Enciclopédia de Provérbios 8:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 8: 5

Versão Versículo
ARA Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria.
ARC Entendei, ó simples, a prudência: e vós, loucos, entendei de coração.
TB Entendei, ó estúpidos, a prudência;
HSB הָבִ֣ינוּ פְתָאיִ֣ם עָרְמָ֑ה וּ֝כְסִילִ֗ים הָבִ֥ינוּ לֵֽב׃
BKJ Ó simples, entendei a sabedoria; e vós tolos sede de coração compreensivo.
LTT Entendei, ó homens sem discernimento, a prudência; e vós, insensatos, entendei de coração.
BJ2 os ingênuos aprendam a sagacidade, os insensatos adquiram um coração.[g]
VULG Intelligite, parvuli, astutiam, et insipientes, animadvertite.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 8:5

Salmos 19:7 A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Salmos 94:8 Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, loucos, quando sereis sábios?
Provérbios 1:4 para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
Provérbios 1:22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?
Provérbios 9:4 Quem é simples volte-se para aqui. Aos faltos de entendimento diz:
Isaías 42:13 O Senhor, como poderoso, sairá; como homem de guerra, despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído, e sujeitará os seus inimigos.
Isaías 55:1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Atos 26:18 para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.
I Coríntios 1:28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são;
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
Apocalipse 3:17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
K. A FAMA E A EXCELÊNCIA DA SABEDORIA, 8:1-36

No capítulo anterior, tivemos um retrato repulsivo da sedução e do pecado. Neste capítulo, temos um retrato magnífico da sabedoria. O contraste se parece com a diferen-ça entre as planícies pantanosas da degradação do pecado e os planaltos da piedade em que o ar é puro e a visão clara. No capítulo 8, o conceito hebraico de sabedoria alcança o zênite da sua expressão no Antigo Testamento. Greenstone se expressa muito bem quan-do diz deste capítulo: "Esta não é uma série de discursos acerca da beleza da vida em família, nem mesmo em louvor à castidade, mas um apelo ao jovem estudante para que se dedique de forma zelosa e infatigável à busca da sabedoria que oferece as orientações mais seguras para a vida".42

1. O Convite da Sabedoria (8:1-21)

Nesta seção e em todo o capítulo 8 a sabedoria é novamente personificada. Como em Pv 1:20-33, ela é um mestre profético. Aqui ela é também evangelista, um arauto das boas notícias do amor e da preocupação de Deus por todos os homens.

  1. O chamado universal à sabedoria (8:1-5). Aqui o escritor sagrado proclama as boas notícias. A sabedoria apresenta sua mensagem nos lugares mais públicos e abertos possíveis (2-3). Horton diz corretamente: "A sabedoria, ao contrário do que faz a mulher depravada que espreita no crepúsculo da esquina da rua em que está o seu covil, se levanta nos lugares abertos; ela se torna amplamente manifesta ao ocupar uma posição elevada, da qual a sua voz ressonante pode ser ouvida pelas ruas e encruzilhadas, e pode atrair a atenção dos que estão entrando pelos portões da cidade ou pelas portas das casas. Assim como a sua voz é forte e clara, assim as suas palavras são completas e polidas; não há sussurros, não há resmungos, nenhuma insinuação ambígua, nenhum incitamento sutil a prazeres secretos; o seu tom é o da brisa da manhã; ela é inspiradora como a aurora; há algo nela que nos faz pensar involuntariamente no espaço ao ar livre, no céu aberto e nas grandes obras de Deus".43

A mensagem premente da sabedoria "é tão relevante para o shopping center (2,3) quanto para o próprio céu (22) ".44Além disso, é universal nas suas propostas. As palavras homens e filhos dos homens (4) sugerem todo tipo de pessoas, os gentios e os judeus. Não há nada de exclusivo nem provincial no convite da sabedoria. Até os simples (5; "negligentes", Moffatt) e os loucos, ou espiritualmente obstinados, podem vir, se quise-rem (cf. Mt 7:7-8).

  1. O caráter e o valor da sabedoria (8:6-16). A mensagem da sabedoria é caracteriza-da pela verdade e pela justiça (6-9). Não há nenhuma coisa tortuosa nem perversa (8; "torcida nem torta", Berkeley) nas palavras do pregador. Além disso, as suas procla-mações são retas para o que bem as entende e justas, para os que acham o co-nhecimento (9). Aqui "afirma-se um princípio fundamental. Os que estiverem dispos-tos a se comprometer em receber a sabedoria vão ser capazes de compreender melhor a sua natureza".45 Nas palavras de Jesus;— "Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus" (Jo 7:17) — temos um equivalente neotestamentário do que o pregador estava dizendo no versículo 9 (cf. Jo 8:31-32).

O valor da sabedoria é destacado novamente (veja comentário de 3:13-17). É mais valioso do que coisas preciosas como a prata [...] o ouro fino e os rubins (10-11). De tudo que se deseja nada se pode comparar com ela. Moffatt diz: "Nenhum tesouro é igual a ela" (11). Certamente o amor intenso de Deus e a sua provisão redentora são incomparáveis (cf. 28:15-18; Si 19.10; 119.127). Aqui a sabedoria destaca a verdade de que mais importante do que riquezas terrenas são os tesouros celestiais (Mt 6:19-21).

A sabedoria descreve virtudes adicionais nos versículos 12:16. Ela é prática e cheia de recursos — acho a ciência dos conselhos (12). Ela se identifica com o temor do SENHOR (13; veja comentário de 1.7). Ela odeia todo tipo de mal. Harris diz que "a verda-deira piedade não é sempre afirmativa. O ensino de que o pecado é odioso é uma verdade maravilhosa e vital".46 Ela é capaz — minha é a fortaleza (14) — de colocar a sabedoria em prática. A verdadeira ciência de governar vem por meio da orientação dela (15-16). Salomão encontrou ajuda nela para o seu reinado (1 Rs 3:5-12).

  1. A recompensa da sabedoria (8:7-21). Nesta passagem a sabedoria oferece muitas recompensas às pessoas que reagem positivamente ao desafio profético. Todos os que amam a Deus — os que o buscam [...] de madrugada (17; "diligentemente", RSV) — o acharão (cf. Mt 5:6). Inclui-se aí a prosperidade material (18, 21), mas o favor e a ami-zade de Deus são as bênçãos supremas do caminho da sabedoria (19).

2. A Eternidade e a Criatividade da Sabedoria (8:22-31)

Esta seção tem sido chamada "o trecho mais importante do livro de Provérbios".47 Fritsch vê aqui "um dos retratos mais perfeitos de Cristo a ser encontrado no Antigo Testamento"." Esta seção magnífica antevê passagens tão significativas quanto João 1:1-14; I Coríntios 1:24-30; Colossenses 1:15-18 e Hebreus 1:1-4. Greenstone nega qual-quer conexão entre essa personificação sublime da sabedoria e o conceito do Logos." Entretanto, Deane e Taylor-Taswell dizem: "Não há [...] nada forçado ou incongruente em ver nesse episódio um retrato da Segunda Pessoa da abençoada Trindade, a sabedo-ria essencial de Deus personificada, o Logos de livros posteriores, e do evangelho"." Fritsch diz que os Antigos Pais da Igreja "usavam esse texto para formular as suas idéias acerca da Segunda Pessoa da Trindade"." Atanásio e outros líderes enfrentaram uma das gran-des crises doutrinárias da Igreja Cristã com a sua Cristologia Nicena, que extraiu os seus fundamentos dessa fonte profunda de revelação do Antigo Testamento da mesma forma em que dependia também dos registros inspirados do Novo Testamento.

  1. A eternidade da sabedoria (8:22-23). No versículo 22, temos um dos textos mais discutidos do Antigo Testamento. A palavra traduzida por me possuiu (hb. qanah) é um tanto ambígua e por isso foi traduzida de diversas formas. O seu significado mais comum é "comprar", "adquirir" ou "possuir". A palavra é usada dessa forma em pelo menos uma dezena de trechos em Provérbios. O seu significado menos comum é "criar" (cf. Dt 32:6; S1 139.13). Dessa forma tem sido traduzida como "me formou" (Smith-Goodspeed, Moffatt), "me fez" (Berkeley), ou "me criou" (RSV, LXX, Targum). Os heréticos seguidores de Ano usaram o versículo 22 como base da sua tese de que Cristo foi um ser criado, subordinado a Deus. Ele não era, portanto, nem divino nem eterno. Atanásio, no entanto, traduziu essa frase difícil da seguinte forma: "constituiu-[apontou-]me [Cristo] cabeça da criação".

Tanto o significado mais comum do termo hebraico qanah quanto o sentido mais geral do texto como um todo (22-31) sugerem que a sabedoria existia antes de Deus ter criado o mundo e que estava ativa no processo criativo (cf. 3.19). Kidner observa de forma pene-trante: "Bens são possuídos por meio de aquisição, filhos por nascimento [...] a sabedoria -para os mortais — por aprendizado. E a sabedoria em relação a Deus? Dizer que ela lhe faltava e que ele teve de criá-la ou aprendê-la é estranho ao texto e algo absurdo"."

Maclaren comenta o seguinte acerca dos versículos 22:23: "A Sabedoria personificada de Provérbios é a Palavra pessoal do prólogo de João. O apóstolo chega próximo de citar o texto antigo quando diz 'ela estava no princípio com Deus', pois a sua palavra lembra a grande declaração: 'O SENHOR me possuiu no princípio de seus caminhos [...] Desde a eter-nidade fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra'. Então há dois princípios, um perdido nas profundezas do ser eterno, outro, no começo da atividade criativa, e a Palavra estava com Deus no princípio mais remoto, assim como no mais recente"."

  1. A primazia da sabedoria (8:24-26). Estes três versículos constituem uma bela proclamação poética da eternidade da sabedoria. Antes de qualquer coisa do universo físico vir a ser, a sabedoria já existia (cf. Jo 1:1). O salmista escreveu uma declaração semelhante de Deus: "Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus" (S190.2).

c) O papel da sabedoria na criação (8:27-31). Este texto mostra a função da sabedoria na criação do mundo. Ao fazer isso, destaca a unidade da Trindade no empreendimento da criação. O versículo-chave nesta seção é o 30: então, eu estava com ele; literalmente, "ao lado dele". Estas palavras ligam o Deus Redentor e o Deus Criador (cf. Jo 1:1-4).

E era seu aluno é mais uma expressão com diversas interpretações. A dificuldade está nas palavras era seu aluno (hb. amon), que significa ou "artífice-mor", "arquiteto" (veja a ARA), ou "criança pequena", "pupilo". A sabedoria estava do lado de Deus "como um mestre ou diretor de obra" (AT Amplificado). A sabedoria era o "artífice-mor" (RSV) ou o "construtor-mor" (Berkeley). Uma criança ou pupilo, no entanto, é alguém que está constantemente com seus pais ou tutores. Por isso a sabedoria era "um pupilo dele" (Smith-Goodspeed) ou "seu filho de criação" (Moffatt). Ambas as interpretações de amon fazem da sabedoria uma parte do empreendimento criador. A primeira, no entanto, torna a sabedoria ativa na criação. Esta interpretação parece mais satisfatória, visto que se encaixa melhor no contexto total e se harmoniza melhor com a cristologia posterior do Novo Testamento. No versículo 31, descobrimos que o resultado da atividade criadora deu prazer à sabedoria (cf. Si 16.3).

O tema dos versículos 22:31 é "Cristo-Sabedoria encarnado". Temos aí:

1) A sua eternidade ou pré-existência, 22-26;

2) A sua bem-aventurança primordial, 30;

3) A sua função ativa na criação, 27-30; e

4) O seu prazer na humanidade, 31.

3. O Apelo Conclusivo da Sabedoria (8:32-36)

Aqui está a conclusão desafiadora do sermão. E agora (32) — à luz de tudo que o pregador disse — os pupilos precisam tomar a sua decisão. Não estão tomando decisões acerca de uma questão casual. As conseqüências finais são afirmadas novamente. Gran-des bênçãos estão reservadas para aqueles que respeitam as palavras da sabedoria (32, 34-35). Grande tragédia resultará da negligência delas. Todos os que me aborrecem amam a morte (36) — a morte espiritual (cf. Dt 11:26-28; 30:19-20).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 8 versículo 5
Simples... néscios:
Pv 1:4,Pv 1:22. Com estes termos, o discurso não se limita somente aos jovens, pois se aplica a todas as pessoas com necessidade e capacidade de aprender.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
*

8.1-36 Nos caps. 1—7 o porta-voz da sabedoria é um mestre ou um sábio. Neste majestoso poema, a sabedoria foi personificada como o mestre supremo que ensina com base em sua própria autoridade. Essa personificação, mui provavelmente é um artifício poético para expressar, mais vividamente ainda, a autoridade da sabedoria. Embora seja prematuro ver a sabedoria personificada (especialmente nos vs. 22-31) como um retrato direto de um ser divino, não há dúvida que a revelação de Jesus Cristo como a sabedoria de Deus mostra a importância de uma sabedoria que é sua própria autoridade absoluta (1Co 1:24,30; Hb 1:1-4; Cl 1:15,16; Jo 1:1-18). O poema progride da consideração da tarefa humana de aprender a sabedoria (vs. 1-11) para os poderosos efeitos da sabedoria neste mundo (vs. 12-21), e daí passa à origem divina da sabedoria e seu lugar na totalidade da criação (vs. 22-31). Um apelo final equipara a sabedoria à vida (vs. 32-36). Por detrás da sabedoria humana está a sabedoria de Deus, original e não-criada, pelo qual ele estabeleceu todas as coisas criadas e seus próprios relacionamentos para com Deus e umas para com as outras. Isso significa que a sabedoria humana é válida e afirmadora de vida até onde a mesma ocorre dentro do contexto provido pela divina revelação especial (cap. 4, nota).

* 8.1-3 Ver as notas em 1:20-33.

* 8:4

ó homens. A palavra hebraica usualmente aplica-se aos varões, mas pode estender-se a toda a humanidade. A sabedoria, no papel de um instrutor, dirige-se não a filhos e nem a alunos, mas a todo o povo. Não existe elite de classes nessa questão do aprendizado da sabedoria; ela é para todos.

* 8:5

Ver as notas em 1.4,22.

* 8:6

coisas excelentes. Coisas valiosas ou importantes.

Coisas retas. Fica subentendido o elemento moral.

* 8:7

a verdade. Esta palavra denota o que é totalmente digno de confiança. É o oposto de iniqüidade. Provérbios relaciona a verdade à sabedoria em vários lugares, e aqui a palavra da sabedoria é descrita de uma maneira que sugere uma origem divina.

* 8:8

São justas. Ver a nota no v. 18.

* 8:9

A sabedoria é uma realidade autoconsistente. É preciso nos sintonizarmos com ela a fim de aprendermos dele. Isso é outra maneira de dizer que toda verdade é verdade de Deus, e que sem o conhecimento de Deus não podemos conhecer a verdade absoluta. Conforme a sabedoria de Jesus, em 13 10:40-13.16'>Mt 13:10-16; Lc 11:52.

* 8.10,11 A comparação da sabedoria com os mais desejáveis emblemas das riquezas é uma maneira de enfatizar o seu valor (2.4; 3.14,15; 8:19-21; 28:17). A advertência contra o materialismo crasso é óbvia.

* 8.12 Ver 1.4 e nota.

* 8:13

O temor do SENHOR. Ver 1.7; 2.5; 3.7; 9.10 e notas. A sabedoria nos relembra que a busca por uma ética baseada exclusivamente na experiência é fútil. A educação e a experiência devem estar edificadas sobre a base da fidelidade e da esperança providas pelas promessas do pacto de Deus. Os sistemas éticos sem o padrão absoluto do que é certo, bom e verdadeiro, revelado nas Escrituras, não podem sobreviver (Sl 36:9).

a soberba... eu os aborreço. A sabedoria ecoa o ódio que Deus tem pelo mal (6.16; Dt 12:31; 16:22; Sl 5:5; Is 61:8; Jr 44:4).

* 8:14

o conselho. Essa palavra tem o sentido de conselhos derivados da sabedoria e da experiência, e também planos feitos pela deliberação conjunta em um curso de ação. A mesma palavra é usada para a mente de Deus a respeito de seus próprios planos e propósitos (Is 5:19; 19:17; 25:1; 28:29). A sabedoria tem acesso a esse conselho.

* 8:15-16 A função apropriada para os governantes humanos é definida pela ordem da criação de Deus, conforme está revelada na Palavra de Deus (Gn 1:26-28). Um governo sábio começa pelo temor do Senhor (Dt 17:18-20; 1Rs 3:6-9; 4.29-34). O Messias governará pela sabedoria perfeita (Is 11:1-3). Ver "Os Cristãos e o Governo Civil", em Rm 13:1.

* 8:17

Eu amo os que me amam. Essas afirmativas fazem o contraste com a sabedoria sendo ocultada dos insensatos (1.28,29). A sabedoria cuida daqueles que lhe pertencem (4.6,8,9).

os que me procuram me acham. Ver 2.4,5; 3:13-15. Isso sugere uma relação entre a sabedoria e a graça divina, que o leva a aproximar-se de nós (Is 55:6). O próprio Jesus é a revelação final da sabedoria divina (1Co 1:24,30; Cl 2:2,3), e possivelmente fez alusão a este versículo em Mt 7:7.

* 8.18

Riquezas e honra. Ver 3.2,16. O princípio do reinado de Salomão foi um exemplo dos benefícios materiais e sociais da sabedoria (1Rs 10:1-9).

e justiça. Isso significa a obediência à lei de Deus, extendendo-se ao cultivo de corretas relações entre Deus, as pessoas e a criação. Ver Rm 12:18; 1Tm 2:1-4.

* 8:19 Ver a nota nos vs. 10 e 11.

* 8.22-31 Esta seção, parecida com um hino, apresenta a sabedoria como a base do projeto do universo. O enfoque é incomum, mas essa visão sobre a sabedoria não contraria a teologia do pacto e os atos salvíficos de Deus em Israel. Os sábios também eram homens do pacto (1.7; 2:20-22 e notas). O método da sabedoria consiste em enfatizar a teologia bíblica da criação, como base da compreensão de nossas vidas como o povo remido de Deus.

* 8:22

O Senhor. Temos aqui o nome próprio de Deus como o Redentor e o Autor do pacto (Êx 3:15 e notas). O pacto da redenção de Deus com Israel sublinha seu compromisso com a criação, pois as promessas do pacto culminam em Jesus Cristo — o grande Descendente de Abraão (Gn 12:7; conforme Gl 3:16) e o Filho de Davi (2Sm 7:16; conforme Lc 1:32) — por meio de quem a criação destroçada e caída é remida (Rm 8:20-22; 2Co 5:17, nota; Cl 1:15-20; Ap 21:1.).

me possuía. A sabedoria não é uma quarta pessoa divina, mas é um atributo de Deus, que recebeu expressão tanto na criação como na redenção. Neste capítulo, a sabedoria foi personificada para conseguir um efeito poético. Os atributos de Deus são eternos, pelo que a figura da sabedoria vem desde o "início".

no início de sua obra. A sabedoria é o primeiro conselho da vontade de Deus (Ef 1:11), o decreto eterno que estabelece todas as coisas em seus relacionamentos e determina o curso da história.

antes de suas obras mais antigas. A sabedoria existia antes da auto-revelação de Deus, em seu pacto e em seus atos salvíficos.

* 8:23 A sabedoria também é anterior à criação do universo.

* 8.24-31

Jó relembra-nos que a sabedoria da criação, em última análise, pertence exclusivamente a Deus (Jó 38 e 39). O "mandato cultural", ao atribuir aos seres humanos a tarefa de compreender a criação e de exercer domínio sobre ela (Gn 1:26-28), é a base do interesse da sabedoria, ao conhecer a natureza do mundo (1Rs 4:29,33). Isso é visto dentro da estrutura estabelecida pela revelação especial (as Escrituras) e no temor do Senhor (1.7, nota; 8:1-36, nota; 9.10).

* 8:24

eu nasci. O sábio plano de Deus antecede os seus atos. A referência a ter "nascido" sugere que a sabedoria é, de forma singular, uma filha de Deus, mas isso é apenas um artifício poético, e não se refere a um novo ser divino.

* 8:27

aí estava eu. A sabedoria é anterior à criação e participante dela. A criação é a primeira grande demonstração da sabedoria de Deus.

* 8:28

as fontes do abismo. Ver Gn 7:11; 8:2.

* 8:30

seu arquiteto. A sabedoria é agora descrita como o agente da criação. Um habilidoso artesanato é um dos aspectos da sabedoria (conforme Êx 31:3), o que salienta a natureza prática da sabedoria. Ver 1.2 e nota.

* 8:31

regozijando-me... achando as minhas delícias. A sabedoria reflete a satisfação expressa na declaração divina de que a criação era muito boa (Gn 1:31).

* 8:32

felizes. Ver a nota em 3.13. As bênçãos de Deus sobre a obediência são uma das características da teologia da Aliança (Dt 28:1-14; ver "A Aliança da Graça de Deus", em Gn 12:1). Aqui essa palavra descreve as recompensas da sabedoria (3.13-18).

* 8:34

velando dia a dia às minhas portas. O aluno comparece à casa do mestre, anelante por aprender o que quer que a sabedoria lhe queira transmitir.

* 8:35 Os benefícios da sabedoria são equiparados com a própria vida. Ser verdadeiramente vivo é estar corretamente relacionado com Deus, com outras pessoas bem como com a ordem criada. Ver as notas em 3.2,18.

favor do SENHOR. Isto é, aceitação e boa-vontade. O sábio não estava descrevendo uma maneira alternativa de obter aceitação diferente daquela provida na comunidade do pacto e nos sacrifícios. Antes, ele descreve as riquezas da comunhão dos crentes com o Senhor, na qual suas vidas são moldadas pela verdadeira sabedoria (12.2).

*

8:36

Todos os que me aborrecem. Odiar a sabedoria é odiar a vida, e, portanto, é amar a morte.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
8.1ss O chamado da sabedoria se contrasta com o da adultera do capítulo 7. A sabedoria se ilustra como uma mulher que nos guia (8.1-13) e nos faz ter êxito (8.14-21). A sabedoria estava presente na criação e trabalha com o Criador (8.22-31). Deus aprova a quem escuta o conselho da sabedoria (8.32-35). Os que a passam por cima amam a morte (8.36). A sabedoria deve afetar cada aspecto de nossa vida, de principio a fim. Assegure-se de abrir todos os rincões de sua vida à direção de Deus.

8:13 Quanto mais se respeite e teme a Deus, mais se odiará o mal. O amor a Deus e o amor ao pecado não podem coexistir. Albergar pecados secretos significa que tolera o mal em você. Rompa definitivamente com o pecado e comprometa-se por inteiro com Deus.

8.22-31 Deus diz que a sabedoria é primária e fundamental. É a base sobre a que se edifica a vida. Talvez Paulo e João fizeram alusão a algumas das declarações do Salomão com respeito à sabedoria para descrever a presença de Cristo na criação do mundo (Cl 1:15-17; Cl 2:2-3; Ap 3:14).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
IV. SABEDORIA FALA (Pv 8:1)

1 Porventura não sabedoria grito,

E entendimento soar a sua voz?

2 No cume das alturas, junto ao caminho,

Onde os caminhos se encontram, ela se levanta;

3 Junto às portas, à entrada da cidade,

Ao entrar nas portas, que vem gritando em voz alta:

4 A vós, ó homens, clamo;

E a minha voz se dirige aos filhos dos homens.

5 , ó simples, a prudência;

E vós, insensatos, de um coração compreensivo.

6 Ouvi, porque falarei coisas excelentes;

E a abertura de meus lábios são coisas certas.

7 Porque a minha boca profere a verdade;

E a maldade é uma abominação aos meus lábios.

8 Todas as palavras da minha boca estão em justiça;

Não há nada torto ou perversa.

9 Todas elas são retas para ele que under-se detém,

E justas para os que acham o conhecimento.

10 Receba a minha correção, e não a prata;

E o conhecimento, em vez de ouro escolhido.

11 Pois a sabedoria é melhor do que rubis;

E todas as coisas que se deseja não estão a ser comparada a ela.

12 Eu, a sabedoria com a prudência minha morada,

E acho o conhecimento e discrição.

13 O temor do Senhor é odiar o mal;

A soberba ea arrogância, eo mau caminho,

Ea boca perversa, eu os odeio.

14 Meu é o conselho, e bom conhecimento:

Eu sou o entendimento; Eu tenho força.

15 Por mim reinam os reis,

E os príncipes decretam justiça,

16 Por mim governam os príncipes

E nobres, até mesmo todos os juízes da terra.

17 Eu amo aqueles que me amam;

E aqueles que me procuram me acharão.

18 Riquezas e honra estão comigo;

Sim , riqueza durável e justiça.

19 é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado;

E a minha receita do que a prata escolhida.

20 Ando pelo caminho da justiça,

No meio das veredas da justiça;

21 Que eu possa causar aqueles que amam me para herdar a substância,

E que eu possa preencher os seus tesouros.

A incapacidade do hebraico antigo de pensar em termos abstratos deve ter tido alguma influência sobre a maneira como o homem sábio pensou em sabedoria, também. Enquanto estes estavam envolvidos, a sabedoria era "mais do que informações e os princípios que os homens se reúnem e desenvolvem" ao sábio. Ideias e pensamentos tinha significado real para o israelita apenas como ele podia visualizá-los de alguma forma concreta. Assim, foi apenas um pequeno passo para a personificação da sabedoria, para ver "it" como "ela", "uma entidade viva, dotada de vida e movimento." Isso não significa que a sabedoria era visto como "um atributo ou atividade de Deus, que é dotada de uma identidade pessoal. "Ela não era um deus menor, mesmo que foi criado por Deus, que trabalhou ao lado dele na maneira de o politeísmo de Canaã, Mesopotâmia e Egito. Na verdade, como observado por Rankin, "a sabedoria personificada, criado para ser um associado de Javé (Yahweh), pode muito bem ser visto ...como um substituto espiritual e sublimar da expressão grosseira bem atestada de crenças religiosas populares e adoração." Assim, quando a sabedoria é falado como que ela é, uma personalidade divina auto-consciente auto-existente, como em Pv 8:1 ). A sabedoria é um princípio divino, não um ser divino; mas é um princípio tão real para o homem sábio que ele acha mais natural para pensar sobre isso em termos concretos, como uma pessoa.

A disponibilidade universal de sabedoria é vividamente descrito em termos de atividade normalmente conectados com o evangelista itinerante (vv. Pv 8:1-5 ). Ela vai para onde os homens são encontrados, a emissão de sua chamada para os homens de ouvir e aceitar a sua instrução (v. Pv 8:10 ). Na forma determinada do "pregador de rua", ela vai para onde o "street walker" vai (7: 11-12 ), mas com a promessa de vida abundante, não a morte. Como Wesley, seu "paróquia é o mundo", se "o centro de compras" (vv. Pv 8:2 , Pv 8:3 ), no cruzamento, os portões da cidade, ou os altos a partir do qual a sua chamada pode ressoar mais longe. Sua chamada não é dirigido a qualquer grupo nacional ou social especial, mas é para todos em todos os lugares: "A vós, ó homens, clamo; e meu apelo é para a raça humana" (v. Pv 8:4 , Scott). Ele inclui aqueles que podem e provavelmente vai ouvir e aprender, o simples (do hebraico pathah , "para ser espaçosos, ampla, aberta," assim, os que estão abertos à verdade), bem como os tolos (hebraico kesilim , "companheiros estúpidos, dullards "), aqueles que pode ser difícil, se não impossível, de atingir. No entanto, quem pode saber apenas quem vai ser tocado por e, assim, responder à mensagem da verdade? Que lição aqui para o ensino e pregação ministério da Igreja! Nós somos chamados a anunciar a "quem quiser", o que não inclui o privilégio de escolher uma pessoa em vez de outra como uma perspectiva para o nosso evangelismo.

O conteúdo da mensagem de sabedoria é glowingly definido (vv. Pv 8:6-9 ). Ele consiste de coisas excelentes ("virtudes", Scott), coisas certas, verdade, justiça , todos os quais são simples ("correcta, simples") e direito para aqueles que estão envolvidos e comprometidos com a recepção de sabedoria (os que acham o conhecimento) . A compreensão vem só através da intervenção, seja na ciência ou da Igreja e da vida cristã.

A necessidade de uma decisão sobre a aquisição da sabedoria é uma verdade que parece tão óbvio que faz fronteira com o banal (vv. Pv 8:10-11 ). No entanto, quantos realmente se dão conta de que, se eles não escolher positivamente o caminho da sabedoria e à direita que eles realmente estão escolhendo contra ela? Além disso, a escolha por sabedoria em vez de riquezas pode realmente ser uma escolha entre o melhor e para o bem Ct 1:1 ). Aqueles que sacrificar tudo (até mesmo dormir!), A fim de colocar todas as suas energias na busca da sabedoria vai encontrar em seu infinitamente mais do que eles esperavam possível. Como bem como a promessa de sabedoria é a oferta de Jesus: "Buscai primeiro o reino de Deus ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas vós" (Mt 6:33. )!

ORIGEM DO B. sabedoria antiga (8: 22-31)

22 SENHOR me possuiu no princípio do seu caminho,

Antes de suas obras mais antigas.

23 I foi criado para a eternidade, desde o início,

Antes a terra era.

24 Quando ainda não havia abismos, fui gerada,

Quando não havia fontes carregadas de águas.

25 Antes que os montes fossem firmados,

Antes que os montes eu nasci;

26 quando ele ainda não tinha feito a terra, nem os campos,

Nem o princípio do pó do mundo.

27 Quando ele preparava os céus, aí estava eu;

Quando traçava um círculo sobre a face do abismo,

28 Quando ele fez firmar os céus acima,

Quando as fontes do abismo se tornou forte,

29 Quando ele fixava ao mar o seu limite,

Que as águas não transgredir o seu mandamento,

Quando ele traçava os fundamentos da terra;

30 Então eu estava ao lado dele, como um operário mestre;

E era cada dia o seu prazer,

Folgando perante ele,

31 alegrai-vos na sua terra habitável;

E o meu prazer com os filhos dos homens.

Poucos negariam que este é Há certamente mais do que um eco dessa passagem nas referências seguintes do Novo Testamento: "a maior passagem no Livro dos Provérbios." Jo 1:1 ; Cl 1:15 ; Ap 3:14 ).

Um dos problemas decorrentes dessa passagem é a questão de saber se a sabedoria é aqui uma continuação da personificação de 8: 1-21 , ou se há um aspecto adicional à sua personalidade inferir, especialmente a partir da descrição dada a ela em versos 30- 31 . Alguns sugeriram que a sabedoria é aqui uma "extensão" da personalidade de Deus, tanto quanto é refletida nos conceitos de Espírito (hebraico ruach ), Nome (Shem) e Word (davar) quando eles são usados ​​em conexão com Deus e Sua atividade. Por exemplo, em Is 55:11 , o Senhor disse: "Assim será a minha palavra ser que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz. "AR Johnson comenta:" Os "Palavra" (davar) é um com o "coisa" (davar) que está a ser executada; ela tem realidade objetiva, e, assim, forma uma poderosa Extension da personalidade divina "Pode ser que o conceito do Novo Testamento de Cristo como o. Logos , o Verbo Divino ou Reason (Jo 1:1 ), faz com que seja mais fácil para ver mais de uma personificação da idéia de sabedoria em Pv 8:22 . Não poderia ser que essa personificação da sabedoria e, em seguida, o pensamento judaico posterior da pré-existência da lei (Eclesiástico 24: 9 , 23) e a idéia do Espírito de Deus ser um mediador entre o Deus transcendente e seu mundo (Sabedoria de Salomão 1: 6 , 7 ; 7: 22ff .) faziam parte da preparação para a revelação plena de Deus através da Palavra Eterna, Seu Filho?

Como nas contas da criação do Gênesis, o objetivo principal nesta história da criação não é descrever o "como" da criação como tal. Em Gênesis, o principal objetivo é enfatizar que tudo neste universo remonta ao ato criador de Deus: ". No princípio, Deus" Aqui, o principal objetivo é mostrar que tudo o que Deus fez e faz é feito na e pela sabedoria. "A sabedoria pela qual o mundo é usado corretamente não é outro senão a sabedoria pela qual ela existe." A inserção do relato da criação é uma que remonta ao início de coisas para dar suporte à necessidade e validade de aceitar e seguir a sabedoria agora. Assim, os detalhes individuais de atividade a criação de Deus são citados por sabedoria principalmente para definir o cenário para sua reivindicação repetiu: "Eu estava lá, mesmo caminho de volta no início, antes que o mundo como você sabe que foi criado."

No entanto, não importa quanta sabedoria enfatiza e prova sua origem antiga como ela narra os atos criativos de Deus, que ela viu acontecer e até tinha uma parte em realizar, há um fato mais importante subjacente a isso tudo: Deus é e sempre tem sido!Esse fato era tão central na consciência religiosa de Israel que mesmo o nome dela mais característico para Deus, Javé (o Senhor), é melhor explicado como significando algo como "Eu sou o que sou", "Eu vou ser que eu seja, "ou" Eu sou o que faz com que seja "( Ex 6:14 ). Tão importante quanto a sabedoria é e foi, mesmo dentro da obra criadora de Deus, o próprio Deus é ainda maior do que a sabedoria. Tudo tem a sua origem n'Ele, mesmo sabedoria si mesma.

Possessed (v. Pv 8:22) representa o hebraico qanah , e é processado em várias maneiras pelas traduções: "criado" (RSV), "possuído" (ASV, Scott, KJV), "formado" (Moffatt, Toy), " formado "(American trans., McFadyen)," gerou ", (Confraria), e" fez "(Knox). O significado mais usual para o termo hebraico é "obter, adquirir, possuir." Este significado é no sentido de adquirir coisas, bens imóveis, ou um animal. Em apoio a este significado no versículo 22 , Scott diz:

O que está sendo afirmado não é o que o Senhor é o criador, mas esse atributo do Senhor da sabedoria "existia" antes da sua expressão em seus atos de criação. O significado "possuir" de qanah é inteiramente adequada e está de acordo com o uso do autor em Pv 1:5 . Yahweh "possuído" sabedoria como um atributo ou faculdade integrante de seu ser, desde o primeiro, e "em [com ou por] sua sabedoria fundou a terra" (Pv 3:19 ).

Outro significado, mas menos comum para o termo hebraico é "criar", como em Gn 14:19 , Gn 14:22 ; Dt 32:6 , Is 38:12 . Os versículos 22:23 seria assim rendeu: "O Senhor me criou o ápice, a principal (coisa, ingrediente) do seu domínio (soberania) ... I foi fabricado desde a eternidade.".

Os versículos 24:25 são, então, ligados uns aos outros no uso repetido do verbo "dar à luz, para trazer", uma metáfora que também é usado no Sl 90:2 e outros lugares para descrever a origem das montanhas e mares. Depths(hebraico tehomoth) é a mesma palavra que as águas primitivas mencionados no Gn 1:2 , que tem "fontes do mar" (inhame nivke) paralelo ao "profundidade" (tehom ), fortemente apoiada pela referência no cananeu Baal épico "El onde é dito que habitam 'no fontes (mabbike) dos Dois Rios, no meio das fontes ('apqe) dos dois Profundezas "," O original hebraico para abundante com água bem poderia ter significado algo como "fontes de água (ou do mar)." Este possibilidade é ainda apoiada pelo fato de que o texto hebraico como temos agora (difícil de fazer sentido fora) é apenas um pouco diferente na forma consonantal das possibilidades sugeridas por 38:16 e os textos cananeus.

Antes que os montes fossem firmados reflete o antigo conceito hebraico da origem e formação da Terra. Sem o conhecimento de uma terra que é redondo e em órbita ao redor do sol, eles achavam de uma Terra plana, coberto com um firmamento que conteve as águas acima, e com águas debaixo da terra. As montanhas foram pensados ​​para ser firmemente baseado em fundações que vão nas profundezas da terra. Saldado é, literalmente, "afundou-se," a partir de uma base profundamente escavado.

A partir do pó do mundo é difícil, e certamente não é clara em significado. O hebraico é literalmente "a cabeça dos pós da terra." Uma vez que a palavra hebraica para "cabeça" é diferente da palavra hebraica para "atropelar" apenas pelo arredondamento de um canto quadrado da letra hebraica daleth (D) para a resh (R), tem sido sugerido que o versículo 26 deve ser lido: "Antes (acadiano adi la para hebraico 'ad lo' , "até que não") que ele tinha feito a terra e os campos e tinha pisado o pó do mundo. " "Like a poeira para pisar" é um equivalente próximo em 1Rs 13:7)

32 Agora, pois, meus filhos, ouvi-me;

Para abençoado arc os que guardam os meus caminhos.

33 Ouvi a instrução, e sede sábios,

E não a rejeiteis.

34 Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos,

Velando cada dia às minhas entradas,

Esperando na ombreiras da minha porta.

35 Por que me achar achará vida,

E alcançará o favor de Jeová.

36 Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma;

Todos os que me odeiam amam a morte.

A chamada de sabedoria é mais uma vez dado, mas em termos de apenas duas opções. Não há quid tertium nas grandes decisões da vida. Ou é "sim" ou "não", a favor ou contra. Ecoando Salmo 1 com a sua descrição de bênção para o sábio que escolher o caminho certo, a sabedoria fala da bênção que vem para aqueles que são persistentes em procurá-la. Aqueles que olham para ela diariamente , constantemente, e em todos os lugares, vai encontrá-la. Não só isso, mas eles vão encontrar a vida , vida em abundância, pois eles devem obter favor de Jeová. Depois de quatro versos de promessa de bênção, apenas um versículo é usado para dar as tristes conseqüências da recusa sabedoria (e necessário!): aquele que peca contra mim (me falha) fará mal à sua própria alma. Como Scott coloca: "O homem que me fará mal a si mesmo dói." A recusa da vontade de Deus para nossas vidas é uma recusa direta de nossa própria melhor.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
  • Segundo chamado da sabedoria — à prosperidade (Pv 8:0,1Co 1:30). Ao ler essa descrição, você vê Cristo, o amado Filho do Senhor, o Criador do universo. Conhecê-lo é a verdadei-ra sabedoria. (Claro que Cristo não nasceu [vv. 24-25] no sentido de ser criado pelo Pai, já que o Filho sempre existiu. A linguagem é simbólica.)

    A sabedoria convida-nos à pros-peridade, ao mesmo tempo que, no capítulo 6, a insensatez nos convida à pobreza (Pv 6:20-20). Eis, de novo, a "mulher alheia" toda formosa, lisonjeando o jovem e tentando-o para que peque. Pv 6:26 mostra que o pecado leva à pobreza; veja também 6:31. É verdade que muitos descrentes hoje parecem prósperos, porém a riqueza deles não é dura-doura.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    8.1 Começa aqui a segunda divisão do livro, se este for considerado um método para o ensino da verdadeira piedade.
    1) A piedade é ensinada à juventude (1.1 -7.27),
    2) Piedade torna-se possível pela verdadeira sabedoria (8:1-9.18);
    3) A piedade em contraste com a impiedade (10:1-31.31).

    8.2,3 O convite da sabedoria vem ao nosso encontro em qualquer situação da nossa vida diária: é, realmente, a mensagem do evangelho ao pecador perdido (8.7n), Lc 19:9-42.

    8.5 Simples. Heb peti', facilmente enganado, inexperiente. Néscios. Heb kesil, no sentido de ser gordo e vagaroso no entendimento; inclui a idéia de ser ímpio, ateu (Sl 49:13; Ec 7:25), que é a vida (Jo 14:6), a luz que desceu do Céu (Jo 8:12), pode falar assim. Isto fica claro, especialmente; quando é proclamada a eternidade desta sabedoria (22-31; Jo 1:1; 1Co 1:30; Cl 1:17).

    8.9 Quem as entende. A verdade quando é logo proclamada é logo entendida por quantos a procuram com sinceridade (Jo 7:17).

    8.13 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 111:10); aqui se define como a prática da vida moral, ensinada pela Sabedoria de Deus.

    8.17 Aqui a voz de Jesus Cristo se faz ouvir claramente (Jo 13:1) a descrever o seu amor (He 7:25) e sua solicitude em atender à oração.

    8.18 Riquezas e honra. Geralmente estas duas coisas não se combinam, mas a sabedoria torna isto possível.

    8.22 Este trecho, até ao fim do capítulo, é uma antecipação da voz de Cristo, proclamando a verdade antes de sua vinda ao mundo, na estrebaria de Belém. Cristo estava na glória, mas não inativo (Jo 5:17), antes que houvesse mundo (Jo 17:5).

    8. 26 Amplidões. Lit. "o que fica fora", o espaço sideral. O princípio do pó. A palavra "pó" é a mesma usada para descrever a matéria da qual o homem foi formado, e "principio" é a mesma palavra usada para "cabeça" no hebraico. A referência é ao homem, cabeça e coroa da criação de Deus (Gn 1:26-31).

    8.30 Arquiteto. Bem claro é que Deus fez o universo do nada (He 11:3), conforme o sentido exato da palavra "criar" em Gn 1:1, 21, 27; Deus forma do nada as matérias do universo, enquanto sua sabedoria, sua palavra, revelada no Verbo, nosso Salvador Jesus Cristo (Jo 1:1-43), põe tudo numa ordem segundo os homens podem entender, e na plenitude dos tempos veio revelar a plenitude de Deus, encarnado na forma humana (1Jo 1:1, 1Jo 1:2).

    8.30,31 Delícias. Assim como existe amor e comunhão profundos entre Deus e seu Cristo (30), existe também este mesmo amor entre Cristo e os homens (31). Compare Jo 17:2123.

    8.35 O que me acha, acha a vida. Aquele que é a vida (Jo 14:6) é o único que pode dar a vida; e Ele quer dá-la a todos que nele crêem (Jo 11:25, Jo 11:26). Com o v. 36, é o convite e o aviso pronunciados por Crista no evangelho (Jo 3:16-43).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36

    11) A sabedoria defende a sua causa (8.1—9.18)
    A seção introdutória (1.8—9,18) termina com uma declaração positiva de grande impacto, reunindo e ligando as pistas espalhadas em toda a seção (1:20-23; 3:13-20). Agora já não por contraste com o que é perverso e distorcido, mas de maneira franca e direta a sabedoria declara que se harmoniza perfeitamente com o Universo, que evidentemente é a chave para a vida e a compreensão de tudo, assim como foi fundamental para a sua criação (v. 22). A sabedoria faz o homem ser verdadeiramente humano (v. 32-36) em comunhão aberta e com contentamento pleno.
    a)    O chamado da sabedoria (8:1-5)
    Acima das conversas tolas de todo tipo de
    avareza e ganância, a sabedoria está clamando (v. 1). Para despertar as pessoas do seu baixo nível de satisfação, o discernimento precisa erguer a sua voz. Gomo em 1.20, o chamado é amplo (v. 2,3): homens, em geral, e até inexperientes e tolos (v. 5), são desafiados a prestar atenção, pois essa sabedoria não é nenhum sistema filosófico esotérico, mas bom senso simples e realista. Ela está relacionada a padrões morais (v. 6-14), ao propósito e alvo da vida social e pessoal (v. 15-21) e a uma reação adequada de admiração e adoração diante do Universo à nossa volta (v. 22-31).

    b)    A sabedoria e a piedade (8:6-14)
    A descrição da sabedoria tem uma qualidade restauradora e refrescante como a brisa do mar depois da atmosfera empoeirada do mundo que só maquina a maldade. Palavras de grande impacto tornam a lição muito clara ...do que é certo-, heb. yãsãr, uma palavra importantíssima no AT, o “justo” Dt 2:7; Dt 3:23; base para o que é “correto” em 1.3; o padrão segundo o qual tudo é julgado (Sl 19:8; lRs 15.11

    etc.). Há objetividade e intencionalidade na sabedoria bíblica que contrasta com a confusão de grande parte do oportunismo do século XX. v. 8 .justas: heb. sedeq como em 1.3; v.comentário, v. 9. retas-, como em 24.26; 2Sm 15:3; Is 30:10, a verdade simples e óbvia, mesmo que intragável, v. 13. odiar o mal\ v.comentário Dt 6:16. A NEB rebaixa o v. 13a a uma nota de rodapé, possivelmente como uma glosa Dt 3:7 ou 16.6, mas não há evidência nos manuscritos, nem evidência para que se exclua a referência ao Senhor dessa ampliação da sabedoria. Nomes familiares são lembrados como nomes da sabedoria, aqueles que compartilham da sua casa: prudência (como em 1.4), conhecimento (1.4), bom senso (1.4), sensatez (2.7), entendimento (1.2) e ainda se acrescenta o conselho sensato (conselho oferecido gratuitamente, mas temperado pela sua fonte; lRs 12.13,14; Sl 1:1Sl 33:11; os homens maus ainda assim podem ter o poder de dar bons conselhos, 2Sm 16:23) e poder (a força ou energia para fazer as coisas acontecerem, embora com dificuldades em virtude da falta de sabedoria, Ec 9:16) para fornecer uma caixa de ferramentas equilibrada e diversificada para lidar com as questões da vida.

    c)    A sabedoria e a sociedade (8:15-21)

    A maioria dessas qualidades pode ser vista no governante ideal de Is 11:2,Is 11:3, um belo exemplo do que ocorre quando reis governam e governam os nobres por intermédio da sabedoria. As recompensas desse governo sábio são riquezas e honra, prosperidade e justiça (Is 11:4-23). Há uma forte ligação no desenvolvimento do pensamento judaico entre esse texto, por meio de dois livros apócrifos (Eclesiástico 24 e Sabedoria 7), e Fílon de Alexandria (início do século I), o qual tentou combinar as cos-movisões hebraica e grega com a idéia do princípio da sabedoria (logos, palavra), uma emanação de Deus por intermédio da qual o mundo foi feito. Mas o logos de Fílon era impessoal e “espiritual”. Assim, quando João fala da Palavra {logos, Jo 1:1), ele restabelece a verdadeira idéia hebraica de um Deus pessoal e criador e “usa a palavra de Fílon para rejeitar a idéia de Fílon”. Esse texto ganhou relevância no pensamento cristão antigo quando Ario (século IV) citou a LXX em apoio ao seu ponto de vista de que Cristo, a sabedoria de Deus, foi o primeiro a ser concebido no sentido de que ele foi o primeiro, no tempo, a ser criado (um ponto de vista que pode ser levado em consideração por qualquer pessoa que quiser aplicar esse texto diretamente ao Cristo pré-encarnado).

    v. 22. O Senhor me criou: segue a LXX; “me possuía” (leitura alternativa da NVI) segue a Vulgata. O hebraico {qãnãh como em 4.7) geralmente significa “adquirir” como em uma compra (Js 24:32), e daí o que é adquirido está na lista das posses da pessoa. Ocasionalmente a aquisição ocorre por meio do nascimento (Gn 4:1) ou por meio da criação (subentendida) (Gn 14:19). A ênfase, como aqui, está no fato de que a sabedoria pertence ao Senhor, não em quando e como veio a pertencer a ele. A primazia da sabedoria em relação à criação {quando ainda não [...] quando não [...] antes de [...] ainda não) põe o Universo em uma nova perspectiva. Aqui não há um conjunto de acontecimentos aleatórios, mas um desenvolvimento ordenado e premeditado. “As leis que fazem do Universo um cosmo, e não um caos, são expressões da mente divina” (Westcott). Isso dá solidez, significado e padrão ao Universo e liberta o poeta para se alegrar no Universo, evocando nele palavras e metáforas. Os detalhes devem ser desfrutados dessa forma, e não distorcidos para apoiar alguma cosmologia particular (como v. 28,29 para mostrar um sistema em três níveis — v.comentário Dt 3:19,Dt 3:20 — ou v. 27b para provar que a terra é redonda). Há sugestões de generosidade (v. 24), cuidado meticuloso (v. 26), poder incrível (v.
    - 27b) e controle (v. 29; conforme 38:4-18; Sl 33:6,Sl 33:7). Em tudo isso, a sabedoria de Deus se alegrava, e o texto diz que a humanidade [lhe] dava alegria, uma característica singular do relato bíblico da criação. O homem não é o burro de carga de Deus no mundo, mas objeto do seu favor e alegria. “Com alegria, viste a mansão em que os filhos do homem deveriam habitar” (Lady Campbell).

    e)    A lição reforçada (8:32-36)
    Os exemplos foram detalhados, a supremacia e conveniência da sabedoria foram explanadas, de modo que a sabedoria estimula agora: Ouçam-me [...] Ouçam a minha instrução [...] vigiando diariamente à minha porta. Isso vai produzir felicidade (v. 32) vida c favor do Senhor (v. 35). Mais uma vez, se destaca o contraste entre vida e morte, o crescimento em harmonia com a verdadeira natureza das coisas e a rejeição que faz a pessoa se agredir a Sl mesma (v. 36), sendo esta uma violação da personalidade (“violenta a própria morte”, ARA; v. Nu 16:38 e comentário de Pv 6:32).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

    INTRODUÇÃO

    A Doutrina dos Provérbios. A essência do Livro dos Provérbios é o ensino da moral e dos princípios éticos. A peculiaridade deste livro é que ele ensina principalmente por meio de contrastes. Especialmente dignos de nota são os capítulos 10-15, onde quase todo versículo distingue-se pela palavra "mas".

    Na primeira seção, os capítulos 1-9, também foram empregados contrastes entre o bem e o mal. O bem nesta seção está indicado por diversas palavras sabedoria, instrução, entendimento, justiça, juízo, eqüidade, conhecimento, discernimento, saber, conselhos – mas especialmente sabedoria, que aparece dezessete vezes nesta porção e vinte e duas vezes no restante do livro. A bem conhecida declaração de Pv 1:7, "o temor do Senhor é o princípio do saber", repetida no final da seção (Pv 9:10) pode ser considerada o tema do livro. Esta declaração reaparece ao pé da letra (com as cláusulas invertidas) no alfabético Sl 111:10, e em forma quase idêntica no clímax do capítulo 28 de Jó, o qual descreve em forma altamente poética a busca da sabedoria.

    Peculiar a esta seção de Provérbios é a personificação da sabedoria como se fosse uma mulher. Pela primeira vez aparece em Pv 3:15. Pv 7:4 abre o caminho à personificação: "Dize à sabedoria: Tu és minha irmã". Ela se completa nos capítulos Pv 8:1 e 9, onde a Sabedoria convida os tolos a participarem de sua festa. Só em Provérbios e só nesta primeira parte a sabedoria foi assim personificada.

    É essencial à compreensão desta primeira parte que se reconheça esta personificação. Considerando que "sabedoria" em hebraico é um substantivo feminino, é natural e prontamente personificada em uma mulher. Mais do que isto, o autor aqui contrasta a "sabedoria", uma mulher virtuosa, com a prostituta, a mulher estranha. E tal como a sabedoria representa todas as virtudes, provavelmente a mulher estranha tipifica e inclui todo o pecado.

    O contraste é estudado e artístico. A Sabedoria clama nas ruas (Pv 8:3). Seu convite é: "Quem é simples, volte-se para aqui" (Pv 9:4,Pv 9:18), faz um convite idêntico: "Quem é simples, volte-se para aqui" (Pv 9:16), na jurisprudência (1Rs 31:1, a doutrina é apresentada quase que exclusivamente através de versículos isolados. Através do capítulo 15, o ensino é feito por meio de contraste, indicado por um 'irias" no meio de quase todos os versículos. Subseqüentemente há paralelos de idéias mais freqüentes que os contrastes. Esta seção cobre uma larga escala de assuntos e torna difícil fazer um esboço. O ponto de vista, contudo, é bastante consistente. Salomão faz um contraste entre a sabedoria e a loucura. E, como na Seção l, não é a inteligência versus a estupidez; é a sabedoria moral versus o pecado. Nesta seção a sabedoria não está personificada, mas os mesmos sinônimos da Seção I foram usados aqui em se tratando dela – entendimento, justiça, instrução. O louco também tem o seu paralelo: o zombador, o preguiçoso, o obstinado.

    As seções seguintes (veja Esboço) continua nesta linha. Conforme Toy destaca (Crawford H. Toy, ICC sobre Proverbs, pág. xi), a ética do livro é muito alta. Honestidade, verdade, respeito pela vida e propriedade são os pontos nos quais se insiste. Os homens são aconselhados a exercerem a justiça, o amor, a misericórdia para com os outros. Uma boa vida familiar, com cuidadosa educação das crianças e um alto padrão feminino é o que se reflete.

    Quanto ao aspecto religioso, o Senhor se entende como o autor da moral e da justiça, e o monoteísmo é pressuposto. As referências à Lei e à profecia (Pv 29:18) ao sacerdócio e aos sacrifícios (Pv 15:8; Pv 21:3, Pv 21:27) são poucas, no entanto. O autor fala de si mesmo, inculcando princípios de boa conduta como vindos do Senhor.

    Autoria. O nome de Salomão aparece em três partes do livro - Pv 1:1;

    COMENTÁRIO

    1. O Tributo de Salomão à Sabedoria, o Temor do Senhor.

    2. 1:1 - 9:18.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    n) A décima terceira lição (Pv 8:1-20), o escritor da epístola aos Hebreus (cfr. He 1:3), e João (cfr. Ap 3:14), vêem nisso termos que só têm pleno significado em "Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus" (1Co 1:24). Teófilo de Antioquia, o primeiro escritor cristão a usar o termo "Trindade" para a Deidade, fala de "Deus, Sua Palavra e Sua Sabedoria" (Ad Autolycum Pv 2:15); à semelhança de outros escritores do século II ele não demonstra claramente a divisão de funções entre o Filho e o Espírito Santo. Podemos acreditar que os pais da Igreja foram justificados ao verem na personificação da Sabedoria um prognóstico da revelação, mais clara no Novo Testamento sobre três hipóteses em um único Deus. Como o arquidiácono Perowne diz: "A vívida e augusta personificação não hesita em seu caminho, até que finalmente nos apresenta (e não tanto prediz). Aquele que é a "Sabedoria de Deus", o "Unigênito do Pai", e o "Filho de Seu Amor"; o qual "se tornou carne" e "habitou entre nós", porque desde toda a eternidade "Ele se deleitava com os filhos dos homens" (The Proverbs, Cambridge Bible, pág. 31). Finalmente, podemos notar que nosso Senhor Jesus mesmo se refere à Sabedoria de Deus em forma personificada (Lc 11:49), ao falar sobre os profetas e apóstolos, os porta-vozes da sabedoria de Deus, que consistentemente tinham sido rejeitados pelo povo de Deus.

    1. A SABEDORIA ENTRE OS HOMENS (Pv 8:1-20). Nos lugares mais conspícuos (2-3) a Sabedoria se dirige à humanidade inteira (4). Uma vez mais vemos que a perspicácia discernidora (prudência) é oferecida aos simples e que mesmo os mais endurecidos loucos (kesilim, ver 1.22 n.) ainda têm a oportunidade de aprender (5). As palavras da sabedoria são verazes, diretas e sinceras (6-9). Podemos comparar Mt 13:16 com o vers. 9. A sabedoria oferece uma rica recompensa: muito mais rica que as coisas por causa das quais os homens desgastam suas vidas (10-11).

    >Pv 8:12

    A sabedoria, em seguida, explica mais ainda o que ela é. No que tange ao vers. 12, ler: "Eu, a Sabedoria, na prudência tenho feito minha habitação, e adquiro conhecimento e discrição". O significado será, então, que a Sabedoria é demonstrada na vida prática pelo discernimento (prudência) e que possui as outras formas de entendimento referidas em Pv 1:4. A sabedoria se identifica com o temor do Senhor (cfr. Pv 1:7), o que, somos informados, envolve aborrecimento ao mal (13). Entre suas outras possessões encontramos o conselho e a fortaleza (14), qualidades de realeza que são vistas em sua plenitude no Rei Messias (Is 9:6; Is 11:2). Isso leva, naturalmente, à parte da Sabedoria na orientação dada aos governantes (15-16). Justiça (15) significa governo justo. Salomão mesmo rogou que lhe fosse dada sabedoria para orientá-lo em seu governo (1Rs 3:5-11). A sabedoria torna-se acessível quando procurada (17; cfr. Lc 11:9-42). De madrugada, aqui, é a mesma coisa que "diligentemente". A sabedoria confere grandes riquezas àqueles que a amam (18-21), as quais são maiores por serem obtidas na retidão (18-20). Que suas bênçãos são mais que simplesmente materiais .fica demonstrado pelos contrastes no vers. 19. Duráveis (18) é uma palavra que não ocorre em outra porção qualquer do Antigo Testamento: algumas versões sugerem "antigas", enquanto que Koehler (Lexicon, in loc.) sugere "hereditárias".

    >Pv 8:22

    2. SABEDORIA PARA COM DEUS (Pv 8:22-20). A sabedoria fala em seguida sobre sua participação na criação. Desde o início da controvérsia ariana, no século IV, que o vers. 22 tem sido uma das mais discutidas passagens do Antigo Testamento. O ponto principal em debate é, qual o significado da palavra qanah, traduzida como possuiu? A Septuaginta diz: "O Senhor me criou" e os arianos usavam isso como um de seus principais textos de prova para sua tese que Cristo era um ser criado. Foram refutados mediante outros pontos, mas também foi demonstrado que o hebraico, aqui, não tem tal significação. Possuiu, tradução dada pelas versões em português, significaria, que desde o princípio a sabedoria de Deus estava com Deus: Deus é chamado de o Possuidor (raiz, qanah) dos céus e da terra, em Gn 14:19-22. C. F. Burney, "Cristo como o Arché da Criação" (em Journal of Theological Studies, vol. 27, 1926, págs. 160 e segs.), apresenta evidência que o significado dessa palavra é "gerou", uma tradução que faria com que essa passagem tivesse uma importância tão grande, sobre a doutrina da Eterna Geração do Filho, como tinha nos dias de Ário. De qualquer modo, a referência aqui não é que a Sabedoria foi o primeiro ser criado, pois a sabedoria de Deus certamente é inseparável dEle: pelo contrário, deveríamos entender por isso que a Sabedoria estava com Ele desde toda a eternidade. Ungida (23) pode referir-se à nomeação da Sabedoria, por Deus, para sua tarefa. Essa palavra é usada no sentido de consagrar. Significando originalmente "derramar" veio a significar "consagração por derrame de libações". A sabedoria precedeu todos os seres criados e até mesmo as profundezas primevas (24). Mas isso ainda não é tudo.

    >Pv 8:30

    Nos versículos finais a Sabedoria fala como um mestre e se dirige à sua audiência como "filhos" (32), lembrando-os novamente do fato que amá-la produz vida (35) e que odiá-la atrai a morte (36); Pecar contra mim (36); melhor ainda: "o que me omite". A palavra hebraica "pecar" significa originalmente "errar", isto é, "errar o alvo": esse sentido original cabe melhor aqui, onde o contraste é entre aquele que me achar (35) e aquele que "me omitir". Omitir a Sabedoria é enganar a si mesmo: é odiá-la como um suicida (36).


    Dicionário

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    O

    substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
    apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
    Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
    Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
    pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
    Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
    pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
    [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
    Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
    Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

    Prudência

    substantivo feminino Característica de quem se comporta de maneira a evitar perigos ou consequências ruins, de quem é prudente; precaução.
    Em que há sensatez; que demonstra ou age com paciência; ponderação, calma.
    Etimologia (origem da palavra prudência). Do latim prudentia.ae.

    Cautela; precaução

    A prudência é uma bela virtude, que ajuda extraordinariamente o homem a abrir caminho neste mundo inferior. [...] Ser prudente é calcular, desconfiar, freqüentemente calar e, às vezes, rastejar, é imitar a serpente, para melhor defender-se das serpentes. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 40a efusão


    Prudência Qualidade de encarar situações com cuidado e MODERAÇÃO (Pv 16:16); (Ef 1:8).

    Simples

    adjetivo Que que se opõe ao que é composto; constituído por elementos homogêneos ou de mesma natureza elementar: o ouro e o oxigênio são corpos simples.
    Que não é complicado; fácil; rudimentar: mecanismo simples; método simples.
    Desprovido de afetação; natural, modesto, espontâneo: é uma mulher simples.
    Sem malícia; singelo, puro ou sincero: simples como uma criança.
    Que se deixa facilmente enganar; ingênuo.
    Só e/ou único; uma simples palavra bastava.
    Sem qualidade ou graduação superior; ausente de outros títulos; mero ou ordinário: é um simples bancário.
    História natural. Diz-se dos órgãos que não possuem apêndices.
    Botânica Diz-se da flor cuja corola só tem um ciclo de pétalas.
    [Química] Corpo simples; que não é suscetível de qualquer decomposição.
    Gramática Tempo simples; tempo do verbo que se conjuga sem auxiliar.
    Religião Voto simples; que não é solene; facilmente dispensado.
    advérbio De modo simplório; em que há simplicidade.
    substantivo masculino Aquilo que é simples: passar do simples ao composto.
    Pessoa simples; pessoa ingênua, crédula.
    substantivo masculino plural Símplices. Plantas silvestres colhidas por suas virtudes medicinais.
    Etimologia (origem da palavra simples). Do latim simplex.icis.

    Simples
    1) INCAUTO (Pv 14:15)

    2) Que não tem experiência (Pv 1:4).

    º

    ò | contr.
    ó | interj.
    ó | s. m.
    o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
    o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
    ô | s. m.

    ò
    (a + o)
    contracção
    contração

    [Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

    Confrontar: ó e oh.

    ó 1
    (latim o)
    interjeição

    Palavra usada para chamar ou invocar.

    Confrontar: oh e ò.

    Ver também dúvida linguística: oh/ó.

    ó 2
    nome masculino

    Nome da letra o ou O.

    Confrontar: ò.

    o |u| |u| 2
    (latim ille, illa, illud, aquele)
    artigo definido masculino singular

    1. Quando junto de um nome que determina.

    pronome pessoal

    2. Esse homem.

    3. Essa coisa.

    pronome demonstrativo

    4. Aquilo.

    Confrontar: ó.

    Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

    o |ó| |ó| 1
    (latim o)
    nome masculino

    1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

    2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

    3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

    símbolo

    5. Símbolo de oeste.

    6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

    Plural: ós ou oo.

    ô
    (latim o)
    nome masculino

    [Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

    Confrontar: o.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Provérbios 8: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Entendei, ó homens sem discernimento, a prudência; e vós, insensatos, entendei de coração.
    Provérbios 8: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    950 a.C.
    H3684
    kᵉçîyl
    כְּסִיל
    de ou para um jumento, movido por um jumento
    (heavy)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    H3820
    lêb
    לֵב
    ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    (of his heart)
    Substantivo
    H6195
    ʻormâh
    עׇרְמָה
    sabedoria
    (wisdom)
    Substantivo
    H6612
    pᵉthîy
    פְּתִי
    simplicidade, ingenuidade adj.
    (the simple)
    Adjetivo
    H995
    bîyn
    בִּין
    discernir, compreender, considerar
    (discerning)
    Verbo


    כְּסִיל


    (H3684)
    kᵉçîyl (kes-eel')

    03684 כסיל k eciyl̂

    procedente de 3688; DITAT - 1011c; n m

    1. tolo, estúpido, estulto, simplório, arrogante

    לֵב


    (H3820)
    lêb (labe)

    03820 לב leb

    uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

    1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
      1. parte interior, meio
        1. meio (das coisas)
        2. coração (do homem)
        3. alma, coração (do homem)
        4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
        5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
        6. consciência
        7. coração (referindo-se ao caráter moral)
        8. como lugar dos desejos
        9. como lugar das emoções e paixões
        10. como lugar da coragem

    עׇרְמָה


    (H6195)
    ʻormâh (or-maw')

    06195 ערמה ̀ormah

    procedente de 6193; DITAT - 1698b; n. f.

    1. astúcia, esperteza, prudência

    פְּתִי


    (H6612)
    pᵉthîy (peth-ee')

    06612 פתי p ethiŷ ou פתי pethiy ou פתאי p etha’iŷ

    procedente de 6601; DITAT - 1853a n. f.

    1. simplicidade, ingenuidade adj.
    2. simples, tolo, de mente aberta

    בִּין


    (H995)
    bîyn (bene)

    0995 בין biyn

    uma raiz primitiva; DITAT - 239; v

    1. discernir, compreender, considerar
      1. (Qal)
        1. perceber, discernir
        2. compreender, saber (com a mente)
        3. observar, marcar, atentar, distinguir, considerar
        4. ter discernimento, percepção, compreensão
      2. (Nifal) ter discernimento, ser inteligente, discreto, ter compreensão
      3. (Hifil)
        1. compreender
        2. fazer compreender, dar compreensão, ensinar
      4. (Hitpolel) mostrar-se com discernimento ou atento, considerar diligentemente
      5. (Polel) ensinar, instruir
    2. (DITAT) prudência, consideração