Enciclopédia de Jeremias 29:30-30

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 29: 30

Versão Versículo
ARA Então, veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
ARC E veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
TB Então, veio a palavra de Jeová a Jeremias, dizendo:
HSB וַֽיְהִי֙ דְּבַר־ יְהוָ֔ה אֶֽל־ יִרְמְיָ֖הוּ לֵאמֹֽר׃
BKJ Então veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
LTT Então veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
BJ2 A palavra de Iahweh foi, então, dirigida a Jeremias:
VULG Et factum est verbum Domini ad Jeremiam, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 29:30

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32
5. Cartas ao Povo no Exílio (Jr 29:1-32)

Duas cartas são mencionadas neste capítulo. A primeira diz respeito ao bem-estar geral do povo no exílio, e contém uma advertência contra os falsos profetas. A segunda é dirigida à comunidade inteira, mas lida com um falso profeta em particular.
Jeremias não era apenas perturbado por falsos profetas em Judá, mas o mesmo tipo de pessoas estava criando dificuldades entre os exilados na Babilônia. Esses exilados eram, sem dúvida, um grupo de pessoas infelizes, com muita saudade da sua pátria. Eles eram, conseqüentemente, uma presa fácil para pseudoprofetas que estavam predizendo um fim rápido para o cativeiro e um retorno breve para a sua terra natal. Notícias das suas atividades chegaram até Jerusalém, e Jeremias sentiu-se constrangido a opor-se a eles, da mesma maneira que se opusera a Hananias, e outros da sua estirpe, em Judá.

Este capítulo tem uma conexão muito próxima com os capítulos de Jr 24:1-28.17, e o Jr 24, de maneira especial, deveria ser lido junto com Jr 29.

a) Uma carta geral (29:1-23).

1) Pano de fundo (29:1-3). Jeremias enviou uma carta aos exilados por intermédio de dois oficiais de confiança que estavam sendo enviados à Babilônia por Zedequias. Um era Elasa, filho de Safã (3) e irmão de Aicão, que já havia demonstrado ser um grande amigo de Jeremias (Jr 26:24). O segundo era Gemarias, filho de Hilquias (3; Hilquias provavelmente era o sumo sacerdote quando o livro da Lei foi encontrado no Templo — II Reis 22:4-8,14). O registro histórico dos acontecimentos do versículo 2 é encontrado em II Reis 24:8-16.

  • Instrução básica (29:4-19). O conteúdo dessa carta pode ser resumido sob seis tópicos. a) Os exilados foram instruídos a preparar-se para uma longa permanência no cativeiro. Foi-lhes dito: Edificai [...] plantai [...] comei

    Tomai mulheres [...] gerai filhos e filhas [...] multiplicai-vos ali e não vos diminuais (5-6). b) Eles deveriam procurar a paz e orar pelo bem-estar da sua cidade adotada (essa é a primeira admoes-tação para orar pelos inimigos no AT), porque prosperariam junto com a terra (7).
    c)
    Eles não deveriam se deixar enganar pelos profetas e adivinhos ("Não dêem ouvidos aos seus sonhos", v. 8, Berkeley) — não os enviei, diz o SENHOR (8-9). d) Eles precisam entender que Deus os visitará na Babilônia [...] passados setenta anos, e que cumpri-rá a sua palavra com eles (10-14). e) Eles precisam reconhecer que Deus tem um plano e propósito com eles, mas que Ele está mais interessado nos seus avanços morais do que com suas aspirações políticas. O fim que esperais (11) pode ser melhor entendido como "um futuro e uma esperança" (Berkeley). Deus está interessado no bem-estar deles, a adoração a Ele não está condicionada a um tempo ou construção (Templo) específica -Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (13). f) Eles eram mais prósperos do que seus irmãos em Jerusalém, a quem invejavam. Aos olhos de Deus, o povo em Jerusalém tinha se tornado figos podres, que não se podem comer (17; cf. Jr 24:1-10). Conseqüentemente, a monarquia davídica, a cidade de Jerusalém, o Templo e o povo serão dispersos. Eles se tornarão uma maldição [...] um assobio (18), porquanto não deram ouvidos às minhas palavras (19). Por madru-gando entenda-se "cedo e tarde" (Smith-Goodspeed).

  • Os versículos 4:11 podem ser definidos sob o seguinte título: "A Palavra de Deus para seu Povo em um Mundo Perverso".

    1) Tomem o devido cuidado quanto às suas necessidades físicas, versículo 5.

    2) Planejem a próxima geração de pessoas tementes a Deus, versículo 6.

    3) Sejam os melhores cidadãos possíveis no lugar onde moram, versículo 7.

    4) Não sejam facilmente agitados por rumores e rebeliões, versículos 8:9-5) Vocês continuam debaixo da providência de Deus e Ele tem planos para suas vidas, versículos 4:10-11 (A. F. Harper).

  • Advertência contra os profetas mentirosos (29:20-23). Jeremias revela a falsidade e o destino dos dois profetas mais populares entre os cativos na Babilônia: Acabe e Zedequias (20). Por meio de uma linguagem direta ele os culpa de profetizar falsamen-te em nome do Senhor (21), e de cometerem adultério com as mulheres dos seus companheiros (23). O destino deles será tão terrível que, doravante, serão usados para pronunciar uma maldição: O SENHOR te faça como a Zedequias e como a Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo! (22).
  • b) Carta referente a Semaías (29:24-32). Esta carta parece ter sido conseqüência de uma carta anterior. As palavras de Jeremias a respeito de um exílio prolongado desper-taram a oposição de um profeta na Babilônia: Semaías, o neelamita (24).25 Em sua raiva, Semaías escreveu uma carta ameaçadora para Sofonias (e a outros também), um sacerdote em Jerusalém cujo dever era manter a ordem na casa do Senhor (25-26). Ele exigiu que Sofonias aprisionasse e castigasse um homem obsesso [...] que profe-tiza, conhecido por Jeremias, o anatotita (27), por escrever uma carta aos exilados, dizendo que o cativeiro há de durar muito (28).

    Sofonias claramente era um crente íntegro, como Jeremias, porque leu a carta de Semaías para o profeta (29). Jeremias respondeu duramente, por meio de uma outra carta a todos os cativos na Babilônia, com relação a esse falso profeta. Assim diz o SENHOR [...] Eu não o enviei, e vos fez confiar em mentiras. Portanto [...] ele não terá ninguém que habite entre este povo (31-32), i.e.: "Ele não terá descen-dentes entre vocês que vivam para ver as coisas boas que estou prestes a fazer pelo meu povo" (Moffatt).

    Fica claro com base nos capítulos 21:29 que a profecia de Jeremias acerca do fim de Judá o colocou em oposição aberta às autoridades nacionais, especialmente aos líderes religiosos. Alguém que anuncia notícias ruins nunca é popular, e essa era uma das maiores cruzes de Jeremias. No entanto, por causa da oposição e do intenso sofrimento, Jeremias tornou-se um guerreiro valente para Deus, cujos feitos nunca serão esquecidos.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32
    *

    29:3

    Eleasá, filho de Safã. É possível que ele pertencesse à mesma família que havia defendido Jeremias (26.24).

    * 29:5

    Edificai casas e habitai nelas. Atos de adaptação às suas novas vidas, demonstrando aceitação do julgamento do Senhor (conforme Ez 8:1).

    * 29:7

    paz. A paz (6.14 e nota) é a principal bênção do pacto. A paz superficialmente prometida pelos profetas falsos (8.11), cederia lugar a uma verdadeira paz (ver também Jo 14:27).

    orai por ela. A bênção do Senhor pode sobrevir a qualquer nação através da oração e dos atos de seu povo; comparar Abraão (Gn 20:17), José (Gn 37—
    50) e Daniel (Dn 1—6).

    * 29:14 Este versículo reflete Dt 30:3-5 (semelhante, por sua vez, a Dt 4:29,30).

    tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio. Esta frase implica em uma restauração do relacionamento entre o Senhor e o seu povo. Ver 30.3,18; 31.23; 32.44; 33.7,11,26; 48.47; 49.6,39.

    * 29:16

    a respeito do rei. Ou seja, Zedequias. O fato que Zedequias ainda governava em Jerusalém, embora como um vassalo do rei da Babilônia, pode ter sido um motivo de esperanças falsas para os exilados.

    * 29:22

    assou no fogo. Um método de execução particularmente associado, no Antigo Testamento, ao governo de Nabucodonosor (Dn 3:6).

    * 29:28

    Há de durar muito o exílio. Jeremias tinha profetizado que o exílio perduraria por setenta anos (v. 10; 25.11,12).

    edificai casas... plantai pomares. Semaías cita aqui a carta de Jeremias (v. 5).

    * 29:31-32

    A ameaça contra Semaías é paralela àquela contra Hananias (28.15,16).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32
    29.4-7 Jeremías escreveu aos cativos de Babilônia (em 29:4-23 lemos sua carta), instruindo-os para que seguissem adiante com suas vidas e orassem pela nação pagã que os subjugou. A vida não pode deter-se durante os momentos difíceis. Em uma situação desagradável ou inquietante, devemos nos ajustar e continuar para frente. Pode lhe resultar difícil orar pelas autoridades que são más, mas ali é onde mais falta fazem suas orações (1Tm 2:1-2). Quando se em frente a momentos difíceis ou a uma mudança repentina, ore diligentemente e parta para frente, fazendo o que esteja a seu alcance em vez de render-se a causa do temor e a incerteza.

    29:10 Os eruditos diferem nas datas exatas destes setenta anos em Babilônia. Alguns dizem que se refere aos anos 605:535 a.C., desde a primeira deportação a Babilônia até a volta dos primeiros cativos a Jerusalém depois do decreto de liberdade do Ciro. Outros assinalam os anos 586:516 a.C., da última deportação a Babilônia e a destruição do templo até sua reconstrução. Uma terceira possibilidade é que os setenta anos são um número aproximado que significam uma vida inteira. Todos estão de acordo em que Deus mandou a seu povo a Babilônia por um tempo largo e não um cativeiro curto como o que predisseram os falsos profetas.

    29:11 A todos respira um líder que nos motiva a seguir adiante, alguém que acredita que podemos levar a cabo a tarefa que nos encomendou e que estará conosco com o passar do caminho. Deus é essa classe de líder. Conhece o futuro e seus planos para nós são bons e estão cheios de esperança. Enquanto o Deus que conhece o futuro nos proporcione nossa agenda e vá conosco quando realizamos sua missão, teremos esperança ilimitada. Isto não significa que não teremos dor, problemas nem sofrimento, mas sim Deus nos ajudará a chegar a um final glorioso.

    29.12-14 Deus não esqueceu a seu povo, mesmo que estava cativo em Babilônia. Planejou lhes dar um novo começo com um novo propósito: convertê-los em novas pessoas. Em momentos de profundos problemas, talvez pareça que Deus se esqueceu de você. Mas possivelmente o prepara, como o fez com o povo do Judá, para um novo começo com O no centro de sua vida.

    29:13 De acordo ao plano sábio de Deus, seu povo ia ter esperança e futuro. Por conseguinte, poderiam clamar ao em confiança. Apesar de que os cativos se encontravam em um lugar e tempos difíceis, não deviam se desesperar-se porque tinham a presença de Deus, o privilégio da nação e a graça de Deus. Podemos procurar e encontrar a Deus quando o buscamos de todo coração. Terras estranhas, tristezas, frustração ou problemas físicos, não podem romper essa comunhão.

    29:21 Estes falsos profetas, Acab e Sedequías, não devem confundir-se com os reis que levam os mesmos nomes. Suas conexões familiares os identifica claramente.

    29.24-28 Estes versículos descrevem a reação do Semaías, um falso profeta cativo desde 597 a.C., quem protestou a respeito da carta do Jeremías. Para desacreditá-lo, Semaías o acusou de falar profecias falsas. Apesar de que a mensagem do Jeremías era verdadeiro e suas palavras provinham de Deus, o povo o odiou porque lhes disse que tirassem o maior proveito do cativeiro. Mas a verdade do Jeremías que provinha de Deus oferecia correção temporária e um benefício a longo prazo. As mentiras dos falsos profetas ofereciam um consolo temporário e um castigo a longo prazo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32

    G. AS LETRAS aos cativos (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32
    29.1 Cativeiro. A primeira leva 597 a.C., vd. 2Rs 24:10-12. O restante do povo foi levado cativo dez anos mais tarde em 587 a.C. (2Rs 25:1-12).

    29.2 Rainha-mãe. Neústa, 13.18.

    29.3 Safã... Hilquias. Seus pais foram os homens que encontraram as escrituras no templo (2Rs 22:10), Safã era irmão de Aicã (26,24) que tomou o lado de Jeremias nas questões políticas.

    29:5-7 Deus queria que Seu povo fosse uma parte útil e necessária da comunidade onde se encontrava. Orai. Um ministério espiritual que beneficiaria os seus captores na expectativa de voltarem.

    29.5 Uma amostra da presença da verdadeira religião entre o povo também se vê no progresso de todos. Deus quer acrescentar todas as coisas desejáveis àqueles que buscam em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e quer que Seus crentes sejam amorosos ao ponto de construí-las em benefício de todos os seus vizinhos.
    29.10 Cumprirem para a Babilônia. Refere-se à duração do império 605-539 a.C., e só secundariamente à duração do cativeiro, que terminou pouco depois do fim do domínio mundial da Babilônia. Os setenta anos de Israel, sendo nação religiosa; se contam para a época quando não existia templo, 587-516 a.C.

    29.13 Uma chave da religião é reconhecer que Deus se revela na nossa vida somente quando estamos prontos a Lhe entregar tudo o que somos e que temos.
    29.14 Sorte; Para restaurar as circunstâncias. A raiz dessa palavra é um dos vocábulos usados para o cativeiro, pois deriva da palavra que significa levar, liderar, expulsar, ou transportar para o cativeiro. Essa frase é coerentemente traduzida nesta versão por "mudar a sorte”. Exílio, no heb galah, desnudar em sentido mau, pois os exilados eram usualmente despojados de suas riquezas. O objetivo de Deus com o cativeiro era construtivo, para levar ao arrependimento e à santificação uma nação restaurada.

    29:15-20 A presença do templo e do rei governador em Jerusalém encorajavam o povo dando uma base para os falsos profetas dizerem que o cativeiro seria breve, pelo que Jeremias profetizou sua dispersão.
    29.15 O versículo 21 mostra o que Jeová faria com os falsos profetas na Babilônia; que estavam iludindo o povo, e que criam em suas próprias profecias sobre o breve cativeiro. É a situação que Ezequiel enfrentou até à destruição de Jerusalém com o templo (Ez caps. 4, 5 e 7-10).
    29.17 Figos ruins. Derivado da raiz heb que quer dizer horrível ou bravio, ou seja, ofensivos ou vis. Abomináveis, horrorosos. Ruins. Algo estragado física ou moralmente.; Compare 24:1-10.

    29.18 Assim como as maravilhas que Deus realizara por Israel foram comentadas pelas nações, assim aqui o povo que rejeitou estas bênçãos se tornava alvo de zombaria por parte das nações.
    29.21,22 Colaías. Maldição, no heb, Celalah. assou, no heb, calah. Um jogo de palavras consciente, conforme o estilo típico de Jeremias.

    29.23 Loucuras. A palavra heb mostra um estado mental ou uma ação, assinalados por desconsideração total pelos sentimentos morais ou espirituais. Atos grosseiros. de imoralidade (Gn 34:7; 2Sm 13:122Sm 13:12).

    29.25 Sofonias. O sumo sacerdote em exercício era favorável a Jeremias, e mostrou a carta de Semaías a Jeremias, o que provocou a sua resposta (Pasur, 21.1).

    29.26 Fanático. No heb, delirar por desequilíbrio mental, estar louco ou fingir loucura. É a mesma palavra que aparece nas referências nos livros de Reis e Oséias. Quer passar por profeta. Fazer tal papel agindo de maneira excitada, como um dervixe a bracejar freneticamente. Nota: Os capítulos 30:33, neste ponto, assinalam uma mudança de entonação na mensagem de Jeremias, que até agora fora inteiramente melancólica, o que contribui para seu apelido popular de "profeta chorão". Esta seção, porém, contempla a futura restauração do povo de Deus.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32

    17) Uma carta aos exilados (29:1-32)
    Esse capítulo trata da situação na Babilônia na época em que Hananias era porta-voz dos falsos profetas (cap. 28). Jeremias aproveita a oportunidade da missão diplomática para a Babilônia, enviada pelo rei vassalo Zedequias de Judá para o seu senhor Na-bucodonosor, para enviar cartas aos exilados pelas mãos de dois amigos seus, Eleasa, irmão de Aicam (conforme 26.24), e Gemarias (cf.

    36.10). Suas cartas orientam os exilados a se estabelecerem (v. 3-7) e não dar nenhuma atenção a seus falsos profetas locais que seguiam a doutrina de Hananias, dizendo que o cativeiro teria duração curta (v. 8,9). Os destinatários eram os líderes, civis e espirituais, e todos os que haviam acompanhado Joaquim para o exílio (v. 1; conforme 2Rs 24:17-12). Com bom senso, ele argumenta que eles devem se adaptar às circunstâncias em que Deus os colocou. A Babilônia é um retrato do mundo em que vivemos. Deus não nos chama a fazermos concessões em termos de fé religiosa, mas insiste em relacionamentos corretos na família e na comunidade. Precisamos orar pelo bem-estar (saúde em todos os aspectos, físico, moral e espiritual) do estado ao qual o nosso bem-estar está intimamente ligado (v. 7; conforme Gn 18:23-33; Mt 5:13-40). Ele ressalta que essa vida faz parte do bom plano de Deus para os seus e que é somente por um período (v. 10,11). Os setenta anos precisam ser bem usados na volta para a misericórdia infalível de Deus (o período significa um programa educacional para que esse alvo seja atingido em toda uma geração). Quando eles tiverem sido restabelecidos no seu relacionamento e na sua atitude para com o seu Deus, o Senhor vai poder restabelecê-los na herança prometida (v. 10-14). A afirmação “não temos aqui nenhuma cidade permanente” (He 13:14) não significa que Deus não nos chame a continuar vivendo na cidade.

    Jeremias apresentava esse ensino também para lutar contra a visão de que somente em Jerusalém se podia adorar verdadeiramente ao Senhor. Ele é tão acessível na Babilônia quanto em Judá. v. 15-19. Esse parágrafo é dirigido àqueles que estão prestes a ir para o exílio, e o profeta de novo retoma o tema de que os que ainda não estão no exílio vão ser castigados. Na verdade, Jeremias está relembrando-os (e provavelmente também aos que estão no exílio) da parábola dos bons e dos maus figos (v. 17; conforme 24.8). v. 20-23. As palavras dos falsos profetas podem com fre-qüência vir acompanhadas de uma vida ímpia que o Deus onisciente percebe (v. 23, Mas eu estou sabendo). Sua mensagem falsa e suas atividades vão levá-los ao conflito com as autoridades. Sua execução só vai trazer mais dificuldades para todo o povo de Deus. Sua proclamação da esperança de restauração não é falsa somente no conteúdo, mas também no cronograma apresentado. Também pressupõe uma base falsa para o seu cumprimento. Muitos usam argumentos semelhantes hoje em dia.

    v. 24-28. Uma carta de Semaías, um dos falsos profetas no exílio, faz uma citação como resposta de uma das cartas do próprio Jeremias (v. 28; conforme v. 5). O efeito dessa carta chegando ao sacerdote principal em Jerusalém procedente de um “profeta” reconhecido na Babilônia (v. 31) significa mais uma ação contra Jeremias (v. 24-29). Sua resposta vivaz (v. 30-32) é a predição de que Semaías e toda a sua família vão perecer (a fórmula direta de maldição), como havia acontecido com Ha-nanias, antes de o Senhor trazer o seu povo de volta. Isso seria mais um sinal de que Deus estava vindicando a sua palavra, v. 8. sonhos que vocês os encorajam a terem-, i.e., vocês lhes dizem o que eles querem ouvir (conforme Is 30:9

    11). v. 16-20. Esses versículos são omitidos pela LXX, mas a repetição aqui (conforme 24:1-10) pode ser para refutar os constantes argumentos dos falsos profetas na Babilônia e em Jerusalém. v. 22. Zedequias e Acabe-, Não se sabe nada mais desses dois. Acerca do uso de fogo como castigo, v. Ez 3:20.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32

    Jeremias 29


    5) Uma Carta aos Exilados. Jr 29:1-32.

    Os profetas do otimismo estavam ocupados entre os judeus já exilados na Babilônia (os que foram levados depois do ataque feito a Jerusalém em 597 A. C.), como também entre os que ainda se encontravam em Jerusalém. O propósito desta carta foi persuadir os deportados a se estabelecerem na Babilônia e se acomodarem ali. Sem dúvida ela foi escrita alguns poucos anos depois de 597 A. C.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 29 do versículo 1 até o 32
    c) A carta crucial (Jr 29:1-24, que sugere que esta última parte é uma repetição dessa passagem. O vers. 15 prende-se com o vers. 21.

    >Jr 29:22

    E tomarão deles uma maldição (22); em hebraico qelalah. Temos aqui provavelmente um jogo de palavras entre Qolaiah, pai de Acabe (21) e qalah, assado (22). O texto dos vers. 24 e 32 é confuso; a Septuaginta e a Síriaca também divergem dele. Todavia, o sentido é claro. Discute-se porque não foi Jeremias impedido de enviar uma carta tão perturbante. Sofonias leu esta queixa a Jeremias, que imediatamente pronunciou sentença sobre o remetente e a sua casa.


    Dicionário

    Jeremias

    substantivo masculino Designação atribuída ao indivíduo que chora muito ou vive a se lamentar; lamentoso.
    [Gíria] Diz-se da criança que acorda e chora ao pressentir que um ladrão (ou pessoa ruim) está agindo.
    Etimologia (origem da palavra jeremias). Do antropônimo Jeremias.

    Nome comum nos tempos bíblicos, embora seu significado não seja claro. Os teólogos têm sugerido: “o Senhor estabelece”; “o Senhor exalta”; “o Senhor solta” e “o Senhor arremessa”. Qualquer que seja o caso, Jeremias era um nome que expressava louvor ao Deus de Israel. Conforme os registros, nove pessoas possuíram esse nome no Antigo Testamento:


    1. Veja Jeremias, o profeta.


    2. Líder de um clã e soldado valente da tribo de Manassés (1Cr 5:24). Ele e seu povo, entretanto, “foram infiéis ao Deus de seus pais, e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra diante deles” (v. 25). Como castigo, o Senhor lançou juízo sobre a tribo, por meio do rei da Assíria (v. 26).


    3. Um soldado ambidestro, da tribo de Benjamim, perito no manejo do arco. Lutou primeiro no exército de Saul e depois uniu-se ao filho de Jessé em Ziclague (1Cr 12:4). Foi relacionado entre os “trinta” guerreiros poderosos de Davi. Mais tarde, na mesma passagem, a Bíblia dá a impressão de que tais homens transferiram sua lealdade a Davi não simplesmente para estar no lado vencedor, mas porque o Espírito de Deus operava entre eles (v. 18).


    4. Mencionado em I Crônicas 12:10, foi o quinto entre vários guerreiros da tribo de Gade que desertaram das tropas de Saul e se uniram ao filho de Jessé em Ziclague. Esses homens foram descritos como os melhores guerreiros, mais fortes do que cem homens. “Seus rostos eram como rostos de leões, e eram ligeiros como corças sobre os montes” (v. 8). O
    v. 22 deixa claro que a adição de homens como aqueles no exército de Davi era vista como obra de Deus. Os valentes do rei aumentaram, “até que se fez um grande exército, como o exército de Deus”.


    5. Mencionado como o 10 guerreiro da tribo de Gade, na mesma lista do item 3.


    6. Pai de Hamutal, mãe do rei Jeoacaz, de Judá, e esposa do rei Josias. Também era mãe de Zedequias, o qual, tempos depois, tornou-se rei (2Rs 23:31-2Rs 24:18).


    7. Pai de Jaazanias e filho de Habazinias, da família dos recabitas. Para mais detalhes, veja Recabe e Jaazanias, item 1.


    8. Um dos judeus que retornaram do exílio na Babilônia com Neemias e que se uniram para assinar um pacto de adoração exclusiva ao Senhor e obediência à sua lei. Provavelmente, era um dos “líderes de Judá” e tomou parte na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2; Ne 12:34).


    9. Um dos líderes dos sacerdotes que retornaram do exílio na Babilônia com Zorobabel (Ne 12:1). P.D.G.


    Jeremias [Javé É Elevado] - Profeta nascido em família de sacerdotes, da cidade de Anatote. Foi chamado ao ministério profético através de uma visão (1.4-10). Profetizou durante 40 anos, nos reinados dos cinco últimos reis de Judá (627 a 587 a.C.). As autoridades não recebiam bem as suas mensagens. Jeremias foi rejeitado, perseguido e preso. Alguns episódios de sua vida estão narrados no seu livro (caps. 26, 28, 32, 35—43). Nabucodonosor cuidou dele depois da destruição de Jerusalém (39.11-12). Foi forçado a ir para o Egito (43.6-7) e lá, em adiantada velhice, morreu. V. JEREMIAS, LIVRO DE e LAMENTAÇÕES, LIVRO DE.

    o Senhor é alto. 1. Profeta, filho de Hilquias, sacerdote de Anatote. Provavelmente este Hilquias não era o sumo sacerdote desse período (2 Rs 23.4), porque então não se teria falado dele daquela forma indefinida ‘um dos sacerdotes’ (Jr 1:1) – e parece que os sacerdotes de Anatote eram da casa de itamar (1 Rs 2.26), ao passo que o sumo sacerdócio tinha por muito tempo estado na linha de Finéias (1 Cr 6.õ0). Jeremias foi chamado a exercer o cargo profético cerca de setenta anos depois da morte de isaías, no ano décimo-terceiro de Josias, sendo a esse tempo muito jovem, e vivendo ainda em Anatote (Jr 1:1-6). Pouco tempo depois, recebeu ele a ordem de levar uma mensagem a Jerusalém (2,1) – e alguns supõem que fez uma viagem pelas cidades e vilas de Judá com o fim de anunciar aos seus habitantes o que ordenava o livro da Lei, encontrado no templo (11.2,6 – 2 Rs 22). Quando voltou a Anatote, os seus injustos concidadãos, incluindo mesmo algumas pessoas da sua própria família, como se julgassem ofendidos com as repreensões do profeta, conspiraram contra ele (11.21 – 12,6) – pelo que parece ter o profeta resolvido fixar a sua residência em Jerusalém. Durante o reinado de Josias, não há dúvida que Jeremias o auxiliou na reforma religiosa do povo. Mas ao fim de dezoito anos a invasão do Faraó-Neco trouxe a morte do bom rei, e o cativeiro, no Egito, do seu filho e sucessor Salum ou Joacás (22.10 a 12). Sucedeu Jeoaquim a Joacás, e de então para o futuro foi o ministério do profeta exercido no meio de grandes dificuldades e perseguições. os próprios ‘sacerdotes e profetas’ tornaram-se os seus acusadores, e pediam, com a população, que ele fosse condenado à morte por ter anunciado a ruína do templo e de Jerusalém (26). os ‘príncipes’ não se atreveram a afrontar Deus tão abertamente – mas Jeremias ficou em sujeição, ou impedido pelos seus adversários de aparecer em público. Nestas circunstâncias ordenou-lhe Deus que escrevesse as suas predições, que foram lidas por Baruque no templo, em dia de jejum, ‘no quarto ano de Jeoaquim’, sendo também o primeiro de Nabucodonosor. Continham elas o aviso de que o reino de Judá havia de ser oprimido pelo crescente poder da Babilônia (25). os príncipes ficaram assustados, e esforçaram-se por despertar o rei, lendo-lhe as palavras de Jeremias. Mas em vão: o monarca, depois de ouvir ler três ou quatro páginas, cortou o rolo em pedaços e o lançou no fogo, dando ordens para que fossem capturados Jeremias e Baruque. Deus os livrou desse mal – e logo depois foi Jeremias levado a escrever de novo as mesmas mensagens com alguns acrescentamentos (36). No curto reinado do seguinte rei, Jeoaquim, também chamado Jeconias, ou Conias, ainda se ouvia a voz do profeta, avisando o rei e o povo (cp. 2 Rs 24.12 com Jr 22:24-30), mas infelizmente as suas palavras não produziram efeito. No reinado de Zedequias, declarou Jeremias repetidas vezes, por inspiração divina, que os caldeus haviam de novamente voltar, tomar a cidade, e incendiá-la. Como fizesse esforços para sair de Jerusalém, o profeta foi acusado de ter passado para os caldeus – sendo preso, foi lançado num cárcere, onde permaneceu até à conquista da cidade. Nabucodonosor, tendo formado do seu caráter melhor conceito, encarregou o seu general, Nebuzaradã, de o proteger. Sendo-lhe permitido escolher ou a ida para Babilônia, onde, sem dúvida, seria recebido com todas as honras na corte, ou o viver no meio do seu próprio povo, preferiu esta última concessão, e ficou em Judá. Depois disto, ele aconselhou os principais do povo a que não fossem para o Egito, mas ficassem na sua pátria. os judeus não se conformaram com esta idéia, mas persistiram em ir para o Egito, obrigando Jeremias e Baruque a acompanhá-los (43.6). No Egito ainda procurou o profeta reconduzir o povo para Deus (44), não nos dizendo os seus escritos nada mais a respeito do que depois se passou. Todavia, uma antiga tradição assevera que os judeus, ofendidos pelas suas fiéis admoestações, o apedrejaram, causando-lhe a morte. Jeremias foi contemporâneo de Sofonias, de Habacuque, de Ezequiel e de Daniel. Entre os seus escritos e os de Ezequiel há muitos pontos interessantes ou de semelhança ou de contraste. os dois profetas trabalharam para a mesma obra, e quase ao mesmo tempo. Um profetizou na Palestina, o outro na Caldéia – mas ambos se esforçaram em persuadir os judeus a que fossem cidadãos pacíficos, esperando sempre a restauração. Ezequiel, contudo, insistia muito mais em pontos rituais da religião do que Jeremias. E havia neles uma grande diferença na maneira de se exprimirem e no seu caráter pessoal. A vida de Jeremias revela que ele era homem humilde e modesto, pois contra sua vontade saiu da obscuridade e isolamento para a vida pública, sujeitando-se aos perigos que acompanhavam a missão profética. Embora pacífico por natureza, e mais inclinado a lamentar em segredo as iniqüidades do povo do que a acusar publicamente os homens perversos, ele obedeceu à chamada de Deus, mostrando ser sempre um fiel e destemido campeão da verdade, entre censuras e perseguições. Em Ezequiel, porém, se vê o poder da inspiração divina, operando num espirito naturalmente firme e independente, sendo, contudo, mais eclesiástico. 2. Um homem de Libna, o pai de Hamutal, que casou com o rei Josias, e foi mãe do rei Jeoacaz (2 Rs 23.31). 3. Um indivíduo de Manassés (1 Cr 5.24). 4. Um benjamita (1 Cr 12.4). 5. Um homem de Gade (1 Cr 12.10). 6. outro homem de Gade (1 Cr 12.13). 7. Sacerdote que voltou com Zorababel (Ne 12:1). 8. Sacerdote que selou o pacto com Neemias, na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2 – pode ser o mesmo de 12.12,34). Talvez os nomes de 7 e 8 sejam mais uma ordem de sucessão, do que pessoas – e deste modo são idênticos. 9. Um recabita (Jr 35:3).

    Palavra

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jeremias 29: 30 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
    Jeremias 29: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    588 a.C.
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3414
    Yirmᵉyâh
    יִרְמְיָה
    o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro
    (of Jeremiah)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יִרְמְיָה


    (H3414)
    Yirmᵉyâh (yir-meh-yaw')

    03414 ירמיה Yirm eyaĥ ou ירמיהו Yirm eyahuŵ

    procedente de 7311 e 3050, grego 2408 Ιερεμιας; n pr m

    Jeremias = “a quem Javé designou”

    1. o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro profético que tem o seu nome
    2. um homem de Libna e pai de Hamutal, a esposa do rei Josias
    3. um gadita que uniu-se a Davi em Ziclague
    4. um manassita, um dos guerreiros de valor da meia tribo transjordânica de Manassés
    5. um gadita e soldado de Davi
    6. um soldado de Davi
    7. um sacerdote que juntou-se a Neemias na cerimônia da aliança
    8. um sacerdote também da época de Neemias; talvez o mesmo que o 7
    9. pai de Jazanias, o recabita

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar