Enciclopédia de Provérbios 1:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 1: 27

Versão Versículo
ARA em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia.
ARC Vindo como assolação o vosso temor, e vindo a vossa perdição como tormenta, sobrevindo-vos aperto e angústia.
TB quando vos sobrevier o terror como uma tempestade,
HSB בְּבֹ֤א [כשאוה] (כְשׁוֹאָ֨ה ׀) פַּחְדְּכֶ֗ם וְֽ֭אֵידְכֶם כְּסוּפָ֣ה יֶאֱתֶ֑ה בְּבֹ֥א עֲ֝לֵיכֶ֗ם צָרָ֥ה וְצוּקָֽה׃
BKJ quando o vosso temor chegar como desolação, e a vossa destruição vier como um redemoinho de vento; quando a aflição e a angústia vierem sobre vós.
LTT Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como um grande- redemoinho, quando sobre vós chegarem aperto e angústia.
BJ2 Quando vos sobrevier o espanto como tempestade, quando vossa desgraça chegar como um turbilhão, quando caírem sobre vós a angústia e a aflição!
VULG Cum irruerit repentina calamitas, et interitus quasi tempestas ingruerit ; quando venerit super vos tribulatio et angustia :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 1:27

Salmos 58:9 Antes que os espinhos cheguem a aquecer as vossas panelas, serão arrebatados, tanto os verdes como os que estão ardendo, como por um redemoinho.
Salmos 69:22 Torne-se a sua mesa diante dele em laço e, para sua inteira recompensa, em ruína.
Provérbios 3:25 Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier.
Provérbios 10:24 O temor do ímpio virá sobre ele, mas o desejo dos justos Deus o cumprirá.
Isaías 17:13 Bem rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas ele repreendê-las-á, e fugirão para longe; e serão afugentadas como a pragana dos montes diante do vento e como a bola diante do tufão.
Naum 1:3 O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
Lucas 21:23 Mas ai das grávidas e das que criarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira sobre este povo.
Lucas 21:34 E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
Romanos 2:9 tribulação e angústia sobre toda alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
I Tessalonicenses 5:3 Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
Apocalipse 6:15 E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
SEÇÃO I

TRIBUTO À SABEDORIA
Provérbios 1:1-9.18

O livro de Provérbios é um livro para todas as idades. O povo de Israel o estimava como parte da sua herança religiosa. O povo da dispensação do Novo Testamento o tem amado como parte da mensagem de Deus para os seus filhos. Os autores do Novo Testa mento foram influenciados por esse livro (cf. 3.7 e Rm 12:16-3:11-12 e Hb 12:5-6; 3.34 e Tg 4:6-1 Pe 5.5). Encontramos ecos dele nos ensinos de Jesus (cf. 14.11 e Mt 7:24-27; 25:6-7 e Lc 14:7-11; 27.1 e Lc 12:13-21). A palavra hebraica para "provérbio" (mashal) é melhor traduzida no grego por "parábola" (parabole). O método de parábolas tão caracte-rístico em Provérbios é uma técnica que Jesus usou com freqüência no seu ensino.

A. TÍTULO E PROPÓSITO, 1:1-6

Quando o povo hebreu pensava na lei, a sua mente se voltava imediatamente para Moisés. Quando se expressavam em cânticos, usavam as composições de Davi. E quando traziam à memória os seus ditados e provérbios, pensavam em Salomão.

1. O Significado do Título (1,1)

O versículo 1 provavelmente nos dá o título editorial para todo o livro como também a chamada para a primeira seção dele. Essa designação não significa que todo o conteúdo do livro se originou com Salomão, mas reconhece-o como o autor das partes principais de Provérbios e também dá a ele o tributo omo o sábio inigualável de Israel. Veja a discus-são mais abrangente acerca da autoria de Provérbios na 1ntrodução.
Acerca do significado de Provérbios (mashal) veja a Introdução. A expressão fi-lho de Davi reafirma explicitamente a linhagem de Salomão (1 Rs 11.12). Mathew Henry diz acerca dessa afirmação: "Cristo é com freqüência chamado de Filho de Davi, e Salomão era um tipo dele no fato, como também em outros, de que ele abria a sua boca em parábolas ou provérbios".1

2. O Propósito do Livro (1:2-6)

Muito do que está em Provérbios tem aplicação universal. O seu propósito fundamen-tal, no entanto, é religioso. Salomão tentou fazer mais do que compartilhar o seu conheci-mento; ele se esforçou em mostrar a Israel o caminho da santidade. As quatro palavras para aprender a sabedoria nos dão o cerne do propósito do livro inteiro. Edgar Jones diz que o termo hebraico aprender (conhecer) "traz o sentido de um encontro e comunhão pessoais que vão além de mera curiosidade intelectual. [...I O propósito do livro é conquis-tar a submissão dos jovens à lei moral de Deus. Além de curiosidade, há compromisso".2

Provérbios é direcionado em primeiro lugar aos jovens (4) e aos inexperientes, mas serve também para todas as idades e estágios da vida. Até o sábio — a pessoa mais idosa e experiente — pode adquirir habilidade (5). A palavra hebraica para simples (4) "de-signa o oposto do homem moral. Não significa um simplório no nosso sentido do termo, mas um pecador, um mau caráter. Provérbios tem uma mensagem de moralidade para os ímpios".3 Essa mensagem, no entanto, é expressa de forma um tanto indireta por meio de enigmas (6; a ARC antiga traz "adivinhações"), ou outras formas proverbiais que exigem algum tipo de interpretação, em vez do método mais direto e franco das declara-ções proféticas dos profetas de Israel.

B. O TEMA PRINCIPAL, 1.7

Depois da declaração de propósito extraordinariamente clara (1:2-6), o autor expressa no versículo 7 o tema principal de Provérbios e o princípio fundamental da religião revelada. Este é o versículo-chave e contém a palavra-chave de todo o livro — sabedoria. O temor do SENHOR é uma expressão comum nas Escrituras, especialmente em Salmos e Provérbios. Esse temor não é o medo subserviente do castigo, mas o temor que se expressa em reverência e admiração. É "um temor reverente e adorador" (AT Amplificado). Rylaarsdam diz: "Temer a Deus não é ter medo dele, mas colocar-se diante dele em admiração, visto que o significado de tudo e o destino de todas as pessoas são determinados por aquilo que Deus é e faz".4

Acerca de uma expressão semelhante em Salmos 111:10, Davies diz: "O temor do Se-nhor nas Escrituras não significa somente aquela paixão piedosa ou a reverência filial ao nosso adorável Pai que está no céu, mas com freqüência se transforma em religião prática [...1 implica todas as graças e todas as virtudes do cristianismo; em resumo, toda aquela santidade de coração e de vida que é necessária para se desfrutar da felicidade eterna".'

A palavra SENHOR é significativa nesse versículo-chave. É o termo usado na tradu-ção portuguesa do nome hebraico de Deus que foi revelado ao povo de Israel (És x 3:13-15). Esse nome era constituído de quatro consoantes, YHWH, e provavelmente se pronuncia-va Yahweh (Javé). Esse foi o Deus que havia se revelado ao seu povo Israel e lhe tinha dado um sentido especial de destino entre as nações da terra.

O princípio, "ponto de começo" ou "parte principal", sugere mais do que uma posi-ção cronológica. E a "parte principal e mais importante do conhecimento — isto é, o seu ponto de partida e a sua essência" (AT Amplificado). Kidner diz: "O princípio (isto é, o princípio primeiro e controlador, e não um estágio que uma pessoa deixa para trás; cf. Ec 12:13), não é meramente um método de pensamento correto, mas um relacionamento correto; é a submissão (temor) adoradora ao Deus da aliança que se revelou".6

Os loucos desprezam a sabedoria. Esses loucos são os que rejeitam as orienta-ções divinas para a vida e trilham o caminho da impiedade. O seu caminhar obstinado é contrário ao caminhar do homem de sabedoria e de bondade. O louco, no sentido usado em Provérbios, não é meramente um sujeito simplório. "Os loucos zombam do pecado" (Pv 14:9). O louco é espiritualmente rebelde, indiferente aos conselhos divinos e que rejeita o temor do Senhor.' Jesus retratou esse tipo de pessoa quando chamou de louco o homem que não observava os seus ensinos (Mt 7:26-27).

Nesse versículo-chave podemos ver: "As Exigências de Deus para uma Vida Santa". É necessário haver:

1) o relacionamento correto com Deus — o temor do Senhor;
2) o discipulado contínuo — o princípio da ciência (sabedoria) ; e

3) o respeito pelas orien-tações divinas — somente loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Precisa haver a iniciação da nossa caminhada com Deus, a continuação da comunhão redentora e a aplicação dos nossos corações à disciplina da instrução divina.

C. ADVERTÊNCIAS CONTRA A VIOLÊNCIA, 1:8-19

  1. O Caminho da Sabedoria (1:8-9)

O homem sábio prossegue então para a aplicação prática da sabedoria à área da ten-tação e do comportamento. Ele insta o jovem a ser obediente a Deus e a respeitar os seus pais. Nessa forma de proceder, os jovens vão encontrar a melhor proteção contra o mal. Esse caminho — embora não tão atraente e fascinante quanto as seduções do pecado — é o seu melhor caminho na vida. Filho meu (8) é um termo carinhoso usado pelo mestre para com o seu pupilo e é usado com freqüência em Provérbios. Ouve pode ser melhor traduzido por "obedece" ou "guarda" (Berkeley). A instrução (treinamento ou disciplina) do teu pai sugere o lugar principal e central do pai no lar judaico (Êx 12:26-28; Dt 6:6-7). Mas o autor acrescenta: e não deixes ou: "não rejeites" (RSV) a doutrina, "os ensinos" (Berkeley) ou "orientações" (Moffatt), da tua mãe. Esses ensinos também eram significativos e não eram considerados inferiores aos do pai. Nenhum livro da Bíblia se iguala a Provérbios na ênfase ao amor e ao respeito pela mãe. Os pais são os primeiros mestres da religião, e as crianças hebréias aprendiam os primeiros passos da sabedoria com os seus pais.

A observância das instruções dos pais não ficaria sem sua recompensa. Essa condu-ta ornamentaria a vida do jovem com honra. Ele teria um diadema de graça (9; "uma grinalda graciosa", Moffatt) sobre a sua cabeça e colares ("enfeites", Berkeley) para o seu pescoço. É uma referência a adornos usados por reis (Gn 41:42; Dn 5:29).

  1. O Caminho dos Pecadores (1:10-19)

Podemos intitular essa passagem: "Não Ceda às Tentações". Nela vemos que:

1) O pecado é sedutor. O malfeitor ou escroque diz: Vem conosco (11). Aqui está um apelo à necessidade que o homem tem de pertencer — "Venha pertencer à nossa gangue". Além disso, o bandido promete abundância material (13-14) — um apelo ao desejo que o homem tem de possuir.

2) O mal é agressivo. É um agressor que não poupa a ninguém. É tão cruel quanto a morte. Traguemo-los vivos, como a sepul-tura (12).

3) O mal é atormentador. É doloroso para os outros. Os pés do malfeitor se apressam a derramar sangue (16). O mal também faz armadilha e destrói o pró-prio pecador (17-19). "Até mesmo um inocente pássaro é esperto o suficiente para não se aproximar de uma armadilha quando vê que ela está sendo colocada; mas esses pecadores preparam uma armadilha e eles mesmos caem nela".9 Aquele que se entrega à cobiça (19) descobre que o pecado sempre age como um bumerangue. Séculos mais tarde Jesus perguntou: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mt 16:26).

  1. ADVERTÊNCIAS CONTRA NEGLIGENCIAR A SABEDORIA, 1:20-33

Neste texto a sabédoria é personificada pela primeira de muitas vezes no livro de Provérbios. A sabedoria é retratada no papel de um profeta de Deus com uma mensa-gem urgente, que é proclamada pelas ruas (20), no meio dos tumultos [...] às entra-das das portas (21). Aqui onde estão "as encruzilhadas das vidas das pessoas" a sabe-doria faz o seu apelo fervoroso. No versículo 22 ela usa três termos para descrever os que rejeitam a revelação divina. São os néscios (moralmente neutros), os escarnecedores (que desafiam) e os loucos (espiritualmente obstinados).

Convertei-vos (23) é um chamado profético ao arrependimento (cf. Jr 3:12-14,22; 4.1). Rejeitar esse chamado é algo trágico. Para os que o fazem, a sabedoria diz: também eu me rirei na vossa perdição (26). Estas palavras, diz Kidner, "não são uma expres-são de dureza de coração pessoal, mas da absurdidade de escolher a loucura, a completa vindicação da sabedoria e a conveniência incontestável da calamidade".1°

O juízo que virá sobre os que rejeitam a Deus será tão repentino como tormenta (27). Essa calamidade será o fruto do seu caminho (31). Eles vão colher o que semea-ram (cf. Gl 6:7-8). O desvio (32; "recaída", AT Amplificado; ou "desobediência", Berkeley) dos simples e a prosperidade (ou "o ócio despreocupado", Berkeley) dos loucos será a destruição deles. Os que confiam na sabedoria, no entanto, não precisam temer as calamidades e os desastres que vêm como conseqüências da loucura pecaminosa (33).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 20 até o 33

A Sabedoria, Personificada como Mulher, Adverte os Homens para que Não a Negligenciem (Pv 1.20-33)

Pv 1:20

Grita na rua a sabedoria. Como é natural, os homens são atraídos pelas mulheres, e o poeta chama nossa atenção ao falar sobre uma mulher realmente superior, a Sabedoria. Ela tem uma mensagem a comunicar, embora não seja algo que os homens gostem de ouvir. Conforme esta personificação com Pro. 3:15-19; 8.1-36; 9.1-6; Eclesiástico 1:1-10 e 24.1-34. Essa mulher percorre as ruas, clamando em alta voz. Ela atrai bastante atenção, mas poucos ouvem suas palavras, a ponto de modificar o curso da vida. O livro de Provérbios, em toda a Bíblia, é o que mais eleva a posição da mulher na sociedade. Portanto, foi apenas natural que o autor do livro tivesse apresentado essa figura simbólica. Essa figura tem sido cristianizada, para que Cristo apareça a falar, mas um judeu não teria apresentado o Messias sob a figura de uma mulher.

Os homens acham-se nas apinhadas e barulhentas ruas, no lugar espaçoso que conduz à destruição. A corajosa Sra. Sabedoria caminha pelas ruas para cima e para baixo, conforme Jonas fez em Nínive. Ninguém a detém, mas também ninguém lhe dá atenção.
Sabedoria, A palavra hebraica aqui usada não é exatamente a mesma do vs. Pv 1:3. A palavra é hokhmoth, encontrada aqui e em Pv 9:1; Pv 14:1; Pv 24:7 e Sl 49:4. Essa palavra hebraica provavelmente é a forma plural de hokhmah (Pv 1:2), e não um substantivo abstrato separado. Provavelmente tenciona apontar para as multiformes excelências da sabedoria. A sabedoria, nos capítulos Pv 1:1, Pv 8:1 e Pv 9:1 dc livro de Provérbios, corresponde ao que esperaríamos que o Messias fizesse, de modo que aiguns cristãos, desde os tempos mais remotos do cristianismo, têm visto aqui profecias sobre Cristo. Ver 1Co 1:24,1Co 1:30, onde se lê que Cristo foi feito nossa Sabedoria. Nele se encontram os tesouros da sabedoria de Ceus (ver Cci. Pv 2:3). Parece melhor, entretanto, entender tal interpretação como uma aplicação das passagens em questão, em vez de fazer delas passagens proféticas.

Seja como for, a Sra. Sabedoria leva a sua mensagem às ruas, scb formato evangelístico. Ela não espera que os discípulos venham à sua casa ou esccla. Os mestres gregos, como Sócrates, levavam sua mensagem aos mercados, mas certamente esse não era o método usado pelos hebreus em seu ensino. Contudo, o evangelista Jonas foi pregar nas ruas de Nínlve. Os nimvitas deram ouvidos a Jonas; e foi assim que o império assírio perdurou mais cem anos. em vez de desaparecer nos dias de Jonas.
“A voz da Sabedoria se opõe à linguagem sedutora dos ímpios, vss. Pv 1:10-13 ; 9.1-6, a Sabedoria usa o método evangelístico de apelo às multidões, um método bastante diferente de aconselhar estudantes individuais" (Charles Fritsch, in loc.). “A sabedoria não podia aguentar ver pecadores precipitando-se loucamente para sua condenação. Conforme o choro de Cristo sobre Jerusalém, em Lc 19:41, e ver Rm 9:2 ss. e Fm 1:3

Até quando, ó néscios... e vós, escarnecedores... e vós, loucos... ? O Trio. Vários tipos de homens podem errar de diversas maneiras, e a Sra. Sabedoria nos dá alguma idéia sobre isso com uma tríplice referência, conforme se vê abaixo:

1. Néscios, amareis a necedade. Esta frase fala da classe inteira de homens espiritualmente não-instruídos, jovens ou velhos, que pouco sabem sobre o temor do Senhor e não põem em prática esse temor na vida diária. Ver no vs. Pv 1:7: “os loucos” desprezam a sabedoria e o ensino. As notas expositivas sobre a segunda parte do versículo aplicam-se diretamente aqui, embora diferentes palavras hebraicas tenham sido usadas. Aqui, a palavra traduzida como “néscios" é o vocábulo hebraico pethi, que fala de pessoas inexperientes, principiantes, aprendizes. Tais homens amam a imaturidade. São perpétuos adolescentes espirituais.

2. Escarnecedores. No hebraico temos o vocábulo leç, que fala sobre os desprezadores, os arrogantes, que voltam as costas para o bem. Eles se deleitam em sua arrogância e zombaria, e não na lei mosaica.

3. Loucos. No hebraico, kesil, o indivíduo embotado, a quem falta sensibilidade espiritual, o homem dotado de pele grossa, que coisa alguma consegue penetrar, a quem a verdade espiritual não toca. Ele abomina o conhecimento, porque este perturba em demasia sua vida.

Outras palavras, no livro de Provérbios, para indicar os “insensatos", são: 'em/, a pessoa de casca grossa, embotada; e nabhal, o insensato sem vergonha, que é uma pessoa desprezadora e grosseira, destituída de discernimento espiritual e intelectual. Ver Pv 17:7,Pv 17:21; Pv 30:22.

Pv 1:23

Repreensão. Ou seja, os ensinos que repreendem o mal e, ao mesmo tempo, apontam para o que é bom. “Admoestação, exortação, tingidas com a imputa-ção de culpa” (Toy, in loc.).

Atentai para a minha repreensão. Temos aqui outro trio de palavras, mediante as quais a Sabedoria admoesta os insensatos, fazendo-lhes promessas.

1. Atentai, ou seja, ouvi a reprimenda, agindo de modo a reverter a insensatez e a rebelião. Isso significa obedecer à lei mosaica, com suas muitas demandas. O arrependimento e a conversão, de acordo com o Antigo Testamento, são atos que põem um homem em linha com a lei, e o levam a deixar para trás as coisas contrárias à lei.

2. Eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito. O homem que se "volve" e se arrepende recebe a unçãc do Espírito (se é que o pensamento dos hebreus já havia atingido essa teologia personalizada), ou uma influência grandiosa e bendita é enviada da presença de Deus. Alguns intérpretes dizem aqui “mente" ou “intenção”, e a Revised Standard Version diz “pensamentos". Conforme Jl 2:28; Jo 7:38,Jo 7:39 e At 2:17, quanto à crescente teologia do espírito, que veio a tornar-se do Espírito.

3. E vos farei saber as minhas palavras. O indivíduo arrependido, ao receber a influência divina, virá a conhecer a Palavra divina de modo mais significativo; tornar-se-á erudito na lei e terá coragem de ser-lhe obediente. Conforme Sl 25:14; Jo 7:17.

“Se ouvirdes a minha palavra, tereis ampla instrução" (Adam Clarke, in loc.). Este versículo tem sido cristianizado, fazendo da Sabedoria, neste passo, a Palavra de Cristo, e de suas palavras os ensinos do evangelho.

Pv 1:24
Mas, porque clamei, e vós recusastes. A exortação da Sra. Sabedoria foi clara, perfeitamente compreensível e urgente, mas os homens ignoraram continuamente essa exortação e seguiram seus próprios caminhos, que contradizem os caminhos da lei de Moisés. O convite da Sabedoria foi feito com sinceridade, mas foi repelido, pelo que temes uma cortante denúncia dos insensatos (vs. Pv 1:22). Tai denúncia é o que vemos nos vss, 26 ss. Os vss. Pv 1:24-25. Ver também Jr 6:19 e Mq 7:13.

Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma.

(Sl 106:15)

Eles comeram os frutos amargos de seus próprios desejos perversos, que lhes afligiam a vida. As pragas sofridas pelos homens são excrescências de sua própria perversidade. Conforme 4:8 e Pv 14:14:

O infiel de coração dos seus próprios caminhos se farta.

Pv 1:32

Os néscios são mortos por seu desvio. A Sra. Sabedoria nos leva de volta à palavra usada no vs. Pv 1:22, néscios. No hebraico, a palavra é pethi, que aponta para os espiritualmente inexperientes, que se recusam a crescer aprendendo a sabedoria. O homem espiritualmente imaturo torna-se maduro no pecado. Ele se desvia da sabedoria da lei, e isso lhe é fatal. Sua própria escolha o leva à morte prematura. Ele cultiva uma vida curta e morre imaturamente, algo tremendamente temido pela mente dos hebreus. Além disso, a palavra hebraica kesil é novamente usada, indicando alguém embotado espiritualmente, que se tornara um pecador agudo. A Revised Standard Version tem aqui “complacência”, em lugar de “prosperidade”. Essa é uma tradução melhor, porquanto a palavra hebraica shalvah significa, basicamente, “segurança”, “quietude”, e também pode ter a idéia de “prosperidade". Nesse caso, talvez se refira ao vs. Pv 1:13, indicando todas as riquezas que indivíduos ímpios obtêm através do furto e do assassinato. Assim sendo, ou a complacência deles, ou sua prosperidade, voltava-se contra eles como serpentes, para matá-los. Conforme Jr 2:19. A tendência para o desvio tornara-se fatal, pois os conduzira à vereda cujo fim é a destruição. Em um estado de "segurança imaginária”, de súbito encontraram a morte.

Pv 1:33

Mas o que me der ouvidos habitará seguro. A Sra, Sabedoria volta-se agora para aqueles que lhe dão ouvidos, ou seja, os alunos aplicados, prometen-do-lhes segurança e quietude em meio às tribulações. Eles habitarão em lazer (em paz) e sem sustos, ao contrário dos pecadores. O homem que habitar em segurança não sofrerá nenhuma das calamidades ameaçadas contra outras pessoas. Tal homem terá paz interior e segurança, em contraste com os perigos e as calamidades dos ímpios (vs. Pv 1:27). Conforme o vs. 37 quanto a declarações e promessas similares. Ver também Sl 112:7:

Não se atemoriza de más notícias: o seu coração é firme,
confiante no Senhor.
Dar ouvidos
significa acolher favoravelmente a instrução quanto à lei mosaica e mostrar-se obediente. Esse era o padrão de toda a sabedoria dos hebreus. Era a lei que tornava Israel um povo distinto (ver Deu. 4:4-8). A lei era o guia dos hebreus (ver Dt 6:4 ss.). Ver Sl 1:2 quanto a um sumário do que a lei de Moisés significava para Israel. Eles viveríam livres de temor, “temporal, mental, espiritual e eternamente (ver Is 26:3; Is 33:15,Is 33:16; Jr 23:6; Dt 33:12,Dt 33:28” (Fausset, in loc.).


Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 1 versículo 27
Conforme Dt 28:15,Dt 28:63.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
* 1.1 Provérbios.

A palavra hebraica correspondente a "provérbios" tem uma série de significados, mas usualmente é aplicada a um aforismo ou máxima, dentro de um contexto de sabedoria. O prólogo (1.1-7) aplica-se ao livro inteiro e à variedade de ditos de sabedoria que ele contém, todas elas classificadas genericamente como "provérbios".

Salomão.

Embora Salomão tenha escrito muitos provérbios (1Rs 4:32), as palavras de outros sábios que não eram de Salomão estão aparentemente incluídas sob esse título (p.ex., Agur, 30.1; e Lemuel, 31.1). Até mesmo nos materiais atribuídos a Salomão, algo que não foi de uma autoria direta pode ter sido incluído. As raízes das tradições proverbiais na experiência popular tornam improvável que Salomão tenha sido o originador exclusivo de todos os provérbios que ele deixou registrados por escrito (Introdução: Autor).

* 1:2-4

Temos aqui uma referência explícita ao propósito que há por detrás desta coletânea, a qual sugere alguma espécie de uso educacional que estava sendo feito de tal material, embora não seja forte a evidência a favor da existência de escolas de sabedoria em Israel.

* 1:2

a sabedoria. O propósito do livro de Provérbios é guiar o leitor à sabedoria, um vocábulo com muitas nuances. Está relacionado ao intelecto e ao controle do comportamento humano. Essa é uma maneira de pensar sobre a realidade que capacita alguém a seguir o que é bom na vida. Através da sabedoria, Deus revela quais são os valores da vida e como podem ser alcançados.

o ensino. Esta palavra sugere a disciplina moral e intelectual. Com freqüência indica o aprendizado da sabedoria.

palavras de inteligência. Ou seja, discernimento, a capacidade de ler entre as linhas e fazer distinções corretas.

* 1:3

a justiça, o juízo, e a eqüidade. Esses termos podem ser usados em contextos religiosos e éticos, bem como nos negócios temporais. Às vezes, a sabedoria bíblica parece envolver-se em questões deste mundo, mas sempre o faz dentro do arcabouço do desígnio divino para a ordem criada.

* 1:4

prudência. Ou seja, a perspicácia.

aos simples. Essas palavras têm como paralelo, no mesmo versículo, "aos jovens". Refere-se a algum jovem sem tutores e inexperiente, e não àqueles destituídos de capacidades intelectuais. A sabedoria é uma questão de piedade prática.

bom siso.

Essa palavra sugere tomar decisões corretas com entendimento.

* 1:5

cresça em prudência. A sabedoria estava institucionalizada na cultura antiga na qual os sábios convocavam as pessoas para aumentar a sabedoria deles. Sucessivas gerações deveriam aprender das gerações anteriores (v. 8). Note a típica estrutura paralela deste versículo na qual frases quase sinônimas são reunidas.

habilidade. A palavra hebraica, usada somente nos livros de Provérbios e de Jó, significa guiar, orientar ou dirigir. Ela torna clara a importância dos corretos pensamentos e a experiência na tomada de decisões.

* 1:6

Esses diferentes termos podem ser usados como sinônimos, como em Hc 2:6, mas é provável que aqui sejam formas distintas de ditos de sabedoria, tendo como característica comum um enigma que desafia o intelecto (1.1, nota).

parábolas. As parábolas de Jesus são um tanto diferentes daquilo que se vê no livro de Provérbios, embora exibam a influência da literatura de sabedoria. Temos aqui, provavelmente, um amplo mas identificável tipo de literatura de sabedoria. A palavra é usada para a indicação do enigma de Sansão (Jz 14:12-19), de uma alegoria (Ez 17:2) e das declarações usadas para testar a Salomão (1Rs 10:1).

* 1:7

O temor do SENHOR. Essa idéia é o princípio controlador de Provérbios, e é uma antiga e decisiva contribuição israelita para a inquirição humana pelo conhecimento e pelo entendimento. O temor do Senhor é a única base do verdadeiro conhecimento. Esse "temor" não consiste em um terror desconfiado de Deus, mas antes, é o respeito e a adoração reverentes como resposta de fé ao Deus que se revela como Criador, Salvador e Juiz.

Embora o relacionamento pactual de Israel com Deus receba pouca atenção em Provérbios, é significativo o uso do nome divino associado mais de perto com a aliança, o SENHOR (no hebraico, Yahweh, Êx 3:15; 6:3 e notas). Isso indica que a aliança redentora de Deus com seu povo e a revelação especial que a acompanha são fundamentais para a verdadeira sabedoria. No livro de Deuteronômio, "temor do Senhor" significa viver segundo as estipulações da aliança, em grata resposta à graça remidora de Deus (Dt 6:2,24). Mais tarde, o templo erigido por Salomão tornou-se a expressão visível do relacionamento pactual de Israel com o Senhor, o que, novamente, é descrito como o "temor do Senhor" (1Rs 8:40,43). Há um elo importante através de Salomão e do templo entre a sabedoria e a teologia da aliança, encontrada em outras partes no Antigo Testamento.

é o princípio do saber. Ver também 2:4-6; 9.10; 15.33; 28:28; Sl 111:10. O hebraico aponta ou para o ponto inicial do conhecimento, ou para o seu princípio básico e normativo. Esta última possibilidade está em foco aqui. Enquanto que, em sua graça comum, Deus capacita os incrédulos a saberem muito sobre o mundo, somente o temor do Senhor capacita o indivíduo a saber o que alguma coisa significa, em última análise. Dependendo desse entendimento, a sabedoria persegue a tarefa de refletir na experiência humana. Ver "A Sabedoria e a Vontade de Deus", em Dn 2:20.

* 1:8-9

A forma de instrução da literatura de sabedoria, no antigo Oriente Médio, tipicamente começa com uma chamada para que se preste atenção. Pai e mãe estavam ambos envolvidos na instrução do lar.

* 1:8

o ensino. Ver a nota em 3.1.

* 1:9

diadema de graça... colares. Essas metáforas retratam o efeito da sabedoria para embelezar a vida do indivíduo.

* 1.10-19

Esses versículos compõem outra unidade na forma da instrução. É possível que essa forma tenha sido um instrumento de ensino na educação mais formal, aquela efetuada fora do lar, no qual os sábios ensinavam os seus alunos. As cláusulas condicionais, ou frases com um "se" (vs. 10, 11), indicam as situações às quais se aplicam essa sabedoria. A ordem do v. 15 é apoiada pelas razões dadas nos vs. 16-19.

* 1:12

o abismo. O reino da morte é descrito aqui como pronto para tragar as suas vítimas. Em outros lugares, esse termo poético denota uma dimensão onde a corrupção é o pai, e o verme é a mãe (17:13,14), um domínio dotado de portas (Is 38:10). Trata-se da terra de onde não há retorno (7:9), do silêncio (Sl 94:17), das trevas (Sl 143:3) e do esquecimento (Sl 88:11,12). Ver 9.18, nota; Is 14:9-11, nota).

* 1:13

bens preciosos. O livro de Provérbios não proíbe e nem desencoraja as riquezas — somente o uso do mal para obtê-las. Entretanto, a riqueza final é a própria sabedoria (2.4; 3:13-16; 28:12-19).

* 1:15

Filho meu. Depois de uma extensa oração condicional (vs. 10-14), é repetida a conclamação que reforça a ordem de se evitar más pessoas.

* 1:16 Este versículo é quase idêntico a Is 59:7, sendo parcialmente citado em Rm 3:15.

* 1:17

debalde... ave. Esta declaração é introduzida para fortalecer as razões do conselho do autor. O seu significado aparente é que até uma ave evitará uma armadilha, uma vez que tome conhecimento dela. Aqueles que estão sendo tentados deveriam fazer a mesma coisa.

* 1:19 Tal insensatez é contrária à verdadeira ordem do mundo que, embora caído, continua sob o governo soberano de Deus. Essa expressão de inevitável retribuição está alicerçada sobre a ordem observável das causas e conseqüências. Aparentes interrupções desse padrão levaram outros escritores bíblicos a voltar a sua atenção para os problemas dos ímpios prósperos e para os sofrimentos dos justos (Jó; Sl 73).

*

1:20 A sabedoria é retratada como se fosse um pregador ao ar-livre, similar ao conclamador de Is 55. Personificada como se fosse uma mulher, a sabedoria convida os símplices a se arrependerem de sua insensatez e a buscarem a sabedoria, antes que se torne tarde demais. Personificações da sabedoria também podem ser encontradas em 3:14-18; 8:1-36 e 9:1-12.

* 1:21

portas. O portão da cidade era o fórum público de conselho e julgamento (Dt 22:15; 25:7; Rt 4:1,11; 2Sm 19:8). Esse é o local apropriado para a figura da sabedoria chamar as pessoas a dar atenção aos seus conselhos.

* 1:22

ó néscios. Ver a referência bíblica; também o v. 4 e nota. Houve um certo desenvolvimento no pensamento. Em questão não está meramente a obtenção de mais discernimento, mas uma escolha deliberada entre dois caminhos. A sabedoria e a insensatez, a retidão e a iniqüidade, aparecem em constante oposição em Provérbios como as duas únicas opções na vida (conforme Mt 7:24-27).

escarnecedores. O significado preciso dessa palavra, usada principalmente em Provérbios, é difícil de determinar. O escarnecedor, ou zombador, é uma pessoa que resiste à disciplina dos sábios (9.7,8; 13 1:14-6; 21.11).

loucos. Pessoas embotadas, a quem não se pode ensinar.

o conhecimento. Ver 1.7. Na literatura de sabedoria, o "conhecimento" é, com freqüência, um sinônimo para a sabedoria.

* 1:23

o meu espírito. O livro de Provérbios reconhece a sabedoria tanto como uma dádiva divina quanto como uma tarefa humana. O primeiro desses aspectos é visto em 1.7, onde o temor do Senhor cresce da graça de Deus na redenção. A redenção envolve uma renovação da mente, bem como a regeneração da alma (Rm 12:1,2; 13 1:18-13.2.6'>1Cr 1:18—2.6).

* 1:24

vós recusastes. A rejeição ao evangelho da sabedoria tem seus paralelos na rejeição da graça de Deus, por parte de Israel.

* 1:25

o meu conselho. Aqui a sabedoria fala com toda a autoridade. Sendo o conselho de Deus, seu conselho e orientação não estão abertos a debate (2.6; 8.14).

* 1:28

eu não responderei. A verdadeira sabedoria é um aspecto da graça salvadora de Deus, e pode-se chegar a um ponto sem retorno, para aqueles que a rejeitem. Essa verdade reforça a urgência da mensagem. Ninguém pode esperar o favor de Deus ao mesmo tempo em que despreza as dádivas que ele oferece (Dt 1:45; 1Sm 28:6; Sl 18:41).

* 1:29

o conhecimento. Essa palavra é um sinônimo para a sabedoria, e é explicada aqui pela frase paralela que a acompanha, "o temor do Senhor". A sabedoria desce do alto (Tg 3:17), como uma dádiva divina na revelação redentora. Isso é verdade mesmo que ela deva ser desejada e que devamos nos esforçar para obtê-la (2.4-6; Hb 5:7,8; Tg 1:5).

* 1:31

fruto. A relação entre feitos e resultados é observável na relação natural entre causa e efeito. A figura aqui não é de prazer após uma refeição completa, mas o desgosto por ter comido muito.

* 1:32

desvio. Indiferença ou negligência voluntária.

aos loucos a sua impressão de bem-estar. Temos aqui uma alusão à ignorante auto-satisfação dos que se não deixam ensinar voluntariamente, que não vêem necessidade de aprender qualquer coisa da parte de alguém.

*

1:33 Este versículo faz contraste direto com o v. 32. A sabedoria traz vida e segurança. Rejeitar a sabedoria é rejeitar tudo quanto promove a vida.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
1:1 Enquanto o livro dos Salmos é para uma vida devocional, o de Provérbios é para a vida diária. Provérbios dá sugestões práticas para uma vida eficaz. Este livro não só é uma coleção de ditos caseiros, contém conselhos espirituais profundos extraídos da experiência. Um provérbio é uma frase curta e sábia, fácil de aprender e chama uma pessoa a atuar. Não argumenta sobre critérios espirituais nem morais básicos, supõe que já os temos. O livro de Provérbios se enfoca em Deus (caráter, obras e bênções) e nos diz como viver em relação íntima com O.

1:1 Salomão, o terceiro rei do Israel, filho do grande rei Davi, reinou durante a época de ouro do Israel. Quando Deus lhe disse que lhe concederia algo que desejasse, pediu um coração entendido (1Rs 3:5-14). A Deus agradou esta petição e não só lhe deu sabedoria, mas também grandes riquezas, poder e uma era de paz. Salomão construiu o glorioso templo de Jerusalém (2 Rsseis
6) e escreveu a maior parte do livro de Provérbios. Seu perfil se encontra em 2 Rsseis 4.

1:6 "Ditos profundos" são os que deixam interrogantes.

1:7 Um dos tipos de indivíduos mais molestos é o sabichão, alguém que tem uma opinião dogmática a respeito de tudo, fechado a qualquer novidade, irrita-se com a disciplina e se nega a aprender. Salomão chama insensato a esta classe de indivíduo. Não seja um sabichão. Em troca, seja receptivo ao conselho de outros, sobre tudo aos que o conhecem bem e que lhe podem dar conselhos valiosos. Consiga aprender de outros. Recorde, só Deus sabe tudo.

1.7-9 Nesta era de informação, o conhecimento é abundante, mas há falta de sabedoria. Sabedoria significa muito mais que simplesmente saber muito. É uma atitude básica que influi em cada aspecto da vida. O fundamento da sabedoria é temer a Deus: honrá-lo e respeitá-lo, viver maravilhados por seu poder e obedecer sua Palavra. A fé em Deus deve ser a base para sua compreensão do mundo, suas atitudes e suas ações. Confie em Deus e O fará profundamente sábio.

1:8 Nossas ações falam mais alto que nossas palavras. Isto é especialmente certo em casa. Os meninos aprendem valores, moral e prioridades ao observar todos os dias como atuam e reagem seus pais. Se estes mostrarem uma profunda reverência e dependência em Deus, os meninos captarão essas atitudes. lhes permita que vejam sua reverência Por Deus. lhes ensine a viver com retidão ao lhe dar à adoração um lugar importante em sua família e ao ler a Bíblia juntos.

1.10-19 O pecado atrai porque oferece uma via rápida para a prosperidade e nos faz sentir como se fôssemos um da multidão. Quando nos deixamos levar por outros e nos negamos a escutar a verdade, nossos apetites se voltam em amos e faremos algo para satisfazê-los. Mas o pecado, embora é atrativo, é mortal. Devemos aprender a escolher, não em apóie a uma aparência deslumbrante ou de um prazer a curto prazo, a não ser de acordo aos efeitos a longo prazo. Às vezes isto significa evitar a quem quer nos incitar a realizar atividades que sabemos que são más. Não podemos ser amigos do pecado sem esperar que se afete nossa vida.

1:19 Dar-se à cobiça é uma das armadilhas seguras de Satanás. Começa quando planta a sugestão de que não podemos viver sem certa posse ou mais dinheiro. Logo esse desejo aviva seu próprio fogo até converter-se em uma obsessão que o consome tudo. lhe peça a Deus sabedoria para reconhecer qualquer desejo ambicioso antes de que o destrua. Deus lhe ajudará a superá-lo.

1:20 A ilustração da sabedoria clamando nas ruas é uma personificação, uma figura literária para fazer que a sabedoria cobre vida para nós. A sabedoria não é um ser isolado, é a mente de Deus revelada. Ao ler sobre o ministério terrestre do Jesucristo, vemos a sabedoria em plena ação. A fim de compreender a forma em que podemos nos voltar sábios, devemos escutar à sabedoria que nos chama e instrui no livro de Provérbios (veja o quadro do capítulo 14). Para ler o chamado da sabedoria no Novo Testamento, vejam-se 2Tm 1:7 e Jc 1:5. Assegure-se de não rechaçar o oferecimento de sabedoria que Deus lhe faz.

1:22 No livro de Provérbios, "simples" e insensatos não são os que têm deficiências mentais, a não ser deficiências do caráter (tais como rebelião, ociosidade ou ira). O insensato não é demente, a não ser incapaz de reconhecer o justo do injusto, o bem do mal.

1.23-28 Deus deseja muito abrir seu coração e nos comunicar seus pensamentos. Para receber seu conselho, devemos estar dispostos a escutar. Não podemos permitir que a soberba obstaculize nosso caminho. A soberba é pensar que nossa sabedoria e nossos desejos são superiores aos de Deus. Se pensarmos que sabemos mais que O ou sentimos que não necessitamos sua direção, temos cansado em uma soberba néscia e desastrosa.

1.31, 32 Muitos provérbios assinalam que o "fruto de seu caminho" será as conseqüências que a gente experimentará nesta vida. Ante a alternativa de escolher a sabedoria de Deus ou persistir em independência rebelde, muitos decidem seguir sozinhos. Os problemas que tais pessoas se criam terminarão destruindo-os. Não passar por cima o conselho de Deus, mesmo que este seja doloroso para o presente. Guardará-lhe de maior dor no futuro.

COMPRENSION DOS PROVÉRBIOS

Muito freqüentemente, os provérbios se escrevem em forma de versos emparelhados. Estes se criaram de três modos:

Contrastantes: O significado e a aplicação se deve à diferença ou contraste existente entre os dois enunciados do provérbio.

Palavras chave : "mas" : 10.6; 15.25, 27

Comparativos: O significado e a aplicação se deve às similitudes ou a comparação existente entre os dois enunciados do provérbio.

Palavras chave : "como" "melhor/que" : 10.26; 15.16, 17; 25.25

Complementares: O significado e a aplicação se deve à forma em que o segundo enunciado completa ao primeiro.

Palavras chave : "e" : 10.18; 15.23


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
I. o valor da sabedoria (Pv 1:1 , 1Rs 3:16 ); e também indica que, à maneira de os homens sábios do antigo Oriente Próximo, Salomão deu expressão à sua grande sabedoria através dos muitos provérbios que ele compôs (1Rs 4:29 ). Enquanto ele não foi considerado o criador do provérbio (ver a Introdução ), Salomão tradicionalmente era visto como o principal fabricante de provérbios, assim como Davi, seu pai, era considerado como o principal cantor de Israel.

Portanto, quando Provérbios começa com os provérbios de Salomão , este título não significa dizer que Salomão foi o autor de todo o livro, porque o livro em si nomes de outras pessoas como autores ou colecionadores de várias seções (ver Pv 22:17)

2 Para se conhecer a sabedoria ea instrução;

Para discernir as palavras de inteligência;

3 Para receber instruir em sábio procedimento,

Em retidão e justiça e equidade;

4 Para dar aos simples prudência,

Para os jovens conhecimento e bom siso:

5 Que o homem sábio pode ouvir, e aumentar na aprendizagem;

E que o homem de entendimento podem alcançar conselhos de som:

6 Para entender um provérbio, e uma figura,

As palavras dos sábios, e seus enigmas.

Parece claro que a composição dos ditos sábios foi a província especial e preocupação dos antigos sábios, porque eles foram especialmente dotado de visão sobre a natureza humana e sobre o funcionamento das leis do universo, e porque eles foram treinados para indicá-las no o estilo de aprovado o provérbio. Esta passagem de Provérbios abertura torna igualmente claro que os ditos dos sábios não foram projetados para o benefício dos sábios sozinho, mas foram dirigidos a todas as classes e níveis de homens. Esta ideia está apontado para cima na tradução dos versos Pv 1:1 e Pv 1:2 na tradução americana: "Os provérbios de Salomão ... que os homens podem ganhar a sabedoria ea instrução, podem entender as palavras de inteligência."

O uso rentável de provérbios por todos os homens é, então, enfatizada pela singularização de dois extremos opostos entre os homens, que, apesar de suas grandes diferenças, vai encontrar a palavra da sabedoria de igual benefício. O primeiro extremo é descrito como o simples, o imaturo, aqueles abertos a influências ou pressões externas, ou o jovem , o inexperiente e inexperiente (v. Pv 1:4 ). Versículo Pv 1:5 , em seguida, rebita o fato de que os provérbios são úteis na realização da vida boa como o verso faz a afirmação surpreendente que, no extremo oposto, é pelas palavras dos sábios que o homem sábio pode ouvir, e aumentar na aprendizagem; e que o homem de entendimento podem alcançar conselhos de som. Até mesmo o homem sábio deve seguir seu próprio conselho, se quiser cumprir os propósitos de vida para ele! Na verdade, é para ser questionado se o conselho vai ajudar ninguém se não puder ser atendido com o lucro por aquele que lhe dá. O fato é que todos, jovens ou velhos, imaturo ou maduro, simples ou sábios, está sendo oferecido em Provérbios uma destilação da sabedoria divina e humana, testado e considerado válido na experiência dos sábios que compuseram o conteúdo do livro.

Deve-se notar que, embora o objetivo da sabedoria dizendo e deste livro é o de orientar todos os homens na escolha do sábio e, portanto, naturalmente mais benéfica de ação na vida diária, este objectivo não pode ser cumprida sem a atitude do sábio . A diferença na condição do sábio e do insensato não é tanto na oportunidade ou até mesmo conhecimento, uma vez que está em uma diferença de atitude em relação a sua oportunidade e conhecimento da ação correta. Vamos examinar vários verbos nesta passagem que caracterizam a atitude que é a base para a sabedoria do homem sábio e que o impede de cair no abismo da loucura.

(1) Apenas como ele está disposto a conhecer a sabedoria ea instrução (v. Pv 1:2) no sentido mais verdadeiro que um homem pode tornar-se sábio. No Antigo Testamento, o verbo saber (yada') "traz uma sensação de encontro pessoal e companheirismo que vai além da curiosidade meramente intelectual. ... Além curiosidade há compromisso." Ele fala de um saber com o coração, bem como com a cabeça. Conhecer a Deus é ter, uma comunhão vital e pessoal com Ele todos os dias, e não simplesmente de saber sobre Ele (Sl 46:10. ; . Jr 31:34 ). Relação de aliança de Israel com Deus muitas vezes foi falado em termos do relacionamento íntimo e pessoal entre um marido e uma mulher (Gn 4:1 ; . Jr 31:33 ). Para saber não era simplesmente um acúmulo de fatos; em vez disso, foi um ato de compromisso e experiência. Não foi tanto a posse do conhecimento, uma vez que estava sendo possuído por ela.

Assim, para o homem sábio a conhecer a sabedoria significava que ele estava comprometido com a ação mais sábio, não importa a que custo. Isso significava que a experiência tinha transformado conhecimento factual em sabedoria para ele. Como Tennyson colocou, "vem o conhecimento, mas a sabedoria permanece." Acima de tudo, a conhecer a sabedoria fez com que o homem sábio tinha chegado a conhecer pessoalmente o All-wise um deles.

(2) Apenas como ele está disposto a receber instrução (vv. Pv 1:3 , Pv 1:4) um homem pode tornar-se sábio. Na verdade, é característica do tolo que ele se recusa a instrução. Essa recusa é tanto a conseqüência de sua loucura e a causa de sua imprudência de continuar. Por outro lado, o homem sábio recebe instrução de boa vontade de outros, beneficiando de suas experiências. Ao receber a sabedoria ea instrução que os outros ganharam fora de suas experiências, ele poupa-se muito da dor já foi encontrado. Ele também multiplica as suas oportunidades de aprendizagem, pois baseia-se nas idéias e descobertas de muitas pessoas, e aceita a sabedoria acumulada de suas experiências variadas.

O contraste aqui entre o sábio eo insensato é mais vivas à luz do fato de que a palavra hebraica para instrução (musar) tem o significado básico de "disciplina, disciplina, correção." Agora, a disciplina ou correção é raramente, se nunca, agradável ou fácil de tomar, mas muitas vezes é uma parte necessária do nosso aprendizado e crescimento. Somente aquele que é verdadeiramente sábio vai submeter-se à disciplina e admoestação dada a ele quando necessário para o seu bem. A menos de sábios parecem achar que é mais adequado para eles a se rebelar contra e recusar a disciplina de que necessitam, não importa o quão determinado solícito e com amor, seja dada por pais, professores, ou pelo próprio Deus. Eles não conseguem ver que a disciplina não é necessariamente punição, embora possa ser doloroso. Assim como a dor pungente que pode acompanhar a injeção de medicamento é apenas uma parte incidental e inevitável do trabalho de cura, do médico, de modo a disciplina tem seus aspectos desagradáveis, mas inevitáveis.Assim, como tolo é negar a si mesmo os benefícios ou de uma injeção de medicina de cura ou de disciplina amorosa, porque há um pouco de desconforto envolvido!

(3) Só como ele está disposto a ouvir (v. Pv 1:5) pode um avanço homem na sabedoria. Verdadeiro audiência nunca é apenas a recepção passiva de uma mensagem. Ele sempre inclui a retransmissão da mensagem para as mãos e os pés, com uma ação resultante.O homem sábio não é o conteúdo de armazenar até verdade em sua mente, mas ele dá expressão a ela em e através de sua vida. Assim também o cristão não se contenta em ouvir a pregação do evangelho e, em seguida, para apresentar a sua verdade salvífica em seu coração e mente, mas ele deve colocá-lo em prática e compartilhá-lo através de cada uma de suas palavras e ações.

Jesus deve ter tido algo parecido com isto em mente quando deu a sua história familiar do sábio e os construtores tolos (Mt 7:24. ). Grande preocupação de Jesus sobre a tradução de uma audiência ativa em fazer e ser é vividamente refletida em Sua equacionamento do sábio com a pessoa que tanto ouve e obedece Seus mandamentos: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, deve ser comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, etc. "( Mt 7:24. ).

C. tema do livro (Pv 1:7 ; Pv 16:6 ), mas a que tanto acrescenta anos à vida (Pv 10:27) e os "extras" que fazem o ano acrescentou vale a pena viver, como confiança em Deus (Pv 14:26 ), satisfação (Pv 19:23 ; Pv 15:16 ), e riquezas, e honra (Pv 22:4 ), enquanto outra passagem proclama que "o temor do Senhor é a instrução da sabedoria" (Pv 15:33 ).

Encontrado também em muitas outras passagens do Antigo Testamento, a frase "o temor do Senhor" inclui muito mais do que parece ser indicado em nossa tradução em Inglês. Embora o termo hebraico para o medo (yare') pode ter tido sua origem no temor primitivo de raiva divino e do terror de um deus irado, certamente no pensamento israelita e religião que incluía "a respeito reverencial e filial, em que o amor blends com profunda homenagem, e um respeito que, em relação a Deus, eleva-se para a maior reverência. "Isso não quer dizer que o ingrediente de medo é removido completamente. Pelo contrário, é um medo sem "tormento" (1Jo 4:18 ), o respeito e reverência que sobrecarregar o finito como ele está na presença do Infinito. No entanto, é um temor e reverência que é temperado por e resultante de uma consciência do amor do Infinito para o homem, apesar de sua finitude, ou talvez por causa de sua finitude.

Talvez a tradução americana está mais próxima do significado básico quando se traduz esta frase, "reverência para com o Senhor." Certamente isso é verdade quando vamos além das idéias superficiais comuns sobre reverência ao real significado da reverência como "respeito profundo mesclado com amor e temor ", com um pouco de temor salutar misturado. Parece claro que Provérbios sempre usa" o temor do Senhor "para indicar o maior tipo de relacionamento de um homem com seu Deus, expressa em seu compromisso com a vontade e propósito de Deus para ele. É "a frase mais próximo em hebraico para o que chamamos religião."

A riqueza da língua hebraica é vividamente visto na escolha do homem sábio da palavra traduzida início (re'shiyth ). O termo hebraico vem de uma raiz que significa "cabeça", e inclui duas idéias, mas complementares diferentes. Pode significar "começo, ponto de partida, a origem", como em Gn 1:1)

8 Filho meu, ouve a instrução de teu pai,

E não deixes o ensinamento de tua mãe;

9 Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça,

E colares para o teu pescoço.

Aqui temos o primeiro dos quinze vezes que o homem sábio usa o endereço, meu filho , para introduzir alguma instrução ou ensino específico. Nestes versos particulares, temos toda a família representada: pai, mãe e filho . De primeira preocupação é o filho como objeto de instrução do pai e do ensino da mãe. Todos os pais fazem é para seu benefício e bem-estar, e em seu sucesso e progresso que encontrar as suas alegrias. Mas é preciso apenas um pouco de leitura entre as linhas de ser lembrado de pais cujos corações foram quebrados pelo descaso de um filho de seu conselho tão carinhosamente dado. Tudo depende de se o filho realmente ouve (ver v. Pv 1:5) e obedece o conselho amoroso e direção dada a ele por seus pais fora de sua maior experiência e sabedoria, ou se ele reage com um desdenhoso e irresponsive, "Oh, não outra sermão! "Como ele reage cabe a ele, e determina se ele cresce em sabedoria ou multiplica sua loucura.

E. ADVERTÊNCIAS contra a tentação do ganho (1: 10-19)

10 Meu filho, se os pecadores te quiserem seduzir,

Não consintas.

11 Se disserem: Vem com a gente.

Deixemos de esperar por sangue;

Vamos espreitam o inocente sem motivo;

12 Vamos engoli-los vivos, como o Seol,

E inteiros, como os que descem à cova;

13 Encontraremos todos preciosa substância;

Vamos encher as nossas casas de despojos;

14 Tu lançaram a tua sorte entre nós;

Todos teremos uma só bolsa;

15 Filho meu, não te ponhas a caminho com eles;

Abster-se o teu pé do seu caminho:

16 Porque os seus pés correm para o mal,

E eles se apressam a derramar sangue.

17 Pois debalde se estende a rede

Na vista de qualquer ave:

18 E estes armam ciladas contra o seu próprio sangue;

Eles espreitam suas próprias vidas.

19 Assim são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça;

Ele tira a vida dos que a possuem.

O glamour e poder das coisas materiais é a tentação que assedia de cada geração. A advertência do sábio ao seu filho ou aluno é vividamente ecoou na passagem conhecida (e muitas vezes mal citado) Novo Testamento: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; é nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a seus corações com muitas dores "( 1Tm 6:10 , RSV). O poder desta tentação é duplo: ele parece ser um desejo ou o desejo que faz parte da constituição física de cada homem, e ele pode vir até nós através do cortejo ativa e aliciamento de outros que já se tornaram escravos de material e estão querendo companhia em sua busca por mais e mais bens deste mundo. A maneira em que a tentação ou desejo para o material primeiro vem a nós poderia ser debatido, mas o homem sábio pode estar correto em sua suposição evidente que o desejo pessoal para o material é despertado pela primeira vez pelo aliciamento dos que já estão escravizados para -lo e, assim, fazer com que pareça atraente para os outros.

A situação descrita nesta passagem parece ser a do líder de uma gangue ladrão tentando atrair um jovem inocente e honesto para participar da tomada violenta da riqueza dos outros. É o apelo de "dinheiro fácil", a estimulação do desejo de ter dinheiro e as coisas, mesmo quando o direito a eles não foi conquistada. Embora esta imagem é pintada em cores bastante acentuado e extremas pelo homem sábio, sua advertência contra a cair nas garras do espírito do materialismo é válido e necessário em cada geração. , Não são muitos os jovens Verdadeiros estão sendo atraídos para uma vida de assalto à mão armada. No entanto, cada pessoa está constantemente a ser cortejado pelo espírito materialista da idade, a magia do "dinheiro fácil", o desejo de "manter as aparências".

O fato triste é que um número crescente de pessoas estão se curvando no altar do materialismo e servir seu deus. E, uma vez que uma pessoa se torna um escravo de Mammon, é apenas um short, passo fácil de o corte de cantos que parece cada vez mais necessário para adquirir o chamado "todo-poderoso dólar." Os métodos podem ser mais refinado, mas o roubo é não menos real e não menos pecaminoso do que crimes contra a qual o homem sábio advertiu seu pupilo. A escravidão do materialismo não é menos real na sociedade educada do que entre os ladrões profissionais. O ladrão profissional pode até mesmo ser mais "honesto", certamente mais aberto, em sua tomada de outros, porque ele provavelmente não tem dispensado de suas ações, dizendo: "Você tem que cortar custos para competir!", "Todo mundo está fazendo isso!", ou "Você tem que fazer outros antes de você!"

A tragédia de tudo isso é que aqueles que se renderam ao encanto do "dinheiro fácil", o encanto do espírito de materialismo, parecem ter ignorado o último verso da advertência do sábio: "Assim terminam todos os que se agarrar, com um ganho -é destrói a vida de seu dono "( Pv 1:19 , tradução McFadyen). "Mantendo-se com os Joneses" pode significar descer para destruição desnecessária (ver 1Tm 6:9)

20 A sabedoria clama em voz alta na rua;

Levanta a sua voz nas praças;

21 Ela clama no lugar principal de concurso;

Na entrada dos portões,

Na cidade, ela profere as suas palavras:

22 Até quando, ó simples, amareis a simplicidade?

E escarnecedores deliciar-los em escárnio,

E tolos odeio conhecimento?

23 Convertei-vos pela minha repreensão;

Eis que derramarei o meu Espírito sobre você;

Farei saber as minhas palavras vos.

24 Mas, porque clamei, e vós recusastes;

Eu estendi a minha mão, e nenhum dos homens tem visto;

25 Mas vós rejeitastes todo o meu conselho,

E não quisestes a minha repreensão:

26 Além disso, vou rir no dia da vossa calamidade;

Zombarei, quando sobrevier o vosso terror;

27 quando o terror vier como uma tempestade,

E a sua calamidade passar como redemoinho,

Quando aperto e angústia em cima de você.

28 Então eles me invocará, mas eu não responderei;

Eles vão me procurar com diligência, mas não me acharão.

29 Porquanto aborreceram o conhecimento,

E não preferiram o temor do Senhor:

30 não quiseram o meu conselho;

Eles desprezaram toda a minha repreensão.

31 portanto comerão do fruto do seu caminho,

E ser preenchido com seus próprios dispositivos.

32 Para o retrocesso dos simples os matará,

E a ociosidade dos insensatos os destruirá.

33 Mas aquele que dá ouvidos ao me habitarão seguros,

E estará tranqüilo, sem receio do mal.

Sabedoria é muitas vezes personificada em Provérbios, sendo considerada de uma forma muito mais concreta do pensamento moderno do que o homem tende a fazer. Na verdade, a tendência geral do hebraico antigo para ver as coisas de um modo concreto é muito vividamente ilustrado por toda esta passagem. O hebraico antigo pensou com seus olhos, visualizando idéias e conceitos em termos de suas experiências diárias. Assim, o cuidado de Deus para ele foi visto em termos da mesa de banquete de transbordamento (Sl 23:5 ). Por isso, era natural que o homem sábio veria a sabedoria como uma pessoa, alguém que estava indo para cima e para baixo pelas ruas da cidade e unashamedly pleiteando sua causa, oferecendo aos homens uma escolha contra o amplo caminho fácil, de loucura.

Três ideias básicas parecem ser incluído na descrição do convite da sabedoria. (1) Em primeiro lugar, a sabedoria é visto como chamando e articulado com todos os homens. Ela é encontrada onde quer que os homens são encontrados, especialmente no mercado, às portas da cidade, onde os assuntos mais importantes do negócio e os tribunais estão consumados (1: 20-21 ). Nenhum homem é negado o convite. (2) Uma vez que o convite é dado, a resposta é até o que ouviu. Aqueles que se recusam a sua chamada pode esperar apenas calamidade (1: 26-32 ). Embora a sabedoria é descrito como rindo de calamidade e medo, não se deve esquecer que aqueles que se recusam e ignorar o apelo de sabedoria estão escolhendo calamidade no próprio ato de sua recusa. Ao recusar a saúde, escolhemos doença; ao recusar-se a justiça, nós escolher o mal; e ao recusar-se a sabedoria, nós escolhemos loucura, o que sempre traz calamidade, medo e destruição. Uma vez que um homem tenha escolhido tolice, ele tornou-se impossível para a sabedoria para ajudá-lo. (3) Por outro lado, aqueles que ouvem o convite de sabedoria e de aceitá-la precisa temer nenhum mal (Pv 1:33 ). Esta, afinal, é o propósito por trás do convite. Na escolha de sabedoria e de seu caminho, colocamo-nos fora do alcance ou o poder da loucura. A lei da semeadura e da colheita se aplica tanto para a escolha do bom como ele faz para a escolha do mal.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
Nessa lição, queremos examinar a sabedoria e a insensatez, as duas mulheres que cortejam e ganham o coração das pessoas. Observe que no esboço de Provérbios há três chamados da sabedoria e três da insensatez. A sabedoria chama- nos para Deus e a vida; a insensa-tez chama-nos para o pecado e o julgamento. Estudaremos esses seis chamados importantes e os con-trastaremos.

I. Primeiro chamado da sabedoria — à salvação (Pv 1:20-20)

Esse é um chamado aberto feito nas ruas, onde as pessoas podem ver e ouvir. O chamado de Deus aos co-rações não é um assunto secreto; o Espírito convida-nos abertamente a irmos a Cristo. Observe que a sabe-doria convida os três tipos de pesso-as: o simples, o néscio e o insensa-to, ou louco (1:22). A sabedoria vê a aproximação do julgamento e quer que o pecador escape dele. Ela faz uma oferta magnífica para os que a ouvem: a dádiva do Espírito e da Pa-lavra do Senhor (v. 23).

Como os pecadores respon-dem a esse chamado? Parece que eles o rejeitam total mente. Os ver-sículos 24:25 apresentam a resposta deles: recusam-se a prestar atenção, eles não vêem a mão estendida do Senhor nem mesmo dão importân-cia para isso. Qual é o resultado dis-so? A destruição. E Deus rirá deles, da mesma forma que riem da sabe-doria. "Então, me invocarão, mas eu não responderei" (v. 28). Eles colhe-rão exatamente o que plantam (v.

  • . Por que eles recusam a oferta graciosa do Senhor? O versículo 32 declara que o "desvio" dos néscios e a prosperidade do louco dão-lhes uma falsa segurança; eles acham que nunca serão julgados.
  • Depois de três capítulos que apresentam o caminho da sabedo-ria, temos o primeiro chamado da insensatez. Nesses capítulos, a pa-lavra "caminhos" é usada 12 vezes, e "vereda", seis vezes. A mensagem do capítulo 2 é que a sabedoria guarda nossas veredas (2:8); no ca-pítulo 3, a sabedoria endireita nos-sas veredas (3:5-6); e, no capítulo 4, a sabedoria torna nossas veredas perfeitas (4:18).

    A sabedoria oferece salvação às pessoas, mas, no capítulo 5, a in-sensatez oferece-lhes condenação. Sempre que Deus faz seu convite gracioso, Satanás está presente com uma oferta tentadora para os seus. O capítulo 5 apresenta a descrição da mulher perversa. Leia-a e veja como Satanás tenta fazer com que o pecado pareça sedutor. Mas não deixe de observar o versículo 5:5: "Os seus pés descem à morte; os seus passos conduzem-na ao infer-no". Deus adverte-nos de não chegarmos nem mesmo perto da porta dela (Pv 5:7-20). O pecado sempre é uma coisa custosa: você perde sua honra (5:9), suas posses (5:10), sua saúde (5:
    11) e a própria vidaPv 5:22-20. As "cordas do seu pecado" o cegam vagarosamente, mas cegam de verdade, até que um dia o pe-cador descobre que não pode mais escapar de suas garras.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
    1.1 Provérbios. Ditos e sentenças. Claramente, este livro é subdividido, depois defuma introdução (1:1-6); em três partes, levando cada uma .título especial. A primeira parte (caps. 1 -9) consiste em três subdivisões (1-3; 4-7; 8-9) que apresentam e recomendam a sabedoria, especialmente à juventude. A segunda parte (caps. 10-24) contém um colar de pérolas mais preciosas da sabedoria, geralmente em forma de dísticos, justapostas quase sempre sem conexão direta, e cada uma apresentando uma idéia completa. Todavia, esta forma, Dt 22:17, em diante, cede uma à outra, às "palavras dos lábios”, de mais versos em cada unidade. A terceira parte (caps. 25-29) é formada por uma coletânea especial de "provérbios de Salomão os quais transcreveram os homens de Ezequiel, rei de Judá" (25.1). Nesta parte, nos caps. 25 e 26, prevalece a comparação e de 27 a 29, a antítese. O final do livro é formado pôr três apêndices diferentes (30.1 -33; 31:1-9 e 31:10-31).

    1.7 Temor do Senhor. Não se trata de medo. Os filhos de Deus desconhecem o medo para com o seu Deus, mas respeitam-no de maneira tal como filhos respeitam a seus amados pais. O temor do Senhor é culto divino, é reverência, é atenção respeitosa, é confiança filial, é observância dos preceitos divinos em gratidão por sua misericórdia, para maior glória de seu nome. Princípio. É a base, a fonte; são chamados loucos os que desprezam o temor o Senhor.

    1.8 Filho meu. No oriente, o aluno é tratado desta maneira.

    1.15 Não te ponhas a caminho com eles. E isto por duas causas: eles fazem mal aos outros (16) e a si mesmos (17-19).

    1.17 Debalde se estende a rede à vista de qualquer ave. Dito popular: "Ave prevenida não cai no laço". Os ímpios certamente falharão no seu intento, assim como falha o passarinheiro que estende a rede à vista das aves; antes, os ímpios mesmos cairão na sua própria rede e perecerão.

    1.18 Emboscam. O verbo, é o mesmo do v. 11: fazem emboscada para outros, e depois eles mesmos caem na rede que prepararam (conforme Sl 7:15; Pv 26:27; Ec 10:8).

    1.20 Sabedoria. A Sabedoria personificada que aqui fala é Cristo (conforme Pv 8:22-20; Jo 14:6), que promete o seu Espírito (23), que é invocado (28), que ameaça os seus desprezadores e promete bem-aventurança aos que o ouvem (32 e 33, conforme Mt 5:6).

    1.21 Portas. A sombra das quais se assentam os anciãos da cidade.

    1.26 Por sentimento de justiça temos satisfação ao ver punida a malvadeza obstinada.
    1.28 Aqueles desprezadores querem, afinal, abraçar a sabedoria a fim de evitar o castigo, mas então será tarde. Me.. eu. Conforme nota do v. 20. Não.. hão de achar. Será tarde quando uma vez chegou o Dia do Juízo (conforme v. 27).

    1.32 Desvio, do bom ao mau caminho.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 33
    I. INTRODUÇÃO E LEMA (1:1-7)

    O título provérbios dá nome ao livro tanto em hebraico quanto em português, de Salomão é uma referência a ele como autor principal e maior inspirador desse tipo de literatura em Israel. O hebraico mãsãl, “provérbio”, tem na sua raiz o significado de “comparação” e é usado com referência tanto à alegoria ampliada de Ez 17.2ss quanto ao símile colorido de 10.26. E usado também em relação à frase capciosa de 1Sm 24:13 ou até com referência ao escárnio (Is 14:4; Hc 2:6). A maioria dos ditados desse livro, no entanto, é de “comparações” no sentido de duas declarações que são postas lado a lado em forma de antítese (e.g., 10.10,11,12,22) — um par contrastante para destacar uma diferença significativa — ou sinônimos (e.g., 10,18) — uma repetição poética — ou, com menos fre-qüência, como uma evolução (e.g., 29.1). Todos são lembrados com facilidade, e chegam a ser simplistas, como manchetes de notícias edificantes.

    v. 1,2. O propósito da coleção é afirmado com uma lista fascinante de palavras-chave. sabedoria: heb. hokmãh, o termo geral, raramente usado também com o sentido de “astuto” (2Sm 13:3), mas em Provérbios sempre com conotação elogiosa, disciplina: heb. müsãr, uma das maneiras mais difíceis de se conseguir a sabedoria, com implicações de correção se necessário (v. 22.15). palavras que dão entendimento', o verbo (jbin) e o substantivo vêm da raiz “discernir”. Essa é a forma em que se capta a realidade de uma situação, distinguindo o que interessa do que é periférico. v. 3. O conteúdo dessa instrução e dessa percepção é detalhado em quatro grandes seções: a sensatez (da raiz sãkal, “comportar-se de forma sábia”, como em 1Sm 18:30) é considerada como sucesso e prosperidade (17.8). Possui a ambiguidade da prudência ou de saber lidar com todas as tentações (Gn

    3,6) ou possibilidades de crescimento (21.11) que essa frase inclui. Talvez as palavras de Jesus em Lc 16:8 dêem um vislumbre disso. o que éjusto-, heb. $edeq, uma expressão da natureza de Deus, “o padrão pelo qual Deus sustenta o mundo” (Snaith) e muitas vezes ocorre em conexão com justo (mispãi), uma palavra que tem no uso secular o significado de “costume” (1Sm 2:13), mas de forma geral é usado mais como um pronunciamento, como o de um juiz e, predominantemente, como referência à vontade de Deus (Sl 19:9 e Sl 119:0 passim). correto-, heb. mêsãrím, de uma raiz que significa “reto”, “plano”, destacando imparcialidade, que demasiadas vezes faltava na “justiça” da época.

    v. 4. dar prudência aos inexperientes-, prudência-, heb. ‘ormãh, uma palavra que tem a conotação de “astuto” em escritos anteriores (e.g., Js 9:4), mas tem um valor um pouco melhor em Pv (1.4; 8.5; 8,12) e é contrastada aqui com inexperientes (pty), os quais encontramos com freqüência em Salmos (19.7; 119,130) e em Provérbios — não com a implicação moral de “tolo”, mas certamente de alguém mal preparado para a vida real; incapaz, ingênuo, quase um “bobo”. O paralelo jovens destaca e sublinha a inexperiência e a imprudência que precisa de conhecimento (da‘at, uma palavra que em geral significa informação e experiência acumuladas, possivelmente know-how e diferente de sabedoria, Ec 1:16) e de bom senso, uma palavra neutra que descreve a capacidade de planejar coisas para o bem (2,11) ou para o mal (12.2).

    Não se tem em mente somente os inexperientes e jovens. O sábio e o que tem discernimento vão aumentar o seu conhecimento (leqah) — uma palavra relacionada a “tomar”, “pegar”, sugerindo que o conhecimento deve ser aceito de Deus. Ela está ligada ao processo, e não ao conteúdo do aprendizado — obterá orientação. Obter: (qãnãh, palavra co-mumente usada para se referir a “comprar”): v. 4.7 e comentário.

    A seção termina com quatro tópicos a serem estudados e compreendidos: provérbios (como no v. 1), parábolas (o outro único uso na Bíblia em Hc 2:6 sugere “sátira”), ditados [...] dos sábios, que eram amplamente venerados no mundo antigo, e enigmas (perguntas difíceis ou capciosas, Jz 14:12; lRs 10.1; ou ditados sombrios, Sl 78:2).

    O lema
    v. 7. O conselho de Provérbios está resumido nesse lema tão conhecido. O temor (yiriãh) do Senhor, como Provérbios vai nos ensinar, não é um pavor aterrador, mas um relacionamento de reverência, transparência e obediência que traz força e vida (14.26,


    27) e é o fundamento (principio [Gn 1:1], “base”, e não começo) de uma cosmovisão coerente e digna do título conhecimento. Mas os insensatos abraçam tudo que é contrário a esse relacionamento encorajador e fortalecedor. Eles são classificados em três tipos em Provérbios (kestl, ’ewil como aqui, e nãbãt), mas todos são caracterizados por obstinação e pela determinação insolente de não dar ouvidos à sabedoria dos outros ou à ordem de Deus. desprezam-, esse verbo resume a sua atitude; se procurarmos a palavra “desprezar” numa concordância, vamos descobrir exatamente o tipo de pessoas que Provérbios tem em mente (Esaú, Gn 25:34; Mical, 2Sm 6:16; Sambalate, Ne 2:19; Amã, Et 3:6).

    II. CONSELHO E ADVERTÊNCIA DO PAI (1.8—9.18)

    1) Instrução paterna (1:8-19)
    v. 8. ...instrução de seu pai [...] ensino de sua mãe\ embora Provérbios descreva o mundo do homem com conselhos para meu filho (filhas são mencionadas somente uma vez 31:29), a mãe ocupa um lugar de honra e respeito. A família é uma unidade de importância fundamental para o crescimento, a instrução e a disciplina. Nesse contexto seguro, o jovem em desenvolvimento pode adquirir real adorno e recompensa (v. 9). O perigo perene é que a alternativa seja mais atraente e os maus consigam seduzi-lo (v. 10). O conselho não ceda é fundamentado em um elemento típico da sabedoria: a violência cruel deles (v. 11) e os seus roubos (v. 13) são colocados nos seus devidos lugares, e a tolice impensada deles é exposta. Até as aves (v. 17) conseguem lidar melhor com as suas necessidades do que esses homens que não conseguem entender que armam emboscadas para eles mesmos (v. 18). A história só tem confirmado a verdade do v. 19 desde então (v. Lc 12:15).


    2)    O apelo da sabedoria (1:20-33)
    A sabedoria é personificada (como em 8:1-36; 9:1-6), acrescentando força dramática a uma súplica urgente por atenção e uma busca séria por conhecimento e pelo temor do Senhor. O apelo é amplo e público, nas praças públicas; nas esquinas das ruas barulhentas e nas portas da cidade, onde os negócios e as questões causavam o encontro das pessoas. Os inexperientes (como no v. 4) e tolos (insensatos no v. 7) se juntam aos zombadores que aparecem em todo o livro de Provérbios como causadores de problemas. Eles são reprovados em virtude do desprezo intencional das ofertas da sabedoria (v. 24,25,29,30). O retrato não é de uma busca angustiante pela verdade fugidia, mas da negligência e da indiferença em relação à declaração aberta da verdade. A “busca” apavorada subseqüen-te vai ser infrutífera (v. 28-30), um princípio que pode ser ridicularizado, mas não evitado (2Ts 2:11,2Ts 2:12). vou rir-me [...] zombarei (v. 26; v. Sl 2:4) não é uma indiferença cínica a pessoas, mas a vindicação da sabedoria diante da rejeição insolente. O elemento do desprezo ou do escárnio não pode ser eliminado do AT (e.g., Sl 52:6,Sl 52:7), e o desejo de fazê-lo pode refletir uma atitude casual em relação à verdade, e não à verdadeira caridade.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 8 até o 33
    II. TREZE LIÇÕES SOBRE A SABEDORIA-Pv 1:8-20). O discípulo é exortado a seguir o ensinamento recebido como um filho de seu pai. Ouve (8), como freqüentemente no Antigo Testamento, significa "obedece". A palavra hebraica para lei (torah) tem aqui seu sentido primário de "ensino", conforme fica demonstrado pelo paralelismo. Os colares e o diadema, no vers. 9, são, naturalmente, ornamentais (conforme Gn 41:42). O conteúdo desse ensino é descrito para nós no livro de Deuteronômio; ver especialmente Dt 4:9; Dt 6:7; Dt 11:19; Dt 32:46. Um estado desregrado da sociedade é pintado nos vers. 10-19. O furto organizado e mesclado com violência parece ter sido epidêmico na Palestina durante todo o período bíblico (cf., por exemplo, Dn 4:2; Dn 6:8 e segs.; Sl 10:8 e segs.), e mesmo na Palestina, firmemente governada dos dias de nosso Senhor, essa situação estava bastante estabelecida para ele tê-la usado como base de uma de Suas parábolas. Torna-se claro, por estes versículos, que os bandidos iam até ao homicídio para conseguir seu saque. A significação aparente do vers. 12 é a de um súdito e sanguinário assalto: atiravam-se sobre sua vítima tão avidamente como a Morte devora suas vítimas. Porém, o convite de ganhar uma igual porção em seu lucro mal ganho (14) deve ser consistentemente recusado (15). O vers. 16, que não aparece na Septuaginta, ocorre novamente em Is 59:7. A metáfora, no vers. 17, é difícil. Parece melhor seguir Oesterley e interpretar a ave como o discípulo instruído: tendo sido advertido com antecedência, ele evitaria a armadilha de juntar-se a tão má companhia, assim como uma ave não se deixa apanhar pela armadilha que viu ser armada. Mas a sugestão, favorecida por Toy e outros escritores mais antigos, de que a ave representa os ladrões que são cegos para tudo, menos para o ganho, e não percebe a armadilha armada sob seus próprios olhares, é certamente possível. Os vers. 18-19 falam da sorte inevitável daqueles que enriquecem dessa maneira. Quando estão emboscados à espera de outros, sem que o saibam, estão preparando sua própria destruição. Tais são as veredas de todo aquele... (19); isto é, "esse é o resultado para todo aquele...".

    >Pv 1:20

    2. O APELO NÃO OUVIDO DA SABEDORIA (Pv 1:20-20). Esta é a primeira das seções em que a sabedoria é personificada. A sabedoria que tem sua origem no temor de Deus convida o povo em geral para que aprenda: mas a grande massa da humanidade se recusa a dar ouvidos, a despeito do fato que assim fazendo estão simplesmente atraindo a ruína e a aflição contra si mesmos. Somos lembrados sobre o modo como os profetas pleitearam junto a Israel para que "buscassem a Jeová e vivessem", mas encontraram uma intransigente falta de entendimento. Realmente, muito existe nesta seção que é reminiscência do ensino de Oséias, de Isaías e de Jeremias. Os vers. 20-21 descrevem a maneira da proclamação da Sabedoria. Tal como diz o vers. 20, os profetas também levantaram suas vozes e proclamaram suas mensagens nas ruas e lugares públicos: conforme Jr 5:1; Is 20:2. As entradas das portas (21), onde os negócios públicos e particulares eram efetuados (conforme Rt 4:1 e segs.). Os vers. 22 e 23 dão o apelo da Sabedoria. São nomeadas três classes de pessoas que fazem ouvidos moucos. Simples (22). A raiz dessa palavra parece significar "sujeitos às influências", quer boas quer más; quanto à sua origem esse termo é moralmente neutro (conforme vers. 4). Mas as pessoas em questão rejeitam a sabedoria oferecida e por isso permanecem "simples": e assim essa palavra (como em português também) assume um sentido não invejável. Escarnecedores (22; em heb., lesim) uma classe que tornaremos a encontrar. São os piores adversários da Sabedoria, arrogantes, cínicos e desafiadores. Loucos (22) são representados como a odiar o conhecimento, a única coisa que poderia salvá-los do desastre. Há três vocábulos hebraicos, no livro de Provérbios, que são traduzidos como "louco": nabhal é o indivíduo grosseiro, obtuso intelectualmente e, usualmente, moralmente. ’ Ewil é o indivíduo sempre moralmente pervertido; ele não é apenas estúpido, mas também licencioso (ver Pv 7:22 em seu contexto). Não há muita diferença entre esse e o kesil, que é a palavra usada neste caso. Toy sumariza que o kesil é o indivíduo "insensível à verdade moral, que age sem dar-lhe atenção".

    >Pv 1:23

    O vers. 23 pode ser considerado de uma dessas duas maneiras. É possível que os loucos sejam instruídos para que enfrentem a repreensão da Sabedoria, e as palavras que a Sabedoria torna conhecidas estão contidas nos vers. 24-33. Mas é muito melhor, não nos esquecendo do "Até quando...?" do vers. 22, considerar isso como um último apelo aos surdos para que recebam o conhecimento. Convertei-vos é freqüentemente usada no sentido de "arrependei-vos", nos escritos dos profetas, e isso certamente é o seu sentido aqui. O "espírito da sabedoria" está associado ao Messias (Is 11:2), e é um dos privilégios pertencentes ao povo do Messias (Ef 1:17).

    >Pv 1:24

    Os vers. 24-32 descrevem a reação geral ao apelo e as espantosas conseqüências dessa rejeição. Pois a calamidade certamente seguirá tal desobediência, mas então já será tarde demais para buscar ajuda da Sabedoria celestial. A Sabedoria que rejeitaram rir-se-á em seus rostos, assim como por tanto tempo eles riram-se da sabedoria; a memória do conhecimento desprezado será amarga para aqueles que estão perecendo. Vosso temor (26-27) significa "aquilo que vos provocará temor". De madrugada me buscarão (28); melhor: "diligentemente me buscarão". A busca pela Sabedoria, induzida pela calamidade final, será inútil, uma nota de finalidade que estampa muitas das parábolas de nosso Senhor acerca do reino. Note-se que novamente o conhecimento e o temor de Deus são ligados (29). No vers. 32, os simples, exortados a se converterem a Deus (cfr. vers. 23), antes se desviaram dEle, e isso provocará sua destruição. Prosperidade (32); melhor: "descuido despreocupado", ou seja, o fruto da prosperidade. A parábola do rico insensato, em Lc 12:16-42 serve de comentário suficiente aqui. Não é negado o fato que o insensato pode prosperar temporariamente.

    >Pv 1:33

    O vers. 33 mantém a promessa de verdadeira segurança para aqueles que dão ouvidos à voz da Sabedoria.


    Dicionário

    Angústia

    substantivo feminino Condição de quem está muito ansioso, inquieto; aflição.
    Ansiedade física acompanhada de dor; sofrimento, tormento.
    Inquietude profunda que oprime o coração: uma angústia mortal.
    Diminuição de espaço; redução de tempo; carência, falta.
    [Filosofia] Experiência metafísica, para os filósofos existencialistas, através da qual o homem toma consciência do ser.
    [Filosofia] Condição sentimental que, para Heidegger (1889-1976), nasce da consciência de que não se pode evitar a morte.
    [Filosofia] Sentimento de ameaça que, para Kierkegaard (1813-1855), não se consegue determinar nem medir, sendo próprio da condição humana.
    Etimologia (origem da palavra angústia). Do latim angustia, "misérias".

    A palavra angústia vem do latim "angere" que significa apertar, afogar e estreitar, dai "angustus" que significa estreito, apertado e de curta duração. Sentir-se afogado, sem ar, apertado, sem saída é muito ruim, contudo a palavra aponta uma saída: a angústia dura pouco. Seja paciente!

    Angústia Aflição; agonia; ansiedade (Gn 35:3); (Rm 8:35).

    Aperto

    aperto (ê), s. .M 1. Ato ou efeito de apertar. 2. Ajustamento; pressão. 3. Mec. Folga negativa no ajuste de duas peças. 4. Cumprimento em que as partes se dão e comprimem as mãos: A. de mão. 5. Situação difícil. 6. Pressa, urgência. 7. Austeridade, rigor.

    Assolação

    Assolação DESOLAÇÃO (Jr 6:8).

    assolação s. .M 1. Ato ou efeito de assolar. 2. Devastação, estrago, ruína.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Perdição

    substantivo feminino Ação ou efeito de perder; perda.
    Situação de desonra ou falta de honra, de moral; imoralidade.
    Condição de desgraça, de infortúnio, de fracasso: o vício foi sua perdição.
    O que não se consegue resistir; tentação: o doce para mim é uma perdição.
    Religião Negação da religiosidade, das crenças religiosas; condenação das almas às punições eternas, ao inferno; irreligiosidade.
    Etimologia (origem da palavra perdição). Do latim perditio.onis; perditione.

    Perdição
    1) Destruição; condenação ao castigo eterno (Rm 9:22); (1Tm 6:9)

    2) Perda; prejuízo (At 27:21), RC).

    Sobrevindo

    sobrevindo adj. Que sobreveio. S. .M Indivíduo que sobreveio ou chegou de surpresa.

    Temor

    substantivo masculino Ato ou efeito de temer; receio, susto, medo, pavor, terror: viver no temor da miséria, da velhice, da morte.
    Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus.
    Figurado Algo ou alguém que provoca medo, terror: o pirata era o temor dos mares.
    Sensação de instabilidade, de ameaça ou de dúvida: no emprego, vive em temor frequente.
    Demonstração de rigor e pontualidade: cumpria com temor suas obrigações.
    Etimologia (origem da palavra temor). Do latim timor.oris.

    Reverência; respeito; veneração

    Temor
    1) Medo (Dt 7:18; Lc 1:12).


    2) Respeito (Pv 1:7; Fp 5:21;
    v. TEMER A DEUS).


    3) Modo de se referir a Deus (Gn 31:42).


    Tormenta

    Tormenta Tempestade (Sl 107:29).

    Vindo

    adjetivo Chegado; que apareceu, surgiu, veio ou chegou.
    Procedente; que teve sua origem em: clientes vindos da China; carro vindo de Paris.
    Etimologia (origem da palavra vindo). Do latim ventus.a.um.

    vindo adj. 1. Que veio. 2. Procedente, proveniente, oriundo.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Provérbios 1: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como um grande- redemoinho, quando sobre vós chegarem aperto e angústia.
    Provérbios 1: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    950 a.C.
    H343
    ʼêyd
    אֵיד
    aflição, peso, calamidade
    (of their calamity)
    Substantivo
    H5492
    çûwphâh
    סוּפָה
    vendaval
    (in Suphah)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6343
    pachad
    פַּחַד
    terror, pavor
    (and the fear)
    Substantivo
    H6695
    tsôwq
    צֹוק
    constrangimento, aflição, aperto
    (and anguish)
    Substantivo
    H6869
    tsârâh
    צָרָה
    dificuldades, aflição, problema
    (of my distress)
    Substantivo
    H7584
    shaʼăvâh
    שַׁאֲוָה
    ()
    H857
    ʼâthâh
    אָתָה
    vir, chegar
    (and he came)
    Verbo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    אֵיד


    (H343)
    ʼêyd (ade)

    0343 איד ’eyd

    procedente da mesma raiz que 181 (no sentido de curvar-se); DITAT - 38c; n m

    1. aflição, peso, calamidade
      1. opressão (referindo-se ao justo)
      2. calamidade (referindo-se à nação)
      3. desastre (referindo-se ao perverso)
      4. dia de calamidade

    סוּפָה


    (H5492)
    çûwphâh (soo-faw')

    05492 סופה cuwphah

    procedente de 5486; DITAT - 1478b; n f

    1. vendaval

      Sufa = “favo de mel: inundação” n pr loc

    2. um lugar a leste do Jordão

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פַּחַד


    (H6343)
    pachad (pakh'-ad)

    06343 פחד pachad

    procedente de 6342; DITAT - 1756a; n. m.

    1. terror, pavor
      1. pavor
      2. objeto de pavor

    צֹוק


    (H6695)
    tsôwq (tsoke)

    06695 צוק tsowq ou (fem.) צוקה tsuwqah

    procedente de 6693; DITAT - 1895a,1895b n. m.

    1. constrangimento, aflição, aperto
      1. aflição, angústia (fig.) n. f.
    2. opressão, aflição

    צָרָה


    (H6869)
    tsârâh (tsaw-raw')

    06869 צרה tsarah

    procedente de 6862; DITAT - 1973c,1974b; n. f.

    1. dificuldades, aflição, problema
    2. importunador, esposa rival

    שַׁאֲוָה


    (H7584)
    shaʼăvâh (shah-av-aw')

    07584 שאוה sha’avah

    procedente de 7582; DITAT - 2301a; n. f.

    1. tempestade devastadora

    אָתָה


    (H857)
    ʼâthâh (aw-thaw')

    0857 אתה ’athah ou אתא ’atha’

    uma raiz primitiva [colateral com 225 por contração]; DITAT - 188; v

    1. vir, chegar
      1. (Qal) vir (referindo-se a homens, tempo, animais, calamidade)
      2. (Hifil) trazer

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado