Enciclopédia de Ezequiel 26:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 26: 4

Versão Versículo
ARA Elas destruirão os muros de Tiro e deitarão abaixo as suas torres; e eu varrerei o seu pó, e farei dela penha descalvada.
ARC Elas destruirão os muros de Tiro, e derribarão as suas torres; e eu varrerei o seu pó, e dela farei uma penha descalvada.
TB Elas destruirão os muros de Tiro e deitarão abaixo as suas torres; também dela rasparei o seu pó e a farei uma rocha escalvada.
HSB וְשִׁחֲת֞וּ חֹמ֣וֹת צֹ֗ר וְהָֽרְסוּ֙ מִגְדָּלֶ֔יהָ וְסִֽחֵיתִ֥י עֲפָרָ֖הּ מִמֶּ֑נָּה וְנָתַתִּ֥י אוֹתָ֖הּ לִצְחִ֥יחַ סָֽלַע׃
BKJ E elas destruirão os muros de Tiro, e derrubarão as suas torres; e também rasparei o seu pó, e farei dela como o topo de uma rocha.
LTT Elas destruirão os muros de Tirus, e derrubarão as suas torres; e eu lhe rasparei o seu pó, e a farei ficar como o topo descalvado de uma rocha- saliente.
BJ2 Elas destruirão os muros de Tiro, arrasarão as suas torres. Varrerei a sua poeira e a reduzirei a uma rocha descalvada.[t]
VULG Et dissipabunt muros Tyri, et destruent turres ejus : et radam pulverem ejus de ea, et dabo eam in limpidissimam petram.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 26:4

Levítico 14:41 e fará raspar a casa por dentro ao redor, e o pó que houverem raspado lançarão fora da cidade num lugar imundo.
Isaías 23:11 Ele estendeu a mão sobre o mar e turbou os reinos; o Senhor deu mandado contra Canaã, para que se destruíssem as suas fortalezas.
Jeremias 5:10 Subi aos seus muros e destruí-os (não façais, porém, uma destruição final); tirai as suas ameias, porque não são do Senhor.
Ezequiel 24:7 Porque o seu sangue está no meio dela; sobre uma penha descalvada o pôs e não o derramou sobre a terra, para o cobrir com pó;
Ezequiel 26:9 E porá trabucos em frente de ti contra os teus muros e derribará as tuas torres com os seus machados.
Ezequiel 26:12 E roubarão as tuas riquezas, e saquearão as tuas mercadorias, e derribarão os teus muros, e arrasarão as tuas casas preciosas; e as tuas pedras, e as tuas madeiras, e o teu pó lançarão no meio das águas.
Amós 1:10 Por isso, porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.
Zacarias 9:3 E Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro fino como a lama das ruas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O COMÉRCIO DE TIRO

586 a.C.
TIRO
A cidade de Tiro ficava numa ilha próxima à costa do atual Líbano. Tiro prosperou através do comércio com o Egito e dominou grande parte das cidades da costa e do interior do Líbano. Hirão (969-936 a.C.), rei de Tiro, enviou madeira de cedro e coníferas a Salomão (970-930 a.C.) para a construção do templo do Senhor em Jerusalém.' Tiro fundou colônias em várias regiões do Mediterrâneo: Citium em Chipre (a Quitim mencionada em Gn 10:4 e Ez 27:6), Karetepe na Turquia, e outros locais na Sicília e Sardenha. Sua colônia em Társis, destino de Jonas em sua tentativa de fuga, talvez ficasse no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha. Sem dúvida, sua colônia mais famosa era Cartago, na Tunísia, fundada (segundo a tradição) em 814 a.C. Tiro passou, posteriormente, ao controle assírio, mas com o declínio da Assíria no final do reinado de Assurbanipal (c. 636-627 a.C.), a cidade recobrou a autonomia e grande parte do comércio marítimo. De acordo com o historiador judeu Flávio Josefo, o rei babilônio Nabucodonosor II sitiou a cidade de Tiro durante treze anos, de c. 587 a 574 a.C.

EZEQUIEL PROFETIZA CONTRA TIRO
Ezequiel profetizou acerca de várias nações vizinhas. No décimo primeiro ano do exílio de 597 a.C, ou seja, em 586 a.C., Ezequiel profetizou contra Tiro. Jerusalém seria capturada pelo exército babilônico sob o comando de Nabucodonosor em 18 de julho desse mesmo ano. Numa profecia feita, provavelmente, em 13 de fevereiro ou 15 de março de 586 a.C., Ezequiel vê Tiro se regozijando com a queda de Jerusalém: "Bem feito! Está quebrada a porta dôs povos; abriu-se para mim; eu me tornarei rico, agora que ela está assolada" (Ez 26:2). O ponto de vista de Deus, revelado por intermédio de Ezequiel, é um tanto diferente. Nabucodonosor cercaria Tiro; a cidade seria destruída, suas torres seriam derrubadas, os escombros seriam espalhados. Tiro seria transformada em rocha descalvada, um lugar para estender redes de pesca, e jamais seria reconstruída. A falta de evidências contemporâneas não permite verificar de que maneira os detalhes dessa profecia se concretizaram no cerco de Nabucodonosor, mas, sem dúvida, se cumpriram quando, em 332 a.C, Alexandre, o Grande, construiu um quebra-mar até a ilha e tomou a cidade, depois de sitia-la durante sete meses.

O LAMENTO POR TIRO
Em Ezequiel 27:1-36, o profeta lamenta por Tiro. Depois tratar demoradamente do comércio da cidade, prenuncia sua ruína, assemelhando-a a um naufrágio. Essa passagem é a descrição mais detalhada do comércio no Antigo Testamento e nos permite observar não apenas a abrangência dos contatos comerciais da cidade, mas também a variedade de produtos comercializados. Não é de admirar que Tiro controlasse comércio de madeira e a construção de barcos. As coníferas eram abundantes em Senir (monte Hermom). ou seia. em toda a cadeia de montanhas do Antilíbano. Cedros do Líbano eram usados para construir mastros e carvalhos de Basã, na Transjordânia, eram empregados para confeccionar remos. Um pinho de Quitim usado no convés e nos bancos era decorado com martim. Não se sabe ao certo de onde vinha marfim. mas necessario pressupor que era proveniente da África, pois elefantes sírios, uma subespécie dos elefantes indianos, podiam ser encontrados no vale do Eufrates, na Síria, até c. 800 a.C. O Egito fornecia linho fino bordado para as velas; os toldos eram tingidos de azul e púrpura, com extratos de moluscos de Elisá, em Chipre.
Os remadores eram homens das cidades costeiras de sidom e Arvade. Os homens de Tiro, talvez marinheiros de uma classe superior, eram pilotos. Homens de Gebal (isto é, Biblos) eram encarregados de manter a embarcação calafetada, enquanto homens da Pérsia, de Lídia (oeste da Turquia) e Pute (Líbia) eram mercenários. Homens de Arvade e Heleque, cidades costeiras ao norte (Cilícia, na Turquia) e Gamade (possivelmente no norte da Turquia) eram encarregados de defender a cidade. Não se sabe ao certo a localização de Társis, provavelmente a cidade mais distante com a qual Tiro negociava. Talvez fosse a colônia que Tiro havia fundado no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha, ou suas colônias na Sardenha ou Sicília, ou ainda, numa região bem mais próxima, a cidade de Tarso, no sul da atual Turquia. Não obstante sua localização, Társis tinha vários metais (prata, ferro, estanho e chumbo) e os comerciava com Tiro. Javà, Tubal e Meseque artigos de bronze. A cidade de Togarma, também na atual lurqua (provavelmente a cidade moderna de Gürün), era conhecida antiguidade pela criação de cavalos. Os habitantes de Dedà (Rodes) também realizavam comércio com liro e pagavam com presas de elefante e um tipo de madeira traduzido como "bano" De cor preta avermelhada e proveniente das regioes mais secas da Africa tropical, essa madeira não era o ébano verdadeiro, desconhecido naquela época.
A descrição dos produtos da Síria (Harà): esmeralda (ou turquesa), tecido púrpura, obras bordadas, linho fino, coral e pedras preciosas (ou rubis), se encaixa melhor com Edom, a região ao sul do mar Morto que possuía acesso ao mar Vermelho (onde havia coral) e à península do Sinai (onde havia turquesa). No hebraico, o nome Edom difere em apenas uma letra do nome Harã, de modo que é plausível emendar essa parte do texto. Em troca das mercadorias de Tiro, Judá e Israel davam trigo de Minite, em Amom, mel, azeite e bálsamo, um produto pelo qual Gileade era conhecida
Damasco, na Síria, negociava com produtos de seus arredores: vinho de Helbon e là de Saar: Com uma pequena emenda, pode-se ler no texto hebraico que os mercadores de Damasco também negociavam barris de vino de Uzal, correspondente à região de ur Abdin no sudeste da Turquia, de onde Nabucodonosor (605-562 aC.) mandava buscar seu vinho. Também comercializavam duas especiarias: cássia (a flor da canela) e cálamo (um tipo de cana). Dificilmente as esperarias usadas nesse período ram adquiridas da índia ou de lugares mais distantes do Oriente, de onde vinham no tempo do Império Romano. É mais provável que fossem provenientes do sul da Arábia.
A lista termina com os outros parceiros comerciais de Tiro. A localização de Harà, Eden, Sabá e da Assíria é conhecida. Harà ficava no sudeste da Turquia, enquanto Éden era situada mais ao sul, na atual Síria. Sabá é o atual lêmen e a Assíria ficava na região correspondente ao norte do Iraque. Cane talvez ficasse próxima de Harà, mas trata-se apenas de uma conjetura. Quilmade talvez se refira aos medos, do Irâ. Os produtos comercializados com esses povos ram ricos e variados: lindas roupas, tecido púrpura, bordados e tapetes de várias cores, com cordas trançadas e resistentes, sendo estes últimos um produto característico de toda a região nos dias de hoje.

O FIM DE TIRO
O comércio de Tiro, descrito de forma tão vívida por Ezequiel, estava condenado. "O vento oriental te quebrou no coração dos mares. As tuas riquezas, as tuas mercadorias, os teus bens, os teus marinheiros, os teus pilotos, os calafates, os que faziam os teus negócios e todos os teus soldados que estão em ti, juntamente com toda a multidão do povo que está no meio de ti, se afundarão no coração dos mares no dia da tua ruína" (Ez 27:26b-27). Tiro, a grande potência marítima, haveria de naufragar.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

TIRO

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:33.267, Longitude:35.217)
Nome Atual: Sur
Nome Grego: Τύρος
Atualmente: Líbano
Cidade portuária com porto importante. Ez 27:3
Mapa Bíblico de TIRO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
B. TIRO E SIDOM, Ezequiel 26:1-28.26

Tiro e Sidom não são propriamente nações, mas cidades costeiras (veja mapa 2), co-nhecidas pelos seus interesses comerciais. Tiro recebe uma denúncia longa e impetuosa (26:1-28.19), e Sidom é denunciada rapidamente em apenas quatro versículos (28:20-23).

1. Tiro (26:1-28,19)

Tiro possuía uma longa história como um centro comercial renomado. Mesmo no tempo da profecia de Ezequiel era um centro de grande poder mercantil, embora, como Jerusalém, fosse nominalmente sujeita à Babilônia. Tiro foi uma cidade afamada (26.17), forte no mar. Ela tinha ciúmes de Jerusalém, porque havia sido um centro comercial entre a Babilônia e o Egito, e, portanto, a porta dos povos (26.2). Aqueda de Jerusalém significaria que o comércio se voltaria para Tiro e ela prosperaria. Tiro foi egoísta. O seu interesse material era grande, mas sua alma, pequena.

Tiro tinha ao redor dela pequenas cidades, filhas no campo (Ez 26:8), que eram influ-enciadas por ela. E ela negociava com inúmeras nações e cidades que foram alistadas cuidadosamente em Ez 27.

O rei de Tiro (Ez 28:12), Itobaal II, foi um rei muito orgulhoso. Seu coração se elevou (Ez 28:2) a ponto de dizer: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento. A rica e egoísta Tiro, produtora de Jezabel (I Reis 16:31) e muitas outras pessoas desse tipo, seria humilhada, junto com seu rei.

Em torno da época da queda de Jerusalém, Nabucodonosor (26,7) sitiou Tiro por treze anos, de acordo com Josefo.3 Os navios de Tiro foram completamente destruídos a ponto de nunca mais se tornarem uma grande frota. Hoje, Tiro é uma cidade insignifi-cante de cerca de 6.000 pessoas.'

Eu varrerei o seu pó (26,4) e farei de ti uma penha descalvada (26,14) — pode ser uma alusão à falta de terra para cultivo em Tiro. Cerca de quatrocentos anos antes Salomão tinha trocado grãos e óleo por madeira de lei para edificar o Templo (I Reis 5:11). Uma alusão comparável ocorre no versículo 12: "Despojarão sua riqueza [...] e lançarão ao mar sua terra fértil" (Berkeley). Os príncipes do mar (26,16) provavelmente eram os governantes das nações marítimas com quem Tiro realizava negócios. O versículo 17 começa com um breve poema. Ele é traduzido da seguinte forma pela NVI:

Como você está destruída, cidade de renome,

povoada por homens do mar!

Você era um poder nos mares, você e os seus cidadãos; você impunha pavor a todos os que ali vivem.

Também encontramos em forma poética os seguintes textos: Ez 27:3-9, 25-36 ; 28:2-19 (cf. ARA). A extensão do comércio de Tiro é graficamente mostrada pela lista de lugares mencionados em Ez 27:5-25, percorrendo desde a Espanha no Ocidente (Társis,
12) até a Mesopotâmia no Oriente (Harã, 23).

Társis negociava contigo (27.12ss) significa uma nação com quem Tiro fazia negócios. Os arrabaldes (27,28) também é traduzido por "zona campestre" (RSV). Inteiramente calvos e panos de saco (Ez 27:31) referem-se a rapar a cabeça e a vestir panos de saco como sinal de luto. Moffatt traduz cheios de espanto (Ez 27:35-28.
19) assim: "Todo povo do mar ficará chocado com o que aconteceu com você". Assobiaram sobre ti (Ez 27:36) significa "fazer sons de surpresa" (Basic Bible). Daniel (Ez 28:3) — cf. Ez 14:14, comentário e nota de rodapé. O significado do querubim ungido (Ez 28:14) e do querubim protetor (28,16) é incerto. Ezequiel evidentemente está pensando na con-duta soberana de Deus em relação aos outros povos. Foi Deus quem os fez prosperar e foi Deus quem os castigou de acordo com sua base moral. A RSV traduz esse texto da seguinte forma: "Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o de-signei. Você estava no monte santo de Deus [...l até que se achou maldade em você. [...] Por isso eu o lancei para longe do monte de Deus, como uma coisa profana, e o querubim guardião o expulsou".

O declínio de Tiro é um exemplo do que acontece a uma nação que ama mais o ouro do que a Deus. Aqui está o destino de todos que se alegram com o sofrimento dos outros desde que esse sofrimento encha seus cofres com bens desse mundo presente. O histori-ador Arnold Toynbee entende que o materialismo é um dos fatores principais da queda de civilizações passadas. O exemplo de Tiro continua sendo seguido no século XXIIe princípio do século XXI), com seu pensar quantitativo, que produziu a "era a jato" e a "era do ganho". Há dois séculos, Goethe escreveu que "o espírito tende a atrair para si um corpo". Ele estava falando de seres humanos, para quem as coisas materiais, tantas vezes, são o que mais importa.

"O Erro da nossa Era" pode ser o título de uma mensagem baseada em Ez 28:1-8.


1) O erro: uma motivação errada (Ez 28:1-5).

2) Resultados do erro: os efeitos sobre Tiro, e sobre nós, de uma grande ênfase na prosperidade material (Ez 28:6-8).

3) Cor-rigindo o erro a) por meio da visão vertical mantida por Ezequiel; b) ao elevar a nossa visão para as coisas do alto (Cl 3:1-2) ; e c) ao colocar ordem nas prioridades (Mt 6:33).

2. Sidom (Ez 28:20-23)

Nos tempos antigos, Sidom pode ter sido uma cidade ainda maior do que Tiro. Os estudiosos chegam a essa conclusão pelo fato de Sidom ser mencionada em Gênesis 10:19 sem qualquer referência a Tiro. Com certeza, não era uma cidade insignificante (Js 19:28). Tinha seus próprios reis (Jr 25:22-27.3). Muitas vezes, ela é mencionada junto com Tiro (Is 23:1-2; MAc 7:24-26; AtOS 12:20). Nos dias de Ezequiel, as duas cidades eram parceiras litorâneas do pecado.

Deus é contra (22) Sidom e enviará contra ela a peste e o sangue (23), ou seja, a doença e a espada. Fica claro mais uma vez, com base nos versículos 22:23, que o poder de Deus, derramado em julgamento, tem o propósito de ser uma revelação de si mesmo para os homens: e saberão que eu sou o SENHOR.

3. A Restauração de Israel (28:24-26)

Em uma breve previsão de três versículos daquilo que o profeta tratará em detalhes nos capítulos posteriores (33-48), Ezequiel diz que chegará o tempo em que nenhuma nação circunvizinha será para Israel um espinho que a pique (24). Naquele tempo Deus vai congregar a casa de Israel dentre os povos entre os quais estão espa-lhados e se santificar entre eles, perante os olhos das nações (25). O santificar de Deus, conforme esse versículo, é uma indicação de que a palavra "santificação" não apenas se refere à pureza moral, como ocorre com freqüência no NT (e.g., Ef 5:25-27; 1 TEs 4.3; 5.23), mas também (particularmente no AT) a separar-se de tudo. Nesse caso, depois de julgar Tiro e Sidom por causa dos seus pecados, e depois de fazer Israel voltar para a sua própria terra, o SENHOR, seu Deus, será reconhecido como o Deus do verdadeiro poder e cuidado. Dessa forma Ele será santificado.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
*

26.1—28.26

O trecho de Ezequiel 26—28 dedica-se a oráculos contra os vizinhos fenícios de Israel, mormente Tiro (26.1—28.19), mas também contra Sidom (28.20-26). Esses capítulos são divididos em subseções, cada qual introduzida pela frase "a palavra do SENHOR veio a mim" (26.1; 27.1; 28.1,11,20). Houve ocasionais conflitos militares entre Israel e os fenícios, mas a Bíblia menciona Tiro e Sidom primariamente como fontes de cultos pagãos, sobretudo a adoração a Baal por parte de Jezabel, uma princesa fenícia (Jz 10:6; 1Rs 11:1,5,33; 16:31; 2Rs 23:13). Os fenícios proviam 1srael com comércio e serviços técnicos (2Sm 5:11; 1Rs 5:1,6; 7:13,14; 9:11; 2Cr 2:3,13,14; Ed 3:7; Ne 13:16; At 12:20). Outros livros proféticos também incluíram oráculos contra Tiro e Sidom (Is 23; Jl 3:4-6; Am 1:9,10; Zc 9:2-4).

* 26:2

eu me tornarei rico. O reino de Judá, ocasionalmente, controlava as rotas comerciais que passavam pelas planícies costeiras de Israel e que levavam ao Egito bem como à Arábia e à África, por meio do porto israelita de Ezion Geber. Tiro tiraria proveito se Jerusalém viesse a perder o controle dessas rotas comerciais.

* 26:7

Tiro. Pouco tempo depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor lançou cerco contra a cidade de Tiro. A parte continental dessa cidade caiu rapidamente, em 585 a.C., mas a fortaleza existente na ilha desafiou os exércitos babilônicos por treze anos, até 572 a.C. (29.17,18).

* 26:19-20

muitas águas... à cova. Águas e cova são comuns metáforas bíblicas que indicam a morte ou o reino dos mortos (águas: Êx 15:5,8,10; 26:5; Sl 32:6; 69:2,14; Lm 3:54; cova: 31.14,16; 32.18,23,24,30; 33:18-30; Sl 30:3,9; 55:23; 88.4-6; 103:4; 143:7; Pv 1:12; Is 14:15; 38:18). Essas duas figuras de linguagem são combinadas em 28.8; Sl 69:15; Jn 2:5,6. O profeta descreveu aqui as águas mitológicas do caos engolfando a ilha e seus habitantes (28.2, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
26.1ss Esta mensagem veio ao Ezequiel em 586 a.C. Os capítulos 26:27 são uma profecia contra Tiro, a capital de Fenícia, ao norte do Israel. Parte da cidade estava na linha costeira e parte em uma bela ilha. Tiro se regozijou quando caiu Jerusalém, já que sempre competiu com o Judá pelo comércio muito lucrativo que acontecia suas terras do Egito ao sul e da Mesopotamia ao norte. Tiro dominava as rotas de comércio marítimas enquanto que Judá dominava as terrestres. Agora que Judá estava derrotada, Tiro pensou que tinha todo o comércio para ele. Mas esta satisfação não durou muito. Em 586 a.C., Nabucodonosor atacou a cidade de Tiro. Necessitou quinze anos para capturar a cidade (586-571) devido a sua parte posterior se localizava no mar e podiam chegar por essa via fornecimentos frescos todos os dias.

26:14 depois de um sítio de quinze anos, Nabucodonosor não pôde conquistar a parte de Tiro se localizada na ilha; assim certos aspectos descritos em 26.12, 14 excediam ao dano real feito a Atiro pelo Nabucodonosor e predisse o que aconteceria mais tarde aos habitantes da ilha durante as conquistas do Alejandro Magno. Alejandro atirou o escombro da cidade principal ao mar até que fez uma ponte até a ilha. Logo partiu sobre a ponte e destruiu a ilha (332 a.C.). Na atualidade, a cidade da ilha segue sendo um montão de escombro, testemunho do julgamento de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

B. PNEUS (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
26.1 No undécimo ano. É o ano 587 a.C., o ano da destruição final de Jerusalém.

26.2 Bem feito! Pelo dom profético, Ezequiel estava vendo as reações de Tiro à queda de Jerusalém, pelo menos um ano antes de receber a notícia dessa calamidade (33.21). A porto dos povos. Por Jerusalém, podia-se levar caravanas de comércio até ao Egito, à Filístia e à Arábia. É claro que estas três civilizações não tinham Jerusalém como "porta de passagem", mas as estradas centrais passavam dentro da jurisdição de Judá.

26.5 Enxugadouro de redes. O nome de Tiro quer dizer "rocha", mas, na época, era uma rocha ricamente habitada. Hoje os pescadores usam a penha descalvada para enxugar as redes.

26:7-14 Nabucodonosor invadiu Tiro e cercou-a em 587-574 a.C. As crônicas da época estão em falta, mas parece que, embora os habitantes de Tiro aceitassem a soberania da Babilônia sobre si, a destruição total da cidade foi reservada para outra época, segundo, inclusive, se lê em 29:17-21.
26.12 Tuas riquezas. A violência praticada pela cidade de Tiro não era a violência da guerra, mas sim a violência a longo prazo, de aproveitar cinicamente toda oportunidade para se obter vantagem injusta (conforme 2). Para Ezequiel, Tiro era o símbolo da negociata e da luxúria.

26.15 As terras do mar. As cidades marítimas independentes que, tanto os fenícios como os, gregos, espalharam pelo Mediterrâneo.

26.17 Como pereceste. Compare a queda da Babilônia (nome místico, dado a Roma no Apocalipse) descrita em Ap 18:1-66, na qual se observam as objeções que os profetas levantaram contra o tipo de civilização que até de almas humanas quis fazer comércio (Ap 18:13).

26.20 Ao povo antigo. A "cova" é a sepultura, onde Tiro vai ser acrescentada às demais nações que desapareceram, na história.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

5)    Oráculos contra Tiro (26.1—28.19) Tiro, o maior porto marítimo dos fenícios,

com um ancoradouro em terra no continente e outro na sua ilha-fortaleza quase impenetrável, havia reconhecido a suserania da Babilônia depois da vitória de Nabucodonosor em Carquemis (605 a.C.), porém mais tarde (594/3 a.C.) se aliou a nações vizinhas para conspirar contra esse jugo (Jr 27:3). De acordo com os historiadores Menandro e Filostra-to, citados por Josefo (Apion, 1.156; Ant., X. 228), Nabucodonosor cercou Tiro durante 13 anos (c. 585—572 a.C.); conforme Ez 29:18. Que ele estabeleceu um tipo de autoridade sobre Tiro, deduz-se da menção de um alto comissário babilónico para Tiro ao lado de seu rei nativo numa inscrição de 564/3 a.C.

a) A queda da cidade é predita (26:1-21). Nessa série de quatro oráculos, profecias específicas de prejuízos a serem causados por Nabucodonosor (v. 7-11) são intercaladas com as ameaças mais gerais de destruição total, como Tiro não experimentou até ser tomada por Alexandre, o Grande, depois de um cerco de sete meses em 332 a.C.

v. 1. no primeiro dia do mês\ o mês não é especificado. Se, com alguma fundamentação na LXX, lermos “primeiro mês” (assim a NEB), a data é 23 de abril de 587 a.C., mas o v. 2 pode indicar uma data após a captura de Jerusalém três ou quatro meses mais tarde, v. 2. O portal (lit. “portais”) das nações está quebrado’, com a queda de Jerusalém e do Reino de Judá, um posto de alfândega entre Tiro e as terras mais ao sul foi removido; a devastação de Judá seria, portanto, o “reabastecimento” de Tiro. A formulação dos v. 3-6 (que talvez seja uma duplicação posterior do oráculo dos v. 7-14) se refere à destruição da ilha-fortaleza de Tiro, que Nabucodonosor não conseguiu realizar; foi conseguida por Alexandre quando usou o entulho das minas do continente para constmir um passadiço para a ilha. v. 6. em seus territórios no continente-, cidades fenícias que reconheciam a liderança de Tiro. A sua queda isolaria a cidade-ilha.

v. 7. Contra você, Tiro, vou trazer do norte..:. acerca da linguagem, conforme Jr 1:13-24 (sobre um ataque contra Jerusalém); 50.3,9 (sobre um ataque contra a Babilônia), rei da Babilônia, Nabucodonosor, rei de reis’. como ele poderia ser designado numa proclamação oficial, v. 8. armará uma barreira’, como o testudo romano; sob a proteção dos escudos interligados, os aríetes podiam ser usados com segurança contra os muros da cidade (v. 9). v. 12. lançarão ao mar. melhor “no meio do mar” (NEB). v. 13. seus cânticos barulhentos [...] não se ouvirá mais a música de suas harpas’, isso encontra eco no cântico fúnebre sobre a Babilônia apocalíptica (Ap 18:22).

v. 15. Acaso as regiões litorâneas não tremerão...?-. a queda de uma grande cidade comercial traz desânimo para todos que mantinham relações comerciais com ela; aqui as cidades egéias são retratadas como entrando em estado de luto por Tiro. v. 17. um poder dos mares-, o império econômico de Tiro se estendia por todo o Mediterrâneo (onde Cartago foi colonizada por ela no século IX a.C.) até o estreito de Gibraltar e além.

v. 19. quando eu a cobrir com as vastas águas do abismo’. Tiro vai ser esmagada pelo oceano primevo (heb. tehôm)\ conforme Gn 1:2); i.e., ela se perderá no esquecimento; a mesma idéia está presente na expressão “descer à cova’' (heb. bôr, v. 20), o precipício inferior. Conforme o que se diz do Egito em 31:14-18; 32.18ss e da Babilônia em Is 14:15ss. v. 20. e não retomará o seu lugar, assim a LXX traduz o TM “eu darei beleza” (resultado da divisão errada de palavras).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 25 do versículo 1 até o 32

II. Oráculo Contra as Nações Estrangeiras. 25:1 - 32:32.

Os oráculos anunciando o castigo para os vizinhos hostis de Israel (caps. 25-32) constituem uma transição entre as profecias do juízo de Judá e Jerusalém (caps. 1-24) e as predições de sua restauração (caps. 33-39; 40-48). Os oráculos contra as nações estrangeiras estão agrupados em outros profetas também: 13 1:23-1'>Is. 13-23; Jr. 46-51; Am 1:1; Sf 2:4-15.

Antes que o estado ideal pudesse ser alcançado, os inimigos teriam de ser destruídos e Israel tinha de se estabelecer seguramente em sua terra (Ez 28:24, Ez 28:26; Ez 34:28, Ez 34:29). Sete nações, possivelmente um símbolo de plenitude, estão destinadas à retribuição. Cinco delas fizeram uma aliança contra a Caldéia (Jr 27:1-3). A Babilônia, o poder anti-Deus do V. T. , não está incluída nas acusações, talvez porque esta nação foi o instrumento da justiça de Deus (Ez 29:17 e segs.), embora Ezequiel conhecesse o caráter dos caldeus (Ez 7:21, Ez 7:22, Ez 7:24; Ez 28:6; Ez 30:11, Ez 30:12; Ez 31:12).

O Senhor devia repartir o castigo pelos inimigos que estavam à volta de Israel por causa de seu comportamento para com Israel (Ez 25:3, Ez 25:8, Ez 25:12, Ez 25:15; Ez 26:2; Ez 29:6) e por causa de seu orgulho ímpio e sua autodeificação (28; Ez 29:3). Aqui, como nos oráculos referentes aos estrangeiros feitos pelos outros profetas, exibe-se o panorama internacional da profecia hebraica, com o destaque dado à soberania universal de Deus e a responsabilidade moral de toda a humanidade. "A posição de uma nação entre os povos depende da contribuição que faz ao propósito divino para a humanidade e de seu tributo para com o Seu governo universal" (Cook, ICC, pág. 282).

As nações que foram examinadas pelo profeta são Amom, Moabe, Edom, Filístia (Ez 25:1-7, Ez 25:8-11, Ez 25:12-14, Ez 25:15-17), Tiro (três oráculos 26:27; Ez 28:1-19), Sidom (Ez 28:20-26) e Egito (sete oráculos 29:1-16, 17-21; 30:119, 20-26; 31; 32:1-16, 17-32). Os quatro primeiros oráculos são curtos e prosaicos (cap. Ez 25:1), enquanto que os pronunciamentos contra Tiro (caps. 26-28) e Egito (caps. 29-32) são longos, poemas magníficos, cheios de colorido e fogo, boa ilustração do estrio variado de Ezequiel. As datas atribuídas a alguns dos oráculos localizam esta seção entre 587-586 A.C. (sete meses antes da queda de Jerusalém, Ez 29:1) e 571-570 A. C. (16 anos depois de sua queda, Ez 29:17).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

Ez 26:1, Ez 26:7, Ez 26:15, Ez 26:19). A tradicional observação marginal hebraica do capítulo diz "metade do livro".

a) A Culpa de Tiro. Ez 26:1-6.


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 19

E. Oráculos Contra Tiro. 26:1 - 28:19.

Com referência a outras maldições, veja Is 23:1, Am 1:10; Zc 9:3, Zc 9:4.

A antiguidade de Tiro se atesta através de Heródoto (ü,
44) e as Cartas de Amarna (cons. Pritchard, ANET, 484). Forçados a sair da Palestina e Síria no décimo terceiro e décimo segundo séculos, os fenícios voltaram suas energias para o lado do mar e vieram a ser os maiores marinheiros e comerciantes de todos os tempos, em relação ao mundo conhecido (cons. Albright, "The Role of the Canaanites in the History of Civilization", em The Bible and the Ancient Near East, ed. por G. E. Wright, págs. 328.362, esp. págs. 328, 335, 340 e segs.). Rirão I, rei de Tiro (969.936), fez pactos com Davi e Salomão (2Sm 5:11; 1Rs 5:1-18; 1Rs 9:10-14; Mc 3:8; cons. Mt 11:21, Mt 11:22), e foi o lar de crentes (At 21:3-6). Orígenes foi ali sepultado em 254 d. C. e Eusébio pregou ali em 323. Os muçulmanos a conquistaram em 638 e os cruzados a tomaram em 1124. A cidade foi completamente destruída pelos sarracenos em 1291. Atualmente é uma pequena vila de pescadores, Es-Sur.

Ezequiel dedica mais espaço a Tiro, "A Veneza da Antiguidade ", do que qualquer outro escritor do V. T. Nos capítulos 26-28, o profeta prediz a derrota deste grande poder naval sob as mãos de Nabucodonosor (cap. Ez 26:1), lamenta o naufrágio deste galante navio Tiro em uma lamentação magnífica (cap. Ez 27:1); e em uma canção de escárnio descreve o orgulho e a queda do príncipe de Tiro (Ez 28:1-19).


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 versículo 4
Ez 26:3-14 - Por que as profecias de Ezequiel foram incluídas nas Escrituras, se elas erram no que diz respeito a Nabucodonosor?


PROBLEMA:
De acordo com as profecias de Ez 26:1 mostra que Nabucodonosor não teve sucesso na captura de Tiro. Como conciliar estas duas colocações?

SOLUÇÃO: Nabucodonosor realmente destruiu as cidades costeiras. Entretanto, o povo do porto de Tiro obviamente havia se transferido pára a cidade da ilha, a qual puderam defender com sucesso dos invasores babilônicos. Nabucodonosor havia derrotado e despojado as cidades da orla marítima, como Ezequiel profetizou (Ez 26:7-11), mas ele nâo foi vitorioso sobre a cidade da ilha. Este fato é registrado em Ez 29:18.

Além disso, o versículo 12 denota uma mudança, passando da profecia a respeito de Nabucodonosor para declarações proféticas concernentes a outros invasores. O versículo 3 já tinha introduzido a idéia de muitos invasores, ao dizer: "farei subir contra ti muitas nações". Como a história registra, muitas nações realmente insurgiram-se contra a cidade de Tiro na ilha; mas foi Alexandre, o Grande, que, tendo sitiado a ilha da cidade de Tiro por volta de 332 a.C, conquistou finalmente essa cidade e a deixou em total ruína, de forma que ela nunca foi reconstruída. Quando corretamente compreendida, a profecia de Ezequiel se ajusta de modo perfeito aos registros históricos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
VIII. PROFECIAS CONTRA TIRO Ez 26:1-28.26

Os fatos da situação contemporânea explicam a proeminência dada por Ezequiel para Tiro. Os babilônios estavam prestes a pôr cerco na cidade. Qual seria o resultado? "Baseados em terreno patriótico e religioso, os judeus exilados sentiam-se envolvidos na questão. Ezequiel não duvidava que isso resultaria na queda e na extinção de Tiro (Ez 26); ele antecipa sua ruína numa magnífica lamentação fúnebre (Ez 27); e ameaça seu rei de justa retribuição (Ez 28)" (Cooke).

a) A queda de Tiro (Ez 26:1-21)

Tiro exultava no que acontecera a Jerusalém, pois ela tinha sido a porta dos povos (2). O tráfico das caravanas, vindas do norte ou do sul, eram sujeitas a impostos pelos judeus. Como se o mar fizesse subir as suas ondas (3). Tiro estava edificada numa ilha rochosa, "no coração dos mares" (Ez 27:4), uma posição que facilitava o comércio e a tornava aparentemente inexpugnável. Suas filhas que estão no campo (6) eram as cidades do continente que dela dependiam. No original, Ezequiel sempre escreve o nome do monarca babilônico (7) da maneira mais aproximada possível do original babilônico, Nabukudurri-usur, "Nebo protege minhas fronteiras".

>Ez 26:8

Essa descrição da campanha, nos vers. 8-12, pressupõe a ereção de um molhe que partia do continente à ilha, um procedimento provavelmente adotado por Nabucodonosor (cfr. 29.18 nota), e que certamente foi seguido por Alexandre, com sucesso completo, em 332 A. C. As colunas da tua força (11) seriam aqueles associados ao culto a Melcarte, o deus de Tiro. As ilhas (15) são as costas e as ilhas do Mediterrâneo com as quais comerciava Tiro. Te farei descer com os que descem à cova (20). Tiro seria rebaixada até o Seol. Em lugar de estabelecei a glória na terra dos viventes (20), a Septuaginta diz: "não permanecerá na terra dos vivos", o que está mais de conformidade com o contexto.


Dicionário

Derribar

verbo transitivo Pôr abaixo; lançar por terra; abater; derrubar.
Forçar a demissão de; destituir.
Figurado Vencer, subjugar.
Destruir, aniquilar.

Lançar por terra; fazer cair.

Derribar Derrubar; destruir (Ec 3:3).

Destruir

verbo transitivo direto Causar destruição; arruinar, demolir (qualquer construção): destruiu o prédio.
Fazer desaparecer; extinguir, exterminar, matar: destruir os insetos nocivos.
verbo transitivo direto e intransitivo Provocar consequências negativas, grandes prejuízos; arrasar: destruiu o país inteiro na guerra; a mentira destrói.
verbo transitivo indireto [Popular] Sair-se bem em; arrasar: destruir com as inimigas.
verbo transitivo direto e pronominal Derrotar inimigos ou adversários; desbaratar: destruir as tropas inimigas; o exército se destruiu rapidamente com o ataque.
Etimologia (origem da palavra destruir). Do latim destrure, “causar destruição”.

Farar

verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

Muros

masc. pl. de muro

mu·ro 2
(latim mus, muris)
nome masculino

[Portugal: Trás-os-Montes] Rato.


mu·ro 1
(latim murus, -i)
nome masculino

1. Obra, geralmente de alvenaria, que separa terrenos contíguos ou que forma cerca.

2. Muralha de fortificação. (Mais usado no plural.)

3. Figurado Aquilo que serve para defender ou proteger. = DEFESA, RESGUARDO


muro seco
Muro de pedra solta.


Penha

substantivo feminino Rochedo grande, saliente e de localização isolada, normalmente numa encosta ou serra; penedo, penhasco, rocha.
Etimologia (origem da palavra penha). Do espanhol peña.

Pedra grande

Penha Grande pedra; rocha (Jr 23:29).

substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

Tiro

substantivo masculino Ação ou efeito de atirar; disparar qualquer arma de fogo: tiro certeiro.
A carga disparada pela arma de fogo; disparo: tiro de revólver.
Bala; carga que se dispara de cada vez: revólver de seis tiros.
Distância que alcança a carga ou o disparo.
Figurado Produzir resultado seguro e imediato.
Lugar ou curso no qual se aprende a atirar com armas de fogo ou se faz exercício com elas.
Ação de puxar carros por cavalgadura: cavalo de tiro.
Calabre ou tirante com que se une o boi ou a besta tanto à charrua como à carruagem.
locução adverbial De um tiro. De uma só vez.
Dar um tiro em. Acabar, liquidar ou encerrar um assunto, um trabalho etc.
[Brasil] Informal. Dar um tiro na praça. Causar prejuízo ao outro através de uma falência fraudulenta.
Sair o tiro pela culatra. Quando o resultado de uma ação é o contrário do que esperava quem a praticou.
Ser tiro e queda. De pontaria certa.
Ângulo de tiro. Ângulo formado pela linha de tiro com as horizontais do plano de tiro.
Plano de tiro. O plano vertical que passa pela linha de tiro de uma arma de fogo.
Tiro de cavalos, de bois etc. Parelha de cavalos, de bois etc.
Tiro cego. Tiro sem pontaria certa; disparado à queima-roupa.
Etimologia (origem da palavra tiro). Forma regressiva de tirar.

É hoje Es-Sur, uma pobre povoação Foi, em tempos antigos, uma fortificada cidade da Fenícia, situada sobre uma península rochosa, primitivamente uma ilha da parte oriental do Mediterrâneo, colonizada pela gente de Sidom (is 23:2-12 – cf Gn 10:15). Foi cedida à tribo de Aser, e ocupada, não tendo sido expulsos os seus habitantes (Js 19:29Jz 1:31-32 – 2 Sm 24.7). Tiro forneceu materiais e artífices para Davi construir o seu palácio, e Salomão o templo (2 Sm 5.11 – 1 Rs 5 – 7.13,14 – 9.11 a 14, 27 – 10.22 – 16.31 – 1 Cr 14.1 – 22.4 – 2 Cr 2). Foi denunciada pelos profetas (is 23 – Jr 25:22 – 47.4 – Ez 26:27-28Jl 3:4-8Am 1:9-10Zc 9:2-4). A cidade de Tiro alcançou grande poder e esplendor. Cerca de 150 anos depois da edificação do templo de Salomão, estabeleceu a grande colônia de Cartago – assenhoreou-se da ilha de Chipre, que continha preciosas minas de cobre – e exerceu domínio sobre Sidom. Foi cercada por Salmaneser, mas sem resultado (Ez 27). o cerco posto por Nabucodonosor durou treze anos, seguindo-se uma pequena sujeição ao império da Babilônia, ou uma aliança com aquela potência (Jr 27:3-8Ez 29:18-20). De Tiro foram de novo fornecidos materiais para a edificação do segundo templo, e além disso outros produtos (Ed 3:7Ne 13:16). Jesus andou pelas vizinhanças da cidade, que estava afastada de Nazaré uns 65 km (Mt 11:21 – 15.21 – Mc 3:8 – 7.24 – Lc 6:17 – 10.13). Foi a residência de pessoas cristãs (At 21. 3 a 6). Tiro, diferente de outras celebradas cidades do antigo mundo, comerciais e independentes como ela, era uma monarquia e não uma república, conservando esta forma de governo até à completa perda da sua independência. Desde tempos remotíssimos foram os tírios conhecidos pela sua aptidão para toda a obra artística de cobre ou de metal amarelo. A madeira de cedro para o templo foi levada em jangadas de Tiro a Jope, numa distancia de 118 km, estando Jope distante de Jerusalém cerca de 51 km. Hirão, rei de Tiro, mandou a Salomão marinheiros, para a viagem a ofir e à india. Por outro lado, era a Palestina o celeiro da Fenícia, fornecendo-lhe, além do trigo, o azeite, e mel, e bálsamo. Tiro era afamada pela manufatura de uma certa tinta de púrpura. Até ao fim do século décimo-terceiro da nossa era, a cidade de Tiro, tendo sobrevivido à queda dos impérios da Macedônia e de Roma, foi uma grande cidade, comparada com a qual era Roma de DATA recente. Por fim caiu diante das armas conquistadoras dos maometanos. Tiro perdeu a sua qualidade de ilha, quando foi cercada por Alexandre Magno, edificando este rei um molhe, que pôs a cidade em comunicação com o continente. o molhe foi alargado pelos depósitos de areia, e agora a língua de terra tem de largura uns quinhentos metros.

Tiro Porto da Fenícia situado numa ilha ao norte do Carmelo e ao sul de Sidom (1Rs 9:10-14); Is 23; Ez 26:28; (Mc 7:24-31); (At 21:3-7).

Tiro Como Sidônia, um antigo porto fenício no Mediterrâneo (Mt 11:21ss.; 15,21ss.; Mc 3:8; 7,24.31; Lc 6:17; 10,13ss.).

Torres

2ª pess. sing. pres. conj. de torrar
fem. pl. de torre

tor·rar -
(latim torreo, -ere, secar, assar, tostar, queimar)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Queimar(-se) ligeiramente. = ASSAR, TORRIFICAR, TOSTAR

2. Dar ou ficar com um tom acastanhado, geralmente por exposição à luz solar.

verbo transitivo

3. Secar ao sol.

4. [Informal, Figurado] Gastar ou consumir excessiva e descontroladamente (ex.: torrou a herança dos pais no vício do jogo). = ESPATIFAR, ESTOURAR

verbo transitivo e intransitivo

5. [Brasil, Informal] Vender a baixo preço. = LIQUIDAR

6. [Brasil, Informal] Causar aborrecimento. = CHATEAR, ENTEDIAR

Confrontar: turrar.

tor·re |ô| |ô|
(latim turris, -is)
nome feminino

1. Construção elevada, geralmente de pedra ou de tijolo, redonda ou angular.

2. Campanário.

3. Fortaleza.

4. [Marinha] Parte elevada sobre a coberta dos navios onde se coloca a artilharia de grande alcance.

5. [Marinha] Estrutura estanque acima do casco do submarino, onde fica o comando, periscópio, rádio, radar e outros sistemas de controlo.

6. Antigo [Militar] Máquina de guerra em forma de torre.

7. [Militar] Estrutura móvel e blindada no topo dos carros de combate, onde fica a boca-de-fogo.

8. [Jogos] Cada uma das peças do xadrez, geralmente em forma de torre com ameias, que no início do jogo, está nas casas das pontas do tabuleiro. = ROQUE

9. Figurado Pessoa muito alta e robusta.

10. [Linguagem poética] Navio de guerra.


torre de homenagem
[Arquitectura] [Arquitetura] O mesmo que torre de menagem.

torre de menagem
[Arquitectura] [Arquitetura] Torre principal de uma fortaleza em que se celebravam os actos mais solenes.

Torre do Tombo
Arquivo nacional português onde se guardam documentos do mais alto valor histórico.


Varrer

verbo transitivo Limpar com vassoura: varrer o lixo.
Limpar, expurgar.
Esvaziar, esgotar, exaurir: varreu os cofres públicos.
Destruir, arrasar: a metralha varreu as posições inimigas.
Afastar, deslocar: o vento varre as nuvens.
verbo pronominal Figurado Desvanecer-se, dissipar-se: varreram-se-lhe da mente todas as ilusões.

varrer
v. 1. tr. dir. Limpar com vassoura (o solo, o soalho). 2. Intr. Limpar o lixo com a vassoura. 3. tr. dir. Passar pela superfície de; roçar. 4. tr. dir. Impelir para diante. 5. tr. dir. Fazer desaparecer. 6. tr. dir. Esvaziar, exaurir. 7. tr. dir. Dispersar. 8. tr. dir. Apagar, desvanecer. 9. pron. Desvanecer-se, dissipar-se. 10. tr. dir. Fazer esquecer. 11. Intr. Pop. Perder o conceito, o crédito. 12. tr. dir. Agr. Praticar a varrição a.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 26: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Elas destruirão os muros de Tirus, e derrubarão as suas torres; e eu lhe rasparei o seu pó, e a farei ficar como o topo descalvado de uma rocha- saliente.
Ezequiel 26: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2040
hâraç
הָרַס
demolir, derrubar, destruir, derrotar, quebrar, atravessar, arruinar, arrancar, empurrar,
(you have overthrown)
Verbo
H2346
chôwmâh
חֹומָה
a parede / o muro
(the wall)
Substantivo
H4026
migdâl
מִגְדָּל
torre
(and a tower)
Substantivo
H4480
min
מִן
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H5500
çâchâh
סָחָה
raspar
(and I will also scrape her)
Verbo
H5553
çelaʻ
סֶלַע
rochedo, penhasco, rocha
(the rock)
Substantivo
H6083
ʻâphâr
עָפָר
terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
([of] the dust)
Substantivo
H6706
tsᵉchîyach
צְחִיחַ
o topo
(the top)
Substantivo
H6865
Tsôr
צֹר
()
H7843
shâchath
שָׁחַת
destruir, corromper, arruinar, deteriorar
(Now was corrupt)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


הָרַס


(H2040)
hâraç (haw-ras')

02040 הרס harac

uma raiz primitiva; DITAT - 516; v

  1. demolir, derrubar, destruir, derrotar, quebrar, atravessar, arruinar, arrancar, empurrar, lançar ao chão, atirar para baixo, estragado, destruidor
    1. (Qal)
      1. derrubar, demolir
      2. romper
      3. destruir, fugir
    2. (Nifal) ser arrasado, ser derrubado
    3. (Piel)
      1. destruir, demolir
      2. destruidor (particípio)

חֹומָה


(H2346)
chôwmâh (kho-maw')

02346 חומה chowmah

particípio ativo de uma raiz não utilizada aparentemente significando juntar; DITAT - 674c; n f

  1. muro

מִגְדָּל


(H4026)
migdâl (mig-dawl')

04026 מגדל migdal também (no pl.) fem. מגדלה migdalah

procedente de 1431, grego 3093 Μαγδαλα; DITAT - 315f,315g; n m

  1. torre
    1. torre
    2. plataforma elevada, púlpito
    3. leito erguido

מִן


(H4480)
min (min)

04480 מן min

ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

  1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
    1. de (expressando separação), fora, ao lado de
    2. fora de
      1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
      2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
      3. (referindo-se à fonte ou origem)
    3. fora de, alguns de, de (partitivo)
    4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
    5. do que, mais do que (em comparação)
    6. de...até o, ambos...e, ou...ou
    7. do que, mais que, demais para (em comparações)
    8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
  2. que

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

סָחָה


(H5500)
çâchâh (saw-khaw')

05500 סחה cachah

uma raiz primitiva; DITAT - 1483; v

  1. raspar
    1. (Piel) raspar, esfregar

סֶלַע


(H5553)
çelaʻ (seh'-lah)

05553 סלע cela ̀

procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 1508a; n m

  1. rochedo, penhasco, rocha
    1. rochedo, penhasco
    2. como fortaleza de Javé, de segurança (fig.)

עָפָר


(H6083)
ʻâphâr (aw-fawr')

06083 עפר ̀aphar

procedente de 6080; DITAT - 1664a; n m

  1. terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
    1. terra seca ou solta
    2. entulho
    3. argamassa
    4. minério

צְחִיחַ


(H6706)
tsᵉchîyach (tsekh-ee'-akh)

06706 צחיח ts echiyacĥ

procedente de 6705; DITAT - 1903b; n. m.

  1. superfície brilhante ou reluzente, incandescência

צֹר


(H6865)
Tsôr (tsore)

06865 צר Tsor ou צור Tsowr

o mesmo que 6864, grego 5184 Τυρος e 4947 συρια; DITAT - 1965; n. pr. l. Tiro = “uma rocha”

  1. a cidade fenícia na costa do Mediterrâneo

שָׁחַת


(H7843)
shâchath (shaw-khath')

07843 שחת shachath

uma raiz primitiva; DITAT - 2370; v.

  1. destruir, corromper, arruinar, deteriorar
    1. (Nifal) estar inutilizado, estar deteriorado, estar corrompido, estar estragado, estar ferido, estar arruinado, estar apodrecido
    2. (Piel)
      1. deteriorar, aruinar
      2. perverter, corromper, agir corruptamente (moralmente)
    3. (Hifil)
      1. deteriorar, arruinar, destruir
      2. perverter, corromper (moralmente)
      3. destruidor (particípio)
    4. (Hofal) deteriorado, arruinado (particípio)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo