Enciclopédia de Ezequiel 26:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 26: 9

Versão Versículo
ARA Disporá os seus aríetes contra os teus muros e, com os seus ferros, deitará abaixo as tuas torres.
ARC E porá trabucos em frente de ti contra os teus muros, e derribará as tuas torres com os seus machados.
TB Disporá os seus aríetes contra os teus muros e, com os seus machados, derrubará as tuas torres.
HSB וּמְחִ֣י קָֽבָלּ֔וֹ יִתֵּ֖ן בְּחֹֽמוֹתָ֑יִךְ וּמִ֨גְדְּלֹתַ֔יִךְ יִתֹּ֖ץ בְּחַרְבוֹתָֽיו׃
BKJ E ele posicionará máquinas de guerra contra os teus muros, e com seus machados derrubará as tuas torres.
LTT E aplicará as suas máquinas de golpes- frontais- de- guerra contra os teus muros, e derrubará as tuas torres com os seus machados ①.
BJ2 Aplicará os golpes dos seus aríetes contra os teus muros e derribará as tuas torres com as suas máquinas.
VULG et vineas et arietes temperabit in muros tuos, et turres tuas destruet in armatura sua.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 26:9

II Crônicas 26:15 Também fez em Jerusalém máquinas da invenção de engenheiros, que estivessem nas torres e nos cantos, para atirarem flechas e grandes pedras; e voou a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado até que se tornou forte.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

ou "espadas", ou "ferramentas de cortar pedra", ou, simplesmente, "ferros".


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
B. TIRO E SIDOM, Ezequiel 26:1-28.26

Tiro e Sidom não são propriamente nações, mas cidades costeiras (veja mapa 2), co-nhecidas pelos seus interesses comerciais. Tiro recebe uma denúncia longa e impetuosa (26:1-28.19), e Sidom é denunciada rapidamente em apenas quatro versículos (28:20-23).

1. Tiro (26:1-28,19)

Tiro possuía uma longa história como um centro comercial renomado. Mesmo no tempo da profecia de Ezequiel era um centro de grande poder mercantil, embora, como Jerusalém, fosse nominalmente sujeita à Babilônia. Tiro foi uma cidade afamada (26.17), forte no mar. Ela tinha ciúmes de Jerusalém, porque havia sido um centro comercial entre a Babilônia e o Egito, e, portanto, a porta dos povos (26.2). Aqueda de Jerusalém significaria que o comércio se voltaria para Tiro e ela prosperaria. Tiro foi egoísta. O seu interesse material era grande, mas sua alma, pequena.

Tiro tinha ao redor dela pequenas cidades, filhas no campo (Ez 26:8), que eram influ-enciadas por ela. E ela negociava com inúmeras nações e cidades que foram alistadas cuidadosamente em Ez 27.

O rei de Tiro (Ez 28:12), Itobaal II, foi um rei muito orgulhoso. Seu coração se elevou (Ez 28:2) a ponto de dizer: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento. A rica e egoísta Tiro, produtora de Jezabel (I Reis 16:31) e muitas outras pessoas desse tipo, seria humilhada, junto com seu rei.

Em torno da época da queda de Jerusalém, Nabucodonosor (26,7) sitiou Tiro por treze anos, de acordo com Josefo.3 Os navios de Tiro foram completamente destruídos a ponto de nunca mais se tornarem uma grande frota. Hoje, Tiro é uma cidade insignifi-cante de cerca de 6.000 pessoas.'

Eu varrerei o seu pó (26,4) e farei de ti uma penha descalvada (26,14) — pode ser uma alusão à falta de terra para cultivo em Tiro. Cerca de quatrocentos anos antes Salomão tinha trocado grãos e óleo por madeira de lei para edificar o Templo (I Reis 5:11). Uma alusão comparável ocorre no versículo 12: "Despojarão sua riqueza [...] e lançarão ao mar sua terra fértil" (Berkeley). Os príncipes do mar (26,16) provavelmente eram os governantes das nações marítimas com quem Tiro realizava negócios. O versículo 17 começa com um breve poema. Ele é traduzido da seguinte forma pela NVI:

Como você está destruída, cidade de renome,

povoada por homens do mar!

Você era um poder nos mares, você e os seus cidadãos; você impunha pavor a todos os que ali vivem.

Também encontramos em forma poética os seguintes textos: Ez 27:3-9, 25-36 ; 28:2-19 (cf. ARA). A extensão do comércio de Tiro é graficamente mostrada pela lista de lugares mencionados em Ez 27:5-25, percorrendo desde a Espanha no Ocidente (Társis,
12) até a Mesopotâmia no Oriente (Harã, 23).

Társis negociava contigo (27.12ss) significa uma nação com quem Tiro fazia negócios. Os arrabaldes (27,28) também é traduzido por "zona campestre" (RSV). Inteiramente calvos e panos de saco (Ez 27:31) referem-se a rapar a cabeça e a vestir panos de saco como sinal de luto. Moffatt traduz cheios de espanto (Ez 27:35-28.
19) assim: "Todo povo do mar ficará chocado com o que aconteceu com você". Assobiaram sobre ti (Ez 27:36) significa "fazer sons de surpresa" (Basic Bible). Daniel (Ez 28:3) — cf. Ez 14:14, comentário e nota de rodapé. O significado do querubim ungido (Ez 28:14) e do querubim protetor (28,16) é incerto. Ezequiel evidentemente está pensando na con-duta soberana de Deus em relação aos outros povos. Foi Deus quem os fez prosperar e foi Deus quem os castigou de acordo com sua base moral. A RSV traduz esse texto da seguinte forma: "Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o de-signei. Você estava no monte santo de Deus [...l até que se achou maldade em você. [...] Por isso eu o lancei para longe do monte de Deus, como uma coisa profana, e o querubim guardião o expulsou".

O declínio de Tiro é um exemplo do que acontece a uma nação que ama mais o ouro do que a Deus. Aqui está o destino de todos que se alegram com o sofrimento dos outros desde que esse sofrimento encha seus cofres com bens desse mundo presente. O histori-ador Arnold Toynbee entende que o materialismo é um dos fatores principais da queda de civilizações passadas. O exemplo de Tiro continua sendo seguido no século XXIIe princípio do século XXI), com seu pensar quantitativo, que produziu a "era a jato" e a "era do ganho". Há dois séculos, Goethe escreveu que "o espírito tende a atrair para si um corpo". Ele estava falando de seres humanos, para quem as coisas materiais, tantas vezes, são o que mais importa.

"O Erro da nossa Era" pode ser o título de uma mensagem baseada em Ez 28:1-8.


1) O erro: uma motivação errada (Ez 28:1-5).

2) Resultados do erro: os efeitos sobre Tiro, e sobre nós, de uma grande ênfase na prosperidade material (Ez 28:6-8).

3) Cor-rigindo o erro a) por meio da visão vertical mantida por Ezequiel; b) ao elevar a nossa visão para as coisas do alto (Cl 3:1-2) ; e c) ao colocar ordem nas prioridades (Mt 6:33).

2. Sidom (Ez 28:20-23)

Nos tempos antigos, Sidom pode ter sido uma cidade ainda maior do que Tiro. Os estudiosos chegam a essa conclusão pelo fato de Sidom ser mencionada em Gênesis 10:19 sem qualquer referência a Tiro. Com certeza, não era uma cidade insignificante (Js 19:28). Tinha seus próprios reis (Jr 25:22-27.3). Muitas vezes, ela é mencionada junto com Tiro (Is 23:1-2; MAc 7:24-26; AtOS 12:20). Nos dias de Ezequiel, as duas cidades eram parceiras litorâneas do pecado.

Deus é contra (22) Sidom e enviará contra ela a peste e o sangue (23), ou seja, a doença e a espada. Fica claro mais uma vez, com base nos versículos 22:23, que o poder de Deus, derramado em julgamento, tem o propósito de ser uma revelação de si mesmo para os homens: e saberão que eu sou o SENHOR.

3. A Restauração de Israel (28:24-26)

Em uma breve previsão de três versículos daquilo que o profeta tratará em detalhes nos capítulos posteriores (33-48), Ezequiel diz que chegará o tempo em que nenhuma nação circunvizinha será para Israel um espinho que a pique (24). Naquele tempo Deus vai congregar a casa de Israel dentre os povos entre os quais estão espa-lhados e se santificar entre eles, perante os olhos das nações (25). O santificar de Deus, conforme esse versículo, é uma indicação de que a palavra "santificação" não apenas se refere à pureza moral, como ocorre com freqüência no NT (e.g., Ef 5:25-27; 1 TEs 4.3; 5.23), mas também (particularmente no AT) a separar-se de tudo. Nesse caso, depois de julgar Tiro e Sidom por causa dos seus pecados, e depois de fazer Israel voltar para a sua própria terra, o SENHOR, seu Deus, será reconhecido como o Deus do verdadeiro poder e cuidado. Dessa forma Ele será santificado.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
*

26.1—28.26

O trecho de Ezequiel 26—28 dedica-se a oráculos contra os vizinhos fenícios de Israel, mormente Tiro (26.1—28.19), mas também contra Sidom (28.20-26). Esses capítulos são divididos em subseções, cada qual introduzida pela frase "a palavra do SENHOR veio a mim" (26.1; 27.1; 28.1,11,20). Houve ocasionais conflitos militares entre Israel e os fenícios, mas a Bíblia menciona Tiro e Sidom primariamente como fontes de cultos pagãos, sobretudo a adoração a Baal por parte de Jezabel, uma princesa fenícia (Jz 10:6; 1Rs 11:1,5,33; 16:31; 2Rs 23:13). Os fenícios proviam 1srael com comércio e serviços técnicos (2Sm 5:11; 1Rs 5:1,6; 7:13,14; 9:11; 2Cr 2:3,13,14; Ed 3:7; Ne 13:16; At 12:20). Outros livros proféticos também incluíram oráculos contra Tiro e Sidom (Is 23; Jl 3:4-6; Am 1:9,10; Zc 9:2-4).

* 26:2

eu me tornarei rico. O reino de Judá, ocasionalmente, controlava as rotas comerciais que passavam pelas planícies costeiras de Israel e que levavam ao Egito bem como à Arábia e à África, por meio do porto israelita de Ezion Geber. Tiro tiraria proveito se Jerusalém viesse a perder o controle dessas rotas comerciais.

* 26:7

Tiro. Pouco tempo depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor lançou cerco contra a cidade de Tiro. A parte continental dessa cidade caiu rapidamente, em 585 a.C., mas a fortaleza existente na ilha desafiou os exércitos babilônicos por treze anos, até 572 a.C. (29.17,18).

* 26:19-20

muitas águas... à cova. Águas e cova são comuns metáforas bíblicas que indicam a morte ou o reino dos mortos (águas: Êx 15:5,8,10; 26:5; Sl 32:6; 69:2,14; Lm 3:54; cova: 31.14,16; 32.18,23,24,30; 33:18-30; Sl 30:3,9; 55:23; 88.4-6; 103:4; 143:7; Pv 1:12; Is 14:15; 38:18). Essas duas figuras de linguagem são combinadas em 28.8; Sl 69:15; Jn 2:5,6. O profeta descreveu aqui as águas mitológicas do caos engolfando a ilha e seus habitantes (28.2, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
26.1ss Esta mensagem veio ao Ezequiel em 586 a.C. Os capítulos 26:27 são uma profecia contra Tiro, a capital de Fenícia, ao norte do Israel. Parte da cidade estava na linha costeira e parte em uma bela ilha. Tiro se regozijou quando caiu Jerusalém, já que sempre competiu com o Judá pelo comércio muito lucrativo que acontecia suas terras do Egito ao sul e da Mesopotamia ao norte. Tiro dominava as rotas de comércio marítimas enquanto que Judá dominava as terrestres. Agora que Judá estava derrotada, Tiro pensou que tinha todo o comércio para ele. Mas esta satisfação não durou muito. Em 586 a.C., Nabucodonosor atacou a cidade de Tiro. Necessitou quinze anos para capturar a cidade (586-571) devido a sua parte posterior se localizava no mar e podiam chegar por essa via fornecimentos frescos todos os dias.

26:14 depois de um sítio de quinze anos, Nabucodonosor não pôde conquistar a parte de Tiro se localizada na ilha; assim certos aspectos descritos em 26.12, 14 excediam ao dano real feito a Atiro pelo Nabucodonosor e predisse o que aconteceria mais tarde aos habitantes da ilha durante as conquistas do Alejandro Magno. Alejandro atirou o escombro da cidade principal ao mar até que fez uma ponte até a ilha. Logo partiu sobre a ponte e destruiu a ilha (332 a.C.). Na atualidade, a cidade da ilha segue sendo um montão de escombro, testemunho do julgamento de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

B. PNEUS (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
26.1 No undécimo ano. É o ano 587 a.C., o ano da destruição final de Jerusalém.

26.2 Bem feito! Pelo dom profético, Ezequiel estava vendo as reações de Tiro à queda de Jerusalém, pelo menos um ano antes de receber a notícia dessa calamidade (33.21). A porto dos povos. Por Jerusalém, podia-se levar caravanas de comércio até ao Egito, à Filístia e à Arábia. É claro que estas três civilizações não tinham Jerusalém como "porta de passagem", mas as estradas centrais passavam dentro da jurisdição de Judá.

26.5 Enxugadouro de redes. O nome de Tiro quer dizer "rocha", mas, na época, era uma rocha ricamente habitada. Hoje os pescadores usam a penha descalvada para enxugar as redes.

26:7-14 Nabucodonosor invadiu Tiro e cercou-a em 587-574 a.C. As crônicas da época estão em falta, mas parece que, embora os habitantes de Tiro aceitassem a soberania da Babilônia sobre si, a destruição total da cidade foi reservada para outra época, segundo, inclusive, se lê em 29:17-21.
26.12 Tuas riquezas. A violência praticada pela cidade de Tiro não era a violência da guerra, mas sim a violência a longo prazo, de aproveitar cinicamente toda oportunidade para se obter vantagem injusta (conforme 2). Para Ezequiel, Tiro era o símbolo da negociata e da luxúria.

26.15 As terras do mar. As cidades marítimas independentes que, tanto os fenícios como os, gregos, espalharam pelo Mediterrâneo.

26.17 Como pereceste. Compare a queda da Babilônia (nome místico, dado a Roma no Apocalipse) descrita em Ap 18:1-66, na qual se observam as objeções que os profetas levantaram contra o tipo de civilização que até de almas humanas quis fazer comércio (Ap 18:13).

26.20 Ao povo antigo. A "cova" é a sepultura, onde Tiro vai ser acrescentada às demais nações que desapareceram, na história.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

5)    Oráculos contra Tiro (26.1—28.19) Tiro, o maior porto marítimo dos fenícios,

com um ancoradouro em terra no continente e outro na sua ilha-fortaleza quase impenetrável, havia reconhecido a suserania da Babilônia depois da vitória de Nabucodonosor em Carquemis (605 a.C.), porém mais tarde (594/3 a.C.) se aliou a nações vizinhas para conspirar contra esse jugo (Jr 27:3). De acordo com os historiadores Menandro e Filostra-to, citados por Josefo (Apion, 1.156; Ant., X. 228), Nabucodonosor cercou Tiro durante 13 anos (c. 585—572 a.C.); conforme Ez 29:18. Que ele estabeleceu um tipo de autoridade sobre Tiro, deduz-se da menção de um alto comissário babilónico para Tiro ao lado de seu rei nativo numa inscrição de 564/3 a.C.

a) A queda da cidade é predita (26:1-21). Nessa série de quatro oráculos, profecias específicas de prejuízos a serem causados por Nabucodonosor (v. 7-11) são intercaladas com as ameaças mais gerais de destruição total, como Tiro não experimentou até ser tomada por Alexandre, o Grande, depois de um cerco de sete meses em 332 a.C.

v. 1. no primeiro dia do mês\ o mês não é especificado. Se, com alguma fundamentação na LXX, lermos “primeiro mês” (assim a NEB), a data é 23 de abril de 587 a.C., mas o v. 2 pode indicar uma data após a captura de Jerusalém três ou quatro meses mais tarde, v. 2. O portal (lit. “portais”) das nações está quebrado’, com a queda de Jerusalém e do Reino de Judá, um posto de alfândega entre Tiro e as terras mais ao sul foi removido; a devastação de Judá seria, portanto, o “reabastecimento” de Tiro. A formulação dos v. 3-6 (que talvez seja uma duplicação posterior do oráculo dos v. 7-14) se refere à destruição da ilha-fortaleza de Tiro, que Nabucodonosor não conseguiu realizar; foi conseguida por Alexandre quando usou o entulho das minas do continente para constmir um passadiço para a ilha. v. 6. em seus territórios no continente-, cidades fenícias que reconheciam a liderança de Tiro. A sua queda isolaria a cidade-ilha.

v. 7. Contra você, Tiro, vou trazer do norte..:. acerca da linguagem, conforme Jr 1:13-24 (sobre um ataque contra Jerusalém); 50.3,9 (sobre um ataque contra a Babilônia), rei da Babilônia, Nabucodonosor, rei de reis’. como ele poderia ser designado numa proclamação oficial, v. 8. armará uma barreira’, como o testudo romano; sob a proteção dos escudos interligados, os aríetes podiam ser usados com segurança contra os muros da cidade (v. 9). v. 12. lançarão ao mar. melhor “no meio do mar” (NEB). v. 13. seus cânticos barulhentos [...] não se ouvirá mais a música de suas harpas’, isso encontra eco no cântico fúnebre sobre a Babilônia apocalíptica (Ap 18:22).

v. 15. Acaso as regiões litorâneas não tremerão...?-. a queda de uma grande cidade comercial traz desânimo para todos que mantinham relações comerciais com ela; aqui as cidades egéias são retratadas como entrando em estado de luto por Tiro. v. 17. um poder dos mares-, o império econômico de Tiro se estendia por todo o Mediterrâneo (onde Cartago foi colonizada por ela no século IX a.C.) até o estreito de Gibraltar e além.

v. 19. quando eu a cobrir com as vastas águas do abismo’. Tiro vai ser esmagada pelo oceano primevo (heb. tehôm)\ conforme Gn 1:2); i.e., ela se perderá no esquecimento; a mesma idéia está presente na expressão “descer à cova’' (heb. bôr, v. 20), o precipício inferior. Conforme o que se diz do Egito em 31:14-18; 32.18ss e da Babilônia em Is 14:15ss. v. 20. e não retomará o seu lugar, assim a LXX traduz o TM “eu darei beleza” (resultado da divisão errada de palavras).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 25 do versículo 1 até o 32

II. Oráculo Contra as Nações Estrangeiras. 25:1 - 32:32.

Os oráculos anunciando o castigo para os vizinhos hostis de Israel (caps. 25-32) constituem uma transição entre as profecias do juízo de Judá e Jerusalém (caps. 1-24) e as predições de sua restauração (caps. 33-39; 40-48). Os oráculos contra as nações estrangeiras estão agrupados em outros profetas também: 13 1:23-1'>Is. 13-23; Jr. 46-51; Am 1:1; Sf 2:4-15.

Antes que o estado ideal pudesse ser alcançado, os inimigos teriam de ser destruídos e Israel tinha de se estabelecer seguramente em sua terra (Ez 28:24, Ez 28:26; Ez 34:28, Ez 34:29). Sete nações, possivelmente um símbolo de plenitude, estão destinadas à retribuição. Cinco delas fizeram uma aliança contra a Caldéia (Jr 27:1-3). A Babilônia, o poder anti-Deus do V. T. , não está incluída nas acusações, talvez porque esta nação foi o instrumento da justiça de Deus (Ez 29:17 e segs.), embora Ezequiel conhecesse o caráter dos caldeus (Ez 7:21, Ez 7:22, Ez 7:24; Ez 28:6; Ez 30:11, Ez 30:12; Ez 31:12).

O Senhor devia repartir o castigo pelos inimigos que estavam à volta de Israel por causa de seu comportamento para com Israel (Ez 25:3, Ez 25:8, Ez 25:12, Ez 25:15; Ez 26:2; Ez 29:6) e por causa de seu orgulho ímpio e sua autodeificação (28; Ez 29:3). Aqui, como nos oráculos referentes aos estrangeiros feitos pelos outros profetas, exibe-se o panorama internacional da profecia hebraica, com o destaque dado à soberania universal de Deus e a responsabilidade moral de toda a humanidade. "A posição de uma nação entre os povos depende da contribuição que faz ao propósito divino para a humanidade e de seu tributo para com o Seu governo universal" (Cook, ICC, pág. 282).

As nações que foram examinadas pelo profeta são Amom, Moabe, Edom, Filístia (Ez 25:1-7, Ez 25:8-11, Ez 25:12-14, Ez 25:15-17), Tiro (três oráculos 26:27; Ez 28:1-19), Sidom (Ez 28:20-26) e Egito (sete oráculos 29:1-16, 17-21; 30:119, 20-26; 31; 32:1-16, 17-32). Os quatro primeiros oráculos são curtos e prosaicos (cap. Ez 25:1), enquanto que os pronunciamentos contra Tiro (caps. 26-28) e Egito (caps. 29-32) são longos, poemas magníficos, cheios de colorido e fogo, boa ilustração do estrio variado de Ezequiel. As datas atribuídas a alguns dos oráculos localizam esta seção entre 587-586 A.C. (sete meses antes da queda de Jerusalém, Ez 29:1) e 571-570 A. C. (16 anos depois de sua queda, Ez 29:17).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21

Ez 26:1, Ez 26:7, Ez 26:15, Ez 26:19). A tradicional observação marginal hebraica do capítulo diz "metade do livro".

a) A Culpa de Tiro. Ez 26:1-6.


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 19

E. Oráculos Contra Tiro. 26:1 - 28:19.

Com referência a outras maldições, veja Is 23:1, Am 1:10; Zc 9:3, Zc 9:4.

A antiguidade de Tiro se atesta através de Heródoto (ü,
44) e as Cartas de Amarna (cons. Pritchard, ANET, 484). Forçados a sair da Palestina e Síria no décimo terceiro e décimo segundo séculos, os fenícios voltaram suas energias para o lado do mar e vieram a ser os maiores marinheiros e comerciantes de todos os tempos, em relação ao mundo conhecido (cons. Albright, "The Role of the Canaanites in the History of Civilization", em The Bible and the Ancient Near East, ed. por G. E. Wright, págs. 328.362, esp. págs. 328, 335, 340 e segs.). Rirão I, rei de Tiro (969.936), fez pactos com Davi e Salomão (2Sm 5:11; 1Rs 5:1-18; 1Rs 9:10-14; Mc 3:8; cons. Mt 11:21, Mt 11:22), e foi o lar de crentes (At 21:3-6). Orígenes foi ali sepultado em 254 d. C. e Eusébio pregou ali em 323. Os muçulmanos a conquistaram em 638 e os cruzados a tomaram em 1124. A cidade foi completamente destruída pelos sarracenos em 1291. Atualmente é uma pequena vila de pescadores, Es-Sur.

Ezequiel dedica mais espaço a Tiro, "A Veneza da Antiguidade ", do que qualquer outro escritor do V. T. Nos capítulos 26-28, o profeta prediz a derrota deste grande poder naval sob as mãos de Nabucodonosor (cap. Ez 26:1), lamenta o naufrágio deste galante navio Tiro em uma lamentação magnífica (cap. Ez 27:1); e em uma canção de escárnio descreve o orgulho e a queda do príncipe de Tiro (Ez 28:1-19).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 8 até o 9

8,9. Em seu ataque, Nabucodonosor empregou um baluarte, ou uma torre móvel; um terrapleno (AV, monte); um telhado de paveses (AV, levantamento de escudos), igual ao testudo romano; aríetes e ferros, literalmente, espadas, no sentido de ferramentas.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 versículo 9
Ez 26:3-14 - Por que as profecias de Ezequiel foram incluídas nas Escrituras, se elas erram no que diz respeito a Nabucodonosor?


PROBLEMA:
De acordo com as profecias de Ez 26:1 mostra que Nabucodonosor não teve sucesso na captura de Tiro. Como conciliar estas duas colocações?

SOLUÇÃO: Nabucodonosor realmente destruiu as cidades costeiras. Entretanto, o povo do porto de Tiro obviamente havia se transferido pára a cidade da ilha, a qual puderam defender com sucesso dos invasores babilônicos. Nabucodonosor havia derrotado e despojado as cidades da orla marítima, como Ezequiel profetizou (Ez 26:7-11), mas ele nâo foi vitorioso sobre a cidade da ilha. Este fato é registrado em Ez 29:18.

Além disso, o versículo 12 denota uma mudança, passando da profecia a respeito de Nabucodonosor para declarações proféticas concernentes a outros invasores. O versículo 3 já tinha introduzido a idéia de muitos invasores, ao dizer: "farei subir contra ti muitas nações". Como a história registra, muitas nações realmente insurgiram-se contra a cidade de Tiro na ilha; mas foi Alexandre, o Grande, que, tendo sitiado a ilha da cidade de Tiro por volta de 332 a.C, conquistou finalmente essa cidade e a deixou em total ruína, de forma que ela nunca foi reconstruída. Quando corretamente compreendida, a profecia de Ezequiel se ajusta de modo perfeito aos registros históricos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 26 do versículo 1 até o 21
VIII. PROFECIAS CONTRA TIRO Ez 26:1-28.26

Os fatos da situação contemporânea explicam a proeminência dada por Ezequiel para Tiro. Os babilônios estavam prestes a pôr cerco na cidade. Qual seria o resultado? "Baseados em terreno patriótico e religioso, os judeus exilados sentiam-se envolvidos na questão. Ezequiel não duvidava que isso resultaria na queda e na extinção de Tiro (Ez 26); ele antecipa sua ruína numa magnífica lamentação fúnebre (Ez 27); e ameaça seu rei de justa retribuição (Ez 28)" (Cooke).

a) A queda de Tiro (Ez 26:1-21)

Tiro exultava no que acontecera a Jerusalém, pois ela tinha sido a porta dos povos (2). O tráfico das caravanas, vindas do norte ou do sul, eram sujeitas a impostos pelos judeus. Como se o mar fizesse subir as suas ondas (3). Tiro estava edificada numa ilha rochosa, "no coração dos mares" (Ez 27:4), uma posição que facilitava o comércio e a tornava aparentemente inexpugnável. Suas filhas que estão no campo (6) eram as cidades do continente que dela dependiam. No original, Ezequiel sempre escreve o nome do monarca babilônico (7) da maneira mais aproximada possível do original babilônico, Nabukudurri-usur, "Nebo protege minhas fronteiras".

>Ez 26:8

Essa descrição da campanha, nos vers. 8-12, pressupõe a ereção de um molhe que partia do continente à ilha, um procedimento provavelmente adotado por Nabucodonosor (cfr. 29.18 nota), e que certamente foi seguido por Alexandre, com sucesso completo, em 332 A. C. As colunas da tua força (11) seriam aqueles associados ao culto a Melcarte, o deus de Tiro. As ilhas (15) são as costas e as ilhas do Mediterrâneo com as quais comerciava Tiro. Te farei descer com os que descem à cova (20). Tiro seria rebaixada até o Seol. Em lugar de estabelecei a glória na terra dos viventes (20), a Septuaginta diz: "não permanecerá na terra dos vivos", o que está mais de conformidade com o contexto.


Dicionário

Derribar

verbo transitivo Pôr abaixo; lançar por terra; abater; derrubar.
Forçar a demissão de; destituir.
Figurado Vencer, subjugar.
Destruir, aniquilar.

Lançar por terra; fazer cair.

Derribar Derrubar; destruir (Ec 3:3).

Frente

substantivo feminino Lugar situado na parte dianteira de: os lugares da frente são melhores.
A parte anterior de; que se opõe à traseira: a frente do carro.
Frontaria; a parte dianteira, anterior de um edifício: pintava a frente da casa.
Figurado Grupo de quem defende uma causa: frente contra o governo.
Face; o rosto, a cara, a parte anterior do corpo de uma pessoa.
Presença; o alcance da vista: a manifestação passou à nossa frente.
[Militar] Linha de militares que avança, antes dos demais; local em que acontece os combates e conflitos.
Meteorologia. Superfície que delimita a união entre duas massas de ar ou de temperaturas distintas: frente quente.
Etimologia (origem da palavra frente). Do espanhol frente; do latim frons.frontis.

Machados

masc. pl. de machado

ma·cha·do
nome masculino

1. Instrumento com que se racha lenha e se desbasta madeira.

2. [Marinha] Instrumento para picar.

3. [Brasil] Tartaruga do Tocantins.


Muros

masc. pl. de muro

mu·ro 2
(latim mus, muris)
nome masculino

[Portugal: Trás-os-Montes] Rato.


mu·ro 1
(latim murus, -i)
nome masculino

1. Obra, geralmente de alvenaria, que separa terrenos contíguos ou que forma cerca.

2. Muralha de fortificação. (Mais usado no plural.)

3. Figurado Aquilo que serve para defender ou proteger. = DEFESA, RESGUARDO


muro seco
Muro de pedra solta.


Porã

-

Torres

2ª pess. sing. pres. conj. de torrar
fem. pl. de torre

tor·rar -
(latim torreo, -ere, secar, assar, tostar, queimar)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Queimar(-se) ligeiramente. = ASSAR, TORRIFICAR, TOSTAR

2. Dar ou ficar com um tom acastanhado, geralmente por exposição à luz solar.

verbo transitivo

3. Secar ao sol.

4. [Informal, Figurado] Gastar ou consumir excessiva e descontroladamente (ex.: torrou a herança dos pais no vício do jogo). = ESPATIFAR, ESTOURAR

verbo transitivo e intransitivo

5. [Brasil, Informal] Vender a baixo preço. = LIQUIDAR

6. [Brasil, Informal] Causar aborrecimento. = CHATEAR, ENTEDIAR

Confrontar: turrar.

tor·re |ô| |ô|
(latim turris, -is)
nome feminino

1. Construção elevada, geralmente de pedra ou de tijolo, redonda ou angular.

2. Campanário.

3. Fortaleza.

4. [Marinha] Parte elevada sobre a coberta dos navios onde se coloca a artilharia de grande alcance.

5. [Marinha] Estrutura estanque acima do casco do submarino, onde fica o comando, periscópio, rádio, radar e outros sistemas de controlo.

6. Antigo [Militar] Máquina de guerra em forma de torre.

7. [Militar] Estrutura móvel e blindada no topo dos carros de combate, onde fica a boca-de-fogo.

8. [Jogos] Cada uma das peças do xadrez, geralmente em forma de torre com ameias, que no início do jogo, está nas casas das pontas do tabuleiro. = ROQUE

9. Figurado Pessoa muito alta e robusta.

10. [Linguagem poética] Navio de guerra.


torre de homenagem
[Arquitectura] [Arquitetura] O mesmo que torre de menagem.

torre de menagem
[Arquitectura] [Arquitetura] Torre principal de uma fortaleza em que se celebravam os actos mais solenes.

Torre do Tombo
Arquivo nacional português onde se guardam documentos do mais alto valor histórico.


Trabucos

masc. pl. de trabuco

tra·bu·co
nome masculino

1. Espécie de bacamarte.

2. Máquina antiga de guerra com que se lançavam pedras contra as praças.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 26: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E aplicará as suas máquinas de golpes- frontais- de- guerra contra os teus muros, e derrubará as tuas torres com os seus machados ①.
Ezequiel 26: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2346
chôwmâh
חֹומָה
a parede / o muro
(the wall)
Substantivo
H2719
chereb
חֶרֶב
espada, faca
(sword)
Substantivo
H4026
migdâl
מִגְדָּל
torre
(and a tower)
Substantivo
H4239
mᵉchîy
מְחִי
gentileza, bondade de espírito, humildade Humildade para Deus é aquela disposição de
(meek)
Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H5422
nâthats
נָתַץ
pôr abaixo, quebrar, atirar para baixo, derrubar, demolir, destruir, derrotar, arrancar
(you shall destroy)
Verbo
H6904
qôbel
קֹבֶל
antes
(before)
Substantivo


חֹומָה


(H2346)
chôwmâh (kho-maw')

02346 חומה chowmah

particípio ativo de uma raiz não utilizada aparentemente significando juntar; DITAT - 674c; n f

  1. muro

חֶרֶב


(H2719)
chereb (kheh'-reb)

02719 חרב chereb

procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

  1. espada, faca
    1. espada
    2. faca
    3. ferramentas para cortar pedra

מִגְדָּל


(H4026)
migdâl (mig-dawl')

04026 מגדל migdal também (no pl.) fem. מגדלה migdalah

procedente de 1431, grego 3093 Μαγδαλα; DITAT - 315f,315g; n m

  1. torre
    1. torre
    2. plataforma elevada, púlpito
    3. leito erguido

מְחִי


(H4239)
mᵉchîy (mekh-ee')

04239 מחי m echiŷ

procedente de 4229; DITAT - 1179a; n m

  1. golpe (de um aríete)

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

נָתַץ


(H5422)
nâthats (naw-thats')

05422 ץנ ת nathats

uma raiz primitiva; DITAT - 1446; v

  1. pôr abaixo, quebrar, atirar para baixo, derrubar, demolir, destruir, derrotar, arrancar (dentes)
    1. (Qal)
      1. pôr abaixo
      2. quebrar, arrancar
    2. (Nifal) ser derrubado ou destruído
    3. (Piel) derrubar
    4. (Pual) ser arrebentado
    5. (Hofal) ser quebrado, ser arrebentado

קֹבֶל


(H6904)
qôbel (ko'-bel)

06904 קבל qobel

procedente de 6901 no sentido de estar do outro lado (a fim de receber alguma coisa); DITAT - 1980a; n. m.

  1. algo em frente, arma de ataque, algo diante de
    1. em frente
    2. arma para cerco, aríete