Enciclopédia de Daniel 2:36-36

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 2: 36

Versão Versículo
ARA Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei.
ARC Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei.
TB Este é o sonho; e diremos a sua interpretação na presença do rei.
HSB דְּנָ֣ה חֶלְמָ֔א וּפִשְׁרֵ֖הּ נֵאמַ֥ר קֳדָם־ מַלְכָּֽא׃
BKJ Este é o sonho; e nós revelaremos a sua interpretação diante do rei.
LTT Este é o sonho; e a sua interpretação diremos na presença do rei.
BJ2 Tal foi o sonho. E agora exporemos a sua interpretação, diante do rei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 2:36

Daniel 2:23 Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Potências mundiais preditas por Daniel

A imagem, ou estátua, de Daniel capítulo 2
O leão com asas representando Babilônia

Babilônia

Daniel 2:32-36-38; 7:4

607 a.C. Rei Nabucodonosor destrói Jerusalém

O urso representando a Medo-Pérsia

Medo-Pérsia

Daniel 2:32-39; 7:5

539 a.C. Conquista Babilônia

537 a.C. Ciro decreta a volta dos judeus para Jerusalém

O leopardo com asas representando a Grécia

Grécia

Daniel 2:32-39; 7:6

331 a.C. Alexandre, o Grande, conquista a Pérsia

A fera de dez chifres representando Roma e a potência anglo-americana

Roma

Daniel 2:33-40; 7:7

63 a.C. Início do domínio sobre Israel

70 d.C. Destrói Jerusalém

Grã-Bretanha e Estados Unidos

Daniel 2:33-41-43

1914-1918 d.C. Durante a Primeira Guerra Mundial, passa a existir a Potência Mundial Anglo-Americana


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
SEÇÃO II

O APOCALIPSE CALDEU

(UMA MENSAGEM PARA AS NAÇÕES EM ARAMAICO)

Daniel 2:1-7.28

A. O SONHO DE NABUCODONOSOR, 2:1-49

1. Sonhos Assombrosos 1mpossíveis de Lembrar (2:1-3)

Os três primeiros versículos dessa seção continuam a narrativa em hebraico. Após as palavras: E os caldeus disseram ao rei em siríaco (4) começa a seção em aramaico que continua até o final de Daniel 7.

A maior parte dos expositores evangélicos identifica esse capítulo e seu correlato, Daniel 7, como os textos-chave do livro. Aqui vemos o Deus dos céus revelando a um rei pagão o plano divino ao longo das épocas e estágios da história até a consumação no Reino de Deus.

Nabucodonosor (1) era ainda bastante jovem e acabara de herdar o trono. O poder que estava em suas mãos estava crescendo rapidamente. Além disso, por meio de um programa criativo e ousado de construção de cidades em seu próprio país ele estava conquistando a confiança dos líderes religiosos e da população que apoiavam entusiasti-camente a sua liderança.

Nessa fase da sua carreira, o rei mostrou uma qualidade marcante de grandeza. Em vez de seguir em um frenesi crescente de realizações, ele buscou acalmar-se para poder pensar acerca do significado da sua própria vida e do poder que estava em suas mãos. Qual seria o seu destino? E qual seria o destino do império que havia ajudado tão recen-temente a fundar? Enquanto ponderava, começou a sonhar. Embora seus sonhos fossem confusos, serviram para provocar pensamentos e perguntas ainda mais profundos acer-ca do destino e significado da vida. O seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono (1). Deus estava por trás desses questionamentos e sonhos.

Esse assunto se tornou tão urgente para Nabucodonosor que tomou medidas extre-mas para resolver seus problemas. Seus próprios esforços intelectuais não eram sufici-entes para responder às suas perguntas. Ele chamou os eruditos e especialistas em ciên-cia, filosofia e religião para uma consulta. A função especial de cada um dos quatro gru-pos mencionados não está inteiramente clara. Mas parece que os magos (2) eram peri-tos nas artes ocultas, os astrólogos deveriam ter acesso ao conhecimento sobrenatural por meio do estudo dos céus, os encantadores eram manipuladores de poderes sobre-naturais por meio da feitiçaria, e os caldeus eram os líderes de uma casta sacerdotal na sociedade babilônica.

Surge naturalmente uma pergunta: Por que Nabucodonosor não incluiu Daniel e seus amigos em sua primeira convocação? É bem provável que esses recém-chegados ainda não houvessem conquistado um lugar reconhecido entre os conselheiros sábios e profissionais. Além disso, esses hebreus, apesar de serem altamente dotados, não havi-am sido aceitos na casta sacerdotal.

2. As Exigências Impossíveis do Déspota (Daniel 2:4-13)

O rei apresentou a esses homens sábios o problema da sua profunda preocupação acerca do sonho que o havia acordado e fizera seus pensamentos fluir em uma corren-teza inquietante. Os representantes sacerdotais, os caldeus (4), tornaram-se os por-ta-vozes para o restante do grupo e pediram uma descrição mais exata do problema. Eles pediram detalhes específicos do sonho antes de aventurar uma interpretação. Esse pedido irritou o rei. Ele os acusou de falar até que se mude o tempo (9), i.e., simplesmente protelando para conseguir mais tempo. Se a habilidade sobrenatural deles era genuína, eles deveriam garantir sua interpretação ao contar-lhe o sonho. Isso, obviamente, tirou a máscara da sua hipocrisia, porque não tinham meios de con-tar-lhe o sonho.

Visto que o rei tinha tornado isso uma questão de vida ou morte para todos os sábios, eles começaram desesperadamente a procurar uma forma de sobrevivência. Quando descobriram que nem mesmo o rei poderia ajudá-los porque havia esquecido seu sonho, eles perceberam como a sua situação era desesperadora. Postos contra a parede, eles foram impelidos à verdade. Porquanto a coisa que o rei requer é difí-cil, e ninguém há que a possa declarar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne (11).

Keil' insiste em que o rei, na verdade, não tinha esquecido o sonho, mas estava determinado a testar a veracidade das habilidades desses denominados sábios. Se eles pudessem relatar os detalhes do seu sonho, ele estaria certo de que a interpretação deles teria validade. Mas se eles não tinham a habilidade nem mesmo de descrever o sonho, a professa habilidade sobrenatural deles era uma farsa e o castigo horrendo com que o rei os havia ameaçado seria o seu justo destino. Quer o sonho tenha sido esquecido, quer não, a situação dos sábios havia se tornado desesperadora.

O castigo decretado por Nabucodonosor era bastante comum entre os babilônios (veja Daniel 3.29). A despedaçamento de cativos de guerra havia sido praticado até pelos hebreus (1 Sm 15,33) como uma manifestação de julgamento extremo. Nabucodonosor acrescen-tou a esse horror o confisco de propriedade e a profanação das casas das vítimas, tornan-do-as um monturo (5), i.e., depósitos de lixo públicos.

  • Deus Concede a Daniel a Interpretação (Daniel 2:14-23)
  • Embora Daniel e seus companheiros tivessem escapado da convocação do rei, não escaparam da inclusão no decreto de matar os sábios (14). Eles também estavam entre aqueles que seriam executados. Quando Daniel ficou sabendo da natureza do decreto e do motivo da sua severidade, imediatamente se dirigiu ao rei. O fato de ter esse tipo de acesso testemunha a alta posição que havia herdado nos exames ocorridos tão recente-mente (1:19-20). Na presença de Nabucodonosor, Daniel corajosamente prometeu que daria a interpretação (16), se lhe desse tempo. O rei, antes tão furioso com as mani-pulações desesperadas dos sábios, estava evidentemente impressionado com a sinceri-dade, firmeza e confiança de Daniel.

    A própria ação de Daniel foi coerente com o homem de Deus que era. Ele chamou seus três companheiros para juntos com ele passar um tempo em oração intercessora fervorosa. A resposta a essa oração não demorou a chegar. Quando Daniel recebeu o sonho em uma visão noturna, ele irrompeu em um hino de louvor exultante a Deus.

    Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre;

    a sabedoria e o poder a ele pertencem.

    Ele muda as épocas e as estações;

    destrona reis e os estabelece.

    Dá sabedoria aos sábios

    e conhecimento aos que sabem discernir.

    Revela coisas profundas e ocultas;

    conhece o que jaz nas trevas,
    e a luz habita com ele
    (20-22, NVI).

  • A Apresentação de Daniel ao Rei (2:24-30)
  • A confiança de Daniel em Deus e na resposta que havia recebido era completa: da-rei ao rei a interpretação (24). A visão que Deus tinha lhe dado era idêntica à do rei, porque o mesmo Deus tinha concedido as duas visões. Sendo assim, ele nem precisou inquirir o rei para testá-la.

    A alegria de Arioque em ver que Daniel estava pronto para dar a resposta ao rei ficou evidente em suas ações: Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei (25). Quando o incrédulo rei perguntou se Daniel poderia cumprir sua difícil exigên-cia, ele se deparou com um homem que estava firmado sobre um fundamento mais sólido do que o solo da Babilônia. Daniel humildemente declarou que sua fonte de conhecimen-to era uma revelação do Deus nos céus, o qual revela os segredos (28). Ele negou qualquer revelação própria. Além disso, essa revelação particular foi dirigida de Deus para o próprio rei, para que soubesse os pensamentos do seu próprio coração e o que há de ser no fim dos dias.

  • A Interpretação de Daniel (Daniel 2:31-45)
  • Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; essa estátua, que era grande, e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível (31; "sua aparência era amedrontadora", RSV). Essa visão imensa e deslumbrante havia deixado o rei perplexo e confuso. Embora fosse apenas uma única imagem, ela era um composto. Ela começava com ouro brilhante na cabeça (32) e gra-dualmente deteriorava em qualidade com o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de cobre, as pernas de ferro (33), e os pés com uma mistura de ferro e barro quebradiço. Então foi cortada uma pedra ("uma pedra soltou-se", NVI) sem auxílio evi-dente de uma mão (34). Quando a pedra esmiuçou a imagem na sua base, toda estru-tura ruiu e ela foi reduzida a pó como a pragana (35) e levado pelo vento. A pedra se transformou em um grande monte.

    Daniel instantaneamente identificou o rei com a imagem que havia visto. Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade (37). E Daniel acrescentou especificamente: tu és a cabeça de ouro (38).

    Não é difícil imaginar o espanto e a alegria que esse rei deve ter sentido ao ouvir essa revelação marcante. Nabucodonosor ouviu em detalhes o sonho do qual vagamente se lembrava. Isso trouxe uma garantia acerca da verdade da mensagem sobrenatural para Nabucodonosor. Enquanto ouvia, Nabucodonosor percebeu que ele era o primeiro de uma sucessão de impérios. Todos esses impérios tinham um alvo na história — a dissolução debaixo do triunfo e domínio do Reino do Deus dos céus, que nunca será destruído. O reino de Deus esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será esta-belecido para sempre (44).

    Então Daniel reiterou o propósito do sonho ao rei e lembrou-lhe que vinha de Deus. O Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso (45). Os questionamentos mais profundos do rei haviam sido respondidos. O significado do desti-no para ele e para todos os governantes terrenos era que a mão de Deus está sobre o curso da história. O alvo final não é o governo do homem em esplendor crescente mas o governo de Deus sobre as ruínas da loucura do homem.

    Embora os intérpretes não tenham chegado a um consenso na identificação dos cin-co reinos do sonho de Nabucodonosor, a tradição e a interpretação evangélica tem con-cordado quase que unanimemente. O primeiro reino (38) é expresso de forma clara; a cabeça de ouro é o Império Babilónico. O quinto (44) também está claro; trata-se do Reino de Deus. O segundo (
    - 39a) é geralmente reconhecido como o Império Medo-Persa. O terceiro (
    - 39b) e o quarto (40) têm recebido interpretações divergentes, principalmente entre aqueles que entendem que o quarto reino representa o governo grego ou o governo que sucedeu Alexandre. Isso concentraria as últimas mensagens do livro de Daniel no reino de Antíoco Epifânio. Mas, para a maioria, desde os dias de Jerônimo, o terceiro reino tem sido identificado como o reino da Grécia, fundado por Alexandre e o quarto como o reino de Roma. O versículo 43 reflete as fraquezas de casamentos mistos ou o rápido declínio da sociedade no colapso do quarto reino (Berkeley, nota de rodapé). Visto que a imagem do sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel no capítulo são obviamen-te paralelas, a interpretação do sonho deve ser restringida pelo conteúdo da visão.

    6. A Exaltação de Daniel (Daniel 2:46-49)

    A reação de Nabucodonosor diante da notável revelação foi impressionante. Como pagão, ele reagiu da única maneira conhecida por ele. Nabucodonosor caiu em adoração diante de Daniel, que ele acreditava ser uma manifestação personificada do sobrenatu-ral. Ele ordenou que fosse feita uma oferta de manjares (46) e de incenso. Então ele louvou o Deus de Daniel, o Deus dos deuses, e o SENHOR dos reis, e o revelador dos segredos (47). Para mostrar sua gratidão de maneira prática ele deu muitos presentes a Daniel e o colocou como governador de toda a província de Babilônia (48). A pedido de Daniel, seus três companheiros receberam importantes cargos políticos. Mas Daniel estava às portas do rei.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 24 até o 36

    A Interpretação do Hino (Dn 2.24-36)

    Dn 2:24
    Por Isso Daniel foi ter com Arloque.
    Agora Daniel tinha as respostas, pelo que disse a Arioque que suspendesse o processo de execução e o levasse à presença do rei, a fim de mostrar-lhe o poder e a sabedoria de Deus na solução do mistério. As técnicas profissionais dos psíquicos tinham fracassado. A sabedoria pagã falhou no momento da provação. Mas Daniel mostraria a diferença. Ele não ousaria (por temor de perder a vida) chegar à corte do rei. Assim sendo, apelou para seu intermediário, e isso concorda com o que sabemos sobre os procedimentos nas cortes orientais e sobre a etiqueta palaciana. A passagem de Et 4:11 está correta quando diz que ninguém podia apresentar-se ao rei. Daniel teria de ser chamado. Heródoto {Hist. III.
    40) mostra-nos que esse era o costume entre os persas.

    Daniel desejava que não houvesse perda de vidas humanas por razões ridículas, como o capricho do rei, que estava irado com seus conselheiros e videntes. Sua intercessão diante do rei salvaria o dia. Conforme Ez 14:14. Este versículo mostra-nos que o vs. Dn 2:16 não deve ser interpretado como se Daniel fosse culpado de um ato apressado, ao correr para a presença do rei. Daniel tinha mais bom senso do que isso.

    Dn 2:25
    Então Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei.
    Arloque sabia que estava ocupado em uma missão urgente, que salvaria muitas vidas, pelo que anelava realizar logo a sua tarefa. Além disso, ele sentia haver encontrado um homem que poderia resolver o mistério do sonho do rei, e estava ansioso por servir a seu senhor. Ele recebería favor, mas era um bom servo no cumprimento de seus deveres, e isso já era uma recompensa para ele. A descoberta foi feita em um lugar um tanto inesperado (para Arioque), entre os humildes cativos de Judá. Provavelmente o homem não tinha consciência de Daniel e de suas realizações já significativas (Dn 1:19,Dn 1:20). Mas ele reconhecería um homem bom assim que o visse, e havia algo na atitude segura de Daniel que inspirava Arioque a confiar no profeta. Não havia dúvida'. Daniel tinha a resposta para o problema. Arioque correu, excitado, para o rei. Uma esplêndida mudança de eventos acontecera. Oh, Senhor, concede-nos tal graça!

    Dn 2:26
    Respondeu o rei, e disse a Daniel.
    Arioque entrou na presença do rei com um olhar de confiança no rosto. E apresentou Daniel, o soiucionador do problema, ao rei. O rei lançou um olhar inquisitivo ao rapaz. O rei sabia quão bom era Daniel, mas seria ele assim tão bom? Poderia ele fazer o que os psíquicos profissionais não tinham conseguido fazer? Ele teria de passar pelo mesmo teste a que eles tinham sido submetidos. Em caso contrário, o decreto de execução ocorrería conforme já estava decretado. É grandioso quando um homem é, realmente, tão bom quanto sua reputação, o que por muitas vezes não acontece. No entanto, Daniel, dotado por Yahweh, era o homem do momento. Ninguém ficaria desapontado.

    Nenhuma habilidade, nem poder, nem mérito nos pertence.
    Conquistamos somente pelo Seu poder.

    (George W. Doanne)
    Daniel mostrou-se capaz. “És tu capaz?", pergunta-nos o Senhor. E os sonhadores respondem: “Senhor, somos capazes”. Alguns poucos são; alguns poucos vencem. A maioria é derrotada no calor da batalha.

    Dn 2:27
    Respondeu
    Daniel na presença do rei, e disse. Daniel não piscou quando seu olhar encontrou o olhar do rei. Ele sabia que tinha consigo a resposta divina. Ele concordou com os psíquicos profissionais: somente um deus podería resolver aquele caso (vs. Dn 2:11). Mas como Daniel tinha consigo o seu Deus, tudo estava bem. A casta inteira dos magos foi mencionada por suas partes constitutivas: sábios, encantadores, magos, astrólogos, adivinhos, tal como se vê no vs. Dn 2:2. Eles estavam certos quanto a um detalhe. Eles não podiam, nem individual nem coletivamente, solucionar o problema do rei. Porém, um único indivíduo, com a ajuda divina, poderia resolver o problema do rei. E Daniel era esse homem. O profeta, pois, estava mostrando a debilidade da sabedoria divina, que não é inspirada pela Fonte divina de toda a sabedoria; e é possível ser essa a mensagem principal que a história tenciona ensinar. Pode ficar subentendido que os sábios da Babilônia não conseguiríam solucionar o problema, mesmo que se consorciassem com os deuses (falsas divindades). Há coisas que só podem ser resolvidas pelo Deus do céu (vs. Dn 2:28). Poderes preditivos são atribuídos somente a Deus. Conforme Gn 20:3; Gn 41:16,Gn 41:25,Gn 41:28; Nu 22:35. Estudos demonstram que o poder de prever o futuro é uma habilidade natural da psique humana, e certamente existem profetas não-bíblicos na antiguidade e na modernidade, Mas isso era ignorado pelos hebreus. Esse fato, porém, não enfraquece o argumento de Daniel (vs. Dn 2:28).

    Dn 2:28

    Mas há um Deus nos céus. Onde psíquicos profissionais e sábios e deuses pagãos falham, o Deus do céu é bem-sucedido. Ver o vs. Dn 2:18 quanto a esse título. A expressão “nos últimos dias" é sempre usada do ponto de vista do autor, e não de nosso século! Portanto, significa “mais tarde” ou, talvez, “em tempos remotos do nosso”, e não necessariamente nos últimos dias, ímediatamente antes da era do reino etc. Se as profecias deste capítulo atingem a época dos romanos, então o tempo estava bastante afastado de Daniel para merecer a expressão; mas a verdade é que a visão de Daniel mergulhou num tempo ainda mais distante. “Do ponto de vista de Jacó (ver Gn 49:1), isso significou o fim da ocupação de Israel da Terra de Canaã. Do ponto de vista de Balaão (ver Núm, Gn 24:4), significou o fim da independência de Moabe e Edom... Mais freqüentemente, porém, essa frase é usada escatologicamente para indicar o fim da era presente, os últimos dias antes do Reino de Deus, a nova era. Ver Is 2:2; Jr 23:20; Ez 38:16; 2Tm 3:1; 2Pe 3:3 etc." (Arthur Jeffery, in loc.). Ver no Dicionário o verbete chamado Últimos dias, quanto a detalhes.

    O teu sonho e as visões da tua cabeça. Se Jl 2:28 faz distinção entre as duas coisas, no livro de Daniel esses termos parecem sinônimos. Ver no Dicionário os verbetes chamados Sonhos e Wsão (Visões). Ambas as coisas são consideradas reveladoras dos propósitos e da vontade de Deus, uma maneira pela qual um homem pode olhar para além dos limites do conhecimento humano ordinário. Daniel não tomou o crédito para si mesmo.

    Dn 2:29
    Estando tu, ó rei, no teu leito. A
    Nabucodonosor, embora fosse ele um rei pagão, foi dada uma visão. A tentativa de limitar as visões aos judeus e aos cristãos não passa nos testes da investigação. O Logos opera universalmente, e Ele tem agentes e servos não-cristãos. Os Logoi Spermatikoi (as sementes do Logos) estão por toda a parte. Ver sobre esse termo na Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia.

    Deus é aquele que revela, e Ele não escolhe, necessariamente, agentes que merecem nossa aprovação. O rei pode ter estado a meditar sobre o futuro. Seu coração (a sede da inteligência) estava ativo. Mas a visão ocorreu espontaneamente, de acordo com o propósito divino.

    Escopo da Visão. A visão cobriu a história do mundo em grandes lances, a começar pelos tempos de Nabucodonosor, tocando de leve em vários impérios mundiais e terminando com o reino eterno. “Esse mesmo período é chamado de 'tempo dos gentios', em Lc 21:24" (J. Dwight Pentecost).

    Dn 2:30
    E a
    mim me foi revelado este mistério. Daniel era apenas o transmissor úa visão e de seu significado, não a causa ou o realizador; e Daniel queria que o rei soubesse disso, a fim de que não elogiasse o homem, em vez de louvar a Deus, uma vez que reconhecesse que Daniel entendera o sonho inteiro. Além disso, cumpria ao monarca saber que, embora ele fosse um grande homem, um Rei de reis exercia autoridade sobre ele, e esse Rei também havia determinado o reinado de Nabucodonosor, a sua natureza, os seus limites e o seu fim. E outro tanto dizia respeito aos demais reinos. Cf. Gn 41:16. José não reivindicou crédito algum para seus dons proféticos. “Quanto ao que me toca nesta questão, não posso atribuir coisa alguma a mim mesmo. Tudo é devido ao Deus do céu, tanto a recuperação do sonho quanto a sua interpretação” (John Gill, in loc.). A passagem ensina-nos que os homens são capazes de obter o conhecimento dado por Deus, especificamente através dos processos místicos, como os sonhos e as visões. Ver o artigo detalhado na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia chamado O Conhecimento e a Fé Religiosa. E ver no Dicionário o artigo intitulado Misticismo.

    Dn 2:31

    Tu, ó rei, eslavas vendo. A Essência dos Sonhos e das Visões. O rei vira uma imagem gigantesca e grotesca, sob a forma de um imenso homem. A imagem rebrilhava como bronze fundido; era “gigantesca, rebrilhante e assustadora” (NCV). A imagem exalava poder e esplendor. Os sonhos espirituais envolvem imagens incomuns que deixam a pessoa estonteada, e foi isso o que aconteceu a Nabucodonosor. Os antigos do Oriente Próximo e Médio costumavam fazer imagens colossais, mas essa imagem tomou de surpresa o próprio Nabucodonosor, embora ele fosse um ativo construtor. “Suas dimensões e sua aparência eram formidáveis, fazenoo o rei parecer insignificante diante dela” (J. Dwight Pentecost, in loc.).

    Os vss. Dn 2:31-36 fornecem a visão. Em seguida, os vss. Dn 2:36-38 dão a interpretação. Portanto, sigo o mesmo plano, apresentando a interpretação naqueles versículos, e não no começo. Conforme veremos, as várias porções da imagem representavam reinos mundiais.
    “Havia algo na fisionomia da imagem que era ameaçador e terrível. A forma inteira, tão gigantesca, encheu o rei com profunda admiração, pois lhe pareceu terrível. Talvez isso denote o terror que os reis, sobretudo os arbitrários e despóticos, projetam sobre seus súditos” (John Gill, in loc.).

    Dn 2:32,Dn 2:33
    A cabeça era de fino ouro,
    Os Elementos da Imagem Representam Quatro Reinos:

    1. A cabeça era de ouro

    2. Os braços e o peito eram de prata
    3. O ventre e as coxas eram de bronze
    4. As pernas eram de ferro, enquanto os artelhos eram parte de ferro e parte de barro
    Essas quatro partes representam quatro reinos, que surgíriam sucessivamente. Seriam impérios mundiais. Os vss. Dn 2:37-43 dão as interpretações sobre as figuras.

    Observações sobre os 5ss. 32-33:

    1. Note o leitor a qualidade descendente dos metais: ouro, prata, bronze, ferro, ferro misturado com barro.
    2. O grego de épocas remotas, Hesíodo, falava em eras do mundo em termos de metais. Aqui descemos do ouro ao barro. A descida parece ser de valor, e não de força. O quarto reino seria mais forte que os demais, tal como o ferro é mais forte (porém menos valioso) que os outros metais listados.

    3. A prata é um metal nobre, mas não tão valioso quanto o ouro. O bronze é ainda menos valioso, porém mais forte que a prata. Provavelmente está em vista o cobre, que, misturado com o estanho, fica mais forte do que o simples cobre, e essa liga produz o bronze.

    4. O ferro é o mais forte e o mais útil dos metais listados, mas essa força é debilitada pela mistura com o barro, ou melhor, com o barro cozido, duro, mas não tão duro quanto um metal. O barro cozido fala de vulnerabilidade e fraqueza inerente, a despeito da demonstração de força. Todos os reinos, como é natural, têm os pés feitos de barro.

    5. Os quatro reinos representam toda a história da humanidade, contada rapidamente, e o Reino de Deus é o quinto reino. A vasta porção da história do mundo é deixada de fora. A visão é um símbolo do que acontece no mundo e mostra as limitações do escopo do profeta, que só podia ver essa parte do total, e teve de fazê-la representar os reinos do mundo, ou os tempos dos gentios (ver Lc 21:24).

    Dn 2:34
    Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada.
    Temos aqui, na “pedra”, o quinto império, não feito por mãos humanas. A pedra era uma Grande Pedra, que demoliu a imagem, em suas partes de metal. A imagem e suas diversas partes eram produtos humanos e, por isso mesmo, teriam de chegarao fim. Eram apenas temporais. Já a Grande Pedra é eterna, e não está sujeita à dissolução. Com um simples golpe nos pés, ela levou a imagem feita pelo homem a cair em forma de poeira, ou seja, de forma irrecuperável. A interpretação sobre essa Pedra aparece nos vss. Dn 2:44-45.

    Dn 2:35
    Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro.
    Continua aqui o poder destruidor da Grande Pedra. Os metais, de várias qualidades, não puderam resistir ao golpe da Grande Pedra, e todos se reduziram a uma poeira finíssima, que o vento levou embora. As eiras eram lugares abertos situados de tal maneira que podiam ser tangidos por qualquer brisa que passasse, para que o grão, lançado ao alto, fosse facilmente separado da palha, que era então levada pelo vento. Essa é uma figura usada com frequência nas Escrituras. Conforme Os 13:3; 21:18; Is 41:15,Is 41:16; Mt 3:12. “Os fragmentos desapareceram tão completamente que nem um traço deles podia ser encontrado. Assim mostram Sl 103:16; 7:10; 20:9 e Ap 20:11. A finalidade do golpe desfechado pelo Pedra foi assim indicada, uma característica da literatura apocalíptica” (Arthur Jeffery, in loc.). A Pedra veio a tornar-se uma grande montanha, que encheu toda a terra. Ver comentários sobre os vss. Dn 2:44-45.

    Os ímpios... são como a palha que o vento dispersa.

    (Sl 1:4)

    Dn 2:36

    Este é o sonho. O sonho foi descrito nos vss. Dn 2:31-35. A interpretação é dada agora, nos vss. Dn 2:37-45.


    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 2 versículo 36
    Este é o sonho; e também a sua interpretação:
    Os sonhos do faraó, interpretados por José, se referiam ao futuro imediato do Egito; o de Nabucodonosor, pelo contrário, abarca a totalidade da história humana, cujo ponto culminante será a instalação definitiva do Reino universal do Senhor (conforme Dn 2:44-45).

    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
    2.1-11 Se acreditava que os sonhos eram mensagens dos deuses, e se esperava que os sábios os interpretassem. Podiam oferecer certa interpretação sempre e quando soubessem qual tinha sido o sonho. Nesta ocasião, entretanto, Nabucodonosor demandou conhecer o sonho porque não podia recordá-lo. Deus enviou uma série de sonhos ao Nabucodonosor com mensagens proféticas que podiam ser revelados e compreendidos só por um servo de Deus. Outras pessoas que receberam sonhos de parte de Deus foram Jacó (Gn 28:10-15), José (Gn 37:5-11), o copero e o padeiro de faraó (Gênese 40), faraó (Gênese 41), Salomão (1Rs 3:5-15) e José (Mt 1:20-24).

    2.10, 11 Os caldeos (astrólogos) disseram ao rei que era impossível conhecer os sonhos de outra pessoa. O que o rei pedia era humanamente impossível. Entretanto, Daniel pôde dar a resposta ao rei devido a que Deus estava atuando através dele. Na vida diária, podemos nos enfrentar a muitas situações que seriam insolúveis se tivéssemos que as dirigir unicamente com nossos débeis força. Mas Deus se especializa em impossíveis.

    2.16-18 Daniel estava em um momento de crise. Imagine ter que ir ver o rei temperamental e poderoso que acabava de ordenar furioso sua morte. Entretanto, Daniel não se contraiu pelo medo, mas sim confiou que Deus lhe diria o que o rei queria saber. Quando o rei deu ao Daniel tempo para encontrar a resposta, Daniel procurou a seus três amigos e oraram juntos. Quando se encontrar em um momento difícil, conte suas necessidades a seus amigos de confiança que também criam no poder de Deus. A oração é mais eficaz que o pânico. O pânico é confirmação de impotência, a oração é confirmação de esperança em Deus. A confiança que Daniel tinha em Deus o salvou a ele, a seus três amigos e a outros sábios.

    2.19, 23 depois de que Daniel pediu a Deus que lhe revelasse o sonho do Nabucodonosor, recebeu uma visão do sonho. Sua oração foi respondida. antes de correr para o Arioc, tomou seu tempo para dar o crédito a Deus por toda a sabedoria e o poder, e lhe agradecer o que respondesse sua oração. Como se sente você quando vê que suas orações são respondidas? Emocionado, surpreso, aliviado? Há vezes que procuramos deus em oração e, depois de receber resposta, saímos correndo pelo entusiasmo e nos esquecemos de lhe dar a Deus a glória. Que sua persistência na oração seja congruente com o humilde agradecimento quando suas petições sejam respondidas.

    2:21 Quando vemos líderes malvados que vivem e a líderes bons que morrem jovens, possivelmente nos perguntemos se Deus ainda regula os acontecimentos do mundo. Daniel viu governantes malvados com um poder quase ilimitado, mas sabia e proclamava que Deus controla tudo o que acontece. O mundo se move de acordo aos propósitos de Deus. Permita que este conhecimento lhe dê confiança e paz aconteça o que possa acontecer em sua vida.

    Daniel

    Os primeiros anos da vida do Daniel demonstram que há algo mais em ser jovem que cometer enganos. Nenhuma característica ganha o respeito dos adultos mais rapidamente que a sabedoria nas palavras e as ações de um jovem. Daniel e seus amigos tinham sido levados desde suas casas no Judá ao desterro. Seu futuro era incerto, mas tinham qualidades que os qualificavam para servir como servos no palácio do rei. Aproveitaram a oportunidade sem permitir que a oportunidade se aproveitasse deles.

    O indício de grandeza do Daniel o vemos em sua negativa a renunciar a suas convicções. Tinha aplicado a Palavra de Deus a sua vida, e não ia trocar os bons hábitos que tinha adquirido. Sua dieta física e sua dieta espiritual foram uma parte importante de sua relação com Deus. Comeu cuidadosamente e viveu uma vida de oração. Um dos benefícios de ser treinado no serviço real era comer da mesa do rei. Daniel com todo tato escolheu um menu mais simples e demonstrou que foi uma eleição saudável. Assim como aconteceu com o Daniel, comida-las são provas óbvias e regulares de nossos esforços por controlar nossos apetites.

    Embora Daniel limitava sua ingestão de comida, não se limitava na oração. Podia comunicar-se com Deus porque tinha feito disso um hábito. Pôs em prática suas convicções, mesmo que podia significar que o jogassem em um fosso de leões famintos. Sua vida demonstrou que tomou a decisão correta.

    É tão firme sua fé em Deus que faz o que Deus diz sem lhe importar as conseqüências? Tal convicção o mantém um passo adiante da tentação. É uma convicção que dá sabedoria e estabilidade em circunstâncias cambiantes. Ore e viva suas convicções na vida diária e confie os resultados a Deus.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Embora era jovem quando o deportaram, permaneceu leal a sua fé

    -- Serve como conselheiro de dois reis babilônicos e dois reis medopersas

    -- Foi um homem de oração e um estadista com o dom de profecia.

    -- Sobreviveu em um fosso de leões

    Lições de sua vida:

    -- As convicções discretas muitas vezes ganham o respeito a longo prazo

    -- Não espere até que esteja em uma situação difícil para aprender a respeito da oração

    -- Deus pode utilizar às pessoas em qualquer lugar onde se encontrem

    Dados gerais:

    -- Onde: Judá e as cortes de Babilônia e da Persia.

    -- Ocupação: Banido israelita que chegou a ser conselheiro de reis.

    -- Contemporâneos: Ananías, Misael, Azarías, Nabucodonosor, Belsasar, Darío, Ciro.

    Versículo chave:

    "Por quanto foi achado nele maior espírito e ciência e entendimento, para interpretar sonhos e decifrar enigmas e resolver dúvidas; isto é, no Daniel, ao qual o rei pôs por nomeie Beltsasar. Chame-se, pois, agora ao Daniel, e ele te dará a interpretação" (5.12).

    A história do Daniel se relata no livro do Daniel. Também se menciona em Mt 24:15.

    2:24 Daniel não aproveitou o triunfo para benefício próprio. Pensou em outros. Quando estivermos lutando por triunfar, pensemos nas necessidades de outros.

    2.27-30 antes de lhe dizer nada ao rei, Daniel glorificou a Deus. Explicou que não sabia do sonho por sua própria sabedoria a não ser só porque Deus o revelou. Quão fácil é ficar com a honra do que Deus faz por meio de nós! Isto é lhe roubar a Deus a honra que merece.

    2.31ss A cabeça de ouro representava ao Nabucodonosor, o governante do Império Babilônico. O peito e os dois braços de prata representavam o império medopersa que conquistou Babilônia no ano 539 a.C. O ventre e as coxas de bronze eram a Grécia e Macedônia sob o governo do Alejandro Magno, quem conquistou o império medopersa no ano 334-330 a.C. As pernas de ferro representavam a Roma, que conquistou aos gregos no ano 63 a.C. Os pés e dedos de argila e ferro representavam a queda do Império Romano, quando o território que governava Roma se dividiu em uma mescla de nações fortes e débeis. O tipo de metal de cada uma das partes representava a fortaleza do poder político que representava. A pedra que se desprendeu da montanha representava o Reino de Deus, que seria regido eternamente pelo Messías, o Rei de reis. O sonho revelou que o Deus do Daniel estava por cima de qualquer rei terrestre.

    SADRAC/MESAC/ABED-NEGO

    As amizades fazem que a vida se possa gozar e que os tempos difíceis sejam mais suportáveis. As dificuldades as provam e as fortalecem. Assim era a relação entre os três jovens judeus deportados a Babilônia junto com o Daniel. A amizade destes jovens significava muito para eles, mas ainda assim nunca permitiram que usurpasse o lugar de Deus em suas vidas, nem sequer ante a morte.

    Juntos desafiaram em silêncio a ordem do rei Nabucodonosor de inclinar-se e adorar ao ídolo que tinha feito de si mesmo. Compartilharam um ato valoroso, enquanto que outros, desejosos de desfazer-se deles, disseram-lhe ao rei que aqueles três judeus estavam sendo desleais. Embora isto não era verdade, Nabucodonosor não podia lhes salvar a vida sem envergonhar-se.

    Era o momento da verdade. A morte estava a ponto de acabar com sua amizade. Ceder um pouco lhes tivesse permitido viver e desfrutar de sua amizade, servir a Deus e servir a seu povo enquanto estivessem nesta terra Mas foram tão sábios que viram que isso tivesse envenenado a mesma convicção que os tinha unido tão intimamente: a lealdade a Deus. Assim não duvidaram em depositar suas vidas nas mãos de Deus. O resto foi vitória!

    Quando deixamos a Deus fora de nossas relações mais importantes, tendemos a esperar que essas relações satisfaçam necessidades nossas que só Deus pode satisfazer. Os amigos são úteis, mas não podem satisfazer nossas mais profundas necessidades espirituais. O deixar a Deus fora de nossas relações indica o pouco importante que é em nossa própria vida. Nossa relação com Deus deve ter suficiente importantancia para tocar nossas demais relacione, especialmente nossas amizades mais próximas.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Uniram-se ao Daniel em seu propósito de não comer da mesa do rei

    -- Mantiveram uma amizade que passou as provas dos problemas, do êxito, da riqueza e do perigo de morte

    -- Não quiseram transigir em suas convicções incluso ante a morte

    -- Sobreviveram no forno de fogo ardente

    Lições de suas vidas:

    -- Existe uma grande fortaleza em uma amizade verdadeira

    -- É importante permanecer com as pessoas com as que compartilhamos nossas convicções

    -- Pode-se confiar em Deus ainda quando não podemos predizer os resultados

    Dados gerais:

    -- Onde: Babilônia.

    -- Ocupações: Servos e conselheiros do rei.

    -- Contemporâneos: Daniel, Nabucodonosor.

    Versículos chave:

    "Sadrac, Mesac e Abed-nego responderam ao rei Nabucodonosor, dizendo: Não é necessário que lhe respondamos sobre este assunto. Hei aqui nosso Deus a quem servimos pode nos liberar do forno de fogo ardendo; e de sua mão, OH rei, liberará-nos. E se não, saiba, OH rei, que não serviremos a seus deuses, nem tampouco adoraremos a estátua que levantaste" (3.16-18).

    A história do Sadrac (Ananías), Mesac (Misael) e Abed-nego (Azarías) relata-se no livro do Daniel.

    2:36 Quando Daniel disse "diremos", em plural, estava incluindo a seus três amigos. Já que lhes tinha pedido que orassem, fez-os partícipes do triunfo quando apresentou a interpretação. Queria que participassem da honra que aquilo significava.

    2:44 O Reino de Deus jamais será destruído. Se lhe inquietarem os rumores de guerra e a prosperidade dos líderes maus, recorde que Deus, não os líderes do mundo, decidem o desenvolvimento da história. Sob o amparo de Deus, o Reino de Deus é indestrutível. Todos os que acreditam em Deus são cidadãos de seu reino e estão seguros nele.

    NABUCODONOSOR

    Nabucodonosor foi um líder mundial que se disse que teria mais cooperação dos povos que conquistava se permitia manter a seus deuses. Tomava suas terras, saqueava suas riquezas, controlava suas vidas, mas permitia que adorassem a seus ídolos, e às vezes ele mesmo os adorava. O plano do Nabucodonosor funcionou bem, com uma notória exceção. Quando conquistou a pequena Judá, enfrentou-se a um Deus que demandava adoração exclusiva, não uma parte da que se dava a outros deuses. Em um sentido, Nabucodonosor sempre tinha podido governar aos deuses. Este novo Deus era diferente. Este se atrevia a proclamar que tinha feito do Nabucodonosor tudo o que era. Um dos maiores conquistadores da história foi conquistado por seu Criador.

    A Bíblia nos permite notar as formas em que Deus trabalhou com o Nabucodonosor. Permitiu-lhe vitórias, mas para cumprir os propósitos de Deus. Permitiu-lhe levar aos melhores líderes judeus jovens como servos de seu palácio, enquanto colocava muito perto dele a um jovem chamado Daniel, quem trocaria a vida do rei. Permitiu que Nabucodonosor vivesse sete anos de loucura antes de restaurá-lo no trono. Demonstrou-lhe ao rei quem de verdade era o chefe!

    Estas lições estão muito claras para nós na atualidade devido a nosso lugar na história. Quando nossa atenção a enfocamos em nossa própria vida, não podemos ver a forma em que Deus está trabalhando hoje. Mas sim temos a vantagem de que a Palavra de Deus nos guia nas provocações atuais. Nos ordena obedecer a Deus; também nos ordena confiar no. O confiar no cobre esses tempos quando não estamos seguros do futuro. Deus nos encomendou este dia. Confiamo-lhe nossa própria vida?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Foi o maior dos reis babilônicos

    -- Lhe conhece como construtor de cidades

    -- Um dos governantes estrangeiros que Deus utilizou para cumprir seus propósitos

    Debilidades e enganos:

    -- Acreditava-se um deus e o persuadiram para que se construíra uma estátua que todos deviam adorar

    -- Voltou-se extremamente soberbo, o que o levou a um ataque de loucura

    -- Teve a tendência a esquecer as demonstrações do poder de Deus de que foi testemunha

    Lições de sua vida:

    -- A história registra os fatos dos servos de Deus dispostos e dos que sem querer lhe serviram de ferramenta.

    -- A grandeza de um líder se vê afetada pela qualidade de seus conselheiros.

    -- A soberba que não se domina é autodestructiva.

    Dados gerais:

    -- Onde: Babilônia.

    -- Ocupação: Rei.

    -- Familiares: Pai: Nabopolasar. Hijo:Evil Merodac. Neto: Belsasar.

    -- Contemporâneos: Jeremías, Ezequiel, Daniel, Joacim, Joaquín.

    Versículo chave:

    "Agora eu, Nabucodonosor, elogio, engrandeço e glorifico ao Rei do céu, porque todas suas obras são verdadeiras, e seus caminhos justos; e ele pode humilhar aos que andam com soberba" (4.37).

    A história do Nabucodonosor se relata em 2 Rseis 24:25; II Crônicas 36, Jeremías 21-52; Daniel 1:4.

    2:47 Nabucodonosor honrou ao Daniel e ao Deus do Daniel. Se Daniel se ficou com a glória, o rei o tivesse honrado só a ele. devido a que Daniel deu o crédito a Deus, o rei os honrou a ambos. Parte de nossa missão neste mundo é mostrar aos que não são crentes como é Deus. Podemos fazê-lo ao dar a Deus a glória pelas grandes costure que faz em nossa vida. Nossos atos de amor e compaixão podem impressionar às pessoas, e se lhe damos a glória do que fazemos a Deus, quererão saber mais a respeito Do. Agradeça a Deus o que está fazendo em você e por meio de você.

    2:49 depois de que o nomearam governador de toda a província de Babilônia e chefe dos sábios, Daniel pediu que seus companheiros, Sadrac, Mesac e Abed-nego, fossem seus ajudantes. Daniel sabia que não poderia levar tão grande responsabilidade sem colaboradores capazes, e escolheu aos melhores homens que conhecia: seus três companheiros hebreus. Um líder competente nunca faz todo o trabalho: sabe como delegar e fiscalizar. Moisés, o líder maior do Israel, compartilhou sua carga de administração com dúzias de colaboradores. (Veja o relato em Ex 18:13-27.)

    O CUMPRIMENTO DA INTERPRETACION DO Daniel

    A grande imagem no sonho do Nabucodonosor (Ex 2:24-45) representava os quatro reino que dominariam como poderes mundiais. Reconhecemos a estes impérios como o babilônico, o meço-persa, o grego e o romano. Todos serão esmagados e terminados pelo Reino de Deus, que continuará eternamente.

    Parte Material Império Período de dominação

    Cabeça Ouro Babilônico 606 a.C-539 a.C.

    Peito e braços Prata Medopersa 539 a.C.-331 a.C.

    Ventre e coxas Bronze Grego 331 a.C.-146 a.C.

    Pernas e pés Ferro e barro cozido Romano 146 a.C.-476 D.C.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
    SONHO B. Nabucodonosor (2: 1-49)

    1. O Problema de um Sonho (2: 1-16)

    1. A Dream (2: 1-3)

    1 E, no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, Nabucodonosor teve sonhos; e seu espírito se perturbou, e seu sono se lhe foi. 2 Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros, e os caldeus, para dizer ao rei os seus sonhos.Então eles vieram e se apresentaram diante do Ap 3:1 E o rei lhes disse: Tive um sonho, e meu espírito está preocupado para saber o sonho.

    O primeiro verso data o momento em que o evento descrito no capítulo ocorreu. Isso dá um sentido de historicidade para a conta. Enquanto alguns têm defendido uma discrepância entre a data e os acontecimentos do capítulo 1 , não é difícil harmonizar o tempo com a maneira de calcular já observado em Dn 1:1 ). Os encantadores eram mágicos que praticavam encantamentos. Os feiticeiros eram uma classe antiga de mágicos condenados no Antigo Testamento (Dt 18:10 ). Os caldeus eram a casta sacerdotal geral da Babilônia, que tinha cargo da religião do Estado. Além desses grupos, havia os adivinhos (astrólogos-v. Dn 2:27 ), que predisseram o futuro, visualizando as entranhas dos animais sacrificados. Como apresentado aqui estes representam o corpo cheio de conselheiros do rei.

    Para os conselheiros reunidos o rei apresentou seu problema. É difícil saber se ele realmente tinha esquecido o sonho ou estava tentando testar os sábios. Se ele tivesse esquecido, como ele iria saber se eles lhe disse a verdade ou não? Parece melhor para seguir Young, que sugere que Nabucodonosor estava testando seus conselheiros.

    b. Os adivinhos (Dn 2:4)

    5 Respondeu o rei e disse aos caldeus, A coisa já não está comigo.: se não vos dar a conhecer-me o sonho ea sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo 6 Mas se ye o sonho ea sua interpretação, recebereis de mim dádivas, recompensas e grande honra; por isso me o sonho ea sua interpretação.

    A tradução da KJV e ASV não é philologically defensável, pois a palavra traduzida gone é uma palavra persa com o significado de "certo" ou "certo". Literalmente a palavra do rei foi: "A coisa de mim é certo." Ele não estava se referindo ao sonho, mas com a demanda que os adivinhos dar-lhe uma interpretação. Em seu medo irracional que ele estava exigindo tanto uma interpretação clara para o sonho ou a vida dos conselheiros.

    Estes versos sugerem a crescente impaciência do rei e sua autoridade absoluta. Como um pai severo ele exigia o cumprimento imediato às suas exigências. Sua despotismo é sugerido pela destruição de pessoas, cortadas em pedaços, e os bens, casas feitas um monturo. assírios, babilônicos, persas e monarcas eram conhecidos por sua crueldade.

    d. O Delay (2: 7-11)

    7 Eles responderam pela segunda vez e disse: Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a interpretação. 8 Respondeu o rei e disse, eu sei com certeza que vós quereis ganhar tempo, porque vedes que a coisa é foi de mim. 9 Mas, se vós não me fazerem saber o sonho, uma só sentença para você; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para falar antes de mim, até que se mude o tempo; por isso dizer-me o sonho, para que eu saiba que me podeis dar a sua interpretação. 10 Responderam os caldeus o rei, e disse: Não há não é um homem sobre a terra que possa cumprir a palavra do rei, porquanto nenhum rei, senhor, ou governante, tem exigido coisa semelhante de algum mago ou encantador, ou caldeu. 11 E isso é uma coisa rara que o rei requer e não há nenhum outro que pode mostrá-lo diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne.

    Diga o rei o sonho. educadamente, mas com insistência os adivinhadores repetir seu pedido; eles sabem que não vai estar em uma perda de palavras, se eles têm alguma idéia da natureza do sonho.

    A resposta do rei mostra que ele viu através de suas pretensões. "Certamente, eu sei que você deseja ganhar tempo, porque você vê que de mim a coisa é certeza." Ele diretamente os acusou de atraso e contemporização. A última parte do versículo 8 é a mesma construção que o versículo 5 . O rei não tinha esquecido o sonho, mas estava testando os conselheiros para ver se eles tinham conhecimento real.

    O versículo 9 continua a acusação e da demanda final. Não há senão uma lei para você. A lei um foi a sentença de punição decretada no versículo 5 -para ser cortado em pedaços e suas casas destruídas. Já Nabucodonosor suspeita de sua falsidade; agora ele acusa-los diretamente: Por que tendes preparado mentir e corruptos palavras para falar antes de mim. Ele os acusa de conspiração acordados. É muito natural que os conselheiros iria ficar juntos. Se eles não agradou o rei, suas vidas estavam em jogo.

    Nos versículos 10:11, os adivinhadores procuram argumentar com o rei, admitindo a sua humanidade e incapacidade. Por que o rei seja tão irracional? Nenhum homem racional faria tal demanda em outro. Só os deuses, cuja morada não é com a carne,pode cumprir uma demanda deste tipo. Aqui está um pouco de evidência, frequentemente observados no expressões do politeísmo, do conhecimento do homem de uma divindade superior aos deuses das forças naturais. Como Paulo observa em Rm 1:1)

    12 Por esta razão o rei muito se irou e enfureceu, e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia. 13 Então saiu o decreto, e os sábios deviam ser mortos; e buscaram a Daniel e seus companheiros para ser morto.

    O decreto saiu. Sua paciência esgotada, o rei ordenou que todos os conselheiros presentes e ausentes para ser morto. Keil observa: "Este foi um comando terrível; mas há ilustrações de ainda maior crueldade perpetrados por déspotas orientais antes dele, bem como depois dele. " Of Babylon , sem dúvida, refere-se à cidade e não a província. Daniel e seus companheiros estavam na cidade, mas não presente no momento da consulta.

    f. A decisão (2: 14-16)

    14 Então Daniel respondia com o advogado e prudência a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia; 15 ele respondeu e disse a Arioque, capitão do rei: Por que é o decreto tão urgente do rei ? Então Arioque fez a coisa conhecida para Dn 16:1)

    1. A preparação para a Prayer (2: 17-18)

    17 Então Daniel foi para a sua casa, e fez a coisa conhecida por Ananias, Misael e Azarias, seus companheiros: 18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério; que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o resto dos sábios de Babilônia.

    Quando Daniel saiu da presença do rei, ele estava convencido da necessidade da oração. Mas, para ele, como para os primeiros cristãos, a oração era união. Ele deu a conhecer a coisa para seus companheiros. Juntos, eles oraram. Na unidade corporativa pediram ao trono da graça, e não com os pedidos gerais, mas definitivamente que desejam misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério. Dietrich Bonhoeffer pega o espírito de Daniel e seus amigos quando ele escreve, "o cristianismo significa comunidade, através de Jesus Cristo e na Jesus Cristo. O que isto significa? Isso significa, em primeiro lugar, que o cristão precisa de outros por causa de Jesus Cristo "True preparação para a oração é a união com os irmãos. (Sl 133:1 ).

    b. A prática da oração (2: 19-23)

    19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite. Em seguida, Daniel louvou o Deus do céu. 20 Daniel respondeu, e disse: Bendito seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria ea força são dele. 21 E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e conhecimento para os que têm entendimento; 22 Ele revela o profundo eo escondido; conhece o que está em trevas, ea luz habita com ele. 23 Graças te dou, e louvar-te, ó Deus de meus pais, que me deste sabedoria e força, e tens agora a conhecer a mim o que nós desejado de ti; pois tu reveladas a nós assunto do rei.

    Daniel orou duas vezes antes de receber a resposta e depois. Sua primeira oração consistiu na expressão de seu desejo; a segunda, de expressões de louvor e ação de graças. A segunda é, obviamente, mais importante, pois é preservado para nossa admoestação.

    A oração de Daniel de gratidão contém duas partes distintas: primeiro, uma atribuição de louvor ao todo-poderoso e onisciente Deus; e, segundo, um salmo de ação de graças ao Deus de meus pais para a Sua resposta à petição relativa conhecimento do sonho do rei. Esta oração formal, define um padrão para nossa oração. Louvor e de agradecimento-louvor a Deus pelo que Ele é, graças a Deus pelo que Ele tem feito, deve fazer-se grande parte da nossa oração.

    A oração de Daniel enfatiza dois atributos de Deus, a Sua sabedoria e Seu poder, a onisciência e onipotência. Cinco verbos de ação descrever as atividades sábios do Deus do Céu. Ele muda os tempos e as estações do ano, ou seja, Ele controla o curso da história. Ele remove reis e estabelece reis, ou seja, Ele está no controle soberano dos governos humanos. Ele dá sabedoria aos sábios, ou seja, Ele é a fonte de toda a verdade (Jo 14:6)

    1. A introdução (2: 25-30)

    25 Então Arioque depressa introduziu Daniel à presença do rei, e disse-lhe assim: eu encontrei um homem dos filhos dos cativos de Judá, que fará saber ao rei a interpretação. 26 Respondeu o rei e disse a Daniel , cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o sonho que eu tenho visto, e sua interpretação? 27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei requer, nem sábios homens, encantadores, magos, nem adivinhos, mostrar ao rei; 28 mas há um Deus no céu, o qual revela os segredos, e ele fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias. O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estes: 29 , quanto a ti, ó rei, teus pensamentos vieram na tua mente sobre a tua cama, o que deve acontecer a seguir;e aquele que revela segredos pois, fez saber a ti o que deve vir a passar. 30 Mas, quanto a mim, esse segredo não é revelado a mim para qualquer sabedoria que eu tenho mais do que qualquer vida, mas com a intenção de que a interpretação pode ser feita saber ao rei, e para que saibas os pensamentos do teu coração.

    Depois de Daniel informou Arioc que ele foi capaz de interpretar o sonho, o capitão não perdeu tempo garantir uma audiência com o rei. Daniel não foi introduzido como um mágico, mas como um homem dos filhos dos cativos de Judá. A primeira questão do rei começou com o pronome pessoal enfático: "É você capaz de fazer-me saber o sonho ...? ", como se dissesse: "Como pode alguém saber o sonho se eu não optar por revelá-lo?", Daniel pegou a implicação e concordou com o rei que nenhum homem poderia dar o segredo que o rei exigiu, em seguida, respondeu com confiança, Mas há um Deus no céu, o qual revela os segredos. Com humildade adequada Daniel rapidamente virou os olhos do rei longe de si mesmo, ou o que o homem poderia fazer, a Deus.

    O Deus do céu é um revelador; Ele revela segredos, ou seja, coisas ocultas, as idéias de que a mente do homem não pode saber para além da atividade reveladora de Deus. O conteúdo da revelação, a Nabucodonosor, é descrito como o que será nos últimos dias, o que deve vir a passar a seguir, e que hão de acontecer. Cada uma dessas frases refere-se a profecia preditiva. Além da idéia de profecia preditiva do livro de Daniel se torna uma fraude religiosa capaz de ser escrito por algum autor judeu no período dos Macabeus. É a suposição de que a profecia preditiva não existe, que está por trás de toda a teoria crítica liberal da autoria, data, e da importância do livro. Basicamente, o problema é teológico. Existe um Deus no céu que revela os mistérios ou não? Se houver, então o livro de Daniel se destaca como uma das expressões da sua revelação. Esta é a posição do comentarista.

    Sonho de Nabucodonosor foi uma revelação divina para um rei pagão poderoso do futuro do governo humano até a idade do Messias. A sua verdade permanente era que Deus tinha a mão nos assuntos dos governos humanos, e no futuro Ele estabelecerá um reino que seria eterna.

    No versículo 30, Daniel dá a glória para o conhecimento unicamente a Deus. Ele se isenta de que ele tem alguma sabedoria acima dos homens normais, mas que o segredo dos pensamentos do rei foi revelado a ele a fim de que o rei poderia saber a interpretação e que ele pode conhecer os pensamentos de [sua] coração, ou seja, os problemas que tinha-o perplexo diante do sonho veio à sua mente.

    b. A Informação (2: 31-35)

    31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis uma grande estátua. Esta imagem, que era poderoso, e cujo brilho era excelente, estava em pé diante de ti; eo aspecto era terrível. 32 Quanto a esta imagem, sua cabeça era de ouro fino, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de bronze, 33 as pernas de ferro e os pés em parte de ferro e parte de barro. 34 viste até que uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e as quebrou em pedaços. 35 Então foi o ferro, o barro, o bronze, a prata eo ouro, quebrado em pedaços juntos, e tornou-se como a palha das eiras de verão; eo vento os levou, de modo que não se achou lugar para eles: ea pedra que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra.

    Daniel começou a se relacionar com o rei o que tinha visto no sonho. Uma grande imagem refere-se a uma estátua em forma humana, uma enorme colosso. A imagem tinha cinco partes: a cabeça ... o peito e os braços ... o ventre e as coxas ... suas pernas, seus pés. Cada parte foi composta por um tipo diferente de material: a cabeça-ouro; o peito e os braços em prata; a barriga e coxas-bronze; o pernas de ferro; e os pés de ferro e barro. Deve-se notar a redução do valor do material, e também o aumento da força, desde a cabeça até os pés. Enquanto composto por várias partes, a imagem foi ona; que possuía unidade.

    Enquanto o rei estava vendo a imagem, viu mais uma pedra cortada da montanha , sem mãos, que feriu a estátua nos pés e quebrou a imagem inteira em pedaços. Desmoronando em pedaços tão pequenos quanto joio, o material da imagem foi soprado pelo vento, mas a pedra começou a crescer e se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra.

    c. A Interpretação (2: 36-45)

    36 Este é o sonho; e vamos dizer a sua interpretação diante do rei. 37 Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, ea glória; 38 e, onde quer que os filhos de homens habitam, os animais do campo e com as aves do céu, vos entreguei na tua mão, e te fez para reinar sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro. 39 E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; . e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra 40 E o quarto reino será forte como ferro, pois quebra o ferro em pedaços e sujeita todas as coisas; como o ferro crusheth tudo isso, ele esmiuçará e esmagamento. 41 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido;contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. 42 E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, para que o reino será em parte forte, . e parcialmente quebrado 43 Quanto ao que viste o ferro misturado com barro de lodo, eles se misturarão com a semente de homens; mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não Acaso mistura com o barro. 44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será destruído, nem a soberania deste ser deixado para outro pessoas; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre. 45 Porquanto viste que uma pedra foi cortada da montanha, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro , a prata eo ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de suceder no futuro: e Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.

    Entre os expositores contemporâneos existem três visões conflitantes sobre a interpretação de Daniel do sonho. Estes podem ser designado como o liberal, o dispensational, eo conservador. Vamos discuti-los na ordem acima para configurar os problemas e chegar ao que pensamos ser uma verdadeira avaliação do texto.

    A visão liberal (defendida pelo motorista, Charles, Jeffery, Rowley, et al .) repousa sobre a conclusão de que o livro de Daniel foi escrito durante a revolta dos Macabeus cerca de 165 AC , a fim de embasar os judeus perseguidos. Ela vê a passagem como a história com um sabor profético. As partes da imagem representam os reinos da Babilônia, Media, Pérsia, Grécia e na Síria e Egito. A pedra representa a esperança escatológica dos patriotas judeus que acreditavam que Deus teria criado o reino messiânico na derrota de Antíoco Epifânio (171-163 AC ). Jeffery resume bem a atitude liberal quando escreve: "Devemos, portanto, ser amplamente extraviar se insistirmos em relação a todas as declarações sobre pessoas e eventos históricos como declarações que devem ser historicamente verdadeiro e de alguma forma justificada, como tal, para o leitor moderno, ou insistir na busca de realizações precisas dos eventos referidos nas visões proféticas. "Esta visão liberal é inaceitável porque ele começa com um pressuposto básico errado, ou seja, a rejeição da idéia da profecia preditiva. Uma avaliação mais aprofundada dos seus pontos fracos é apresentado na 1ntrodução e em todo o comentário.

    A vista dispensational (defendida por Larkin, Gaebelein, Scofield, Culver, et al .) diz respeito aos quatro reinos representados pela imagem como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, mas, além disso diz respeito aos dedos dos pés da imagem como um revivido Império Romano futuro para o nosso tempo, e a pedra cortada da montanha, como a Segunda Vinda de Cristo. Gaebelein declara enfaticamente: "A divisão de dez pés dos tempos dos gentios ainda não existe. Em primeiro lugar, o Império Romano tem de ser revivido e, em seguida, os dez reinos vir a existir. "" A pedra que cai de cima é a segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, Sua vinda em grande poder e glória. "A fraqueza do dispensational vista é que ele exagera as imagens do sonho. Lê-se nos itens de texto que não estão presentes, tornando assim as Escrituras ensinam itens que não são mesmo sugerido pelo próprio escritor.

    A visão conservadora (defendida pelos Padres da Igreja, os reformadores, Adão Clarke, Wesley, Jovens, et al .) sustenta que os quatro reinos pintadas pela imagem são o Babilônico, o Medo-Persa, o grego eo romano. O corte de pedra da montanha, refere-se à primeira vinda de Jesus Cristo e representa o aspecto espiritual do Seu Reino. É esta a interpretação que será elaborado.

    Significado de Daniel nos versículos 37:38 é clara. Para Nabucodonosor diz ele, Tu és a cabeça de ouro. O Deus do céu tinha dado ao monarca babilônico seu reino. Era uma relação de confiança entre o Criador Todo-Poderoso de homens e animais. Este pronunciamento Antigo Testamento constitui a base do ensinamento de Paulo: "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há poder, mas de Deus; e as autoridades que existem foram ordenadas por Deus "( Rm 13:1 e Dn 10:1 .

    O quarto reino (vv. Dn 2:40-43) é mais completamente descritas do que qualquer um dos anteriores. Quatro características principais são mencionados no texto: (1) O reino é . forte como ferro Ferro, sendo o mais forte dos metais conhecidos na época, fala da força e poder deste reino. (2) O reino deve quebrar e esmiuçará. Por força bruta neste reino esmiuçará todos os reinos anteriores e esmagá-los sob o seu peso. Completa sujeição é o pensamento. (3) O reino será um reino dividido. A divisão deve-se a natureza do reino. É um composto, em parte forte e em parte frágil. Possui uma desarmonia interior. (4) O reino é um reino mista: eles se misturarão com a semente de homens. A maioria dos comentaristas pensam que este refere-se aos casamentos dos governantes, mas Keil segue de perto a figura e aplica-o a conjugação das diferentes nacionalidades dentro da reino. Este seria, então consulte o amálgama de povos do Império Romano. Estas quatro características se encaixam o Império Romano mais completamente do que qualquer outro reino de tempos antigos.

    A chave para a passagem inteira é a frase do versículo 44 , nos dias daqueles reis. Os liberais se referem a frase para o selêucida guerreando e governantes de Ptolomeu. Os dispensationalists identificar aqueles reis com os dez reis dos dez dedos do pé (que não são de todo mencionados na passagem). Jovem parece pegar o sentido da passagem ao se referir aqueles reis para os reinos que são mencionados na imagem; assim, o pensamento de que enquanto a imagem ainda está de pé , o Deus do céu estabelecerá um reino. Se este é o significado atual, a pedra só pode referir-se a vinda de Cristo no reinado de César Augusto. Foi essa visão que capturou o espírito da Igreja antiga como expresso por Jerome: "No entanto, no período final de todos esses impérios de ouro, prata e bronze e ferro, uma pedra (ou seja, o Senhor e Salvador) foi cortado sem as mãos, isto é, sem a cópula ou semente humana e pelo nascimento do ventre de uma virgem; e depois de todos os impérios tinha sido esmagada, Ele se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra ".

    Quatro características marcam o Reino de Deus como descrito no versículo 44 : (1) Ele . não será jamais destruído mais duro do que o ferro, deve esmagar, mas não deve ser triturada (Mt 16:18. ). (2) Nem a soberania do mesmo ser deixado para outro povo. Entre os reinos terrenos a soberania passa de um povo a outro, mas com o Reino de Deus não é apenas um grupo, ou seja, os santos que deve receber e manter o Reino (Ez 7:27 ). (3) É esmiuçará e consumirá todos esses reinos. literalmente, o aramaico estados, "Ele deve quebrar em pedaços e leve ao fim." O Reino de Cristo é um adversário violento que deve ganhar no concurso espiritual sobre os principados e poderes. Seria errado levar isso em um sentido pós-milenar, para que o texto tem em mente é o início do Reino de Deus. Capítulo 7 discute sua consumação. (4) Deve ficar para sempre. Esta frase parece excluir o Reino ser o milênio, para o milênio é um período de mil anos, não para sempre. Portanto, o Reino que está sendo descrito aqui é toda a esfera da soberania de Deus sobre os homens, que teve seu início na primeira vinda de Cristo e terá sua consumação na Segunda Vinda. Este último aspecto é desenvolvido na visão de Dn 7:1)

    46 Então o rei Nabucodonosor caiu sobre o seu rosto, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves-lhe. 47 Respondeu o rei a Daniel, e disse: Verdadeiramente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, eo revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério. 48 Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e fê-lo de governar sobre toda a província de Babilônia, e para . ser governador chefe principal de todos os sábios de Babilônia 49 E pediu Daniel ao rei, e ele Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, sobre os negócios da província de Babilônia: mas Daniel estava na porta do rei.

    A passagem menciona três coisas realizadas pelo rei Nabucodonosor, e um pedido de Daniel. O rei prestou homenagem ao Deus representado por Daniel; ele elogiou o Deus de Daniel; e ele se exaltou Daniel.

    O versículo 46 deve ser interpretado por versículo 47 . O rei não adorar Daniel como um deus, mas se ajoelhou diante dele por respeito para com o Deus que Daniel representados. Suas palavras em causa a divindade que Daniel servido, vosso Deus.Nabucodonosor reconheceu três verdades, como resultado da interpretação de Daniel do sonho: (1) a verdade de uma divindade suprema, Deus dos deuses, (2) a verdade de uma superintendência divina de governo, Senhor dos reis, e (3) a verdade da revelação,um revelador de segredos.

    Pedido de Daniel foi altruísta. Ele pediu uma maior responsabilidade para Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esta promoção deu-lhes a liderança na província da Babilônia. O próprio Daniel como governador-chefe sobre todos os conselheiros viveu na corte do rei.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
    Esse capítulo é um esboço da histó-ria do mundo. A compreensão des-se capítulo e do sétimo o ajudarão no estudo de Apocalipse e de outras profecias bíblicas. Observe o quadro nas notas introdutórias a Daniel.

    I. O risco que Daniel corre (2:1-13)

    Nabucodonosor ainda não era rei quando foi a Jerusalém pela pri-meira vez a fim de conquistar a cidade; ele agia em nome do pai, Nabopolassar. Isso acerta a aparen-te contradição entre os três anos de treinamento de Daniel, em 1:5, eo "segundo ano" de reinado do rei, em 2:1. Mais uma vez, a arqueolo-gia provou a veracidade da Bíblia. O rei estava preocupado com seu futuro (veja v. 29) e com a duração de seu reinado. Deus deu-lhe um sonho em que descrevia o futuro, mas ele não conseguia compreen-dê-lo. Na verdade, ele esqueceu o sonho! Os cristãos têm o Espírito Santo para lembrá-los e ensinar- lhes tudo (Jo 14:26). Os "falsos" adivinhos e os homens sábios es-tavam realmente em dificuldades, pois o rei queria não apenas uma interpretação do sonho, mas tam-bém uma descrição dele! Qualquer pessoa pode "inventar" uma inter-pretação, porém é impossível des-crever um sonho que nunca teve.

    Eles tentaram "ganhar tempo" (v. 8), na esperança de que o rei mudasse de idéia (v. 9). Em vez disso, o rei mandou matar todos os homens sá-bios, e entre eles estavam Daniel e seus amigos. Satanás é um homici-da (Jo 8:44); sem dúvida, ele ficaria contente em ver Daniel morto.

    II. A oração e o louvor de Daniel (2:14-23)

    Temos de admirar a coragem de Da-niel em enfrentar corajosamente o chefe da guarda e até em ir direto ver o rei. "O justo é intrépido como o leão" (Pv 28:1). Deus dominou a conversa deles (Pv 21:1), e o rei deu tempo a Daniel, embora tivesse ne-gado tempo aos outros sábios. Da-niel e os três amigos sabiam o que fa-zer; eles passaram as horas seguintes em oração fervorosa ao Senhor. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus" (Jc 1:5). "Pedi, e dar-se-vos-á" (Mt 7:7). E, du-rante a noite, Deus revelou o sonho e sua interpretação a Daniel. Veja por que Daniel teve esse privilégio em Pv 3:32 e Sl 25:14. Daniel reservou tempo para louvar ao Senhor, em vez de correr até o rei ou vangloriar-se da sabedoria recém- adquirida. E, nos versículos 25:30, observe que Daniel dá toda a gló-ria ao Senhor, sem reservar nem um pouco para si mesmo. Não há limite para o que Deus faz pelo crente que lhe dá toda a glória.

  • A profecia de Daniel (2:24-45)
  • O profeta foi até o chefe da guarda e disse-lhe que não matasse os ou-tros homens sábios. Claro que eles mereciam morrer, e, se isso aconte-cesse, Daniel teria mais destaque, contudo Daniel não era um homem que odiava os inimigos. Apenas a eternidade revelará quantos peca-dores perdidos foram poupados de ofensa física pela presença e in- tercessão de um crente. A seguir, Daniel conta ao rei o conteúdo do sonho esquecido. O rei estava pre-ocupado com o futuro do seu reino (v. 29), por isso Deus deu-lhe uma visão do reino por vir. No sonho, o rei viu uma estátua grande de um homem: a cabeça era de ouro; o peito e os braços, de prata; o ventre e os quadris, de cobre ou bronze (mas não de latão, metal ainda não conhecido na época); as pernas, de ferro; e os pés de ferro e barro. Ele também viu uma pedra cair nos pés da estátua e toda ela virar pó. A seguir, a pedra se transformou em uma grande montanha, que encheu toda a terra.

    O versículo 28 afirma que o significado total do sonho refere-se aos "últimos dias". Cada metal re-presentava um reino: o babilônio era a cabeça de ouro (v. 38); o me- do-persa, o peito e os braços de pra-ta; o grego, o ventre e os quadris de bronze; o romano, as duas pernas de ferro (e o Império Romano dividiu- se em Ocidental e Oriental). Os pés de ferro e barro (uma mistura frágil) representavam os reinos dos fins dos tempos, uma continuação do Impé-rio Romano dividido em dez reinos (os dez dedos ou artelhos). O último "reinado humano" sobre a terra será o do anticristo, durante a última par-te do período da tribulação. Como tudo isso terminará? Cristo, a Pedra (Mt 21:44), aparecerá de repente e derrotará as nações do mundo, ins-tituindo em todo o mundo seu reino de poder e glória.

    Assim, essa estátua é um re-trato da história do mundo. Há um decréscimo no peso dos materiais (do ouro ao barro), o que torna a es-tátua pesada no topo, mas fácil de ser derrubada. Os homens pensam que a civilização humana é forte e duradoura, quando, na verdade, ela se apóia sobre frágeis pés de barro. Observe que o valor dos metais tam-bém diminui: do ouro para a prata, da prata para o bronze, do bronze para o ferro, e do ferro para o bar-ro. A humanidade melhora com o passar do tempo? Não! Na realida-de, a civilização humana fica cada vez mais desprezível e débil. Há também um decréscimo na beleza e na glória (certamente, o ouro é mais bonito que o ferro misturado com barro), e há uma diminuição na for-ça (do ouro ao barro) conforme nos aproximamos do fim da história hu-mana. Sem dúvida, cada um desses reinos sucessivos teve força, e Roma teve um incrível poderio militar; to-davia, ao longo do tempo, a história humana se torna cada vez mais fra-ca. Isso explica por que o anticristo conseguirá organizar uma ditadura mundial: as nações estarão tão de-bilitadas que precisarão de um dita-dor para poder sobreviver.

    Cada um desses reinos teve uma forma diferente de governo. A Babilônia era governada por um monarca absoluto, um ditador (veja 5:19). O Império Medo-Persa tinha um rei, contudo ele trabalhava por intermédio de príncipes e instituiu leis (veja 6:1-3 — e lembre-se das "leis dos persas e dos medos" em Et 1:19). A Grécia operava com um rei e um exército; e Roma, suposta-mente, era uma república, mas, na verdade, o exército governava por meio de leis. O ferro e o barro re-presentam nossos governos atuais: o ferro representa a justiça e as leis; o barro, a humanidade; e os dois jun-tos formam a democracia. Qual é a força da democracia? A lei. Qual é sua fraqueza? A natureza humana. Hoje, estamos vendo que a ilegali-dade surge quando a natureza hu-mana se recusa a seguir a ordem e as leis de Deus.

    Essa imagem não é muito oti-mista. Nabucodonosor viu que seu reino cairia e seria substituído pelo Império Medo-Persa. Isso aconteceu em 538 a.C. (Ez 5:30-27). Em 330 a.C., os gregos conquistaram os me-dos e os persas; os gregos renderam- se a Roma. Aparentemente, o Impé-rio Romano desapareceu, no entan-to suas leis, filosofias e instituições existem até hoje, levando-nos até os pés "de barro". A única esperan-ça para este mundo é o retorno de Cristo. Ele voltará à terra a fim de conquistar as nações (Ap 19:11 ss) e estabelecer seu reino glorioso.

  • O crescimento de Daniel (2:46-49)
  • O rei cumpriu sua promessa (v. 6) e deu honras e presentes a Daniel, que não queria recebê-los, pois es-tava ansioso para que toda glória fosse dada ao Senhor. Daniel foi honrado e engrandecido porque foi fiel ao Senhor, não porque fez concessões em suas convicções. Ele sentou-se à entrada, que era o local de autoridade. Ló também se sentou à entrada da cidade (Gn 19:1), mas, porque fez concessões e afastou- se da vontade de Deus, ele perdeu tudo por causa disso! Observe que Daniel não guarda as honras para si mesmo; ele pede que os três amigos também sejam promovidos (v. 49). Quanto mais conhecemos esse ho-mem, mais o amamos por sua hu-mildade e abnegação.

    No capítulo 7, veremos esses reinos de novo. Eles serão retrata-dos como animais selvagens, por-que é assim que Deus vê a história humana. O Senhor não se impres-siona com o ouro, a prata e o bron-ze. Ele vê o coração do homem e sabe que os reinos do mundo es-tão cheios de violência e pecado. Do ponto de vista do homem, os reinos terrestres são como metal — durável e forte; da perspectiva do

    Senhor, são animais ferozes que devem ser mortos. Daniel tinha paz e confiança perfeitas, pois co-nhecia os planos de Deus para o futuro. Os cristãos que conhecem a Palavra do Senhor e crêem nela também têm paz.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
    2.1 Segundo ano. O ano 603, pois, quando cercou a Jerusalém, Nabucodonosor estava regendo ao lado de seu pai Nabupolassar.

    2.2 Magos... encantadores... feiticeiros... caldeus. Eram sábios da época, o v. 13 assim os chama. Eram os conselheiros do rei.

    2.4 Em aramaico. Com estas palavras, inicia-se a seção do livro escrita em aramaico, que vai até ao fim do capítulo 7.

    2.5 Uma coisa é certa... A tradução que diz: "o que foi me tem escapado" é errada, e não explica o verdadeiro motivo do rei. O sonho era tão importante para ele e seu império, que a única prova da exatidão das interpretações era consultar os sábios para verificar se estes poderiam contar primeiro os sonhos do rei.

    2.6 Aos sábios da época ofereciam-se, ao mesmo tempo, grandes prêmios e terríveis ameaças, comp. Ez 3:15.

    2.9 Saberei. Contar o sonho é a prova do valor dos feiticeiros e da sua interpretação mas este poder está fora do seu alcance.

    2.10 Não há mortal. O desespero leva os magos a enfrentar o rei, explicando que só têm o poder de interpretar sinais dados pelas divindades, mas nunca de fazer os sinais aparecerem.

    2.11 Os deuses. Esta palavra é, também, o plural de majestade, e deve ser traduzida como "Deus" - porque, embora os magos da época acreditassem que certos demônios e anjos vivessem entre os homens, estão aqui percebendo que o que o rei está pedindo está nas mãos do próprio Deus, e é a Ele que Daniel recorre, vv. 17-23.

    2.12 Matassem a todos. Resultado da fúria de Nabucodonosor, que era um déspota. No, final, entretanto, se vê que nunca perdeu o hábito da época, de recorrer aos sábios, Ez 4:6-27; 1Jo 2:18.

    2.29 O que há de ser depois disto. O futuro, em geral, o que havia de acontecer daquela data em diante.

    2.31 Daniel começa a relatar o conteúdo do sonho, que realmente é uma visão do curso da história do mundo, com seus impérios.
    2.35 Vestígios. O reino representado por esta Pedra não deixará nenhum sinal de outros reinos haverem existido, Jesus disse: Portanto vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhes produza os respectivos frutos. Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó, Mt 22:42-44.

    2.37 Tu, ó rei. Nabucodonosor, e o império da Babilônia do qual era a encarnação, era o primeiro dos poderes mundiais do sonho.

    2.39 Outro reino. Dois braços de prata, o império da Média e da Pérsia, simbolizado pelo urso Dt 7:5 e o carneiro Dt 8:3 e 4, das visões paralelas. Terceiro reino. Grécia, o reino de bronze, o leopardo Dt 7:6 e o bodeDt 8:5. Os gregos vestiam-se com armaduras de bronze.

    2.40 O quarto reino. O império romano, o quarto animalDt 7:7, Dt 7:23.

    2.43 Não se ligarão. Uma diversidade na sua constituição interna que nunca se fundirá em um só. Assim os romanos eram um povo forte e disciplinado, mas formaram alianças com nações estranhas que, infiltrando-se na própria cidade de Roma, trouxeram vícios, superstições e fraqueza de caráter ao império.

    2.44 Os dias destes reis. Nos tempos dos reinos humanos, Deus estabelece o reino dos Céus. Assim também o Credo Apostólico menciona a ocasião do sofrimento de Cristo "sob Pôncio Pilatos", e Lucas, toma grande cuidado em dar a data humana da vinda de Cristo, Lc 1:5; Lc 2:2; Lc 3:1 e 2. Deus... suscitará. A vinda de Cristo é um ato de soberania divina, e nenhuma civilização humana poderia ter sido usada para produzir o Salvador.

    2.45 Sem auxílio de mãos. Cristo é a pedra que vive, posta por Deus, que quer dizer que, os crentes também vivem para ser o sacerdócio real de Deus, edificados em Cristo (1 Pe 2:4-10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49
    II. O SONHO ESQUECIDO DE NABUCODONOSOR (2:1-49)

    1) O tirano frustrado (2:1-13)
    v. 1. No segundo ano\ 603 a.C. Se Daniel foi deportado em 605 a.C., esse foi considerado o ano da ascensão de Nabucodonosor na Babilônia, de forma que o seu segundo ano seria o terceiro ano de Daniel no exílio, ele não conseguia dormir, acordado repentinamente por um sonho vívido, o rei supersticioso exigiu uma explicação imediata, v. 2. os feiticeiros e os astrólogos’. (nota de rodapé da NVI: “caldeus”) amplia 1.20; a lista dos integrantes do corpo acadêmico do rei destaca a sua proeminência, revelada igualmente nos seus escritos remanescentes da época. v. 4. O discurso e tudo que segue até o final do cap. 7 está em aramaico, e não em hebraico (v. Introdução, “As línguas de Daniel”). Essa mudança é comentada por meio da expressão em aramaico depois de os astrólogos responderam [ao rei], acrescentada, assim se pensa, como aviso aos leitores e copistas. Na Babilônia, o aramaico era escrito com tinta sobre papiro ou pergaminho, materiais que apodreceram no solo úmido; assim, exemplares da língua da capital de Nabucodonosor são raras anotações rabiscadas em superfícies mais duráveis.

    Elas são suficientes para provar o uso bastante difundido do aramaico naquela região. O rei, vive para sempre!’. a oração comum a favor de um monarca no ATOS a partir de Davi (1Rs 1:31). interpretaremos-, aram. pesar, sugere uma solução inacessível para a maioria; em Daniel, ela é com frequência dada por Deus e aplicada a mistérios que aptidões comuns não conseguem desvendar, como em 2.30; 4.9. Mais tarde, a forma hebraica da palavra foi empregada pelos homens de Cunrã nos seus comentários das Escrituras, explicando-as à luz dos eventos correntes (v. F. F. Bruce, Biblical Exegesis in the Qumran Texts, Londres, 1960). v. 5. Nabucodonosor exigiu satisfação em troca dos privilégios usufruídos pelos seus estudiosos; qualquer coisa que ele quisesse saber, eles teriam de ser capazes de explicar. Ele pode ter feito de conta, ou pode de fato ter esquecido o sonho, somente sabendo que tinha tido um sonho muito claro, uma experiência compartilhada por muitos. Esta é a minha decisão’, tomada por empréstimo do antigo persa, uma palavra incomum que significa “ter decidido”, agora comprovada em textos antigos, daí a diferença entre a NVI e a ARC. cortados em pedaços [...] presentes, recompensas (v. 6): são os extremos típicos de governantes autoritários, encontrados novamente em 3.29; 5.7, agora mostrando o pânico do rei diante da sombra ameaçadora do seu sonho. A sua impaciência (v. 8,9) é mais um sinal do seu pavor. v. 10,11. O conhecimento dos babilônios fundamentava-se em fatos e eventos observados, não oferecendo, assim, meio para satisfazer o rei, visto que ele não poderia, ou não iria, fornecer os dados básicos. A sua resposta foi precisa. Os sábios não estavam qualificados adequadamente, e os seus feitiços não eram capazes de obrigar os seus deuses a revelar o sonho, v. 12,13. O rei frustrado ou enganado não teve piedade; foi dada a ordem formal para a execução imediata. Todos os sábios foram condenados, e não somente os fracassados que se encontraram com o rei.


    2) A sabedoria de Daniel (2:14-18)
    A conduta de Daniel o salvou da morte instantânea. E evidente que um sistema de
    escalas de serviço ou outra responsabilidade fez que ele e seus amigos não estivessem na corte e não soubessem da crise. Assim como tinha feito com o chefe dos oficiais (1.9), Daniel conseguiu conquistar a benevolência também do comandante da guarda do rei. A essa altura, assim podemos supor, o rei tinha se acalmado, pois recebeu Daniel e lhe deu o período de graça que este pediu. No seu estado inconstante, talvez Nabucodono-sor nem quisesse que Daniel também fosse morto. Sem dúvida, todos os sábios se refugiaram na oração; Daniel e seus amigos estavam nessa mesma angústia, mas, como Elias, eles adoravam uma divindade que sabiam que os tinha colocado onde estavam e que era capaz de lhes conceder a misericórdia da suspensão da pena ao lhes revelar o mistério (v.comentário do v. 4).


    3)    Daniel adora a Deus (2:19-23)

    As palavras no cântico de Daniel são adequadas em cada frase. Honrado pelo rei pelo seu conhecimento, e prestes a ser ricamente recompensado, ele proclama o nome de Deus para que seja honrado soberanamente como a fonte da sabedoria, o controlador de todas as eras, dinastias e monarcas, onisciente, aquele que supre os seus de acordo com as suas necessidades, v. 19. A expressão Deus dos céus denota o Deus de Israel particularmente nos escritos pós-exílicos, às vezes acrescido de “e da terra”, identifícando-o pela sua universalidade e transcendência, evitando elos locais que poderiam limitá-lo.


    4)    Daniel revela o sonho (2:24-35)
    v. 24.
    Embora tivesse tido acesso ao rei

    pouco tempo antes (v. 16), Daniel agora se aproxima do rei por meio do comandante da guarda, atrasando-o nas execuções, e assim permitindo ao homem em quem o rei provavelmente mais confiava levá-lo à sua presença com essa questão tão sensível, v. 26. Uma nota de esperança angustiante pode ser detectada na pergunta do rei quando o brilhante jovem se apresenta a ele. v. 27. A resposta de Daniel está em concordância com a sua atitude e com a atitude dos seus colegas pagãos; o problema está acima da aptidão humana.

    v. 28. mas existe um Deus nos céus: essa expressão calmamente conduz o rei ao pensamento de um Ser diferente dos seus próprios deuses, o que acontecerá nos últimos dias: a pergunta para a qual todo homem quer resposta em algum momento da sua vida foi respondida de forma extraordinária para o rei. Por que Deus deveria revelar os fatos da história futura a Nabucodonosor? A sua reação, enco-rajadora para todos os judeus fiéis na Babilônia, foi uma razão. Outra, foi a provisão nos registros escritos de uma profecia que poderia ser seguida pelas gerações futuras. Algumas versões trazem aqui “nos dias por vir”, e isso inclui o futuro a partir daquela época até o momento decisivo, e.g., a conquista assíria em Nu 24:14-4; a rebelião de Israel em Dt 29:39; aqui é o estabelecimento do reino divino, v. 29. No seu segundo ano, já um militar vitorioso, monarca de um reino enorme, é compreensível que Nabucodonosor tenha tido em mente os seus anos seguintes, planejando e tramando para aumentar a glória dos deuses e do rei da Babilônia. O sonho penetrou numa mente receptiva. Daniel cuidadosamente destacou a sua incapacidade humana e garantiu ao rei que lhe daria a explicação para o seu benefício, e não para sua própria glória, v. 31-35. O sonho foi simples e direto, mas amedrontador. A estátua a ser derrubada era Nabucodonosor? Era ele a pedra? Era natural que ele ficasse ansioso. A estátua com tamanho exagerado é um fenômeno típico dos sonhos; não era necessário buscar nenhuma identificação em algum ídolo da Babilônia. Somente os pés em parte de ferro e em parte de barro dão certa dificuldade de compreensão da visão. E bem provável que os pés fossem moldados em argila sobre um cerne ou esqueleto de ferro que se encaixava nas pernas, na forma em que construções reforçadas de concreto são levantadas. Gomo os babilônios e os hebreus não tinham um conceito de eventos “naturais”, uma pedra solta sem o auxílio de mãos seria considerada como enviada dos céus. Acerca de (ou “palha”), conforme Sl 1:4 etc.


    5) Daniel interpreta o sonho (2:36-45)
    A interpretação dá um significado a cada parte, mas com poucos detalhes; aspectos como olhos e mãos não são tratados separadamente, v. 36. nós o interpretaremos'. Montgomery corretamente compara esse “nós” com o “nós” de Paulo (e.g., 2Co 1:6), usado com certa humildade; a presente mensagem não era de Daniel. No entanto, foi expressa por Daniel, e ele escolheu as palavras elegantes do v. 37, seguindo o modelo da etiqueta real, colocando de forma enfática o Deus dos céus no lugar em que deidades pagãs seriam citadas pelos outros sábios, v. 37. rei de reis continuou a ser o título do monarca persa até tempos modernos; recebeu proeminência no tempo dos governantes aquemênidas, mas eles o tomaram emprestado dos seus predecessores, entre eles assírios e outros reis que o usaram séculos antes. v. 38. governante deles todos\ pode representar a reivindicação de Nabucodonosor, mesmo que não estritamente correta, enquanto a inclusão de animais e aves alude ao poder supremo dos reis ilustrado de forma tão clara nos relevos assírios que retratam a caça. Daniel pode ter tido o pensamento de Gn 1:28 também, conforme Jr 27:6Jr 28:14. v. 38. cabeça de ouro-, em retrospectiva, a Babilônia parece menos impressionante em extensão territorial e duração do que o Império Persa que a seguiu. Nesse contexto, nenhum outro retrato da potência da época era possível, porque Nabucodonosor dificilmente se consideraria inferior a qualquer rei antecedente, nem favoreceria indicações de qualquer sucessor que fosse retratado de forma mais brilhante. Se ele se sentiu lisonjeado, Daniel lhe ensinou que a sua grande majestade vinha do mesmo Deus do seu sonho. v. 39. outro reino-, nenhum nome foi revelado a Nabucodonosor, deixando o campo aberto para especulações desde então! Como seria inferior, não se sabe. um terceiro reino é caracterizado por sua universalidade, um quarto reino (v. 40) por sua violência e diversidade, um Estado composto, tentando alcançar a unidade por meio de casamentos mistos, e falhando nisso. Na estrutura da imagem do sonho, cada parte se encaixa na seguinte, de forma que explicações históricas não pressupõem um hiato entre um reino e o seguinte. Enquanto os estágios estão em escala descendente no que tange à importância monetária, eles estão em escala ascendente com relação ao poder, um fator a ser levado em consideração na interpretação da estátua. Após o império de Nabucodonosor, veio o Império Persa (v.comentário Dt 5:30 e a Introdução, “Daniel e a história”), que é, portanto, o segundo reino. Muitos comentaristas que defendem o ponto de vista de que todas as profecias de Daniel culminam com Antíoco Epifânio são forçados a interpolar um Estado da Média a essa altura, o que não pode ser fundamentado (v. Introdução, “Daniel e a história”). O império de Alexandre, o Grande, nos proporciona o terceiro reino, e os seus descendentes a certa altura dão lugar ao quarto, Roma. Esse é o ponto de vista tradicionalmente defendido na igreja cristã. Se argumentarmos que todas as profecias de Daniel têm as mesmas referências, obtemos a Pérsia como o terceiro reino e o império de Alexandre como o quarto, ou o de Alexandre como o terceiro e o de seus sucessores como o quarto. (A descrição do quarto se encaixa com Roma e com Alexandre). A pedra é então o “reino de Deus”, indeterminado. Com base na visão tradicional então, como disse Paulo de uma outra pedra, “essa rocha era Cristo” (1Co 10:4), cujo advento introduziu um novo reino verdadeiramente universal e duradouro, v. 45. O discurso de Daniel terminou como havia começado, com um lembrete do Autor da visão, o Deus poderoso, e a certeza do cumprimento. Não havia condições.


    6) A recompensa de Daniel (2:46-49) v. 46. A reação do rei mostrou o seu alívio e a exatidão da compreensão de Daniel. Se o rei tinha esquecido o seu sonho, Daniel o trouxe de volta à mente; se ele estava fazendo de conta, Daniel passou no teste. A reverência prestada a Daniel por Nabucodonosor tem afligido os comentaristas, pois o humano e piedoso Daniel parece estar recebendo honrarias divinas. Jerônimo supôs que o rei estava adorando o Deus que ele conheceu por meio de Daniel, e Young teve a impressão de que Daniel “não iria tomar sobre Sl a honra que pertencia somente a Deus”. Por válidas que essas expressões possam ser, há indicações de que atos reservados para a adoração divina na prática hebréia e cristã eram dirigidos a pessoas exaltadas na Babilônia e na Pérsia. O alívio de Nabucodonosor pode tê-lo conduzido a uma atitude tão exagerada quanto a sua fúria anterior, v. 47. Daniel havia contado a seu rei quanto o seu Deus era poderoso e exaltado; agora Nabucodonosor o reconhecia como a fonte da percepção de Daniel. Ele o aclamou como o maior entre os deuses, sem se tornar monoteísta. Em seguida, recompensou Daniel como havia prometido, e Daniel fez questão de compartilhar isso com os amigos que tinham orado com ele. A posição de governante trazia grandes riquezas em tributos, ao mesmo tempo que acarretava muitas responsabilidades. Ao delegá-las, Daniel conseguiu manter o seu lugar de grande influência no gabinete. v. 48. e o encarregou de todos os sábios da província: essa posição é criticada como impossível para um judeu fiel, junto com o seu título de “chefe dos magos” em 4.9. Mas o seu ofício talvez não o tenha envolvido nas atividades dos seus subordinados; a sua destreza na área tinha sido comprovada. Os amigos de Daniel parecem compartilhar com naturalidade o seu triunfo. A sua presença também suaviza a transição para o cap. 3, em que eles são proeminentes e Daniel está totalmente ausente.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 1 até o 49

    II. As Nações da Terra - Seu Caráter, Relações e Destino. 2:4b - 7:28.

    A. Nabucodonosor Sonha com uma Grande Imagem: Uma

    Profecia sobre os Tempos dos Gentios. Dn 2:1-49.

    (Para se incluir 2:1-4a aqui, veja observação sobre Dn 1:21).

    Nesta parte conta-se que Nabucodonosor teve um sonho terrível (v. Dn 2:1), que foi usado para experimentar a capacidade e disposição de seus conselheiros ocultos (vs. Dn 2:2-6). O fracasso do principal grupo de "sábios" em reproduzir e interpretar o sonho põe em perigo as vidas de todos os sábios, inclusive os quatro hebreus (vs. Dn 2:7-12). Mas Daniel, sustentado por intercessões suas e de seus amigos, reproduz o sonho (vs. Dn 2:13-23). Ele conta o sonho a Nabucodonosor (vs. Dn 2:24-35) e fornece uma interpretação divina (vs. Dn 2:36-45). Como recompensa Daniel é feito "governador" sobre a província da Babilônia, no que ele garante promoções para os seus três companheiros (vs. Dn 2:46-49). A interpretação do sonho fornece ao leitor um esboço da sucessão dos reinos mundiais desde o tempo de

    Nabucodonosor até a filial instauração visível do reino de Cristo na Sua segunda vinda. (Com relação aos diversos pontos de vista sobre este capítulo, veja observação no final do capítulo.)


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 36 até o 45


    6) A Interpretação Divina do Senhor. Dn 2:36-45.

    O sonho fora de uma imagem impressionante, reluzente, aterrorizante, na forma de um homem.

    a) A Cabeça de Ouro (vs. Dn 2:36-38 ; cons. v. 32).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 2 do versículo 24 até o 49
    c) A interpretação do sonho (Dn 2:24-49)

    Quando Daniel reapareceu perante o rei procurou deixar claro que não viera dar a interpretação do sonho mediante seu próprio poder, mas deu a glória a Deus (28). O sonho foi de natureza escatológica, isto é, tinha a ver com o fim dos dias ou, em outras palavras, com a era messiânica (cfr. At 2:16-17; 1Tm 4:1; He 1:1). Daniel relata o conteúdo do sonho descrevendo o colosso que o rei tinha visto, cujas diversas porções eram feitas de diferentes metais. A cabeça de ouro foi identificada como o próprio Nabucodonosor, e isso provavelmente significa que devemos compreender o império babilônico representado por seu grande rei. Outras partes da imagem, segundo Daniel, representam outros reinos.

    Diferentes interpretações a respeito dessa simbologia têm sido aventadas. A maioria dos eruditos críticos que negam a autenticidade de Daniel acreditam que os quatro impérios representados pelo colosso são: Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Tem sido sustentado por alguns dos advogados dessa posição que, visto que a Média não existia como império separado após a queda da Babilônia, que o livro de Daniel está, portanto, laborando em erro. Há, entretanto, fortes razões para que essa identificação seja rejeitada (ver The Prophecy of Daniel, págs. 275-294). Objeções a esse ponto de vista serão destacadas conforme for prosseguindo a exposição. De tempos em tempos os eruditos conservadores têm identificado os reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, o Império de Alexandre, e os sucessores de Alexandre. Mas, em sua maioria, a posição conservadora tradicional tem sido a identificação desses reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Essa é a única posição que pode interpretar corretamente o versículo 44, um versículo que declara distintamente que o reino messiânico seria erigido nos dias dos reinos já mencionados. Os dois primeiros pontos de vista assumem que o reino messiânico será erigido após os quatro impérios humanos, e isso está definidamente contra o ensino do versículo 44.

    O ensino dispensacionalista interpreta os dez dedos da imagem como a representar um tempo que o Império Romano será revivificado e dividido em dez reinos. Deve-se notar, entretanto, que menção nenhuma é feita quanto ao número dos artelhos.

    >Dn 2:34

    A pedra cortada, sem mão (34) representa o Messias e o crescimento do reino messiânico, reino esse que é descrito como de duração eterna e de origem divina (44), assim ficando contrastado com os impérios humanos e temporais do colosso.

    Deus é Deus dos deuses... (47). A confissão do Nabucodonosor em realidade não se eleva acima do nível do politeísmo. Ele reconhece a superioridade do Deus de Daniel; contudo, não O adora como o único verdadeiro Deus.

    Não é necessário imaginar que o engrandecimento de Daniel (48) tenha envolvido necessariamente o profeta nas superstições de Babilônia. Podemos estar certos que um homem de devoção total a Deus, tal como ele foi, o conservaria livre de tal conspiração.


    Dicionário

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Interpretação

    substantivo feminino Ação de interpretar, de perceber o sentido de algo ou de atribuir um sentido a algo; explicação: interpretação de um texto, de um sonho.
    Comentário crítico: interpretação de uma obra.
    [Teatro] Modo de representação que o ator atribui ao trabalho que representa.
    [Artes] Modo como uma obra dramática, musical, coreográfica é representada ou dançada.
    [Música] Ação de tornar sensível a um ouvinte o conteúdo de uma partitura: uma boa interpretação musical.
    expressão Interpretação fotográfica. Indicação, em uma cópia, das informações descobertas numa fotografia aérea, para exploração da área; fotointerpretação.
    Etimologia (origem da palavra interpretação). Do latim interpretatio.onis.

    Presença

    substantivo feminino Fato de uma pessoa estar num lugar específico; comparecimento.
    Existência de uma coisa em um lugar determinado: presença de mosquitos.
    Fato de existir, de ter existência real num local; existência: a presença de índios na Amazônia.
    Participação em alguma coisa: sua presença trouxe glamour ao evento.
    Figurado Manifestação de uma personalidade forte capaz de chamar a atenção dos demais: sempre foi um sujeito sem presença.
    Figurado Algo ou alguém que não se consegue ver, mas que se sente por perto: sinto sua presença sempre comigo.
    Etimologia (origem da palavra presença). Do latim praesentia.ae.

    presença s. f. 1. Fato de estar presente. 2. Existência, estado ou comparecimento de alguém num lugar determinado. 3. Existência de uma coisa em um dado lugar. 4. Aspecto da fisionomia. 5. Modos, porte. 6. Juízo, opinião, parecer, voto.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Sonho

    os orientais, e particularmente os judeus, tinham em grande consideração os sonhos, e recorriam, para a sua interpretação àqueles que diziam saber explicá-los. Vê-se quanto é antigo esse costume, na história do padeiro e copeiro-mór de Faraó (Gn
    40) – o próprio Faraó (Gn 41), e Nabucodonosor (Dn 2), quiseram, também, que fossem explicados os seus sonhos. os midianitas davam crédito a essas representações mentais, como parece depreender-se daquele sonho que um midianita relatou ao seu companheiro, em cuja interpretação Gideão viu um feliz prognóstico (Jz 7:13-15). Considerai também os sonhos de Abimeleque (Gn 20:3a 7), de Labão (Gn 31:24), de José (Mt 1:20), dos Magos (Mt 2:12), e da mulher de Pilatos (Mt 27:19). E cuidadosamente deve ser notado que maior número de sonhos eram concedidos àqueles que não tinham a vantagem de viver sob o pacto judaico.

    do Latim somniu

    Conjunto de ideias e imagens mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito durante o sono; utopia; ficção; fantasia; visão; aspiração.


    O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. [...] Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 402

    [...] podem ser: uma visão atual das coisas presentes, ou ausentes; uma visão retrospectiva do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons; para induzir-nos em erro e nos lisonjear as paixões, se são Espíritos imperfeitos os que no-lo apresentam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 101

    Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono; às vezes são a recordação dos lugares e das pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 137

    [...] é a liberdade condicionada que todas as noites experimentamos, como consolo às tribulações da vida encarnada.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 56

    [...] o sonho ordinário, puramente cerebral [é] simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília. [...] Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos, o Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade, onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais. Vai, não raro, ao encontro das almas humanas, como ele desprendidas da carne durante o sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios. Dessas práticas conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida, inspirando os nossos atos e resoluções. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    Segundo os antigos, existem duas espécies de sonhos: o sonho propriamente dito, em grego, onar, é de origem física, e o sonho repar, de origem psíquica. Encontra-se esta distinção em Homero, que representa a tradição popular, assim como em Hipócrates, que é representante da tradição científica. Muitos ocultistas modernos adotaram definições análogas. Em tese geral, segundo eles dizem, o sonho propriamente dito seria um sonho produzido mecanicamente pelo organismo, e o sonho psíquico um produto da clarividência adivinhadora; ilusório um, verídico o outro. É, porém, às vezes, muito difícil estabelecer uma limitação nítida e distinta entre essas duas classes de fenômenos. O sonho vulgar parece devido à vibração cerebral automática, que continua a produzir-se no sono, quando a alma está ausente. Estes sonhos são, muitas vezes, absurdos; mas este mesmo absurdo é uma prova de que a alma está fora do corpo físico e deixou de regular-lhe as funções. Com menos facilidade nos lembramos do sonho psíquico, porque não impressiona o cérebro físico, mas somente o corpo psíquico, veículo da alma que está exteriorizada no sono.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] O sonho é para a alma o que é o ar para o pássaro, o que a vista das estrelas é para o prisioneiro. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] o chamado processo de controle de sonho [...] [é assim descrito por Mr. Muldoon:] [...] Ao sonharmos, estamos no plano astral ou extra-físico. Assim sendo, entramos no astral cada vez que vamos dormir e o corpo sutil se destaca do corpo físico, conservando-se a maior ou menor distância deste. O objetivo, então, será o de fazer coincidir a ação individual, no sonho, com a ação do próprio perispírito. Quando isso ocorrer, o corpo astral se desdobra. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 3

    [...] afora ligeiras intercorrências de fundo fisiológico, é lembrança das atividades do Espírito nos planos em que é chamado à verificação de valores próprios, no campo da compreensão imortalista que edifica situações conscienciais, quando, durante o sono, adquire uma liberdade relativa de locomoção nas esferas extraterrenas peculiares a cada posição evolutiva da alma.
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] os sonhos são fatos ou acontecimentos que já se passaram, estão se realizando, ou vão suceder mais hoje, mais amanhã. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    Todos eles [sonhos] revelam, em sua estrutura, como fundamento principal, a emancipação da alma, assinalando a sua atividade extracorpórea, quando então se lhe associam, à consciência livre, variadas impressões e sensações de ordem fisiológica e psicológica.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    Toda comunicação obtida durante o sono deve ser classificada entre os sonhos, com a diferença, porém, de que os sonhos ordinários provêm geralmente de recordações, ou da luta da matéria com o Espírito, ao passo que os sonhos da natureza do de José são revelações [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia. Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos, e, quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 49


    Sonho Série de cenas vistas durante o sono. Nos tempos antigos foi usado por Deus para comunicar mensagens às pessoas (Gn 20:3); (Nu 12:6); (1Rs 3:5); (Mt 1:20). É usado também na MAGIA, pela qual se procura conhecer o futuro e obter conhecimentos ocultos (Dt 13:1-3); (Jr 23:25-28); (Zc 10:2).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 2: 36 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Este é o sonho; e a sua interpretação diremos na presença do rei.
    Daniel 2: 36 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    604 a.C.
    H1836
    dên
    דֵּן
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2493
    chêlem
    חֵלֶם
    ()
    H4430
    melek
    מֶלֶךְ
    para o rei
    (to the king)
    Substantivo
    H560
    ʼămar
    אֲמַר
    diz
    (says)
    Verbo
    H6591
    pᵉshar
    פְּשַׁר
    ()
    H6925
    qŏdâm
    קֳדָם
    antes
    (before)
    Prepostos


    דֵּן


    (H1836)
    dên (dane)

    01836 דן den (aramaico)

    uma variação ortográfica de 1791; DITAT - 2680 pron demons

    1. isto, pora causa disto adv
    2. portanto

    חֵלֶם


    (H2493)
    chêlem (khay'-lem)

    02493 חלם chelem (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 2492; DITAT - 2730; n m

    1. sonho

    מֶלֶךְ


    (H4430)
    melek (meh'-lek)

    04430 מלך melek (aramaico)

    correspondente a 4428; DITAT - 2829a; n m

    1. rei

    אֲמַר


    (H560)
    ʼămar (am-ar')

    0560 אמר ’amar (aramaico)

    correspondente a 559; DITAT - 2585; v

    1. (Peal) dizer, falar, ordenar, contar, relatar

    פְּשַׁר


    (H6591)
    pᵉshar (pesh-ar')

    06591 פשר p eshar̂ (aramaico)

    procedente de 6590; DITAT - 2949a; n. m.

    1. interpretação (de sonho)

    קֳדָם


    (H6925)
    qŏdâm (kod-awm')

    06925 קדם qodam (aramaico) ou קדם q edam̂ (aramaico) (Dn 7:13)

    correspondente a 6924; DITAT - 2966a; prep.

    1. antes, diante de
      1. diante de
      2. defronte de