Enciclopédia de Cântico dos Cânticos 1:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ct 1: 13

Versão Versículo
ARA O meu amado é para mim um saquitel de mirra, posto entre os meus seios.
ARC O meu amado é para mim um ramalhete de mirra; morará entre os meus seios.
TB O meu amado é para mim como um saquitel de mirra,
HSB צְר֨וֹר הַמֹּ֤ר ׀ דּוֹדִי֙ לִ֔י בֵּ֥ין שָׁדַ֖י יָלִֽין׃
BKJ Como um ramalhete de mirra é o meu amado para mim; ele deitará a noite inteira entre os meus seios.
LTT O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, ele deitará toda a noite entre os meus seios.
BJ2 Um saquinho de mirra é para mim meu amado repousando entre meus seios;
VULG Botrus cypri dilectus meus mihi in vineis Engaddi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Cântico dos Cânticos 1:13

Gênesis 43:11 Então, disse-lhes Israel, seu pai: Pois que assim é, fazei isso; tomai do mais precioso desta terra em vossos sacos e levai ao varão um presente: um pouco de bálsamo, um pouco de mel, especiarias, mirra, terebinto e amêndoas.
Salmos 45:8 Todas as tuas vestes cheiram a mirra, a aloés e a cássia, desde os palácios de marfim de onde te alegram.
Cântico dos Cânticos 2:7 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.
Cântico dos Cânticos 3:5 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.
Cântico dos Cânticos 4:6 Antes que refresque o dia e caiam as sombras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso.
Cântico dos Cânticos 4:14 o nardo e o açafrão, o cálamo e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias.
Cântico dos Cânticos 5:1 Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Cântico dos Cânticos 5:5 Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura.
Cântico dos Cânticos 5:13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como colinas de ervas aromáticas; os seus lábios são como lírios que gotejam mirra.
Cântico dos Cânticos 8:3 A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abrace.
João 19:39 E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés.
Efésios 3:17 para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO I

NOME E IDENTIFICAÇÃO

Cantares 1.1

A expressão Cântico de cânticos é a maneira de expressar superlativos em hebraico. É uma forma comparável a Senhor dos senhores e Santo dos santos. Para o autor, este cântico era o melhor do livro!

A locução de Salomão foi usada como uma evidência de que Salomão escreveu o livro. Entretanto, o texto não dá provas claras pois a palavra pode significar "por", "para" ou "sobre" Salomão. Veja Introdução, "Autoria".

SEÇÃO II

ACORDANDO PARA A REALIDADE

Cantares 1:2-4a

Deduz-se que a jovem sulamita (6,13) está para chegar à casa de verão do rei, que se situa no pé das montanhas do Líbano (veja mapa 3), em um jardim fechado por uma treliça. É a época da primavera.

A jovem solteira foi levada a força da sua casa, ou talvez tenha consentido, num estado mental de confusão, em acompanhar a carruagem do rei. Veja 6.12, que foi traduzido como:

Antes que eu estivesse consciente, a ilusão da minha alma me colocou na carruagem suntuosa do meu povo (Berk.).

Quando a carruagem pára, a sulamita é rodeada pelas filhas de Jerusalém (5), que fazem parte do harém do rei na sua casa de verão. Quando ela percebe sua situação, uma grande saudade de seu amado a invade, e ela clama: Beije-me ele com os beijos de sua boca (2).

As solteiras procuram assegurar à sulamita que seu encanto e beleza serão a garan-tia do seu próprio futuro:

Pois melhores são os teus amores que o vinho. Na fragrância teus ungüentos são bons; Que o teu nome seja derramado como ungüento; Por isso as virgens te amam (Terry).

Mas com medo e em vão, a jovem chama a carruagem que está partindo: "Arrasta-me contigo, corramos!" (4, BJ). A carruagem continua e a sulamita precisa enfrentar a realidade.

SEÇÃO III

A PRIMEIRA VISITA DO REI
Cantares 1.4b-2.7

Este episódio acontece em um dos aposentos onde as mulheres ficavam na residên-cia de campo do rei. O plano foi que ali se desse o primeiro encontro entre a sulamita e Salomão.

A. A SULAMITA E AS SOLTEIRAS, 1.4b-8

A sulamita e as filhas de Jerusalém (5; fazem parte do harém do rei) são os únicos presentes no começo. A jovem exclama com incredulidade e choque: O rei me introdu-ziu nas suas recâmaras (4). Diante disso as suas companheiras respondem com encorajamento:

Em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; Elogiaremos o teu amor mais do que ao vinho; não é sem razão que te amam (4, RSV).

A conversa continua em forma de diálogo:'

Sulamita:

Eu estou morena e formosa,

ó filhas de Jerusalém (v. 5)

Mulheres (interrompendo) :

Escura como as tendas de Quedar,

graciosa como as cortinas de Salomão.

No versículo 6, a jovem implora que suas companheiras não a encarem porque sua pele é escura. Ela explica que seus irmãos se indignaram contra ela e como castigo a colocaram debaixo do sol palestino para trabalhar nas vinhas. A expressão a vinha que me pertence não guardei se refere a sua própria cor e pessoa.

  1. Um Clamor pelo seu Amado Distante (1,7)

As memórias do ambiente de casa despertam dores agudas de saudade, e ela clama em angústia:

Conte-me, você a quem profundamente ama minh'alma,

Onde você apascentou seu rebanho,

Onde você o fez descansar ao meio-dia

Pois por que eu deveria ser como uma mulher disfarçada

(com a vestimenta da meretriz, cf. Gn 28:15),

Perambulando entre a multidão dos seus companheiros? (Berk.)

  1. A Resposta de um Harém Zombador (1,8)

Enojadas com o fato de que a sulamita estava preferindo um pastor rústico em vez da atenção do rei, uma das amigas fala severa e sarcasticamente:

Se você não sabe, mais bela das mulheres,

Siga os passos do rebanho, E leve suas cabras a pastar

Perto das tendas dos pastores (Pouget)

Não se pode prever o que poderia ter acontecido como resultado do começo dessa rixa no harém se o próprio Salomão não tivesse aparecido em cena.

B. SALOMÃO E A SULAMITA, 1:9-2.7

1. Elogios e Promessas (1:9-11)

Primeiro o rei faz grandes elogios à beleza e graça da jovem, comparando-a às éguas dos carros de Faraó (9). Este não é nem de perto um elogio para o gosto ocidental, mas nos países do Oriente isso expressaria a mais alta admiração. Clarke cita um momento comparável da literatura grega: "A dourada Helena, alta e graciosa, é tão destacada entre nós como um sulco no campo, um cipreste no jardim, ou um cavalo tessálio na carruagem".2 Os carros de Faraó eram um tipo real distinto dos carros mais simples. No versículo 10, o rei presta atenção especial à feição do rosto da jovem:

As suas maçãs do rosto são graciosas com tranças em seus cabelos, o seu pescoço com correntes de jóias (ASV).

No versículo 11, o pretendente real promete jóias cada vez mais valiosas: "Nós a enfeitaremos com correntes de pérolas, decoradas com prata" (Moffatt).

  1. O Primeiro Sinal de Rejeição (1:12-14)

Este parágrafo dever se entendido como o primeiro lembrete ao rei de que sua aten-ção não é bem-vinda porque o amor dela foi prometido a outro. As expressões-chave são à sua mesa (12; heb., "sofá") em contraste com um possível "nosso sofá", e a ênfase em o meu amado (13). O significado disso aparentemente é que enquanto o rei estava no seu lugar característico e de direito e ela estava em sua situação legítima com seu noivo, seus encantos físicos eram salientes e convidativos. Mas nas atuais condições, o seu nardo não exalava nenhum perfume. Nos versículos 13 e 14, a jovem declara aberta-mente seu amor — mas é por outro. Ela carrega consigo a lembrança do seu amado no seu coração como se ela vestisse em seu peito um saco de mirra.

Terry enxerga a jovem se contraindo diante das investidas de Salomão, e traduz assim suas palavras:

Enquanto o rei estava nos seus arredores,

Meu nardo exalava seu perfume.
Um saco de mirra é o meu amado para mim,
Sobre o meu peito ele deve permanecer.
Um ramalhete de flores de cipreste é o meu amado para mim,
Entre as vinhas de En-Gedi.

  1. Mais Persuasão e Recusa (1:15-2,7)

a) Diálogo (1:15-2.2). Apaixonado pela sulamita, e recusando-se a aceitar a relu-tância dela, o rei a pressiona:

Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas.

Mas a jovem responde como se estivesse falando a alguém muito distante: Eis que és gentil e agradável, ó amado meu; o nosso leito é viçoso (16). As pala-vras seguintes: as traves da nossa casa são de cedro, as nossas varandas, de cipreste, se referem ao gramado sombreado sobre o qual ela e seu amado estavam acostumados a repousar e conversar. Como todas as imagens a seguir, este versículo contém um lembrete agradável de que ela ama os campos e as árvores, não as atrações das casas de reis".3

O versículo 17 sugere as imagens relativas à floresta aberta em que as paredes laterais e o telhado da casa são feitos de árvores. Novamente, em 2.1, a jovem se identi-fica com um estilo de vida mais simples do que estar na corte do rei.

Eu sou (somente) uma rosa (heb., açafrão) de Sarom, um lírio dos vales (RSV).

Mas o nobre pretendente apaixonado responde: Se você é apenas um lírio,

Como um lírio entre espinhos

É minha amada entre as jovens solteiras (Pouget).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 versículo 13
Aqui se alude ao costume de levar amarrado ao pescoço um saquinho com essências aromáticas.Ct 1:13 Mirra:
Resina importada da Arábia, da Etiópia ou da Índia. Era utilizada para preparar um óleo sagrado (Ex 30:23-25), como estimulante (Pv 7:17), como cosmético (Et 2:12), para perfumar os trajes de bodas (Sl 45:8) e para embalsamar os cadáveres (Jo 19:39).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1.1

Ver Introdução: Autor; Título.

*

1.2-4

Expressões postas na terceira pessoa em 1.2 e 1.4 ("Beija-me com os beijos da tua boca... O rei me introduziu") abrem e fecham o parágrafo, que noutras passagens está na segunda pessoa ("teu nome"... "teu amor"). A jovem oscila entre pensar sobre seu amado ausente e dirigir-se a ele como se ele estivesse presente.

*

1:4

O rei me introduziu nas suas recâmaras. Temos aqui a primeira das cinco ocorrências da palavra "rei" (1.4,12; 3.9,11; 7.5). Aqui no v. 4, há duas possibilidades: ou o rei é Salomão, que havia tentado, sem sucesso, conquistar os afetos da jovem, ou ele é o amado a quem ela, romanticamente, fantasia como o seu rei. Esta última interpretação é a preferida (ver Introdução: Características e Temas). O parágrafo termina como começou, com a jovem referindo-se a seu amado ausente na terceira pessoa do singular (vs. 2-4, nota).

Em ti nos regozijaremos e nos alegraremos. As "filhas de Jerusalém" (v. 5) concordam com a jovem em que o amor do seu amado é melhor do que o vinho (v. 2).

*

1.5,6 A jovem responde à crítica sobre a cor da sua pele (vs. 5, "eu estou morena") por parte das filhas de Jerusalém (5.10-16, nota). Ela estava queimada de sol porque os irmãos dela a tinham posto a trabalhar nas vinhas, e, em consequência, ela não fora capaz de cuidar apropriadamente de sua "própria vinha" (o corpo dela, v. 6).

tendas de Quedar. As tribos beduínas que residiam na fímbria dos desertos a leste de Israel, fabricavam suas tendas de pêlos escuros de cabra.

Lugares Mencionados nos Cantares de Salomão

Desde os picos do Líbano até às ruas de Jerusalém (Ct 4:8; 6:4), a história de amor em Cantares de Salomão desenrola-se em vários contextos. Os amados referem-se e dirigem-se ao outro, usando várias quadros verbais, incluindo "a rosa de Sarom" (Ct 2:1), "o lírio dos vales" (Ct 2:1) e "as vinhas de En-Gedi" (Ct 1:14).

Líbano Senir Damasco Monte Hermom Monte Carmelo

Sunem Sarom Tirza Monte Gileade Jerusalém

Hesbom En-Gedi Quedar


*

1:8

ó mais formosa entre as mulheres. Em outros lugares, essa forma de tratamento só foi usada pelas "filhas de Jerusalém" (5.9; 6.1). Se quem fala aqui são as mesmas "filhas de Jerusalém", cujos olhares críticos são referidos no v. 6, então a atitude delas parece ter mudado. Mais provavelmente, porém, as palavras delas aqui são sarcásticas (5.8,9).

*

1:9

Às éguas dos carros de Faraó. Salomão começou o seu reinado fazendo uma aliança de casamento com Faraó (1Rs 3:1). Ele também comerciou com cavalos egípcios (1Rs 10:28), e os carros de combate de Faraó, com seus dois cavalos tornaram-se muito conhecidos e admirados em Israel. O que é contemplado aqui teria sido excepcional: uma égua enfeitada entre os garanhões, causando admiração e excitação.

*

1:11

(Nós) te faremos. No v. 4, as "filhas de Jerusalém" reverberam os elogios da jovem a seu amado; aqui, porém, elas respondem semelhantemente aos elogios dele a ela. O sujeito no plural (nós, subentendido em português) é contra tomarmos este versículo como uma fala do amado da jovem a usar uma linguagem própria da corte. O chamado plural de majestade não era usado na literatura do antigo Oriente Próximo e Médio.

*

1:12

o rei. O amado da jovem novamente aparece como um rei, conforme é indicado no versículo seguinte.

à sua mesa. O original hebraico tem aqui uma expressão incomum, literalmente, "à sua volta". Essa volta não é uma mesa, mas erva e árvores (vs. 16 e 17). A jovem estava pensando nos tempos em que ela e seu amado passavam tempos sozinhos nos bosques.

*

1:14

En-Gedi. Esse oásis luxuriante ficava a meio caminho para quem descia para as praias ocidentais do mar Morto.

*

1:15

Os teus olhos são como os das pombas. O ponto da comparação não é declarado. Talvez esteja em foco a meiguice de seu olhar. A jovem retribui o cumprimento indiretamente, em 5.12.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1 Salomão, como filho do rei Davi, subiu ao trono e Deus o escolheu para que construíra o templo em Jerusalém. Deus lhe deu uma sabedoria extraordinária. A maior parte de seu reinado se caracterizou por sua sabedoria e o temor a Deus, apesar de que ao final de sua vida se voltou vaidoso e lhe deu as costas. Leia a respeito do Salomão em 2 Rsseis 1:11 e I Crônicas 28-II Crônicas 9. Salomão escreveu mais de três mil provérbios (veja o livro de Provérbios) e ao redor de mil cânticos, um deles é este livro. Seu perfil se encontra em 2 Rsseis 3.

1.1ss Salomão visitava com freqüência as distintas partes de seu reino. Um dia, enquanto visitava uns vinhedos reais no norte, seu séquito tropeçou de surpresa com uma formosa camponesa que atendia as vinhas. Envergonhada, saiu correndo. Mas Salomão não a pôde esquecer. Mais tarde, disfarçado como pastor, retornou aos vinhedos e conquistou seu amor. Então, revelou sua verdadeira identidade e lhe pediu que voltasse para Jerusalém com ele. Salomão e sua amada celebram seus bodas no palácio ao início deste livro.

Cantar dos cantar é uma série de sete poemas, que não estão necessariamente em ordem cronológica. Reflete o primeiro encontro do Salomão e a camponesa, seu compromisso, casamento, noite de bodas e o posterior desenvolvimento de seu matrimônio.

1.1ss Há três personagens ou grupos de personagens neste livro: a donzela (a "amada"), o rei Salomão (o "amado") e os "amigos". A donzela que chamou a atenção do Salomão era do Sulam (alguns acreditam que era Sunem), uma comunidade de agricultores se localizada aproximadamente a 100 km ao norte de Jerusalém. Sua pele bronzeada indica que trabalhava ao ar livre, nos vinhedos (1.6), portanto, é provável que não pertencesse à classe alta. Os amigos incluíam ou mulheres do harém do Salomão ou servidores do palácio, assim como os irmãos da donzela.

1.1-4 Esta descrição vívida de uma relação amorosa começa com uma ilustração do amor mesmo. Melhores som os "amores que o vinho"; fazem que os apaixonados se regozijem. At 10:9-16 insígnia que o que Deus criou e limpou, não deveríamos usar mau nem chamar comum. Podemos desfrutar do amor. Deus o criou como um presente para nós e um deleite para nossos sentidos.

1:5 Cedar era uma comunidade nômade na parte norte da Arábia. Era conhecida por suas lojas feitas de cabelo de cabra negra.

1:6 As vinhas que se mencionam aqui eram ao parecer propriedade do Salomão (já que ele foi visitar as) e alugada aos meio irmãos da jovem ("os filhos de minha mãe"), quem a pôs a guardar as vinhas sob o sol ardente, portanto, não pôde cuidar de sua própria pele ("minha vinha, que era minha, não guardei"). Quando a levaram a Jerusalém, a jovem se envergonhou de sua pele escura já que as jovens da cidade tinham uma pele delicada e bela que se considerava muito mais formosa. Mas Salomão amava sua pele escura.

1:7 A jovem se sentiu insegura por ser diferente às mulheres de Jerusalém (1,6) e por sentir-se só enquanto seu amado estava longe (1.7). Desejava a segurança de sua presença. A base do verdadeiro amor é o compromisso, e em uma relação onde há amor genuíno, nunca existe o temor à traição, manipulação nem exploração.

1:14 Em-gadi era um oásis oculto na base de um penhasco escarpado de pedra calcária ao oeste do Mar Morto. Era conhecido por suas palmeiras frutíferas e seu fragrante azeite de bálsamo. O terreno que rodeava a Em-gadi era um dos mais desolados da Palestina e se encontrava em meio de um clima desértico extremamente quente. A flor de alfena em-gadi poderia parecer a mais formosa de todas devido a seu árido meio. portanto, a donzela adulava a aparência do Salomão ao dizer que se destacava entre todos os homens.

1.16, 17 O amado e sua amada descrevem o bosque que lhes rodeia como a câmara nupcial.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
A interpretação do Cântico dos Cânticos não é fácil. Ela começa no meio de um caso de amor cujos detalhes não são divulgados para o leitor. O poeta mergulha na história e deixa ao leitor a produzir para si o contexto. Não admira que há tantas interpretações diferentes das peças individuais, como também do todo. Se o leitor se sente às vezes que há certos detalhes faltando, ele está certo. A grandeza da história é evidente em que, sem esses detalhes, com toda a incerteza quanto ao alto-falante, progressão, e localidade, ele permanece como um clássico, mesmo para além do seu papel providencial na Escritura.

I. TITLE (Canção do Ct 1:1 , onde os tradutores da RSV não se sentia tão restrita.

Tudo sobre é desejável da donzela Amado. Ela anseia pela expressão do seu amor (beijos ). Ela anseia pelo cheiro muito de sua presença. A palavra traduzida formosas fragrância é muito comum em Levítico e Números, onde é usado o "cheiro suave" do sacrifício que é agradável ao Senhor. Seu nome em sua memória e em seus lábios tem conotações e evoca reações tão deliciosas que é como perfume que foi derramado. Há um êxtase neste amor que permeia a donzela como a influência do vinho. Mas ela não está sozinha na sua apreciação. As virgens , as donzelas que são amigos da cantora, está pronto para se juntar a ela em sua canção, uma vez que também compartilhar sua admiração por seu Amado.

Não é de estranhar que os leitores devotos da Escritura deve ver em tal "apelo ao amor" conotações que falam mais de amor humano para outro ser humano. A pureza e intensidade do sentimento, a associação evidente da presença do amado com itens em sua vida diária que tiveram fortes associações religiosas, a valorização das empresas de sua excelência, todo o som como um cumprimento da exortação do salmista: "Deixe-os também que amam o teu nome exultar em Ti "(versão judaica). Observe a tradução RSV de partes do Sl 63:1 ). Ela anseia por seu Amado, mas as donzelas que a cercam levá-la a pensar em si mesma. Ela se lembra de sua cor. Este apresenta-nos o caráter rústico, pastoral da donzela, um personagem que está agora a ser alargado a todo o trabalho. Ela está consciente de que ela é mais escura do que as meninas da cidade que estão sobre ela, mas ela não tem conhecimento de seus encantos. Kedar refere-se a beduínos da Arábia (conforme Gn 25:13 ), conhecido por seus rebanhos e manadas e seu preto cabra-pele e tendas de camelo. Assim, esta é uma referência a sua escuridão, enquanto as cortinas de Salomão , uma referência para as belas tapeçarias encontrados nos palácios orientais, é uma indicação de sua beleza.

Sua cor é devida à vida ao ar livre que ela foi forçada a viver. Talvez ela está apontando que esta swarthiness é temporário. A referência às filhas de Jerusalém é tornar-se um recorrente (Ct 2:7 ; Ct 5:8 ; Ct 8:4 ), neste contexto, parece claramente a preocupar sua própria beleza, porém vinha transmite claramente outro sentido em partes subsequentes. Este não parece ser uma imagem de uma filha de Faraó, como alguns sugeriram. A referência ao que está sendo velado foi entendida como uma referência ao véu da prostituta (conforme Gn 38:15 ), o véu de luto (Ez. 07:27 ), ou a do leproso (Lv 13:45) . O significado aqui é difícil. A RSV traduz esta "aquele que vagueia." O siríaco, a Vulgata, e Symmachus apoiar esta leitura. Este não parece ser prova suficiente para afastar-se do texto hebraico. O que está claro é o desejo da moça para saber onde seu Amado faz seus rebanhos para descansar ao meio-dia, que ela possa conhecê-lo e compartilhar essa hora com ele.

O versículo 8 é falado pelos companheiros do Maiden. Eles reconhecem sua beleza e sugerir-lhe para onde ir que ela possa encontrar o seu amante.

III. Um diálogo de amor (Canção do Ct 1:9 da donzela Amado compara seu amante a uma das éguas em bigas de Faraó. Isso parece estranho aos ouvidos ocidentais modernas, mas é completamente natural aqui. O cavalo foi tido em alta consideração no Oriente Próximo, em seguida, como também agora. Como Gordis diz, o cavalo não era besta de carga, nesse contexto, mas o companheiro acalentado de reis e nobres. Esta figura é comum na poesia árabe, mas também é encontrada na poesia grega. Martin cita uso Theocritus 'desta figura para descrever a bela Helen. Lehrman observa que foi Salomão que primeiro introduziu a cavalo e carruagem para o exército de Israel como parte do seu equipamento regular. Qualquer um que esteja familiarizado com a arte do antigo Oriente Próximo sabe como magnificamente os cavalos do faraó foram ajaezados.

Agora a moça responde à admiração e promessas de seu Amado (1: 12-14 ). Ela fala do que ele significa para ela. Os dados utilizados são de nardo puro, de mirra , e henna-flores. nardo, um perfume que não era nativa da Palestina, mas teve de ser importado da Índia, era extremamente caro. A mirra era da Arábia, era suposto ter desinfecção e poder reviver, e foi muitas vezes usado suspenso a partir do pescoço. Henna-flores foram usadas para produzir um corante usado em tingindo as mãos e os pés, mas foram muito perfumado, também. Assim, ela conta como ele é seu contínuo prazer, o seu amor é sempre intimamente com ela, e que o amor perpetuamente atualiza-la.

A resposta do amante da donzela de sua devoção quente é para lhe dizer como ela é justo com ele, que seus olhos são como as pombas. Talvez isso decorre da gentileza, da inocência aparente ou a pureza da pomba. Martin nos lembra que a pomba tem sido tradicionalmente associado com o amor.

As respostas de solteira (1: 16-2: 1) por falar dos pontos de encontro nas portas fora de onde as árvores, o cedro e do abeto, ter sido o seu pavilhão. Ela compara-se ao açafrão prado (Rosa de Sharon) e da anêmona escarlate (lírio do vale ). Ela se vê como, mas uma flor selvagem. A resposta de seu amante é assumir a figura (2: 2 ), mas ele insiste que todas as outras donzelas são como espinhos em comparação com ela.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1.1 Cântico dos cânticos. Das 1005 cantigas que Salomão cantou (1Rs 4:32) esta foi a única inspirada e escolhida por Deus para fazer parte do cânon.

1.4 Leva-me... apressemo-nos. Outros querem que a esposa tenha proferido: "Leva-me após ti", e o coro das, donzelas aias teria respondido: "Apressemo-nos", e o restante: "o rei me introduziu nas suas recâmaras", seria pensamento da esposa expresso em voz alta. Qualquer que seja o caso, trazem à lembrança as saudades do céu experimentadas pela Igreja.

1.5,6 Estou morena. Como se quisesse desculpar-se por estar queimada pelo Sol (6) pelo falto de ter trabalhado tanto na vinha, que da "sua vinha” (6) não pôde cuidar. Paralelamente, a esposa, a igreja, deseja reunir-se ao esposo. Cônscia de suas imperfeições, efeitos do pecado, confessa-as.

1.7 Outros querem que, aí, depois da introdução, começaria a história deste amor: o romance entre uma filha humilde do Líbano e um desconhecido que se apresenta como pastor e por ela está enamorado.
1.9 Éguas. Certamente uma comparação elogiosa. O Egito era afamado por seus cavalos, e Faraó, provavelmente, escolhera os mais belos para a sua própria carruagem. Jesus constantemente embeleza mais a Igreja (Ef 5:27), através dos dons por ele concedidos (Ef 4:8-49).

1.13 Saquitel de mirra. Segundo o costume, este saquinho se achava pendurado ao pescoço das damas, exalando suave perfume; é uma ilustração para as virtudes da Igreja (conforme 2Co 2:15, 2Co 2:16).

1.14 En-Gedi. Fonte de água doce localizada ao oeste do mar Morto.

1.16,17 Leito... traves. É esta uma camada de verdes folhas na qual estão descansando em pleno campo. Os ramos das árvores os protegem como um telhado de casa. O crente também descansa à sombra da graça de Deus (Sl 91:1).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
TÍTULO (1.1)

O incomparável Cântico, segundo Salomão (i.e., no gênero literário da sabedoria). O termo hebraico lislõmõh pode significar “por”, “para” ou “com respeito a” Salomão. A NEB traz “O Cântico de todos os cânticos para Salomão”. Mas alguns estudiosos modernos consideram que o título signifique uma antologia de muitos cânticos originaria-mente independentes. Jastrow enumera 23, enquanto Gordis eleva esse número para 30.

I. O DESEJO ARDENTE E A RESPOSTA (1.2-11)

Em toda essa seção, o noivo está ausente. Usa-se o pronome na terceira pessoa: Ah, se ele me beijasse. Uma vez estabelecido isso, usa-se a segunda pessoa, mais ardente (conforme Dt 32:15). A Bíblia considera a mulher, seja em sua fidelidade, seja em sua tolice, igual ao homem como ser sexual. Mas ela espera do seu amado a iniciativa. Um beijo no rosto é a saudação entre amigos consagrada pelo tempo; beijos: muitos beijos são característicos de apaixonados. Ela receberia essas ofertas de amor com os seus lábios como vinho. Os interesses da poesia e da precisão sofrem igualmente com o uso do sua, suas (você) no lugar do antigo e intensamente pessoal “tu”, “tua”, “tuas”; mas é uma perda irreparável. Nós que ainda usamos as antigas formas para propósitos litúrgicos, somos a última geração a fazê-lo. Já somos uma minoria, e lamentamos o nosso passamento.

v. 3. perfumes é um progresso em relação ao antigo “ungüentos” (ARC), embora provavelmente tenham sido feitos à base de azeite de oliva. “Attar” (essência), como em “atar de rosas”, é uma palavra semítica que transmite a idéia. Só o repetir o nome tão amado, e assim lembrar seus encantos e elogiá-lo a outros, já parece encher a casa com fragrância. Não fica difícil encontrar aqui o uso devocional.

O problema da interpretação se torna crítico Ct 1:4. Leve-me com você. Os que defendem a teoria do pastor camponês encontram muito fundamento nesse versículo. Balchin escreve de forma convincente: “Ela anseia pelo pastor amado e, mesmo ele estando ausente, chama saudosamente por ele e suplica que a leve embora. Foi o rei que a levou para os seus aposentos; ela foi contra a sua vontade. Ela fala com o seu amado como se estivesse sozinha com ele”. Essa é uma forma atraente de resolver o problema do livro; mais tarde, no entanto, fica difícil manter a coerência. Segundo nosso ponto de vista, a moça já se imagina abrigada nos aposentos do seu rei, o seu príncipe encantado.


2)    Escura, mas bela (1.5,6)

A expectativa e o encanto agora dão lugar ao questionamento acerca da sua própria atratividade, dirigido às moças, que, por estarem atendendo a noiva, são elevadas à dignidade temporária de mulheres de Jerusalém (“filhas de Jerusalém”, ARA). O seu trabalho fora no calor do sol, nas vinhas da família, bronzeou a sua pele (e o Oriente dá muito valor à cor e aparência agradáveis). Os teimosos irmãos, com um olho na fortuna da família, a mantiveram no trabalho em detrimento da sua própria vinha (“Minha face é a minha fortuna, senhor, ela disse”). Mas ela consegue se reanimar. Ela está de fato escura, como as tendas de pêlo de cabras dos moradores do deserto de Quedar, mas também está bela, como uma tenda bem cuidada.


3)    Onde está o meu amado? (1.7,8)

Uma divisão de parágrafos pode bem ser

colocada depois Dt 1:6, para mostrar que ela agora se volta em pensamento para o seu amado. Ela quer encontrá-lo, mas teme ter de caminhar como uma mulher coberta com véu, disfarçada e lamentando, não sabendo onde ele está. “Compartilhe do meu trabalho”, ele diz; siga a trilha das ovelhas e faça as suas cabritas pastarem... você vai me achar. Quanto mais puderem compartilhar os interesses e o trabalho um do outro, maior será a satisfação que terão juntos.


4)    A resposta dele: jóias para a feira (1:9-11)

A moça não é a única que está pensando em outra pessoa. Agora temos a fantasia do seu amado: ele está pensando no espetáculo mais esplêndido que se possa imaginar
— os saltitantes cavalos das carruagens do faraó, a verdadeira incorporação da graça e da beleza realçadas pelo enfeite. Quem só viu cavalos puxando carroças velhas na cidade precisa ser lembrado de que o cavalo na Antiguidade era a posse valiosa de reis. O moço anuncia a sua intenção de pagar alegremente um tributo em ouro e prata para adornar sua noiva. Devemos observar que o uso comum no Cântico é que o noivo se refere à noiva como minha querida (começando Ct 1:9), e ela se refere a ele como meu amado (a partir Dt 1:13).

II. O PRIMEIRO AMOR DE TODOS (1.12—2.17)

Duas pequenas crianças, que enxergam, que ouvem,
caminham de mãos dadas, gritam, riem e cantam.
Eis que no seu peito, assustado com a maravilha,
o amor, como o açafrão, veio antes da primavera.
Moços e moças, nobres e meigos, anseiam um pelo outro, num compromisso sincero,
prometem cuidar, confortar e honrar; o voto que faz da tarefa um prazer.
O glória única, encontrada em nenhuma história,
Resplendor do Eden inextinguível pela Queda;
poucos talvez lembrem, ninguém o revela, esse ê o primeiríssimo amor, o primeiro amor de todos.

(Coventry Patmore, 1853)
As vezes nós, mais velhos, somos injustos com os nossos jovens ao não reconhecermos e não respeitarmos esse belo primeiro-amor. De todo modo, aqui os temos, belos rebentos, botões sensíveis do simples encanto mútuo. Está aí a inocência das crianças, ainda que em amadurecimento para outra coisa, no seu chamado um ao outro: “Debaixo do cipreste na floresta, quem gosta de deitar comigo?”.


1) Debaixo do cipreste na floresta

(1.12—2.7)

O leito (v. 16) é sem dúvida o gramado, e as fortes vigas de cedro e os caibros de cipreste (v. 17) fazem um belo abrigo de folhagem para esse piquenique. Os cinco sentidos se juntam para fazer dessa clareira no bosque um novo Éden. O perfume do v. 12 é o nardo (conforme Mc 14:3). Era um perfume importado, que podia ser comprado na mesma loja em que era encontrada a bolsa de mirra, usada em um fio em torno do pescoço (mas que permanecia à vista) por qualquer moça que se preocupasse com uma aparência atraente. “O meu amor está perto do meu coração como a bolsa de mirra que descansa no meu busto a noite toda” (Ronald Knox). A beleza natural é associada à fragrância das flores de hena da sua vinha na Palestina, com a qual ela compara o seu amado: a flor de En-Gedi.

Ele sabe onde existe uma macieira entre as árvores da floresta (2,3) e a conduz para lá. A “maçã” na verdade é uma palavra para se referir a qualquer fruta, e as maçãs que conhecemos hoje não cresciam em Israel naquele período. Ellison prefere traduzir por “laranja”, e o quadro é de fato adorável: laranjas maduras na primavera, “lâmpadas douradas em uma noite verde”. Mas talvez o damasco, que mesmo em estado silvestre dá uma profusão de frutas doces, seja uma tentativa melhor e forneça um quadro igualmente belo. Assim, a sombra da árvore dá um salão de banquetes, com damascos para cada prato do cardápio, e beijos como vinho para ajudá-los a descer. Tyndale (1
534) mostra um cenário um tanto diferente: “Ele me levou para o seu comerciante de vinho: e o seu comportamento para comigo foi um encanto”.

No cerne desse breve poema pastoril, está a promessa repetida do amor mútuo, primeiramente no sentido positivo, Como você é linda (v. 15,16), e depois como comparação (2.2,3). A moça responde à admiração dele com um modesto Sou uma flor de Sarom


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 13 até o 14

13,14. A mirra era uma substância perfumada preparada com uma planta que também vinha da Índia. Era usada com diversos propósitos (cons. Sl 45:8; Pv 7:17; Et 2:12). As mulheres costumavam usar pequenos saquinhos contendo mirra entre os seios. A mirra estava entre os presentes que os Magos ofereceram a Jesus (Mt 2:11). A hena é uma planta com fragrantes flores amarelas e brancas. Na Palestina se encontrava especialmente no vale do En-Gedi, um oásis na praia ocidental do Mar Morto. Estas comparações sugerem a grande estima que a esposa tinha pelo seu amado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 1 do versículo 12 até o 14
e) A sulamita expressa sua satisfação com seu Amado (Ct 1:12-14)

Assentado à sua mesa (12). "Jaz em seu divã" (Moffatt). Nardo (12). Um caríssimo perfume, preparado pelo ressecamento de um felpudo talo de uma planta da Índia, que antigamente era importada para a Palestina. Ramalhete de mirra (13). A mirra era obtida em uma árvore baixa e espinhenta, parecida com a acácia, e que se encontrava na Arábia Félix. Um fluido branco exudava da casca, quando esta era furada, e que endurecida e era vendida como a mirra comercial. Supõe-se que tivesse propriedades desinfetantes e poderes tonificantes, e algumas vezes era transportada numa pequena ampola ou saquinho, suspenso pelo pescoço e usado dia e noite. Cfr. Sl 45:8. Cacho de Chipre (14). "Flores de hena". A hena é um pequeno arbusto, que produz florescimentos brancos e amarelos dotados de rica fragrância. Era encontrada na Palestina, em En-Gedi, próximo do mar Morto. Era usada para dar uma delicada coloração às mãos e aos pés.


Dicionário

Amado

adjetivo Do que se gosta em excesso; que é alvo de amor; diz-se da pessoa que se amou muito.
substantivo masculino Pessoa que é muito querida; quem é objeto de amor.
Etimologia (origem da palavra amado). Part. de amar.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Mirra

substantivo feminino Goma-resina de cheiro agradável usada na fabricação de perfume e incenso.
É extraída do tronco de árvores e arbustos do gênero Commiphora, que crescem no leste da África e no sul da Arábia. A mirra é vendida para a indústria sob a forma de lágrimas (gotas).

Mirra, palavra de origem semítica, fez escala no grego "mýrrha" e no latim "myrra", designando resina extraída de árvores originárias da África, utilizada na fabricação de perfumes e ungüentos. Com o tempo, devido ao fato de a mirra ser utilizada no embalsamento de cadáveres, formou-se no português o verbo mirrar, com o sentido de definhar, ganhar a aparência de defunto.

A mirra é mencionada na Bíblia como um ingrediente do ‘ó1eo de unção’, para o tabernáculo (Êx 30:23-25). Foi apresentada pelos magos ao menino Jesus – foi-lhe oferecida, sendo recusada, quando já estava no Calvário – e fazia parte das especiarias, que puseram no Seu corpo (Mt 2:11Mc 15:23Jo 19:39). A referência à mirra em Ct 5:5-13 e em Et 2:12 implicam uma preparação, designada pelo nome de ‘óleo de mirra’. Em Gn 37:25-43.11 a tradução é incorreta. A substância mencionada nestas passagens, como fazendo parte das mercadorias, levadas pelos negociantes ismaelitas através da Palestina para o Egito, e dos presentes mandados por Jacó a José, é uma resina produzida por uma espécie de Cistus que se encontra na Palestina, Chipre, eem outras partes da área do Mediterrâneo. Em outros tempos era muito estimada, mas hoje quase não é usada, a não ser pelos turcos, que apreciam a planta como perfume e para fumigações. Só foi introduzida no Egito em tempos posteriores aos acontecimentos descritos no Gênesis – e eis a razão por que achavam conveniente oferecê-la aos governadores do Egito. Como se sabe, a mirra é a goma transudada pelos golpes feitos na casca de uma certa árvore.

Mirra
1) Resina tirada de uma pequena árvore do Oriente Médio, com a qual se fazia um perfume agradável e um remédio que, misturado com vinho, servia como calmante (Sl 45:8); (Mc 15:23)

2) Porto da LÍCIA (At 27:5).

Mirra Resina viscosa que, misturada com óleos, servia para fabricar perfumes. É um dos presentes que os magos ofereceram a Jesus (Mt 2:11). Misturada com vinho, podia aliviar as dores dos condenados à morte. Jesus negou-se a beber essa mistura quando estava na cruz (Mc 15:23). Essa substância fez parte do material com o qual o corpo de Jesus foi embalsamado (Jo 19:39).

Ramalhete

substantivo masculino Pequeno molho de flores.
Figurado Conjunto de trechos literários ou musicais selecionados.
Conjunto de coisas bem escolhidas. (Var.: ramilhete.).

ramalhete (ê), s. .M 1. Pequeno feixe de flores naturais ou artificiais. 2. Pequeno ramo. 3. Conjunto de coisas seletas e de valor especial.

Seios

masc. pl. de seio

sei·o
(latim sinus, -us, curva, sinuosidade, prega, cavidade, regaço, mama, protecção)
nome masculino

1. Curva; volta; sinuosidade.

2. Bojo da vela enfunada.

3. Figurado Parte do peito onde existem as mamas. = MAMA, PEITO

4. [Anatomia] Cada uma das glândulas mamárias.

5. Parte do busto que os vestidos decotados deixam a descoberto. = COLO, PEITO

6. A sede da concepção, o útero.

7. Parte interna.

8. Figurado Profundeza.

9. Ambiente, meio.

10. O íntimo, o coração.

11. Grémio; associação.

12. Intimidade.

13. Centro, parte central de um todo.

14. [Marinha] Todo o prolongamento do cabo ou qualquer porção dele.

15. Enseada; golfo.

16. [Anatomia] Cavidade de alguns ossos do crânio e face.

17. [Anatomia] Canal interno.


seio da Igreja
A comunhão dos fiéis.

seio de Abraão
O Limbo.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Cântico dos Cânticos 1: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, ele deitará toda a noite entre os meus seios.
Cântico dos Cânticos 1: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1730
dôwd
דֹּוד
amado, amor, tio
(the uncle)
Substantivo
H3885
lûwn
לוּן
hospedar, ter um parada, passar a noite, habitar
(and stay all night)
Verbo
H4753
môr
מֹר
mirra
(myrrh)
Substantivo
H6872
tsᵉrôwr
צְרֹור
pacote, embrulho, bolsa, sacola (referindo-se ao pacote pronto)
(a bundle)
Substantivo
H7699
shad
שַׁד
peito, seio, peito (de mulher)
(of the breasts)
Substantivo
H996
bêyn
בֵּין
e entre
(and between)
Prepostos


דֹּוד


(H1730)
dôwd (dode)

01730 דוד dowd ou (forma contrata) דד dod

procedente de uma raiz não utilizada significando, primeiramente, ferver; DITAT - 410a; n m

  1. amado, amor, tio
    1. amado, querido
    2. tio
    3. amor (pl. abstrato)

לוּן


(H3885)
lûwn (loon)

03885 לון luwn ou לין liyn

uma raiz primitiva; DITAT - 1096,1097; v

  1. hospedar, ter um parada, passar a noite, habitar
    1. (Qal)
      1. hospedar-se, passar a noite
      2. habitar, permanecer (fig.)
    2. (Hifil) fazer repousar ou hospedar
    3. (Hitpalpel) morar, habitar
  2. resmungar, reclamar, murmurar
    1. (Nifal) resmungar
    2. (Hifil) reclamar, fazer resmungar

מֹר


(H4753)
môr (more)

04753 מר more ou מור mowr

procedente de 4843, grego 3464 μυρον; DITAT - 1248b; n m

  1. mirra
    1. uma resina árabe procedente da casca duma árvore, usada em óleo sagrado e em perfume

צְרֹור


(H6872)
tsᵉrôwr (tser-ore')

06872 צרור ts erowr̂ ou (forma apocopada) צרר ts eror̂

procedente de 6887; DITAT - 1973e,1975c; n. m.

  1. pacote, embrulho, bolsa, sacola (referindo-se ao pacote pronto)
  2. pedregulho

שַׁד


(H7699)
shad (shad)

07699 שד shad ou שׂד shod

provavelmente procedente de 7736 (no sentido original), forma contrata; DITAT - 2332a; n. m.

  1. peito, seio, peito (de mulher)
    1. peito (de mulher)
    2. peito (de animal)
    3. peito (tanto humano como animal)

בֵּין


(H996)
bêyn (bane)

0996 בין beyn

(algumas vezes no pl. masc. ou fem.) de fato, a forma construta de um outro substantivo não utilizada procedente de 995; DITAT - 239a; subst m (sempre usado como prep)

  1. entre, entre vários, no meio de (com outras preps), dentre