossar, espoliar. 2. tr. dir. Privar. 3. pron. Privar-se; deixar, largar. 4. pron. Despir-se. 5. tr. dir. Roubar, defraudar, saquear.

    espoliar, esbulhar, desapossar, extorquir, privar. – Tirar a alguém o que lhe pertence – é a significação destes verbos. Despoja-se, no entanto, cometendo violência física. Esbulha-se privando o esbulhado ou de fazendas, ou de bens morais. – Espoliar emprega-se de preferência, e talvez com mais propriedade, no sentido moral. Despojaram o cadáver de quanto levava consigo; despojaram de galhos a árvore; de suas vestes a criança; de tudo os míseros vencidos. Esbulhou de todos os lucros o sócio; e quer ainda esbulhá-lo do próprio crédito. Espoliar-nos deste direito de protesto – não é poder que esteja em homens. – Desapossar = “privar da posse em que se estava, impedir que se continue a ser dono, ou a ter domínio de... – ou – sobre... – Extorquir = “arrebatar, tirar alguma coisa com grande e clamorosa violência”. – Privar = “obstar a que se continue no gozo, ou na posse de alguma coisa”. Desapossaram-no da casa; extorquiram-lhe dinheiro, fazenda, confissão, testemunho; privaram-no de relações com a família, de dizer a verdade, de ir à festa. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 353

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Horebe

    -

    Uma terra deserta. o mesmo monte sagrado, queem outros lugares se chama Sinai. Foi aqui que Moisés viu a sarça ardente (Êx 3:1) – que a rocha foi ferida para dela sair água para os israelitas (Êx 17:6) – e que os israelitas acamparam por onze meses, e receberam a Lei (Dt 1:2 e seguintes – 4.10 a 15 – e seguintes capítulos). E foi também neste lugar que os hebreus provocaram o Senhor, fazendo e adorando o bezerro de ouro (Êx 33:6). Horebe não é mencionado nas referências do N.T. (*veja Sinai.)

    Horebe V. SINAI (Ex 3:1).

    Israel

    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Monte

    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    Regar com o pé (Dt 11:10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp.com Pv 21:1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3:5), e além disso um sinal de luto (Ez 24:17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13:5).

    V. ALFABETO HEBRAICO 17.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 33: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe.
    Êxodo 33: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H2022
    har
    הַר
    as montanhas
    (the mountains)
    Substantivo
    H2722
    Chôrêb
    חֹרֵב
    não deixar ir, reter, deter
    (were detaining)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H5337
    nâtsal
    נָצַל
    tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
    (Thus has taken away)
    Verbo
    H5716
    ʻădîy
    עֲדִי
    ornamentos
    (his ornaments)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    הַר


    (H2022)
    har (har)

    02022 הר har

    uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

    1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

    חֹרֵב


    (H2722)
    Chôrêb (kho-rabe')

    02722 חרב Choreb

    procedente de 2717; DITAT - 731c; n pr loc Horebe = “deserto”

    1. outro nome para o Monte Sinai no qual Deus deu a lei a Moisés e aos israelitas

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    נָצַל


    (H5337)
    nâtsal (naw-tsal')

    05337 נצל natsal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1404; v

    1. tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
      1. (Nifal)
        1. arrancar, salvar-se
        2. ser arrancado ou tirado, ser libertado
      2. (Piel)
        1. tirar, despojar
        2. salvar
      3. (Hifil)
        1. tirar, tirar à força
        2. resgatar, recuperar
        3. livrar (referindo-se aos inimigos ou problemas ou morte)
        4. salvar do pecado e da culpa
      4. (Hofal) ser tirado
      5. (Hitpael) desembaraçar-se

    עֲדִי


    (H5716)
    ʻădîy (ad-ee')

    05716 עדי ̀adiy

    procedente de 5710 no sentido de enfeites, grego 78 Αδδι; DITAT - 1566a; n m

    1. ornamentos
      1. ornamentos
      2. enfeites (de cavalos)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo