Enciclopédia de Êxodo 34:33-33

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 34: 33

Versão Versículo
ARA Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto.
ARC Assim acabou Moisés de falar com eles, e tinha posto um véu sobre o seu rosto.
TB Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto.
HSB וַיְכַ֣ל מֹשֶׁ֔ה מִדַּבֵּ֖ר אִתָּ֑ם וַיִּתֵּ֥ן עַל־ פָּנָ֖יו מַסְוֶֽה׃
BKJ Assim que Moisés terminou de falar com eles, colocou um véu sobre a sua face.
LTT tão logo Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o seu rosto.
BJ2 Quando Moisés terminou de lhes falar, colocou um véu sobre a face.
VULG Impletisque sermonibus, posuit velamen super faciem suam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 34:33

Romanos 10:4 Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
II Coríntios 3:13 E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.
II Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
7. A Volta para o Monte (34:1-9)

a) As segundas tábuas de pedra (34:1-4). Com a restauração dos filhos de Israel ao favor divino, Deus os aceitou como tendo renovado a parte que lhes cabia no concerto." Ainda restava Deus renovar sua parte escrevendo novamente a lei em outras tábuas de pedra. A lei quebrada tinha de ser restaurada. Moisés precisava subir outra vez o monte, receber a lei e voltar ao povo. Quando pecamos contra Deus, é necessário que as primei-ras obras sejam feitas de novo (Ap 2:5). Temos de dedicar tempo para restabelecer os que se desviaram. É desastroso que ocorram transgressões na igreja que perturbam a paz e o testemunho Mas quando ocorrem, faz-se necessária a restauração antes que se dêem outras melhorias.

Deus mandou que Moisés talhasse duas tábuas de pedra, nas quais Deus anun-ciou que escreveria as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas (1).

Moisés tinha de fazer as pedras, mas Deus faria a escritura. Na primeira ocasião, Deus fizera as pedras e a escritura (32.16), mas agora Ele exigiu que Moisés fizesse uma par-te. Não se tratava de castigo por Moisés ter quebrado as pedras; mas indica que o cami-nho de volta a Deus, depois da transgressão, requer mais para o crente que peca do que para o pecador inconverso.

Desta vez, Moisés tinha de subir o monte sozinho (3) ; todos os outros deviam perma-necer no acampamento. Embora breves, as instruções para Israel foram as mesmas que as anteriores (19.12,13). Moisés foi cuidadoso em seguir as instruções explícitas de Deus. Fez as tábuas de pedra (4) e, pela manhã de madrugada, subiu ao monte como Deus lhe ordenara.

b) A visão de Deus (34:5-9). Deus cumpre sua promessa de se revelar: O SENHOR desceu numa nuvem (5). Os homens dos dias de hoje depreciam a linguagem bíblica de um Deus que "sobe", "desce" ou "sobe numa nuvem"; mas estas frases antropomorfas retêm um conceito de Deus que é mais seguro e mais significativo que reduzi-lo a uma abstração como o "ground of being" (o "fundamento do ser") ou a "inferência inevitável". Embora esteja óbvio nesta aparição a Moisés que a realidade de Deus foi um tanto quanto evasiva, contudo a experiência foi dramática e real. O nome do SENHOR foi proclamado de maneira inédita (5) ; este nome era Yahweh, Yahweh Elohim (JEOVÁ, o SENHOR, Deus). O nome do SENHOR era indicação de sua natureza. Ele se revelou como mise-ricordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade (6). Deus acabara de mostrar que guarda a beneficência (misericórdia, ARA) em milha-res de Israel, que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado (7).

Iniqüidade transmite a idéia de "pecados cometidos por disposição perversa"; trans-gressão é "rebelião contra Deus". A palavra original para aludir a pecado significa "errar o alvo"; e "no Antigo Testamento, [é] a palavra mais geral para se referir a peca-do".' A beneficência (7; "misericórdia", ARA) de Deus é vasta, abrangendo todo o mal da raça humana. É interessante assinalar que aqui a misericórdia é proclamada em primeiro lugar e, em seguida, ocorre um aviso para ninguém presumir que Deus tolera a iniqüidade (cf. 20.5,6). Deus não pode e não perdoará os impenitentes que persistem no pecado. Embora o Senhor seja grande em misericórdia, os ímpios serão destruídos, mes-mo que tenham experimentado uma vez a graça de Deus (cf. Hb 6:4-6).

Para quem pediu uma visão direta de Deus, esta experiência de ver somente as costas de Deus (33,23) trouxe humildade: Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se (8). Não em vã repetição, mas com desejo forte e urgente, Moisés orou: Senhor... vá agora... no meio de nós... perdoa a nossa iniqüidade e toma-nos pela tua herança (9).

O tema dos versículos 1:8 é "As Tábuas de Pedra".

1) Os mandamentos são perma-nentes, 1;

2) Os mandamentos são benevolentes, 5-7;

3) Os mandamentos são transcen-dentes, 8 (G. B. Williamson).

8. A Renovação do Concerto (34:10-28)

a) A promessa de Deus (34.10,11). Deus renova com Moisés formalmente o concerto quebrado. Prometeu conduzir Israel fazendo maravilhas (10), que seriam maiores aos olhos do povo que qualquer coisa jamais feita. Ele as chamou coisa terrível é o que faço contigo. "O que estou a ponto de fazer com vocês inspira terror" (VBB). O Senhor expulsaria os inimigos da terra da promessa (11). As maravilhas se cumpriram mais tarde em ocorrências como a queda dos muros de Jericó (Js 6:20) e a matança dos inimi-gos com chuva de pedra (Js 10:11). Ainda que Moisés não tenha vivido para ver estas vitórias, a promessa de Deus cumpriu-se para seu povo.

  • O aviso contra a idolatria (34:12-16). O mal de formar alianças com os povos da Terra Prometida era uma possibilidade real. Os israelitas tinham de se guardar (12) e não fazer concerto com os moradores, porque este procedimento seria um laço para eles. Para se proteger, Israel tinha de derrubar os altares, quebrar as estátuas e cortar os bosques (13). Não deviam permitir que continuassem existindo. As estátuas ("colu-nas", ARA) e os bosques ("postes-ídolos", ARA) eram objetos de culto erigidos para a adoração de deuses e deusas da mitologia cananéia. Estavam ligados com o culto a Baal, e foram "introduzidos em Israel pela fenícia Jezabel (I Reis 18:19) ".' "Ritos grotescamente imorais eram praticados com relação às colunas e bosques, e estas foram fonte contínua de tentação para os israelitas até o exílio."
  • Acerca da declaração de que Deus é zeloso (14), ver nota em 20.5. Todo concerto com os moradores da terra (15) levaria Israel a se unir com eles em festas a ídolos e casamentos entre si, resultando em apostasia e idolatria (16). Casar-se com alguém liga-do a uma falsa religião é o caminho mais rápido para a desobediência. Os filhos se prostituem segundo os deuses das esposas. A idolatria, quer pagã ou da atualidade, é forma de adultério espiritual. A pessoa é infiel ao compromisso com Deus, quando o coração busca seguir os deuses deste mundo.

    Em nossa sociedade, é quase impossível salvar nossos filhos da exposição a essas tentações. Colocadas juntas em escolas públicas e atividades comunitárias, as crian-ças cristãs são sujeitas diariamente a estas seduções. Nossa única esperança é a instilação de coragem e fé que resistirão ao engodo de "ídolos" mundanos e casamen-tos com não-crentes. Quando ocorrem alianças erradas e outros erros em nossa famí-lia, há o recurso à graça redentora de Deus e ao poder da oração intercessora pelo Espírito Santo.

  • Várias proibições (34:17-26). Muitas destas proibições são repetições de ordens anteriores. O recente pecado de Israel tornou imperativa a repetição do mandamento de não fazer deuses de fundição (17). As instruções encontradas nos versículos 18:20 são analisadas em 12:14-20; 13 3:13; e 23.15. O mandamento sobre o sábado (21; ver comentários em 23,12) acrescenta a necessidade de observar o dia santo na aradura e na sega. Os israelitas deviam resistir à tentação de, no dia de Deus, arar quando ame-açava chover ou de colher quando a colheita estava madura. Era fácil então, como é hoje, justificar o trabalho quando havia obrigações a cumprir."
  • Para verificar a análise dos dizeres dos versículos 22:23, ver comentários em 23.16,17. No versículo 24, os filhos de Israel recebem a promessa de amplificação de fronteiras (termo; "território", ARA) pela obediência e, quando comparecessem às festas anuais, livramento de ataques estrangeiros à terra. Comentários sobre as instruções dadas nos versículos 25:26 são achados em 23.18,19.

    d) A finalização do concerto (34.27,28). Deus disse a Moisés: Escreve estas pala-vras (27) — as palavras que Deus acabara de lhe dizer (10-26). Conforme o teor des-tas palavras significa "com base nestas palavras" (Smith-Goodspeed; cf. NTLH). Estes acordos renovaram o concerto do Senhor com o povo. Clarke supunha que o procedimen-to incluía uma cópia das tábuas de pedra para Israel, visto que as originais seriam colo-cadas na arca.' Em todo caso, foi Deus que escreveu os dez mandamentos nas duas tábuas (28; o pronome oculto ele [escreveu] deve ser entendido como referência a Deus; ver v. 1), e Moisés escreveu o restante do concerto. O servo do Senhor ficou no monte quarenta dias e quarenta noites, como da primeira vez, e jejuou em ambas as ocasiões (cf. 24.18; Dt 9:9). Deus lhe deu força especial para fazer estes jejuns.

    9. O Brilho do Rosto de Moisés (34:29-35)

    Os israelitas constataram um fato incomum quando Moisés desceu do monte. Ele não sabia, mas a pele do seu rosto resplandecia (29), "pois ele havia falado com Deus" (NTLH; cf. NVI). Seu semblante irradiava um brilho divino em resultado do en-contro face a face com Deus. Quando Arão e os filhos de Israel olharam para Moisés, temeram de chegar-se a ele (30) ; mas Moisés os incentivou, chamando-os. Diante disso, Arão e os príncipes da congregação se aproximaram para ouvi-lo (31). Depois (32), todos os filhos de Israel também se aproximaram para ouvir o relato completo de Moisés. Enquanto falava, a face de Moisés brilhava diante do povo. Após ter acabado de falar, ele colocou um véu sobre o seu rosto. O original em hebraico indica que o véu foi colocado depois de Moisés falar (cf. ARA; NTLH; NVI; o texto da RC insinua que ele ocultou a face enquanto falava). Pelo visto, Moisés tirava o véu quando entrava perante o SENHOR (34), depois saía e falava a mensagem ao povo com a face descoberta, co-brindo-a em seguida (para inteirar-se dos motivos, cf.comentários em 2 Co 3.13).

    Esta evidência visual convenceu Israel que a mensagem de Moisés era de Deus. Há quem considere que o brilho era a semelhança do homem a Deus, a qual foi perdida na queda (Gn 1:27) e será nossa na ressurreição.' A glória na face de Moisés era similar ao brilho de Cristo no monte da transfiguração (Lc 9:29-31), compartilhado também por Moisés e Elias. Pode ser que Estêvão experimentou um brilho deste tipo quando compa-receu diante do Sinédrio (At 6:15). Em II Coríntios 3:7-18, Paulo afirma que esta glória pertence aos crentes em Cristo que vêem as realidades de Deus "com [a] cara descober-ta". Este brilho interior do crente irromperá no dia da segunda vinda de Cristo e na ressurreição (cf. 1 Jo 3:1-2).

    Os versículos 29:35 descrevem "A Face Brilhante".

    1) É recebida num encontro com Deus, 29;

    2) É descoberta por quem está pronto a ouvir, 30-32,35a;

    3) É oculta a quem está endurecido para ouvir 33,35b;

    4) É renovada na volta da presença de Deus, 34.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    *

    34.1

    duas tábuas de pedra. A substituição das tábuas assinala a renovação da aliança (20.1, nota).

    *

    34:2-3 A singularidade do cargo de mediador de Moisés é enfatizada. O encontro do cap. 19 vai ser repetido, mas desta vez só com Moisés (conforme 19.24; 24.9).

    *

    34.5-7 Ver "'Este é o Meu Nome: A Auto-revelação de Deus”, índice.

    *

    34.5

    o SENHOR descido. A revelação prometida em 33:19-23: Yahweh passou e proclamou o seu nome. Moisés recebeu uma resposta estonteante à sua oração (33.19, nota).

    *

    34.6, 7 Esta descrição de Deus é fundamental para a futura piedade israelita (Nm 14:18; Ne 9:17; Sl 86:15; 103:8; 145:8; Jl 2:13; Jn 4:2; Na 1.3). A misericórdia de Deus ainda é proclamada a Israel apesar da sua falha horrível (Os 11:8).

    *

    34:6

    grande em misericórdia e fidelidade. "Misericórdia," aqui, traduz o termo hebraico (hesed) que denota a fidelidade da aliança de Deus e a sua devoção ao seu povo (15.13, nota). Por causa do seu amor e de sua fidelidade, Deus não abandonará o seu povo, mas habitará entre eles no seu tabernáculo.

    *

    34.9

    segue em nosso meio conosco. Isto é o que o Senhor disse que não iria fazer, porque o povo era pecaminoso e teimoso demais (33.3, 5). Agora Moisés cita os pecados deles como sendo a razão porque a presença de Deus deve estar lá. De fato, ele está pedindo que o Deus da graça, compassivo e misericordioso, habite no seu tabernáculo entre o seu povo, e perdoe os seus pecados. E então vem o pedido incrível: "toma-nos por tua herança". Moisés não diz "dê-nos a nossa herança na terra" (conforme 33.2, 3), mas sim "toma-nos como sendo o tesouro especial no teu amor fiel" (o pensamento contido em 19.5).

    *

    34.11-16 Deus adverte contra as práticas apóstatas. A seleção de leis cúlticas aponta para a área onde Israel tem pecado ou está fraco. Pronomes singulares são usados em quase todo o texto, pois o Senhor está fazendo sua aliança com Moisés e com o povo de Israel por intermédio dele (v.27).

    *

    34.13

    postes-ídolos. Lit. "postes de Astarote". Estes eram objetos cúlticos que representavam a deusa cananéia da fertilidade (Astarote), árvores ou postes sagrados que ficavam de pé ao lado dos altares de Baal (conforme Jz 6:25). Israel não pode se comprometer adotando as práticas pagãs dos povos que habitam a terra.

    *

    34.14-16

    outro deus. O tema continua com referências ao primeiro (vs. 14-16) e ao segundo mandamento (v. 17). Deus começa do ponto do pecado de Israel e no Decálogo que foi violado.

    *

    34.18-26 Esta seção é paralela às leis do livro da aliança (23.14-19).

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    34.27

    estas palavras. Os mandamentos dos vs. 12-26.

    *

    34.28

    escreveu... as palavras da aliança. O próprio Senhor escreveu os Dez Mandamentos nas tábuas (v. 1; 20.1, nota).

    *

    34.29

    resplandecia. Lit. "emanava chifres". Ainda que a raiz hebraica geralmente se refira a chifres, parece referir-se aqui a raios de luz, (conforme Hc 3:4). A liderança de Moisés foi confirmada pela luz refletida da glória de Deus.

    *

    34.30

    temeram chegar-se a ele. A reação de medo sugere os eventos dos capítulos 19:20. Somente quando eles se achegaram e conversaram sem que mal algum lhes acontecesse é que eles foram convencidos de sua segurança.

    *

    34.33

    pôs um véu sobre o rosto. O propósito do véu não era o de acalmar a ansiedade do povo, pois Moisés só vestiu o véu depois que o povo já havia se achegado e depois de declarar a lei ao povo (vs. 31, 32). Ao contrário, como Paulo esclarece em 2Co 3:13, o véu servia para não deixar os 1sraelitas verem que a glória estava desaparecendo. De acordo com Paulo, esta glória desvanecente indicava o caráter temporário e inadequado da velha aliança de Moisés e apontava para a necessidade de um Mediador de uma aliança maior — Jesus Cristo (2Co 3:12—4.6).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    34:6, 7 Moisés tinha pedido ver a glória de Deus (33.18), e esta foi a resposta de Deus. O que é a glória de Deus? É seu caráter, sua natureza, sua maneira de relacionar-se com suas criaturas. Note-se que Deus não deu ao Moisés uma visão de seu poder e majestade, mas sim mas bem de seu amor. A glória de Deus se revela em sua misericórdia, sua graça, sua compaixão, sua fidelidade, seu perdão e sua justiça. O amor e a misericórdia de Deus são verdadeiramente maravilhosos e nos beneficiamos deles. Podemos responder e dar glória a Deus quando nossos caracteres se assemelham ao do.

    34:7 por que o pecado poderia afetar aos netos e bisnetos? Este não é um castigo arbitrário. Os filhos seguiriam sofrendo devido aos pecados dos pais. Por exemplo, considere o mau trato aos meninos ou o alcoolismo. Embora estes são óbvios, os pecados tais como o egoísmo e a cobiça podem transmitir-se da mesma maneira. As conseqüências terríveis do pecado não estão limitadas a um membro da família. Cuide-se de não tratar ao pecado de maneira indiferente, arrependa-se e dele aparte-se. Pode que agora sinta um pouco de dor, mas mais tarde o pecado pode cobrar-lhe em uma das áreas mais sensíveis de sua vida: seus filhos e seus netos.

    34.12-14 Deus disse a quão israelitas não se comprometessem com a gente pecaminosa que os rodeava, mas sim entregassem sua lealdade absoluta e exclusiva devoção ao. A adoração pagã simplesmente não pode ser mesclada com a adoração ao Deus santo. Como particularizou Jesus: "Nenhum servo pode servir a dois senhores[...] Não podem servir a Deus e às riquezas (Lc 16:13). O amor ao dinheiro é o deus deste século e muitos cristãos tentam fazer um trato com este deus lhe escravizem. Está você tratando de adorar a dois deuses ao mesmo tempo? Onde está sua verdadeira lealdade?

    34:13 As imagens da Asera eram postes de madeira levantados junto ao altar do Baal (veja-se Jz 6:25). Asera era a deusa consorte (esposa) do Baal. Representava a boa sorte na agricultura e a fertilidade.

    34:18 O mês do Abib corresponde ao final de março e ao começo de abril.

    34.28-35 O rosto do Moisés resplandecia depois de ter estado com Deus. O povo podia ver com claridade a presença de Deus refletida nele. Quanto tempo passa a sós com Deus? Mesmo que seu rosto não ilumine uma habitação, os momentos de oração, a leitura da Bíblia e a meditação devem ter tal efeito em sua vida que a gente possa notar que esteve com Deus.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    2. A revelação de Deus a Moisés (34: 1-9)

    1 E disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste. 2 E estar pronto até a manhã, e chegar em pela manhã ao monte Sinai, e apresenta-te a mim ali no topo do monte. 3 E ninguém deve chegar a ti; nem deixar qualquer homem ser visto em todo o monte; nem ovelhas nem bois se alimentam antes que montar. 4 Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e Moisés levantou-se de manhã cedo, e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado, e levando na mão as duas tábuas de pedra. 5 E o Senhor desceu na nuvem, e ficou com ele, proclamou o nome de Jeová. 6 E o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; 7 manutenção misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado; e que a vontade não inocenta o culpado , que visito a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração. 8 Então Moisés se apressou, e abaixou a cabeça em direção à terra, e adorado. 9 E ele disse: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, Senhor, deixai que o Senhor, peço-te, ir no meio de nós; pois é um povo de dura cerviz; e perdoa a nossa iniqüidade eo nosso pecado, e toma-nos por tua herança.

    O Senhor já deu instruções a Moisés a respeito de como ele era de se preparar para a renovação da aliança e para a revelação especial da glória divina. Ele foi cavaram duas tábuas de pedra e trazê-los para a montagem para o Senhor para usar em reescrever os Dez Mandamentos. Esta cicatriz do pacto quebrado permaneceria. As outras mesas tinham sido feitas pelo Senhor, assim como inscrito por Ele (Ex 32:16 ); o segundo jogo era para ser feito pelo homem, embora o Senhor ainda iria escrever sobre eles. Ele era para estar pronto até a manhã seguinte, e foi para ascender Sinai sozinho, não permitindo até mesmo os rebanhos e manadas para pastar sobre suas encostas mais baixas.

    Obediente Moisés apresentou-se perante o Senhor no monte na manhã seguinte, levando os dois tablets. E o Senhor desceu na nuvem , e ficou com ele , proclamando o nome de Jeová . E Ele passado perante Moisés como tinha prometido, proclamando Seu caráter divino em muito as mesmas condições que as contidas no Segundo Mandamento (20: 5-6 ), mas com uma introdução acrescentou que sublinhou de forma adequada que Ele era misericordioso e clemente, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade . Uma vez que, na verdade, esta perto da glória divina, Moisés foi o próprio rápido para abaixar a cabeça e adoração. Mas ele aproveitou a oportunidade para apresentar mais uma vez a sua intercessão, pedindo que, se ele de fato tinha achado graça aos olhos do Senhor que o Senhor iria no meio do Seu povo. Ele admitiu que eles eram um povo obstinado , mas ele pediu que o Senhor iria perdoá-los e levá-los para a Sua herança .

    3. A atualização da Aliança (34: 10-26)

    1. A atualização das Promessas (34: 10-11)

    10 E ele disse: Eis que faço um pacto: antes de todo o teu povo farei maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem em qualquer nação; e todos os povos entre os quais tu és, veja a obra do Senhor; . por isso é uma coisa terrível que eu faço contigo 11 Guarda o que eu te ordeno hoje: eis que eu lançarei fora de diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e o jebuseu.

    O Senhor já fez a Sua concreto perdão com uma atualização e renovação da aliança. A maior parte do que ele diz é bastante semelhante ao das regras diversas e as condições e vantagens da aliança registrada no capítulo 23 . Tudo o que ele diz é encontrado tanto nos Dez Mandamentos ou o saldo do Livro da Aliança. Por isso, é uma reafirmação do pacto quebrado, somando-se os pontos que precisam de ênfase especial após a queda de Israel à idolatria.

    Primeiro, há uma reafirmação das promessas da aliança, observando primeiro de tudo o que Ele vai fazer maravilhas antes de Israel como nunca antes tinha sido trabalhado na Terra. Estas maravilhas foram identificados como a condução fora das nações cananeus diante deles (conforme 23: 20-33 , especialmente vv. Ex 34:22)

    12 Guarda-te, que não faças pacto com os habitantes da terra para onde vais, para que não seja por laço no meio de ti; 13 mas vós quebrar os seus altares, e traço em pedaços as suas colunas, e haveis de reduzir seu Asherim 14 (pois tu adorarás nenhum outro deus; pois o Senhor, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso); 15 para que não faças pacto com os habitantes da terra, e eles, prostituindo-se após a sua deuses, e sacrificarem aos seus deuses, e uma chamada de ti e tu comas do seu sacrifício; 16 e não tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses . 17 Não farás para ti deuses de fundição.

    18 A festa dos ázimos ás pão guardes. Sete dias comerás pães ázimos, como te ordenei, na hora marcada no mês Abib; para no mês Abib de teres vindo para fora do Egito. 19 Tudo o que abre a madre é meu; e todos os teus gado que é masculino, as primícias de vaca e ovelha. 20 E o primogênito da jumenta resgatarás com um cordeiro; e, se tu não o resgatar, então tu quebrar seu pescoço. Tudo o primogênito de teus filhos resgatarás. E ninguém aparecerá diante de mim vazia.

    21 Seis dias tu hás de trabalho, mas no sétimo dia tu resto: em tempo de arar e na colheita tu descanso. 22 E terás cuidado a festa das semanas, até mesmo dos primeiros frutos da colheita do trigo, ea festa da . colheita no fim do ano 23 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor Jeová, o Deus de Israel. 24 porque eu lançarei fora as nações de diante de ti, e alarga tuas fronteiras: nem todo homem deseja a tua terra, quando subires para comparecer perante o Senhor teu Deus três vezes no ano.

    25 Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão levedado; nem o sacrifício da festa da páscoa ficará até pela manhã. 26 O primeiro dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.

    As referências nos versículos 27:28 foram descaracterizou por alguns estudiosos críticos, e eles têm reclamado de encontrar nos versos Ex 34:12-26 outro conjunto de dez mandamentos, o chamado "Decálogo ritual", supostamente mais velhos do que o conjunto encontrado em Ex 20:1 (conforme 23: 32-33 -as condições de fechamento da aliança são, portanto, os mais abertura na atualização).

    (2) Os altares cananeus, pilares sagrados, e aserins (mencionado aqui pela primeira vez) devem ser totalmente destruída, v. Ex 34:13 (conforme Ex 23:24 ). Os versículos 14:16 explicar os perigos inerentes às coisas proibidas nesses dois mandamentos, versículo 14praticamente reproduzindo o Primeiro Mandamento e parte da Segunda (Ex 20:3 ), e os versículos 15:16 explicando como a amizade com os cananeus pagão poderia facilmente levar à idolatria.

    (3) Não imagens fundidas deviam ser feitas, v. Ex 34:17 (conforme Ex 20:23 ).

    (4) A Festa dos Pães Ázimos é para ser mantido, v. Ex 34:18 . (Isso é quase uma reprodução exata Dt 23:15 .)

    (5) O primeiro-nascido devem ser sacrificados ou resgatadas, vv. Ex 34:19-20 (conforme Ex 22:29 (conforme o quarto mandamento, 20: 8-11 , e Ex 23:12) .

    (7) A Festa de Pentecostes ou semanas deve ser observado, v. Ex 34:22-A (conforme Ex 23:16 (conforme Ex 23:14 , Ex 23:17 ). O versículo 24 é uma garantia marcante que se fossem obedientes a este respeito, o Senhor iria proteger suas terras enquanto eles estavam fora de casa.

    (10) no fermento era para ser usado em sacrifício, nem o sacrifício da Páscoa deixou até a manhã seguinte, v. Ex 34:25 (conforme Ex 23:18 ).

    (11) Os primeiros frutos de todos os produtos estavam a ser oferecido na casa do Senhor, v. Ex 34:26-A (conforme Ex 23:19)

    27 Então disse o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras:. porque conforme o teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel 28 E ele estava lá com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.

    Dois escritos são faladas nesses versos: a gravação da reafirmação da aliança feita por Moisés no comando de Jeová, e a reescrita por Jeová sobre as novas tábuas de pedra de as palavras do pacto, que ainda estavam de base, os dez mandamentos , ou como o hebraico diz literalmente: "as dez palavras." Estes foram os Dez Mandamentos Dt 20:2 .

    Moisés permaneceu novamente na presença do Senhor quarenta dias e noites, em um estado de jejum completo. Mais tarde, ele relatou que parte do tempo foi gasto na intercessão (Dt 9:18 , Dt 9:25 ).

    5. O resultado da experiência de Moisés (34: 29-35)

    29 E aconteceu que, quando Moisés desceu do monte Sinai com as duas tábuas do testemunho na mão de Moisés, quando ele desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia em razão de sua fala .com ele 30 E quando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; e eles estavam com medo de aproximar-se dele. 31 E chamou Moisés a eles; e Arão e todos os príncipes da congregação tornaram a ele; e Moisés falou a eles. 32 E depois todos os filhos de Israel veio de perto; e ele lhes ordenou tudo o que o Senhor tinha falado com ele no monte Sinai. 33 E quando Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto. 34 Mas, entrando Moisés perante o Senhor para falar com ele, tirava o véu, até que ele saiu; e ele saiu, e falou aos filhos de Israel o que lhe era ordenado. 35 E os filhos de Israel viu o rosto de Moisés, que a pele de Moisés seu rosto resplandecia; e Moisés a pôr o véu sobre o seu rosto, até entrar para falar com ele.

    Quando Moisés desceu do Sinai com o segundo conjunto de tábuas de pedra, ele não sabia que a pele do seu rosto resplandecia , ou como o hebraico diz literalmente: "enviou raios" ou "chifres". Este tinha vindo sobre como se demorou em a presença de Deus, atingindo evidência de que ele tinha de fato teve um contato mais próximo com a glória de Deus do que nunca. Arão e as pessoas aparentemente fugiu dele por causa desse estranho brilho. Mas Arão e os anciãos voltou quando Moisés os chamou, e depois toda a nação reunida para ouvir relato de Moisés sobre a renovação da aliança. No momento em que Moisés terminou o seu relatório, ele estava ciente do que tinha acontecido com ele. Ele conformidade cobriu o rosto com um véu que ele tirou apenas quando vai voltar antes de Jeová. O brilho da glória divina "era um emblema do seu alto cargo como embaixador de Deus. Nenhuma apreciação necessária para ser produzido. Ele levou suas credenciais em sua própria face. "Mas o mundo ainda não estava pronto para ainda este pálido reflexo, temporário da glória divina. A revelação plena da glória divina deve aguardar o dia de Cristo (2Co 3:12 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    Moisés retornou à montanha para mais 40 dias com Deus (Ex 34:28; Dt 9:18,Dt 9:25), e o Senhor deu-lhe as novas tábuas da Lei. Em 34:6-7, a proclamação do Senhor torna-se um padrão de "afirmação de fé" para os judeus (Nu 14:18; 2Cr 30:9; Ne 9:17; Jo 4:2). A declara-ção anterior, em Êxodo 20:5, afirma que Deus envia julgamento "até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem". Os filhos e os netos não são condenados pelos pe-cados de seus antepassados (veja Ez 18:1-4), mas podem sofrer por causa desses pecados. Moisés, mais uma vez, curvou-se e adorou enquanto comungava com o Senhor.

  • A proteção da glória (Ex 34:10-28)
  • Deus lembrou Moisés de que o povo de Israel deveria ser diferen-te do povo que vivia em Canaã e também o advertiu do pecado da idolatria. O que é idolatria? É tro-car a glória do Deus incorruptível por uma imagem (Rm 1:23) e ado-rar a criatura e servir a ela, em vez de ao Criador (Rm 1:25). O Senhor deu sua Lei a Israel para que este pudesse levar uma vida piedosa e expressar a glória dele.

  • A reflexão da glória (Ex 34:29-35)
  • Talvez você queira ler 2Co 3:0). Passamos constantemente pela experiência da "transfiguração" quando caminha-mos com o Senhor ("renovação", em Rm 12:2, e "transformados", em 2Co 3:18, ambas referem-se à pa-lavra grega "transfiguração", usada em Mt 17:2).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    • N. Hom. 34:1-9 Este encontro sagrado no qual Deus revelou a essência da Sua natureza foi feito no tempo e no lugar marcado por Deus (2), e precedido pela necessidade de pôr em dia os estragos causados pelo pecado humano (1), (onde vemos que Moisés tinha de consertar os danos causados por sua ira - 32.19 - especialmente porque esta ira foi fruto do pecado do povo). Só aquele que Deus vocacionou pôde tomar parte de um momento tão sagrado (3). Então Deus passou perante Moisés, revelando Seu Ser, v. 6. Seu nome é Deus, o Criador e Senhor (que é a forma de escrever o nome indizível daquele que se revela pessoalmente aos seus servos, como Redentor). Sua paciência, graça e misericórdia se revelam nos adjetivos compassivo, longânimo, misericordioso e fiel, e muitos outros são revelados no Seu perdão aos seres humanos rebeldes, ingratos, pecaminosos, embora não haja em Deus qualquer falta de justiça ou de autoridade que o torne incapaz de reconhecer, julgar e punir o pecado (7). Se Deus perdoa o pecado, mas não inocenta o culpado, compreendemos ser necessário que Deus nos desse Seu Filho em sacrifício para expiar as nossas culpas, que custariam a nossa destruição eterna. Ante revelação de tamanha bondade, Moisés torna a pedir a presença divina entre Seu povo (9).

    34.10 Uma aliança. Assim como a presença de Deus fora revelada com milagres no meio do Seu povo, no Egito, em prol dos israelitas e contra seus perseguidores, agora também, a repetição da presença de Deus pleiteada por Moisés, v. 9, seria uma coisa terrível. Haveria milagres para despertar o temor, a reverência e para a destruição dos idólatras pagãos de Canaã (11 -16).

    34.12 Cilada. Os israelitas iam entrar num lugar de cultura elevada, com cidades, agricultura e uma religião organizada, etc. Seria fácil para descendentes de escravos, depois de longos anos no deserto, simploriamente abraçar a organização de Canaã. A todo custo deveriam evitar a cilada de aceitar o paganismo e sua cultura.

    34.15 Se prostituindo. A palavra é empregada para ilustrar a infidelidade religiosa, mormente porque Deus se revelou como um amantíssimo esposo de Sua Nação escolhida (Dn 2:16), e porque os ritos de Canaã inculcavam as piores imoralidades sexuais.

    34:19-21 A festa da Páscoa relembra as leis sobre a primogenitura, que aqui são repetidas, e apontam para a Páscoa de Cristo, que morreu para nos fazer novas criaturas; portanto é hora de relembrar a lei do sábado, que celebra a divina Criação.
    34.22 Festa dos semanas. É a segunda festa; a terceira é a colheita.

    34.26 Não cozerás... A compaixão é mais importante do que um prato.

    34.28 Escreveu... as dez palavras. O preço do pecado: as tábuas originais foram escritas diretamente por Deus (32.16), mas as cópias precisavam ser feitas por mãos humanas em quarenta dias, ainda que sob direção divina.

    34.29 Seu rosto resplandecia. É claro que este esplendor foi em conseqüência da comunhão com Deus, no monte, embora uma nuvem protegesse Moisés de ver a plenitude da glória de Deus (5). Quando a comunhão com Deus começa a transformar alguém, este é o último a perceber essa transformação (Moisés não sabia).

    34.33 Pôs um véu. Homens pecaminosos não podem fitar um rosto iluminado pela santificação, que é apenas uma centelha refletida da santidade de Deus (conforme Êx 3:5).

    34.34 Removia o véu. Entre os nossos íntimos pensamentos e Deus, não há nenhum segredo, pois Cristo sonda nossas mentes e corações (Ap 2:23), e quando alguém se converte a Ele, não há mais véu sobre seu entendimento espiritual (2Co 3:16).

    34.35 Cobria de Novo. Como o brilho se desvanecia entre as entrevistas com Deus, então o mesmo véu que escondeu o brilho intenso também servia para esconder a ausência do brilho, para não desanimar aos israelitas (2Co 3:13).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    A teofania é concedida (34:1-9) v. 1. talhe: de acordo com 32.16, o primeiro par de tábuas era “obra de Deus”, e nelas escreverei: v.comentário Dt 31:18. v. 3. Ninguém poderá ir. as restrições são ainda mais rigorosas do que na ocasião da primeira subida de Moisés (conforme 19.24; 24.1). Arão tinha se desqualificado para participar na renovação da aliança, mesmo que fosse somente para acompanhar o seu irmão em parte do caminho, ovelhas e bois: 19.13; He 12:20. v. 5. permaneceu ali com ele e proclamou o seu nome: o

    Senhor: o fato de que a segunda frase concorda, mutatis mutandis, com 33.19 (“proclamarei...”) sugere que Deus é o objeto dos dois verbos. Driver e Hyatt preferem a construção da RVmg (“e ele [Moisés] permaneceu com ele ali, e chamou...”). Em apoio à primeira alternativa, Cassuto destaca que permaneceu representa o mesmo verbo de “ficar” em

    33.21 e de “apresente-se” do v. 2 desse capítulo, mas em conjugação diferente. Como no caso do decálogo original (20.2), e em concordância com os costumes do Oriente Médio, a aliança renovada (conforme v. 10) é prefaciada por uma autoproclamação do suserano. v. 6,7. Aqui estão os “Treze Atributos”, como são conhecidos na tradição judaica. Neles se revela a natureza de Deus. “E o mais próximo que o AT chega de uma definição confessional de Deus. De forma característica, ela trata da atitude dele com o homem” (Clements; cf. 20.5,6; Dt 5:9,Dt 5:10; Na 1:3 etc.), v. 7. a milhares: e “por mil gerações” segundo Dt 7:9. não deixa de punir o culpado-, há alguma ambigüi-dade acerca do significado do verbo hebraico em questão, v. 9. a nossa maldade e o nosso pecado-, Moisés associa-se com o seu rebanho desobediente (conforme Ez 9:3-27).

    A renovação da aliança (34:10-28) v. 10. Primeiro Deus anuncia o que ele pretende fazer a favor de Israel — maravilhas que vão ofuscar os sinais que acompanharam o êxodo (e.g., Js 6:1-6; Js 10:12ss). No final do v. 10, a NVI omite a expressão “por você” que está nas outras versões (“contigo”, BJ; “com vocês”, NTLH). Isso certamente se refere a Moisés e concorda com a condição especial de Moisés em toda a questão da aliança (conforme v. 27, “aliança com você e com Israel”). Ê na expulsão dos povos que estão em Canaã (v. 11) que Deus vai realizar a obra maravilhosa, v. 12. Conforme 23.32. v. 13. Conforme 23.24; Dt 12:3. postes sagrados eram objetos de culto feitos de madeira (se eram postes ou árvores, não se sabe) que eram sagrados para Aserá, a deusa cananéia da fertilidade. v. 14. Acerca dos v. 14-26 como um “decálogo ritual” mais antigo do que o “decálogo ético” Dt 20:3-5, v. a discussão em Cole. v. 15. quando eles se prostituírem-uma metáfora das práticas imorais em geral e certamente não sem significado literal com relação aos cultos da fertilidade, convidarão vocês-, 1Co 10:27-46 mostra como o mesmo tipo de situação poderia apresentar problemas ao cristão individual na cidade de Corinto do século I. Quanto os israelitas eram vulneráveis diante desse tipo de tentações ficou demonstrado de forma convincente no caso do bezerro de ouro. v. 17. ídolos de metal-, correspondente à proibição de imagens esculpidas em 20.4. Talvez o uso do termo “bezerro fundido” em associação com o pecado de Israel (conforme 32,4) explique a diferença de ênfase, v. 18. Conforme 23.15. v. 19,20. Conforme 13.1 lss. A lei do primeiro a nascer é introduzida no cap. 13 seguindo o relato do êxodo; aqui, ele vem depois da regulamentação da festa dos pães sem fermento (v. 18) que havia se ligado estreitamente com a tradição do êxodo. v. 21. A lei do sábado precisava ser observada em todas as épocas (conforme 31.13), inclusive na época de arar e na colheita, quando a tentação de desconsiderá-la seria mais forte. v. 22. A festa das semanas é a festa da colheita Dt 23:16; ocorria sete semanas depois da festa dos pães sem fermento (v. 18). A festa do encerramento da colheita é outro nome da festa dos tabernáculos (conforme 23.16). v. 23. Conforme 23.17. O calendário religioso de Israel é apresentado na sua forma completa em Lv 23. v. 24. ninguém cobiçará a sua terra-, uma palavra para o adorador ansioso em paralelo com o que está em lRs 17.13 e Mt 6:33. Cole comenta acerca da facilidade com que um agricultor poderia mudar a marca divisória de terras para prejudicar o seu vizinho mais piedoso. Os que viviam em lugares mais distantes e isolados estariam temerosos de que na sua ausência algum estranho tentasse estabelecer, ou até restabelecer, a reivindicação por uma porção de terra. v. 25. Conforme 23.18. O sacrifício da festa da Páscoa corresponde à “gordura das ofertas de minhas festas” em 23.18, mas essa lei está especificamente relacionada à Páscoa em 12.10. v. 26. Conforme 23.19. A generosidade de Deus é reconhecida tanto positiva quanto negativamente — positivamente, na apresentação dos primeiros frutos; negativamente, na rejeição dos rituais de fertilidade dos cana-neus. O paralelo antigamente pressuposto entre o cozimento de um cordeiro no leite de sua mãe e a referência num texto ugarítico de Ras Shamra está sendo seriamente questionado atualmente, v. 27. Escreva essas palavras-. conforme 24.4,7. Essas são as condições da aliança esboçadas nos v. 12.26. com você: Moisés era o mediador da aliança; conforme comentário do v. 10. v. 28. E escreveu-, a implicação mais natural é que foi Moisés quem escreveu, visto que é o sujeito dos verbos anteriores. Mas o v. 1 opõe-se a isso, e pode bem ser que o sujeito original (ou até mesmo o sujeito pretendido agora) de escreveu seja Deus. A questão depende em parte do significado exato das frases discutidas no comentário Dt 31:18.

    O rosto resplandecente de Moisés (34:29-35)
    v. 29. resplandecia-, conforme Mc 9:2,Mc 9:3 e paralelos. O verbo está relacionado com a palavra hebraica para “chifre” (conforme Hyatt, “emitia raios parecidos com chifres”) e foi mal compreendido desde tempos antigos do cristianismo (já na 5ulgata), daí o retrato comum de Moisés com um par de chifres na arte medieval, v. 33. véu-, ocorre somente nesse trecho, e seu significado exato é incerto. Muitos estudiosos vêem aqui uma alusão a um tipo de máscara usada pelos sacerdotes em algumas religiões primitivas, mas isso não pode ser aprofundado sem especulação. Paulo retoma o tema do rosto resplandecente de Moisés e do véu para expor a superioridade da “dispensação do Espírito” sobre a “dispen-sação da morte” (2Co 3:7-47). v. 34,35. Parece que, como na primeira ocasião (v. 33), Moisés não colocava normalmente um véu sobre a sua face até que tivesse transmitido a mensagem do Senhor ao povo. A lacuna entre a explanação “rabínica” de Paulo do véu (“para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia”, 2Co 3:13) e as circunstâncias originais pode assim ser facilmente exagerada. Além disso, Paulo mostra que está consciente das circunstâncias originais em que Moisés sentiu necessidade de fazer uso do véu (v. 2Co 3:7).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 27 até o 35

    27-35. Moisés voltou da montanha. "Com a adoção renovada da nação, a aliança do cap. Ex 24:1 foi restaurada eo ipso; de modo que não havia necessidade de um novo acordo, e a anotação das condições fundamentais da aliança foi simplesmente projetada como prova de sua restauração" (KD).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 34 do versículo 1 até o 35
    VIII. A RENOVAÇÃO DO CONCERTO (Êx 34:1-35)

    A visão que acabara de ser prometida deveria ser concedida quando Deus renovasse a aliança, que o povo havia quebrado por sua idolatria. Dessa maneira Deus fez com que a própria rebelião de Seu povo redundasse em Seu favor, pois proveu a oportunidade de Moisés requerer seus pedidos, em Ex 23, e para uma revelação, em resposta, a respeito das excelências da natureza de Deus, que ultrapassou qualquer coisa conhecida até então. Lavra-te (1). Conf. 32.16 nota. Dessa vez Moisés preparou as tábuas de pedra, mas novamente Deus escreveu sobre elas. A lei continuou tão completamente divina como antes; contudo o pecado perdeu algo que lhe tinha sido concedido anteriormente.

    >Êx 34:6

    Passando (6). Conforme prometido em Êx 33:19-23. Apregoou o nome do Senhor... (5-7). Deus já tinha feito Seu nome, isto é Sua natureza, conhecido a Moisés, em Êx 3:14; Êx 4:3, e novamente no Sinai, Êx 20:5-6 (ver anotação), mas aqui Ele revelou mais ainda sobre Seu caráter. Em Êx 20:6 Ele falara sobre misericórdia, mas agora a infinita graça de Deus é revelada. Melhor seria traduzir a declaração do Senhor, nestes versículos, como: "Jeová, o Senhor, um Deus cheio de compaixão e gracioso, tardio em irar-se, é abundante em misericórdia e verdade". Verdade (6). Ele é eternamente veraz para Consigo mesmo e para com Sua palavra. Iniqüidade (7). Heb., ’ awon. Pecados cometidos devido a uma perversa disposição. Transgressão (7). Heb., pesha’. Rebelião contra Deus. Pecado (7). Heb., hata’ah, derivada de hata’, errar o alvo; a palavra mais geral para pecado, no Antigo Testamento. Note-se que a ordem de Êx 20:5-6 aqui aparece revertida. Aqui a misericórdia e o perdão são declarados em primeiro lugar, e finalmente, como corretivo contra a presunção, são relembrados que Deus continua mantendo Sua justiça. Moisés apressou-se... encurvou-se... (8). Apesar de estar tão ansioso em contemplar a glória divina, o coração de Moisés nunca deixou de estar pleno de reverente adoração. Contraste-se isso com o espírito dos idólatras, que fizeram um deus para seus olhos verem, e folgaram defronte dele. Se agora (9). Melhor: "Visto que agora...".

    >Êx 34:10

    Eu faço um concerto (10), isto é, Deus renova a aliança já feita, mas que já tinha sido violada pelos israelitas. Nos versículos seguintes são apresentadas tanto as promessas que Deus incluiu em Seu concerto como as condições sobre as quais o povo estaria em posição de aceitar as promessas, isto é, Guarda... (11); após isso, é dado um sumário das principais observâncias, representando todos os mandamentos transmitidos antes. Maravilhas (10). Exemplos: a travessia do Jordão, a destruição de Jericó. Guarda-te (12). Conf. Êx 23:24-25, 32-33. Detalhes adicionais são dados aqui (12-17). Laço (12). Conf. 23.33 nota. O laço é descrito nos versículos 15:16. Estátuas (13). Ver 23.24 nota. Bosques (13). Em heb., ’ Asherim. Árvores sagradas ou postes estabelecidos como símbolos da deusa cananéia Asera. Ritos grosseiramente imorais eram praticados em conexão com os postes-ídolos e os bosques, e essas coisas eram uma fonte de tentação para os israelitas, continuamente, até o exílio. Zeloso (14). Ver Êx 20:5 e segs. Suas filhas... teus filhos (16). O casamento entre crentes e incrédulos até este dia é quase invariavelmente um "laço" para os primeiros. Salomão e Acabe são exemplos proeminentes (conf. 1Rs 11:1-11; 1Rs 16:31; Nu 25:0. O que abre a madre (19-20). Ver 13 12:2'>Êx 13:12-13. Vazio (20). Ver Êx 23:15. A festa das semanas (22). Ver Êx 23:16. A mesma que a festa da colheita. Três vezes no ano (23). Ver Êx 23:14. Cobiçará a tua terra (24). Deus mesmo impediria seus inimigos de invadir suas terras, quando fossem deixadas desprotegidas por ocasião das festividades. Não...com pão levedado (25). Ver Êx 23:18-19. Teor destas palavras (27), isto é, essas palavras salientavam, por meio de repetição, os termos, mais importantes da aliança cuja totalidade, conforme originalmente dada, devia ser observada. Quarenta dias e quarenta noites (28). Esse segundo período de quarenta dias, passados na montanha, foram quase inteiramente dedicados à intercessão a favor do povo rebelde. (Dt 9:18-5; conf. Mt 4:1-40). Não comeu... nem bebeu (28). Portanto, deve ter sido miraculosamente sustentado. Escreveu nas tábuas (28). O versículo 1 mostra que "Ele" foi quem escreveu.

    >Êx 34:29

    A pele do seu rosto resplandecia (29). Quanto à significação espiritual desta passagem ver 2Co 3:7-47. A glória do Senhor, que havia envolvido Moisés enquanto ele recebia a lei, agora era literalmente refletida de seu rosto, impressionando o povo com a autoridade divina das palavras que seu líder humano lhes transmitia. Uma glória semelhante brilhou não apenas do rosto, mas do corpo inteiro e das roupas do Senhor Jesus, quando Ele foi transfigurado (Mt 17:2), mas Ele preferiu conservar essa glória oculta das multidões. Assim acabou Moisés de falar (33). Esta tradução inverte a significação do heb., que é, "Quando Moisés acabou de falar".


    Dicionário

    Acabar

    verbo transitivo Levar a seu termo, perfazer, concluir, terminar: acabar uma tarefa.
    Estar no fim: no latim o verbo acaba a frase.
    Dar cabo, matar: o trabalho acabou com ele.
    verbo intransitivo Ter fim: aqui acaba a terra.
    Morrer: ele acabou na miséria.
    verbo pronominal Ter fim: acabou-se o que era doce.

    concluir, cessar, descontinuar, interromper, suspender, finalizar, findar, ultimar, terminar, rematar, fechar, intermitir, parar. – Segundo Roq., “acabar representa a ação de chegar ao termo ou fim de uma operação; concluir representa a ação no deixar a coisa completa. Hoje se acaba minha fadiga. Ontem se concluiu o negócio. Como as ações destes dois verbos são em geral inseparáveis, é pouco perceptível sua diferença; para distingui-la, porém, basta buscá-la num exemplo, no qual o que se acaba seja precisamente a ação de outro verbo: Amanhã acabarei de escrever; não acaba de chegar; ao meio-dia acabou de correr; acaba de sair, de chegar, de entrar, etc. Em nenhum destes exemplos se pode usar sem impropriedade do verbo concluir, porque não se trata diretamente de uma coisa finalizada e completa por meio da conclusão, senão puramente de uma ação que cessa, do termo e fim a que chega, não a coisa concluída, mas a operação com que se conclui”. – “Cessar – diz ainda Roq. – é um termo geral, que a toda suspensão de trabalho ou ação pode aplicar-se, sem indicar diferença alguma. Cessa-se por um instante, por muito tempo, para sempre. – Descontinuar é suspender o trabalho, ainda que não seja por muito tempo; é romper a continuação ou seguida do fato com o que fica por fazer”. – Acabar e findar têm muito íntima conexão; devendo notar-se, no entanto, que findar enuncia simples fato em muitos casos em que acabar enuncia ação. Findar é “ter fim”; acabar é, além de “ter fim” – chegar, levar ao fim (ao cabo); e é nesta última acepção, que se distingue de findar. “Acabamos a nossa tarefa” (e não – findamos). Segue-se que em todos os casos em que se aplica findar pode aplicar-se acabar; mas a inversa não seria exata. – Entre findar e finalizar dáse uma diferença análoga. Finalizar enuncia ação, esforço “para chegar ao fim”. “Findou o sofrimento da triste criatura” (e não – finalizou), “Finalizamos o trabalho com muita fortuna” (e não – findamos). – Finalizar, ultimar, terminar, rematar, fechar podem confundir-se. Quem diz ultimar indica a ação de “chegar ao termo de uma coisa deixando supor que se havia começado e que se vai ou pode dar princípio a outra; e, portanto, como que estabelecendo uma certa relação de ordem ou de seguimento entre a coisa que se ultima, o princípio que teve essa coisa, e às vezes alguma outra coisa que se lhe pode seguir”. Dizemos rematar quando queremos exprimir que se “pôs fim ou conclusão a uma coisa com um sinal próprio ou de um modo completo”. Um exemplo: “Quando ouvimos aquela apóstrofe vibrante supusemos que o orador ia ultimar as graves acusações; mas ele continuou no mesmo tom veemente; e parecia terminar ou concluir já mais calmo, quando a um aparte do ministro, rematou a tremenda objurgatória com uma invetiva ultrajante”. – Rematar, portanto, e fechar, neste caso, seriam sinônimos perfeitos se não fosse a nuança assinalada na predicação daquele primeiro verbo: o que se fecha fica “resolvido definitivamente, concluído, ultimado”: o que se remata “tem termo preciso, formal, bem marcado, e até pode ser que solene”. – Terminar é “ir ao termo, 60 Rocha Pombo levar ao termo, ter fim, chegar ao limite”. – Interromper e suspender, como descontinuar, enunciam ação de “cessar, ou deixar de exercer por algum tempo função própria ou alheia”. Descontinua-se quando “se deixa de prosseguir aquilo que é contínuo ou sucessivo”; interrompe-se alguma coisa quando “se lhe corta ou suspende bruscamente a ação ou o modo de ser”; suspende-se alguma coisa quando “se a interrompe por algum tempo e a deixa pendente”. – Intermitir é “suspender ou interromper de momento a momento, cessar de agir, de atuar, ou de se fazer sentir por intervalos”. – Parar significa “cessar, acabar, tratando-se de movimento ou de função”. “Para o relógio quando se lhe acaba a corda”. “Intermite-se a aplicação de um medicamento quando sobrevêm acessos do mal que se combate”.

    perecer, falecer, morrer, fenecer, finar-se, extinguir-se, expirar. – Todos estes verbos significam “chegar ao fim”, quer se trate de duração ou de espaço. – “Acabar – escreve Roq. – significa chegar ao cabo ou fim de uma operação sem indicar a conclusão, e de um modo mui genérico. – Fenecer é chegar ao fim do prazo ou extensão própria da coisa que fenece. – Perecer é chegar ao fim da existência, cessar de todo, e às vezes por desastre ou infortúnio. – Finar- -se exprime propriamente o acabamento progressivo do ser vivente. – Falecer é fazer falta acabando. – Morrer é acabar de viver, perder a vida. Depressa se acaba o dinheiro a quem gasta perdulariamente. Muitas vezes se acaba a vida antes que tenhamos acabado a mocidade. Fenecem as serras nas planícies, e às vezes no mar. – Fenece a vida do homem muitas vezes quando ele menos o espera. Perece, ou há de perecer tudo quanto existe. Quantos têm perecido de fome, de sede, à míngua, nos cárceres, nos suplícios, nos incêndios, nos terremotos, nos naufrágios?! Todos os seres animados finam-se quando, extenuadas as forças, pagam o tributo à lei da morte. Falece o homem quando passa da presente a melhor vida. Morre tudo quanto é vivente; e porque as plantas têm uma espécie de vida, também as plantas morrem. O homem não morre só quando o prazo dos seus dias está cheio, mas morre muitas vezes às mãos de assassinos, de inimigos ou de rivais. Acaba ou fenece a serra, e não perece, nem morre7 , nem se fina, nem falece. Perece um edifício, uma cidade, etc., e não morre, nem se fina, nem falece (nem fenece). Morre o vivente, mas o irracional não falece. Morre, acaba, falece, fina- -se o homem, e por sua desventura também muitas vezes perece. Diz-se mui urbanamente, e por uma espécie de eufemismo, que um homem faleceu quando acabou seus dias naturalmente, do mesmo modo que diziam os latinos vita functus est; mas não se dirá que faleceu aquele que morreu na guerra ou às mãos do algoz”. – Expirar é “render o último alento, dar o último suspiro, acabar de existir no mesmo instante”. – Extinguir- -se significa “fenecer, acabar de ser”; e sugere a ideia do desaparecimento da coisa que se extingue.

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Falar

    verbo regência múltipla Expressar-se através das palavras; dizer: falou mentiras; falou mentiras aos pais; quase nunca falava; não se falavam.
    Dizer a verdade; revelar: o réu se recusava a falar ao juri.
    Exercer influência: a honra deve falar mais alto que o interesse.
    Iniciar um assunto; contar alguma coisa: falavam sobre o filme.
    Figurado Ser expressivo ou compreensível; demonstrar: as ações falam sozinhas; olhos que falam.
    Expressar-se numa outra língua: fala espanhol com perfeição.
    verbo transitivo indireto Falar mal de; criticar: fala sempre da vizinha.
    verbo pronominal Permanecer em contato com alguém: os pais não se falam.
    substantivo masculino Ato de se expressar, de conversar: não ouço o falar do professor.
    [Linguística] Variante de uma língua que depende de sua região; dialeto: o falar mineiro.
    Etimologia (origem da palavra falar). Do latim fabulare.

    Vem do Latim fabulare, que vem de fabula, que quer dizer "rumor, diz-que-diz, conversa familiar, lenda, mito, conto". Atualmente, se usa em Psiquiatria o termo fabulação, significando uma grande produção de palavras com pouco conteúdo. É um sintoma mais comum do que se pensa.

    Moisés

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Posto

    substantivo masculino Lugar que uma pessoa ou coisa ocupa.
    Qualquer lugar ocupado por um corpo de tropas militares.
    Cargo que alguém ocupa ou exerce; função: posto de frentista.
    Mil. Graduação militar: posto de soldado.
    Lugar destinado a atendimento público: posto de saúde; posto telefônico.
    Que se decidiu, acordou, combinou; combinado, decidido: assunto posto.
    conjunção Posto que. Com o sentido de apesar de, ainda que, embora, ainda: o preço da gasolina não aumentou, posto que o país está em crise.
    expressão Posto de comando. Local onde se estabelece um chefe para exercer seu comando.
    Posto meteorológico. Estabelecimento onde há um conjunto de instrumentos destinados às observações meteorológicas em determinado lugar, em geral afastado da estação central.
    Etimologia (origem da palavra posto). Do latim positus, a, um “que se colocou, colocado” e positus, us “posição”.

    Rosto

    substantivo masculino Parte anterior da cabeça, limitada pelos cabelos, orelhas e parte inferior do queixo; cara; face, fisionomia, semblante.
    A parte da medalha oposta ao anverso.
    A primeira página do livro onde estão o título e o nome do autor; frontispício.
    Figurado Aparência, aspecto, expressão, presença.
    Frente, fronte; a parte fronteira de algo em relação ao observador.
    Dar de rosto com, encontrar, enfrentar.
    Rosto a rosto, cara a cara.
    Fazer rosto a, encarar, enfrentar, resistir a, defrontar-se com.
    Lançar (alguma coisa) no rosto de (alguém), acusar, provar-lhe a culpabilidade.
    No rosto de, na presença de.
    Virar (ou voltar) o rosto a (alguma coisa), evitá-la, não ter coragem de enfrentá-la; desprezá-la.
    De rosto, de frente.

    rosto (ô), s. .M 1. Parte anterior da cabeça; cara, face. 2. Aparência, fisionomia, semblante, aspecto, presença. 3. Parte dianteira; frente, fronte. 4. A primeira página do livro, onde está o título e o nome do autor; frontispício.

    Tinha

    Tinha Doença da pele (Lv 13;
    v. NTLH).

    Véu

    substantivo masculino Tecido que serve para cobrir e proteger alguma coisa.
    Pano transparente, em geral de renda, que as mulheres usam para cobrir o rosto, a cabeça, ou ainda como adorno.
    Figurado Aquilo que cobre ou esconde alguma coisa: um véu de fumaça impede a visão.
    Figurado Pretexto de que alguém se serve para esconder uma realidade: sob o véu da amizade.
    [Anatomia] Véu palatino ou do paladar, membrana que separa a boca das fossas nasais, e cuja extremidade póstero-inferior chamada úvula e, vulgarmente, campainha flutua acima da base da língua.

    o véu é, ainda, uma particularidade do vestuário da mulher, no oriente. Rebeca cobriu o rosto quando, pela primeira vez, viu isaque (Gn 24:65). Moisés velou a sua face quando desceu do monte e falou ao povo (Êx 34:33-35), usando, provavelmente, a sua capa para esse fim. Em Rt 3:15 e is 3:22, pode ser que haja referência ao grosseiro véu que cai pelas costas das mulheres beduínas, e de que elas se servem para levar toda espécie de coisas.

    Véu
    1) Pano com que as mulheres cobrem a cabeça e/ou o rosto (Is 3:23)

    2) A cortina que, no tabernáculo e no Templo, separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (Ex 26:33); (Mt 27:51).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 34: 33 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Êxodo 34: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3615
    kâlâh
    כָּלָה
    realizar, cessar, consumir, determinar, acabar, falhar, terminar estar completo, estar
    (and were finished)
    Verbo
    H4533
    maçveh
    מַסְוֶה
    ()
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H854
    ʼêth
    אֵת
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    כָּלָה


    (H3615)
    kâlâh (kaw-law')

    03615 כלה kalah

    uma raiz primitiva; DITAT - 982,983,984; v

    1. realizar, cessar, consumir, determinar, acabar, falhar, terminar estar completo, estar realizado, estar terminado, estar no fim, ser encerrado, ser gasto
      1. (Qal)
        1. estar completo, estar no fim
        2. estar completo, estar terminado
        3. ser realizado, ser cumprido
        4. ser determinado, ser conspirado (mau sentido)
        5. ser gasto, ser usado
        6. desperdiçar, estar exausto, falhar
        7. chegar ao fim, desaparecer, perecer, ser destruído
      2. (Piel)
        1. completar, chegar ao fim, terminar
        2. completar (um período de tempo)
        3. terminar (de fazer algo)
        4. concluir, encerrar
        5. realizar, cumprir, efetuar
        6. realizar, determinar (em pensamento)
        7. colocar um fim em, fazer cessar
        8. fazer falhar, exaurir, usar, gastar
        9. destruir, exterminar
      3. (Pual) estar encerrado, estar terminado, estar completo

    מַסְוֶה


    (H4533)
    maçveh (mas-veh')

    04533 מסוה macveh

    aparentemente procedente de uma raiz não utilizada significando cobrir; DITAT - 1472b; n m

    1. véu

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    אֵת


    (H854)
    ʼêth (ayth)

    0854 את ’eth

    provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

    1. com, próximo a, junto com
      1. com, junto com
      2. com (referindo-se a relacionamento)
      3. próximo (referindo-se a lugar)
      4. com (poss.)
      5. de...com, de (com outra prep)