Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 1:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 1: 5

Versão Versículo
ARA Os seus adversários triunfam, os seus inimigos prosperam; porque o Senhor a afligiu, por causa da multidão das suas prevaricações; os seus filhinhos tiveram de ir para o exílio, na frente do adversário.
ARC Os seus adversários a dominaram, os seus inimigos prosperam; porque o Senhor a entristeceu, por causa da multidão das suas prevaricações: os seus filhinhos vão em cativeiro na frente do adversário. Vau.
TB Os seus adversários triunfam dela, os seus inimigos prosperam;
HSB הָי֨וּ צָרֶ֤יהָ לְרֹאשׁ֙ אֹיְבֶ֣יהָ שָׁל֔וּ כִּֽי־ יְהוָ֥ה הוֹגָ֖הּ עַ֣ל רֹב־ פְּשָׁעֶ֑יהָ עוֹלָלֶ֛יהָ הָלְכ֥וּ שְׁבִ֖י לִפְנֵי־ צָֽר׃ ס
BKJ Os seus adversários são os chefes, os seus inimigos prosperam; pois o -SENHOR a afligiu pela multidão das suas transgressões; os seus filhos foram para o cativeiro perante o inimigo.
LTT Os seus adversários têm sido feitos chefes (sobre ela), os seus inimigos prosperam; porque o SENHOR a afligiu, por causa da multidão das suas transgressões; os seus filhinhos foram para o cativeiro na frente do adversário.
BJ2 Venceram-na seus opressores, seus inimigos estão felizes, porque Iahweh a castigou por seus numerosos crimes; suas criancinhas partiram cativas diante do opressor.
VULG Facti sunt hostes ejus in capite ; inimici ejus locupletati sunt : quia Dominus locutus est super eam propter multitudinem iniquitatum ejus. Parvuli ejus ducti sunt in captivitatem ante faciem tribulantis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 1:5

Levítico 26:15 e se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se enfadar dos meus juízos, não cumprindo todos os meus mandamentos, para invalidar o meu concerto,
Deuteronômio 4:25 Quando, pois, gerardes filhos e filhos de filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira,
Deuteronômio 28:15 Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão:
Deuteronômio 29:18 para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo cujo coração hoje se desvie do Senhor, nosso Deus, e vá servir aos deuses destas nações; para que entre vós não haja raiz que dê fel e absinto,
Deuteronômio 31:16 E disse o Senhor a Moisés: Eis que dormirás com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após os deuses dos estranhos da terra para o meio dos quais vai, e me deixará, e anulará o meu concerto que tenho feito com ele.
Deuteronômio 31:29 Porque eu sei que, depois da minha morte, certamente vos corrompereis e vos desviareis do caminho que vos ordenei; então, este mal vos alcançará nos últimos dias, quando fizerdes mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira com a obra das vossas mãos.
Deuteronômio 32:15 E, engordando-se Jesurum, deu coices; engordaste-te, engrossaste-te e de gordura te cobriste; e deixou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação.
II Crônicas 36:14 Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a Casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém.
Neemias 9:33 Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; porque tu fielmente te houveste, e nós impiamente nos houvemos.
Salmos 80:6 Tu nos pões por objeto de contenção entre os nossos vizinhos; e os nossos inimigos zombam de nós entre si.
Salmos 89:42 Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem.
Salmos 90:7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.
Isaías 63:18 Só por um pouco de tempo, foi possuída pelo teu santo povo; nossos adversários pisaram o teu santuário.
Jeremias 5:3 Ah! Senhor, não atentam os teus olhos para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar.
Jeremias 5:29 Não castigaria eu estas coisas? ? diz o Senhor; não se vingaria a minha alma de uma nação como esta?
Jeremias 12:7 Desamparei a minha casa, abandonei a minha herança e entreguei a amada da minha alma na mão de seus inimigos.
Jeremias 23:14 Mas, nos profetas de Jerusalém, vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.
Jeremias 30:14 Todos os teus amantes se esqueceram de ti e não perguntam por ti; porque te feri com ferida de inimigo e com castigo de cruel, pela grandeza de tua maldade e multidão de teus pecados.
Jeremias 39:9 E o resto do povo que ficara na cidade, e os rebeldes que se tinham passado para ele, e o resto do povo que ficou levou Nebuzaradã, capitão da guarda, para Babilônia.
Jeremias 44:21 Porventura, não se lembrou o Senhor, e não lhe subiu ao coração o incenso que queimastes nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós e vossos pais, vossos reis e vossos príncipes, como também o povo da terra?
Jeremias 52:27 E o rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate; assim Judá foi levado da sua terra para o cativeiro.
Lamentações de Jeremias 1:18 Justo é o Senhor, pois me rebelei contra os seus mandamentos; ouvi, pois, todos os povos e vede a minha dor; as minhas virgens e os meus jovens se foram para o cativeiro. Cofe.
Lamentações de Jeremias 2:17 Fez o Senhor o que intentou; cumpriu a sua palavra, que ordenou desde os dias da antiguidade: derribou e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa, exaltou o poder dos teus adversários. Tsadê.
Lamentações de Jeremias 3:39 De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados. Nun.
Lamentações de Jeremias 3:46 Todos os nossos inimigos abriram contra nós a sua boca.
Ezequiel 8:17 Então, me disse: Viste, filho do homem? Há coisa mais leviana para a casa de Judá do que essas abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Ezequiel 9:9 Então, me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue, e a cidade se encheu de perversidade; eles dizem: O Senhor deixou a terra, o Senhor não vê.
Ezequiel 22:24 Filho do homem, dize-lhe: Tu és uma terra que não está purificada e que não tem chuva no dia da indignação.
Daniel 9:7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, a confusão do rosto, como se vê neste dia; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel; aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa da sua prevaricação, com que prevaricaram contra ti.
Miquéias 3:9 Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e vós, maiorais da casa de Israel, que abominais o juízo e perverteis tudo o que é direito,
Miquéias 7:8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
Sofonias 3:1 Ai da rebelde e manchada, da cidade opressora!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO I

CANÇÃO DE UMA CIDADE EM LUTO

Lamentações 1:1-22

A. A SITUAÇÃO DA CIDADE, 1:1-7

Essa canção de profunda tristeza inicia com uma descrição da cidade cativa de Jeru-salém personificada por meio de uma mulher que perdeu seu marido e filhos. O infeliz estado da sua viuvez é pranteado. "Como!" foi a única maneira apropriada de iniciar essa canção fúnebre. Essa era a forma mais apropriada para expressar tristeza e dor para aquela ocasião. Aqui essa canção prepara o caminho para a revelação da situação trágica da cidade. A solidão da viuvez é ressaltada: Como se acha solitária aquela cidade (1). Ela tinha sido tão populosa e tão grande entre as nações; mas agora ela está vazia, e seus filhos estão no cativeiro. Os seus amantes (2; aliados políticos), de-pois de a humilharem, a desprezaram como um brinquedo sujo e sem valor. Traída e aflita, ela chora de noite, sem encontrar descanso (3), e não quem a console. A expressão nas suas angústias também pode ser traduzida como: "no meio das suas dificuldades" (Smith-Goodspeed).

Além de tudo isso ela vive em um estado de viuvez espiritual. A vida religiosa da cidade havia cessado. O Templo havia sido destruído. Os caminhos (estradas) para Sião estão vazios; não há adoradores que compareçam para sua reunião solene; suas portas estão desoladas; e os sacerdotes gemem (4). Há a amargura do remorso, porque o dia da graça passou. Para piorar a situação, seu julgamento vem da mão divina. O SENHOR a entristeceu (5). Mas em tudo isso o profeta reconhece a justiça divina; a tristeza de Jeru-salém é por causa da multidão das suas prevaricações. Foi-se toda a sua glória (6) ; seus adversários estão no controle; suas famílias estão no exílio. Os seus príncipes estão tão destituídos de força que parecem corças sem pasto; enfraquecidos pela fome eles caminham diante dos seus perseguidores; caem para não mais levantarem.

Nessa condição debilitada e solitária, surgem lembranças assombrosas que só au-mentam a tristeza da cidade. Jerusalém se lembra das suas mais queridas coisas, que pertenciam a ela nos tempos antigos (7). Isso é motivo de clamor e pranto. Mas não há alívio do seu sofrimento, porque os seus adversários zombam da sua miséria.

  • A PERVERSIDADE DA CIDADE, 1:8-11
  • A causa do sofrimento de Jerusalém está no fato de ela ter pecado gravemente (8). Seu pecado não foi uma coisa superficial. A palavra instável significa "impura" (NVI). A sua imundícia está nas suas saias (9), indicando que seu pecado era uma perversida-de íntima, i.e., uma disposição interior. Jerusalém era tão impura moralmente quanto uma mulher era impura durante seu período de menstruação. Por isso, o problema bási-co de Jerusalém era o seu coração perverso (Jr 17:9).

    Todos os que a honravam [...] viram a sua nudez (8) significa que sua verdadei-ra natureza havia sido revelada; profanada e impura, ela se afasta envergonhada. Ela foi pasmosamente abatida (9), i.e., "ela caiu de modo espantoso" (ARA) porque seguiu as inclinações de um coração perverso. Ela fracassou em considerar as conseqüências de uma vida perversa. Ela nunca se lembrou do seu fim; ela viveu somente para o pre-sente. O versículo 10 refere-se, em primeiro lugar, à profanação do Templo. Suas coisas mais preciosas eram os "utensílios para as ofertas sacrificais" (Berkeley, nota de rodapé). Mas há uma implicação mais profunda. O inimigo havia entrado no seu santuário (10) e tinha tomado suas coisas mais preciosas, i.e., roubou a sua pureza; e agora o seu povo (11) geme debaixo da gravidade do seu pecado. Ela reconhece que se tornou des-prezível. A tristeza da viuvez é aumentada pela compreensão da sua impureza. O signi-ficado literal do versículo 11 é deixado claro por Smith-Goodspeed: "Eles trocaram tesou-ros por mantimento para mantê-los vivos".

  • O CLAMOR DA CIDADE, 1:12-19
  • O fardo acumulado da sua condição trágica tornou-se pesado demais para carregar. Judá clama em sua angústia. Não vos comove isso, a todos vós que passais pelo caminho? (12). Embora o hebraico seja dificil, a ARC captou o sentido. Dirigindo-se a todos que possam ouvir seu clamor, ela implora por compaixão, insistindo que não há dor como a minha dor. Ela confessa que seu castigo vem do SENHOR, e enumera todas as coisas que sofreu pelas mãos dele. Deus enviou fogo (13) aos seus ossos. O qual se assenhoreou deles provavelmente significa• "o qual os subjugou" (Berkeley). Uma rede foi armada para os seus pés; suas prevaricações foram entretecidas em um jugo into-lerável ao redor do seu pescoço (14). Seus valentes (15), bem como os seus jovens, foram jogados no lagar da ira de Deus. A contemplação das suas muitas angústias traz um novo irromper de lágrimas: Por essas coisas [...] os meus olhos se desfazem em águas (16). Mas não há consolador para amenizar sua dor, e o inimigo prevaleceu contra ela.

    Mesmo que ela esteja sufocada com lágrimas a ponto de não poder falar, ela parece ouvir uma voz a dizer que embora Sião (17) estenda as suas mãos em súplica compadecida, Deus mandou que ela fosse afligida. Depois de recompor-se, Sião reconhece que Deus agiu de maneira justa com ela. Ela confessa que se rebelou contra os seus man-damentos (18). Não há ressentimento em suas palavras, e nenhuma inclinação para defender-se. Ela então reconhece: Meus amadores (nações aliadas e deuses a quem Judá se havia voltado) [...] me enganaram. Por causa disso, seus filhos estão no cati-veiro; seus sacerdotes e [...] anciãos expiraram. A tristeza da sua condição a esmaga enquanto faz um apelo final: Ouvi, pois, todos os povos e vede a minha dor (18-19).

    D. A ORAÇÃO DA CIDADE, 1:20-22

    Traída, quebrantada e castigada, Sião agora eleva sua voz em oração: Olha, SE-NHOR, quanto estou angustiada [...] porque gravemente me rebelei (20) ; não te-nho quem me console (21). Nesse ensaio da sua situação desagradável estão todos os elementos de um coração arrependido: tristeza profunda, confissão, humilhação e fé. O povo de Judá se volta para o Senhor porque está convencido de que somente Ele pode ajudar. Não há esforço para desculpar seus pecados, e ele aceita seu castigo como sendo justo. No entanto, Judá expressa a certeza de que de alguma forma Deus o vindicará diante dos seus inimigos: mas, em trazendo tu o dia que apregoaste, eles (os inimi-gos) serão como eu (21). Aqui está a convicção de que em um universo moralmente ordenado nenhum transgressor ficará impune. Venha toda a sua iniqüidade à tua presença (22) é um reconhecimento de que todo o mal será castigado. Seus inimigos também experimentarão o castigo pelo seu pecado. Um Deus soberano fará com que todas as coisas aconteçam da forma correta.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 11

    Lm 1:1, onde discuto as três deportações. De 588 e 586 A. C., o exército babiiônico desgastou as defesas da cidade de Jerusalém. O Egito fez uma tentativa inútil de ajudar Judá. A maior parte das cidades judaicas foi esmagada (ver Jr 34:6,Jr 34:7). Jerusalém, finalmente, ficou sozinha. Os ataques contínuos minaram cs alicerces da sociedade. Mães famintas comeram os próprios filhos (ver Lm 2:20 e Lm 4:10). Ironicamente, a idolatria entre os judeus continuou a florescer, enquanto a população, desesperada, clamava ao panteão de deuses em busca de livramento. A 18 de julho de 586 A. C., o cerco da cidade chegou a um fim abrupto. As muralhas foram rompidas e o exército babiiônico entrou na cidade (II Reis 25:2-4). Zedequias e alguns poucos elementos pertencentes à elite da sociedade judaica tentaram fugir, mas foram capturados. Os príncipes foram mortos e os filhos de Zedequias foram executados, enquanto ele foi forçado a contemplar a cena. Em seguida, ele foi cegado e posto na prisão pelo resto de sua vida. Ver II Reis 25:4-7 e Jer. 52:7-11. Jerusalém transformou-se em completa ruina, o templo foi saqueado, os vasos sagrados foram levados para a Babilônia, e o que podia queimar foi incendiado. Jer. 52 fornece-nos um sumário desses acontecimentos terríveis.

    Três resultados dessa destruição foram registrados aqui, neste primeiro versículo do livro de Lamentações: 1. Jerusalém ficou quase inteiramente desabitada, 2. A economia foi arruinada. Conforme Ex 22:22; Dt 10:18; 24.19-21; Dt 26:13; Dt 27:19 e Is 1:17. Jerusalém, reduzida à condição de órfã ou viúva, ficou desolada e desesperada. 3. Não restou nenhuma estrutura social. A rainha (a cidade de Jerusalém) tornou-se escrava. A Babilônia era a senhora e impôs taxas a toda a vida e a toda a manifestação de vida dos poucos sobreviventes.

    “O quadro inicial faz-nos lembrar da bem conhecida representação de Judaea capta, uma mulher sentada debaixo de uma palmeira, que aparece nas moedas de metal romanas que foram cunhadas depois da destruição de Jerusalém. O poema de 22 versículos (capitulo Lm 1:1) está dividido em duas porções simétricas (1. vss. 1-11; 2. vss. 12-22)" (Ellicott, in loc.).

    Como jaz solitária. Essa é a postura dos que lamentam pelos mortos. Ver Lm 2:10 e Esd, Ed 9:3. Um sinal da aproximação ou do desenvolvimento de problemas mentais é exatamente esse. A pessoa começa a sentar-se no chão, e não em uma cadeira ou banco. Essa é a postura de uma mente desolada e perturbada.

    Lm 1:2

    Chora e chora de noite. A viuva, ali sentada em sua tristeza, chorou a noite inteira; as lágrimas desciam pelas bochechas; todos os seus amantes (deuses falsos e ex-aliados) a tinham abandonado; seus amigos haviam fugido; ela não contava com simpatizantes nem com consoladores; ela tinha sido atrai-çoada, pois suas alianças com estrangeiros fracassaram; ex-amigos e aliados agora eram inimigos. Os amantes e amigos eram aqueles “estados que tinham apoiado Jerusalém em sua revolta contra a Babilônia” (ver Jr 27:3; 37.5-8). Visto que Jerusalém foi personificada como uma mulher, aquelas nações estrangeiras foram personificadas como amantes libertinos, volúveis e passageiros (conforme o vs. Lm 1:19)” (Theophile J. Meek, in loc.). O termo amante traz à nossa mente o fato de que eia abandonou a Yahweh e voitou-se para a idolatria, cometendo adultério espiritual. Portanto, o crime de Judá foi idolatria-adultério-apostasia. O paganismo no qual ela se envolveu promoveu a prostituição sagrada, o que explica a figura da amante. “Os amantes eram nações como o Egito (ver Jr 2:36), Moabe e outras, com as quais Judá estivera em aliança, mas que agora se voltaram contra ela (conforme Sl 137:7; Eze. 25:3-6 e Jr 40:14, como exemplos da hostilidade dessas nações. Ver especialmente Lm 4:21)” (Ellicott, in loc.). Também estão em vista os ído/os“que ela amava mas que agora não a consolavam (ver Jer. 2:20-25)" (Fausset, in loc.). Alguns de seus anteriores aliados agora se juntaram traiçoeiramente a seus inimigos, contra ela (ver 2Rs 24:2,2Rs 24:7).

    Lm 1:3

    Judá foi levada a exílio. Os poucos sobreviventes judeus foram levados para a Babilônia. Houve três deportações distintas, conforme comento emJr 52:28). Judá foi submetida a trabalhos forçados naquela terra estrangeira, e os judeus não mais tiveram descanso no corpo e na alma. Mas esse foi um processo de purificação. Haveria um retorno a Jerusalém, permitido pelo decreto de Ciro, o poder medo-persa que substituiu a Babilônia. Haveria um novo dia de vitória e labor proveitoso, em favor de Yahweh e de suas instituições, uma vez que a idolatria de Judá tivesse sido expurgada. Conforme este versiculo com Dt 28:65 e ver no gráfico acompanhante os muitos paralelos que o livro de Lamentações tem com o livro de Deuteronòmio. Os cativos estavam sob cerco, mesmo quando já derrotados e em cativeiro. Seus perseguidores continuaram a desfechar ataques.

    ... a apanharam nas suas angústias. “Tendo-a caçado como os homens caçam animais ferozes e levam-nos para lugares estreitos, os babilônios a capturaram" (John Gill, in loc.). “A imagem de roubadores que no Oriente interceptam os viajantes nas passagens estreitas das áreas montanhosas” (Fausset, in loc.).

    Lm 1:4

    Os caminhos de Sião estão de luto. A personificação do país e da cidade foi agora transferida para as estradas e portas de Sião, como se fossem seres vivos. As estradas que conduziam a Sião estavam em lamentação. Houve ocasião em que peregrinos tinham vindo às festas em Jerusalém, um grande santuário religioso durante séculos. Mas agora as coisas estavam tranqüilas. Nenhum homem queria chegar perto do lugar. As portas da cidade foram demolidas e não admitiam a entrada de peregrinos. O dia glorioso havia terminado. Os poucos sacerdotes que não tinham sido mortos ou deportados sentavam-se na cidade, gemendo. Não havia culto para ser celebrado. A idolatria de Judá tinha desqualificado a casta sacerdotal. O próprio templo tinha sido transformado em um montão de ruínas, incendiado e agora jazia desolado (vs. Lm 1:10; ver também Jr 50:28 ; Jr 51:11). Antes as virgens acompanhavam as festividades, provendo cânticos e danças para alegrar a atmosfera. Ver Ex 15:20; Sl 68:25; Jr 31:13. As virgens, como uma classe, tinham sido deportadas e agora povoavam os haréns dos ricos e poderosos da Babilônia. Nada restara que as encorajasse a cantar e dançar. O regozijo tinha morrido. Aquelas jovens mulheres tinham sido “arrastadas" (Revised Standard Version), algo terrível de ser contemplado.

    Lm 1:5

    Os seus adversários triunfam. Os inimigos de Judá tornaram-se seus senhores. Muitos sobreviventes judeus tornaram-se escravos e foram submetidos a trabalho árduo. As mulheres seletas tornaram-se escravas do sexo; as outras foram obrigados a trabalhar arduamente nas casas das damas da Babilônia. Tudo isso aconteceu porque Yahweh estava vingando-se da idola-tria-adultério-apostasia de Judá. A Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário) estava fazendo sua cobrança. Havia muitos pecados para punir, e muita corrupção precisava ser removida do povo. É Yahweh quem controla as atividades dos homens, e é Ele quem intervém com Sua providência negativa e com Sua providência positiva. Ver no Dicionário o artigo chamado Providência de Deus. O teismo bíblico (ver o artigo a respeito) ensina que o Criador continua presente em Sua criação, intervindo, recompensando e castigando. O deísmo, em contraste, ensina que a força criadora (pessoal ou impessoal) abandonou sua criação ao cuidado das leis naturais. Entrementes, a Babilônia estava voando alto às expensas da miséria das nações que ela havia destruído. A especialidade da Babilônia era o genocídio. O poder medo-persa, entretanto, tinha em reserva um dia de prestação de conta para a Babilônia. Conforme este versículo com Dt 28:13,Dt 28:44. Quanto aos muitos paralelos entre o livro de Deuteronômio e o livro de Lamentações, ver o gráfico acompanhante.

    Lm 1:6

    Da filha de Sião já se passou todo o seu esplendor. A filha de Sião (ver sobre esse titulo no Dicionário) aponta para a cidade de Jerusalém. Cf. Lm 2:1,Lm 2:2. Era um comum costume antigo personificar países e cidades como se fossem mulheres. Ver também Lm 2:4,Lm 2:8,Lm 2:10,Lm 2:13,Lm 2:18 e Lm 4:22. Algumas vezes, essa personificação se dá como “filha de Sião” e, outras, como “filha de Jerusalém". Essa mulher sofreu um estupro tanto figurado quanto literal. Ver no Dicionário o verbete intitulado Sião. Essa palavra nos faz lembrar do aspecto espiritual de Jerusalém, que era o local do templo e seu culto a Yahweh. Alguns judeus pensavam que Jerusalém era invencível por causa de seu templo e seu culto (ver Jer. 7:2-15; 26.2-11), mas a apostasia a deixara vulnerável. Ver Jr 50:28; Jr 51:11. Uma vingança especial finalmente ocorrería contra aquela nação (a Babilônia), que ousara arrasar a cidade e o templo de Yahweh.

    A Metáfora do Animal Feroz. Os poucos líderes judeus que tinham sobrevivido aos ataques dos babilônios eram como animais que fugiam do caçador. Eles não tinham lugar para parar, comer ou beber. Estavam exaustos e atemorizados. Esta parte do versículo provavelmente é uma referência à fuga de Zedequias, na companhia de alguns elementos da elite judaica (ver 2Rs 25:5; Jr 39:5). Os perseguidores não permitiram que eles chegassem muito longe. Zedequias foi forçado a contemplar a execução dos próprios filhos. Ato continuo, ele foi cegado e lançado na prisão pelo resto de seus dias. Os príncipes judeus foram executados em Ribla (ver Jr 52:10,Jr 52:11).

    Lm 1:7

    Agora nos dias da sua aflição e do seu desterro. “Como se o trauma físico não bastasse, a angústia mental também assediava os habitantes de Jerusalém. O povo dessa cidade lembrava todos os tesouros que lhe pertenciam, nos dias antigos. Seu presente estado de ruína e ridículo contrastava fortemente com sua glória anterior — e Jerusalém se consolava ao lembrar o que antes lhe pertencera. Tendo caído nas mãos de seus inimigos (vss. Lm 1:2,Lm 1:3 e 5,6), ela se tornou motivo de risos” (Charles H. Dyer, in loc.). “Ela estava sofrendo e sem pátria. Relembrava todas as coisas preciosas que possuía no passado. Lembrava como o seu povo tinha sido derrotado pelo inimigo. Não havia quem a ajudasse. Quando seus inimigos a viam, eles se riam de vê-la arruinada” (NCV).

    Fizeram escárnio da sua queda. Outra tradução diz “fizeram escárnio de seus sábados”. Se essa tradução está certa, então devemos lembrar que as nações pagãs se riam do povo de Israel por guardar o sábado, o sinal do pacto mosaico (comentado na introdução a Êxo. 19). Alguns estudiosos supõem que a razão pela qual o cativeiro babilõnico durou 70 anos fosse que, durante 490 anos 1srael negligenciou a guarda do sábado da terra, que ocorria a cada sete anos. Portanto, divida-se 490 por 7, e o resultado será de 70 sábados anuais negligenciados. Os pagãos, pois, zombavam de Judá, na Babilônia, enquanto descontavam 70 anos sabáticos. A versão siriaca diz “ruina” em vez de “sábados”, e alguns supõem que assim dizia o texto original dos manuscritos hebraicos, antes do aparecimento do texto massorético. Ver no Dicionário o artigo Massora (Massorah); Texto Massorético.

    Algumas vezes, as versões (mormente a Septuaginta) preservam um texto mais antigo do que o do texto massorético, o texto hebraico padronizado. Os Papiros do Mar Morto (que representam um texto hebraico mais antigo do que o texto massorético) confirmam esse fenômeno. Parece que 5% do texto massorético estão defeituosos, e suas deficiências algumas vezes podem ser corrigidas mediante a comparação das versões. Devemos lembrar que essa porcentagem foi traduzida de manuscritos hebraicos. De fato, é digno de nota que os manuscritos existentes da Septuaginta são cerca de 500 anos mais antigos que os manuscritos hebraicos sobre os quais estão estribados os manuscritos pertencentes ao texto massorético. Os manuscritos hebraicos dos Papiros do Mar Morto algumas vezes dão apoio à Septuaginta, e não aos textos hebraicos padronizados. Ocasionalmente, dão apoio à Vulgata, ao siríaco e a outras versões contra o texto massorético, quando esses manuscritos não contam com o apoio da Septuaginta. Algumas vezes, as versões, de modo geral, concordam contra o texto massorético. Portanto, esse texto não pode ser equiparado ao original hebraico. Mas os intérpretes preguiçosos com frequência fazem essa equação.

    Lm 1:8

    Jerusalém pecou gravemente. Jerusalém, a cidade prostituta, teve sua nudez revelada perante os olhos do mundo inteiro e caiu em desgraça total. Seus amantes a abandonaram (vs. Lm 1:2). Os severos julgamentos de Yahweh revelaram o que ela realmente era: uma mulher idólatra-adúltera-apóstata. A adúltera, pois, fazia seus olhos voltar-se para longe dos olhares que a rodeavam, vendo-a sofrer as agonias de seu castigo. Estando poluída por seus pecados, ela tinha sido rejeitada da congregação de Deus como se fosse uma coisa imunda. Ver no Dicionário o artigo chamado Limpo e Imundo. O Targum refere-se correta e especificamente aqui à idolatria como o pecado cardeal de Jerusalém. O hebraico diz, literalmente, “pecou um pecado”, que é uma construção gramatical enfática. A mulher adúltera virou a cabeça para outro lado e afastou-se, envergonhada. Cf. Is 42:17.

    Lm 1:9

    A sua imundícia está nas suas saias. “O quadro da polução é levado ao mais nojento extremo. A própria saia da mulher estava contaminada" (Ellicott, in loc.), visto que ela estava poluindo as próprias roupas. A mulher estava tão imunda que contaminava as próprias vestes! A corrupção dela chegava até os pés, a extremidade inferior de sua saia. "... a terra estava contaminada peia pecaminosidade dela, até suas fronteiras mais longínquas" (Adam Clarke, in loc.). “A alusão é a uma mulher menstruada... cujo sangue desce saia abaixo” (John Gill, in loc.). Nada existe de extremadamente pudico na Bíblia! O Targum afirma que o sangue da mulher não fora limpo porque ela não se tinha arrependido.

    O estado de imundícia dela atraiu cães babilônios que vieram lamber-lhe o sangue, ou seja, reduzi-la a nada pelo assassinato e pelo saque. E não houve consolador. Nenhum aliado saiu em seu socorro, mas a deixaram exposta à violência. Ela clamou para que Yahweh observasse sua deplorável situação e a ajudasse, mas Ele ignorou aqueles apelos. Ela não pensou na condenação que atinge tais pessoas, pelo que nada fez para evitar a calamidade.

    Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta...

    (Ap 2:5)

    Lm 1:10

    Estendeu o adversário a sua mão. O inimigo não parou diante do saque ordinário. Ele estendeu a mão contra as “coisas preciosas”, isto é, contra os tesouros e vasos do templo, que eram sagrados para as tradições hebréias. O santuário foi invadido, saqueado, arrebentado, e o que podia queimar foi incendiado (ver Jr 52:13). O povo tinha confiado tolamente do templo de Jerusalém como proteção, como se a sua presença os tornasse invencíveis. Ver Jer. 7:2-15; 26.2-11. O templo não era nenhum talismã gigantesco nem um encanto de boa sorte. Mostrou ser extremamente vulnerável à violação da parte de estrangeiros, uma vez que Judá tinha apostatado. Pedras em nada protegiam o povo. A desobediência atraiu a destruição. A iei de Moisés não permitia que estrangeiros (não-convertidos) tivessem acesso ao templo (ver Deu. 23:1-3), mas a violação da lei quebrou o poder dessa proibição. Israel tinha sido feita nação distintiva, separada das nações, mediante a possessão e prática da lei mosaica (ver Deu. 4:4-8), mas quando, por causa da idolatria, perdeu sua distinção, também atraiu severo julgamento divino.

    Ver 2Cr 36:10,2Cr 36:19 quanto à preciosidade do templo e de seus vasos. A profanação arruinou a preciosidade da fé, primeiramente a deles, e depois a dos babilônios pagãos.

    Lm 1:11

    Todo o seu povo anda gemendo. A terrível tríade da guerra, a saber, espada, fome e pestilência, tomou conta de Jerusalém. Essa combinação é comum no livro de Jeremias. Quanto a alguns poucos exemplos, ver Jr 5:12; Jr 14:12; Jr 16:4; Jr 32:24 ; Jr 42:17. O potencial agrícola foi destruído, juntamente com a maior parte dos agricultores. As pessoas andavam à cata do pão, a fim de escapar da fome e da morte. Os que tinham alguma possessão depois do temível saque efetuado pelo exército babilõnico agora davam essas possessões em troca de alimentos. Algumas mulheres chegaram a comer os próprios filhos (ver Lm 2:20; Lm 4:10). Desprezada pelos homens e por Deus, Jerusalém foi deixada a sofrer sua horrível sorte. Conforme Jr 37:21; Jr 38:9; 2Rs 6:25. Ver também Lm 1:1; Lm 2:20 ; Lm 4:10.

    Tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.

    (2:4)


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    *

    1.1-22 A cidade escolhida de Sião, antes exaltada, agora estava humilhada.

    * 1:1

    Como jaz solitária. Este primeiro versículo mostra qual o tema da lamentação: a perda da grandeza por parte de Jerusalém. A cidade, antes favorecida, agora estava desolada, devido ao saque efetuado pelos babilônios (Is 1:21-26).

    como viúva. A viuvez e a solidão (Jr 15:17) são quadros típicos do abandono.

    sujeita a trabalhos forçados. A servidão é contra o verdadeiro desígnio de Deus para Israel. Os israelitas tinham-se tornado uma nação quando Deus os libertou da escravidão no Egito, para que o pudessem servir (Dt 6:20-25; Jr 2:14; Dt 15:12-18). As bênçãos de quem vivia na Terra Prometida e trabalhava de conformidade com a Lei, foram substituídas pela punição no exílio e nos trabalhos forçados (Dt 28:47-50), porquanto o povo com freqüência tinha quebrado a aliança que eles haviam aceitado ao deixar o Egito (Êx 24:7,8).

    * 1:2

    todos os que a amavam. Expressão com freqüência usada ironicamente para os vizinhos idólatras de Judá, com os quais essa nação voluntariamente se ligou (Jr 3:1).

    não tem quem a console. Ver também os vs. 7,9,16. Isso deve ser comparado com o consolo prometido em Is 40:1. Aqui não há limitações para os efeitos das devastações provocadas pelos babilônios.

    * 1:3 Quanto à queda de Judá, ver 2Rs 24:20—25.30; Jr 39:45-52.

    foi levado a exílio. Essa era a humilhação máxima do povo em aliança com Deus (Dt 28:63-68).

    não acha descanso. A aliança divina havia prometido descanso em relação aos inimigos (Dt 12:9; 2Sm 7:1; conforme Dt 28:65).

    * 1:4

    A vida regular de adoração, no antigo povo de Israel, foi retratada aqui.

    Os caminhos de Sião. Pessoas que viviam distantes percorriam esses caminhos na sua peregrinação para o templo (Sl 84:5).

    à reunião solene. As principais reuniões anuais para a adoração eram as Festas da Páscoa, do Pentecoste e da colheita (Êx 23:14-17; Lv 23:4-44). Jerusalém ficava então apinhada de gente, e os sacerdotes presidiam sobre as vibrantes celebrações.

    as suas virgens estão tristes. Esse é um sinal de derrota; contrastar com Jr 31:13.

    * 1:5

    os seus inimigos prosperam. Ver outros queixumes em Jr 12:1; Sl 73. Aqui o queixume aparece juntamente com uma confissão de pecados. Conforme os profetas tinham predito, a infidelidade de Judá levou a nação à ruína.

    * 1:6

    Da filha de Sião. Essa frase personifica Jerusalém (Jr 6:2); contudo, talvez também aluda às mulheres da cidade, que sentiam a angústia da mesma de forma mais aguda.

    * 1:7

    lembra-se Jerusalém. Uma vez mais, o amargo presente contrasta com um tempo anterior, mais feliz, possivelmente os tempos de Davi e Salomão.

    * 1:8

    Jerusalém pecou. Aqui é desenvolvida a idéia do pecado como a causa do exílio, primeiramente mediante o uso de figuras de linguagem de impureza ritual.

    se tornou repugnante. Essa palavra provavelmente refere-se à menstruação (Lv 15:19-33). A conseqüência do pecado de Judá foi semelhante, se não mais severa: ser excluída da adoração a Deus, e, talvez, também a humilhação pública (conforme Jr 13:22,26).

    * 1:9

    A sua imundícia. Essas palavras intensificam a figura de linguagem de imundícia ritual.

    Vê, SENHOR. Sião foi personificada pela primeira vez, introduzindo um elemento de apelo dirigido ao Senhor, uma parte normal da forma de lamentação (Introdução: Características e Temas).

    * 1:10

    no seu santuário. O templo deveria atrair as nações à adoração ao Deus de Israel (1Rs 8:41-43), mas agora invasores o deixaram contaminado.

    * 1:11

    Todo o seu povo... forças. O quadro de desolação torna-se vívido, ficando entendido que havia escassez de alimentos.

    * 1:12

    a todos vós que passais... se há dor igual à minha. Os sofredores imaginavam que seus sofrimentos eram sem precedentes. No entanto, ninguém parecia ter compaixão deles.

    no dia do furor da sua ira. Essa expressão é uma lúgubre confirmação da profecia de Amós de que no dia do Senhor a sua ira seria contra o seu próprio povo (Am 5:18).

    * 1:13

    enviou fogo. Sião reconhecia que o próprio Senhor havia afligido o seu povo (13 19:88-18'>Sl 88:13-18).

    * 1:15

    O Senhor dispersou. O Senhor, anteriormente um guerreiro em defesa de Israel (Dt 9:1-3), agora fez voltar o seu poder contra o seu próprio povo.

    * 1.16

    afastou de mim o consolador. Não havia quem ajudasse Judá, ninguém para consolar a nação — um tema dominante nestes versículos (2, 7, 9 e 17).

    * 1:17

    Jacó. Um nome histórico para Israel, derivado do nome de seu antepassado (Gn 32:38).

    os seus vizinhos se tornem seus inimigos. A presença de Judá como algo imundo entre as nações falsifica seu papel originalmente planejado de testemunha da santidade de Deus (Êx 19:5,6).

    * 1:18

    Justo é o SENHOR. Sião justifica a punição aplicada pelo Senhor ao reconhecer o seu pecado. No entanto, o pensamento muda de novo, rapidamente, para a sua escravidão.

    * 1:19

    os meus amigos. Falham na hora da necessidade.

    * 1:21

    os meus inimigos. Sião apelou para o Senhor por causa da satisfação demoníaca dos inimigos. Seus insultos eram profundamente ofensivos para a posição de Judá como povo em comunhão com Deus segundo a aliança — e, por conseguinte, para o próprio Deus.

    o dia. O dia do Senhor tornava-se agora um dia de terror para os inimigos de Sião. O lamento de Sião segue o padrão profético, em que os inimigos que administram o castigo divino finalmente chegam a sofrer eles mesmos (Jr 25:15-38).

    * 1:22

    Venha... minhas prevaricações. Finalmente, Sião assevera que seus inimigos merecem condenação tanto quanto ela mesma.

    os meus gemidos. A petição para Deus punir, entretanto, não diminui as profundas angústias de Sião.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1:1 Este é o cântico de dor do Jeremías pela destruição de Jerusalém. A nação do Judá ficou derrotada totalmente, o templo destruído e os cativos levados a Babilônia. As lágrimas do Jeremías eram pelo sofrimento e a humilhação do povo, mas impregnaram ainda mais fundo em seu coração. Chorou porque Deus rechaçou ao povo como rebelde. Cada ano se lia este libero em voz alta para que os judeus recordassem que sua grande cidade caiu devido a seu pecaminosidad obstinada.

    1:2 O termo amantes se refere a nações tais como o Egito, a qual Judá constantemente pediu ajuda. Quando os babilonios cercaram Jerusalém, a nação do Judá se separou de Deus e em seu lugar procurou a ajuda e amparo de outras nações.

    1:9 A advertência era forte e clara: Se Judá jogar com fogo, o povo se queimará. Jerusalém se arriscou bobamente e perdeu, negando-se a acreditar que a vida imoral trazia consigo o castigo de Deus. A conseqüência final do pecado é o castigo (Rm 6:23). Podemos decidir passar por cima as advertências de Deus, mas tão seguro como o julgamento de Deus veio sobre Jerusalém, assim virá sobre quem o desafia. Escuta você a Palavra de Deus? Obedece-a? A obediência é um sinal seguro de seu amor pelo.

    1:14 Ao princípio, o pecado parece nos dar liberdade. Mas a liberdade para fazer algo que queiramos pouco a pouco se converte em um desejo de fazê-lo tudo. Logo nos voltamos escravos do pecado e ficamos atados a seu jugo. A liberdade da escravidão do pecado procede sozinho de Deus. O nos libera, não para fazer algo que queiramos, a não ser para fazer o que Sabe é melhor para nós. Tão estranho como posso parecer, a verdadeira liberdade surge por obedecer a Deus: seguir sua direção para assim receber o melhor do.

    1:16 Deus é o Consolador, mas devido aos pecados do Israel, teve que apartar-se e converter-se em seu Juiz.

    1:19 Os amantes de Jerusalém não puderam vir em sua ajuda porque, ao igual a Jerusalém, não procuraram deus. Mesmo que pareciam fortes, realmente eram fracos porque Deus não estava com eles. A ajuda confiável unicamente vem de um cujo poder provenha de Deus. Quando procurar um bom conselho, recorra a cristãos que obtêm sua sabedoria do Deus que todo sabe.

    1:22 Babilônia, mesmo que pecadora, foi o instrumento que Deus usou para castigar ao Judá e a Jerusalém, seu capital. O povo de Jerusalém clamou a Deus para que castigasse à malvada Babilônia da mesma maneira em que os castigou a eles ("faz com eles como fez comigo"). Deus o faria, já que tinha ditado sentença de julgamento sobre Babilônia (veja-se Jr 50:1-27).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22

    I. a cidade devastada (Lm 1:1 , lamentando sua condição triste e impotente); no segundo movimento da cidade fala por si mesma (vv.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1:1-7 O livro de Lamentações consiste em cinco poesias que seguem o padrão dos hinos fúnebres hebraicos. Cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico, cada uma na sua ordem certa. Assim, há 22 versículos em cada capítulo, a não ser o cap. 3 que tem 66 versículos, empregando três vezes em seguida cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico. O quinto capítulo conserva o mesmo número de versículos, só que neste caso a ordem não é alfabética. Este livro foi lido cada ano pelos judeus, para comemorar a ocasião na qual o templo foi queimado, e além disto lia-se toda semana no "Lugar da Lamentação dos Judeus” em Jerusalém, que fica perto da área do templo. Desde, o ano de 1948, os árabes vedaram este lugar aos judeus. Em 1967, na guerra de, seis dias, Israel conquistou a velha cidade de Jerusalém.

    1.1 O livro de Lamentações chora a captura; a destruição e a devastação da cidade de Jerusalém pelos exércitos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, no ano 587 a.C. Tanto o Rei Zedequias como seus filhos, seus, homens de confiança, o sumo sacerdote, e os líderes da cidade foram levados para o cativeiro, depois os filhos do rei foram mortos, a cidade foi queimada juntamente com o templo; todos os objetos de valor foram levados embora, a muralha da cidade foi destruída, milhares de cativos foram levados, de maneira que a única coisa que restava na cidade e na terra ao redor era uma diminuta população dos mais pobres ignorantes Veja Jr 52:0.

    1.2 Que a amavam. As nações que haviam feito amizade com os judeus por intermédio de tratados e alianças. Infelizmente, Jerusalém depositou mais confiança nestas do que no seu Deus.

    1.4 Caminhos... de luto. As estradas que sobem até ao templo em Jerusalém que antes estavam povoadas com alegres adoradores, que vinham de cada parte da nação e do mundo inteiro. Portas. Eram lugares muito movimentados, onde pessoas se encontravam.

    1.8 Nudez. Nos dois testamentos, esta palavra se emprega como símbolo da destruição total. O pecado causou ao povo de Deus a perda da bênção e da proteção do Senhor, transformando-o em uma nação como outra qualquer.

    1.9 Suas saias. Claramente visível ao público, era sua vergonha, em conseqüência da sua idolatria, sua falta de misericórdia e sua conduta degenerada (Jr 13:20-24).

    1.10 Mais estimadas. Os móveis e os utensílios para as ofertas sacrificiais no templo (Jr

    52:17-20). Nações no seu santuário. As hostes dos invasores que penetraram no Santo dos Santos, oferecendo evidência nítida que a glória do Senhor tinha se apartado, acentuando assim a humilhação de Israel. Proibiste. Estes estrangeiros eram imundos no sentido moral, legal e cerimonial, e nenhum objeto ou pessoa podia entrar no santuário num estado de imundície (Dt 23:1-5). O que causou surpresa aos israelit.as foi que Deus nada fez para proteger seu santuário. Cristo abriu ,o caminho de acesso à presença de Deus para os gentios (Jo 14:6).

    1.11 Desprezível. Perante os olhos das nações, que antes tinham tido a Israel em alto respeito, quando ela gozava bênçãos divinas.

    1.13 Meus ossos. Isto é, a estrutura básica da sua existência como uma cidade. Em Jr 52:13 se lê que o inimigo queimou o templo, o palácio real e todos os edifícios importantes.

    1.14 Jugo. Jr 27:2; Jr 28:10-24).

    1.16 Choro. Dia e noite, segundo Jr 14:17 e 13.48. Desfazem em águas. O verbo é um particípio que mostra que há uma corrente ininterrupta de lágrimas.

    1.17 Estende Sião as mãos. Um gesto de súplica (Sl 28:2; Sl 63:4; Is 65:2). Neste caso, o rogo não foi atendido.

    1.20 Alma. A palavra, empregada, aqui, na língua original quer dizer entranhas; veja Jr 4:1). Tal julgamento espera aqueles que demoliram Jerusalém (Jr 50:51).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    I. PRIMEIRO LAMENTO (1:1-22)


    1) A desgraça presente: (a) Perspectiva de um espectador (1:1-11)
    v. 1. Gomo (’êkãh)\ o gênero do poema fica imediatamente evidente com base no uso desse termo. Ele é empregado com freqüên-cia na literatura profética de lamento (conforme Is 1:21; Jr 48:17). V. Introdução. Em seguida, vem uma sucessão cuidadosamente ordenada de imagens designadas a destacar o contraste entre a miséria presente de Jerusalém e a sua glória anterior. Essa é uma característica típica da literatura de lamento do Oriente Médio em geral. Com base na natureza vívida e detalhada da descrição, concorda-se em geral que o poeta foi testemunha ocular dos eventos. A destruição que ocasionou esse relato comovente é sem dúvida o que foi provocado pelos babilônios em 587 a.C. Não há razão válida alguma para ver no cap. 1 qualquer referência ao ataque anterior de 597 a.C. (contra Wood). O narrador nos v. 1-11 é um espectador, possivelmente

    da aflição”. Parece melhor atribuir-lhe o sentido mais comum “de, a partir de”, e considerar todo o versículo como referência a eventos do passado de Judá, como faz a NVI em português. Judá finalmente sofreu o seu castigo final do exílio do seu solo sagrado, embora a sua história de desobediência a Javé tenha significado que sua existência foi com freqüência de aflição e trabalhos forçados, mesmo que como nação independente tenha vivido entre as nações. O “descanso” na terra era um sinal claro do favor de Deus em relação a seu povo, e não atingir esse descanso implicava o seu desfavor (conforme He 4:8

    10). v. 4. Privados do acesso à sua cidade santa, os peregrinos já não enchem as suas estradas para as festas fixas. O tempo verbal mudou do passado do versículo anterior. Os particípios (no original hebraico, com a idéia do presente contínuo) agora indicam a natureza contínua do lamento e da desolação sentidos pelos habitantes da cidade, especialmente aqueles que antes se envolviam tão intensamente nas alegres festas, suas moças se entristecem: o hebraico retrata as moças “lamentando” (nügôt) a alegria que se foi. v. 5. Não é difícil encontrar a razão dessa inversão assustadora da sorte de Sião. O Senhor lhe trouxe tristeza por causa dos seus muitos pecados-. pecados é a tradução do heb. pesaç, “rebelião” que, embora seja um termo usado originariamente em política internacional, veio a significar a desobediência aos termos da aliança com Javé. Daí as conseqüências esboçadas nesse versículo — Seus adversários são os seus chefes e Seus filhos foram levados ao exílio — são castigos impostos por violação da aliança no Pentateuco (Dt 28:14; Lv 26). Esse tema vai ser desenvolvido de forma intensa nos poemas que seguem, v. 6. A melhor ilustração da perda da glória da cidade são as condições deploráveis da sua nobreza. Antes eles eram os líderes de uma nação próspera, agora se tornaram como animais assustados, fracos demais e tão amedrontados diante dos seus perseguidores que nem conseguem parar para encontrar pasto. v. 7. desnorteio: o termo no TM é merudãh, “ausência de lar”. A melhor forma de traduzir então seria: “nos seus dias de aflição e ausência de lar”, e tem a intenção de contrastar as atuais condições lastimáveis de Jerusalém (conforme os mesmos termos usados em Is 58:7) com os seus tesouros dos tempos passados. Uma perspectiva rígida demais da estrutura poética forçou alguns comentaristas a suprimir uma ou outra das quatro linhas desse versículo para fazê-lo se encaixar no esquema de três linhas dos outros versículos desse capítulo, v. 8. A tradução impura é produzida por meio da emenda de niddãh, palavra que é melhor traduzida por “objeto de escárnio”. E interessante a tradução da CNBB: “ela tornou-se refugo”. O pecado de Sião não só a afetou politicamente, mas agora também as suas prerrogativas religiosas se perderam, sua nudez-, o termo tem a intenção de retratar a sua baixa reputação, até mesmo a sua vida frouxa, e por consequência a sua idolatria, em que cometeu graves pecados, v. 9. Esse mal traiçoeiro a corrompeu e causou uma ruína inesperada. O grito de Sião funciona como uma citação para refletir a surpresa da cidade com a sua queda. Observe que enquanto os v. 5-7 refletem a sua angústia política e os v. 9ss, a sua tragédia religiosa, as interjeições por parte de Sião nos v. 9 e 11 refletem a natureza da sua preocupação. v. 10. Até o seu templo {santuário), que era o símbolo da presença de Javé e do privilégio de Israel, foi desonrado pela entrada de estrangeiros proibidos, v. 11. A glória antiga de Jerusalém, tanto secular quanto sagrada, está esquecida na sua preocupação pela simples sobrevivência.


    2) A desgraça presente: (b) A avaliação de Sião (1:12-22)

    v. 12. Após a destruição, a cidade teve tempo para avaliar a situação e determinar suas causas. A verdadeira origem dos problemas é descoberto: isso é o que o Senhor trouxe sobre mim no dia em que se acendeu a sua ira. As palavras iniciais desse versículo são lit.: “não a vós”, dando origem à expressão improvável na NVI: Vocês não se comovem...? O apelo aos espectadores desinteressados para que façam uma avaliação solidária ocorre também em 21:9; Lm 2:15; conforme Mt 27:39. v. 13-15. O verdadeiro horror da situação começou a ficar claro para Jerusalém, não só porque tudo em que se orgulhava se foi, e ela é tratada como um animal cativo, mas a causa agora está mais do que evidente: Os meus pecados foram amarrados num jugo (v. 14). Acerca da convocação de uma assembléia como ocasião para esse tipo de julgamento, conforme lRs 21.9ss. v. 16,17. A impotência total de Sião é agora destacada pela própria cidade e pelo comentário do autor, que representa um tipo de ponto crítico no desenvolvimento da apreciação de Jerusalém de que a partir de agora O Senhor éjusto (v. 18). A partir desse ponto, cada elemento da sua destruição desastrosa é visto à luz grave da sua rebelião contra Javé (v. 18-20). Não há apelo por restauração ou graça no cap. 1; isso só vai ser desenvolvido gradualmente depois de as consequências horrendas completas do pecado de Sião terem sido reveladas. O único apelo que Sião se sente capaz de fazer em termos de justiça é para que o castigo seja repartido com os seus inimigos que agiram de forma tão cruel para com ela (v. 21,22). v. 20. morte-, é melhor traduzir por “praga”, outra tradução possível do heb. mãwet (conforme Jr 15:2; Jr 18:21).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 11

    INTRODUÇÃO

    Os cinco capítulos de Lamentações são cinco lindas e solenes elegias, ou lamentações, expressando a angústia do povo judeu à vista da total ruína de sua cidade, seu Templo e sua população, quando da conquista da Babilônia em 586 A. C.

    Título. O título deste livro no hebraico é a primeira palavra dos capítulos Lm 1:1, Lm 2:1 e 4 – 'êkâ, literalmente, Oh, como! ou Ai de mim! Na versão grega do Velho Testamento, a Septuaginta (LXX), o Livro das Lamentações está associado com a profecia de Jeremias, como em nossa Bíblia Portuguesa. Na Bíblia Hebraica foi colocado entre os livros que forma a terceira divisão das obras sagradas. Nosso Senhor falou deste arranjo triplo, chamando-o de "a lei, os profetas e os salmos" (Lc 24:44).

    O título grego para estes poemas na LXX é threnoi, o plural de threnos, "uma lamentação". Este título vem do verbo grego threomai, "chorar em voz alta, ou lamentar". O termo hebraico para lamentação é qinâ, e a métrica peculiar dos poemas deste livro chamava-se métrica qinôt. É o equivalente hebraico do termo "métrica elegíaca". Assim, no Talmude Babilônico o livro aparece com o título de Qinôt – "Lamentações". O título deste livro na Bíblia Latina é Liber Threnorum, "O Livro das Lamentações". Em português "trenódia" significa "canto plangente" ou "Lamentação".

    Forma e Estilo Literários. O livro consiste de cinco lindos poemas, um em cada capítulo. Os quatro primeiros são lamentações, mas o quinto é mais uma oração. Os quatro primeiros são alfabéticos (acrósticos) no arranjo, cada um contendo vinte e duas estrofes (exceto o capitulo 3, onde cada estrofe está dividida em três versículos), e cada estrofe começa com uma letra do alfabeto hebraico. O quinto capítulo também tem vinte e duas estrofes, mas falta-lhe o arranjo alfabético. (Compare Com o arranjo alfabético das seções do Sl 119:1.) No capítulo primeiro de Lamentações os versículos seguem uma ordem estabelecida do alfabeto hebraico, mas nos capítulos Lm 2:1 e 4 as posições das letras ayin e pe estão trocadas. Não encontramos nenhuma explicação satisfatória para esta transposição.

    Nos capítulos Lm 1:1 e 2 cada estrofe tem três partes, mas só a primeira começa com a letra apropriada do alfabeto. No capítulo 3 cada estrofe tem três membros, cada qual começando com a mesma letra do alfabeto. Uma vez que cada parte é numerada separadamente na Bíblia

    Portuguesa, temos sessenta e seis versículos para o terceiro capítulo. O capítulo 4 tem estrofes de duas partes cada, mas aqui novamente só a primeira parte começa com a devida letra hebraica. Nos quatro primeiros capítulos usou-se a métrica elegíaca, na qual o segundo dos dois elementos paralelos (versos na poesia portuguesa) é um pouquinho mais curto que o primeiro. Isto dá, geralmente, uma linha de quatro tônicas equilibrada com outra de três. No capítulo 5 foi usada a métrica hebraica norma, com quatro tônicas em cada linha, ou a metade do paralelismo.

    Trenódias nessa "métrica claudicante" eram usadas, nos tempos bíblicos, pelas carpideiras nas lamentações fúnebres dos velórios. E por isso os hinos com essa cadência plangente e melancólica parecia ser o modo apropriado de chorar a destruição da amada Jerusalém, agora em um montão de ruínas. Talvez isto ajudasse a explicar por que esses hinos nacionais emanavam um patos tão requintado e foram construídos com arte tão intencional. A forma poética elegíaca hebréia adapta-se admiravelmente à expressão do infortúnio nacional. Nesses hinos patrióticos ouvimos os gemidos mortais da Sião abatida.

    Quanto ao estilo, existe muito paralelismo nesses poemas, muita repetição, antíteses e apóstrofes e trocadilhos com palavras e frases.

    Imagens mentais vivas palpitam através de toda a obra. O leitor, assim, é levado a ver o sofrimento e a sentir a dor da Sião despojada e chorosa.

    Autoria. Embora o livro não mencione O nome do autor, 2Cr 35:25 liga definidamente Jeremias com a literatura das 1anlentações. Nosso Livro de Lamentações não compreende as lamentações de Jeremias sobre a morte do bom rei Josias, como alguns têm sugerido. Mas há pontos definidos de semelhança entre as Lamentações e as seções poéticas da profecia de Jeremias. E desde a antiguidade o livro tem sido atribuído a Jeremias. A LXX contém a seguinte observação como título do primeiro versículo do primeiro capítulo de Lamentações: "E aconteceu que, depois que Israel foi levada para o cativeiro e Jerusalém se encontrava devastada, Jeremias assentouse chorando e lamentando esta lamentação por causa de Jerusalém, e disse . . . " Então segue-se o primeiro versículo do primeiro capítulo. Alguns mestres acham que o caráter hebraico desta sentença indica que estas palavras vêm de um original hebraico que se perdeu.

    Deve-se notar que a mesma sensibilidade para com a tristeza nacional encontra-se tanto nas Lamentações como na profecia de Jeremias. Ambas as obras atribuem as calamidades nacionais às mesmas causas - pecado nacional e falsa confiança do povo em aliados fracos e traiçoeiros, além da culpa dos seus falsos profetas e sacerdotes relaxados. Imagens semelhantes se encontram em ambas as obras. A frase característica, "filha de", aparece cerca de vinte vezes em cada livro. A lamentação do profeta, seus temores que o levam a pedir a ajuda de Deus, o Justo Juiz e a sua expectativa de que finalmente os inimigos de Jerusalém serão castigados – tudo se evidencia de maneira destacadamente manifesta em ambos os livros. Essas similaridades de expressão defendem a identidade do autor. Embora um grupo de destacados mestres rejeitem a idéia de que Jeremias seja o autor destes poemas, muitos outros igualmente importantes estão fortemente a favor de Jeremias como autor.

    A vivacidade da descrição argumenta a favor de uma autoria muito perto da queda de Jerusalém por alguém que viveu a terrível catástrofe e que escreveu enquanto o seu coração ainda estava dolorido e em cuja mente cada detalhe horripilante ainda se encontrava fresco. Este fato também aponta para Jeremias como o mais provável autor.

    A ocasião em que tal livro foi escrito é com toda a certeza a destruição da cidade de Jerusalém em 586 A.C., e por isso a data da obra não poderia ter sido muitos meses depois.

    Importância e Uso Religioso. O Livro das Lamentações representam o grito de morte de Jerusalém, apresentada como uma princesa viúva e desonrada. É interessante lembrar que em seguida à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d. C. , no arco do triunfo construído em memória da conquista dos romanos, o general Tito representou Judá como uma mulher desgrenhada e chorando, assentada no chão, de luto. Lembramo-nos também que as filhas de Jerusalém quiseram cantar uma lamentação semelhante para Jesus quando de sua morte (Lc 23:27-31). Certas porções das Lamentações têm sido interpretadas aplicando-se à paixão de Cristo. Na verdade, o uso destes cânticos nacionais indica que o povo judeu aceitava uma interpretação religiosa da destruição de sua cidade. Os judeus incluíram esta obra entre os Cinco Rolos a serem lidos em importantes dias comemorativos. O dia estabelecido para a leitura das Lamentações é o nono dia de Ab, que comemora a queima do Templo. Mas sempre o versículo 21 do capítulo 5 é repetido depois do versículo 22, de modo que a leitura possa terminar com uma nota mais positiva.

    Entre os católicos romanos o tempo estabelecido para a leitura das Lamentações é o dos três últimos dias da Semana Santa. Os cristãos protestantes, lamentamos dizer, têm negligenciado muito a leitura destes poemas solenes. Mas, nestes dias de crises (e desastres) pessoais, nacionais e internacionais, a mensagem deste livro é um desafio ao arrependimento dos pecados pessoais, nacionais e internacionais e à entrega renovada de nossas vidas ao amor imutável de Deus. Embora este amor esteja sempre presente e seja expansivo, o Deus justo e santo deve certamente julgar os pecadores não arrependidos.

    COMENTÁRIO

    Lamentações 1

    I. A Arruinada Cidade de Sião. Lm 1:1-22.

    A. A Condição Miserável de Jerusalém Devastada. Lm 1:1-11.

    Como jaz solitária a cidade. Veja introdução, parágrafo 2.


    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 4 até o 6

    4-6. Da filha, de Sião já se passou todo o seu esplendor (v. Lm 1:6). A descrição que o poeta faz é viva. Suas vias de acesso estão abandonadas, suas festas não têm convivas, seus portões (lugares de reunião) estão desertos, seus sacerdotes estão em angústia, suas virgens foram arrastadas para longe, e ela mesma sofre amargamente. O juízo divino pelos seus pecados concedeu aos seus inimigos o domínio para forçarem seus filhos ao exílio. Seus príncipes, como animais sem pasto, absolutamente não conseguem escapar ao perseguidor. (Os filhos de Zedequias foram capturados e mortos à vista do pai, cujos olhos foram depois arrancados; Jr 39:4-7).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 1 do versículo 1 até o 7
    I. PRIMEIRA ODE Lm 1:1-25), tinham voltado as costas e tinham fugido.

    Dicionário

    Adversário

    adjetivo Que entra em combate com uma outra pessoa; antagonista: lutador adversário; ofereceu os parabéns ao adversário por sua vitória.
    Que é capaz de se opor; que é contrário a; opositor: um texto adversário do comunismo; refutou o adversário com conhecimento.
    Que disputa uma competição contra; concorrente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que é contrário a; rival.
    Etimologia (origem da palavra adversário). Do latim adversarius.a.um.

    rival, êmulo, antagonista, inimigo, competidor, concorrente. – Segundo Roq., “a palavra adversário compõese da preposição latina ad “junto”, e versus, particípio de verto “voltado”, “mudado”, pois o adversário é com efeito aquele que se voltou contra nós outros, ou seguindo diferente opinião ou partido, ou pugnando por interesses que nos prejudicam. – Ainda que o interesse e o amor-próprio sejam de ordinário as causas por que muitos se fizeram nossos adversários, todavia podem estes 114 Rocha Pombo ser amigos debaixo de outros respeitos, ou indiferentes, e ainda generosos e delicados: não assim o inimigo. Aquele pode favorecer-nos em tudo aquilo que não pertence à disputa, nem à contradição; este procura sempre fazer mal, que para isso é ele inimigo. Adversário não supõe ódio; inimigo, sim. – Por analogia chamamos sorte adversa a que nos é contrária, e sucesso adverso o que nos causa dano e conduz ao infortúnio; e daqui vêm as palavras adversidade, adversamente, e as antigas adversar e adversia. – Rival é palavra latina, rivalis, e indica uma oposição mais forte que a precedente. Não há propriamente rivalidade nas opiniões e ideias, mas sim nas doutrinas e partidos, nos interesses e inclinações, no talento, no mérito, nas riquezas, no luxo, no esplendor, e sobretudo nos empregos, honras, e graças; há muitos rivais em amor, e também se rivaliza em ações virtuosas, como na generosidade, no valor, no heroísmo; até nos animais se dá certa rivalidade. – Êmulo é também palavra latina, æmulus, e designa a pessoa que compete com outra em arte, ciência, em ações louváveis, ou que se propõe imitá-la e até excedê-la, valendo-se de meios honestos. Diferença-se, pois, muito de rival, sem se confundir com adversário. Êmulo denota competição honesta, nobre, generosa, e não admite ódio nem inveja. O êmulo reconhece, e até proclama, o mérito dos competidores. Os êmulos correm a mesma carreira. Os rivais têm interesses opostos que se combatem. Dois êmulos caminham, vivem em harmonia; dois rivais acometem- -se. Pompeu e Cesar foram rivais; Cícero e Hortênsio foram êmulos. – Entre os antigos, a palavra grega antagonistes (antagonista em latim e nas línguas que deste se derivam) significava um inimigo armado e em ato de batalha; pois antagonistes compõe-se da proposição anti, “contra”, e agonixomai, “eu combato”; mas posteriormente foi limitando-se a combates mais nobres e menos sangrentos, como os literários, os de jogos e exercícios, e os partidos que não saem da linha da nobreza, galhardia, generosidade, e até heroísmo: é uma rivalidade mais distinta e elevada. Dizemos,
    v. g., que os Newtonianos são antagonistas dos Cartesianos em seus sistemas; os ingleses e os franceses em seus adiantamentos científicos e industriais; os soberanos em sua grandeza e esplendor; os amantes em obséquios a uma dama. Temos, pois, que todas as palavras anteriores, longe de excluírem as ideias de nobreza e urbanidade, as supõem. Só os homens de mérito têm adversários e êmulos: e as almas grandes, rivais e antagonistas. O vulgo não conhece mais que inimigos. A inimizade é de ordinário uma paixão, se nem sempre baixa, ao menos rancorosa, tenaz, repreensível sobretudo em seus excessos; supõe graves injúrias recebidas, se é bem fundada; faz com que receiemos o inimigo ainda depois de reconciliados com ele, porque costuma ser traidor. Tantos são os bens que da amizade resultam, quantos são os males que a inimizade produz; não há ação baixa, nem procedimento vil, a que ela não conduza. Esta palavra tem muita extensão em seus significados, pois abraça as pessoas, as ações e todas as coisas que nos podem desagradar, contrariar, ou fazer dano: somos inimigos de certos manjares, de certos prazeres, de certos costumes; somo-lo, umas vezes por nossa natural inclinação, por bons motivos e com razão, e também por prejuízos e caprichos. Estende-se a inimizade, em sua significação metafórica, “a todos os seres organizados e sensíveis, aos animais e às plantas”. – Competidor é “o que está contra nós na conquista de alguma coisa”. É mais do que simples concorrente, pois este apenas concorre conosco, isto é, “propõe-se a fazer ou conseguir aquilo que nós também nos julgamos capazes de alcançar”. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 115

    [...] significa o solo a trabalhar, esperando por nós [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

    O adversário, para o espírita, não é um inimigo, mas um irmão colocado, temporariamente, em posição de antagonismo, e com o qual, mais cedo ou mais tarde, tem o dever de reconciliar-se.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 12

    [...] em relação à vida na Terra, o começo é sempre o berço, mas, na verda A de, na ótica espírita, nascer é renascer, reencontrar antigos afetos. Alguém poderia objetar que se pode também encontrar antigos desafetos, renascendo entre os adversários do passado. Isso é verdadeiro, mas repetindo algo que André Luiz afirmou certa feita, diríamos que “o ódio é o amor que adoeceu”, então os desafetos são, na realidade, afetos que se contaminaram pela mágoa, ressentimento e outros sentimentos negativos. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Para encontrar o caminho•••

    O adversário é tudo o que nos afaste a energia do serviço real com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é justo considerar nossos adversários como instrutores. O inimigo vê junto de nós a sombra que o amigo não deseja ver e pode ajudar-nos a fazer mais luz no caminho que nos é próprio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4


    Adversário Inimigo (Sl 3:1); (1Co 16:9).

    Cativeiro

    substantivo masculino Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão.
    Lugar onde se está cativo, preso, principalmente em relação a alguém que foi sequestrado: polícia descobriu mais um cativeiro!
    Gaiola ou lugar completamente fechado usado para criar animais.
    Figurado Falta de liberdade moral, espiritual; domínio.
    Etimologia (origem da palavra cativeiro). De cativo + eiro.

    Escravidão

    Cativeiro
    1) Situação dos judeus quando foram derrotados e levados como prisioneiros para a Assíria ou para a Babilônia (Am 7:11)

    2) Lugar onde alguém fica como prisioneiro (Ap 13:10).

    Causa

    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Dominar

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Ter o domínio de algo; vencer: Atenas dominou Esparta; empresa que domina sobre outros mercados.
    Ter autoridade ou poder sobre algo ou sobre alguém; prevalecer: o time dominou o campeonato; os poderosos dominam sobre o povo.
    verbo transitivo direto Ter controle dos próprios sentimentos, impulsos, emoções; reprimir: dominar a vontade de comprar.
    Tornar algo ou alguém submisso por meio da força, da violência: lutador domina adversário com golpe baixo.
    Tomar conta de absolutamente tudo: a enchente dominou o bairro.
    verbo transitivo direto e intransitivo Exercer autoridade, poder, domínio em relação a outros povos ou nações, geralmente por meio do controle político, econômico, territorial etc.; subjugar, vencer: alguns países buscaram dominar povos ameríndios; o único propósito daquele país era dominar.
    verbo pronominal Controlar-se diante das próprias paixões, vontades; conter-se: dominava-se para que ninguém notasse sua dor.
    Etimologia (origem da palavra dominar). Do latim dominare.

    Entristecer

    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Magoar; ficar triste, aflito, magoado; causar sofrimento em: o vício do marido entristece-a; imaginou o divórcio e entristeceu; entristecia-se com a maldade alheia.
    Por Extensão Murchar; deixar de possuir vigor, frescor, viço: a falta de cuidado entristecia as plantas; com o calor entristeceu; não se entristece uma planta.
    verbo intransitivo e pronominal Figurado Nublar; ficar escuro; tornar-se nublado: o céu entristeceu; o céu se entristeceu.
    Etimologia (origem da palavra entristecer). En + triste + ecer.

    Frente

    substantivo feminino Lugar situado na parte dianteira de: os lugares da frente são melhores.
    A parte anterior de; que se opõe à traseira: a frente do carro.
    Frontaria; a parte dianteira, anterior de um edifício: pintava a frente da casa.
    Figurado Grupo de quem defende uma causa: frente contra o governo.
    Face; o rosto, a cara, a parte anterior do corpo de uma pessoa.
    Presença; o alcance da vista: a manifestação passou à nossa frente.
    [Militar] Linha de militares que avança, antes dos demais; local em que acontece os combates e conflitos.
    Meteorologia. Superfície que delimita a união entre duas massas de ar ou de temperaturas distintas: frente quente.
    Etimologia (origem da palavra frente). Do espanhol frente; do latim frons.frontis.

    Multidão

    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.

    Prosperar

    verbo intransitivo e pronominal Progredir; melhorar de condição; ocasionar o crescimento ou a melhoria em: o país prosperou no último ano; as vendas prosperaram-se.
    verbo transitivo direto e intransitivo Desenvolver-se; obter um resultado melhor: o estudo prospera o aluno; a padaria prosperava.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Enriquecer; melhorar financeiramente: o trabalho prospera o homem; o presidente prospera todo ano; o comerciante prosperava-se rapidamente.
    Etimologia (origem da palavra prosperar). Do latim prosperare.

    Prosperar Aumentar; progredir; enriquecer (1Cr 27:23).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Vau

    substantivo masculino Lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e por isso pode ser transposta a pé ou a cavalo.
    Baixio, parcel, banco.
    Figurado Comodidade, oportunidade.
    substantivo masculino plural Traves em que assenta a coberta do navio onde fica a artilharia ou por baixo dos castelos.
    Paus gradados na cabeça do mastro onde assentam as coroas e enxárcias.
    Paus cruzados nas gáveas.

    Trecho raso do rio ou do mar, ondese pode transitar a pé ou a cavalo. o principal vau do Jordão ficava perto de Jericó (Js 2:7Jz 3:28 – 2 Sm 19.15). Há, também, os vaus do rio Jaboque (Gn 32:22) e do rio Arnom (Nm 21:13is 16:2).

    Vau
    1) Trecho raso do rio, onde pode ser atravessado a pé ou a cavalo (Gn 32:22).


    2) V. ALFABETO HEBRAICO 6.


    Vão

    adjetivo Sem conteúdo; espaço vazio; vazio, oco.
    Desprovido de fundamento; que se opõe à realidade: sonho vão.
    Que não apresenta resultados; inútil: esperança vã.
    Sem relevância; que não tem valor concreto; inútil: promessas vãs.
    Que se vangloria de suas próprias ações; presunçoso: político vão.
    substantivo masculino Espaço sem conteúdo; vácuo: há um vão entre as estruturas.
    [Arquitetura] Fenda na parede que faz com que a claridade e o ar entrem; distância entre as bases que sustentam uma ponte.
    expressão Em vão. Inutilmente; de maneira inútil, sem propósito: seu esforço foi em vão.
    Etimologia (origem da palavra vão). Do latim vanus.a.um.

    baldado, inútil, improfícuo. – Têm de comum estes adjetivos a ideia, que exprimem, de – “sem proveito, sem resultado, sem sucesso”. – Vão significa muito expressivamente – “de todo impossível, de todo improfícuo”; e sugere uma ideia de desesperança ou desilusão. – Vãs tentativas; desejos, aspirações vãs; vãos esforços. – Baldado é de fato muito fácil, em grande número de casos, confundir-se com o precedente. Mas note-se que não seria próprio dizer, por exemplo –, baldado desejo; ou – baldado intuito; e que, no entanto, com toda propriedade diríamos – intento, trabalho, esforço baldado: isto nos põe claro que só é baldado o que não conseguimos apesar dos nossos esforços. Daí ainda: – sonhos vãos, e não – sonhos baldados; – vãos pensamentos, e não – baldados pensamentos. – Inútil é o que se fez sem utilidade, o que não tem préstimo para o que se quer. – Improfícuo dizemos do que se fez sem nada adiantar. Daí o poder a própria coisa inútil nem sempre ser improfícua sob um outro aspecto; e vice-versa. 480 Rocha Pombo

    Vão
    1) Inútil (Sl 60:11); (1Co 15:14)

    2) Em vão: sem respeito (Ex 20:7) ou inutilmente (Sl 39:6).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (sobre ela)
    Lamentações de Jeremias 1: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Os seus adversários têm sido feitos chefes (sobre ela), os seus inimigos prosperam; porque o SENHOR a afligiu, por causa da multidão das suas transgressões; os seus filhinhos foram para o cativeiro na frente do adversário.
    Lamentações de Jeremias 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    586 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H3013
    yâgâh
    יָגָה
    afligir, magoar, sofrer, causar mágoa
    (will you mistreat)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H341
    ʼôyêb
    אֹיֵב
    (Qal) inimigo
    (of their enemies)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H5768
    ʻôwlêl
    עֹולֵל
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H6862
    tsar
    צַר
    estreito, apertado
    (your enemies)
    Adjetivo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo
    H7230
    rôb
    רֹב
    multidão, abundância, grandeza
    (for multitude)
    Substantivo
    H7628
    shᵉbîy
    שְׁבִי
    cativeiro, cativos
    (of the captive)
    Substantivo
    H7951
    shâlâh
    שָׁלָה
    estar em repouso, prosperar, estar tranqüilo, ter sossego
    (do in safety)
    Verbo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    יָגָה


    (H3013)
    yâgâh (yaw-gaw')

    03013 יגה yagah

    uma raiz primitiva; DITAT - 839; v

    1. afligir, magoar, sofrer, causar mágoa
      1. (Nifal) magoado, aflito (particípio)
      2. (Piel) afligir
      3. (Hifil) causar desgosto, causar sofrimento

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֹיֵב


    (H341)
    ʼôyêb (o-yabe')

    0341 איב ’oyeb ou (forma completa) אויב ’owyeb

    particípio ativo de 340; DITAT - 78; subst

    1. (Qal) inimigo
      1. pessoal
      2. nacional

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    עֹולֵל


    (H5768)
    ʻôwlêl (o-lale')

    05768 עולל ̀owlel ou עלל ̀olal

    procedente de 5763; DITAT - 1579c; n m

    1. criança, menino

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    צַר


    (H6862)
    tsar (tsar)

    06862 צר tsar ou צר tsar

    procedente de 6887; DITAT - 1973a,1973b,1974a,1975a; adj.

    1. estreito, apertado
    2. dificuldades, aflição
    3. adversário, inimigo, opressor
    4. pedra dura, pederneira

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma

    רֹב


    (H7230)
    rôb (robe)

    07230 רב rob

    procedente de 7231; DITAT - 2099c; n. m.

    1. multidão, abundância, grandeza
      1. multidão
        1. abundância, abundantemente
        2. numeroso
      2. grandeza

    שְׁבִי


    (H7628)
    shᵉbîy (sheb-ee')

    07628 שבי sh ebiŷ

    procedente de 7618; DITAT - 2311a n. m.

    1. cativeiro, cativos
      1. cativeiro
      2. ato de capturar
      3. cativos n. f.
    2. cativa

    שָׁלָה


    (H7951)
    shâlâh (shaw-law')

    07951 שלה shalah ou שׂלו shalav (Jó 3:26)

    uma raiz primitiva; DITAT - 2392; v

    1. estar em repouso, prosperar, estar tranqüilo, ter sossego
      1. (Qal)
        1. estar ou ter tranqüilidade
        2. estar tranqüilo, prosperar