Enciclopédia de Isaías 53:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 53: 7

Versão Versículo
ARA Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
ARC Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca.
TB Ele foi oprimido, contudo, humilhou-se a si mesmo e não abriu a boca. Como o cordeiro que é levado ao matadouro e como a ovelha que é muda diante dos que a tosquiam, assim não abriu ele a boca.
HSB נִגַּ֨שׂ וְה֣וּא נַעֲנֶה֮ וְלֹ֣א יִפְתַּח־ פִּיו֒ כַּשֶּׂה֙ לַטֶּ֣בַח יוּבָ֔ל וּכְרָחֵ֕ל לִפְנֵ֥י גֹזְזֶ֖יהָ נֶאֱלָ֑מָה וְלֹ֥א יִפְתַּ֖ח פִּֽיו׃
BKJ Ele foi oprimido e ele foi afligido, contudo, ele não abriu a sua boca. Ele é trazido como um cordeiro para o matadouro, e como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores está, assim ele não abriu sua boca.
LTT Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a Sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os tosquiadores dela, assim Ele não abriu a Sua boca.
BJ2 Foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro;[e] como uma ovelha que permanece muda na presença dos seus tosquiadores ele não abriu a boca.
VULG Oblatus est quia ipse voluit, et non aperuit os suum ; sicut ovis ad occisionem ducetur, et quasi agnus coram tondente se obmutescet, et non aperiet os suum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:7

Mateus 26:63 E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Mateus 27:12 E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
Marcos 14:61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
Marcos 15:5 Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
Lucas 23:9 E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia.
João 19:9 E entrou outra vez na audiência e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
Atos 8:32 E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.
I Pedro 2:23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

is 53:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 3:13-17

13. Depois veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser mergulhado por ele.


14. Mas João objetava-lhe: "Eu é que preciso ser mergulhado por ti e tu vens a mim"?


15. Respondeu-lhe Jesus: "Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça". Então ele anuiu.


16. E Jesus tendo mergulhado, saiu logo da água; e eis que se abriram os céus e viu o espírito de Deus descer como pomba sobre ele,


17. e uma voz dos céus disse: "Este é meu filho amado, com quem estou satisfeito".


MC 1:9-11

9. Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi mergulhado por João no Jordão.


10. Logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o espírito, como pomba, descer sobre ele.


11. E ouviu-se uma voz dos céus: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo".


LC 3:21-22

21. Quando todo o povo havia sido mergulhado, tendo sido Jesus também mergulhado, e estando a orar, o céu abriu-se


22. e o espírito santo desceu como pomba sobre ele em forma corpórea, e veio uma voz do céu: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo. "


Pela cronologia que estudamos, o Mergulho de Jesus deve ter ocorrido cerca de dois a três meses antes da Páscoa do ano 29 (782 de Roma), tendo Jesus perto de 35 anos (Santo Irineu, Patrologia Graeca, vol. 7, col. 783 e seguintes, diz que "no batismo" tinha Jesus 30 anos; no início de sua missão, 40 anos; e à sua morte, 50 anos; baseia-se em motivos místicos e em JO 8:57). A expressão de Lucas "cerca de 30 anos" apenas serve para justificar que Jesus já tinha a idade legal (30 anos) para começar sua" vida pública".


As igrejas orientais celebram, desde o 4. º século, a data do mergulho a 6 de janeiro, no mesmo dia em que comemoram a visita dos magos ou epifania (Duchesne, Origines du culte chrétien, 4. ª edição, páginas 263 e 264).


Pela tradição, parece que o ato foi celebrado na margem direita (ou ocidental) do Jordão, nas cercanias de Jericó.


Os "Pais" da igreja buscam "razões" para o mergulho ou "batismo" de Jesus: para dar exemplo ao povo; por humildade; para autorizar o mergulho de João, aprovando-o: para provocar o testemunho do Espírito, revelando-se ao Batista; para santificar as águas do Jordão com sua presença e com os fluídos que saíam de seu corpo; para confirmar a abolição do rito judaico do "batismo"; para aprovar o rito joanino, etc. João procurou evitar o mergulho de Jesus. O verbo diekóluen está no imperfeito de repetição: "esforçava-se por evitá-lo", com várias razões, dizendo: "eu é que devo ser mergulhado por ti".


João conhecia Jesus perfeitamente. Com efeito, sendo Isabel e Maria "parentas" (primas?), tendo Maria" se apressado a visitar Isabel" em sua gravidez, e com ela morando durante três meses, é evidente que as relações entre as duas famílias eram de intimidade, e Jesus e João se hão de ter encontrado várias vezes, embora, pela prolongada ausência de Jesus (dos 12 aos 35 anos) e pela estada de João no deserto, talvez se não tivessem visto nos, últimos anos.


A resposta de Jesus é incisiva: "deixa por enquanto". A necessidade, salientada por Jesus, de "cumprir toda justiça", tem o sentido de "realizar tudo o que está previsto com justeza", ou "fazer tudo direito como convém".


E João anuiu, realizando o mergulho de Jesus, com o que demonstrou também verdadeira humildade (não a falsa humildade, que se recusa a ajudar um superior, dando-se "como indigno" ...) : houve a tentativa de recusa sincera, mas logo a seguir, dadas as razões, houve anuência, sem afetação.


Agora chegamos aos fatos, que enumeramos para facilitar o comentário: 1) Jesus mergulha e sai imediatamente (eythys) da água. Aqui chamamos a atenção do leitor para o mergulho (batismo) que não era por aspersão nem por derramamento de água na cabeça, mas era realmente mergulho, tanto que Jesus "sai da água", onde havia mergulhado totalmente (com cabeça e tudo), costume que se manteve na igreja católica até, pelo menos, o século XI, notando-se que só era conferido a pessoas adultas, acima da idade da razão. Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 20,2) ao discursar aos recém "batizados", diz: "à vossa entrada (no batistério) tirastes a túnica, imagem do homem velho que despistes. Assim desnudados, imitáveis a nudez de Cristo na Cruz... coisa admirável: estáveis nus diante de todos e não tínheis acanhamento: éreis a imagem de nosso primeiro pai, Adão". E na vida de. João Crisóstomo (Patrologia Graeca, vol. 47, col. 10) Paládio escreve: " Era Sábado-santo. A cerimônia do batismo ia começar e os catecúmenos nus esperavam o momento de descer na água. Foi quando irrompeu um bando de soldados que invadiu a igreja para expulsar os fiéis. Corre o sangue e as mulheres fogem nuas, pois lhes não permitiram apanhar suas roupas".


Lucas acrescenta: "estando Jesus a orar", coisa que esse evangelista de modo geral registra (cfr.


LC 5:16; LC 6:12; LC 9:18; LC 11:1; LC 22:24), talvez compreendendo o grande valor da prece e demonstrando que, em todas as ocasiões mais graves, Jesus elevava seu pensamento em prece.


Figura "O MERGULHO DE JESUS" - Desenho de Bida, gravura de L. Massad 2) os céus se abriram - céus ou ar atmosférico. Como se abriram? Daria ideia de que algo tivesse sido visto por trás da abertura. O que? Ou seria apenas uma luz mais forte que tivesse aparecido, dando a impressão de abertura? Marcos usa a expressão "os céus se fenderam" ou "rasgaram" (mesmo termo que se emprega para roupa ou rede que se rompe), verbo que também hoje se diz: "um raio rasgou os céus". Por aqui se vê que céu ou céus exprime a atmosfera, e não um lugar de delícias. 3) é visto o Espírito (Marcos e João), o Espírito de Deus (Mateus), o Espírito o Santo (Lucas). Mas de que forma foi percebido o Espírito? 4) "com a forma (Lucas: corporalmente) de uma pomba". Os quatro evangelistas empregam a conjunção comparativa "COMO". Nenhum deles diz que ERA uma pomba, mas que era COMO uma pomba. O advérbio "corporalmente" (somatikó) empregado por Lucas indica a razão de haver sido comparado o Espírito a uma pomba: era a aparência do corpo de uma pomba. Trata-se da shekinah, luz que desce em forma de V muito aberto: tanto assim que todas as figurações artísticas, desde os mais remotos tempos, apresentam uma pomba de frente, e de asas abertas, e jamais pousada e de asas fechadas. Os artistas possuem forte intuição. 5) descer sobre ele ("e permanecer", João). Todas essas ocorrências narradas (que numeramos de 2 a 5) são fenômenos físicos de vidência. A luz não estava parada, mas se movimentava, descendo sobre Jesus. Essa descida é que empresta a forma maior profundidade ao centro e maior elevação dos lados fazendo que pareça (imagem óptica bem achada) uma pomba em voo. O Espírito desceu sobre Jesus, sem forma, como uma luz que descia. Nele penetrou e permaneceu. Mas parecia, ou era como uma pomba. 6) e ouviu-se uma voz do céu. A própria atmosfera vibrou noutro fenômeno físico de audiência, desta vez com rumor de voz humana, que emitiu um som e articulou palavras claras, audíveis e compreendidas:

"este é meu Filho amado, com quem estou satisfeito", isto é, que aprovei, que me agradou.


Tendo-o chamado "meu Filho", deve supor tratar-se de um Espírito Superior ao de Jesus, que O amava como um pai ama o filho.


A expressão é de carinho. Comum ser dado e recebido esse tratamento por parte de pessoas que não são pais e filhos: sacerdotes assim tratam os fiéis, professores a seus alunos, superiores a seus subordinados, mais velhos a mais moços. E nas reuniões mediúnicas, então, é quase de praxe que assim o "espíritos" tratem os encarnados. Não significa, em absoluto, que a voz tenha sido de DEUS-PAI, simplesmente porque DEUS ABSOLUTO não é antropomórfico, não possui atributos humanos (em que idioma falaria Deus?).


Todos os fenômenos narrados são manifestações de efeitos físicos (vidência e audiência) que frequentemente ocorrem em reuniões espiritistas, com as mesmas características, percebidas por médiuns videntes e clariaudientes: céu que se abre, luzes que descem, vozes que falam. Para quem está habituado a assistir a essas cenas, elas se tornam naturais e familiares, embora sempre impressionem profundamente, pelas revelações que trazem. Autores antigos gregos e romanos, são férteis em narrativas desse gênero.


Quem percebeu esses fenômenos? Apenas João ou todos os presentes? Mateus e Marcos dão-nos a impressão de que só João viu e ouviu. Lucas nada diz: apresenta o fato. O evangelista João coloca as palavras na boca do Batista, como única testemunha ocular, não acenando à voz.


JO 1:29-34

29. No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo!


30. Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu ;


31. eu não o sabia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, é que eu vim mergulhar na água".


32. E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele.


33. Eu não o sabia, mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me: "Aquele sobre quem vires descer o Espirito e ficar sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo".


34. E eu vi e testifiquei que ele é o Escolhido de Deus.


Mantivemos separado o texto de João, embora houvesse repetição de algumas cenas, porque a narrativa diverge dos sinópticos.


Em primeiro lugar, o evangelista que tanta importância dá à numerologia, assinala "no dia seguinte", reportando-se ao interrogatório do sinédrio, coisa de que os outros não cogitam. Não há necessidade, cremos, de interpretar ao pé da letra. Diríamos: "na segunda etapa". Mais adiante (versículo 35) ele repetirá a mesma expressão com o mesmo sentido, revelando então os três passos da evolução do caso: Primeiro, o interrogatório da personalidade (João), estabelecendo seus limites reais; segundo, o mergulho na individualidade, que passa a agir através da personalidade; terceiro, a transferência dos discípulos (de João) que abandonam também a personalidade, para aderirem à individualidade (Jesus).


Mas voltemos ao texto.


João viu Jesus vir até ele. Essa narrativa é posterior ao mergulho de Jesus, contado logo após, como fato já vivido anteriormente (vers’ 32, 33). E ele atesta diante dos discípulos: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo".


Que significará "Cordeiro de Deus"? Seria uma alusão ao cordeiro pascal? ou ao "Servo de Yahweh" (ebed YHWH) segundo Isaías: "como um cordeiro levado à matança e como uma ovelha diante do tosquiador" (IS 53:7) ?


Ao cordeiro se atribuía a qualidade de "expiar os pecados do mundo", coisa que jamais foi atribuída a Jesus (cfr. Strack-Billerbeck, Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch München, 1924, tomo 2, pág. 368). A semelhança com Isaías é mais aparente que real. Além disso, o verbo empregado por João "tirar o erro" (airein) para esclarecer a verdade, é bem diverso do utilizado por Isaías (pherein) "tomar sobre si o erro, para expiá-lo como vítima". Nem pode admitir-se que, nessa época, se cogitasse de um Messias sofredor. Não obstante, alguns hermeneutas explicam, pelo sentido interno, que no momento da teofania (manifestação divina) do mergulho, João tenha compreendido todo o alcance da missão sacrificial de Jesus, tendo-lhe então aplicado a expressão "Cordeiro de Deus" no sentido exato de Isaías (veja capítulo 52:13-15 e 53:1-12).
Recordemos, de passagem que o latim AGNUS (cordeiro), como símbolo de pureza, aproxima-se de IGNIS (fogo) que, em sânscrito, língua-máter do latim, é AGNÍ com o sentido de fogo purificador, fogo do holocausto. Logo a seguir, João repete a frase sibilina que costumava dizer a seus discípulos: "depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu". Analisemo-la. " Homem", no. sentido de macho, de varão (ανηρ) . "Vem depois de mim" (οπισω µου), com significado temporal, isto é, aparecerá entre vós depois de mim"; e segue "que começou antes de mim", quer dizer "nasceu na eternidade, tornou-se ser" (γεγονεν, no perfeito) antes de mim (εµπροσθεν µου) .
Alguns interpretam "que me superou", ou "que passou à minha frente". E dá a razão: "porque existia primeiro que eu " (οτι πρωτος µου ην) . Clara aqui a reencarnação, ou, pelo menos, a preexistência dos espíritos. Jesus, COMO HOMEM, existia antes de João: então, COMO HOMEM, tomou corpo. E a conclusão lógica é que, se ficar provado que UM SÓ homem existiu antes do nascimento, fica automaticamente provada a preexistência PARA TODOS. E se a preexistência de UM SÓ espírito for comprovada, ele só poderá nascer na Terra por meio da "encarnação". E se pode realizar esse feito uma vez, poderá realizá-lo quantas vezes quiser ou de que necessitar para sua evolução.

Depois, concedendo uma explicação aos discípulos, o Batista revela-lhes por que fez essas afirmativas.


"Eu não o sabia, mas vim mergulhar na água para que ele fosse manifestado a Israel".


As traduções vulgares trazem "eu não o conhecia". Mas o verbo ηδειν do texto (mais-que-perfeito do perfeito presente do indicativo οιδα do verbo ειδω e portanto com sentido de imperfeito do indicativo), tem o significado primordial de "saber", ou "estar informado".

Então o Batista confessa que não tinha informação ou conhecimento total da missão de seu parente Jesus, mas que tinha vindo à Terra (reencarnado) para que ele, o Messias, pudesse manifestar-se. O testemunho do mergulho de Jesus era imprescindível para que João o reconhecesse como Messias, e como tal o apresentasse ao povo. Com isso, compreendemos melhor a frase de Jesus em Mateus: "deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda justiça", isto é, ajustar-nos ao que está previsto.


E continuam os esclarecimentos, dando o motivo por que soube de que se tratava "vi o Espirito descer do céu COMO pomba e PERMANECER sobre ele" . O pormenor de que o Espírito (não "santo" nem de "Deus", concordando com Marcos) "permaneceu" sobre Jesus, parece ser valioso e será repisado adiante.


Repete: "eu não o sabia", e explica: "mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me". A notícia de que "alguém" enviou João Batista à Terra (logo preexistência e reencarnação) é de suma importância e confirma as palavras do evangelista JO 1:6. Quem será esse "alguém" que enviou João à Terra? Acreditamos que o próprio Jesus (Yahweh) antes de encarnar, firmando-lhe na memória um fato típico que não seria esquecido: aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo" (em grego sem artigo). O sinal foi cumprido no mergulho de Jesus, que o evangelista supõe conhecido e dele não fala.


E conclui: "eu vi e testifiquei que esse é o Escolhido de Deus". As traduções vulgares trazem "Filho de Deus", lição dos manuscritos Borgianus (T), século 5. º; Freerianus (W), século 5. º; Seidelianus II (H), Mosquensis (VI) e Campianus (M) do século 9. º. Mas preferimos a lição o "Escolhido de Deus" (О Εκλεκτος του Θεου), porque é atestada por mais antigos e importantes manuscritos: Papyrus Oxhirincus (Londres, do século 3. º), pelo sinaítico (séc. 4. º), Vercellensis (séc. 4. º), Veronensis (séc. 4. º), e pelas versões siríacas sinaítica (séc. 4. º) e curetoniana (séc. 5. º), pela sahídica, assim como pela Vetus Latina (codex Palatinus, séc. 4. º), bem como por Ambrósio, que foi bispo de Milão no século 4. º.

Além disso, a expressão "Escolhido de Deus" é muito empregada no grego dos LXX e em o Novo Testamento (cfr. IS 43:20; SL 105:4; Sap. 3:9; 2CR 8:15; MT 20:16; MT 22:14; MT 24:22, MT 24:24, MT 24:31; MC 13:20, MC 13:22, MC 13:27; LC 18:7; LC 23:35; JO 1:34 (este); RM 8:33 e RM 16:13; CL 3:12; 1TM 5:21; 2TM 2:10; TT 1:1; 1PE 1:1; 1PE 2:4, 1PE 2:6, 1PE 2:9; 2 JO 1, 13; AP 17:14).


Temos, pois, razões ponderáveis para aceitar nossa versão, que dá a medida das coisas nesse momento: João viu e deu testemunho, de que Ele, Jesus, era o "escolhido de Deus" para a missão de Messias, o Enviado Crístico.


No mergulho de Jesus, encontramos farto material de estudo.


Diz a Teosofia que, no momento do mergulho, o "espírito" de Jesus saiu do corpo, deixando-o para que nele entrasse, como entrou, o "espírito" do Cristo, que aí permaneceu até o momento da crucifica ção.


A ideia está expressa de maneira incompreensível. Mas assim mesmo, através dessas palavras, percebemos a realidade do que houve.


Jesus, como personalidade, manifestou tão grande humildade, que se aniquilou a si mesmo. E o aniquilamento da personalidade, pela renúncia a qualquer vaidade e orgulho, foi tão grande, que não mais agiu daí por diante. E isso fez que, através de Jesus, só aparecesse e só agisse o seu Cristo Interno, isto é, a Sua individualidade Crística, o Eu divino. Essa é a meta de todas as criaturas: "quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo" (MT 16:24), anule sua personalidade, com a humildade máxima, e então poderá seguir a mesma estrada que Jesus, que a viveu antes para dar-nos o exemplo vivo e palpitante de humildade e aniquilamento.


João Batista é o protótipo da personalidade já espiritualizada.


Nasce antes de Jesus, o que exprime que a evolução da personalidade se dá antes da individualidade.


João é "a voz que clama preparando o caminho para o Senhor", ou seja, para a individualidade. Daí dizer (JO 3:30): "é necessário que Ele (Jesus, a individualidade) cresça, e que eu (João, a personalidade) diminua". Não fora esse o sentido, haveria contradição com o que foi antes dito: "é tão grande, que não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias". Se já era tão superior a João, porque teria que CRESCER? E se João era tão pequeno, por que teria que DIMINUIR? Não seria o caso de João dever progredir, aperfeiçoar-se, CRESCER, para tornar-se grande como Jesus? A meta não é o crescimento espiritual? Mas aí se trata é da oposição entre a personalidade e a individualidade: para que a segunda CRESÇA só há um caminho: é fazer que a primeira DIMINUA até ANULARSE.


Só assim podemos compreender essa frase de João. O intelecto iluminado de João percebe a Luz da Verdade, a Bondade do Amor e o Fogo do Poder de Cristo, e o anuncia como o "Cordeiro de Deus", pregando a necessidade da metánoia, isto é, da "reforma mental", a fim de perceber o "reino de Deus" que, diz ele, "se aproxima de vós", ou melhor, porque estais prestes a penetrar os mistérios recônditos do Eu Supremo.


O conhecido "batismo" deve ser entendido no sentido real e pleno da palavra original grega: MERGULHO.


Com efeito, é o mergulho consciente na presença de Deus dentro de nós, em nosso coração, mergulho esse que dá o desenvolvimento pleno à individualidade, ao Espírito.


João, a personalidade, só realiza o "mergulho na água", isto é, o mergulho exterior; mas Jesus (a individualidade) veio exemplificar-nos o mergulho "no fogo" (AGNÍ) da Centelha de Deus em nosso coração - por isso, em nossos comentários acenamos à semelhança da raiz latina AGNUS (cordeiro), em grego "Amnós", com o sânscrito "agní" - e "no Espírito", ou seja, no Eu profundo, nosso verdadeiro Eu espiritual que é o Cristo Cósmico.


ESPÍRITO


Vamos aproveitar para esclarecer a distinção que fazemos das diversas acepções da palavra ESPÍRITO.


Ora o escrevemos entre aspas e com inicial minúscula: o "espírito", e queremos então referir-nos ao termo comum de espírito desencarnado, isto é, ao espírito da criatura que ainda está preso à personalidade, com um rótulo, ou seja, um NOME: por exemplo, o "espírito" de João, o "espírito" de Antônio, etc. Doutras vezes escrevemos a palavra com inicial maiúscula: o Espírito, e com isso significamos a individualidade, ou seja, o trio superior composto de Centelha Divina, Mente e Espírito, mas sem nome, não sujeito a tempo e espaço. Então, quando o Espírito se prende à personalidade, passa a ser o "espírito" de uma criatura humana, encarnada ou desencarnada. O Espírito é o que está em contato com o Eu Profundo, enquanto o "espírito" está em contato com o "eu" pequeno, que tem um nome. Somos forçados a fazer estas distinções para que as ideias fiquem bem claras. Além desses, temos o "Espírito" de Deus, ou o "Espírito" Santo, que é a manifestação cósmica da Divindade, também chamado o Cristo Cósmico, de que todos somos uma partícula, um reflexo; em nós, o Cristo é denominado "Cristo Interno" ou Centelha Divina, e é a manifestação divina em cada um de nós. Não se pense, entretanto, que a reunião de todas as Centelhas divinas ou "mônadas" das criaturas forme o Cristo Cósmico. Não! Ele está imanente (dentro de todos nós), mas é INFINITO e, portanto, é transcendente a todos, porque existe ALÉM de todos infinitamente. O mergulho de que falamos exprime, em primeiro lugar, o ENCONTRO do "espírito" (personalístico) com o seu próprio Esp írito (individualidade), e depois disso, em segundo lugar, a absorção do Espírito no mais recôndito de seu EU profundo, ou seja, a UNIFICAÇÃO do Espírito com o Cristo Interno, com sua consequente INTEGRAÇÃO com o Cristo Cósmico.


Quando a criatura dá esse mergulho profundo, o Espírito de Deus "desce sobre ele e nele permanece", porque a união é definitiva e absorvente. Para conseguir-se o mergulho, temos que ir ao encontro de Deus em nosso coração, mas também temos que aguardar que Deus desça a nós, ou seja, temos que esperar a "ação da graça", para então realizar-se o Encontro Sublime.


A forma de pomba, percebida pelo Batista e por ele salientada, simboliza a paz interior permanente, essa "paz que o mundo não dá" (JO 14:27). E a Voz divina o revela aos ouvidos internos do mensageiro, como o "Filho Amado", como o "escolhido", confessando-se satisfeito com ele.


Esse mergulho foi compreendido por Paulo de Tarso. Escreveu ele: "todos quantos fostes mergulhados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (GL 3:27). Desde que o homem mergulha em seu íntimo, passa a ser revestido do Cristo Interno, como foi Jesus. Quase que o interior se torna exterior, e a personalidade, ao anular-se, cede lugar à individualidade que começa a manifestar-se externamente:

"não sou mais eu (personalidade) que vivo: é Cristo (individualidade) que vive em, mim" (GL 2:20).


E acrescenta: "agora Cristo será engrandecido em meu corpo (personalidade), quer pela vida, quer pela morte, pois para mim o viver é Cristo, e o morrer (a personalidade) é lucro" (FP 1:20-21) . E explica: "por isso nós, de agora em diante, não conhecemos a ninguém segundo a carne (a personalidade): ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora, contudo, não O conhecemos mais desse modo; se alguém está em Cristo, é nova criatura; passou o que era velho e se fez novo (2CO 5:16-17). Esclarece mais: "pois morrestes (na personalidade) e vossa vida está escondida com Cristo em Deus " (CL 3:3). E Pedro Apóstolo, localizando a Centelha divina no coração, aconselha: " santificai Cristo em vossos corações" (1PE 3:15).


Nesse estado, após o mergulho interno no coração, a criatura passa a ser o "escolhido" ou o "Filho de Deus", porque purificou (santificou) seu coração de todo apego personalístico ("bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", MT 5:8), e estão com a "pomba" da paz divina permanente, pacificando-se e pacificando a todos ("bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus", MT 5:9). E assim perdem o apego a pai, mãe, esposa, filhos e a si mesmos, e seguem ao Cristo Interno em seus corações ("quem ama - ou se apega - a seu pai ou mãe ou filho ou filha mais do que a mim (Cristo), não é digno de mim... o que acha sua vida (personalística) perdê-laá (porque morrerá um dia), mas o que perde (renuncia) sua vida (personalística) por minha causa, achá-la-á, MT 10:37-39).


O homem que atingiu esse ápice sublime, no mergulho dentro de seu Espírito e do Fogo da Centelha,

"tira o erro do mundo"(liquidai seu carma) e, por seu exemplo de amor e de humildade, revela a todos o Caminho certo, o Caminho Crístico, que leva à Verdade e à Vida (João,14:6).


Paulo ainda explica: "ou ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, mergulhamos na morte dele"? (RM 6:3). Quer dizer, os que tomam contato com a Individualidade, fizeram a personalidade perecer "crucificada na carne" (a Cruz é o símbolo do corpo - de pernas juntas e braços abertos - e exprime o quaternário inferior da personalidade: corpo denso, duplo etérico, corpo astral e intelecto). Por isso: "num só Espírito (Cristo) fomos todos nós mergulhados num corpo" (1CO 12:13). A comparação do mergulho no Espírito é feita, exemplificando-se com o ato oposto, quando o "espírito" mergulha num corpo (reencarnação): assim como ao nascer o "espírito" mer gulha na carne, assim nós todos, embora ainda crucificados na carne, teremos que mergulhar a personalidade no Espírito e no Fogo, fazendo que essa personalidade se aniquile, se anule, pereça.


Com isso, com a anulação da personalidade, será tirado o "erro" do mundo, porque ninguém mais terá pruridos de vaidade, nem sentirá o amor-próprio ferido, nem se magoará, porque SABE que nada externo poderá atingir seu verdadeiro EU, que está em Cristo. Teremos o perdão em toda a sua amplitude, a ausência de raivas e ódios, reinando apenas o Amor e a Humildade em todos. O adversário será dominado. O adversário (diabo ou satanás) é a própria personalidade vaidosa e cheia de empáfia de cada um de nós. Liquidada a personalidade, acaba a separação e acaba o erro no mundo.


is 53:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 38
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 5:38-42


38. Ouvistes o que foi dito: "olho por olho e dente por dente".


39. Eu porém vos digo: não resistais ao (homem) mau, mas a qualquer que te bate na face direita, volta-lhe também a outra;


40. ao que quer entrar em juízo contigo e tirarte a túnica, dá-lhe também a capa;


41. e quem te obriga a andar mil passos, vai com ele dois mil.


42. Dá a quem te pede, e a quem te solicita empréstimos, não voltes as costas.


LC 6:29-30


29. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te tira a capa, não lhe negues a túnica.


30. Dá a todo o que te pede; e ao que tira o que é teu, não lho peças de volta.


Neste trecho, Jesus cita primeiro a "lei do talião" (EX 21:23-25; LV 24:17 24 e DT 19:21), abolindoa completamente. Ordena a não-resistência diante dos homens perversos, preceito que Ele mesmo iria mais tarde ratificar com Seu exemplo, deixando-se prender e assassinar "como um cordeiro diante de quem o tosquia" (IS 53:7 e AT 8:32) sem resistir nem às autoridades nem aos esbirros.


Vai muito além da "ahimsa" dos orientais. Mas os cristãos ainda não compreenderam toda a extensão desses ensinamentos de Jesus e não no põem em prática. Com efeito, nenhuma resistência deve ser oposta pelos discípulos de Jesus aos exploradores desonestos que abusam de nossa boa-fé. E, para confirmar o ensino, são citados vários Exemplos típicos e populares, de fácil compreensão, para que não paire qualquer dúvida a respeito do que preceituou.


O primeiro é o da "bofetada na face direita". Notam os comentadores que é citada a face direita porque o povo gosta dessas particularizações; pois, de modo geral, a primeira bofetada, aplicada com a mão direita, fere a face esquerda de quem lhe está à frente. Segundo Strack-Billerbeck (o. c., pág. 342), o rabino satisfazia a todas as exigências para esse cargo quando, "esbofeteado na face esquerda, apresentava ao ofensor a direita". A hipérbole exprime claramente o PERDÃO que não revida na mesma moeda, como exemplificou Jesus ao ser esbofeteado pelo oficial (JO 18:22-23). Lucas cita o preceito sem dar o pormenor de face direita ou esquerda.


O segundo exemplo é o do processo judiciário diante de um tribunal, quando o contendor queira tirarnos a túnica (chitõn, do hebraico kuttonéth, aramaico kittuná), que era a peça principal do vestuário dos israelitas. Diz Jesus que deve dar-se também o manto (himátion. hebraico simlâ), que era a outra peça, menos importante, lançada sobre os ombros. Em Lucas agrada-nos mais à lógica a enumeração: se o contendor tirar o manto (o supérfluo), deve o coagido entregar também a túnica (até o essencial), contanto que não lute, a fim de não perder sua paz espiritual. É o PERDÃO-GENEROSO, em que se cede mais do que nos é exigido.


O terceiro exemplo refere-se aos pedidos, tão comuns entre amigos, de favores (que tantas vezes nos aborrecem!) e que nos custam, com frequência, sacrifícios pessoais que correspondem a caminhar uma milha (em latim milium, que passou ao grego mílion e valia cerca de um quilômetro e meio). Ensina Jesus que devemos sempre atender de boa-vontade, fazendo sempre mais do que nos é pedido: é a GENEROSIDADE pura em seu mais belo aspecto, com DOAÇÃO DE SI MESMO até o sacrifício.


O quarto exemplo é o do DESAPEGO. Se alguém pede, deve dar-se, sem distinções; como conservou Lucas: "dá a quem te pede"; ou seja, jamais recusar qualquer pedido. Esclarece-se esse preceito com outras frases: "não virar as costas a quem solicita empréstimo (coisa nem sempre fácil por causa do apego que temos às "nossas coisas" ...) . Lucas tem mais força ainda: "se alguém tirar o que é nosso, não devemos ir reclamá-lo de volta"; deixe-se ir tudo, contanto que o irmão esteja satisfeito, e nós permaneçamos na inalterável paz espiritual.


A lição de Jesus vai muito além do ahimsa (não-resistência) - já o dissemos - e é uma das mais preciosas para a individualidade. E é sobretudo para esta que vale.


Estando a personalidade mergulhada no pólo negativo ("antissistema") essa lei dificilmente poderá ser posta em prática de maneira total. Com efeito, ao seguir literalmente o preceito, a personalidade seria destruída pelo animalismo, com a perda de seu veículo físico, como ocorreu a Jesus. Daí escrever Lobsailg Rampa que "mesmo os grandes espíritos, na Terra sempre apresentam algum defeito, para poderem permanecer na crostra, entre os mortais imperfeitos" ("Usted y la Eternidad", pág. 113).


Por mais adiantada ou evoluída que seja a individualidade, enquanto convive neste pólo negativo há que pensar de defender-se para sobreviver. Se puser em prática na matéria, sem distinções, esses preceitos, ver-se-á despojada de tudo, privados seus filhos do essencial, e isso sem vantagem para os aproveitadores, porque os não contentaria. Então, materialmente, no pólo negativo, a individualidade deve agir com "a simplicidade das pombas, mas com a prudência das serpentes" (MT 10:16) para não prejudicar a própria evolução e a daqueles que querem apropriar-se de tudo.


Então, não é a matéria em si que interessa, mas o desprendimento das coisas e das pessoas.


Entendamos, todos, esses preceitos espiritualmente, no campo da individualidade: jamais revidar um mal com outro mal; ao contrário, quando se receber uma ofensa moral ou mesmo material, temos que retribuir com um benefício, nem que seja uma prece Em favor dos coitados ignorantes, que não sabem que "quem faz o mal a si mesmo o faz". Daí o simbolismo de "oferecer a outra face", isto é, de generosamente oferecer um favor a quem nos magoou, como um bem a fazer a quem nos causou um malefício.


Entretanto, não apenas as ofensas pessoais referidas neste exemplo, mas também quando o prejuízo é causado aos haveres, que foram emprestados à personalidade para sua viagem, durante a permanência no planeta. Por isso, melhor que aborrecer-se em contendas judiciárias, é ceder o que nos exigem e, se possível, alguma coisa mais, contanto que não criemos desarmonias e inimizades com as manifesta ções divinas que são as demais criaturas: "harmoniza-te depressa com o adversário, enquanto estás no caminho com ele (MT 5:25).


Assim também o exemplo de generosidade: jamais recusar a doação de si mesmo para atender às solicita ções que de nós requerem sacrifícios pessoais. Nosso Eu Profundo deve dirigir nosso eu pequeno de forma a que este se sacrifique, caso necessário, para satisfazer às precisões dos companheiros de viagem, às suas exigências, a fim de cada vez mais ir preparando a harmonização e a união dos espíritos.


Finalmente, dar sempre e emprestar sempre a quem nos pede no campo espiritual. Porque, no domínio da matéria, não podemos dar uma arma a quem pretenda suicidar-se, nem fornecer dinheiro (talvez indispensável a nós) para que outrem o desperdice na mesa de jogo. Mas podemos dar sempre no mundo espiritual da individualidade, ajudar sempre, com palavras e ações, com a força do pensamento e da prece.


A frase que em Lucas vemos: "ao que tira o que é teu, não lho peças de volta", contém em si um dos maiores ensinamentos para o Espírito. Que temos nós na Terra que seja propriedade nossa, a não ser os dons espirituais (morais e intelectuais)? Todo o resto é tão ou mais transitório que nosso corpo denso: é tudo empréstimos que nos facilitam a viagem pela crostra, mas aqui deixaremos, porqu "nada para cá trouxemos, e daqui nada le’laremos" (1TM 6:7) . Compreendemos, pois, que não devemos aborrecer-nos nem entristecer-nos se alguém nos tira ou furta alguma coisa material: ocorreu, simplesmente, que o "empréstimo" mudou de mãos. E se algo nos foi subtraído, é porque alguém mais precisa ou mais merece do que nós. Elevemos um pensamento ao Pai, numa prece sincera, para que esse ou esses objetos sejam mais úteis a essa pessoa do que o foram enquanto estavam conosco. E a lição do desprendimento está aí tiXla contida. Não resistir a quem nos fere. Não contender em litígios judiciários, mas ceder: de qualquer forma, teremos um dia que deixar tudo, então desapeguemo-nos logo. Não recusar um sacrifício pessoal: todo o bem que fizermos a qualquer pessoa, é a nós mesmos, em primeiro lugar, que o fazemos: antes de atingir a criatura favorecida, atinge a nós mesmos, porque modifica nossa aura e a harmoniza; e, ao elevar nossas vibrações internas, faz-nos aproximar da sintonia do Pai que é Amor-Doação.


Lembremo-nos de que Deus se doa a todos, santos e criminosos, evoluídos e atrasados, fornecendo a todos a própria vida Sua divina, para que seja utilizada por todos livremente. O exemplo divino (como se verá adiante: "sede perfeitos como é perfeito vosso Pai celestial", MT 5:48) é a maior lição dada à nossa individualidade, e temos que seguir esse exemplo, se quisermos atingir o Pai que habita dentro de nós, unificando-nos a Ele.


Mais se avançará ainda, nesse mesmo teor, na lição que veremos a seguir.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
2. A Superficial Avaliação Humana (Is 53:1-3)

Os homens dos dias de Isaías até hoje têm visto essa idéia profética acerca de um Messias sofredor como algo inacreditável. Quem deu crédito à nossa pregação? (1). Mais especificamente: "Quem poderia acreditar naquilo que ouvimos?". Ou: "Quem tem dado qualquer crédito à nossa história?". Não é humanamente possível reconciliar grandeza com sofrimento. Quando as pessoas são prósperas, dizemos: "Você deve estar viven-do da forma correta!". Mas quando ocorrem revezes, dizemos: "Você deve ter pecado!". Nenhuma das avaliações está completamente ou sempre correta.

Aqui fala a consciência de uma humanidade desperta e penitente. O profeta expres-sou de forma clara esse estado (cf. Jo 12:37-43, Comentário do NT Amplificado sobre esse ponto). As palavras pronunciadas pelo profeta são aquelas em que o Espírito Santo inter-preta o escândalo da cena.

A quem se manifestou o braço do SENHOR? A palavra para braço é zeroa' e indi-ca o forte braço de Deus intervindo nas questões da humanidade. Desta forma, a expres-são indica a ação decisiva de Deus. O braço do Eterno opera livramento e salvação.

Se o versículo 1 consiste em exclamações, o versículo 2 é formado de explanações. A frase: [Ele] foi subindo (2) é melhor traduzida como: "Ele cresceu", porque assim ex-pressa a plena força do tempo histórico. Essa frase é anunciada profeticamente acerca de um acontecimento futuro como se fosse um fato que já tivesse ocorrido. Deus percebe a história em qualquer de seus desenvolvimentos como fato, embora o evento fosse ocorrer cerca de 700 anos depois do profeta Isaías. Perante ele significa: "diante de Javé, sob o olho de Deus e em conformidade com a sua vontade e propósito".

Como renovo indica um rebento. O termo hebraico é yoneq e vem do verbo yanaq, significando "sugar". A referência aqui é a um "broto". Assim, o profeta, mais uma vez, está pensando em um "rebento" ou "broto" do tronco de uma árvore que foi cortada. Anteriormente, ele havia falado do Messias como um "rebento" do toco de Jessé (11.1). Assim, Ele deve crescer como um "broto" de um toco de uma árvore morta. (Observe aqui novamente a evidência da unidade autoral para a profecia de Isaías).

Escondidos estão os santos de Deus,

Não assegurados por um grande sinal angélico; Nem o vestuário fino, nem o cetro dourado do reino, Os tornam divinos.'

Como raiz de uma terra seca lembra o fato de que as plantas de Deus brotam e crescem em lugares improváveis. O termo hebraico aqui é shoresh (raiz). O conceito de Isaías acerca do Messias no que se refere ao "servo sofredor" tanto o vê como Renovo quanto como Raiz de uma personalidade teantropista (antropomorfista). Ele cresce da terra seca (hb. eres siyah). Isaías, sem dúvida, estava ciente do fato de que os líderes da igreja geralmente vêm dos lugares mais distantes e insignificantes da habitação huma-na. A Palestina era um pequeno pedaço de terra nada promissor de onde surgiu o Messi-as, e a pequena Belém na pequena Judá era absolutamente insignificante. Em Nazaré, Ele cresceu sob as vistas de Deus em circunstâncias simples e humildes.

Não tinha parecer nem formosura (A ARC traz na nota de rodapé: "formosura ou beleza"). Não havia nada nele majestoso ou de caráter nobre que atraísse a admiração humana. A pergunta nos dias de Jesus era: "Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?" Ele era simplesmente o glamouroso Nazareno. Existe uma diferença entre "glamour" e "gló-ria". Nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. O Servo carecia dessa "aparência formosa" (hb. mar'eh) que torna o exterior atraente. Ele é evitado porque foi desfigurado pela maldade humana.

Era desprezado e o mais indigno (3). Os termos hebraicos são nibhzeh, "olhado com desprezo", e hadhel, "abandonado" (cf. Mt 26:31-56; Jo 16:32). A solidão é muitas vezes a coroa da tristeza e sofrimento. Desprezado e o mais indigno ("rejeitado") entre os homens — primeiro pelos governantes, segundo pela multidão e terceiro pelos discípulos. Dessa forma, o Cristo trilhou a solitária via dolorosa.

Homem de dores, i.e., um homem afligido. O hebraico é 'ish makh' oboth. O corpo de Jesus era internamente sensível ao sofrimento. Alguns, às vezes, têm levantado dúvi-das se isso de fato aconteceu. Mas, se isso não aconteceu, então Ele não foi inteiramente humano e parece que Isaías indica de forma clara a humanidade de Jesus. Experimen-tado nos trabalhos, yedhia holi, "experimentado no sofrimento" — "tocado pelo fato de sentir as nossas enfermidades" (Hb 4:15; cf. Hb 2:18).

Como um de quem os homens escondiam o rosto, i.e., viravam seus rostos em horror, para não olhar para Ele. Não fizemos dele caso algum; não o reconhecemos como alguém que tivesse alguma importância (cf. Jo 1:10-11). Não o consideramos, por-que o julgávamos um fanático isolado; conseqüentemente, ninguém se compadeceu dele. Estas são algumas implicações legítimas do hebraico.

Deixando de lado a avaliação humana, vamos considerar algumas das realidades divinas incluídas aqui.

3. O Sofrimento Vicário da nossa Salvação (53:4-6)

A palavra de abertura, verdadeiramente (4), nessa estrofe visa focar nossa aten-ção no aspecto-chave do enigma do sofrimento do Justo. Uma tradução melhor seria "certamente". G. F. Handel baseou um dos seus mais importantes hinos do seu famoso oratório, O Messias, nesse texto. Ele tomou sobre si as nossas enfermidades. É importante notar que o pronome nossas é enfático nesse caso. Nossas foram as enfer-midades que Ele carregou; nossas foram as dores que Ele tomou. Nós o reputamos por aflito, ferido [...] e oprimido. E foi por causa dos seus açoites que nós fomos sarados. O termo hebraico para levou, nasa, significa: "levantar e levar embora". As-sim, o cristão que olha para o Calvário exclama: "Ele levou meus pecados para lá com Ele" (cf. Mt 8:17; Cl 2:14). Mas o hebraico holayim (dores) parece indicar mais especi-ficamente "doenças", e o grego da Septuaginta indica não somente nossas fraquezas mas também nossas doenças.

Nós o reputamos por aflito — aqui notamos a avaliação falsa do homem em rela-ção à dor. Ferido de Deus, i.e., sob o flagelo de Deus. Achávamos que Ele estava debaixo do castigo divino. Oprimido, me'unneh, humilhado, degradado e afligido.

Nós fizemos nossa avaliação, mas os fatos do caso são: Ele foi ferido pelas nossas transgressões (5). Isso inclui uma expiação vicária. O termo hebraico meholal real-mente quer dizer trespassado, perfurado, ou seja, pregado. Pregado por causa das nos-sas transgressões (pesha') que, na verdade, eram rebeldia. Assim, "Ele foi trespassado por causa da nossa rebeldia". A dor era sua, em decorrência do nosso pecado. Rebeldia é o elemento básico de todo pecado humano. Moído pelas nossas iniqüidades indica que o Redentor foi quebrantado por causa da nossa "maldade inata". O hebraico, medhukkah, significa completamente moído ou despedaçado, e awonoth significa não somente "iniqüidade" mas "maldade torcida e pervertida". O causa do pecado é basica-mente uma perversidade incorrigível.

O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, i.e., sua "punição" nos trouxe paz. O castigo tem a ver com sofrimento disciplinador. O termo hebraico para paz é rico em significado. Ele não indicava somente paz, mas saúde, bem-estar, prosperidade e inteire-za. Pelas suas pisaduras, fomos sarados significa literalmente, "somos sarados pe-las feridas que ele sofreu". A idéia é que através das suas pisaduras há cura para nós. O sofrimento do Servo não é apenas vicário mas redentor e restaurador. A doutrina da cura divina tanto no Antigo como no Novo Testamento tem sido com freqüência negligenciada pelas igrejas, e deixada para a distorção feita pelos fanáticos.

Todos nós andamos desgarrados como ovelhas (6). Kullanu indica "todos nós", "as massas" da humanidade, o mundo todo. Ta ah (desgarrados) significa "desviando-se do caminho e se envolvendo em dificuldades". Essa é a descrição viva que Isaías faz da maneira como a humanidade é composta. Ovelhas abandonadas sempre se desviam, e como viajantes elas estão indefesas e perdidas. Essa cláusula também é a confissão de um Israel arrependido (S1119.176), de uma humanidade arrependida (1 Pe 2.25), confir-mada pelo desejo do nosso Salvador (Mt 9:36; Jo 10:11).

Cada um se desviava pelo seu caminho. O homem prefere seu próprio caminho em lugar do caminho de Deus. Ele transferiu sua lealdade ao ídolo da sua própria vonta-de e desejos, seu próprio intelecto e tendências inatas, se tornando completamente egoís-ta. O homem pecador procura viver uma vida independente. Essa é a culpa habitual da humanidade. Mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Deus tornou-se o Servo Sofredor, proveu a expiação vicária, e levou, em seu Filho, as iniqüidades do mundo. Desde então, a dor vicária tem se tornado o adorno mais elevado da vida. Deus não castiga o justo com o ímpio (Gn 18:25). Ele aceita o sofrimento do justo em lugar do ímpio (Mc 10:45).

4. A Resistência Paciente na Humilhação (53:7-9)

Aqui o profeta descreve os acontecimentos da Sexta-feira Santa. Ele foi oprimido (7), "tratado rudemente". Ele foi "afligido" (NVI), ou seja, humilhado Ele estava se hu-milhando. Ele permitiu ser afligido. Foi, portanto, uma aceitação voluntária que carac-terizou o Cristo manso e amável, que se curvou diante do abuso dos servos de Caifás e dos soldados de Pilatos. Não abriu a boca. Essa observação do profeta acerca do Sofre-dor paciente ocorre duas vezes nesse versículo. Ele não abriria a sua boca. Em primeiro lugar, Ele não precisava se defender, visto que nenhuma acusação válida foi feita contra Ele. Em segundo lugar, seu julgamento foi apenas uma farsa judicial conduzida por hi-pócritas sem princípios, reivindicando motivos piedosos, enquanto naquele exato mo-mento estavam violando as leis judaicas da jurisprudência; por conseguinte, nenhuma defesa faria diferença. Ele falou ao Sinédrio somente quando o silêncio significaria uma renúncia da sua divindade e de ser o Messias (Mt 26:63-64). Diante de Pilatos, Ele so-mente falou quando o silêncio significaria a renúncia da sua realeza. E diante do inces-tuoso Herodes, o Tetrarca, não falou uma só palavra. Como um cordeiro, foi levado ao matadouro. O termo hebraico yubhal indica que Ele foi levado ao altar do sacrifício (cf. Jo 1:36; Ap 5:12). Foi uma sentença de morte predeterminada que já havia sido deci-dida antes mesmo do julgamento ou de se dar ouvidos a Ele. Assim, Ele sofreu o destino de um cordeiro sacrifical. Como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, as-sim esse Sofredor divino suportou em silêncio.

Da opressão e do juízo foi tirado (8). O hebraico sugere que foi por crime judicial que Ele foi levado e por tirania que foi morto. Diversos livros têm sido escritos acerca da ilegalidade do julgamento e da morte de Jesus. A tradução de Moffatt é válida "Eles o mataram injustamente". Gordon traz: "Por meio de violência no julgamento ele foi elimi-nado" (Smith-Goodspeed).

Quem contará o tempo da sua vida? A indiferença da opinião pública e a atitude apática das massas são muitas vezes chocantes. Ninguém parecia estar preocupado com o seu destino. Seus juízes não estavam interessados em apurar a verdade sobre o Prisi-oneiro, mas somente em se livrar dele. Pela transgressão do meu povo foi ele atin-gido, diz o profeta; "foi abatido pelos nossos pecados" (Moffatt).

Puseram a sua sepultura com os ímpios (9). O termo hebraico resha'im significa "ímpios, ou homens culpados". Os homens designaram ao Servo não um sepultamento digno de um santo, com reverência e honra, mas de um opressor injusto por quem ne-nhum homem lamentou. Em outras palavras, a desonra o perseguiu até a sepultura. Sua morte foi uma execução oficial. E com o rico, na sua morte significa, de forma mais completa: "e com um rico em sua morte trágica". José de Arimatéia era um homem rico. Seu sepulcro, recém-escavado na rocha, tornou-se o local do sepultamento de Jesus. Alguns intérpretes entendem "criminoso" em vez de rico, mas 'ashir significa um homem de riquezas. Porquanto nunca fez injustiça ("nenhuma violência", NVI; cf. 16:17) significa que Ele não tinha feito nada que merecesse uma morte como essa. Nem houve engano na sua boca. Ele era um Homem inocente. A humanidade descarregou sua raiva no tratamento cruel ao Santo de Deus. Mas, "quando o mal egoísta tenta mascarar-se como justiça, acaba preparando seu próprio desmascaramento"?'

5. A Reversão Divina em Exaltação (53:10-12)

Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo (10). Os manuscritos do mar Morto trazem: "Mas Yahweh agradou-se em esmagá-lo e trespassá-lo". Em resumo, Deus permitiu a injúria. Moffatt, no entanto, enxerga a Ressurreição nesse versículo ao traduzi-lo da seguinte forma: "Mas o Eterno escolheu vindicar seu servo, livrando sua vida da angús-tia; ele permitiu que prosperasse plenamente, numa vida prolongada pela posteridade".

Quando a sua alma se puser por expiação do pecado — aqui o termo hebraico nephesh (alma) significa mais plenamente "pessoa". Lamsa traduziu esse texto na Peshitta da seguinte forma: "Ele deu a sua vida como oferta pelo pecado". O hebraico também poderia servir de base para a seguinte tradução: "Verdadeiramente, Ele deu-se a si mesmo como Oferta pelo pecado". Asham realmente indica "oferta pela culpa" (cf. Lv 5:14-6.7; 7:1-7). Verá a sua posteridade, uma posteridade espiritual. Prolongará os dias, porque ao morrer Ele torna a viver (Jo 12:24). O bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. O hebraico, hephes, pode significar não somente "o bom prazer" mas também o propósito. Na mão desse Sofredor o propósito do Deus eterno é elevado. "Sua satisfação mais nobre é ser a testemunha viva da obra salvadora que Ele cumpriu. [...] Para Ele basta saber que o propó-sito do Senhor será realizado de maneira certa e alegre pela sua poderosa mão"?'

Mais uma vez, Deus fala do veredicto final, nos versículos 11:12.

Depois do trabalho da sua alma ele verá a luz; Ele ficará satisfeito com o seu conhecimento.

O meu servo justificará a muitos, E ele levará as suas iniqüidades."

O trabalho da sua alma ele verá (11). Por intermédio de todo o seu trabalho labori-oso, Ele não se desgastará em vão, porque o seu trabalho tem um propósito. E ficará satisfeito, porque a partir de agora, sua cruz será seu trono, e em conseqüência da sua morte Ele governará as gerações. Ele encontrará satisfação no fato de a sua morte ser eficaz para a salvação. Com o seu conhecimento é uma frase que pode ser mal compre-endida, a não ser que sejamos cuidadosos em perceber que no hebraico bedha'to significa "pelo conhecimento dele ou acerca dele". Somos salvos ao conhecer o Redentor pessoalmen-te. Cristo não salva os pecadores por causa da iluminação deles, mas por causa do seu sacrifício expiatório. Somente é salvo aquele que o conhece como Salvador pessoal, pela fé. Assim, pela sua sábia submissão ao seu Pai, Ele concederá a muitos a sua própria justiça. Meu servo, o justo é uma expressão dita por Deus. O Servo Ideal também é o Rei Ideal. Deus, no fim, vindicará o seu Servo. Cristo, portanto, se torna o Vitorioso poderoso. Aqui o serviço do Servo para Deus e para os homens alcança seu ponto máximo. Por ser Justo, Ele conquista a justiça para muitos, e torna as iniqüidades deles a sua carga. Justificará a muitos significa "tornar as massas justas". Desta forma, está incluída nesse plano o "todo aquele que" (cf. 1 Pe 3.18). É através dele que alcançamos esta nova qualidade de vida em um plano mais elevado. Porque as iniqüidades deles levará sobre si ou, como Moffatt colocou: "foi a culpa deles que Ele levou". A tradução de Lamsa traz: "Ele justificará os justos; porque Ele é um servo de muitos e levará os seus pecados".

Pelo que [...] darei a parte de muitos ("Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes", NVI; v. 12). Foi Jesus quem disse como se tornar grande (Mc 10:43-45). Sem dúvida, Ele tinha em mente essa promessa de Deus quanto à sua recompensa. "Pelo que darei a ele os muitos como sua porção". E, com os poderosos (com os nume-rosos), repartirá ele o despojo. A Versão Berkeley traz: "Por isso, eu lhe darei sua porção entre os grandes, e ao lado de poderosos ele repartirá os despojos". O apóstolo Paulo, sem dúvida, compreendeu o significado completo desse texto, ao escrever: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome" (Fp 2:9). O próprio Deus expressa a razão disso: porquanto derramou a sua alma (vida) na morte. Ele realizou o sacrifício mais elevado para o homem, atraindo, dessa forma, toda humanidade para si em gratidão e adoração. Foi contado com os transgressores. "Ele deixou-se enumerar entre rebeldes" (Moffatt). O Sinédrio con-denou Jesus por blasfêmia porque Ele afirmou ser o Messias e reivindicou sua filiação singular com Deus (Mac 14:61-64; Lc 22:37). Ele levou sobre si o pecado de muitos. Nasa' (levou) significa "ergueu e levou embora". Muitos, rabbim, significa "todos, as massas". Ele se interpôs pelo pecado do mundo. Há uma solidariedade total com essa raça humana, e esse grande Filho da Raça "suportou na sua morte o castigo do pecado da raça humana. Assim [Ele] expressou a aversão de Deus pelo pecado ao tornar possí-vel o fundamento imediato e a formação gradual de uma nova raça de pessoas que deverá finalmente manifestar o amor moral de Deus".25

Pelos transgressores intercedeu quando clamou: "Pai, perdoa-lhes". Ele não morreu como uma vítima indigna e queixosa, invocando a vingança de Deus contra os seus assassinos. Em vez disso, orou para que fossem perdoados.

Esse Servo ainda era uma promessa futura no tempo do profeta, mas em Jesus Cristo de Nazaré esse sonho profético torna-se realidade, incorporado em carne e san-gue. Ele é o cumprimento em detalhes dessa profecia.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 7
Conforme Ap 5:6.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
*

53:1

nossa pregação? O evangelho proclamado pelo remanescente crente.

* 53:2

como raiz duma terra seca. As origens de Cristo não eram promissoras (Zc 4:10; Jo 1:46).

* 53:3

Era desprezado... rejeitado. Ver 49.7; Sl 22:6; Lm 1:1-3; 2:15,16.

* 53:4

ferido de Deus. Eles pensavam assim a respeito do Servo porque a Lei dizia: “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21:23; Gl 3:13). Os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angústia era por seu povo (1Pe 2:24). O extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não apenas teórica (Hb 2:17,18).

* 53:5

fomos sarados. Os sofrimentos de Cristo removeram a pena que o seu povo, de outra forma, teria de pagar, e, como resultado, ele desfez em nós os efeitos do pecado. A própria morte será anulada finalmente (1Co 15:26).

* 53:6

Todos nós. Da mesma forma que todos pecamos, assim também ele morreu por todos nós (2Co 5:14,15). Ver “Redenção Definida”, em Jo 10:15.

desgarrados como ovelhas. Ver 1Pe 2:25. Ver “Pecado Original e Depravação Total”, em Sl 51:5.

fez cair sobre ele. A culpa pelos nossos pecados foi transferida para Jesus, e ele se ofereceu como sacrifício em nosso lugar. É como Paulo escreveu: Deus “o fez pecado por nós” (2Co 5:21).

* 53:7

como cordeiro...como ovelha. Cristo é o Cordeiro de Deus (Jo 1:29; 1Co 5:7; Ap 5:6), em obediência e submissão a Deus (conforme Mt 26:63; 27:12,14; 1Pe 2:23).

* 53:8

Por juízo opressor foi arrebatado. Jesus foi morto em resultado de uma tremenda injustiça. Ver “A Expiação”, em Rm 3:25.

* 53:9

com os perversos...com o rico. Embora o povo judeu tenha imaginado que Jesus estivesse morrendo como um criminoso comum, pela intervenção de José de Arimatéia, ele foi sepultado honrosamente. Seu sofrimento em prol dos pecadores tinha sido um completo sucesso.

nunca fez injustiça... nem dolo. Jesus era sábio e justo (1Pe 2:22), mas morreu como se fosse um criminoso (Lc 23:33).

* 53:10

ao SENHOR agradou. Essa notável declaração exprime uma grande verdade, porquanto Cristo foi entregue “pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (At 2:23).

sua posteridade. A posteridade de Cristo é formada por aqueles que vierem à vida por meio de sua morte (Jo 12:24; Gl 3:29).

* 53:11

seu conhecimento. Temos aqui uma referência ao seu discernimento quanto ao plano divino (52.13, nota).

o Justo. Ver Rm 5:19.

justificará. “Justificar” significa “declarar justo”. A justiça de Cristo é lançada na conta de seu povo (53.6, nota), e por sua vez ele tomou sobre si a culpa dos seus a fim de “levar as iniquidades” deles. Ver “Justificação e Mérito”, em Gl 3:11.

* 53:12

por isso, eu. O Senhor dividirá os despojos da vitória com seu Servo triunfante (52.13).

derramou a sua alma na morte. Ele deu sua própria vida pelos pecados de outros (v. 4; Lc 22:37; Fp 2:7,8; Hb 9:28; 1Pe 2:24.

intercedeu. Ele orou pelos pecadores (Lc 23:34; Hb 7:25).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1ss Este capítulo segue falando do Messías, Jesus, quem sofreria pelo pecado de todos. Uma profecia assim é surpreendente! Quem acreditaria que Deus decidiria salvar ao mundo mediante um Servo humilde e sofrido em vez de um rei glorioso? A idéia é contrária ao orgulho humano e à maneira de pensar do mundo. Entretanto, Deus trabalha freqüentemente em formas inesperadas. A fortaleza do Messías se mostra através de sua humildade, sofrimento e misericórdia.

53:2 Não havia nada na aparência física deste Servo que fora atrativo. Israel calculou mal a importância do Servo, considerariam-no como um homem comum. Mas mesmo que Jesus não atraía por sua aparência física, trouxe salvação e sanidade. Muita gente calcula mal a importância da vida e obra do Jesus, e necessitam cristãos para assinalar sua extraordinária natureza.

53:3 Este varão de dores o desprezaram e rechaçaram os que estavam a seu redor e até o dia de hoje acontece o mesmo. Alguns o rechaçam porque lhe opõem. Outros desprezam a Cristo e seu grande dom de perdão. Você o rechaça, esquece-o ou o aceita?

53.4, 5 Como podia uma pessoa do Antigo Testamento entender a idéia de Cristo morrendo por nossas culpas (rebeliões e pecados), em realidade carregando com o castigo que merecíamos? Os sacrifícios sugeriam esta idéia, mas uma coisa é matar a um cordeiro e outra muito distinta é pensar no Servo escolhido de Deus ocupando o lugar do cordeiro. Mas Deus abria a um flanco a cortina do tempo para permitir que a gente da época do Isaías olhasse mais adiante para o sofrimento do futuro Messías e o perdão resultante que ficaria ao alcance de toda a humanidade.

53:6 Isaías fala a respeito de como o Israel se separou do caminho de Deus e o compara a uma ovelha errante. Contudo, Deus enviaria ao Messías para fazê-la voltar para redil. Nós temos a oportunidade de olhar ao passado para ver e conhecer a identidade do Messías prometido, quem veio e morreu por nossos pecados. Mas se virmos tudo o que Jesus fez e o seguimos rechaçando, cometemos um pecado maior que os israelitas da antigüidade, quem não pôde ver o que nós vemos. Entregou- sua vida ao Jesucristo, o "bom pastor" (Jo 10:11-16) ou segue parecendo-se com a ovelha errante?

53.7-12 No Antigo Testamento, o povo oferecia animais como sacrifícios por seus pecados. Aqui, o Servo do Senhor sem pecado algum, oferece-se a si mesmo por nossos pecados. O é o Cordeiro (53,7) devotado pelos pecados de todas as pessoas (Jo 1:29; Ap 5:6-14). O Messías sofreu por nosso bem, levando nossos pecados para nos fazer aceptos a Deus. O que podemos dizer ante tanto amor? Como responderemos ao?

53:11 "Justificará meu servo justo a muitos" fala da enorme família de crentes que serão justos, não por suas obras, mas sim pela grande obra do Messías na cruz. têm-se como justos porque clamaram a Cristo, o Justo, como seu Salvador e Senhor (vejam-se Rm 5:18; 2Co 5:21). Despojarão-se de sua vida de pecado e se vestirão com a bondade de Cristo (Ef 4:22-23).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
2. A vida, o sofrimento ea morte do Servo (53: 1-9)

1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem o braço do Senhor foi revelado? 2 Para ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca: ele não tem forma nem formosura; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza que o desejássemos. 3 Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens; um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado; e não fizemos dele caso alg1.

4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas dores, e as nossas dores; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele; e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós, como ovelhas, nos desviamos; virámos cada um para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

7 Ele foi oprimido, mas quando ele estava aflito, ele não abriu a boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha que diante de seus tosquiadores é burro, ele não abriu a sua boca. 8 Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que entre eles considerou que ele fora cortado da terra dos viventes pela transgressão do meu povo a quem o curso era devido ? 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com um homem rico na sua morte; embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houve engano na sua boca.

Apesar das profecias, quando Cristo veio muitos não acreditaram nele, e dizia-se que este foi um cumprimento de Is 53:1 , Jo 12:41 ; Rm 10:16. ). Não é afirmado que está falando aqui, mas pode ser o profeta Isaías, na maravilha que a sua mensagem não é acreditado e que há tão poucos justos. A mensagem (lit., "o que temos ouvido") é a notícia sobre o braço (pode) de Jeová, que se revela na obra do servo.

O fato de que os verbos em 53: 1-10a estão no pretérito tem levado alguns a encontrar a confirmação para a teoria de que o escritor estava descrevendo alguém que já tinha vivido antes de seu tempo, mas isso não é uma consequência necessária. Nós encontramos o futuro (Heb imperfeito.) Tensa em ambos 52: 13-15 e Is 53:10 ). Isto não é só porque ele não era o que os homens esperado ou que se esperam, mas também porque o seu sofrimento marcado sua aparência. Homens tantas vezes julgar pelas aparências exteriores, e perder o melhor das bênçãos que Deus prepara para eles. Que Deus nos ensine a reconhecer e aceitar o que Ele oferece!

Versículo Is 53:3 enfatiza rejeição do homem do servo. Ele está fazendo uma declaração forte para aplicar isso a Jesus, para dizer que Ele era desprezado ; mas é verdade. Também é verdade que os homens que ignorá-lo hoje realmente desprezam. Para deixar de aceitá-Lo é a rejeitá-Lo. Quando tantos desprezam hoje, não é de admirar que Ele é chamado de um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos . Rejeição pecaminosa do homem dele em seu próprio tempo de vida lhe causou mais sofrimento do que a Sua dor física.

A verdade surpreendente do sofrimento do servo do pecado é enfatizada nos versículos 4:5 pela ênfase hebraico sobre os pronomes. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas dores -que Jesus cumpridas porque Ele nos amou e que não poderia suportá-los nós mesmos.

Existe um forte contraste aqui com 46: 1-2 , onde constatou-se que os deuses das nações não podem suportar até mesmo o seu próprio peso, e muito menos o homem ajuda com suas cargas. Mas Deus, o Senhor, criador do céu e da terra, é capaz de suportar todo o peso de nossos pecados e tristezas, e isso ele faz em Jesus Cristo (conforme Mt 8:17 , onde esta declaração é aplicada diretamente a Jesus) .

A doutrina do sofrimento vicário para os pecados dos outros chega a um clímax maravilhoso aqui, de modo que temos de dizer que Isaías, sob a inspiração do Espírito Santo, ultrapassou em muito o conhecimento humano, e descrito em detalhe surpreendente a expiação do pecado operada pelo sofrimento de Jesus Cristo. Ele não se limita a dizer que o servo tira o pecado e sofrimento, mas que ele leva-los para si e carrega-los para os outros. Isaías não compreender o significado completo de tudo o que ele disse, e nós também não; mas podemos entender mais após o evento e após as explicações do Novo Testamento sobre ele do que Isaías poderia oito séculos antes de acontecer. Mais uma vez, devemos dizer que o servo nesta e em outras passagens não pode ser menor do que o próprio Jesus. É, portanto, uma profecia direta do Messias, na inspiradora detalhes. Além disso, deve-se salientar que esta foi a interpretação dos judeus até controvérsias com os cristãos levou a desistir. JA Alexander declara: ". A mesma interpretação foi mantida, quase sem exceção, na 1greja Cristã, até perto do final do século XVIII, quando foi abandonado pelos teólogos alemães, juntamente com as doutrinas da expiação e inspiração profética" No entanto, enquanto era nossos pecados Jesus foi de rolamento, nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus (v. Is 53:4 ), uma vez que Ele estava sofrendo como se pelos pecados de sua autoria, embora Ele não tinha pecado (1Pe 2:20. ; 1Pe 3:18 ; Rm 8:3 ).

As expressões do verso Is 53:5 tem a ver principalmente com o perdão dos pecados ea cura da alma. A palavra hebraica rafa' (curado) é usado mais frequentemente em sentidos figurados do que da cura de doenças físicas (Is 6:10 ; Is 19:22 ; Is 30:26 ; Jr 6:14. ; Jr 8:11; Jr 33:6. ; 1Pe 2:24. ; conforme Mq 2:5 ). É claro desde o paralelismo da passagem que a referência principal é o perdão dos pecados e cura espiritual. Este pensamento é continuado no versículo 6 , onde a pecaminosidade teimoso do homem é descrito; e afirma-se que, por causa de nossos pecados, o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos . Todospecaram (Rm 3:23 ), por isso tudo precisa deste redenção.

Nos versículos 7:9 , vemos o sofrimento, morte e sepultamento do servo. É incrível o quanto ingenuidade tem sido dispendido nestes versos para torná-los aplicáveis ​​a Israel na Babilônia, sofrimento e figurativamente morrer pelos pecados do mundo inteiro.Não vai dar certo, e estamos melhor aconselhados a tomar o simples fato de que Deus revelou a Isaías a obra do Servo ideal do Senhor de tal maneira que sua descrição foi cumprida em detalhes por Jesus, em Seu sofrimento, morte e sepultamento .

Esta passagem aponta para o fato de que Jesus voluntariamente deixou-se aflitos (v. Is 53:7 ), e não protestou. Sua era tanto um passivo e um ativo submissão ao sofrimento (At 8:32 ). Ele era como um cordeiro, não só em sua apresentação tranquila até a morte, mas também no que Ele era um sacrifício pelo pecado (1Pe 1:19 ).

O versículo 8 é um pouco ambígua em hebraico, e tem sido interpretada de diversas formas. North traduz: "Depois da prisão e condenação ele foi retirado, e sobre o seu destino, que refletiu?" Esta é a melhor interpretação à luz do cumprimento. E mais uma vez se afirma claramente que Ele morreu pelos pecados dos outros (v. Is 53:8 ). Estas palavras têm causado tanta preocupação para alguns que eles sugeriram várias emendas. No entanto, é literalmente verdade que Jesus morreu com os ímpios e Seu túmulo foi planejada para estar com eles, mas em que ele foi enterrado com um homem rico na sua morte . Isso surgiu porque (com margem, em vez de embora) Ele era realmente inocente.

Mais uma vez o profeta procura eliminar um mal-entendido, ao afirmar que tudo isso não foi feito para o servo, contra a vontade de Deus, mas que agradou o Senhor esmagá-lo (v. Is 53:10 ). Isso não significa, é claro, significa que Deus estava feliz em ver Jesus sofrer, mas, sim, que a vontade de Deus dirigiu este sofrimento para os pecados dos outros, a fim de que o mundo pode ter a oferta de salvação do pecado. Quando Jesus foi condenado à morte, seu destino não foi colocada nas mãos de homens pecadores por causa da incapacidade de Deus para impedi-lo. Dizem-nos que isso era parte do plano. Jesus disse: "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida, para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho poder para a dar, e tenho poder para tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai "( Jo 10:17 ). Notamos que Isaías não só apresenta o fato de que esse sofrimento é a vontade de Deus, mas também que essa morte não é o fim da questão. Ele declara que, após o servo morre como uma oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias . Se este capítulo está falando do Messias, um indivíduo, então não é fácil escapar à conclusão de que Isaías tem aqui descrito uma ressurreição pessoal de morte. Não seria rentável para rastrear todas as formas em que a ressurreição foi negado aqui, mas pode-se mencionar que Sellin e Staerk, com sua teoria peculiar de que o funcionário foi Joaquim, negou que ele morreu, embora Sellin depois voltou atrás. Torrey e outros com uma interpretação coletiva ou alegórica do servo, negar tanto a morte e ressurreição com esta passagem. Mas esses argumentos não foram convincentes, e nem tem os dos escritores escandinavos. A maneira mais simples é aceitar o cumprimento do Novo Testamento e interpretação do presente como falar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sob a inspiração do Espírito Santo. A Igreja primitiva aceitou este, como fez Jesus (conforme Lc 24:1ff , como um exemplo).

3. Resultando Triumph do Servo (53: 10-12)

10 No entanto, da vontade do Senhor esmagá-lo; Pôs-lhe a tristeza: quando tu deverás fazer sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua . posteridade, prolongará os seus dias, e o prazer do Senhor prosperará na sua Mc 11:1 Ele verá o fruto do trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; com o conhecimento de si mesmo o meu servo, o justo, justificará a muitos; e ele deve suportar as suas iniqüidades. 12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e repartirá ele o despojo com os fortes; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

Além da referência à ressurreição do servo, estamos também disse no versículo 10 que Deus fez a sua alma (vida) uma oferta pelo pecado . A palavra hebraica 'asham (oferta) é a palavra usada regularmente para a "oferta pela culpa" (ver Lv 5:1 ; Lv 7:1; 1Sm 6:3 ; Rm 8:3 ; 1Jo 2:2 ; He 9:14 . Certamente este é um dos pontos altos de toda a Bíblia, e no coração de sua grande Boa Nova.

O pensamento do sacrifício vicário continua no versículo 11 e tornou-se ainda mais explícito: E ele deve suportar as suas iniqüidades. Aquele que não tem pecado leva nossos pecados sobre si mesmo e leva a culpa deles, de modo a levá-los para longe de nós.

Como consequência desta conclusão bem sucedida do trabalho do Servo do Senhor, lemos de sua grande exaltação (v. Is 53:12 ). Para que não haja qualquer dúvida a respeito de porque o servo é tão altamente exaltado, dizem-nos, mais uma vez de seu sofrimento vicário: porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores (conforme Lc 22:37 ): ainda ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

Esta é uma daquelas passagens que nos levam a ficar sem palavras como a ouvimos. O que mais podemos acrescentar a tal capítulo?


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
Is 53:0; Mt 8:17; At 8:32-44; Mc 15:28; Lc 22:37; Rm 10:16 e 1Pe 2:24 comprovam que esses versí-culos aplicam-se a Jesus Cristo. O Novo Testamento cita ou refere-se a Is 53:0. A nação estava estéril e seca quando ele apareceu. Eles tinham uma forma de religião, contudo não tinham vida, e, por ele trazer vida, o rejeitaram. Que Elo- mem notável, humano ("ele brota-rá"), contudo divino. Isso ofendeu os judeus, que não acreditavam que Deus vi ria como um Servo (Mt 6:1-40). Sua aparência física era co-mum, não tinha beleza ou qualquer atrativo especial aos olhos huma-nos. Para os que o conheciam, ele era "o mais formoso dos filhos dos homens" (Sl 45:1 ss). Ele foi despre-zado (não querido, olhado de cima a baixo), rejeitado (abandonado por seus discípulos, por sua nação e por seu mundo), pouco estimado (não muito valorizado, não desejado). Todavia, ele começou a fazer o bem e a ajudar o desamparado. O fato de que os homens pudessem tratar dessa forma o próprio Filho de Deus apenas mostra a perversidade do coração humano.

  1. A redenção (Is 53:4-23)

Por que um homem inocente como Jesus Cristo morreu dessa forma ter-rível na cruz? Esses versículos ex-plicam a razão disso: ele tomou o lugar dos pecadores e sofreu o jul-gamento por eles. Veja 1Pe 2:24 e 2Co 5:21. Observe o pre-ço que ele pagou: (1) traspassado ou ferido refere-se à morte dele na cruz, traspassado por pregos — Jo 19:37; Zc 12:10; (2) mo- ído, o que significa ser "esmagado" sob um fardo, o peso do pecado que foi depositado sobre ele; (3) castigo ou punição como se ele tivesse que-brado a lei, nesse caso com o ver- gão do açoite.

No entanto, esses sofrimentos físicos não foram nada compara-dos com os sofrimentos espirituais da cruz, quando ele tomou sobre si nossas transgressões (vv. 5,8), nos-sa rebelião e quebra deliberada da Lei do Senhor; nossa iniqüidade (vv. 5-6); a desonestidade da nossa na-tureza; nossas enfermidades e dores (v. 4); nossas misérias e o resultado infeliz de nossos pecados. Somos pecadores por nascimento ("Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas") e por escolha ("cada um se desviava pelo caminho"). Veja Sl 58:3 e Rm 5:12ss. O versículo 6 começa com o "todos" de condenação, mas termina com o "todos" de salvação. Ele morreu por todos nós. Esses versículos são o cerne do evangelho — "Cristo mor-reu por nossos pecados".

  1. A resignação (Is 53:7-23)

Ele não foi tratado com justiça. Foi oprimido, humilhado, tratado rude-mente. Ele não reclamou nem gri-tou. Eles zombaram dele e o arras-taram de um lugar para outro, mas ele ficou mudo e manso como uma ovelha. Ele é o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29). O versículo 8 sugere que o tiraram com violência da prisão e não permitiram que houvesse justi-ça. Veja At 8:33 e Mt 27:22-40). Deus prome-teu ao Filho que ele teria uma "se-pultura no jardim" e cumpriu a pro-messa. "[Ele] nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca". Os homens foram injustos, porém Deus foi justo. Ao se subme-ter totalmente à vontade do Senhor, Cristo deu-nos um exemplo e tanto (1Pe 2:18-60). Devemos glorificar a Cristo, entregando-nos à vontade dele quando os homens nos tratam com injustiça (como farão porque seguimos a Cristo).

  1. A recompensa (Is 53:10-23)

Deus planejou tudo isso, e seu pla-no obteve sucesso total. Verifique as passagens 52:13 42:1-4 que relatam o sucesso da obra do Salva-dor. Esses versículos do capítulo 53 mostram-nos o lado da cruz focado em Deus: "Ao Senhor agradou". Isso quer dizer que Deus se regozijou com o sofrimento e a morte de seu Filho? Não. Agradou-lhe ver a obra da salvação concluída, o sacrifício aceito e o pecado expiado. Agora, o Deus santo, em sua graça, podia salvar os pecadores indignos. Em-bora os homens perversos tenham matado Cristo, a obra deles foi anu-lada para cumprir o propósito de Deus (At 2:22-44). A morte de Cris-to não foi um "exemplo moral"; foi uma oferta pelo pecado (v. 10). Ele morreu em nosso lugar.

Qual foi a recompensa de Cristo, além da alegria de ter feito a vontade de seu Pai? Ele foi ressus-citado dos mortos ("Prolongará os seus dias") e ganhou uma família espiritual ("Verá a sua posterida-de"). O versículo 11 traz o retrato de uma família espiritual quando descreve o "trabalho" de sua alma na cruz. VejaSl 22:30 e He 2:13.Is 9:6 chama Cris-to de "Pai da Eternidade", e esta é razão disso: sua morte e o "tra-balho" na cruz tornaram possível a existência da família de Deus formada pelos pecadores salvos. Essas são as pessoas que ele jus-tificou e declarou justas por meio de sua graça.

O versículo 12 apresenta outra recompensa do Servo fiel: uma he-rança do Pai. Ele conquistou Satanás e o pecado; agora, divide os despo- jos (Ef 4:8). Cristo foi pouco estima-do quando esteve na terra, mas ago-ra está entre os "poderosos". Os reis se curvarão diante dele (52:13,15; Sl 72:8-19; Ap 19:14ss). Sl 2:0). Ele intercedeu pelos transgressores, orando por eles (Lc 23:34,Lc 23:43). Não falou quando os homens o maltrata-ram com crueldade, mas falou a fa-vor dos pecadores perdidos. E, hoje, ele intercede pelos seus (Rm 8:34). Não há julgamento sobre eles, por-que ele tomou tudo sobre si mesmo. Você crê nele como seu Salvador?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1 Quem creu. Refere-se à incredulidade e à cegueira de Israel, características do mundo daquela época e de hoje. Refere-se à revelação de Deus, que é a Escritura, e Àquele que se revela na mesma, o Salvador.

53.2.3 A humilhação de Cristo. O homem natural não percebe aparência nem atração em Cristo. Só a fé abre os olhos para ver a formosura do Sofredor do Gólgota.

53.3 Rejeitado. Por homens cujos pecados estava expiando.

53.4.5 Ele... nós. O pecado e o castigo pertencem a nós; Cristo, sem mácula nem culpa, voluntariamente assumiu ambos em nosso favor.

53.7 Humilhado. Ou "humilhou-se", pois a vontade do Seu Pai era também a Sua vontade. Não abriu a boca. A paciência a coragem e a livre vontade na paixão de Cristo.

53.8 Do meu povo. Os padecimentos de Cristo em prol da humanidade resgatam todos quantos nEle crêem, os quais, então, se tornam povo de Deus.

53.9 Assim se cumpriu: Jesus foi crucificado entre dois ladrões, e sepultado no túmulo do rico, José de Arimatéia.
53.10 Verá a sua posteridade. Jesus haveria de morrer, mas não ficaria sem ver o fruto da Sua morte, pois depois da ressurreição ainda deu a grande comissão para Seus discípulos, e prometeu Sua presença real entre eles, Mt 28:18-40. É o fruto que o grão de trigo produz ao morrer, Jo 12:24; Ef 1:19-49; Ef 2:1-49. Prolongará os seus dias. Cristo, ressuscitado, vive por toda a eternidade (Rm 6:9-45; Ap 1:18).

53.11.12 A suficiência do sacrifício de Cristo.
53.11 Fruto. A palavra não consta da heb mas o contexto a exige; cada pessoa que se converte a Jesus Cristo é mais um resultado da Sua obra expiatória.

53.12 Contado com os transgressores. Foi crucificado entre dois ladrões e considerado, pelo poderio judaico, um criminoso perigoso. Realmente, carregando sobre si, na cruz, os pecados do mundo, e pagando, em nome da humanidade, as conseqüências de toda a maldade, Jesus recebeu, imputada à Sua Pessoa, a culpa de todos os transgressores (1Pe 2:24). Pelos transgressores intercedeu. Os primeiros transgressores que o estavam crucificando (Lc 23:34). Desde então, está assentado à direita da Majestade nas alturas, vivendo sempre para interceder por aqueles que se convertem (He 1:4; He 7:25).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1ss. Esses versículos refletem sobre a humilhação do Servo, retratada em termos de enfermidade. A reação natural a esses sofrimentos é desviar o olhar e afastar-se de quem sofre (v. 2); mas, mais do que isso, era comum no mundo do antigo Israel rejeitar e desprezar pessoas em sofrimento profundo, pois este era visto como um sinal certo do desagrado de Deus, como testifica o livro de Jó. Mas uma explanação muito diferente é apropriada para a humilhação do Servo — tão diferente que os espectadores estão incrédulos diante da notícia (v. 1). Eles são forçados a rever a sua forma de pensar, não somente em virtude do que ouvem, mas em virtude do braço do Senhor, i.e., a revelação do poder de Deus ao transformar a desonra do Servo em glória e poder.

53:4-9. Agora é apresentada a explanação: os sofrimentos do Servo não eram resultado de pecados graves próprios, como todos poderiam ter pensado, mas inteiramente e indubitavelmente em favor dos outros —por causa [...] do meu povo (v. 8), o profeta reconhece. Eles tinham pecado (v. 5,6), ele não (v. 9); os pecados deles trouxeram profunda aflição sobre ele, porém eles — os culpados — não colheram retribuição mas bênção (v. 5). O retrato de enfermidade muda no v. 7; o Servo é retratado agora como um homem sendo julgado pela sua vida, inocente mas mesmo assim condenado e executado. Essa mudança tem a intenção não tanto de predizer a natureza exata dos sofrimentos de Cristo, mas de destacar o caráter do Servo; ele na verdade não é como um homem doente resignado e paciente, sofrendo estoicamente, mas alguém que propositadamente escolhe não se defender de falsas acusações, da condenação e da execução. Somente ao aceitar pacientemente o sofrimento, ele poderia levar bênçãos a outros.

Observações: (1) o v. 8 é notoriamente problemático, tanto em relação ao texto como em relação ao significado; a formulação da NEB (“Sem proteção, sem justiça...”) tem boa fundamentação; (2) e com os ricos em sua morte (v. 9): aqui também há dificuldades, e o significado poderia ser: “e o seu túmulo com os malfeitores”, um paralelo exato com a primeira linha.

53,10ss. As atitudes inconstantes dos seres humanos são agora contrastadas com a atitude, os atos e o propósito invariáveis de Deus. Foi da vontade do Senhor que o Servo sofresse, como uma oferta pela culpa-, foi igualmente a sua vontade que o Servo prosseguisse até o triunfo como um rei conquistador (v. 12). Assim, além do túmulo ele prolongará os seus dias, de acordo com os propósitos de Deus, e verá sua prole (mais uma imagem humana). O destaque está menos no triunfo do Servo, por mais importante que isso seja, do que na bênção que também vai levar a outros: haverá intercessão pelos transgressores, o pecado de muitos será carregado; muitos serão justificados.

Observação: os v. 10,11 são também muito difíceis de serem compreendidos completamente, em virtude de incertezas no texto e na linguagem. A formulação da NEB deveria ser estudada cuidadosamente; é melhor que a da NVI em alguns aspectos, mas não totalmente satisfatória. Ela usa evidência textual dos manuscritos do mar Morto.

Qual era a relevância de toda essa passagem para os exilados? Em primeiríssimo lugar, ela trouxe esperança e segurança: a nação, que logo seria restaurada, no tempo devido teria o seu rei. Ele seria suficientemente poderoso para silenciar as nações e mesmo assim suficientemente justo para satisfazer as rígidas exigências de Deus (conforme Jr 23:5,Jr 23:6). Acima de tudo, ele levaria cura e justiça à nação que tinha tão evidentemente necessitado disso nos séculos passados. Em segundo lugar, a passagem os chamou para o caminho da responsabilidade; como expressa o comentário do NT desse texto: “Seja a atitude de vocês...” (Fp 2:5). Encontramos aqui a verdade geral de que o sofrimento é com fre-qüência o caminho de Deus para o sucesso (de acordo com a definição dele de sucesso) e, com isso, um chamado implícito de olhar retrospectivamente para os sofrimentos do passado (e.g., os anos do exílio) e extrair benefícios e proveito deles. Há também um chamado implícito para se buscar, aqui e agora, a justiça da provisão de Deus. Finalmente, não devemos omitir o fato de que a promessa do advento do Servo-Messias para servir e governar o seu povo reforçou o chamado para deixar a Babilônia (52.11). O que Deus queria era ver o seu povo de volta na sua própria terra, reunido, reconstruindo e buscando trilhar os caminhos da justiça (conforme 55:3-7).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Isaías Capítulo 40 do versículo 1 até o 24

VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.

Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 7 até o 9

7-9. Quando vistos pelo homem, os sofrimentos do Messias seriam uma trágica infelicidade na vida de um inocente.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
Is 53:1

2. A SUA VIDA E SOFRIMENTO DE MORTE (Is 53:1-23). Depois da introdução precedente, o profeta passa a ampliar a sua visão do plano divino de redenção do mundo. Esse mundo a ser remido é surpreendido e assombrado ao ver sofrimento tão estranho, e imagina, de princípio, que ele deve provir da mão do Deus. Observada, porém, a vida impecável do Servo, torna-se evidente que em padecimentos tão grandes Ele está, na realidade, sofrendo por causa de outros. No reconhecimento deste fato, desponta também a consciência de que os espectadores estão implicados; vêem que Ele tem sofrido injustamente e que esse sofrimento deveria ter recaído sobre eles. Quando esse sofrimento culmina na morte, porém, compreendem que esta fazia parte da vontade de Deus, parte do estranho plano de destruição do mal e de implantação da perfeita justiça. E assim que Ele ganha o galardão do Vencedor. Só assim muitos serão desviados das suas veredas de injustiça para as sendas da paz e da vida.

Todo o capítulo está impregnado de mistério. Somos nele apresentados ao Servo sofredor de Jeová duma forma que "emudece os lábios e força a alma a curvar-se completamente prostrada pelo espanto e assombro". Tão grande é esta revelação que "a piedade está deslocada e a simpatia é irreverente". É impossível não sentir que está patente aqui a grandeza do mistério do poderoso ato de Deus no tempo como na eternidade. Perante esta visão do Salvador padecente, só podemos olhar, admirar e adorar.

Para fins de estudo, estes nove versículos podem ser divididos em três breves seções. É-nos apresentada primeiro a Pessoa rejeitada (1-3), depois o Sofredor substituto (4-6), e, finalmente, o Cordeiro expiatório (7-9).

Ao apresentar a Pessoa rejeitada, o profeta mostra-A claramente primeiro conforme vista por Deus e depois conforme vista pelos homens. "Foi subindo como Renovo perante Ele" (2). Assim se descreve mediante uma bela comparação tudo aquilo que sugere a juventude eterna. Todavia, não era assim que os homens O viam. Em contraste imediato e notável, seguem-se as palavras: "E como raiz duma terra seca". Nada indica aqui que o Servo fosse deformado ou antipático, ou feio. O que se diz, sim, e duma maneira incisiva, é que os homens eram cegos para a Sua beleza. As seguintes palavras resumem tudo o que se diz acerca da Sua pessoa: "Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores e experimentado nos trabalhos" (3).

Apresentado o Servo assim pessoalmente rejeitado, o profeta mostra que os Seus sofrimentos tinham um poder substitutivo (4-6). Olhando para Ele, os homens tinham pensado que todo aquele padecimento era uma visitação de Deus: Aflito, ferido de Deus (4). A mesma filosofia tinha dominado o pensamento dos amigos de Jó, que o julgavam afligido por Deus em conseqüência de qualquer pecado e que, afinal, não tinham razão. Foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (5). Os homens não tinham visto nEle qualquer beleza por serem cegos, e também aqui não vêm qualquer missão nesta dor, porque o seu espírito não estava iluminado pela luz que vem do alto. O profeta proclama aqui a grande verdade que o sofrimento é substitutivo e que aquela agonia era preciosa.

Os três versículos seguintes (7-9) conduzem-nos ao santo lugar do sacrifício, onde o Cordeiro efetua a expiação: silencioso no meio das injustiças que Lhe são feitas; conduzido para ser cortado da terra dos viventes (8); agente da expiação das transgressões do povo. É este o ponto culminante da apresentação do sofredor pessoal e do sofredor vicarial, o Cordeiro expiatório quebrantado pela transgressão do Meu povo (8).

Quem deu crédito à nossa pregação? (1), ou melhor, "àquilo que ouvimos?" O profeta refere-se às passagens anteriores respeitantes ao Servo, com as suas incríveis mensagens, de sofrimento e censura. Esta queixa é uma confissão de penitência. A voz é a do profeta falando em nome do povo. Ao mesmo tempo, há uma forte sugestão de incredulidade: "Quem poderia acreditar em tal coisa?" Como raiz duma terra seca (2). No passado da nação nada poderia dar esperanças de grandeza assim, nem havia fosse o que fosse no tempo ou no ambiente que cercou o nascimento do Salvador para explicar a Sua presença. Experimentado nos trabalhos (3); C. R. North traduz: "familiarizado com a doença", isto é, a lepra; deste modo esta frase constituiria um quadro do contato do salvador com o pecado. Compare-se com 2Co 5:21. Nós O reputamos (4). O Servo levava sobre Si os pecados dos que O contemplavam e que imaginavam que Ele sofria um castigo enviado por Deus por causa do Seu próprio pecado (compare-se com Mt 8:17). O castigo que nos traz a paz (5), isto é, o castigo graças ao qual obtivemos a nossa paz com Deus. Quem contará o tempo da Sua vida? (8): "e, quanto à Sua geração, quem dentro dela considerou que Ele tivesse sido cortado da terra dos vivos?" ou, segundo C. R. North, "e quem refletiu sobre o Seu destino?" Com o rico na Sua morte (9). Os dirigentes do Povo tinham pensado que o Servo deveria ser enterrado vergonhosamente, como um criminoso, mas a maravilhosa providência do Seu Deus foi mais forte e Jesus foi sepultado com os ricos na Sua morte (ver Mt 27:57-40).

>Is 53:10

3. O RESULTADO GLORIOSO DOS SEUS SOFRIMENTOS (Is 53:10-23). No versículo 10 a nota é já diferente, e chegamos à proclamação do triunfo do Senhor. Começa ele com as palavras: "Todavia, ao Senhor agradou moê-lO", e desta forma a nossa contemplação ergue-se até ao nível da divina vontade. O Servo sofre assim porque Deus quis que desta forma muitos fossem trazidos à justiça pela Sua obediência. Para além das trevas da dor e da sombra da morte, descortina-se a alvorada radiosa da ressurreição. Ele viverá para ver uma descendência espiritual e subir ao trono como Vencedor incomparável.

Ao Senhor agradou (10), isto é, o eterno propósito de Deus. Quando a Sua alma se puser por expiação do pecado (10). Este versículo tem sido traduzido de variadíssimas maneiras, mas o sentido geral é bem claro. Da morte e sacrifício surgirão a novidade da vida ressurreta e a semente santa da Igreja remida de Deus. Bom prazer do Senhor (10), isto é, o propósito de Deus, que é a salvação do homem. O trabalho da Sua alma Ele verá e ficará satisfeito (11), frase esta que em grande parte constitui um prolongamento dos pensamentos do versículo 10. É impossível a alma dos remidos maravilhar-se mais do que durante a leitura deste versículo. O manuscrito do Mar Morto apóia a versão da Septuaginta: No meio do Seu trabalho, Ele verá a luz (ver He 12:2). Com o Seu conhecimento (11): "pelo conhecimento que, como Salvador e Servo, Ele tem da vontade de Deus, da Sua justiça e do caminho da salvação e que, transmitido aos homens, lhes dá uma compreensão semelhante do caminho divino", ou então: "pelo conhecimento dEle, conhecimento esse que produzirá a fé e salvará assim a vida". A parte de muitos (12), os frutos da vitória dados ao Servo.


Dicionário

Boca

substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
[Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
[Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
Geografia Embocadura de rio.
Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Cordeiro

substantivo masculino Filhote de ovelha; anho.
Figurado Pessoa dócil.
Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
Cordeiro pascal, cordeiro imolado anualmente pelos israelitas para comemorar a saída do Egito.

São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12:5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29:38Nm 28:3) – e designadamente no sábado (Nm 28:9 – cp com Ez 46:4-13 -) – na Páscoa (Êx 12:5), no Pentescoste (Lv 23:18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29:13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11:6-53.7 – cp com Lc 10:3, e At 8:32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)

Cordeiro
1) Filhote ainda novo da ovelha; carneirinho. Sua carne servia de alimento e era usada nos SACRIFÍCIOS (Ex 29:39).

2) Jesus, o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).

Levado

levado adj. 1. Buliçoso, vivo. 2. Azougado, pândego. 3. Traquinas, irrequieto, travesso.

Matadouro

Dicionário Comum
substantivo masculino Abatedouro de gado para consumo público.
Grande mortandade; carnificina, massacre.
Lugar insalubre.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Matadouro Lugar onde se matam animais para consumo público (Is 53:7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Muda

substantivo feminino Ação ou efeito de mudar, de alterar, trocar, transferir; mudança, alteração.
[Zoologia] Processo pelo qual um animal passa ao livrar-se da pele, pelos ou penas já gastos, substituindo-os por um novo revestimento corporal, geralmente ocorre numa época definida do ano, conhecida como a estação de muda do animal.
Parte da uma planta ou a planta inteira tirada de um canteiro no período anterior à plantação definitiva, para ser plantada em outro local.
Peça de roupa ou conjunto de roupas carregadas de um lugar para outro: leve uma muda de roupas para o hospital.
Alteração do tom da voz durante o período da adolescência.
Momento em que há troca das montarias, substituindo os animais cansados por outros descansados.
Etimologia (origem da palavra muda). Forma regressiva de mudar, do latim mutare.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Oprimido

oprimido adj. Que sofre opressão; vexado, humilhado, opresso. S. .M Indivíduo oprimido.

Ovelha

substantivo feminino A fêmea do carneiro, mamífero da família dos bovídeos, utilizado para o fornecimento de lã e de carne: ele criava ovelhas em sua fazenda.
Por Extensão Membros de uma igreja, paróquia ou diocese: o pastor e suas ovelhas.
Ovelha negra. Algo ou alguém se sobressai negativamente em relação aos demais: sempre fui a ovelha negra da empresa.
Etimologia (origem da palavra ovelha). Do latim ovicula.ae.

Suas “ovelhas” [de Jesus] são todos os Espíritos que, encarnados ou errantes, pertencem à Terra. As que o conhecem são os que praticam a moral pura por Ele pregada e lhe reconhecem a missão. As que não pertencem a este aprisco, mas que a Ele serão trazidas e lhe escutarão a voz, são os que ainda não praticam a sua moral, ou que, praticando-a, não lhe reconhecem, ainda a missão, sem, contudo, se mostrarem rebeldes ao progresso. São os que virão a praticar a sua moral e a lhe reconhecer a missão, depurando-se continuamente no cadinho do tempo e da reencarnação, percebendo, por esse meio, cada vez melhor, a luz e a verdade que ele trouxe aos homens e que a nova revelação vem fazer brilhar com vivo fulgor.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


Ovelha Fêmea do CARNEIRO (Is 53:6-7).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 53: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a Sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os tosquiadores dela, assim Ele não abriu a Sua boca.
Isaías 53: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1494
gazâz
גַּזָז
tosquiar, cortar
(to shear)
Verbo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2874
ṭebach
טֶבַח
abate, matança, animal
(an animal)
Substantivo
H2986
yâbal
יָבַל
trazer, liderar, carregar, conduzir, levar
(I should have been carried)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H481
ʼâlam
אָלַם
atar
(were binding)
Verbo
H5065
nâgas
נָגַשׂ
pressionar, conduzir, oprimir, cobrar, exercer pressão
(of their taskmasters)
Verbo
H6031
ʻânâh
עָנָה
(Qal) estar ocupado, estar atarefado com
(and they shall afflict)
Verbo
H6310
peh
פֶּה
boca
(her mouth)
Substantivo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6605
pâthach
פָּתַח
abrir
(were opened)
Verbo
H7353
râchêl
רָחֵל
()
H7716
seh
שֶׂה
um do rebanho, cordeiro, ovelha, cabrito, ovelha nova, cabrito novo
([is] the lamb)
Substantivo


גַּזָז


(H1494)
gazâz (gaw-zaz')

01494 גזז gazaz

uma raiz primitiva [da mesma família que 1468]; DITAT - 336; v

  1. tosquiar, cortar
    1. (Qal)
      1. tosquiar
      2. tosquiador (particípio)
    2. (Nifal) ser cortado fora, ser destruído

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

טֶבַח


(H2874)
ṭebach (teh'-bakh)

02874 טבח tebach

procedente de 2873; DITAT - 786a; n m

  1. abate, matança, animal
    1. matança, abate (de animais)
    2. abate (fig.)

יָבַל


(H2986)
yâbal (yaw-bal')

02986 יבל yabal

uma raiz primitiva; DITAT - 835; v

  1. trazer, liderar, carregar, conduzir, levar
    1. (Hifil)
      1. levar, trazer
      2. levar embora, liderar embora
      3. liderar, conduzir
    2. (Hofal)
      1. ser levado
      2. ser levado (à sepultura)
      3. ser trazido, ser guiado, ser conduzido

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אָלַם


(H481)
ʼâlam (aw-lam')

0481 אלם ’alam

uma raiz primitiva; DITAT - 102; v

  1. atar
    1. (Nifal)
      1. ser mudo
      2. ser amarrado
    2. (Piel) atando (part.)

נָגַשׂ


(H5065)
nâgas (naw-gas')

05065 נגש nagas

uma raiz primitiva; DITAT - 1296; v

  1. pressionar, conduzir, oprimir, cobrar, exercer pressão
    1. (Qal)
      1. pressionar, conduzir
      2. cobrar
      3. condutor, feitor, governante, opressor, tirano, senhor, exator de tributo (particípio)
    2. (Nifal) ser duramente pressionado

עָנָה


(H6031)
ʻânâh (aw-naw')

06031 ענה ̀anah

uma raiz primitiva [possivelmente melhor identificada com 6030 pela idéia de menosprezar ou intimidar]; DITAT - 1651,1652; v.

  1. (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
  2. afligir, oprimir, humilhar, ser oprimido, ser curvado
    1. (Qal)
      1. ser abaixado, tornar-se baixo
      2. ser rebaixado, estar abatido
      3. ser afligido
      4. inclinar-se
    2. (Nifal)
      1. humilhar-se, curvar
      2. ser afligido, ser humilhado
    3. (Piel)
      1. humilhar, maltratar, afligir
      2. humilhar, ser humilhado
      3. afligir
      4. humilhar, enfraquecer-se
    4. (Pual)
      1. ser afligido
      2. ser humilhado
    5. (Hifil) afligir
    6. (Hitpael)
      1. humilhar-se
      2. ser afligido

פֶּה


(H6310)
peh (peh)

06310 פה peh

procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

  1. boca
    1. boca (referindo-se ao homem)
    2. boca (como órgão da fala)
    3. boca (referindo-se aos animais)
    4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
    5. extremidade, fim pim
  2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

פָּתַח


(H6605)
pâthach (paw-thakh')

06605 פתח pathach

uma raiz primitiva; DITAT - 1854,1855; v.

  1. abrir
    1. (Qal) abrir
    2. (Nifal) ser aberto, ser deixado solto
    3. (Piel)
      1. libertar
      2. soltar
      3. abrir, abrir-se
    4. (Hitpael) soltar-se
  2. entalhar, gravar
    1. (Piel) gravar
    2. (Pual) ser gravado

רָחֵל


(H7353)
râchêl (raw-kale')

07353 רחל rachel

procedente de uma raiz não utilizada significando viajar; DITAT - 2145a; n. f.

  1. ovelha

שֶׂה


(H7716)
seh (seh)

07716 שה seh ou שׁי sey

provavelmente procedente de 7582 com a idéia de levar para pastar; DITAT - 2237; n. m.

  1. um do rebanho, cordeiro, ovelha, cabrito, ovelha nova, cabrito novo
    1. ovelha, cabrito
    2. rebanho (coletivo)