Enciclopédia de Ezequiel 16:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 16: 20

Versão Versículo
ARA Demais, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que me geraste, os sacrificaste a elas, para serem consumidos. Acaso, é pequena a tua prostituição?
ARC Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que por mim geraras, e os sacrificaste a elas, para serem consumidos: acaso é pequena a tua prostituição?
TB Demais, tomaste teus filhos e tuas filhas, que me geraste, e lhos sacrificaste para serem devorados pelas chamas. Acaso, foram as tuas fornicações coisa de tão pouca monta,
HSB וַתִּקְחִ֞י אֶת־ בָּנַ֤יִךְ וְאֶת־ בְּנוֹתַ֙יִךְ֙ אֲשֶׁ֣ר יָלַ֣דְתְּ לִ֔י וַתִּזְבָּחִ֥ים לָהֶ֖ם לֶאֱכ֑וֹל הַמְעַ֖ט [מתזנתך] (מִתַּזְנוּתָֽיִךְ׃)
BKJ Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, aos quais tens gerado para mim, e estes, sacrificaste a elas, para serem devorados. Acaso tuas prostituições eram pouca coisa,
LTT Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que Me tinhas gerado, e os sacrificaste a elas (as imagens), para serem consumidos; porventura é pequena a tua prostituição?
BJ2 que tomaste os teus filhos e as tuas filhas que me tinhas dado à luz e os imolaste a elas, a fim de que os comessem. Seria isto menos grave do que as tuas prostituições?
VULG Et tulisti filios tuos et filias tuas quas generasti mihi, et immolasti eis ad devorandum. Numquid parva est fornicatio tua ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 16:20

Gênesis 17:7 E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
Êxodo 13:2 Santifica-me todo primogênito, o que abrir toda madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.
Êxodo 13:12 apartarás para o Senhor tudo o que abrir a madre e tudo o que abrir a madre do fruto dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor.
Deuteronômio 29:11 os vossos meninos, as vossas mulheres e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao tirador da tua água;
II Reis 16:3 Porque andou no caminho dos reis de Israel e até a seu filho fez passar pelo fogo, segundo as abominações dos gentios, que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel.
II Crônicas 33:6 Fez ele também passar os seus filhos pelo fogo no vale do Filho de Hinom, e usou de adivinhações, e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.
Salmos 106:37 Demais disto, sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios;
Isaías 57:5 que vos esquentais com os ídolos debaixo de toda árvore verde e sacrificais os filhos nos ribeiros, nas aberturas dos penhascos?
Jeremias 2:34 Até nas orlas das tuas vestes se achou o sangue da alma dos inocentes e necessitados; não cavei para o achar, pois se vê em todas estas coisas.
Jeremias 7:31 E edificaram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom, para queimarem a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração.
Jeremias 32:35 E edificaram os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.
Ezequiel 8:17 Então, me disse: Viste, filho do homem? Há coisa mais leviana para a casa de Judá do que essas abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Ezequiel 16:21 E mataste meus filhos e os entregaste a elas para os fazerem passar pelo fogo.
Ezequiel 20:26 e os contaminei em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para os assolar, para que soubessem que eu sou o Senhor.
Ezequiel 20:31 E, quando ofereceis os vossos dons e fazeis passar os vossos filhos pelo fogo, não é certo que estais contaminados com todos os vossos ídolos, até este dia? E vós me consultaríeis, ó casa de Israel? Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que vós me não consultareis.
Ezequiel 23:4 E os seus nomes eram: Oolá, a mais velha, e Oolibá, sua irmã; e foram minhas e tiveram filhos e filhas; e, quanto ao seu nome, Samaria é Oolá, e Jerusalém é Oolibá.
Ezequiel 23:37 Porque adulteraram, e sangue se acha nas suas mãos; com os seus ídolos adulteraram, e até os seus filhos, que de mim geraram, fizeram passar pelo fogo, para os consumirem.
Ezequiel 23:39 Porquanto, havendo sacrificado seus filhos aos seus ídolos, vinham ao meu santuário no mesmo dia para o profanarem; e eis que assim fizeram no meio da minha casa.
Miquéias 6:7 Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma?

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
6. A Esposa Infiel (Ez 16:1-63)

Esse capítulo consiste em uma alegoria detalhada de Jerusalém como filha rejeita-da (1-7) de quem o Senhor cuidou na infância e com quem se casou na sua juventude, mas que se torna uma esposa infiel. Teríamos dificuldades de ler partes desse capítulo em público. No entanto, ele pode servir como ilustração para o pecado da ingratidão e do amor contínuo de Deus por aqueles que o abandonam e vão atrás de outros amantes. A figura de Deus como Marido não era usada com freqüência naquela época, mas temos alguns exemplos dessa situação; e.g., em Oséias e em Cantares de Salomão, se forem interpretados de forma alegórica.
O profeta traça a história de Israel e explica por que o povo precisa ser julgado. Sua ascendência é mista (3) e, portanto, considerada de categoria inferior. Como era comum fora de Israel, especialmente no caso de bebês do sexo feminino, essa criança (o povo) foi levada ao campo, para ali morrer. Nem tampouco foste esfregada com sal refere-se a um costume, ainda praticado no Oriente, de esfregar o recém-nascido com sal, significando a dedicação a Deus. Mas o Senhor viu essa criança e teve compaixão dela. Quando ela se tornou uma bela donzela, Ele se casou com ela. Alcançaste gran-de formosura (7) significa: "alcançou a condição de mulher" (Moffatt). E te calcei com pele de texugo (10) provavelmente significa "colocou sapatos de couro em seus pés" (Basic Bible). Depois do seu casamento ela se tornou ainda mais gloriosa quanto à sua beleza e força — uma possível referência à glória de Israel durante os reinados de Davi e Salomão.

Mas pasmem! Depois de todo esse amor derramado sobre ela, e depois de crescer em beleza e status, ela abandonou Aquele que a havia resgatado como uma criança rejeitada. A natureza essencial do pecado, do "eu em lugar de Deus", é descrita nos versículos 14:15: Atua fama [...] era perfeita, por causa da minha glória [...] Mas confiaste na tua formosura. Ela se prostituiu (15), i.e., voltou-se para a idolatria e fez imagens das suas jóias, do ouro e da prata (17) que tinham sido dados a ela. Ela tornou-se ainda pior do que a prostituta profissional que vende o seu corpo para ga-nhar a vida (31). Israel não tinha motivo para adorar ídolos depois de toda revelação que havia recebido de Deus. A natureza da adoração falsa de Israel chegava a ponto de sacrificar os próprios filhos (20-21) e edificar altares pagãos em lugares altos (24-25, 31). Ela havia adotado das nações vizinhas toda adoração pagã pela qual se sentia atraída: dos filhos do Egito (26), dos filhos da Assíria (28) e dos cananeus (29). Mesmo os filisteus pagãos se envergonhariam do seu caminho depravado (27). Toda essa pecaminosidade se espalhou até a Caldéia (29), não se restringindo apenas à cidade de Jerusalém, que cairia em breve.

Por causa de todo esse dinheiro (36; "lascívia", ARA) derramado, Deus derramará sobre ela a fúria da sua ira santa (37-41). Essa figura para o castigo de Judá é o castigo imposto à esposa infiel em Israel. Visto que seus pecados eram maiores do que os de Sodoma, sua irmã (48), seu castigo será maior que o de Sodoma. Seus pecados eram mais graves que os de Sodoma, em parte porque foram cometidos apesar do grande amor que havia sido derramado sobre ela. A nota geográfica do versículo 46 tem em mente o leitor parado em Jerusalém com seu rosto voltado para a Babilônia que ficava ao leste de Jerusalém. Nessa posição, Samaria ficava ao norte à esquerda e Sodoma ficava ao sul à mão direita. Sodoma provavelmente ficava na adjacência do mar Morto. Acredita-se que hoje ela está encoberta pela água (veja mapa 1).

Mas Deus é um Deus de misericórdia. Ele é santo. Ele é justo e requer justiça do seu povo. No entanto, ele mostrará misericórdia quando Israel se envergonhar (61, "confun-dir") do seu grande pecado. Nessa época, ele restabelecerá seu concerto [...] e saberás que eu sou o SENHOR (62). O seu perdão será tão completo que, depois que Israel rece-ber esse perdão, nunca mais precisará abrir a sua boca para dizer qualquer coisa acerca da vergonha que sentia (63). Isso provavelmente significa que hoje, depois que uma pessoa recebe o perdão, ela não deveria contar em seu testemunho qualquer detalhe negativo ou vergonhoso dos pecados dos quais foi perdoada.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
*

16.1-63

Ezequiel conta a história de uma criança não desejada, o casamento dela e a sua infidelidade. Oséias usou o matrimônio como analogia do relacionamento segundo a aliança entre Deus e Israel (Os 1—3; ver também Ef 5:22-33; Ap 19:7; 21:2,9). O discurso de Ezequiel parece ter uma base judicial; ele declarou a acusação de Deus contra a nação, desde os seus primeiros dias até os tempos dessa profecia.

* 16:3

o teu nascimento. Originalmente, Jerusalém era uma cidade pagã; seus primeiros habitantes são descritos como amorreus, cananeus, jebuseus e heteus (v.45; Gn 10:15,16; Js 10:5; Jz 1:21; 19:10; 2Sm 5:6). Quanto a esse respeito, a cidade não era diferente dos patriarcas, que eram de origem pagã síria (Dt 26:5; Js 24:14).

* 16:5

foste lançada. As crianças não desejadas eram freqüentemente abandonadas e deixadas ao léu para morrerem. A menina recém-nascida que Ezequiel descreve foi abandonada antes mesmo de ter sido lavada.

* 16:7

cresceste. A criança não desejada cresceu até tornar-se uma donzela bonita. O início da puberdade aparece com o desenvolvimento de seus seios (conforme 23,3) e de seus cabelos; mais tarde, a menina atingiu a idade dos amores (v.8).

* 16:8

estendi sobre ti as abas do meu manto. Ver referência lateral. Cobrir uma mulher com o manto simbolizava o começo das relações conjugais (Rt 3:9). "Descobrir" essa relação é violá-la (Dt 22:30).

dei-te juramento. O relacionamento de aliança entre Deus e Israel fora selado com um juramento: "vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus" (36.28; Lv 26:12; Jr 11:4; 30:22; contrastar com Os 1:9). Quanto ao juramento divino, ver Gn 15:7-21; 26:3; Dt 1:8.

* 16.9-14

A enjeitada se tornara uma rainha. Ela recebera todos os cuidados que lhe tinham faltado ao nascer, e mais ainda. Sua vida, sua posição social, sua riqueza e sua beleza, todas se derivavam do dom gracioso daquele que a tinha escolhido.

* 16:17 Tudo quanto a enjeitada que se fizera rainha tinha recebido de seu amoroso marido e rei, agora, se transformara em lascívia e promiscuidade (conforme Dt 6:10-12). As ações dela demonstravam a irracionalidade do pecado: não havia razão sã para tal conduta.

* 16:20

os sacrificaste. Quanto à prática de sacrifício infantil em Israel e nos países circunvizinhos, ver v.36; 20.31; Gn 22:2,13; Lv 18:21; 20.2-5; Dt 12:31; 18:10; 2Rs 16:3; 17:17; 21:6; 23:10; Sl 106:37,38; Jr 32:35; Mq 6:7. Em Jerusalém, essas práticas estiveram associadas ao vale do Filho de Hinom, ao sul da cidade.

* 16:26

te prostituíste. A falha de Israel, por não obedecer a Deus, não era apenas uma questão de idolatria descarada. Alianças com potências estrangeiras também foram consideradas como prova de falta de confiança em Deus, em face de dificuldades políticas. Tais alianças eram uma violação da lealdade de Israel exclusivamente ao Senhor (conforme 23.7; 29.16; Is 7; 8; 30; 31; Jr 2:36,37; 22.20-22; Os 7:11-13). O autor dos livros de Crônicas enfatiza esse ponto de modo especial (2Cr 14:9-15; 16.1-9; 19:1,2; 20; 25.6-8,28).

* 16:37

ajuntarei todos... contra ti. Judá havia buscado a lealdade e o afeto de seus amantes; ao invés disso, porém, eles tornaram-se o instrumento de sua humilhação e castigo. Embora as nações tivessem sido usadas por Deus para castigar o seu povo, elas levariam a culpa dos pecados que também haviam cometido (cap. 25; Is 10:5,12; Zc 1:14,15); ver nota em 14.9.

descobrirei as tuas vergonhas. A degradação pública mediante a exposição da nudez de prostitutas e adúlteras também é mencionada em Jr 13:22,26; Os 2:10; Na 3.5.

* 16:38

Julgar-te-ei... as sanguinárias. Quanto à ira de um marido ciumento, ver Pv 6:34. As riquezas e as vestes da mulher lhe seriam tomadas, e ela seria deixada tão nua como quando a história começou. Ela seria coberta não com o sangue do parto (v.6), mas com o sangue de seus ferimentos. O adultério era uma ofensa capital, punido com o apedrejamento (Lv 20:10; Dt 22:21-24; conforme Jo 7:53-8.11).

* 16:41

Queimarão. Ver 23.47; conforme Jr 32:29; 34:22; 37:8; 38:18. Uma grande parte da cidade de Jerusalém foi incendiada pelo exército babilônico (Jr 39:8).

* 16:44

o que usa de provérbios. Ezequiel, por mais de uma vez, referiu-se a provérbios populares (12.21-28; 18).

* 16:45

hetéia... amorreu. É assumida aqui a depravação moral dos hititas e dos amorreus; conforme o v.3.

* 16:49

Sodoma. Os leitores da Bíblia geralmente pensam nos pecados de Sodoma como principalmente sexuais (Gn 19:5-9), mas Ezequiel acusou a cidade de materialista e de negligência quanto aos pobres e necessitados. Jesus fez uma comparação semelhante com Cafarnaum, em Mt 11:23,24. Os pecados de Jerusalém ultrapassaram os pecados de suas irmãs, as cidades próximas.

* 16:60

uma aliança eterna. Uma vez mais, Jerusalém terá a primazia sobre as suas irmãs, mas não à base da anterior relação de aliança entre Deus e a cidade. Haverá uma nova aliança, um novo relacionamento entre Deus e a cidade, no futuro. O próprio Deus fará expiação pelos pecados da cidade.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
16.1ss Esta mensagem recorda a Jerusalém a respeito de sua anterior condição de menosprezo entre as nações cananeas. Utilizando a linguagem figurada de uma menina pequena que cresce até converter-se em uma mulher amadurecida, Deus lhe recorda que a levantou de um nível muito baixo a uma grande glorifica como sua esposa. Entretanto, traiu a confiança que Deus tinha posto nela e se prostituyó entre as nações pagãs adotando seus costumes. Se o deixarmos a Deus fora para algo, até a educação, a família, a carreira ou o prazer, estamo-lo abandonando da mesma forma.

16:3 Canaán era o nome antigo do território tomado pelos filhos do Israel. A Bíblia freqüentemente utiliza este nomeie para referir-se a todas as nações pagãs e corruptas da região. Haja-os lhe Os e os amorreos, duas nações cananeas, eram conhecidas por sua maldade. Mas agora Deus diz a seu povo que não é melhor que os cananeos.

16:15 Deus se preocupou e amou ao Judá, solo para vê-lo ir-se em detrás de outras nações e seus deuses falsos. A nação tinha crescido à maturidade e se tinha voltado famosa, mas se esqueceu de quem lhe tinha dado a vida (16.22). Esta é uma ilustração de adultério espiritual (chamado apostasia: apartar do único Deus verdadeiro). Na medida em que você se volta sábio e mais amadurecido, não se além do Unico que realmente o ama.

16:20, 21 Os cananeos praticaram o sacrifício de meninos antes de que o Israel invadisse sua terra. Entretanto, estava estritamente proibido Por Deus (Lv 20:1-3). Em tempos do Ezequiel, não obstante, o povo estava sacrificando abertamente a seus próprios filhos (2Rs 16:3; 2Rs 21:6). Jeremías confirmou que esta era uma prática usual (Jr_7:31; Jr 32:35). devido a tais atos perversos entre o povo e o sacerdócio, o templo já não era um lugar no que Deus pudesse habitar. Quando Deus abandonou o templo, deixou de ser o guia e o protetor do Judá.

16:27 As ações dos judeus eram tão repugnantes que inclusive aqueles que adoravam a outros deuses, incluindo a seu grande inimigo, os filisteus, envergonhariam-se de comportar-se dessa maneira. Os judeus os superaram em suas maldades.

16.44-52 A cidade da Sodoma, um símbolo de corrupção total, foi completamente destruída Por Deus devido a sua maldade (Gn 19:24-25). Samaria, a capital do que tinha sido o reino do norte (Israel), foi desprezada e rechaçada pelos judeus do Judá. Que a chamassem irmã da Samaria e Sodoma já era o bastante mau, mas que a chamassem mais corrupta que Samaria significava que os pecados do Judá eram uma abominação inexprimível e que sua condenação era inevitável. Consideraram-na pior não porque seus pecados fossem piores, mas sim porque sabia melhor que ninguém o que não se devia fazer. Baixo essa perspectiva, nós que vivemos em uma era onde a mensagem de Deus é bem claro para nós por meio da Bíblia, seremos piores que Judá se continuarmos em pecado! (veja-se também Mt 11:20-24).

16:49 É muito fácil assinalar com o dedo a Sodoma, especialmente por seus terríveis pecados sexuais. Ezequiel recordou ao Judá, entretanto, que a Sodoma a destruíram por sua soberba, ociosidade, gulodice e por esquecer ao necessitado que estava a seu alcance. É fácil ser seletivo em quão pecados consideramos grosseiros. Se não cometermos esses pecados tão horríveis como adultério, homossexualidade, roubo ou assassinato, podemos pensar que vivemos com retidão. Não obstante, o que acontece pecados tais como soberba, ociosidade, gulodice e indiferença ante os necessitados? Possivelmente estes pecados não sejam tão estremecedores como os outros, mas também Deus os prohíbe.

16.59-63 Apesar de que o povo tinha quebrado suas promessas e não mereciam mais que castigo, Deus não quebrantaria as suas. Se o povo retornava ao, uma vez mais os perdoaria e renovaria seu pacto. Esta promessa se cumpriu quando Jesus pagou pelos pecados da humanidade com sua morte na cruz (Hb_10:8-10). Ninguém está longe do alcance do perdão de Deus. Embora não nos merecemos mais que castigo por nossos pecados, os braços de Deus seguem estendidos. Não romperá sua promessa de nos dar salvação e perdão se nos arrependermos e nos voltamos para O.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63

7. Parábola da Mulher Infiel (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
16.3 A tua origem. Tudo que restava de Israel na época era Judá, e de Judá só restava a cidade de Jerusalém, já com brechas e despovoada. Ora, aquela Jerusalém nada mais era do que uma cidade pagã, cananita, que o rei Davi conquistara e, se ainda tinha alguma glória, era a graça divina que lhe concedia.

16.8 As abas. Símbolo de aceitar em casamento (Rt 3:9).

16.10 De animais marinhos, o couro mais fino da época era o de focas.
16.13 Nutriste-te. Esta linguagem simbólica mostra que as riquezas da agricultura da Palestina provinham da graça de Deus para com Seu povo escolhido. Isto é importante, porque os nativos habitantes daquela terra eram pagãos que, como parte da técnica agrícola, celebravam ritos imorais para, segundo os princípios da magia e da feitiçaria, tornar a terra tão fértil como eram as sacerdotisas assim prostituídas.

16.15 Confiaste. A essência do paganismo consiste em não confiar em Deus, mas sim na capacidade humana, nos ritos e nas cerimônias por intermédio dos quais imagina-se que o homem vá controlar e dominar as forças sobrenaturais do universo. Se o ser humano tem alguma virtude da qual pode-se jactar, esta provém tão-somente da graça de Deus (Jc 1:17). Lascívia. Nossas qualidades e nossos bens pertencem-nos para melhor servirmos a Deus e aos homens; nossas emoções e nosso intelecto existem para entrarmos em contato com Deus. Se desviarmos esses dons da sua finalidade especifica, estaremos em piores condições do que a mais desprezada prostituta.

16.17 Que eu te dei. O ouro usado para fazer o bezerro no deserto foi concedido ao povo de Deus pela intervenção divina no meio dos egípcios (Êx 12:36). Compare Lc 15:12-14. 16.20 Teus filhos. Os filhos do povo de Israel eram consagrados a Deus, e pertenciam-lhe individualmente. Oferecê-los em sacrifício aos ídolos era o cúmulo da infidelidade religiosa.

16.26 Os filhos do Egito. Os profetas sempre consideravam as licenças políticas, para obter poder e segurança material, como uma infidelidade a Deus, que já mostrara claramente seu poder em livrar os israelitas da escravidão do Egito, ajudando-os a lançar sete nações poderosas fora do território de Canaã, que Deus lhes tinha reservado.

16 30 Meretriz descarada. A linguagem que, Ezequiel está usando parece ser forte e violenta. Mais fortes e violentas, porém, são as atitudes pecaminosas dos que deliberadamente se recusam a seguir no caminho que Deus preparou para cada ser humano que nasce no mundo (conforme Sl 84:5; Ef 2:10.

16.31 Prostíbulo. Os lugares ande se praticava a idolatria, que já é uma prostituição, e, ao mesmo tempo, prostituição física, que era parte do culto aos ídolos de Canaã.

16.33 Longe de receber bênçãos dos ídolos, e adorá-los por isso, o povo de Israel dava, em oferta aos ídolos, todos os seus bens, os quais obtiveram pela misericórdia de Deus.
16.37 A nação infiel se tornara um espetáculo de escárnio entre as nações do mundo.
16.39 Elevados altares. Até os melhores reis de Judá não conseguiram remover esses altares. A espada do inimigo seria o bisturi para extrair o câncer desse pecado nacional.

16.41 Muitas mulheres. A aplicação da alegoria é que Jerusalém, ao ser destruída pelos caldeus, teria de sofrer humilhação nas mãos de muitas nações vizinhas, como de fato aconteceu.

16.42 Extirpar o pecado é uma maneira de satisfazer a justiça de Deus, mas há outra alternativa: é a justificação graciosa do pecador, pelos merecimentos de Cristo; Ele é a satisfação das exigências da justiça Divina; quem aceita, pela fé, a salvação concedida por Cristo, tem a paz com Deus, e sente a plenitude do seu amor, aqui e por toda a eternidade.
16.43 Mocidade. Símbolo da época na qual Israel era uma nação recém-nascida, quando surgiu da escravidão no Egito (Dn 11:1).

16.45 Tua mãe. A mãe daquela nação foi a terras de Canaã. Os israelitas tinham líderes e profetas desde o tempo de Moisés, mas, mesmo assim, abraçaram a cultura e os costumes das nações pagãs, que precisavam ser expelidas da terra para poder se constituir uma nação santa. Hetéia... amorreu. Já que a nação israelita abraçara os costumes do paganismo; podia ser considerada fiel descendente das duas mais fortes nações das vizinhanças, e não herdeira da fé e da fidelidade de Abraão e de Sara.

16.46 Samaria. A capital das dez tribos do norte, que foram levadas ao cativeiro na Assíria, um século e meio antes, em 722 a.C. A nação se denominava Israel, durante os dois séculos da sua separação da tribo de Judá, mas, visto que a palavra Israel se refere aos descendentes de Jacó, Samaria passou a significar a nação do Norte desde o tempo da sua destruição, e do seu repovoamento com elementos pagãos importados da região da Assíria.

16 49 Nota-se que o pecado carnal pelo qual o nome de Sodoma se caracterizou nem se menciona aqui (Gn 19:1-11). É que a soberba, o materialismo, a falta de compaixão e de justiça social são pecados que automaticamente levam uma nação a pecados que são mais visivelmente ignominiosos.

16 52 Advogaste. Em termos de comparação humana, o homem menos ignorante, menos pecaminoso, merece o respeito dos demais. Nesse sentido, Jerusalém justifica as demais nações.
16.60 Aliança eterna. O povo de Israel aceitou várias alianças com Deus, baseadas na obediência humana, que é falha; a nova aliança se baseará nos méritos de Jesus Cristo, que são eternos (1Co 11:25; 2Co 3:142Co 3:14).

• N. Hom. 16.63 Quando se estabelecer a nova aliança, pela qual um membro de qualquer nação poderá aproximar-se de Deus (não, porém, pela aliança concedida aos judeus, v. 61), quando a sorte dos descendentes das várias nações arruinadas pelo julgamento divino se restaurar pela graça divina (53-55), só então é que haverá o verdadeiro arrependimento, o coração quebrantado do homem que sente que seu pecado custou o sacrifício do Filho de Deus, e que vê que o amor divino não negou o supremo sacrifício em prol do pecador indigno (Rm 5:8; Rm 8:32).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
V ALEGORIA E EVENTO (16.1—19.14)


1) A noiva infiel (16:1-63)
A delinqüência de Jerusalém é agora retratada em uma alegoria poderosa e, aliás, revoltante. A cidade é comparada a uma menina bebê exposta no nascimento sem o mínimo de atenção. Javé se compadeceu dela, adotou-a e a criou e, quando se tornou núbil, fez dela sua noiva, enfeitando-a com ornamentos e roupas de rainha. Mas, em vez de mostrar gratidão e fidelidade, ela se voltou para a prostituição e cometeu fornicação com estranhos — egípcios, assírios e caldeus — seduzindo-os e até mesmo subornando-os a se tornarem seus amantes (v. 1-34). Na vida real, uma mulher dessas não escaparia do castigo reservado para uma adúltera: exposição e apedrejamento públicos (v. 35-43a). As irmãs de Jerusalém, Samaria e Sodoma, tinham se comportado de forma vergonhosa e haviam sido castigadas por isso; mas, em comparação com a sua conduta ultrajante, a das irmãs parecia realmente inocente. Tanto mais certo e esmagador seria o seu castigo (v. 43b-52).
No entanto, para Jerusalém, como para Samaria e Sodoma, havia esperança de restauração final. Javé em sua graça lembraria da sua aliança com ela e iria restabelecê-la perpetuamente, embora ela tivesse violado o seu juramento a ele (v. 53-63).

A imagem da aliança de Javé com o seu povo em termos de laços de casamento aparece em Dn 2:4,Dn 2:5 e Jr 2:2 (conforme também Is 50:1Is 54:6,Is 54:7; Is 62:4,Is 62:5). O precedente de Oséias em particular parece ter influenciado Ezequiel: lá, como aqui, a apostasia e idolatria por parte do povo de Javé são estigmatizadas como fornicação e adultério (conforme Jr 2:20-24; Is 39:1-23). v. 30. descarada-, “imperiosa” (ARC, ACF) está mais próximo do sentido original (“mando-na”, talvez), v. 33. você dá presentes a todos os seus amantes-, na verdade, os “presentes” enviados aos aliados estrangeiros por meio dos tributos, mas na alegoria a prostituta é retratada como alguém que de forma absurda contrata os seus amantes, em vez de ser contratada por eles (v. 34).

v. 36. Assim diz o Soberano, o Senhor...: o castigo da esposa que se tornou prostituta é formulado de forma mais concisa em Dn 2:3; aqui ele é elaborado, e a cada aspecto da sua infidelidade corresponde um aspecto do castigo (acerca da morte por apedrejamento, conforme Dt 22:21).

v. 44. Tal mãe, tal filha: Jerusalém é uma filha digna daqueles antigos habitantes de Canaã a quem a terra “vomitou” por causa das suas abominações (Lv 18:25,28). v. 46. Sua irmã mais velha era Samaria [...] sua irmã mais nova [...] era Sodoma: a conduta de Samaria, embora suficientemente culpável para que sofresse o desastre, era menos culpável do que a conduta de Jerusalém (conforme 23.4,11; Jr 3:6-24). Parece estranho tratar Sodoma como irmã de Jerusalém e Samaria, mas ela compartilhava os mesmos ancestrais cana-neus, sendo “mais nova” no sentido de “menor”. Acerca de uma comparação favorável de Sodoma com cidades de Israel, conforme Mt 10:15,Mt 11:24. v. 47. Você não apenas andou...: com uma formulação superior, a NEB traduz assim: “Você não se comportou da mesma forma que elas, cometendo as mesmas abominações?” v. 51. Samaria não cometeu a metade dos pecados que você cometeu: conforme a representação alegórica de Samaria e Jerusalém como Oolá e Oolibá em 23:1-49.

v. 53. eu restaurarei a sorte [...] e a sua sorte junto com elas: até mesmo para Jerusalém haveria restauração, assim como para Samaria e Sodoma, quando a vergonha diante do seu estado desgraçado representado de forma alegórica nos v. 35-43a a levaria ao arrependimento. v. 56. Você nem mencionaria o nome de sua irmã Sodoma...: de fato, uma situação deplorável, em que a antes não mencionável Sodoma foi desbancada como o exemplo de maldade pela cidade de Deus, e isso nos lábios dos pagãos, os filisteus e edomitas!

v. 60. eu me lembrarei da aliança que fiz com você nos dias da sua infância: no início da peregrinação pelo deserto (conforme Ex 24:3-8; Jr 2:2Jr 2:3). com você estabelecerei uma aliança eterna: cf.

11.19,20 (em que a palavra “aliança” não é usada); 2Sm 23:5; Is 55:3. n. 61. Eu as darei a você como filhas: Jerusalém vai recuperar a sua condição de cidade-mãe do povo de Deus (conforme Gl 4:26). não porém com base em minha aliança com você: mas por meio de um novo ato divino de pura graça. v. 62,63. você saberá que eu sou o Senhor [...] quando eu fizer propiciação em seu favor por tudo o que você tem feito: porque Deus é “rico em misericórdia” (Ef 2:4,Sl 130:8; Mq 7:18-33).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

INTRODUÇÃO

A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

COMENTÁRIO

O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63

Ezequiel 16


4) A Alegoria da Enjeitada. Ez 16:1-63; Jr 3:1-5).

Possivelmente Ezequiel usou uma fábula conhecida e a desenvolveu em uma alegoria, de acordo com o gosto oriental. A cidade de Jerusalém, uma criança enjeitada de origem desconhecida, foi deixada à beira da estrada para morrer. Mas foi recolhida pelo Senhor, que se transforma no seu benfeitor (vs. Ez 16:1-7). Tendo crescido e se tornado uma linda moça, ela se casa com o seu benfeitor e se torna a sua consorte real (vs. Ez 16:8-14). A orgulhosa rainha se comprova ser totalmente infiel e adúltera com os cananeus e outros pagãos (vs. Ez 16:15-34). O castigo para tal conduta, que está descrita nos versículos 35:43, está justificado, uma vez que a sua depravação é pior do que a de suas duas irmãs, Sodoma e Samaria (vs. Ez 16:44-52). Não obstante, o Senhor faz gloriosas promessas de restauração para as três irmãs (vs. Ez 16:53-58), predizendo que a penitente Jerusalém experimentará uma gloriosa reconciliação através de uma aliança eterna (vs. Ez 16:59-63).

a) Jerusalém, a Criança Enjeitada. Ez 16:1-7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
e) Uma mulher sem fé (Ez 16:1-63)

Este discurso procura mostrar, de maneira alegórica, que a história de Israel constitui "um registro sem interrupções de negras apostasias" (McFadyen). Foi composto em quatro movimentos: 1. Uma adaptação, talvez, de uma história popular concernente a um bebê encontrado que se tornou rainha (3-43). 2. As notórias irmãs de Jerusalém, Samaria e Sodoma, eram justas em comparação consigo (44-52). 3. Jerusalém só podia ser restabelecida juntamente com aquelas comunidades irmãs anteriormente desprezadas (53-58). 4. A penitente Jerusalém receberia uma nova aliança da parte de Deus (59-63). Quanto à comparação entre Jerusalém e uma esposa infiel, cfr. Is 1:21; Jr 3:1 e segs.; Dn 2:2-28. A alegoria é desenvolvida com uma candura que tende a chocar a mente ocidental, mas era perfeitamente normal para os orientais.

>Ez 16:3

Amorreu... hetéia (3). "A genealogia é moral, e não étnica" (Toy). Não obstante, os ancestrais arameus de Israel eram aparentados dos amorreus (ou cananeus) e tinham afinidades com certos dos heteus. Àquela criança foi negado o cuidado normal (4). "Filha de pais pagãos, recebeu tratamento pagão por ocasião de seu nascimento" (Cooke). Estendi sobre ti a ourela do meu manto (8). Quanto a esse costume, ver Rt 3:9. Na alegoria é possível que isso se refira ao pacto do Sinal, enquanto que os vers. 9-14 podem ser aplicados à crescente prosperidade da nação até os dias de Salomão. Em lugar de pele de texugo (10), leia-se "couro"; cfr. Êx 25:5.

>Ez 16:15

O processo mau, descrito no vers. 15, começou quando Israel adotou os santuários cananeus da Palestina (cfr. Ez 20:28, Jr 2:5-24). As ações descritas no vers. 18 representam o tratamento dado aos ídolos por ocasião das festividades. Teus filhos e tuas filhas... os sacrificaste (20). Embora Josias tenha eliminado essa prática iníqua durante algum tempo (2Rs 23:10) é provável que tal prática tenha sido reavivada durante os dias desesperados do cerco. O vers. 26 faz referência à perene tendência de Israel de esperar auxílio da parte do Egito; cfr. Is 30:1-23, 31. Is 30:1-23. Semelhantemente, o vers. 28 se refere à dependência à Assíria (2Rs 16:7 e segs.; Dn 5:13, Dn 5:8.9), e o vers. 29 se refere à confiança posta na Caldéia, isto é, Babilônia (2Rs 20:12 e segs.).

>Ez 16:35

Os vers. 35-43 descrevem o castigo de Jerusalém; será o castigo infligido a uma prostituta-humilhação e morte (ver o vers. 38).

>Ez 16:44

O pecado de Jerusalém não apenas era tão grave como o de seus predecessores pagãos (44-45), não apenas da mesma ordem que o pecado das ímpias cidades de Samaria e Sodoma (46), mas ainda era pior que o pecado dessas cidades (47-51). Ela seria forçada a confessar seu pecado inexprimível (52). Não é necessário supor que os feitos de Israel fossem de caráter pior que os de Samaria e Sodoma; pois sem dúvida a hediondez de sua culpa era acentuada pelo fato de seu privilégio sem paralelo de estar desposada com Jeová. Cfr. Jl 3:2.

>Ez 16:53

A promessa de restauração (53-58) é feita de tal modo que trouxe bem pouco consolo para Jerusalém. Ela só poderia ser reintegrada juntamente com Samaria e Sodoma, as quais seriam consoladas pelo vergonhoso reconhecimento que lhes seria feito pela sua vizinha até então orgulhosa e justa aos próprios olhos.

>Ez 16:60

Eu me lembrarei do meu concerto (60). Esse é o único ponto brilhante em todo o céu entenebrecido. Jeová fará com ela um pacto eterno de tal natureza que restauraria completamente as relações interrompidas, e lhe devolveria sua antiga posição. Esse é o "novo concerto" de Jr 31:31 e segs. Ver. também Ez 37:26, Is 59:21, 61.8.


Dicionário

Acaso

substantivo masculino Causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades: confiou no acaso e venceu.
Acontecimento imprevisto; acidente: o acaso daquele encontro.
Sequência de eventos cuja origem não depende da vontade; sorte.
advérbio Imprevistamente, porventura; talvez: se acaso voltar, faça-o esperar.
De modo eventual, casual; eventualmente: acaso o ônibus passará?
locução adverbial Ao acaso. Sem refletir nem medir as consequências.
Etimologia (origem da palavra acaso). Do latim a casu, 'por acaso'.

fortuna, sorte, fado, fadário, sina, destino, estrela, ventura, dita, fatalidade. – Acerca de muitos destes vocábulos, consubstancia Bruns. o que se pode colher de Roq., de fr. S. Luiz, e de outros. “O acaso – diz ele – o mais fantástico de todos os seres desta série, obra arbitrariamente; prepara combinações de circunstâncias tão impossíveis de prever como de impedir; e delas provêm fatos, felizes ou desgraçados, que nos deixam estupefatos de prazer ou de dor. As suas manifestações não são constantes; isto é, não se lhe referem fatos sucessivos: revela-se de quando em quando, oculta-se, reaparece; persegue-nos ou abandona-nos; favorece-nos ou esmaga-nos. É nisto que não se assemelha à fortuna; pois esta parece obrar de um modo constante, e ao acaso só se imputam fatos isolados, tendo por isso muita analogia com a fatalidade. É o acaso que nos leva ao lugar onde encontramos a felicidade ou a desventura. Quantas descobertas são filhas do acaso? – A fortuna, de que os antigos fizeram uma divindade cega, caprichosa, volúvel, preside a todos os atos da vida, e distribui os bens ou os males segundo o seu desígnio...” Temos, por isso, boa fortuna ou má fortuna, segundo nos é ela favorável ou contrária. – “A sorte é ao mesmo tempo efeito e causa; efeito quando designa o estado, ou a condição a que a fortuna ou o acaso trouxeram uma pessoa; Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 69 causa, quando, considerando-a um misto de acaso ou de fortuna, lhe atribuímos um fato isolado, ou uma série de fatos favoráveis ou desfavoráveis. Por outro lado, a palavra sorte aplica-se melhor às condições modestas, fortuna às elevadas (ou de mais vulto): a sorte de Creso ao lado de Ciro era mais invejável que a sua fortuna. – A fatalidade (do latim fatum “o que está dito ou decretado”) distingue- -se do acaso, da fortuna e da sorte, em ser agente e não sujeito. A fatalidade não obra arbitrária e caprichosamente: obedece como a um impulso omnipotente, a uma disposição superior e impenetrável. O estava escrito dos maometanos é a fatalidade; como é fatalidade, no cristianismo, a predestinação de S. Paulo. – O destino era, entre os antigos, uma divindade cega a quem os deuses e os homens estavam submetidos: tinha nas mãos a sorte dos mortais. Os seus decretos eram irrevogáveis e tinham o caráter da fatalidade. Eis por que denominamos destino à combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que se efetuam em virtude de leis inflexíveis, e que nos trazem fatal e inelutavelmente ao ponto em que só nos resta obedecer: ante o destino desaparece a nossa força, aniquila-se a nossa vontade: somos obrigados a obedecer ao destino; ninguém pode resistir às leis do destino. – O fado é o estado que resulta das imposições do destino, como bem o prova a acepção que esta palavra tem nos contos de encantamentos em que se vêm príncipes, sujeitos ao seu fado, transformados em rãs ou outras alimárias, até que um certo acontecimento os venha libertar. O nosso fado é intangível, acompanha-nos, persegue-nos, e por mais que façamos, não nos deixa. – Fadário é – diz Aul. – “destino extraordinário e irresistível que se atribui a um poder sobrenatural”. Refere-se mais particularmente a certas vicissitudes da vida mundana, às extravagâncias de que alguém se lamenta, mas sem coragem para corrigir-se, e procurando por isso consolar-se dos erros ou deslizes, atribuindo-os ao seu fadário... – Sina marca melhor do que quase todos os do grupo o caráter de fatalidade das coisas que têm de suceder na vida de cada um. Sina e destino seriam sinônimos perfeitos se o primeiro não se limitasse de ordinário às coisas funestas da vida. Dizemos, por ex. – “o alto destino de Napoleão”; e decerto que neste caso não empregaríamos sina. Podemos, é claro, dizer – “a sina dos grandes homens”; não, porém, quando fazemos referência às ações ou obras que lhes deram lustre, mas quando fazemos alusão às amarguras que quase todos tiveram de sofrer. – Ventura e dita são também seres fantásticos sem vontade certa nem determinada; ventura, geralmente, e dita, sempre tomam-se a boa parte. – Estrela, como diz D. José de Lacerda, é outra palavra do mesmo gênero, que se conservou na língua (com a significação que tem aqui), apesar de terem passado as quimeras da astrologia, que lhe deram origem. Refere-se à suposta influência dos astros no destino dos homens; e ainda hoje se diz que “tal indivíduo nasceu em boa ou má estrela”, ou que tem boa ou má estrela.

por acaso, porventura. – São realmente muito fáceis de confundir-se. Nas três frases seguintes vejamos, no entanto, se poderiam ser trocadas, conservando-se-lhes uma perfeita propriedade: “Teria o nosso amigo visto acaso alguma coisa estranha lá no parque?” “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” Em qualquer desses casos, não haveria talvez muita gente, mesmo de boas letras, que hesitasse em empregar indistintamente, ou sem preferências, qualquer das três formas; e no entanto, se na primeira frase, em vez de acaso, puséssemos por acaso, não exprimiría- 70 Rocha Pombo mos com a mesma precisão o pensamento de quem perguntava. Quando pergunto se o nosso amigo “viu acaso”, ponho em dúvida, e quase nego, que ele tenha visto; ou estranho que isso se tenha dado. Quando pergunto se ele “viu por acaso”, decerto que exprimo dúvida também; mas aqui a minha dúvida é mais condescendente, e não sugere, como acaso, a mesma ideia de estranheza e negação. Caim retrucou ao anjo que lhe perguntava por Abel: “Sou eu acaso o guarda de meu irmão?” Este acaso, como no exemplo acima, rebate, repulsa, nega intencionalmente o que se pergunta. “És tu acaso meu filho?” “Veio ele acaso ter conosco?” “Tinha eu acaso notícia da tua chegada?” Em nenhum destes exemplos, pelo menos, seria indiferente usar acaso e por acaso. – Na segunda frase que formulamos acima: “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” – também não poderíamos substituir a locução por acaso por simplesmente acaso, para dizer o que desejamos. “Passaste acaso?” – equivaleria a – “Dar-se-á que tenhas passado?” ou – “Será possível que tenha passado?” E – “Passaste por acaso?” – diria: – “Por uma casualidade (isto é, “sem que te apercebesses”, ou “sem que tivesses tensão”) passaste?” – A terceira frase: “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” – enuncia o meu intento de saber uma coisa que desejo e pela qual estou ansioso. Se eu empregasse a locução por acaso, não mostraria o mesmo interesse; e se eu empregasse o advérbio acaso, dizendo: “Terias visto ou encontrado acaso alguém à minha espera?” – é como se fizesse a pergunta insinuando a negativa. – Segue-se, portanto: – que acaso sugere contrariedade intencional e dá à pergunta a função de negar: – que por acaso é mais convizinho de porventura, distinguindose esta forma daquela em sugerir, em vez de indiferença, a ideia do interesse com que se espera por uma resposta satisfatória quando se faz a pergunta. – Fora dos casos interrogativos, se há necessidade de distinção, há de ser a mesma que se acaba de assinalar; devendo notar-se que, então, só muito raramente poderá a locução por acaso ser substituída por qualquer dos dois outros advérbios. “Chegamos por acaso à livraria; fomos dar conosco por acaso junto ao morro; feri o dedo por acaso, limpando a pena”: aí não caberia, em nenhuma dessas frases, acaso nem porventura.

[...] O acaso é a ausência de plano, de direção inteligente, é a própria negação de toda lei. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] o acaso é a falta de direção e a ausência de toda inteligência atuante. É, pois, o acaso inconciliável com a noção de ordem e de harmonia.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

É este um enigma que nenhum Édipo conseguirá decifrar; uma interrogação a que nenhum sábio saberá responder. O acaso é a força inteligente que tudo rege; é a origem providencial de onde tudo mana. O acaso é uma palavra; debaixo dessa palavra está uma incógnita. Os crentes chamam a essa incógnita Deus; os ecléticos, Providência; os fatalistas, Destino; os descrentes, Lei.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

[...] O acaso é a vossa ignorância da razão de ser, da causa do fato que observais.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16


Além

advérbio Que se localiza no lado oposto de; que está para o lado de lá; acolá: observava os pássaros que além seguiam voando.
Muito adiante: o mar permanece além.
Situado num lugar muito longe; excessivamente longe: quando jovem, ele queria ir muito além.
Para o lado de fora; que segue para o exterior; afora: seguia pelo campo além.
substantivo masculino O mundo em que os espíritos habitam: sobre o além nada se sabe.
Etimologia (origem da palavra além). De origem duvidosa.

adiante, depois, após. – Além, aqui, designa situação do que se encontra “depois de alguma outra coisa e em relação ao lugar que ocupamos nós: é antônimo de aquém. – Adiante é também aplicado para designar ordem de situação; mas é um pouco mais preciso que além, e sugere ideia de “posto à frente de alguma coisa”, também relativamente a nós. É antônimo de atrás, ou para trás. – Depois quer dizer – “em seguida, posterior a alguma coisa”; e é antônimo de antes. – Após é de todos os do grupo o mais preciso: diz – “logo depois, imediatamente depois”.

Além O mundo dos mortos (Ec 9:10, RA).

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Filhas

fem. pl. de filho

fi·lho
(latim filius, -ii)
nome masculino

1. Indivíduo do sexo masculino em relação a seus pais.

2. Animal macho em relação a seus pais.

3. Início do desenvolvimento de uma planta. = BROTO, GOMO, REBENTO

4. Nascido em determinado local. = NATURAL

5. Forma de tratamento carinhosa.

6. Efeito, obra, produto, consequência.


filhos
nome masculino plural

7. Conjunto dos descendentes. = DESCENDÊNCIA, PROLE


filho da curiosidade
Filho ilegítimo, que não nasceu de um matrimónio. = BASTARDO, ZORRO

filho da mãe
[Informal, Depreciativo] Pessoa que se considera muito desprezível ou sem carácter.

filho da puta
[Calão, Depreciativo] O mesmo que filho da mãe.

filho da púcara
[Informal, Depreciativo] O mesmo que filho da mãe.

filho das ervas
[Informal, Depreciativo] Indivíduo cujos pais são desconhecidos ou são desfavorecidos socialmente.

filho de criação
Filho adoptado.

filho de Deus
[Religião católica] Jesus Cristo.

filho de puta
[Calão, Depreciativo] O mesmo que filho da mãe.

filho de uma quinhenta
[Moçambique, Antigo, Depreciativo] Expressão usada como forma de desprezo ou de insulto. [Em alusão ao baixo valor pago às prostitutas dos bairros pobres da periferia de Maputo.]

filho do Homem
[Religião católica] Jesus Cristo.

Messias.

filho do vento
[Informal, Depreciativo] O mesmo que filho das ervas.

filho natural
O que não provém do matrimónio.

filho pródigo
Pessoa que volta ao seio da família após longa ausência e vida desregrada.

quem tem filhos tem cadilhos
Os pais têm sempre cuidados.

Confrontar: filhó.

fi·lhó
(latim *foliola, plural de foliolum, -i, diminutivo de folium, folha)
nome feminino

1. Culinária Bolinho muito fofo, de farinha e ovos, frito e depois geralmente passado por calda de açúcar ou polvilhado com açúcar e canela. = SONHO

2. Culinária Tira fina de massa de farinha e ovos, que, depois de frita, se polvilha com açúcar e/ou canela. = COSCORÃO


Sinónimo Geral: FILHÓS

Plural: filhós.
Confrontar: filho.

Ver também dúvida linguística: plural de filhó / filhós.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Gerar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Dar origem a; provocar o nascimento de; procriar: gerar descendentes.
Produzir; causar a produção de: gerar empregos; gerar boleto bancário.
Por Extensão Ser o motivo de: sua ignorância gera desconforto.
Brotar; começar a se desenvolver: gerar flores.
Etimologia (origem da palavra gerar). Do latim generare.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Gerar Dar existência a (Os 5:7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
É hoje Um el-Jerar. Cidade e distrito no pais dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn 10:19) e de Berseba. Foi residência de Abimeleque – de Abraão depois da destruição de Sodoma (Gn 20:1-2) – e de isaque quando houve fome em Canaã (Gn 26:1-26). Foi destruída por Asa, quando derrotou e perseguiu os etíopes, que estavam sob o domínio de Zerá (2 Cr 14.13, 14).
Fonte: Dicionário Adventista

Pequena

adjetivo Diz-se da coisa que não é grande.
substantivo feminino Moça; namorada, garota.

Prostituição

substantivo feminino Ação de prostituir.
Comércio profissional do sexo.
Figurado Uso degradante de uma coisa.

Trato sexual com outra ou outro distinto do próprio cônjuge, em troca de dinheiro ou em outra forma de pagamento. Na antiguidade houve inclusive a prostituição sagrada. Os profetas, assim como recorreram à imagem do matrimônio para expressar a intimidade de Deus com seu povo, também empregaram a de prostituição como expressão da infidelidade (cf. Os 2; Ex 16:26; ver também Ap 17:1-19,2).

A prostituição não teve seu início nos primeiros dias da Humanidade, pois os homens ainda não possuíam os vícios e as paixões. Com o desenvolvimento das paixões é que vieram a surgir os maus costumes no seio dos agrupamentos humanos. Antes de Jesus, já existia a prostituição, mas não era tolerada pela religião dominante (que até mesmo aconselhava a lapidação da mulher adúltera), impossibilitando de certo modo a sua expansão. [...] O mercado organizado dos prazeres sexuais não foi uma promoção originariamente das mulheres, mas, sim, dos homens [...]. Sob o aspecto lesivo à nobre finalidade do sexo, na condição imprescritível de instrumento de formação da família, a prostituição, como flagelo social, só é tolerada do ponto de vista do direito ao direcionamento às manifestações do livre-arbítrio feminino, atentatórias ao pleno acatamento à lei de procriação, a que deploravelmente permanecem desatentos o homem e a mulher. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7


Prostituição
1) Comércio sexual do corpo (Os 1:2); (Gl 5:19). A prostituição cultual era praticada na adoração aos deuses da fertilidade (v. ASTAROTE e BAAL). Pensava-se que relações sexuais com prostitutas ou prostitutos fariam com que as terras produzissem boas colheitas e os animais tivessem muitas crias (Dt 23:17-18); (2Rs 23:7)

2) Figuradamente, infidelidade a Deus (Jr 3:6-13); (Ez 16:1-41).

Sacrificar

Dicionário Comum
verbo transitivo Oferecer em sacrifício, em holocausto à divindade; imolar.
Consagrar inteiramente.
Desprezar (coisa ou pessoa) em favor de (outra): sacrificar a vida pelos filhos.
Diminuir o valor, prejudicar, pôr em risco: o autor sacrificou o papel.
Renunciar voluntariamente a.
verbo pronominal Devotar-se inteiramente a; tornar-se vítima de (algum ideal, interesse): sacrificar-se pela pátria, pelos filhos.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Sacrificar Oferecer SACRIFÍCIO (Ex 3:18)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(as imagens)
Ezequiel 16: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que Me tinhas gerado, e os sacrificaste a elas (as imagens), para serem consumidos; porventura é pequena a tua prostituição?
Ezequiel 16: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

592 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1323
bath
בַּת
filha
(and daughers)
Substantivo
H2076
zâbach
זָבַח
abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
(and offered)
Verbo
H3205
yâlad
יָלַד
dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
(you shall bring forth)
Verbo
H3947
lâqach
לָקַח
E levei
(And took)
Verbo
H398
ʼâkal
אָכַל
comer, devorar, queimar, alimentar
(freely)
Verbo
H4592
mᵉʻaṭ
מְעַט
pequenez, pouco, um pouco
(a little)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H8457
taznûwth
תַּזְנוּת
()
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

בַּת


(H1323)
bath (bath)

01323 בת bath

procedente de 1129 e 1121; DITAT - 254b n f

  1. filha
    1. filha, menina, filha adotiva, nora, irmã, netas, prima, criança do sexo feminino
      1. como forma educada de referir-se a alguém n pr f
      2. como designação de mulheres de um determinado lugar
  2. moças, mulheres
    1. referindo-se a personificação
    2. vilas (como filhas procedentes de cidades)
    3. descrição de caráter

זָבַח


(H2076)
zâbach (zaw-bakh')

02076 זבח zabach

uma raiz primitiva; DITAT - 525; v

  1. abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
    1. (Qal)
      1. imolar para sacrifício
      2. abater para comer
      3. abater em julgamento divino
    2. (Piel) sacrificar, oferecer sacrifício

יָלַד


(H3205)
yâlad (yaw-lad')

03205 ילד yalad

uma raiz primitiva; DITAT - 867; v

  1. dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
    1. (Qal)
      1. dar à luz, gerar
        1. referindo-se ao nascimento de criança
        2. referindo-se ao sofrimento (símile)
        3. referindo-se ao perverso (comportamento)
      2. gerar
    2. (Nifal) ser nascido
    3. (Piel)
      1. levar a ou ajudar a dar à luz
      2. ajudar ou atuar como parteira
      3. parteira (particípio)
    4. (Pual) ser nascido
    5. (Hifil)
      1. gerar (uma criança)
      2. dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
    6. (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
    7. (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)

לָקַח


(H3947)
lâqach (law-kakh')

03947 לקח laqach

uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

  1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
    1. (Qal)
      1. tomar, pegar na mão
      2. tomar e levar embora
      3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
      4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
      5. tomar sobre si, colocar sobre
      6. buscar
      7. tomar, liderar, conduzir
      8. tomar, capturar, apanhar
      9. tomar, carregar embora
      10. tomar (vingança)
    2. (Nifal)
      1. ser capturado
      2. ser levado embora, ser removido
      3. ser tomado, ser trazido para
    3. (Pual)
      1. ser tomado de ou para fora de
      2. ser roubado de
      3. ser levado cativo
      4. ser levado, ser removido
    4. (Hofal)
      1. ser tomado em, ser trazido para
      2. ser tirado de
      3. ser levado
    5. (Hitpael)
      1. tomar posse de alguém
      2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

אָכַל


(H398)
ʼâkal (aw-kal')

0398 אכל ’akal

uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

  1. comer, devorar, queimar, alimentar
    1. (Qal)
      1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
      2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
      3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
      4. devorar, matar (referindo-se à espada)
      5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
      6. devorar (referindo-se à opressão)
    2. (Nifal)
      1. ser comido (por homens)
      2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
      3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
    3. (Pual)
      1. fazer comer, alimentar
      2. levar a devorar
    4. (Hifil)
      1. alimentar
      2. dar de comer
    5. (Piel)
      1. consumir

מְעַט


(H4592)
mᵉʻaṭ (meh-at')

04592 מעט m e ̂ at̀ ou מעט m e ̂ at̀

procedente de 4591; DITAT - 1228a; subst

  1. pequenez, pouco, um pouco
    1. pequeno, pequenez, pouco, muito pouco, só um pouco
    2. como um pouco, dentro de um pouco, quase, só, dificilmente, rapidamente pouco valor

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

תַּזְנוּת


(H8457)
taznûwth (taz-nooth')

08457 תזנות taznuwth ou תזנת taznuth

procedente de 2181; DITAT - 563c; n. f.

  1. fornicação, prostituição

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo