Enciclopédia de Ezequiel 12:14-14
Índice
Perícope
ez 12: 14
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | A todos os ventos espalharei todos os que, para o ajudarem, estão ao redor dele, e todas as suas tropas; desembainharei a espada após eles. |
ARC | E todos os que estiverem ao redor dele para seu socorro, e todas as suas tropas, espalharei a todos os ventos; e desembainharei a espada atrás deles. |
TB | A todos os ventos espalharei todos os que estão ao redor dele para o ajudarem, e bem assim todas as suas tropas; e desembainharei a espada após eles. |
HSB | וְכֹל֩ אֲשֶׁ֨ר סְבִיבֹתָ֥יו [עזרה] (עֶזְר֛וֹ) וְכָל־ אֲגַפָּ֖יו אֱזָרֶ֣ה לְכָל־ ר֑וּחַ וְחֶ֖רֶב אָרִ֥יק אַחֲרֵיהֶֽם׃ |
BKJ | E eu espalharei em direção a todo vento, todos os que estiverem perto dele para ajudá-lo, e a todas as suas tropas; e desembainharei a espada atrás deles. |
LTT | |
BJ2 | Todo o seu cortejo, a sua guarda e as suas tropas, espalhá-los-ei a todos os ventos e desembainharei atrás deles a espada. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 12:14
Referências Cruzadas
Levítico 26:33 | E vos espalharei entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. |
II Reis 25:4 | então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os |
Jeremias 42:16 | acontecerá, então, que a espada que vós temeis ali vos alcançará na terra do Egito, e a fome que vós receais estará convosco no Egito, e ali morrereis. |
Jeremias 42:22 | Agora, pois, sabei, por certo, que à espada, à fome e da peste morrereis no mesmo lugar onde desejastes entrar, para lá peregrinardes. |
Ezequiel 5:2 | A terça parte queimarás no fogo, no meio da cidade, quando se cumprirem os dias do cerco; então, tomarás outra terça parte e feri-la-ás com uma espada ao redor dela; e a outra terça parte espalharás ao vento; porque desembainharei a espada atrás deles. |
Ezequiel 5:10 | Portanto, os pais devorarão os seus filhos no meio de ti, e os filhos devorarão os seus pais; e executarei em ti juízos, espalharei todo o remanescente a todos os ventos. |
Ezequiel 14:17 | Ou, se eu trouxer a espada sobre a tal terra, e disser: Espada, passa pela terra: e eu arrancar dela homens e animais; |
Ezequiel 14:21 | Porque assim diz o Senhor Jeová: Quanto mais, se eu enviar os meus |
Ezequiel 17:21 | E todos os seus fugitivos, com todas as suas tropas, cairão à espada, e os que restarem serão espalhados em todas as direções; e sabereis que eu, o Senhor, o disse. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Ezequiel era um homem de muitas visões (Ez
Também há visões conectadas com o que Ezequiel vê nos capítulos
- conselho de Ezequiel e Jeremias. Isso é porque eles não vêem a gravidade do seu peca-do. Eles não aceitarão a proximidade de um julgamento tão terrível como a destruição total da cidade. Eles se rebelarão contra Nabucodonosor em 588 a.C. E isso de fato acon-teceu, no nono ano do reinado de Zedequias (II Reis
17: ; 24.20). Nabucodonosor mar-cha contra eles imediatamente e começa a sitiar a cidade. O cerco durou dois anos e meio. Ele teria terminado antes se o Egito não tivesse finalmente lançado seu exército contra Nabucodonosor. O rei babilônico retirou suas forças de Jerusalém por um tempo para atacar e derrotar o novo inimigo. Jerusalém tinha motivo para estar esperançosa. Mas isso foi por pouco tempo. Logo Nabucodonosor estava de volta diante dos seus portões e Jerusalém caiu em 596 a.C. Tudo isso Ezequiel vê e sabe que ocorrerá em breve; por-tanto, nos capítulos15-18 12: , ele profetiza contra a casa rebelde — uma frase encontra-da em 12:2-3, e em outras partes na profecia de Ezequiel (cf. Is19 6: ; Mt9-10 13: ).13-15
1. Mais Atos Simbólicos (Ez
Ezequiel não é como um outro profeta qualquer. Outros podem se contentar em anunciar a mensagem, mas Ezequiel deve freqüentemente interpretar ou representar sua profecia. Ele calculou que o povo rejeitaria o que dissesse, mas seria mais difícil esquecer suas profecias dramatizadas. Foi o que aconteceu. Eles desconsideraram sua mensagem proclamada, bem como a sua mensagem dramatizada. Mas, pelo menos a sua alma estava livre. Ele havia usado os recursos da boa pedagogia e psicologia ao dramati-zar o que iria acontecer, permitindo aos espectadores chegarem às suas próprias conclu-sões. Nos capítulos
a) Ezequiel dramatiza o exílio (12:1-16). O povo tem olhos para ver e não vê (2) -tendo rejeitado suas profecias dramatizadas nos capítulos
O povo curioso fez exatamente o que Deus sabia que iria fazer; os expectadores perguntaram a Ezequiel: Que fazes tu? (9). A carga ("esta advertência", NVI) aplica-se a toda a casa de Israel (10), mas principalmente ao príncipe de Jerusalém. Essa frase refere-se ao rei, a quem Ezequiel sempre chama de príncipe. Talvez o motivo seja porque Zedequias fora escolhido por Nabucodonosor, embora Ezequiel soubesse que o verdadeiro rei era o aprisionado Joaquim. O príncipe escapará, mas será capturado e não verá (v. 13) a Babilônia porque será cegado (cf. Ez
- A vida sob o cerco (12:17-20). Ezequiel em seguida dramatizou como seria a vida durante o cerco e o período do exílio. A parte central do versículo 19 foi traduzida da seguinte forma: "Eles comerão sua comida com ansiedade e beberão sua água desespera-dos" (NVI).
- Ezequiel contrapõe um ditado (12:21-28). Era costume em Israel dizer que o dia do julgamento de Deus estava distante (27) e que toda visão (22) dos profetas acaba não se materializando. Ao descuidado e cínico, Deus declara que o povo deixará de usar este ditado (23), porque o julgamento se cumprirá em breve (28). Adivinhação (24) é predi-zer o futuro ao ler os presságios ou a sorte. O aparente sucesso desse falso tipo de profe-cias logo chegará ao fim.
A casa rebelde de Israel não agia como um povo diferente ao descartar o dia da ira de Deus. Pecadores de todas as gerações têm sido propensos a cometer esse erro. É uma esperança fútil à qual um coração pecador tende a se agarrar.
Genebra
12.1-16 Temos aqui outro ato simbólico (4.1-3, nota); o profeta encena o exílio de seus compatriotas que estavam em Jerusalém.
* 12:2
casa rebelde. Ver 2:3-8; 3.9,26,27.
que tem olhos... tem ouvidos. Conforme Dt
* 12:4
à tarde. Essa fuga na escuridão seria tal como escavar a parede de uma casa (v.5). Ezequiel retratou o esforço abortado de Zedequias para escapar de Nabucodonosor (vs. 10,11; 2Rs
* 12:6
cobre o rosto. Encobrir o rosto era um gesto de vergonha ou de tristeza (24.17,22; Lv
* 12:13
minha rede. Deus é aqui descrito como um caçador ou passarinheiro (17.20; 32.3; Jó
* 12.17-20 Temos aqui outro ato simbólico (ver Introdução). O alimento e a água de Ezequiel presumivelmente são as porções que lhe foram determinadas em 4:9-11. A fraqueza física do profeta e seu tremor representavam a sorte dos habitantes de Jerusalém.
* 12.21—14.11
Estas passagens estão unidas pela preocupação diante das profecias falsas. O Antigo Testamento usa vários critérios para distinguir a profecia verdadeira da falsa. Esses critérios enfocam sobre o que dizia a mensagem, como ela foi recebida e quem a recebeu. (a) O critério mais importante para uma profecia verdadeira ou falsa é o cumprimento das palavras do profeta (Dt
* 12:27
ele profetiza de tempos que estão mui longe. O povo zombava dizendo que as profecias de Ezequiel não teriam cumprimento no período de vida deles. No Novo Testamento, uma atitude semelhante de incredulidade não altera a certeza da segunda vinda de Cristo (2Pe
Matthew Henry
Wesley
D. ORACLES RELATIVA DO APOSTASY Judá (
Russell Shedd
12:3-6 Não tendo, o povo, compreendido o significado das visões que o profeta contara (11.25), Ezequiel faz uma representação dramática do cativeiro, que o mais simplório não poderia deixar de entender. Essas "parábolas em palco" eram empregadas por muitos profetas, e apelavam diretamente para os corações dos orientais; o ministério de Ezequiel fundamentava-se, desde o princípio, nestas profecias comunicadas por meio dos seus gestos (4:1-5.4).
12.8 Veio a mim a palavra do Senhor. Se a maneira do ministério de Ezequiel é profecia representada como que em pleno palco, se a sua inspiração é a série de visões, não há dúvida de que o conteúdo do seu ministério é a palavra de Deus concedida pelo poder do Espírito do Senhor (11.5). Cinco mensagens neste capítulo começam com estas palavras, vv. 1, 8, 17, 21 e 26.
12.9 A casa de Israel. O nome dado aos remanescentes "da família de Jacó (que recebera o nome de Israel), que foram reduzidos a duas tribos, quando as tribos do norte foram dispersadas pela Assíria, e que ficavam na região de Jerusalém até serem levados para o cativeiro na Babilônia. Na história de Israel, houve uma época, durante a qual, a palavra "Israel" se referia à divisão do reino que ficara no norte, mas aqui a mesma volta para seu significado de "povo de Deus".
12.10 Príncipe. É Zedequias, rei dos remanescentes em Jerusalém (2Rs
12.13 Não a verá. Nabucodonosor mandou, mais tarde, vazar os olhos do rei antes deste chegar à Babilônia (2Rs
12.18 Mais uma parábola encenada; em 4.10 se menciona a falta de comida, e aqui vemos que este pouco se come em tremor e temor.
12.22 Prolongue-se o tempo. No conceito popular, uma profecia era apenas algum sonho sobre uma situação de um futuro remoto. Ainda não haviam aprendido que a Palavra de Deus não volta sem cumprir-se aquilo para que foi pronunciada segundo a vontade de Deus (Is
12.24 Adivinhação lisonjeira. É uma profecia feita sob encomenda, pela qual o falso profeta, por algum pagamento, "profetiza" alguma coisa que satisfaça o seu cliente. Balaão tinha sido o mais famoso desta linhagem maldita (Nu 22:1-4).
NVI F. F. Bruce
1) Dois atos simbólicos (12:1-20)
As ações simbólicas Dt
b) Comendo e bebendo com tremor (12:17-20). Esse outro ato simbólico tem afinidades com o Dt
2) Dois ditados populares são refutados (12:21-28)
a) O cumprimento nunca vem (12:21-25). O provérbio do v. 22 parece significar: “Os dias passam, mas essas profecias de condenação nunca se cumprem”. Jeremias, durante os 40 anos do seu ministério, passou por muita frustração, porque seus ouvintes se recusaram a crer que as advertências de desastre que ele anunciava algum dia se tornariam realidade, e os ouvintes de Ezequiel parecem infectados com a mesma ilusão. A palavra profética poderia até parecer poderosa no início, eles pensavam, mas se não se cumprisse imediatamente, sua força desaparecia. A resposta do profeta é que toda visão se cumprirá (v. 23), lit. “a palavra (i.e., o conteúdo) de toda visão”, sem demora-. Javé vai cumpri-la ainda durante a vida dos ouvintes (v. 25).
b) Ainda não vai acontecer (12:26-28). O segundo ditado popular admite que a visão profética se cumpra, mas num futuro distante. Essa ilusão é contestada, como a primeira, com a certeza de que o cumprimento virá sem demora.
Moody
INTRODUÇÃO
A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez
Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.
Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs
COMENTÁRIO
O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.
I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.
Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez
Ez
a) Símbolo do Exílio e Sua Exposição. Ez
D. A Necessidade Moral do Cativeiro. 12:1 - 19:14.
As mensagens anteriores de Ezequiel previam a queda da nação. Nesta seção (caps. 12-19), o profeta trata das objeções dos homens que achavam que a tempestade era passageira, que não viam a calamidade imiente, e que achavam que o Senhor jamais repudiaria o Seu povo. Por meio de atos simbólicos, alegorias e parábolas, Ezequiel demonstra a necessidade moral do cativeiro. Ele apresenta dois quadros simbólicos de fuga da cidade cercada (Ez
O assunto principal dos capítulos 1224 pode ser classificado em três categorias. I. Israel Infiel: a videira inútil (cap. Ez
Francis Davidson
a) Um quadro do exílio iminente (Ez
Casa rebelde, (2); isto é, os exilados entre os quais vivia o profeta; eram tão obtusos como os judeus de Jerusalém! O vers. 5 nos dá uma ilustração do desespero dos assediados e das ruínas de suas propriedades; ver 2Rs
A profecia por ações sobre as aperturas do cerco (17-20) é semelhante à de Ez
Dicionário
Atrás
advérbio Localizado na parte de trás; na parte posterior de: o carro tem um adesivo atrás.Que se segue; que vem depois; após: a polícia estava andando atrás.
De maneira anterior; antes de; anteriormente: havia falado atrás.
Num tempo já passado: anos atrás.
locução adverbial Atrás de. Buscando obter algo ou posto numa posição inferior: corria atrás da fama; seu carro está atrás do meu.
Etimologia (origem da palavra atrás). A + trás.
Desembainhar
Desembainhar Tirar da BAINHA (Ezdesembainhar (a-i),
v. tr. dir. 1. Tirar a bainha. 2. Descoser (a bainha da costura).
Espada
substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.
Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse
A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz
[...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3
Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm
Espalhar
verbo transitivo Segurar a palha de.Dispersar.
Estender em vários sentidos: espalhar o milho.
Figurado Divulgar, propagar: espalhar uma notícia.
Ampliar: a medida espalhou a revolta.
Espargir: o regador espalha a água.
Distribuir: espalhou benefícios.
verbo pronominal Generalizar-se: a tristeza espalhou-se.
Fam. Dissipar-se: espalharam-se as nuvens.
Distrair-se.
Brigar.
Redor
redor s. .M 1. Arrabalde. 2. Circuito, contorno (mais usado no plural). 3. Roda, volta.Socorro
substantivo masculino Auxílio; ajuda ou assistência que se oferece a alguém em caso de um problema, dificuldade ou doença: socorro financeiro; prestava socorro.Ajuda; o que se oferece para ajudar ou para socorrer outra pessoa.
[Militar] Reforço; auxílio enviado para ajudar tropas, com munições, armamento, maquinas de guerra etc.
interjeição Ajuda; utilizado para chamar a atenção de alguém em casos de emergência ou perigo: socorro! O incêndio está se alastrando.
Etimologia (origem da palavra socorro). Forma regressiva de socorrer.
substantivo masculino Auxílio; ajuda ou assistência que se oferece a alguém em caso de um problema, dificuldade ou doença: socorro financeiro; prestava socorro.
Ajuda; o que se oferece para ajudar ou para socorrer outra pessoa.
[Militar] Reforço; auxílio enviado para ajudar tropas, com munições, armamento, maquinas de guerra etc.
interjeição Ajuda; utilizado para chamar a atenção de alguém em casos de emergência ou perigo: socorro! O incêndio está se alastrando.
Etimologia (origem da palavra socorro). Forma regressiva de socorrer.
socorro (ô), s. .M 1. Ação ou efeito de socorrer. 2. Ajuda, auxílio; apoio, valimento; proteção, recurso, remédio. 3. Atendimento que se dá a uma pessoa acidentada. 4. Guincho. pl. socorros (ó).
Tropas
(francês troupe, bando)
1. [Militar] Conjunto dos militares de qualquer ramo das forças armadas.
2. [Militar] Exército.
3. [Militar] Vida ou serviço militar.
4. Grande número de pessoas juntas. = BANDO, MULTIDÃO
5. [Brasil] Caravana de bestas de carga ou manada de gado grosso.
6. [Informal] Soldado.
7. [Portugal, Informal] Amigo (ex.: eu e os meus tropas).
brincar com a tropa
[Informal]
O mesmo que mangar com a tropa.
mangar com a tropa
[Informal]
Gozar, troçar, zombar.
Ventos
(latim ventus, -i)
1.
Ar atmosférico que se desloca naturalmente, seguindo determinada
2. Movimento do ar assim deslocado.
3. Ar agitado, por qualquer meio (ex.: vento do ar condicionado).
4. Ar em geral.
5. Falha ou defeito em obra fundida, proveniente de algum ar, que entrou no metal durante a solidificação.
6. Gás contido no corpo do homem e dos animais. = FLATULÊNCIA, VENTOSIDADE
7. Figurado Influência favorável ou desfavorável (ex.: sentiu que maus ventos se aproximavam; foi levado por bons ventos). = SORTE
8. Vaidade, orgulho.
9. Faro.
10. Figurado Coisa rápida.
11. Coisa vã, inane.
12. [Portugal: Trás-os-Montes] Fendas de uma pedra.
13. [Brasil, Gíria] Dinheiro.
andar com todos os ventos
[Informal]
Ser inconstante, concordar com qualquer opinião.
aos quatro ventos
[Informal]
Muito alto ou em todas as
beber os ventos por
[Informal]
Gostar muito de ou estar disposto a tudo para servir alguém.
cheio de vento
[Informal]
Com muita vaidade, imodéstia ou presunção (ex.: ninguém gosta de pessoas cheias de vento).
com vento fresco
[Informal]
Sem dizer nada,
de vento em popa
Com vento favorável (ex.: navegar de vento em popa).
[Informal] De maneira próspera ou favorável (ex.: a loja vai de vento em popa).
vento encanado
[Informal, Regionalismo]
Movimento de ar num espaço geralmente fechado.
=
AR ENCANADO, CORRENTE DE AR
vento ponteiro
O que sopra do lado para onde se quer navegar.
Espécie de escrivaninha acharoada.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
אַגָּף
(H102)
provavelmente procedente de 5062 (com a idéia de estar prestes a acontecer); DITAT - 21a; n m
- tropas (de um exército), bando, exército, hordas
זָרָה
(H2219)
uma raiz primitiva [veja 2114]; DITAT - 579; v
- dispersar, ventilar, lançar fora, joeirar, dissipar, padejar, espalhar, ser dispersado, ser espalhado
- (Qal)
- espalhar
- ventilar, joeirar
- (Nifal) ser espalhado, ser dispersado
- (Piel)
- espalhar, dispersar (intensivo de Qal)
- joeirar, peneirar
- (Pual) ser espalhado, ser esparramado
חֶרֶב
(H2719)
procedente de 2717; DITAT - 732a; n f
- espada, faca
- espada
- faca
- ferramentas para cortar pedra
אַחַר
(H310)
procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst
- depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,
depois (referindo-se ao tempo)
- como um advérbio
- atrás (referindo-se a lugar)
- depois (referindo-se a tempo)
- como uma preposição
- atrás, depois (referindo-se a lugar)
- depois (referindo-se ao tempo)
- além de
- como uma conjunção
- depois disso
- como um substantivo
- parte posterior
- com outras preposições
- detrás
- do que segue
כֹּל
(H3605)
סָבִיב
(H5439)
procedente de 5437; DITAT - 1456b subst
- lugares ao redor, circunvizinhanças, cercanias adv
- ao redor, derredor, arredor prep
- no circuito, de todos os lados
עֵזֶר
(H5828)
procedente de 5826; DITAT - 1598a; n m
- ajuda, socorro
- ajuda, socorro
- aquele que ajuda
רוּחַ
(H7307)
procedente de 7306; DITAT - 2131a; n. f.
- vento, hálito, mente, espírito
- hálito
- vento
- dos céus
- pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado
- fôlego de ar
- ar, gás
- vão, coisa vazia
- espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
- espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor
- coragem
- temperamento, raiva
- impaciência, paciência
- espírito, disposição (como, por exemplo, de preocupação, amargura, descontentamento)
- disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável
- espírito profético
- espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animias)
- como dom, preservado por Deus, espírito de Deus, que parte na morte, ser desencarnado
- espírito (como sede da emoção)
- desejo
- pesar, preocupação
- espírito
- como sede ou órgão dos atos mentais
- raramente como sede da vontade
- como sede especialmente do caráter moral
- Espírito de Deus, a terceira pessoa do Deus triúno, o Espírito Santo, igual e coeterno com o Pai e o Filho
- que inspira o estado de profecia extático
- que impele o profeta a instruir ou admoestar
- que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo
- que capacita os homens com vários dons
- como energia vital
- manifestado na glória da sua habitação
- jamais referido como força despersonalizada
רוּק
(H7324)
uma raiz primitiva; DITAT - 2161; v.
- esvaziar, deixar vazio
- (Hifil)
- esvaziar, manter vazio ou faminto
- derramar, derramar para baixo
- esvaziar
- (Hofal) ser derramado
אֲשֶׁר
(H834)
um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184
- (part. relativa)
- o qual, a qual, os quais, as quais, quem
- aquilo que
- (conj)
- que (em orações objetivas)
- quando
- desde que
- como
- se (condicional)