Enciclopédia de Jeremias 33:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 33: 23

Versão Versículo
ARA Veio ainda a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
ARC E veio ainda a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
TB A palavra de Jeová veio a Jeremias, dizendo:
HSB וַֽיְהִי֙ דְּבַר־ יְהוָ֔ה אֶֽל־ יִרְמְיָ֖הוּ לֵאמֹֽר׃
BKJ Então a palavra do SENHOR veio a Jeremias, dizendo:
LTT E veio ainda a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
BJ2 A palavra de Iahweh foi dirigida a Jeremias nos seguintes termos:
VULG Et factum est verbum Domini ad Jeremiam, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 33:23

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS DE ISRAEL E DE JUDÁ

séculos IX e VIII a.C.

O termo "profeta" é derivado de uma palavra grega referente a alguém que "anuncia", e não "prenuncia". Já no século XVIII a.C., em Mari, na Síria, havia indivíduos anunciando mensagens dos deuses. No Antigo Testamento, o termo mais antigo "vidente" foi substituído posteriormente por "profeta", designação aplicada inclusive a Abraão, Moisés e Samuel.

ELIAS E ELISEU
O livro de Reis descreve as atividades de dois profetas do século IX a.C. Elias e seu sucessor, Eliseu. Durante o reinado de Acabe (873-853 a.C.), Elias anuncia uma seca como resposta divina ao pecado do povo. Passados três anos e meio sem chuva. Elias se encontra com 450 profetas de Baal, o deus da tempestade, no monte Carmelo e os desafia a fazer esse deus mandar fogo do céu. Os profetas de Baal são envergonhados, pois, a fim de mostrar que é o único Deus vivo e verdadeiro, o Senhor manda fogo do céu para consumir o sacrifício encharcado de água oferecido pelo seu profeta. Elias aproveita a ocasião e manda matar os profetas de Baal. Chuvas torrenciais põem fim à seca, mas Elias parece ser vencido pela depressão e foge para o deserto, onde pede para morrer. Restaurado pelo Senhor, Elias não teme confrontar Acabe por este haver confiscado a vinha de Nabote. Quando Elias é levado ao céu num redemoinho, Eliseu, seu sucessor ungido, herda seu manto e recebe uma porção dobrada do seu espírito. Vários milagres são atribuídos a Eliseu, inclusive a cura de Naamã, um comandante do exército arameu, que sofria de uma doença de pele grave." De acordo com o relato bíblico, Eliseu também ungiu a Jeú como rei de Israel e a Hazael como rei de Damasco. Em várias ocasiões, o profeta aparece na companhia de um grupo de discípulos.

OS PROFETAS ESCRITORES
Apesar de todas as suas atividades, não há registro das palavras de Elias e Eliseu além do relato encontrado nos livros de Reis. Porém, 22% do conteúdo do Antigo Testamento são constituídos de palavras de diversos profetas. Na Bíblia hebraica, quinze livros são dedicados a mensagens proféticas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e o Livro dos Doze (chamados, por vezes, de "Profetas Menores"). Na classificação da Bíblia cristã, o livro de Daniel é incluído entre os textos proféticos.

OSÉIAS
De acordo com a lista de reis em Oséias 1.1, esse profeta atuou na metade do século VIII a.C. Oséias atribuiu grande parte da decadência moral de Israel ao adultério spiritual dos israelitas com outros deuses. A situação de Israel é comparada com a de Gômer, a esposa adúltera de Oséias. Efraim, uma designação para os israelitas, buscou repetidamente a ajuda do Egito e da Assíria. Porém, Oséias insta o povo de Israel a voltar para Deus e evitar o julgamento vindouro: "Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos a Senhor; dizei- lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios" (Os 14:1-2).

JOEL
E difícil datar o livro de Joel, pois o profeta não faz referência a nenhum rei contemporâneo. Joel descreve a devastação provocada por pragas sucessivas de gafanhotos. Esse fenômeno pode ser observado no mundo moderno, havendo registros de nuvens de gafanhotos que cobriram regiões de até 370 km de uma só vez, numa densidade de mais de seiscentos mil insetos por hectare. Joel insta o povo a se arrepender. "Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei- vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos no SENHOR, VOSSO Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
Joel 2:12-13
O Senhor promete restauração: "Eu vos indenizarei pelos anos que os gafanhotos comeram os gafanhotos plenamente desenvolvidos, os que acabaram de nascer, os gafanhotos jovens e os que ainda não se desenvolveram de todo." JL 2:25; tradução do autor)

AMÓS
Amós era um boieiro de Tecoa (Khirbet Tequ'a), em Judá, que também cuidava de sicômoros, uma espécie de figueira.° Dotado de um senso de justiça social aguçado, dirigiu a maior parte das suas profecias à sociedade próspera, porém corrupta, de Israel durante o reinado de Jero- boão I (781-753 a.C.). Portanto, Amós foi contemporâneo de Oséias. Para Amós, o cerne de Israel estava corrompido e seria apenas uma questão de tempo até o povo ser exilado. "Gilgal, certamente, será levada cativa, e Betel será desfeita em nada" (Am 5:5b) e "Por isso, vos desterrarei para além de Damasco, diz o Senhor, cujo nome é Deus dos Exércitos". Ainda assim, ele também conclui sua profecia com uma promessa de esperança final.

Os ministérios de Elias e Eliseu
O profeta Elias e seu sucessor, Eliseu, exerceram seus ministérios no século IX a.C.Os números se referem aos lugares visitados (em sequência cronológica) por esses dos profetas influentes. Elias (círculos em vermelho)

Eliseu (círculos em amarelo)


Os ministérios de Elias e Eliseu
Os ministérios de Elias e Eliseu
cidades em que nasceram os profetas hebreus
cidades em que nasceram os profetas hebreus
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
E. MAIS GARANTIAS DE RESTAURAÇÃO, 33:1-26

Os oráculos do capítulo 33 dão prosseguimento ao tema de juízo e restauração. A aparição do Rei Messiânico e o quadro de condições ideais em um reino unificado levam o Livro da Consolação (caps. 31-33) a um clímax glorioso.

  • O Convite Divino (33:1-3)
  • Deus fala a Jeremias pela segunda vez no pátio da guarda, e compartilha com ele seus planos secretos. O versículo 2 é de difícil interpretação pelo fato de parecer estar faltando uma parte. A RSV segue a Septuaginta: "Assim diz o Senhor que fez a terra" (cf. também a NVI). Isso torna o versículo inteligível, e talvez seja a melhor solução. Deus então ressalta seu papel como o Criador, e por meio disso, sua soberania sobre homens e nações.
    O pano de fundo do seu convite gracioso no versículo 3 é a condição desesperadora de Jerusalém: fome, pestilência, a própria luta do profeta com a morte (38:7-13) e a queda iminente da cidade.' Clama a mim, e [...] anunciar-te-ei coisas grandes e firmes (in-sondáveis; 3). O convite aqui é para Jeremias, mas ele representa todos os servos de Deus. O versículo ressalta a oração como uma das maiores atividades através da qual Deus revela a verdade espiritual ao homem. Também mostra "que para ocorrer a revelação divina (que Ele está disposto e desejoso a revelar) é necessária a cooperação humana"."

  • A Jerusalém Aflita é Curada (33:4-13)
  • Os versículos 4:5 conduzem o leitor à queda iminente de Jerusalém. Podemos perce-ber um sentimento de desespero que prevalece entre o povo enquanto a cidade se prepa-ra para sua resistência final. Trabucos (4) são "rampas de cerco" (NVI). Casas construídas junto aos muros são derrubadas e o espaço e o material são usados na defesa da cidade. O coração do profeta está se quebrando porque o fim já pode ser percebido. A palavra de Deus continua a mesma: Escondi o rosto desta cidade (5). Não haverá perdão.

    Embora a decisão de Deus de destruir a cidade não possa ser revogada, Ele não deixa o profeta sem esperança. A aflita Jerusalém será curada. O versículo 6 contém o alvo de Deus na restauração: saúde moral e bem-estar material. "Curarei o meu povo e lhe darei muita prosperidade e segurança" (6, NVI). Como no princípio (7) ; i.e., como em uma época anterior e mais feliz. O versículo 13 indica que todas as regiões de Judá compartilharão da restauração. O restante da passagem indica que o método de restau-ração de Deus envolve três coisas:'
    a) Na situação particular de Jerusalém, a destruição é a passagem para a restauração. A morte é a passagem para a vida. Não haverá um restabelecimento superficial da situação; todo mal deve ser afastado. No processo reden-tor de Deus o "antigo Israel" deve morrer para que o "novo Israel" (a Igreja) possa surgir.

    b) A purificação moral é a porta de entrada para a integridade espiritual (saúde). ...os purificarei de toda a sua maldade (8). Se a integridade espiritual deve existir novamente em Israel, será necessária uma limpeza moral radical. O hebraico para lim-peza (taher) é uma palavra forte e significa "purificar" ou "tornar limpo". O alvo de Deus para o homem é a saúde espiritual. Onde há integridade espiritual, haverá a voz de gozo, e a voz de alegria [...] a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR (11). Mas a limpeza moral vem primeiro. Deve haver uma "purificação da fonte da vida, para que a vida possa se tornar cheia de gozo e alegria"."

    c) A saúde espiritual é a porta de entrada para o bem-estar material. Essa será sempre também a ordem de Deus. No entanto, os homens muitas vezes tentam inverter essa ordem. Eles colocam a ênfase principal na prosperidade material e oram para que isso traga bênçãos espirituais. Os homens pecadores sempre inverteram a ordem certa. Primeiro deve haver integridade espiritual; então se ouvirá a voz dos que trazem louvor à Casa do SENHOR — a voz de noivo [...] de esposa (11). Neste lugar que está deserto [...] haverá uma morada de pastores (12) A Jerusalém aflita será cura-da, mas nos termos de Deus e por meio de princípios eternos.

    3. Reis Davídicos e Sacerdotes Levíticos (33:14-26)

    A linguagem imponente dessa última seção é delineada para levar o Livro da Conso-lação (caps. 3-33) a um clímax esplêndido.

    a) As palavras iniciais: Eis que vêm dias (14) imediatamente colocam todo texto numa perspectiva escatológica, e apontam para a vinda de uma nova ordem que encon-trará seu cumprimento em um futuro certo mas indefinido.
    b) As palavras são dirigidas tanto à casa de Israel quanto à casa de Judá e apontam para a expectativa de um reino unificado quando a nova ordem chegar.
    c) No tempo oportuno, Deus levantará um verdadeiro descendente de Davi, um Renovo ("Broto" ou "Rebento") de justiça (15). Estas palavras são quase idênticas às palavras de 23:5-6. No entanto, notamos uma diferença, porque aqui o nome messiânico O SENHOR é Nossa Justiça (16) é aplicado à cidade de Jerusalém. Num primeiro momento, isso parece um tanto estranho, mas se analisarmos com mais cuidado, isso, na verdade, é esperado. A cidade santa adotou o caráter do seu Rei.' d) Na nova ordem, a casa de Davi nunca sentirá a falta de um homem para governar o reino (17), e o sacerdote levítico nunca sentirá a falta de um homem para exercer as obrigações religiosas apropriadas (18). Os dois pilares da admi-nistração de Deus' no mundo sempre foram o governo e o sacerdócio, o estado e a Igreja.
    e) Para que seu povo tenha uma esperança segura, Deus se compromete a cumprir a sua promessa, de que enquanto seu concerto do dia, e [...] da noite (20) durar, sua palavra a Israel não vai falhar. As ordenanças (25) são o curso regular da natureza.
    f) Para aqueles que tinham dúvidas em relação ao futuro da nação, Deus tinha uma resposta. Ele assegurou-lhes que a promessa feita às casas de Davi e de Levi (20-21) é válida para toda a descendência de Jacó (26). Assim, a compaixão tanto por Israel quanto por Judá é duplamente assegurada.

    Essas profecias nunca se cumpriram em um sentido nacionalista restrito. Talvez essa nunca fosse a intenção, porque a nova ordem nunca poderia ser como a antiga, da mesma forma que uma borboleta não é igual ao casulo do qual ela sai. Mas em um sentido espiri-tual mais amplo, essa profecia se cumpriu: "Jesus Cristo é 'a raiz e descendência de Davi"'.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
    *

    33:2

    que faz estas coisas. Ver nota em 10.12. A criação de Deus é aqui a base de seu poder, tanto para julgar quanto para salvar (32.17).

    * 33:3

    coisas grandes e ocultas. Uma frase semelhante, em Is 48:6, também fala na salvação como uma nova criação. Ver Dn 2:47.

    * 33:6

    eis que. A mudança no propósito do Senhor não é motivada por qualquer mudança em Judá, mas por sua própria decisão. Ver 30.8,16; 32.36 quanto a transições similares.

    * 33:11

    júbilo... alegria... noivo... noiva. Contrastar com 7.34 e 16.9. Essas circunstâncias seriam trazidas pela nova aliança.

    * 33:17 Essa promessa não é, finalmente, de restaurar a monarquia, mas de inaugurar o reino messiânico (23.5; 30.9; 2Sm 7:12-16; conforme 1Rs 2:4).

    * 33:18

    aos sacerdotes levitas. O papel dos sacerdotes era essencial para a administração do pacto (Êx 28 e 29; Dt 10:8; 18:1). Eles também tinham sua própria aliança com o Senhor (Nm 25:12,13; 1Sm 2:30,35). A promessa de um ministério sacerdotal perpétuo teve cumprimento no próprio Cristo (Hb 5:6-10; 7.11-25).

    * 33:20-21

    a minha aliança com o dia...com a noite. A permanência das instituições agora contemplada faz violento contraste com 7:1-15. Tal permanência só é compreensível dentro da estrutura da nova aliança — embora a necessidade de fidelidade nunca seja posta de lado (32.40 e nota).

    * 33:22

    não se pode contar... a areia do mar. Nessas promessas a respeito do reino messiânico, as promessas a Abraão também são cumpridas (Gn 22:17; contrastar com 15.8).

    * 33.24

    As duas famílias. A referência a essas "famílias" é ambígua. A referência poderia ser aos reinos de Israel e Judá (v. 14), ou à família real de Davi e à família sacerdotal de Levi (vs. 17,18).

    * 33:26

    Abraão, Isaque e Jacó. A nova aliança é o cumprimento do pacto divino com Abraão, que abrange todos os povos (Gn 12:3). Ver nota no v. 22.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
    33.1ss Deus restauraria Jerusalém, não porque o povo clamasse, mas sim porque era parte de seu plano final. O desastre de Babilônia não trocou os propósitos que Deus tinha para seu povo. Embora destruiriam a Jerusalém, seria restaurada (depois dos setenta anos de cativeiro e ao final dos tempos quando o Messías deva governar). À justiça de Deus sempre a acompanha sua misericórdia.

    33:3 Deus assegurou ao Jeremías que solo tinha que clamar a Deus e que O responderia (vejam-se também Sl 145:18; Is 58:9; Mt 7:7). Deus está preparado para responder nossas orações, mas devemos pedir sua ajuda. Com segurança uede ocupar-se de nossas necessidades sem que o peçamos. Mas quando o fazemos, reconhecemos que solo O é Deus e que não podemos obter com nossas forças tudo o que está em seu domínio fazer. Quando pedimos, devemos nos humilhar, jogar a um lado nossa preocupação e obstinação, e nos determinar a lhe obedecer.

    BABILÔNIA ATACA JUDA : Sedequías provocou a ira de Babilônia ao aliar-se com o Egito (Mt 37:5) e não render-se como Deus lhe ordenou através do Jeremías (Mt 38:17). Nabucodonosor atacou Judá por terceira e última vez, movendo-se em forma sistemática até que caíram todas suas cidades. Jerusalém resistiu o sítio durante vários meses, mas a queimaram conforme o predisse Jeremías(capítulo 39).

    33.15, 16 Estes versículos se referem tanto à primeira vinda como à segunda vinda de Cristo. Em sua primeira vinda estabeleceria seu Reino nos corações dos crentes. Na segunda executará justiça e retidão em toda a terra. Cristo é "o Renovo de justiça" que brotará do Davi, o homem conforme ao coração de Deus.

    33:18 Quando Cristo cumpra com o rol de Rei, também cumprirá com o rol de Sacerdote, mantendo uma relação constante com Deus e intercedendo por seu povo (veja-a nota a 22.30). Este versículo não quer dizer que os sacerdotes atuais vão realizar sacrifícios, devido a que já não serão necessários (Hb_7:24-25). Agora que Cristo é nosso Supremo Sacerdote, todos os crentes são sacerdotes de Deus e podemos ir ao em forma pessoal.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26

    b. A segunda resposta (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
    33.1 O apóstolo Paulo também era embaixador em cadeias (Ef 6:20).

    33.3 Ocultas. A raiz, no heb, é cortar ou aparar, isto é, isolar, tornar inacessível devido à altura ou às fortificações (Is 48:6). Coisas que estão além dos limites das forças humanas.

    33.4 Trincheiras. Vd. notas em 32.24 e 6.6.

    33.6 Saúde. Vd. nota em 30.17.

    33.7 Princípio. Como nos tempos antigos, como nos dias anteriores (Is 1:26). Tempos do reino ainda não dividido, o firme estabelecimento de sua prosperidade civil por meio da segura posse e do desfrutar das coisas boas da terra.

    33.8 Purificá-los-ei. Isso dará estabilidade e permanência à prosperidade (conforme Sl 127:1).

    33.11 Rendei graças... bom. Uma forma litúrgica usada nos cultos do templo (1Cr 16:34; 2Cr 5:132Cr 5:13; 2Cr 7:3; Ed 3:11; Sl 106:1; Sl 107:1; Sl 118:1,Sl 118:29). Sorte. Vd. em 29.14n.

    33.12 Morada, ou pastagens, incluindo os acampamentos (vd. Nu 35:0; Is 2:0) Para sempre o trono do seu reino, autoridade real;
    3) Reino, isto é, uma esfera de governo;
    4) Para sempre perpetuidade;
    5) Com uma condição: a desobediência resultará em castigo, mas não em ab-rogação da aliança (2Sm 7:15,2Sm 7:16; Sl 89:20-19; Is 24:5; Is 54:3). A aliança foi confirmada à Maria (Lc 1:31-42; At 2:29-32; At 15:14-44) Vd. 33:20-26. Uma forte confirmação à aliança davídica.

    33.16 Senhor, justiça Nossa. Comparar com 23.5, 6. Aqui o título se refere a Jerusalém e não somente ao Messias, que dá seu nome a ela, Ap 3:12. Vd. também Is 1:26.

    33.18 Levitas. No futuro, serão cumpridas estas promessas a Ec 1:0, no tempo da restauração, fala sobre sacerdotes e levitas. Estão ligados à plena confirmação de Deus (20-26), semelhante a Davi.

    33.22 Exército dos céus. Referência às estrelas, aos planetas, ao Sol e à lua. A promessa está sendo feita com as mesmas palavras que selaram a Aliança com Abraão (Gn 2:1718).

    33.24 Este povo. Os duvidosos entre os cativos, que duvidaram da futura restauração. • N. Hom. Cap. 33 nos ensina que, mesmo no meio da destruição pronunciada contra o povo desobediente (4-5), o arrependimento e a invocação de Deus trará da parte de

    Senhor as bênçãos de sabedoria (3); saúde (6); segurança (6); restauração (7); purificação (8); júbilo (11). A garantia destas promessas amoráveis é a própria pessoa do Senhor Jesus Cristo, que nos justifica pela aliança eterna (14.26).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
    b) Deus é aquele que restaura os destinos (33:1-26). A mudança entre o tom de esperança (v. 1-13) e o de aparente desespero (v. 14-26) levou muitos comentaristas a rejeitar os v. 14-26, que não estão nas traduções gregas, e considerá-los ausentes nos originais. No entanto, eles estão em concordância com a situação. Pecado, castigo, purificação e restauração (v. 1-9) são seguidos de alegria, louvor a Deus e paz (v. 10-13), e, como no cap. 23, todas essas bênçãos provêm do Messias prometido da linhagem de Davi que é a Nossa Justiça (v. 14-16). Quando ele vier, o reinado e o sacerdócio estarão unidos de forma duradoura (v. 17-22). As promessas que Deus fez não podem ser frustradas por nenhum evento pavoroso pelo qual a nação passe (v. 23-26). As subdivisões seguidas aqui são com freqüência as apresentadas nos profetas (Assim diz o Senhor).

    (1)    A restauração do povo (33:1-9). Jeremias recebe a confirmação do poder soberano de Deus como aquele que fez a terra e a formou e a firmou (v. 2, LXX; conforme TM: “que faz isto”). Ele precisava simplesmente pedir para receber (v. 3; conforme Mt 7:7). A oração está ligada à revelação de coisas grandiosas e insondáveis (TM: b‘sürõP, melhor do que “escondido” [RSV], nesürõt). A pergunta na mente do profeta é como Deus pode restaurar a prosperidade de Judá depois de tudo que aconteceu? A resposta é dada: (a) A reconstrução só pode seguir a destruição do pecado (v. 4-6). Os babilônios são a ferramenta da destruição. Mas certamente vai haver tanto a reconstrução quanto o fim do pecado. Toda a calamidade tem uma intenção terapêutica, (b) Deus vai trazer cura (v. 6; conforme 8,23) e purificar do pecado (v. 8; conforme 31.34). Jerusalém vai então ser novamente uma verdadeira testemunha do poder e da provisão de Deus.

    (2)    A restauração da terra (33:10-13). A queda de Jerusalém e as bênçãos da nova aliança são ambas confirmadas aqui (v. 10). O contraste entre a presente realidade e a restauração vindoura é vívido; bondade (prosperidade também) e alegria, em vez de condenação e tristeza; vida em casa, em vez de no exílio; e adoração no templo (Sl 106:1Ed 3:11), em vez de choro nos ermos pagãos. A prosperidade material vai ser vista novamente na terra fértil de Judá (v. 12-14 também pressupõem 32.44 e a vindicação da escritura de compra de Jeremias).

    (3) A restauração do rei (33:14-26). Jeremias já predisse a renovação da linhagem real em que um rei governará com justiça, e aqui ele repete 23.5. O Messias leva o nome e o título reais — o justo Renovo que vai trazer paz e segurança — e dá o seu nome à cidade e ao povo. Yhwh-sidqmü aqui prefigura a identidade da igreja e dos indivíduos redimidos com Cristo (“o qual se tornou [...] para nós [...] justiça” (1Co 1:30; 2Co 5:21). Os participantes da aliança precisam demonstrar o mesmo caráter (santidade e justiça) do seu Mestre. A garantia da promessa é ilustrada pela referência a alianças anteriores que não foram quebradas: (a) a aliança davídica (v. 17; conforme 2Sm 23:5); (b) o sacerdócio (v. 18); (c) o dia e a noite (a “lei natural” instituída por Deus como foi prometido a Noé em Gn 8:22; conforme v. 20). Cristo, como Melquisedeque, combina os ofícios de rei e sacerdote (He 7:1,1725), e crentes ideais precisam refletir isso (cf. Ap 1:6). O seu sacrifício completou tudo que era prefigurado pelos sacerdotes levíticos. Idealmente, a igreja e o Estado deveriam trabalhar juntos (observe rei e sacerdote, v. 21). v. 22-26. A aliança davídica é aqui formulada para mostrar que ela dá continuidade à anterior feita com Abraão (conforme Gn 15:5; 22:17). Isso é usado como resposta para aqueles que argumentam que Deus abandonou tanto Israel quanto Judá.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 30 do versículo 1 até o 26

    C. O Livro da Consolação. 30:1 - 33:26.

    Grande parte da obra de Jeremias foi proclamar o juízo. Nesta seção ele olha além do juízo iminente para o Dia do Senhor, a restauração e salvação de Israel e a Nova Aliança.


    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26

    Jeremias 33


    4) Mais Promessas de Restauração. Jr 33:1-26.

    Os temas apresentados em Jeremias 31 foram repetidos aqui. Este capítulo registra revelações que Jeremias recebeu durante o cerco final de Jerusalém.

    a) A Reconstrução de Jerusalém para Ser Santa. Jr 33:1-9.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 33 do versículo 1 até o 26
    d) Repetição da restauração e futura felicidade (Jr 33:1-24). O texto oferece muitas dificuldades. O Senhor que faz isto (2), não o encerramento na prisão, que é o assunto da frase anterior, mas o plano que Deus está desdobrando perante os olhos do profeta. A versão da Septuaginta para este mesmo vers. é a seguinte: "O Senhor que fez a terra e a formou para a estabelecer". O vers. 3 parece ser um acrescentamento. A tradução do vers. 5 é incerta. A reconstituição de Cornhill deste mesmo vers. diz: "As casas derrubadas, contra as quais os caldeus vêm com montadas e espadas para combater e enchê-las de corpos mortos dos homens..." Quando a ira passar, voltará a paz, e um povo purificado e perdoado transformar-se-á numa glória para Deus, manifesta aos olhos de todas as nações.

    >Jr 33:9

    2. A RESTAUÇÃO DO PAÍS À PROSPERIDADE (Jr 33:9-24). Estes vers. apresentam notabilíssimo contraste entre o que se vê e o que virá, aquilo em que o país se transformou devido ao pecado do homem, e aquilo em que se transformará graças e mediante a misericórdia de Deus. Em vez da desolação haverá prosperidade; em vez da dor, a alegria. O povo voltou ao lar, a prosperidade reina no país, a alegria impera nos corações, e o louvor ouve-se no templo. Uma outra coisa é necessária para completar este quadro feliz: um rei ideal, e é a esse rei ideal que o parágrafo seguinte nos conduz.

    >Jr 33:14

    3. A RESTAURAÇÃO DO REI DAVÍDICO (Jr 33:14-24). A linhagem davídica será restaurada, e o Filho de Davi dominará com justiça, tal como outrora, ao ponto de Jerusalém passar a chamar-se O Senhor é nossa justiça (16). A ordem sacrificial levítica será restaurada ao seu primado. A permanência do reinado davídico e da ordem levítica apóia-se na persistência das ordenações cósmicas de Iavé, isto é, na Sua palavra e poder. A compaixão de Iavé pelo Seu povo castigado e aflito apagará a nódoa da rejeição lançada pelos que o observavam e pelo inimigo. Num sentido nacionalista estrito, esta promessa não foi cumprida; foi-o, sim, num sentido espiritual e mais amplo. Jesus Cristo é "a raiz e a geração de Davi" (Ap 22:16), e só a Ele se pode aplicar o título "O Senhor justiça nossa".


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Jeremias

    o Senhor é alto. 1. Profeta, filho de Hilquias, sacerdote de Anatote. Provavelmente este Hilquias não era o sumo sacerdote desse período (2 Rs 23.4), porque então não se teria falado dele daquela forma indefinida ‘um dos sacerdotes’ (Jr 1:1) – e parece que os sacerdotes de Anatote eram da casa de itamar (1 Rs 2.26), ao passo que o sumo sacerdócio tinha por muito tempo estado na linha de Finéias (1 Cr 6.õ0). Jeremias foi chamado a exercer o cargo profético cerca de setenta anos depois da morte de isaías, no ano décimo-terceiro de Josias, sendo a esse tempo muito jovem, e vivendo ainda em Anatote (Jr 1:1-6). Pouco tempo depois, recebeu ele a ordem de levar uma mensagem a Jerusalém (2,1) – e alguns supõem que fez uma viagem pelas cidades e vilas de Judá com o fim de anunciar aos seus habitantes o que ordenava o livro da Lei, encontrado no templo (11.2,6 – 2 Rs 22). Quando voltou a Anatote, os seus injustos concidadãos, incluindo mesmo algumas pessoas da sua própria família, como se julgassem ofendidos com as repreensões do profeta, conspiraram contra ele (11.21 – 12,6) – pelo que parece ter o profeta resolvido fixar a sua residência em Jerusalém. Durante o reinado de Josias, não há dúvida que Jeremias o auxiliou na reforma religiosa do povo. Mas ao fim de dezoito anos a invasão do Faraó-Neco trouxe a morte do bom rei, e o cativeiro, no Egito, do seu filho e sucessor Salum ou Joacás (22.10 a 12). Sucedeu Jeoaquim a Joacás, e de então para o futuro foi o ministério do profeta exercido no meio de grandes dificuldades e perseguições. os próprios ‘sacerdotes e profetas’ tornaram-se os seus acusadores, e pediam, com a população, que ele fosse condenado à morte por ter anunciado a ruína do templo e de Jerusalém (26). os ‘príncipes’ não se atreveram a afrontar Deus tão abertamente – mas Jeremias ficou em sujeição, ou impedido pelos seus adversários de aparecer em público. Nestas circunstâncias ordenou-lhe Deus que escrevesse as suas predições, que foram lidas por Baruque no templo, em dia de jejum, ‘no quarto ano de Jeoaquim’, sendo também o primeiro de Nabucodonosor. Continham elas o aviso de que o reino de Judá havia de ser oprimido pelo crescente poder da Babilônia (25). os príncipes ficaram assustados, e esforçaram-se por despertar o rei, lendo-lhe as palavras de Jeremias. Mas em vão: o monarca, depois de ouvir ler três ou quatro páginas, cortou o rolo em pedaços e o lançou no fogo, dando ordens para que fossem capturados Jeremias e Baruque. Deus os livrou desse mal – e logo depois foi Jeremias levado a escrever de novo as mesmas mensagens com alguns acrescentamentos (36). No curto reinado do seguinte rei, Jeoaquim, também chamado Jeconias, ou Conias, ainda se ouvia a voz do profeta, avisando o rei e o povo (cp. 2 Rs 24.12 com Jr 22:24-30), mas infelizmente as suas palavras não produziram efeito. No reinado de Zedequias, declarou Jeremias repetidas vezes, por inspiração divina, que os caldeus haviam de novamente voltar, tomar a cidade, e incendiá-la. Como fizesse esforços para sair de Jerusalém, o profeta foi acusado de ter passado para os caldeus – sendo preso, foi lançado num cárcere, onde permaneceu até à conquista da cidade. Nabucodonosor, tendo formado do seu caráter melhor conceito, encarregou o seu general, Nebuzaradã, de o proteger. Sendo-lhe permitido escolher ou a ida para Babilônia, onde, sem dúvida, seria recebido com todas as honras na corte, ou o viver no meio do seu próprio povo, preferiu esta última concessão, e ficou em Judá. Depois disto, ele aconselhou os principais do povo a que não fossem para o Egito, mas ficassem na sua pátria. os judeus não se conformaram com esta idéia, mas persistiram em ir para o Egito, obrigando Jeremias e Baruque a acompanhá-los (43.6). No Egito ainda procurou o profeta reconduzir o povo para Deus (44), não nos dizendo os seus escritos nada mais a respeito do que depois se passou. Todavia, uma antiga tradição assevera que os judeus, ofendidos pelas suas fiéis admoestações, o apedrejaram, causando-lhe a morte. Jeremias foi contemporâneo de Sofonias, de Habacuque, de Ezequiel e de Daniel. Entre os seus escritos e os de Ezequiel há muitos pontos interessantes ou de semelhança ou de contraste. os dois profetas trabalharam para a mesma obra, e quase ao mesmo tempo. Um profetizou na Palestina, o outro na Caldéia – mas ambos se esforçaram em persuadir os judeus a que fossem cidadãos pacíficos, esperando sempre a restauração. Ezequiel, contudo, insistia muito mais em pontos rituais da religião do que Jeremias. E havia neles uma grande diferença na maneira de se exprimirem e no seu caráter pessoal. A vida de Jeremias revela que ele era homem humilde e modesto, pois contra sua vontade saiu da obscuridade e isolamento para a vida pública, sujeitando-se aos perigos que acompanhavam a missão profética. Embora pacífico por natureza, e mais inclinado a lamentar em segredo as iniqüidades do povo do que a acusar publicamente os homens perversos, ele obedeceu à chamada de Deus, mostrando ser sempre um fiel e destemido campeão da verdade, entre censuras e perseguições. Em Ezequiel, porém, se vê o poder da inspiração divina, operando num espirito naturalmente firme e independente, sendo, contudo, mais eclesiástico. 2. Um homem de Libna, o pai de Hamutal, que casou com o rei Josias, e foi mãe do rei Jeoacaz (2 Rs 23.31). 3. Um indivíduo de Manassés (1 Cr 5.24). 4. Um benjamita (1 Cr 12.4). 5. Um homem de Gade (1 Cr 12.10). 6. outro homem de Gade (1 Cr 12.13). 7. Sacerdote que voltou com Zorababel (Ne 12:1). 8. Sacerdote que selou o pacto com Neemias, na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2 – pode ser o mesmo de 12.12,34). Talvez os nomes de 7 e 8 sejam mais uma ordem de sucessão, do que pessoas – e deste modo são idênticos. 9. Um recabita (Jr 35:3).

    Nome comum nos tempos bíblicos, embora seu significado não seja claro. Os teólogos têm sugerido: “o Senhor estabelece”; “o Senhor exalta”; “o Senhor solta” e “o Senhor arremessa”. Qualquer que seja o caso, Jeremias era um nome que expressava louvor ao Deus de Israel. Conforme os registros, nove pessoas possuíram esse nome no Antigo Testamento:


    1. Veja Jeremias, o profeta.


    2. Líder de um clã e soldado valente da tribo de Manassés (1Cr 5:24). Ele e seu povo, entretanto, “foram infiéis ao Deus de seus pais, e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra diante deles” (v. 25). Como castigo, o Senhor lançou juízo sobre a tribo, por meio do rei da Assíria (v. 26).


    3. Um soldado ambidestro, da tribo de Benjamim, perito no manejo do arco. Lutou primeiro no exército de Saul e depois uniu-se ao filho de Jessé em Ziclague (1Cr 12:4). Foi relacionado entre os “trinta” guerreiros poderosos de Davi. Mais tarde, na mesma passagem, a Bíblia dá a impressão de que tais homens transferiram sua lealdade a Davi não simplesmente para estar no lado vencedor, mas porque o Espírito de Deus operava entre eles (v. 18).


    4. Mencionado em I Crônicas 12:10, foi o quinto entre vários guerreiros da tribo de Gade que desertaram das tropas de Saul e se uniram ao filho de Jessé em Ziclague. Esses homens foram descritos como os melhores guerreiros, mais fortes do que cem homens. “Seus rostos eram como rostos de leões, e eram ligeiros como corças sobre os montes” (v. 8). O
    v. 22 deixa claro que a adição de homens como aqueles no exército de Davi era vista como obra de Deus. Os valentes do rei aumentaram, “até que se fez um grande exército, como o exército de Deus”.


    5. Mencionado como o 10 guerreiro da tribo de Gade, na mesma lista do item 3.


    6. Pai de Hamutal, mãe do rei Jeoacaz, de Judá, e esposa do rei Josias. Também era mãe de Zedequias, o qual, tempos depois, tornou-se rei (2Rs 23:31-2Rs 24:18).


    7. Pai de Jaazanias e filho de Habazinias, da família dos recabitas. Para mais detalhes, veja Recabe e Jaazanias, item 1.


    8. Um dos judeus que retornaram do exílio na Babilônia com Neemias e que se uniram para assinar um pacto de adoração exclusiva ao Senhor e obediência à sua lei. Provavelmente, era um dos “líderes de Judá” e tomou parte na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2; Ne 12:34).


    9. Um dos líderes dos sacerdotes que retornaram do exílio na Babilônia com Zorobabel (Ne 12:1). P.D.G.


    Jeremias [Javé É Elevado] - Profeta nascido em família de sacerdotes, da cidade de Anatote. Foi chamado ao ministério profético através de uma visão (1.4-10). Profetizou durante 40 anos, nos reinados dos cinco últimos reis de Judá (627 a 587 a.C.). As autoridades não recebiam bem as suas mensagens. Jeremias foi rejeitado, perseguido e preso. Alguns episódios de sua vida estão narrados no seu livro (caps. 26, 28, 32, 35—43). Nabucodonosor cuidou dele depois da destruição de Jerusalém (39.11-12). Foi forçado a ir para o Egito (43.6-7) e lá, em adiantada velhice, morreu. V. JEREMIAS, LIVRO DE e LAMENTAÇÕES, LIVRO DE.

    substantivo masculino Designação atribuída ao indivíduo que chora muito ou vive a se lamentar; lamentoso.
    [Gíria] Diz-se da criança que acorda e chora ao pressentir que um ladrão (ou pessoa ruim) está agindo.
    Etimologia (origem da palavra jeremias). Do antropônimo Jeremias.

    Palavra

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jeremias 33: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E veio ainda a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
    Jeremias 33: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3414
    Yirmᵉyâh
    יִרְמְיָה
    o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro
    (of Jeremiah)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יִרְמְיָה


    (H3414)
    Yirmᵉyâh (yir-meh-yaw')

    03414 ירמיה Yirm eyaĥ ou ירמיהו Yirm eyahuŵ

    procedente de 7311 e 3050, grego 2408 Ιερεμιας; n pr m

    Jeremias = “a quem Javé designou”

    1. o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro profético que tem o seu nome
    2. um homem de Libna e pai de Hamutal, a esposa do rei Josias
    3. um gadita que uniu-se a Davi em Ziclague
    4. um manassita, um dos guerreiros de valor da meia tribo transjordânica de Manassés
    5. um gadita e soldado de Davi
    6. um soldado de Davi
    7. um sacerdote que juntou-se a Neemias na cerimônia da aliança
    8. um sacerdote também da época de Neemias; talvez o mesmo que o 7
    9. pai de Jazanias, o recabita

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar