Enciclopédia de Cântico dos Cânticos 4:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ct 4: 14

Versão Versículo
ARA o nardo e o açafrão, o cálamo e o cinamomo, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e o aloés, com todas as principais especiarias.
ARC O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias.
TB O nardo e o narciso,
HSB נֵ֣רְדְּ ׀ וְכַרְכֹּ֗ם קָנֶה֙ וְקִנָּמ֔וֹן עִ֖ם כָּל־ עֲצֵ֣י לְבוֹנָ֑ה מֹ֚ר וַאֲהָל֔וֹת עִ֖ם כָּל־ רָאשֵׁ֥י בְשָׂמִֽים׃
BKJ o nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com todas as árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias.
LTT O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais matérias- primas- aromatizantes.
BJ2 nardo e açafrão, canela, cinamomo e árvores todas de incenso,mirra e aloés, e os mais finos perfumes.[u]
VULG Nardus et crocus, fistula et cinnamomum, cum universis lignis Libani ; myrrha et aloë, cum omnibus primis unguentis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Cântico dos Cânticos 4:14

Gênesis 43:11 Então, disse-lhes Israel, seu pai: Pois que assim é, fazei isso; tomai do mais precioso desta terra em vossos sacos e levai ao varão um presente: um pouco de bálsamo, um pouco de mel, especiarias, mirra, terebinto e amêndoas.
Êxodo 30:23 Tu, pois, toma para ti das principais especiarias: da mais pura mirra, quinhentos siclos; e de canela aromática, a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos; e de cálamo aromático, duzentos e cinquenta siclos;
Números 24:6 Como ribeiros se estendem, como jardins ao pé dos rios; como árvores de sândalo o Senhor as plantou, como cedros junto às águas.
I Reis 10:10 E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e muitíssimas especiarias, e pedras preciosas; nunca veio especiaria em tanta abundância como a que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
II Crônicas 9:9 E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e especiarias em grande abundância, e pedras preciosas; e nunca houve tais especiarias como as que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
Provérbios 7:17 já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela.
Cântico dos Cânticos 1:12 Enquanto o rei está assentado à sua mesa, dá o meu nardo o seu cheiro.
Cântico dos Cânticos 3:6 Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso e de toda a sorte de pós aromáticos?
Cântico dos Cânticos 4:6 Antes que refresque o dia e caiam as sombras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso.
Cântico dos Cânticos 5:1 Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Cântico dos Cânticos 6:2 O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para se alimentar nos jardins e para colher os lírios.
Ezequiel 27:19 Também Dã e Javã, o caminhante, traficavam nas tuas feiras; ferro polido, casca e cana aromática entravam no teu negócio.
Marcos 16:1 E, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo.
João 19:39 E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés.
Apocalipse 18:13 e cinamomo, e cardamomo, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e cavalgaduras, e ovelhas; e mercadorias de cavalos, e de carros, e de corpos e de almas de homens.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
B. O SEGUNDO PEDIDO DE CASAMENTO DO REI, 4:1-5.1

Provavelmente a cena se passa em um quarto no palácio de Jerusalém onde o rei está esperando pela sulamita. Ele tenta conquistá-la pelo seu esplendor e com palavras de admiração e de amor.

1. A Primeira Canção de Salomão (4:1-5)

Cameron escreve: "Esta é a canção, segundo o padrão de cânticos, comumente can-tada em casamentos sírios. Muitas vezes era somente imitação, e o propósito era que fosse uma canção de amor. É um tipo de descrição apreciada no Oriente, ainda que não seja agradável em todos os aspectos ao gosto ocidental".3

O rei conta à jovem como ele aprecia a sua beleza: Eis que és formosa, amiga minha, eis que és formosa (1). A partir dessa expressão fervorosa de admiração ele começa a elogiar suas feições e suas formas. Os olhos dela são como os das pombas — resplandecentes mesmo atrás do véu. As suas tranças longas e escuras, caindo sobre seu pescoço e ombros, são tão belas quanto o rebanho de cabras pretas que pastam no monte de Gileade. Os seus dentes (2) são tão brancos quanto o rebanho das ovelhas após terem sido lavadas e preparadas para a tosa. Os gêmeos são uma referência aos dentes superiores e aos inferiores. Nenhu-ma há estéril entre elas significa que ela possui todos. Moffatt interpreta isso assim:

Emparelhados em fileiras, Nenhum está faltando.

Salomão continua seu elogio:

Os seus lábios são como uma fibra de escarlate, E sua boca é muito atraente.

Suas maçãs do rosto são como metades de uma romã Brilhando atrás do seu véu (3, Berkeley).

A palavra hebraica significa "têmporas", mas provavelmente incluía têmporas e bo-chechas. Poderíamos dizer "tão belas e macias quanto uma maçã". A torre de Davi (4) à qual o pescoço da jovem é comparado não é conhecida hoje em dia, mas provavelmente era muito conhecida na época. O rei compara as jóias circulares do colar que está no seu pescoço aos escudos de metal brilhantes que existiam em volta das paredes do depósito de armas. Acerca do versículo 5, Woudstra comenta o seguinte: "Os seios da noiva são jovialmente tenros como o corço de uma gazela. O pasto entre os lírios sugere uma refe-rência ao corpo bem formado da noiva, dos quais se erguem os seios".'

  • A Objeção da Sulamita (4,6)
  • "A essa altura a sulamita olha para o lado, como se ela fosse obrigada a se retirar, e ela dá voz a um suspiro pela sua casa na montanha. Ela não responde à admiração do rei [...] Para ela, as alturas do Líbano, de Amana, de Sinar e do Hermom, são muito mais atraentes do que Salomão em toda a sua glória".5 Ela suspira:

    Até que o dia sopre frescamente, e as sombras fujam, Eu iria, por mim, caminhar à montanha de mirra, E ao monte do incenso (6, Terry).

  • A Segunda Canção de Salomão (4:7-15)
  • Nas palavras do versículo 1, o rei apaixonado renova a sua proposta: Tu és [...] formosa, amiga minha (7). Mas aqui ele vai além: Tu és toda formosa [...] em ti não há mancha. Em resposta ao anseio da jovem pelas suas montanhas nativas, ele roga -e lança sombras sobre a sua rude casa na montanha (veja mapa
    3) :

    Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano;

    Olha do cimo do Amana,

    do cimo do Senir e do Hermom, dos covis dos leões,

    dos montes dos leopardos (8, ARA).

    Em uma torrente de desejo o criativo Salomão continua despejando a sua canção de amor:

    Arrebataste-me o meu coração, minha irmã, noiva minha; arrebataste-me o coração com um só dos teus olhares, com uma só pérola do teu colar.

    Que belo é o teu amor, ó minha irmã, noiva minha!

    Quanto melhor é o teu amor do que o vinho,

    e o aroma dos teus ungüentos

    do que toda sorte de especiarias!

    Os teus lábios, noiva minha, destilam mel.
    Mel e leite se acham debaixo da tua língua,
    e a fragrância dos teus vestidos

    é como a do Líbano (9-11, ARA).

    A fragrância do Líbano (11) que vem dos seus arbustos, árvores e flores pode ter sido proverbial (cf. Os 14:6-7).

    No versículo 12, esse derramamento torrencial é interrompido um momento por um gesto da sulamita. Novamente ela vira o seu rosto, como se não estivesse ouvindo suas palavras de amor e admiração. Ele hesita, vendo que o coração dela foi entregue a outro. Rylaarsdam comenta o seguinte acerca do versículo 12: "Ela é a noiva pura, a virgem `jardim trancado', que convida o seu único amado".6

    Mas esse cântico é interrompido apenas momentaneamente. O fervor do rei se forta-lece novamente e a música é elevada a um crescendo. A imagem de um jardim no versículo 12a é ampliada nos versículos 13:14, e a imagem da fonte é explanada mais à frente no versículo 15. Teus renovos (plantas) fala dos atrativos da jovem. "Estes são os assuntos tratados nos versículos 13:15, e as plantas exóticas do jardim do rei são usadas adequa-damente por ele como imagens dos encantos da jovem, e nos lembram da sua familiari-dade tradicional com todos os tipos de árvores, plantas e flores. Veja I Reis 4:33".7 Moffatt interpreta assim esse versículo:

    Seus encantos são um paraíso de romãs ‑

    com hena e rosas,

    e nardo e açafrão,

    com cássia e canela,
    e todos os tipos de incenso,

    com mirra e madeira especial

    e todas as melhores especiarias!

    Você é a fonte do meu jardim,

    um poço de água fresca,
    como riachos do Líbano.

    4. Rejeição e Convite (4,16)

    Desta vez é a sulamita que está falando. Suas palavras e reflexões têm como objetivo fechar as portas para o fervor do rei. Ela "usa a imagem do jardim para expressar delica-damente seu desejo de estar com o seu amado".8

    Levanta-te, vento norte,

    e vem tu, vento sul;
    assopra no meu jardim,
    para que se derramem os seus aromas.

    Ah! Se viesse o meu amado para o seu jardim, e comesse os seus frutos excelentes!


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 versículo 14
    Aloés:
    Árvore originária da Índia, cuja madeira dá um perfume muito agradável.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    *

    4.1—5.1 Nesta única unidade o homem elogia a sulamita (4.1-15); ela retruca com um convite (4.16); e ele aceita o convite (5.1).

    *

    4:1

    monte de Gileade. Um elevado platô, a leste do rio Jordão.

    *

    4:4

    a torre de Davi. A localização dessa torre é desconhecida. Não se trata da atual torre de Davi, do lado de dentro do portão de Jafa, em Jerusalém, visto que este portão não é mais antigo do que os tempos de Herodes o Grande. O pescoço da jovem estava adornado com jóias, tal como aquela famosa torre estava adornada com escudos.


    *

    4:6

    Antes que refresque o dia. Aproximava-se o tempo em que os amados deveriam separar-se (2.17, nota).

    monte de mirra... outeiro do incenso. O incenso, tal e qual a mirra, era uma especiaria aromática importada (conforme Mt 2:11). Apesar da linguagem exótica, a referência mais provável é à região montanhosa local, fragrante com inflorescências da primavera (conforme 1:13-17).

    *

    4:8

    Noiva minha. Essa palavra, ("esposa" no hebraico original), não foi usada literalmente, mas como um termo de afeto, em antecipação ao casamento futuro.

    Líbano... Amana... Senir... Hermom. Todos esses locais estão na região norte mais remota da Palestina. Não devemos imaginar que a jovem habitava no cume do monte Hermom. Antes, esses nomes locativos eram símbolos do caráter inacessível da jovem que o namoro deveria vencer.

    *

    4:9

    minha irmã. Nos idiomas do Oriente Próximo e Médio, "irmã" era comumente usada pelos apaixonados como termo de carinho. Expressava uma proximidade entre pessoas que não eram membros de uma mesma família.

    *

    4:10

    do que o vinho. Volta agora o cumprimento de 1.2.

    *

    4:12

    Jardim fechado és tu... manancial recluso. Essas são figuras de linguagem da virgindade.

    manancial... fonte. O seu amado anelava por ela como um viajante sedento anela por águas refrescantes (Pv 5:15-20).

    *

    4:13-14

    Os teus renovos. A imagem do jardim fechado é desenvolvido mais ainda (v. 12, nota). As "plantas" aludem aos deleites antecipados do ato de amor.

    *

    4:15

    poço das águas vivas. Essa linguagem exprime como o jovem gostaria que sua querida fosse: não mais uma fonte selada (v. 12 e nota). Há um convite implícito à entrega sexual.

    *

    4:16

    Venha o meu amado para o seu jardim. A jovem destrancou o "jardim" de sua virgindade para o seu amado (v. 12, nota).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    4.1-7 Nos sentimos como inoportunos espectadores quando lemos este intercâmbio intensamente privado e íntimo. No êxtase de seu amor, os amado se elogiam entre si utilizando uma formosa linguagem figurada. Possivelmente suas palavras lhes pareçam estranhas aos leitores de uma cultura diferente, mas seus intensos sentimentos de amor e admiração são universais. Comunicar amor e expressar admiração tanto em palavras como em ações podem melhorar cada matrimônio.

    4:12 Ao comparar a sua esposa com um horta privado, Salomão elogiava sua virgindade. A virgindade, considerada antiquada por muitos na cultura atual, foi sempre o plano de Deus para os solteiros... e com boas razões. As relações sexuais sem matrimônio é de mau gosto. Não é comparável com o gozo de dar-se por inteiro ao único ser que está totalmente comprometido com você.

    4:15 A esposa do Salomão era tão refrescante para ele como uma fonte. Pode seu cônjuge dizer o mesmo sobre você? Algumas vezes a familiaridade que surge com o matrimônio nos faz esquecer os sentimentos entristecedores do amor e a frescura que desfrutávamos ao princípio. Muitos matrimônios podem beneficiar-se com um curso para "refrescar-se". Refresca você a seu cônjuge ou é uma descarga de queixa, pesar e problemas? No matrimônio, cada parte deve trabalhar de contínuo para refrescar ao outro mediante palavras de fôlego, um presente inesperado, uma variação na rotina, uma chamada ou nota surpresa ou inclusive reservar a discussão de algum problema para o momento adequado. Seu cônjuge necessita que você seja um refúgio de frescura devido a que o resto do mundo pelo general não o é.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    VII. SALOMÃO CANTA DE SUA NOIVA (Canção do Ct 4:1) conta como ele foi arrebatado pela atração de sua noiva. Ele canta novamente de sua beleza, a fragrância de seus perfumes, o winsomeness de suas palavras, o apelo de sua pureza, eo mistério de seus encantos. Cavaleiro diz que seria inútil para discutir as referências geográficas aqui, que o alto-falante não está em pé sobre o Monte Líbano, mas que "ele está nas nuvens, onde todos os verdadeiros amantes da caminhada." A preocupação não é nem a geografia, nem a natureza, mas o casamento e do amor. O uso de irmã e irmão como termos de carinho entre os amantes era uma prática comum no Oriente.

    No versículo 16, a resposta da donzela para seu pretendente é dada de forma breve e simples. Ele é convidado a vir com ela. O simbolismo de um jardim fechado tem uma magia muito própria, uma vez que fala de beleza, perfumes, frutas, relaxamento, intimidade e refresco. Tudo foi reservado para o quem ela agora ama. O noivo (5: 1) agora convida todos os amigos para vir e compartilhar as festividades nupciais.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    4.1 Cristo também tem prazer nas belezas da esposa, da Igreja, das quais Ele mesmo datou-a (Sl 45:9, Ef 5:27; Ap 21:2). Gileade. Conforme Mq 7:14 e Nu 32:1, afamado por suas boas pastagens e, conseqüentemente, por seu gado.

    4.2 Lavadouro. Conforme também 6.6 Refere-se ao pêlo alvo do rebanho recém-lavado (Is 1:18).

    4.4 Torre de Davi. Denota formosura (conforme Ez 27:11).

    4.7 Toda formosa. A formosura está nos olhos daquele que contempla dessa forma. Cristo mesmo cobre as imperfeições da nossa vida e das nossas obras, com a Sua perfeição e santidade; Ele, tanto quanto o Pai, nos vê, agora, completamente santos; somos vestidos do próprio Senhor Jesus Cristo (Ef 5:25-49; Gl 3:27).

    4.8 Amana... Hermom. Amana refere-se aos montes perto do rio Abano ou ao monte Amanus, no norte da Síria. Hermom é o monte mais alto do Líbano, chamado Senir pelos Amorreus (Dt 3:9).

    4.9 Minha irmã. Mostra a pureza, deste, amor.

    4.10 Aroma. Manifesta-se o amor da Igreja por Cristo em obras agradáveis a Ele, em frutos que tornam visível a fé como cheiro suave perante o mundo (Mt 5:14, Mt 5:16; Jo 13:35; Ef 2:10; Tt 2:14; Jc 2:17, Jc 2:18).

    4.12 Fechado. A exclusividade do amor da noiva lembra como a verdadeira Igreja deve ter o coração fechado contra tudo que porventura possa afastá-la do amor por Cristo e do amor para com aqueles que nele crêem. Amor ao mundo é uma espécie de adultério espiritual (1Jo 2:15-62; conforme 2Co 11:2). É igual à idolatria (conforme 1Jo 5:21 Ap 2:20).

    4.13 Frutos. Conforme nota do v. 10.

    4.16 Vento norte. Este vem das montanhas, trazendo refrigério (conforme também, Pv 25:23).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

    3) “Como você é linda, minha querida”: o noivo elogia a noiva (4:1-15)

    O método alegórico consegue encontrar todo o desígnio de Deus em cada covinha de cada sistema anatômico. Num poema como esses, a ingenuidade do pregador entra em plena atividade, e não raramente os limites da conveniência congregacional são ultrapassados. Lembro ter ouvido uma mensagem centrada no umbigo da noiva (7.2). Durante uma hora, o pregador nos conduziu num tour dirigido em urdu (dialeto na índia) pelas zonas tórridas a norte e sul daquele equador, para o desconforto dos idosos e pais presentes. Alguns leitores sabem que se pode experimentar essa agonia em português também. Esses textos não são apropriados para leitura pública no culto, e a Scripture Union sabiamente os omite nas leituras familiares.

    A primeira palavra bíblica para a relação íntima entre marido e esposa é “conhecer” (Gn 4:1, em todas as versões antigas), uma palavra que inclui a personalidade toda, com revelação e transparência por um lado, e apreciação e conveniência por outro. O quarto capítulo do Cântico é o primeiro desses desnudamentos. Qualquer mão — que não a de um poeta — iria arruinar um texto tão belo.

    Os seus olhos divinos, brilhantes como safiras,

    0 branco marfim da sua testa,
    As suas faces como maçãs que o sol enrubesceu
    Os seus lábios como cerejas seduzindo os homens para que os mordam
    0 seu peito como uma tigela de nata não azeda
    Os seus mamilos como botões de lírios,
    0 seu pescoço branco como uma torre de pérolas;
    E todo o seu corpo ê como a bela do palácio,
    Que sobe por muitas e imponentes escadarias,
    Para o assento de honra e a câmara doce da pureza

    O noivo agora espera ansioso pela noite que se aproxima (4,6) com um desafio de brincadeira formulado como uma réplica triunfante que ecoa a repreensão anterior da moça: “ainda não”, Dt 2:17. “Venha a mim” talvez traduza um sentido melhor do que “Venha comigo”; são citados então nomes de picos de montanhas proibidos como Líbano, Amana, Senir e Hermom, com a menção de leões e leopardos usada para indicar a distância que havia separado os apaixonados e os perigos que agora estavam seguramente vencidos. Essas características devem ser consideradas simbólicas — até pessoais — e não geográficas; o mesmo vale para os contornos suaves da montanha e da colina da fragrância. A pista para a montanha da mirra está em 1.13.

    As traduções modernas já não citam a maravilha de um olho da ARC (4.9), mas o anticlímax presente na ARA se torna ainda mais explícito na NTLH: “Com um só olhar, com uma só pérola do seu colar...”. A seqüência da poesia requer uma versão como:

    Com somente um olhar dos seus olhos
    e o menor movimento do seu pescoço
    você me cativou.

    O jardim fechado e a fonte selada são a oferta da sua virgindade que a moça traz a seu marido. Além disso, há um poço de águas vivas para o prazer que dura a vida toda (cf. Pv 5:15-20).


    4) Bebam quanto puderem, ó amados! (4.16—5.1)

    Chegou a hora da consumação do amor: Que o meu amado entre em seu jardim. O convite é aceito: Entrei em meu jardim, minha irmã, minha noiva.

    O dístico final, interpretado de diversas maneiras como dirigido aos convidados do casamento ou aos apaixonados de todos os lugares, na verdade é uma bênção pronunciada para o casal de noivos: bebam quanto puderem, ó amados. A palavra amigos não impede essa interpretação mais do que irmã; aliás, as duas palavras pertencem ao mesmo círculo de idéias. Toda boa moça tem a profunda necessidade de aprovação do seu pai antes de se entregar sem reservas a seu marido. O nosso Pai celestial faz isso por nós no Cântico.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 1 até o 15

    Cantares 4

    B. O Esposo Louva a Beleza de Sua Esposa. Ct 4:1-15.

    O capítulo 4 é um hino de louvor à beleza apurada da esposa, com figuras de linguagem melhor entendidas e apreciadas pela mente oriental.


    Moody - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 13 até o 14

    13,14. Um pomar . . .com frutos excelentes. A figura do jardim continua. Pára o rei, a sulamita, que ele considera propriedade sua, é como um jardim que proporciona ao seu dono os melhores frutos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 4 do versículo 8 até o 15
    c) Segundo canto de Salomão (Ct 4:8-22. "Fechado", no original, é uma palavra forte, significando "fechado e trancado". Manancial fechado, fonte selada (12). A fonte é a origem da corrente. As figuras sugerem a exclusiva reivindicação de Cristo ao supremo lugar nas afeições da vida. Teus renovos (13). Comparações com árvores e frutos são freqüentes nos "cânticos de matrimônios". Pomar (13). A palavra heb., pardes, ocorre apenas aqui e em Ne 2:8 e Ec 2:5. A Septuaginta traduz como Paradeisos. Por alguns isso é considerado como um sinal da composição posterior deste livro. A palavra parece ter origem persa. Açafrão (14). Esta palavra ocorre somente aqui, mas o árabe torna claro sua significação. Aqui é referido o Crocus saturus. O açafrão é obtido pelo ressecamento do pistilo a do estigma da flor, no sol, e então transformando-os num pó, que é então usado como condimento. Cálamo e canela (14). O primeiro é uma cana aromática encontrada na Índia e na Arábia Felix. A segunda é produzida quando a camada interna de uma árvore, da família do louro, é separada da casca externa e secada no sol. É uma planta nativa do Ceilão. Aloés (14). Esse caríssimo perfume tem um odor aromático quando queimado. É obtido de madeira de águia, que atinge uma altura de 40 metros. O "habitat" dessa árvore é no norte da Índia e na Cochinchina. Nas canções populares as alusões são, em regra geral, sem ornatos, enquanto que as árvores, nesse paraíso, são exóticas. Os frutos do Espírito também não são nativos ao coração pecaminoso. A fonte dos jardins (15). A tradução de Budde: "a fonte de meu jardim é um poço de água viva", é sustentada pela Septuaginta. A Cambridge Bible traduz: "Tu és a fonte de meu jardim". Ela era o motivo de seu deleite e refrigério. Cristo se agrada nas graças da Igreja e, quando finalmente, Ele a apresentar a Si mesmo, ela será uma Igreja gloriosa sem mancha nem ruga.

    Dicionário

    Aloés

    substantivo masculino Resina extraída do aloés.
    Planta da África, cultivada também na Ásia e na América, de cujas folhas carnudas se extrai uma resina amarga, usada como purgante e corante.
    É um grupo de aproximadamente 100 plantas que crescem em países de clima ameno, especialmente na África do Sul.

    o aloés da Escritura não tem relação com a florida planta dos jardins modernos, mas representa uma madeira odorífera, que desde tempos remotos foi empregada no oriente para fins sagrados e comuns. Nas passagens: Sl 45:8, Ct 4:14, e Pv 7:17, está o aloés juntamente com mirra como perfumes agradáveis e atraentes – uma só vez se acham mencionados no N.T. em conexão com o enterro de Jesus, em que tomaram parte José, de Arimatéia e Nicodemos (Jo 19:39).

    Aloés Suco tirado de uma planta e usado como perfume e como remédio (Jo 19:39).

    Aloés Perfume extraído de uma madeira preciosa do Oriente. Costumava-se misturá-lo a outros, como a mirra (Jo 19:39).

    Açafrão

    substantivo masculino Planta herbácea e florífera originária da Europa meridional e da Ásia, sendo cultivada em muitas outras regiões do mundo.
    O açafrão se desenvolve a partir de uma haste grossa e bulbosa chamada cormo. As folhas largas lembram as de uma gramínea.

    (do árabe az-za"afran, amarelo): foi precisamente pela via árabe que o açafrão penetrou na Península Ibérica. Os árabes tanto utilizavam o açafrão na cozinha: ainda hoje tomam café com cardamomo e açafrão.

    Este nome deriva-se do arábicozafaran. obtém-se em pequenas quantidades dos estigmas amarelos e do estilete de um croco, sendo precisos, como dizem, 60.000 botões para preparar um arratel de açafrão. No oriente se faz com esta planta uma substância odorífera (Ct 4:14), usada para dar gosto à comida e ao vinho, empregada também como poderoso medicamento estimulante. Também serve para tinta – e desta se fabrica uma qualidade inferior com o Carthamus tinctorius, uma planta alta da família das Compostas.

    Açafrão Planta de cujas flores se prepara um pó alaranjado, cheiroso, que é usado como tempero e como remédio (Ct 4:14).

    Canela

    substantivo feminino Casca aromática da caneleira, planta originária do Ceilão.
    A própria planta.
    Condimento obtido com a casca dessa planta, reduzida a pó ou a pequenos fragmentos.
    Parte da perna, entre o joelho e o pé.
    Canudo em que se enrola o fio da lançadeira e com que se faz a trama do tecido.

    Canela CINAMOMO (Ap 18:13), RA; (Ct 4:14), RC).

    Cálamo

    substantivo masculino Tubo ou canudo de palha, de cana.
    Flauta campestre.
    Instrumento (cana, palheta) com que se escrevia na antiguidade.

    Cálamo CANA AROMÁTICA (Ct 4:14).

    Especiarias

    os antigos tinham a maior parte das especiarias que hoje conhecemos, e apreciavam-nas muito. Serviam-se delas para temperar a carne (Ez 24:10), para dar sabor agradável aos seus vinhos (Ct 8:2), para perfumar pessoas e camas (Et 2:12Sl 45:8Pv 7:17), e para preparar os mortos (2 Cr 16.14 – Jr 34:5Mc 16:1). o negócio das especiarias era cuidadosamente estimulado e protegido, sendo largamente sustentado por meio de caravanas, que viajavam através do deserto da Arábia, e ao longo da costa da Palestina até ao Egito, indo ainda mais adiante (Gn 37:2õ). Muitas especiarias vinham, para a Palestina, da india e da Pérsia – mas as de uso comum provinham principalmente do próprio pais, como o bálsamo de Gileade, a mirra e o nardo, embora estas substâncias tenham mais o caráter de perfumes do que propriamente o de especiarias.

    Incenso

    Incenso Produto resinoso extraído por meio de uma incisão na casca de uma árvore procedente da Índia, Somália ou Arábia do Sul. Era utilizado para fins litúrgicos (Lc 1:9-11).

    Incenso Resina aromática de certas árvores que, misturada com ESPECIARIAS (Ex 30:34-38), era queimada nas cerimônias de adoração a Deus (Lv 16:13), de manhã e à tarde (Ex 30:1-10). O incenso era símbolo das orações que subiam para Deus (Sl 141:2; Ap 8:3-5).

    Substância seca, resinosa, aromática, de cor amarela, de gosto amargo e picante, mas extremamente odorífera. A árvore, de onde se extrai a goma por incisão na casca, cresce na Arábia e na india. Chama-se, também, incenso ao fumo que se eleva pela combustão daquela substância aromática. Há duas palavras hebraicas que se traduzem por incenso – uma significa propriamente a espécie de goma – a outra refere-se ao fumo que sai do sacrifício e do incensário. o incenso era oferecido, ou juntamente com outras oblações (como em Lv 2:1), ou só sobre o altar do incenso (Êx 30:1-9), ou num incensário (Lv 16:12Nm 16:17). A preparação do incenso acha-se descrita em Êx 30:34-38 – e as ocasiões cerimoniais para queimar o incenso em Êx 30:7-8 – igualmente no dia da expiação era posto o incenso sobre o fogo (Lv 16. 12, 13). No N.T. é somente mencionado o incenso em relação com o culto do templo (Lc 1:10-11), e no Apocalipse (5.8 – 8.3,4 – e 18.13). os seus vapores aromáticos eram considerados símbolo da oração que sobe até Deus (Sl 142:2Ap 5:8 – 8.3, 4), dando, de certo modo, uma idéia da perfeição de Deus nos vários elementos que entravam na sua composição. Também eram uma manifestação típica da intercessão de Cristo. Durante os quatro primeiros séculos da igreja cristã não há indicio algum do uso do incenso no culto cristão, embora isso fosse vulgar nos serviços religiosos do paganismo. o uso do incenso em fumigações apareceu mais tarde, constituindo depois um rito.

    Incenso veio do latim "incensum", queimado, do verbo "incendere", queimar, raiz do português "incendiar", mas passou a designar substância resinosa aromática que, ao ser queimada, primeiramente em sacrifícios religiosos e mais tarde em cerimônias litúrgicas, ensejou significado específico a partir do odor penetrante que exala.

    substantivo masculino Resina aromática extraída principalmente de uma planta da Arábia e da Abissínia, da família das terebintáceas, e que desprende à combustão um cheiro agradável e forte. (É usado em certas cerimônias litúrgicas.).
    Figurado Elogio, lisonja.
    As pessoas às vezes acrescentam sândalo ou outras substâncias ao incenso para que desprenda odores especiais. Geralmente o incenso é apresentado comercialmente em forma de pó ou bastões.

    Mirra

    substantivo feminino Goma-resina de cheiro agradável usada na fabricação de perfume e incenso.
    É extraída do tronco de árvores e arbustos do gênero Commiphora, que crescem no leste da África e no sul da Arábia. A mirra é vendida para a indústria sob a forma de lágrimas (gotas).

    Mirra, palavra de origem semítica, fez escala no grego "mýrrha" e no latim "myrra", designando resina extraída de árvores originárias da África, utilizada na fabricação de perfumes e ungüentos. Com o tempo, devido ao fato de a mirra ser utilizada no embalsamento de cadáveres, formou-se no português o verbo mirrar, com o sentido de definhar, ganhar a aparência de defunto.

    A mirra é mencionada na Bíblia como um ingrediente do ‘ó1eo de unção’, para o tabernáculo (Êx 30:23-25). Foi apresentada pelos magos ao menino Jesus – foi-lhe oferecida, sendo recusada, quando já estava no Calvário – e fazia parte das especiarias, que puseram no Seu corpo (Mt 2:11Mc 15:23Jo 19:39). A referência à mirra em Ct 5:5-13 e em Et 2:12 implicam uma preparação, designada pelo nome de ‘óleo de mirra’. Em Gn 37:25-43.11 a tradução é incorreta. A substância mencionada nestas passagens, como fazendo parte das mercadorias, levadas pelos negociantes ismaelitas através da Palestina para o Egito, e dos presentes mandados por Jacó a José, é uma resina produzida por uma espécie de Cistus que se encontra na Palestina, Chipre, eem outras partes da área do Mediterrâneo. Em outros tempos era muito estimada, mas hoje quase não é usada, a não ser pelos turcos, que apreciam a planta como perfume e para fumigações. Só foi introduzida no Egito em tempos posteriores aos acontecimentos descritos no Gênesis – e eis a razão por que achavam conveniente oferecê-la aos governadores do Egito. Como se sabe, a mirra é a goma transudada pelos golpes feitos na casca de uma certa árvore.

    Mirra
    1) Resina tirada de uma pequena árvore do Oriente Médio, com a qual se fazia um perfume agradável e um remédio que, misturado com vinho, servia como calmante (Sl 45:8); (Mc 15:23)

    2) Porto da LÍCIA (At 27:5).

    Mirra Resina viscosa que, misturada com óleos, servia para fabricar perfumes. É um dos presentes que os magos ofereceram a Jesus (Mt 2:11). Misturada com vinho, podia aliviar as dores dos condenados à morte. Jesus negou-se a beber essa mistura quando estava na cruz (Mc 15:23). Essa substância fez parte do material com o qual o corpo de Jesus foi embalsamado (Jo 19:39).

    Nardo

    substantivo masculino Botânica Gramínea comum nos prados.
    Perfume extraído de uma valerianácea, o nardo-da-índia; bálsamo.

    Óleo aromático extraído de uma planta da india, o qual era de grande preço (Mc 14:3-5Jo 12:3-5). Nalgumas passagens do A.T. há referências ao seu uso como sendo um perfume (Ct 1:12 – 4.13,14). Nos mencionados textos do N.T. a palavra grega, com um qualificativo, tem a significação de ‘nardo pistico’. Espiscanardo vem da expressão da Vulgata Latina ‘Spicati nardi’, uma referência às espiguetas que se encontram na base da planta, e das quais se extrai o perfume. (*veja Perfume.)

    Nardo Planta de cujo caule e raízes se prepara um perfume muito caro (Jo 12:3).

    Nardo Óleo perfumado muito caro por causa de sua escassez (Jo 12:3).

    Principais

    masc. e fem. pl. de principal

    prin·ci·pal
    (latim principalis, -e, primitivo, originário, capital, essencial, superior)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que é o primeiro, o mais considerado, o mais importante (de um certo grupo).

    2. Fundamental, essencial.

    3. [Música] Diz-se da parte cantante de uma sinfonia.

    nome masculino

    4. Prelado superior de um colégio ou corporação.

    5. O que há de mais considerável, de mais importante.

    6. Pessoa mais importante pela sua hierarquia ou pelo seu mérito.

    7. Capital de uma dívida (em contraposição aos juros).


    oração principal
    Aquela a que estão subordinadas todas as outras orações do período.

    Qualquer oração a que outra está subordinada ainda que ela mesma seja subordinada de uma terceira.


    Sorte

    substantivo feminino Força invencível e inexplicável da qual derivam todos os acontecimentos da vida; destino, fado, fatalidade: queixar-se da sorte.
    Circunstância feliz; fortuna, dita, ventura, felicidade: teve a sorte de sair ileso.
    Acaso favorável; coincidência boa: não morreu por sorte.
    Solução de um problema e situação que está condicionada ao acaso.
    Maneira de decidir qualquer coisa por acaso; sorteio: muitos magistrados de Atenas eram escolhidos por sorte.
    Práticas que consistem em palavras, gestos etc., com a intenção de fazer malefícios: a sorte operou de modo fulminante.
    Figurado Condição de desgraça; infelicidade persistente; azar.
    Modo próprio; modo, jeito, maneira.
    Condição da vida, da existência.
    Maneira através da qual alguém alcança algo; termo.
    Qualquer classe, gênero, espécie, qualidade: toda sorte de animais.
    Bilhete ou senha com a declaração do prêmio que se ganhou em jogo de azar; o sorteio em que esse bilhete é atribuído.
    Porção, quinhão que toca por sorteio ou partilha.
    expressão Sorte grande. O maior prêmio da loteria.
    A sorte está lançada. A decisão foi tomada.
    locução conjuntiva De sorte que. De maneira que, de modo que, de tal forma que.
    locução adverbial Desta sorte. Assim, deste modo.
    Etimologia (origem da palavra sorte). Do latim sors, sortis “sorte”.

    sorte s. f. 1. Fado, destino. 2. Acaso, risco. 3. Quinhão que tocou em partilha. 4. Estado de alguém em relação à riqueza. 5. Bilhete ou outra coisa premiada em loteria. 6. Fig. Desgraça. 7. Lote de tecidos.

    árvores

    2ª pess. sing. pres. conj. de arvorar
    Será que queria dizer árvores?

    ar·vo·rar -
    (árvore + -ar)
    verbo transitivo

    1. Pôr em posição vertical. = EMPINAR, ENDIREITAR, LEVANTAR

    2. Pôr em sítio alto. = ERGUER, HASTEAR, IÇAR

    3. Fingir ter. = ALARDEAR

    4. [Pouco usado] Plantar árvores. = ARBORIZAR

    verbo transitivo e pronominal

    5. [Popular] Atribuir(-se) título, cargo, condição ou qualidade.

    verbo intransitivo

    6. [Pouco usado] Sair de repente. = ABALAR, FUGIR


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Cântico dos Cânticos 4: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais matérias- primas- aromatizantes.
    Cântico dos Cânticos 4: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1314
    besem
    בֶּשֶׂם
    especiaria, bálsamo, árvore de bálsamo, perfume
    (spices)
    Substantivo
    H174
    ʼăhâlîym
    אֲהָלִים
    aloés, árvore de aloés, sândalo
    (as the trees of lign aloes)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3750
    karkôm
    כַּרְכֹּם
    açafrão
    (and saffron)
    Substantivo
    H3828
    lᵉbôwnâh
    לְבֹונָה
    incenso
    (and frankincense)
    Substantivo
    H4753
    môr
    מֹר
    mirra
    (myrrh)
    Substantivo
    H5373
    nêrd
    נֵרְדְּ
    nardo
    (my spikenard)
    Substantivo
    H5973
    ʻim
    עִם
    com
    (with her)
    Prepostos
    H6086
    ʻêts
    עֵץ
    árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
    (tree)
    Substantivo
    H7070
    qâneh
    קָנֶה
    junco, haste, osso, balança
    (on stalk)
    Substantivo
    H7076
    qinnâmôwn
    קִנָּמֹון
    canela
    (and cinnamon)
    Substantivo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo


    בֶּשֶׂם


    (H1314)
    besem (beh'-sem)

    01314 בשם besem ou בשׁם bosem

    procedente do mesmo que 1313; DITAT - 290a; n m

    1. especiaria, bálsamo, árvore de bálsamo, perfume
    2. (DITAT) doce, cheiro doce, odor agradável

    אֲהָלִים


    (H174)
    ʼăhâlîym (a-haw-leem')

    0174 אהלים ’ahaliym ou (fem.) אהלות ’ahalowth

    de origem estrangeira, grego 250 αλοη; DITAT - 34; n m

    1. aloés, árvore de aloés, sândalo
      1. arvore de aloés
      2. aloé, sândalo (perfume)

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כַּרְכֹּם


    (H3750)
    karkôm (kar-kome')

    03750 כרכם karkom

    provavelmente de origem estrangeira; DITAT - 1039; n m

    1. açafrão
      1. uma flor laranja-amarelada da família croco, usada para dar sabor em bebidas e confecções com o objetivo de promover transpiração para esfriar o corpo

    לְבֹונָה


    (H3828)
    lᵉbôwnâh (leb-o-naw')

    03828 לבונה l ebownaĥ ou לבנה l ebonaĥ

    procedente de 3836, grego 3030 λιβανος; DITAT - 1074d; n f

    1. incenso
      1. uma resina branca queimada como incenso perfumado
        1. cerimonialmente
        2. pessoalmente
        3. usado para compor o incenso santo

    מֹר


    (H4753)
    môr (more)

    04753 מר more ou מור mowr

    procedente de 4843, grego 3464 μυρον; DITAT - 1248b; n m

    1. mirra
      1. uma resina árabe procedente da casca duma árvore, usada em óleo sagrado e em perfume

    נֵרְדְּ


    (H5373)
    nêrd (nayrd)

    05373 נרד nerd

    de origem estrangeira, grego 3487 ναρδος; DITAT - 1420; n m

    1. nardo
      1. uma planta aromática procedente da Índia

    עִם


    (H5973)
    ʻim (eem)

    05973 עם ̀im

    procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

    1. com
      1. com
      2. contra
      3. em direção a
      4. enquanto
      5. além de, exceto
      6. apesar de

    עֵץ


    (H6086)
    ʻêts (ates)

    06086 עץ ̀ets

    procedente de 6095; DITAT - 1670a; n m

    1. árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
      1. árvore, árvores
      2. madeira, gravetos, forca, lenha, madeira de cedro, planta de linho

    קָנֶה


    (H7070)
    qâneh (kaw-neh')

    07070 קנה qaneh

    procedente de 7069; DITAT - 2040a; n. m.

    1. junco, haste, osso, balança
      1. haste
      2. planta aquática, junco
      3. cálamo (cana aromática)
      4. significados derivados
        1. vara de medir
        2. cana (como unidade de medida - 6 côvados)
        3. braço (da balança)
        4. haste (de candelabro)
        5. braços (de candelabro)
        6. articulação do ombro

    קִנָּמֹון


    (H7076)
    qinnâmôwn (kin-naw-mone')

    07076 קנמון qinnamown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando erigir); DITAT - 2041; n. m.

    1. canela
      1. casca de árvore aromática utilizada como condimento

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma