Enciclopédia de Oséias 6:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

os 6: 11

Versão Versículo
ARA Também tu, ó Judá, serás ceifado.
ARC Também para ti, ó Judá, foi assinada uma ceifa, quando eu remover o cativeiro do meu povo.
TB Também para ti, ó Judá, está assinada uma ceifa, quando eu tornar a trazer o cativeiro do meu povo.
HSB גַּם־ יְהוּדָ֕ה שָׁ֥ת קָצִ֖יר לָ֑ךְ בְּשׁוּבִ֖י שְׁב֥וּת עַמִּֽי׃ פ
BKJ Também para ti, ó Judá, foi determinada uma colheita, quando eu reverti o cativeiro do meu povo.
LTT Também para ti, ó Judá, está designada uma ceifa, quando Eu voltar atrás o cativeiro do Meu povo.
BJ2 Para ti também, Judá, está destinada uma colheita, quando eu restabelecer o meu povo.[e]
VULG Sed et Juda, pone messem tibi, cum convertero captivitatem populi mei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Oséias 6:11

Jó 42:10 E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.
Salmos 126:1 Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Jeremias 51:33 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: A filha de Babilônia é como uma eira no tempo da debulha; ainda um pouco, e o tempo da sega lhe virá.
Joel 3:13 Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares transbordam; porquanto a sua malícia é grande.
Miquéias 4:12 Mas não sabem os pensamentos do Senhor, nem entendem o seu conselho, porque as ajuntou como gavelas em uma eira.
Sofonias 2:7 E será a costa para o resto da casa de Judá para que nela apascentem; à tarde, se assentarão nas casas de Asquelom, porque o Senhor, seu Deus, os visitará e reconduzirá os seus cativos.
Apocalipse 14:15 E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega! É já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

os 6:11
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11463
Capítulo: 23
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
O sumo sacerdote projetava-se como a personagem mais importante da teocracia judaica, na ausência de um rei. Era o mandatário de Iahweh na Terra, detentor da “santidade eterna”.
Dos deveres desse príncipe — além de ser o primeiro representante do povo, na fase sem rei, e além da direção do Templo e do Sinédrio — destacavam-se suas responsabilidades junto à liturgia relacionada ao Dia das Expiações, prescritas por Iahweh a Moisés, notadamente os sacrifícios de animais realizados, sob sua presidência, para purificar os seus e os pecados do povo.
Também lhe competiam diversas atividades cultuais nas festas de peregrinação (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos).
Joachim Jeremias (2005, p. 208-212) esclarece que o supremo atributo dessa função religiosa era cumprir a expiação pela comunidade. As vestes eclesiásticas do príncipe clerical constituíam um símbolo do Judaísmo, e possuíam virtudes expiatórias. A vestimenta compunha-se de oito peças: túnica de bisso (espécie de linho finíssimo), calção de bisso, turbante, cinto, peitoral, o efó (larga faixa de tecido munida de alças), a túnica por baixo com capuz, o diadema de ouro (colocado sobre o turbante). Cada peça do traje liberava determinados pecados. O diadema de ouro, por exemplo, nos sacrifícios do Templo, expiava a impureza do sangue do animal ofertado e as impurezas do fiel ofertante.
A vida santificada do sumo sacerdote dava à sua morte o poder de expiar homicídios por negligência e mesmo homicídios intencionais praticados por judeus, isentando seus autores de punição.
No tempo de Jesus, tão preciosos paramentos não estavam à disposição irrestrita do sumo pontífice. Desde Herodes, o Grande, passando por seu filho Arquelau, ocorrendo o mesmo durante a administração romana da Judeia, o traje era guardado na Fortaleza Antônia, dentro de Jerusalém.
Mas essa restrição não foi imposta pelos romanos. O sumo sacerdote Hircano mandara construir uma torre perto do Templo e nela passou a guardar o traje, sendo seguido no exemplo por seus sucessores. Quando Herodes subiu ao trono, achou a localização dessa torre muito vantajosa e transformou-a na Fortaleza Antônia — em homenagem a Marco Antônio, o general romano, seu amigo. Herodes determinou que, a partir daí, o traje fosse guardado numa câmara de pedra lacrada com o selo dos sacerdotes, dos guardas do tesouro do Templo e do comandante militar romano, para apenas ser entregue ao sumo sacerdote sete dias antes de cada uma das três grandes festas do ano. Com os romanos, esse procedimento permaneceu de 6 a 37 d.C., até que Lucius Vitellius, buscando reconquistar a confiança dos judeus na administração romana da Judeia, reintegrou a vestimenta à guarda do Templo. Em 44 d.C., o imperador Cláudio, por um pronunciamento real, confirmou a decisão de Vitellius.
Entre os privilégios do cargo de sumo sacerdote, o maior consistia em penetrar no Santo dos Santos. O Santo era formado de uma câmara, com paredes recobertas de ouro, e peças de arte e culto: o imenso candelabro de ouro maciço, de sete braços, a mesa de ouro maciço dos pães da proposição. Naquele recinto poderiam acontecer aparições divinas ao sumo sacerdote.
Yosef Qayyafa (José Caifás), sumo sacerdote em exercício nos anos 18 a 37 d.C., desposara a filha de Anás, ex-sumo sacerdote, de 6 a 15 d.C.

Marcos relata que Jesus, uma vez preso, foi conduzido à presença de Caifás, para interrogatório.
João, porém, informa que a coorte romana e os guardas do Templo, liderados por um tribuno, ataram as mãos de Jesus e o apresentaram primeiro a Anás, sogro de Caifás.
A substituição de um sumo sacerdote não lhe afastava as prerrogativas da função, senão aquela de ingressar no Santo dos Santos e de praticar alguns atos litúrgicos. Permanecia detentor de uma “santidade eterna”. LUCAS, 3:2, quando João Batista inicia suas pregações, trata Anás como sumo sacerdote, ao lado de Caifás. Lucas anotou, em ATOS DOS APÓSTOLOS, 4:6, quando foram presos Pedro e João: “Estava presente o sumo sacerdote Anás, e também Caifás, Jônatas, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote”.
Jônatas e outros quatro filhos de Anás seriam sumos sacerdotes, como também alguns de seus netos. Anás fruía de poder e prestígio, fazia parte dos meios ricos; porém, não desfrutava da melhor reputação. Uma canção difamatória do Talmud dizia:
Ai de mim diante da casa de Boethus: ai de mim diante dos seus bastões! Ai de mim diante da casa de Annas; ai de mim por causa das suas denúncias! Pois eles são sumos sacerdotes e seus filhos tesoureiros e seus genros administradores e seus servos espancam o povo com bastões. (KELLER, 1978, p. 378.)
Jesus é trazido ao palácio de Anás, na parte alta e territorialmente nobre de Jerusalém. A mansão possuía um grande pátio, um porteiro e outros servos. As residências dos sumos sacerdotes ostentavam grande luxo.
Trajando túnica branca, turbante trespassado por fios de ouro, Anás interroga Jesus sobre seus discípulos e sua doutrina. E Jesus lhe responde (JOÃO, 18:20 a 23):
— “Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no Templo, onde se reúnem todos os judeus; nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; eles sabem o que eu disse”.
De fato, um conspirador não atua à luz do dia.
Um dos guardas, ante a serena e sensata consideração de Jesus, bate- lhe no rosto:
— “Assim respondes ao sumo sacerdote?”
Jesus, sem alteração, questiona o agressor:
— “Se falei mal, testemunha sobre o mal; mas, se falei bem, por que me bates?”
O Espírito Camilo interpretou com fina argúcia: a ocasião não podia ser melhor para aquele guarda tirar proveito pessoal, bajulando seu superior, mesmo em exibição de covardia, diante daquele manso. (TEIXEIRA, 1997, p. 92.)
Camilo revelou:
Nas dobras do tempo, contudo, a mão que esbofeteou o Nobre Amigo, veio a tornar-se apoio aos desvalidos numerosos das estradas ásperas do mundo, fazendo-se todo sentimento socorrista, transformado, o violento de outrora, nas vias de testemunho luminoso de amor e fidelidade ao Cristo, nas fileiras do cristianismo adiante. (TEIXEIRA, 1997, p. 95.)
A reação de Anás é enviar Jesus ao sumo sacerdote em exercício.
Do ponto de vista técnico e jurídico, não há necessidade da presença de Jesus perante Anás. O breve relato de João — cena que deve ser encaixada dentro da narrativa dos evangelhos sinópticos — fornece a impressão de um simples interrogatório preliminar, presidido pelo ex- sumo sacerdote. Talvez uma honra a Anás, pelos que querem agradá-lo; talvez um desejo do próprio Anás, quem sabe para ver, de perto, a extraordinária figura do Nazareno. O processo e formal julgamento ocorrerão pela manhã, depois do cantar do galo e das negações de Simão Pedro. LUCAS, 22:66 informa: “Quando se fez dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, chefes dos sacerdotes e escribas, e levaram-no para o Sinédrio”.
O Sinédrio, o Grande Conselho de 71 membros, a mais alta corte no campo administrativo e religioso, a suprema instância judiciária judaica, estendia suas atribuições aos judeus do mundo inteiro.
Embora Marcos deixe entender que Jesus foi levado do local de sua prisão até a casa de Caifás, onde o Sinédrio se reuniu para uma sessão noturna; fato é que os escritos de Flávio Josefo e a literatura rabínica não indicaram a existência de qualquer outra reunião do Sinédrio na casa de um sumo sacerdote.
Lucas contrasta com Marcos, pois apresenta a reunião do Conselho pela manhã, na casa do Conselho. Quando a versão lucana disse “levaram- no para o Sinédrio”, subentende-se que Sinédrio apareceu como referência à sede, ao edifício, e não ao Conselho em si. Quando Lucas descreve que Jesus foi preso e introduzido na casa do sumo sacerdote, estaria falando de Anás, em cujo pátio o evangelista descreve as negações de Pedro? O texto “Quando se fez dia [...] levaram-no para o Sinédrio” explicita que Jesus foi transportado da casa de Anás para a sede do Conselho, onde se apresentaram testemunhas contra Jesus e se verificou seu interrogatório.
Paul Winter (1998, p. 62), confrontando Marcos e Lucas, nesse ponto, analisou:
A versão lucense é livre da influência marquense. Não apenas o cenário e a ordem do tempo são diferentes; também o vocabulário varia de tal modo que a priori se torna improvável que o terceiro evangelista tivesse, nesse caso, recorrido ao segundo evangelho como fonte. Segundo Lucas, Jesus foi escarnecido e maltratado depois de sua prisão, mas antes da sessão do Sinédrio; os escarnecedores eram os carcereiros. Segundo Marcos, o escárnio ocorre depois da sessão do Sinédrio no palácio do hierarca, e são alguns membros da Corte Suprema que tomam parte da farsa cruel. Os atos dos membros do Conselho são definidos por Marcos como [...] [cuspir, cobrir, esbofetear] [...]. Em Lucas, aparecem os verbos [...] [zombar,

espancar, cobrir e blasfemar], todos referindo-se ao comportamento dos carcereiros.
Logo, em Lucas, a tradição primitiva foi conservada com mais exatidão.
Sobre o veredicto da corte judaica, contudo, os evangelhos não dissentem: “réu de morte”.
Desde a recuperação de Lázaro procuravam matá-lo. Narra o evangelho atribuído a JOÃO, 11:48 que os sacerdotes principais e fariseus reuniram o Conselho e discutiram sobre os fenômenos que Jesus operava, argumentando uns que a admiração das massas e os já muitos adeptos de sua doutrina representavam perigo para Israel: “[...] todos crerão nele e os romanos virão, destruindo o nosso lugar santo e a nossa nação”. Caifás dirigia aquela sessão do Sinédrio e propôs: “[...] é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda?”. (JOÃO, 11:50.)
Após a expulsão dos vendilhões do Templo, os chefes dos sacerdotes e escribas cogitavam um meio de matá-lo. (MARCOS, 11:18.) Dois dias antes da prisão de Jesus, no pátio da casa de Caifás, uma reunião do alto clero e da nobreza leiga urdia sua prisão e morte, por um modo que não trouxesse tumulto à festa da Páscoa. (MATEUS, 26:3 a 5.)
Por isso, decidida a sua morte antes do trâmite legal do processo, as autoridades judaicas já não estavam preocupadas com as regras e formalidades pertinentes.
Muitos especialistas não creem que Jesus tenha sido conduzido ao Sinédrio para uma sessão regular de trabalhos, após sua passagem pelo palácio de Anás. Jacques Duquesne (2005, p. 237), entre eles, relacionou alguns argumentos:
A acusação não devia ser feita na casa do sumo sacerdote, mas no recinto do Templo (exatamente no “quarto de pedra talhada”); era preciso prorrogar a execução de uma condenação pelo Sinédrio durante 24 horas ao menos, o que não ocorreu; os direitos da defesa tinham de ser respeitados, o que também não ocorreu; Jesus não foi enterrado num dos dois lugares previstos pelo Sinédrio para os condenados à morte. Se os rigorosos fariseus, alguns dos quais certamente eram membros do Sinédrio, tivessem participado da reunião na casa de Caifás, teriam sem dúvida exigido a aplicação estrita das regras, assim como fizeram no ano 62, quando o sumo sacerdote saduceu Ananias convocou o Sinédrio sem avisá-los, para condenar Tiago, irmão de Jesus, e alguns outros cristãos. A desobediência às regras processuais no caso de Tiago tornou a sessão ilegal, e o sumo sacerdote foi punido com a suspensão de suas funções.
Duquesne sugeriu (2005, p. 238), com plausibilidade, que o julgamento de Jesus pelos judeus deve ter sido realizado por uma assembleia de representantes da maioria no Sinédrio (como acontece nos modernos parlamentos), composta pelos mesmos que já haviam decidido sua morte, com a cumplicidade e passividade da maioria, pois era suficiente para uma condenação a presença de 23 juízes dos 71 integrantes.
Marcos conta que eles “procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo”, mas as declarações incriminadoras que se levantaram contra Jesus não eram coerentes. A regra exigia no mínimo dois testemunhos coincidentes. Mateus mencionou algumas testemunhas falsas. E citou duas cujas declarações consistiam em terem ouvido Jesus prometer destruir o Templo e em três dias levantar outro.
Ante a ineficiência dos malsinados esforços probatórios, interfere José Caifás e indaga de Jesus se Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Replica- lhe o sereno galileu (MATEUS, 26:64):
— “Tu o disseste. Aliás, eu vos digo que, de ora em diante, vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”.
Dessa afirmação de Jesus aproveita-se Caifás para declará-lo blasfemo. A pena por blasfêmia prescrita no LEVÍTICO, 24:16 era a morte por apedrejamento. Em que consistiu a blasfêmia? Israel, segundo as profecias, receberia de Iahweh o poder sobre todas as nações. Jesus, com sua afirmativa, propõe que esse poder seria dado a Ele, não a Israel, e, ao mesmo tempo, reconhece implicitamente ser o Messias, constituindo isso valiosa razão política para apresentá-lo a Pilatos, pois seria, então, o libertador da nação, o condutor de Israel à hegemonia política do mundo.
Alguns estudiosos justificam o interesse dos judeus em entregar Jesus ao governante romano baseados na assertiva de Flávio Josefo, segundo a qual o Império, no ano 6 d.C., subtraíra dos judeus o jus gladii, o direito de executar suas sentenças de morte, passando a submetê-las à confirmação do procurador romano. (KELLER, 1978, p. 379.) Uma fórmula jurídica do Talmud parece corroborar a informação de Josefo. João também faz alusão a essa proibição. Conforme João, Pilatos disse aos acusadores de Jesus: “Tomai-o vós mesmos, e julgai-o conforme a vossa Lei”. E responderam ao procurador romano: “Não nos é permitido condenar ninguém à morte”. (JOÃO, 18:31.)
Não é, porém, o que se depreende da morte de Estêvão. Cerca de dois anos depois da crucificação de Jesus, Estêvão é julgado também por blasfêmia (ATOS DOS APÓSTOLOS, 6:11) e, em seguida ao seu discurso de defesa perante o Sinédrio, “[...] arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo” (ATOS DOS APÓSTOLOS, 7:58).
Joachim Jeremias (2005, p. 246 e 302) narrou a condenação à morte imposta pelo Sinédrio à filha de um sacerdote surpreendida em adultério, ao tempo de Agripa I (41 a 44 d.C.). Acrescentou o erudito pesquisador que a decisão, nesse caso, obedeceu não ao direito farisaico, mas ao saduceu. O direito farisaico propunha que a pena de morte por fogueira (LEVÍTICO, 21:9) se aplicava internamente, infligida com chumbo derretido derramado pela boca do réu. O direito saduceu defendia queimar os culpados exteriormente, por fogueira tradicional. Assim, a jovem Imarta Bath Tali foi queimada publicamente em Jerusalém.
Incontestável exemplo de autonomia jurídico-criminal se extrai do julgamento e da execução de Tiago. Escreveu Flávio Josefo (2005, p. 925):
Anano [...] era homem ousado e empreendedor, da seita dos saduceus, que, como dissemos, são os mais severos de todos os judeus e os mais rigorosos nos julgamentos. Ele aproveitou [...] para reunir um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os de terem desobedecido às leis e os condenou ao apedrejamento.
Parece suficientemente demonstrado o exercício da justiça criminal pelos judeus, com possibilidade de sujeição dos veredictos à pena de morte. Se essa faculdade não foi empregada no caso de Jesus, foi por mera conveniência, qual seja, transferir a responsabilidade de sua morte à autoridade romana, num exercício de autopreservação da elite judaica perante o povo. A aristocracia clerical, especialmente os saduceus, entre os quais se escolhiam o sumo sacerdote e principais dirigentes religiosos, enfrentava um progressivo descontentamento das massas. Seus privilégios e fortunas, criminosamente desfrutados pelo papel de intermediar as relações do Império Romano e do povo subjugado, necessitavam ser protegidos. Os nobres judeus nem podiam tolerar um movimento popular que provocasse desestabilidade social, e consequente intervenção militar romana, nem podiam se indispor ainda mais com o povo.
Paul Winter (1998, p. 41) comentou o impedimento proposto por João:
Se o segundo evangelista tivesse a informação que aparece em JO 18:31b, ele a teria passado a seus leitores para motivar sua história e explicar por que Jesus, já condenado à morte, foi levado a um novo julgamento diante do governador. E teria explicado por que ele, condenado [...] [por blasfemar], foi na verdade executado por conta de uma acusação diferente. [...]. O segundo evangelista teria perspicácia bastante para perceber essa incoerência. Como não menciona qualquer impedimento legal à autoridade do Sinédrio, devemos presumir que ele não sabia de qualquer impedimento.
O Império Romano sempre priorizou a administração indireta, sendo sua política geral deixar à cidade-estado, conquistada ou anexada, a competência para organizar suas instituições judiciárias (na defesa dos interesses que não diziam respeito a Roma), de modo que as questões locais fossem resolvidas por tribunais locais. Por isso, os líderes judeus mais de uma vez mostraram preferência por um governador romano a um príncipe local.
Depois da morte de Herodes, o Grande, embaixadores do Sinédrio foram a Roma dizer a César Augusto que preferiam um prefeito imperial estrangeiro a qualquer dos filhos de Herodes. Dez anos após, fizeram o mesmo quanto a Arquelau, comunicando as arbitrariedades do etnarca e conseguindo sua deposição, para, a partir daí, sujeitarem-se ininterruptamente à administração de procuradores de Roma. Essa preferência só encontra respaldo numa conclusão: os direitos tradicionais dos judeus de autodeterminação eram mais respeitados pelos administradores imperiais. Os romanos não tinham interesse na jurisdição interna dos judeus e só aceitaram mandar um governador para a Judeia com relutância, pela necessidade de proteger as estradas que comunicavam a Síria ao Egito.
Muito provavelmente, os prefeitos romanos se reservavam o poder de julgar e punir infrações capituladas como insurreição, alta traição ou perturbação da ordem pública. Quanto aos temas de ordem religiosa, e nos demais casos previstos na legislação mosaica, a autonomia judaica foi preservada, abrangendo mesmo o poder de julgar sobre vida e morte, e a respectiva execução da sentença, inclusive com diferentes tipos de penas capitais.
É preciso reconhecer, todavia, que, do ponto de vista histórico, não há confirmação sobre a competência legal do Sinédrio para a aplicação da pena capital por autoridade própria. E talvez esse seja um enigma insolúvel, se depender das fontes humanas.
Seja como for, os evangelhos num ponto não deixam dúvidas: no edifício destinado ao desempenho das funções do Grande Sinédrio, o tribunal judaico, ou uma comissão de seus representantes, interpelado por Caifás, julgou Jesus réu de morte.
A sessão judicial foi encerrada e sua condenação aprovada.

O manso então foi ultrajado: cuspiram-lhe no rosto, esbofetearam-no; fizeram zombarias. Cruel brincadeira divertiu os circunstantes: cobriram- lhe o rosto com um pano e, dando-lhe golpes, escarneceram:
— “Faze-nos uma profecia, Cristo: quem é que te bateu?”


Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
3. Desafio ao Arrependimento e à Cura (Os 6:1-3)

A separação entre a passagem de Os 6:1-3 e o capítulo 5 é infeliz. Há conexão óbvia entre "irei e voltarei" (Os 5:15) e vinde, e tornemos (6.1). Não parece razoável entender que esta seção é o clamor dos israelitas, como interpretam muitos comentaristas. Trata-se do apelo simples de Oséias em nome do Senhor. (Esta interpretação requer uma mu-dança rápida no pensamento de Oséias, mas tal transição é típica do estilo literário do profeta.) Deus é a fonte de tudo. Foi o Senhor que os despedaçara; será Ele que os curará. Fez a ferida e a ligará (1). O avivamento nacional deve acontecer em curto período de tempo, fato figurativamente indicado por depois de dois dias e ao terceiro dia (2; cf. Lc 13:32-33). Estas palavras não são referência direta à ressurreição de nosso Senhor. Contudo, há intérpretes que as consideram antitipicamente como linguagem que se refe-re ao Messias, o "verdadeiro Israel" (cf. Is 49:3; Mt 2:15).19

O versículo 3 repete que a conseqüência da reconciliação é conhecimento de Deus. Conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR. Este conhecimento não é puramente cognitivo, mas prático. Perseguir ou buscar este conhecimento traz as bên-çãos de Deus: Como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Aqui estão duas figuras fascinantes: o crepúsculo da manhã e a chuva renovadora. A profecia vê a saída de Jeová como o amanhecer "que anuncia o dia" e como as chuvas no inverno e na primavera (cf. NVI) – como a chuva temporã e como a chuva serôdia – que regam a terra. O amanhecer é o precursor dessa salvação (Is 58:8-60.2), idéia representada pela "chuva serôdia" que molha a terra (Lv 26:4-5; Dt 11:14-28.12). Oséias fala das primeiras e das últimas chuvas (temporãs e serôdias) como bênçãos do Senhor em relação à obediência e devoção sincera. O cumpri-mento da promessa se dará pelo Messias (Is 35:6-44.3; Ez 36:25-28).

B. A INFIDELIDADE DE ISRAEL E SEU CASTIGO, Os 6:4-10.15 1. O Processo Judicial de Deus contra Israel (Os 6:4-7.
16)

a) O lamento divino (Os 6:4-6). Os versículos 4:5 mostram o clamor do coração de Deus. Muitos vêem nesta passagem prova de que a penitência de 5.15 a 6.3 é superficial, que Efraim e Judá não mostraram arrependimento sincero. "Fiaram-se no chesed de Yahweh (Jeová) para que fossem inabaláveis; mas o próprio `chesed' de BONDADE que tinham durou tão pouco quanto o 'ORVALHO' sob o sol da manhã". 20 Por isso, os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca, os matei (5). Deus foi forçado a disci-plinar sua noiva através dos profetas que enviou para destruir "o estilo de vida dela". Ao concluir o versículo, Oséias acrescenta: E os teus juízos sairão como a luz. Semelhan-te ao raio do julgamento de Deus que sai para fender o coração. Assim, paradoxalmente, a luz divina traz escuridão.

Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos (6). "Eu quero o verdadeiro amor, não o sacrifício; o conheci-mento de Deus em lugar de holocaustos" (Phillips; cf. BV). A palavra chesed, traduzida por misericórdia, é amor por outrem que se revela na justiça e tem sua origem no conhecimento de Deus. Aqui, misericórdia significaria a afeição por Jeová, sentimento que Ele almeja na obediência humilde de Israel (cf. NTLH). Os sacrifícios insensíveis para cobrir o pecado são rejeitados como anátema para Deus. Declaração semelhante é dada por Samuel: "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22; cf. Si 40:7-9; 50:8-15; Is 1:11-17; Mq 6:8).

b) O fracasso do homem (Os 6:7-11). Encontramos a antítese do anseio de Jeová na descrição que a passagem de 6.7 a 7.16 faz sobre Efraim e Judá. Eles traspassaram o concerto e se portaram aleivosamente (infielmente) contra mim (7). A expressão de localidade (como Adão, i.e., lá no jardim do Éden) destaca o lugar onde ocorreu a quebra do concerto (provavelmente Bete-Áven). Como Adão tinha quebrado o acordo com Jeová, seu Deus, assim fizeram eles.

Como exemplos desta infidelidade, o profeta menciona Gileade, cidade 21 de malfei-tores calcada de sangue (8). Gileade era notória pelos seus homicídios (II Reis 15:25). No versículo 9, Oséias lamenta que, como hordas de salteadores que espreitam al-guém, assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho para Siquém; sim, eles têm praticado abominações.

John Mauchline sugere que o texto do versículo 9b deveria vir antes de 9a, para dar a entender que os assassinatos de 9b foram atribuídos aos homens de Gileade mencionados no versículo 8. O sacerdócio, embora culpado de grosseira idolatria, nun-ca antes fora acusado de assassinato. Por outro lado, se for morte espiritual de que são acusados os sacerdotes, o significado acompanharia a seqüência do texto. Seja como for, os sacerdotes não estão livres de culpa. "Os sacerdotes formam turmas" (BV) como ladrões na estrada de Siquém e pecam contra os adoradores que estão em viagem aos santuários para adorar.'
Presume-se que a prostituição de Efraim (10) diga respeito à idolatria dos sacer-dotes, que teve tão longo alcance, que contaminou a nação. Oséias não se esquece de Judá, a quem também "está determinada uma ceifa" (11, ECA; cf. NVI).

Fundamentado no teor da mensagem, talvez o versículo 11b devesse ser unido a Os 7:1. Então, o texto ficaria assim: Quando eu remover o cativeiro do meu povo — saran-do eu a Israel, se descobriu a iniqüidade de Efraim.

O capítulo 6 identifica os recursos de Deus de maneira notável:

1) Deus é a fonte da disciplina espiritual, la;

2) Deus é a fonte da reconciliação, lb;

3) Deus é a fonte do verdadeiro conhecimento, 3.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
*

6.1-3

Esse cântico de arrependimento corresponde com a linguagem figurada de 5:11-14, mas parece superficial em seu tom (v. 4).

* 6:1

Vinde. Os sacerdotes podem estar sendo citados aqui, mas ou menos como Israel foi citada em 2.7.

tornemos. A chamada para se voltarem para o Senhor é uma das mensagens centrais do livro de Oséias (2.7; 3.5; 5.4,15). O verdadeiro arrependimento e conversão trazem reconciliação que inclui a cura das feridas (conforme Dt 32:39).

* 6:2

dois dias... terceiro. Isso pode simplesmente denotar um curto período de tempo. Alguns, que vêem essas palavras como uma predição da ressurreição de Cristo, compreendem também que Paulo aludiu a este versículo em 1Co 15:4.

viveremos diante dele. Ver Sl 16:11.

* 6:3

prossigamos em conhecer ao SENHOR. Tal como a chamada para se tornarem ao Senhor (v. 1), o convite a adquirirem o verdadeiro conhecimento do Senhor é crucial na mensagem de Oséias (2.8,20; 4.1,6; 5.4 e 6.6). Ver Introdução: Características e Temas.

como a alva...como a chuva. Essas símiles comparam a natureza fidedigna de Deus como os eventos periódicos da natureza.

* 6:4

a nuvem da manhã... o orvalho da madrugada. Continuando a usar imagens extraídas da natureza, Deus lamenta a qualidade temporária e transitória do amor pactual de Israel e de Judá, em contraste com a sua própria fidelidade (v. 3).

* 6:5

luz. Como a luz do sol, que se ergue no horizonte para espantar as trevas, a justiça de Deus coerente e inevitavelmente se espalha (conforme Sl 37:6), desmascarando os pecados daqueles que quebraram a aliança.

* 6:6

mais do que holocaustos. A fidelidade ou lealdade, e não meros ritos, eram requeridas da parte do povo em relação pactual com Deus (Mq 6:6-8, notas).

* 6.7-10

Esses versículos catalogam vários crimes associados a lugares específicos que se tinham tornado infames nos dias de Oséias. Embora os detalhes estejam atualmente perdidos, o registro serve para acusar a nação inteira (v. 10).

* 6:7

como Adão. Ver referência lateral. Várias interpretações possíveis desta referência têm sido propostas: (a) O primeiro homem, Adão (Gn 3); (b) Um lugar identificado com o antigo lugar chamado Tell ed-Damiyeh, no rio Jordão (Js 3:16), paralelo a Gileade e Siquém (vs. 8 e 9); e (c) a humanidade. Visto que os elementos de uma aliança estavam presentes no relacionamento entre Deus e Adão, a doutrina da aliança de Deus com Adão não depende da interpretação deste texto. Ver nota em Gn 3.

* 6:8

Gileade. Essa era uma região montanhosa no norte da Transjordânia, mas essa palavra pode referir-se à cidade de Ramote-Gileade.

que praticam a injustiça. Essa noção é usada com freqüência no livro dos Salmos, para indicar os inimigos dos justos e do Senhor.

manchada de sangue. Essas palavras podem aludir aos cinquenta homens de Gileade envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15:25).

* 6:9

Siquém. Um importante centro religioso e político, Siquém ficava situado entre o monte Gerizim e o monte Ebal (Dt 27:4,12-14; Js 8:30; 20:7,24.1; Jz 9:6; 1Rs 12:1).

* 6:10

coisa horrenda. Essa frase indica um pecado de natureza religiosa, ou seja, o envolvimento de sacerdotes ou profetas em transgressão grosseira (Jr 5:30,31; 13 24:18-15'>18.13-15; 23:14).

prostituição. Uma figura de linguagem comum que fala em infidelidade religiosa (referência lateral; 7.4 e nota).

* 6:11

ceifado. Temos aqui uma metáfora relativa ao julgamento por Deus (Jr 51:33; Jl 3:13 e 13 39:40-13.43'>Mt 13:39-43).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
6.1-3 Isto é presunção, não um arrependimento genuíno. O povo não compreendia a gravidade de seus pecados. Não deixavam aos ídolos, não pediam outra oportunidade nem se arrependiam de seus pecados. Pensavam que a ira de Deus duraria sozinho uns dias; ignoravam que sua nação logo seria levada cativa. Israel estava interessada em Deus só pelos benefícios materiais que lhes dava; não valoravam os benefícios eternos que surgem ao adorá-lo. antes de julgá-los, entretanto, considere sua atitude. O que é o que espera obter de sua religião? arrepende-se "facilmente", sem considerar com seriedade as mudanças que precisa fazer em sua vida?

6:4 Deus respondeu ao povo, assinalando que sua profissão de lealdade, como a névoa, evaporou-se e não tinha substância. Muitas pessoas encontram que é fácil e cômodo manter a aparência de ser consagrados; mas, é profunda e sincera sua lealdade? Se professa lealdade a Deus, respalde-a com palavras e feitos.

6:6 Os rituais podem nos ajudar a compreender a Deus e a nos relacionar com O. Para isso instituiu Deus a circuncisão e o sistema de sacrifícios no Antigo Testamento, e o batismo e a Santa janta no Novo. Mas um ritual religioso é útil se se efectúa com amor e obediência a Deus. Se nosso coração estiver longe de Deus, o ritual se volta uma brincadeira. Deus não queria os rituais dos israelitas: queria seus corações. por que adora você a Deus? Que motivo jaz detrás de suas "oferendas" e "sacrifícios"?

6:7 Um dos tema principais do Oseas é que o Israel tinha quebrado o tratado, ou pacto, que tinha feito com Deus no Sinaí (Exodo 19, 20). Deus queria que o Israel fora uma luz para todas as nações, e se o obedecia e o proclamava ante o mundo, daria-lhe bênções especiais. Entretanto, se rompia o pacto, sofreria diversos castigos, como deveu sabê-lo (veja-se Dt 28:15-68). Tristemente, ao igual a Adão no Jardim de Éden, o povo violou o tratado e demonstrou que eram infiéis a Deus. O que tem que nós? Também faltamos a nossa fé com Deus? O que tem que as promessas de servi-lo que esquecemos?

6:8, 9 Galaad e Siquem tinham sido lugares sagrados, mas agora eram corruptos. Siquem era uma cidade de refúgio (Js 20:1-2, Js 20:7) aonde podiam sentir-se a salvo os fugitivos. Mas os caminhos que levavam ao Siquem eram inseguros. Bandas de sacerdotes perversos assaltavam e assassinavam a quão viajantes passavam por esse território.

6:11 Para que Judá não se sentisse orgulhosa quando visse a destruição do reino do norte, Oseas deu uma advertência solene. O Templo de Deus estava no Judá (Jerusalém) e o povo pensava que o que lhe tinha passado ao Israel nunca podia lhe passar a ele. Entretanto, quando se corromperam profundamente, também eles foram levados em cativeiro (veja-se 2 Rseis 25).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
c. Retorno de Efraim a conhecer a Jeová implorou por Oséias (6: 1-3)

1 Vem, e voltemos para o Senhor; porque ele despedaçou, e ele vai nos curar; ele feriu, e ele vai ligar- Nu 2:1 Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia ele nos levantará, e viveremos diante dele. 3 E deixe-nos saber, vamos prosseguir em conhecer o Senhor : A sua saída é certa como a manhã; e ele virá para nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.

Aproveitando-se das implicações da graça Dt 5:15 , Oséias agora derrama todo o seu ser em súplica para Israel, numerando-se como um deles. Vem, ele implora, voltemos para o Senhor; ... Deixe-nos saber, vamos prosseguir em conhecer o Senhor. Vamos novamente sei por experiência, nosso Deus, o Senhor. Certa vez, o conhecia, mas infelizmente perdemos esse conhecimento e nossa nação está sendo destruído por causa dessa falta (Os 4:6 ).

B. SEGUNDA ACUSAÇÃO: a falta de fidelidade à aliança (6: 4-11: 11)

(Verso Key: Israel se esqueceu do seu Criador, Os 8:14)

1. O Pacto violados por formas vazias (6: 4-10)

4 ó Efraim, o que eu te faça? Ó Judá, o que eu te faça? para o seu amor é como a nuvem da manhã, e como o orvalho que cedo passa. 5 Por isso os abati pelos profetas; Os matei pelas palavras da minha boca; e os teus juízos são como a luz que sai. 6 Pois eu desejo o bem, e não sacrifícios; . e do conhecimento de Deus mais que holocaustos 7 Mas eles gostam Adão, transgrediram o pacto; nisso eles se portaram aleivosamente contra mim. 8 Gilead é uma cidade de que praticam a iniqüidade; ele está manchada de sangue. 9 Como hordas de salteadores que espreitam alguém, assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho para Siquém; . lascívia sim, cometeram 10 Na casa de Israel Eu vi uma coisa horrível: há prostituição é encontrado em Efraim, Israel está contaminado. 11 Além disso, ó Judá, existe uma colheita nomeado por ti, quando eu trazer de volta a cativeiro do meu povo.

Após sua oração apaixonada por Israel, Oséias revela o Senhor amando como decepcionado e perplexo com a obstinação e inconstância de seu povo, e imagens de sua virtude , como o orvalho que logo desaparece como o sol nasce. Deus tem lidado com eles suavemente; Ele também tem lidado com eles severamente, enviando-lhes profetas que cortou-os , cortando e moldando-os de acordo com a Sua Palavra. Deus diz, os matei pelas palavras da minha boca. A Palavra de Deus é como "um martelo que esmiúça a pedra em pedaços" (Jr 23:29. ); como uma "espada ... e penetra até a divisão da alma e do espírito" (He 4:12 ). Mas por causa da vontade obstinada de Israel, ele não vai aceitar a disciplina. E assim seu culto, mesmo que sejam executadas de acordo com as formas prescritas na aliança divina, é mecânico e hipócrita. Seu coração não comparecer ao seu culto. Os pagãos, também, trazer sacrifícios e holocaustos. Israel tem a forma de adoração ao apresentar sacrifícios e holocaustos, mas sem coração-lealdade e vida dedicada. Jesus encontrou o mesmo pseudo-culto em seu dia. Ele disse: "mint Ye dízimo, do endro e do cominho e deixamos de fazer o mais importante da lei, a justiça, a misericórdia ea fé; e elas vos devia ter feito, e não ter deixado o outro undone" (Matt . Mt 23:23 ). As formas de adoração é aceitável para o Senhor apenas quando eles realmente expressar a devoção do coração. Eles se houveram aleivosamente contra mim, especialmente gangues de padres que cometem homicídio e lascívia (v. Os 6:9 ). Estes sacerdotes, que foram escolhidos para ensinar a piedade e definir um nobre exemplo, tornaram-se totalmente depravado. Como Laetsch diz:

A estrada de Samaria a Betel, a sede principal da adoração do bezerro, liderada por meio de Siquém, e peregrinos provenientes ou com destino a Betel foram assassinados, violados, indignados com gangues de sacerdotes! Na verdade, uma coisa horrível, uma abominação em Israel (vs. Os 6:10 ).

A colheita estava sendo nomeado para Judá, também. Esta colheita, ou julgamento, é visto na expressão, o cativeiro do meu povo, a humilhação de Judá.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
6.1 Vinde, e tornemos. É isto que os israelitas dirão ao se arrependerem (conforme a filho pródigo em Lc 15:18). Mais uma vez, Oséias interrompe a narrativa para apontar à restauração futura, 5:15-6.3.

6.3 A sua vinda. O arrependimento final de Israel será por ocasião da segunda vinda de Jesus (cf.Sl 110:3; Rm 11:26) A expressão como a alva pode ser traduzida por "conforme a busca" (heb keshahar), mostrando que a presença de Deus em nosso meio depende da sinceridade em se buscá-la. "Fala-se também no tempo certo para a volta de Cristo (Mc 13:323n).

6.4 Oséias volta-se, então, para a situação que se lhe oferecia aos olhos.
6.6 O verdadeiro amor e o conhecimento de Deus são os alvos do culto religioso, e, portanto, são mais importantes do que os sacrifícios que simbolizam e preparam o coração para a comunhão com Deus.
6.9 Sacerdotes... matam. Não se refere necessariamente à morte física, mas a algo pior a falta de conduzir o povo ao verdadeiro Deus era levá-lo a perder a vida eterna (conforme Gn 3:4 e Lc 11:52). Siquém. Cidade de refúgio. Mas ali não havia mais refúgio, pois quem se refugia numa cidade sacerdotal seria treinado na idolatria. Naquela cidade, Simeão e Levi tinham matado muitos, por causa de o príncipe herdeiro da cidade ter desonrado a irmã deles (Gn 34:25-27).

6.10 Coisa horrenda. Heb sha'arüriyyâh, lit. "o arrepiar-se dos cabelos".

6.11 Ceifado. As punições preditas para Israel se aplicariam a Judá se esta não se arrependesse, ao ver o fim de Israel (conforme Ez 16:4-6-47).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
Embora 6.1 edifique sobre uma das palavras-chave de Oséias, “voltar” (v.comentário Dt 3:5), a sua intenção é obscura. Estaria ele formulando uma expressão genuína de penitência, ou uma liturgia de lamento, ou — como mostra antes a reação dos v. 4ss — estaria ele descrevendo uma reação superficial, até mesmo hipócrita? O povo está confiante em que a resposta de Deus a sua oração será rápida — ao terceiro dia [...] Tão certo como nasce o sol — e que ele despedaçou e feriu somente para enfaixar e curar. cura\ o termo é usado com um sentido redentor em 7.1; 11.3; 14.4. Mas a resposta de Deus é menos entusiasta (conforme também 8.2). Até mesmo o amor (hesed) do povo é efêmero e desesperadamente inadequado para a questão em vista. Já ouviram de profetas anteriores (v. 5) que Deus exige uma reação mais profunda — misericórdia e conheàmento de Deus —, e não atos meramente cultuais. V. apelos semelhantes em 1Sm 15:22; Jl 5:21-30; Is 1:12-23Mt 9:13; Mt 12:7, em que Jesus cita esse trecho.

Os v. 7-1 la são considerados continuação dos versículos anteriores, embora pudessem ser uma perícope distinta. “Como em Adão” (nota de rodapé da NVI) é uma alusão à deserção do primeiro homem no Éden. A cidade de Adão (conforme Js 3:16: “Adã”) está localizada à margem do Jordão, e “como em Adão” pode significar que Israel violou a aliança assim que pisou na terra prometida (conforme GNB). A NEB traz “Admá” (conforme 11.8), que não possui associação conhecida com a aliança. O substantivo pode ser traduzido também por “um homem”, que enfraquece a idéia de “como os homens”, presente em algumas notas de rodapé. A idéia de aliança é rara nos profetas pré-exílicos. Aqui, como em 8.1, refere-se à aliança sinaítica de Ex 24:3-8, cujos termos a nação violou. O conceito está implícito em grande parte de Oséias, embora seja explicitamente mencionado apenas duas vezes. Em 10.4 e 12.1, há alusões a alianças entre homens.

Gileade (v. 8) não é chamada de cidade em nenhum outro lugar, e não se pode lançar luz sobre a referência. Siquém (v. 9), um santuário antigo, foi usado para representar roubo por parte dos sacerdotes, seja por meio da voracidade avarenta pelos sacrifícios (4.8), seja por meio de ataques a caravanas de peregrinos de passagem, v. 10. terra de Israel (heb. “casa de Israel”): pode ser entendido como Betei; “santuário de Israel” é igual a isso (conforme 8.1).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Oséias Capítulo 6 do versículo 1 até o 11
Os 6:1

Uma questão importante é se o trecho de Dn 6:1-28, que o profeta põe nos lábios do povo, é uma expressão de arrependimento genuíno ou mera presunção superficial da parte do povo que Deus esquecerá e perdoará. Esta última possibilidade é a mais provável em vista da falta característica de qualquer expressão de reconhecimento de seu pecado da parte do povo, não nos esquecendo também da maneira pela qual Deus descreveu desdenhosamente a bondade do povo, no versículo 4. Ao terceiro dia (Dn 6:2). Alguns intérpretes protestantes têm visto aqui uma alusão à ressurreição de nosso Senhor. Mas isso é bastante duvidoso. Mais provavelmente significa "um curto tempo", com o qual sentido foi usado por nosso Senhor, em Lc 13:32. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor (3); cfr. versículo 6.

>Os 6:5

Teus juízes... (5). obviamente um engano do tradução, que apesar disso procura seguir a Septuaginta, que diz: "Meu juízo sairá como a luz". Quero misericórdia, e não o sacrifício (6). O profeta não denuncia os sacrifícios como tais mas a noção de que uma aderência formal e morta a um sistema religioso seja suficiente para agradar a Deus (cfr. 1Sm 15:22).

>Os 6:7

Traspassaram o concerto como Adão (7). O caso paralelo de Adão, que quebrou a aliança com Deus, salienta o fato que o povo de Deus havia rompido a aliança com o Senhor facilmente demais. Assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho para Siquém (9). Siquém era uma das cidades de refúgio, o que tornava o crime dos sacerdotes ainda mais horrendo.

>Os 6:11

A ceifa de Judá (11), que teria lugar "quando eu remover o cativeiro do meu povo", seria uma ceifa de bênçãos e não, como a maioria dos comentadores sugere, uma ceifa de tristezas; pois, diferentemente de Efraim, Judá teria um remanescente que formaria o núcleo de uma comunidade restaurada.


Dicionário

Cativeiro

substantivo masculino Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão.
Lugar onde se está cativo, preso, principalmente em relação a alguém que foi sequestrado: polícia descobriu mais um cativeiro!
Gaiola ou lugar completamente fechado usado para criar animais.
Figurado Falta de liberdade moral, espiritual; domínio.
Etimologia (origem da palavra cativeiro). De cativo + eiro.

Escravidão

Cativeiro
1) Situação dos judeus quando foram derrotados e levados como prisioneiros para a Assíria ou para a Babilônia (Am 7:11)

2) Lugar onde alguém fica como prisioneiro (Ap 13:10).

Ceifa

o tempo da ceifa começa em abrile acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no começo de abril. E nos meados do mesmo mês começa a tornar-se loura, particularmente nos distritos do sul. Já então se acha tão amadurecida nos terrenos em volta de Jericó, como quinze dias mais tarde nas planícies de Acre. Faz-se a colheita até meados de sivã que é em fins de maio. os segadores na Palestina e na Síria fazem uso da foice para cortar o trigo quando o caule está em boas condições – mas quando pequeno, é costume arrancá-lo com as mãos pelas raízes. E fazem isto para que não se perca coisa alguma da palha, que serve para alimentação do gado. Há referência a esta prática no Sl 129:7. os ceifeiros vão para o campo, de manhã, muito cedo, e voltam de tarde para suas casas. Levam consigo os necessários provimentos, indo a água em cabaças ou em vasilhas de couro. Andam com eles na colheita os seus próprios filhos, ou outras pessoas, que vão apanhando tudo aquilo que, pela maneira descuidosa de ceifar, fica para trás. E sendo isto assim, é fácil compreender-se o caso de achar-se Rute no campo da ceifa. o direito dos respigadores estava assegurado pela lei positiva (Lv 19:9). Após a ceifa da cevada vinha a do trigo. Depois da colheita era o trigo debulhado e joeirado na eira. Em seguida depositava-se o trigo nos celeiros, e a palha servia de combustível, sendo muito empregada para aquecer os fornos de cozer pão.

Ceifa COLHEITA (Is 9:3).

ceifa s. f. 1. Ato de ceifar. 2. Tempo de ceifar. 3. Grande destruição, desbaste ou mortandade.

Judá

-

Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


Judá
1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

2) e de Cristo (Mt 1:3)

2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

O

substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

Povo

substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Remover

Remover Mudar para outro lugar (Pv 22:28; Mt 28:2).

º

ò | contr.
ó | interj.
ó | s. m.
o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
ô | s. m.

ò
(a + o)
contracção
contração

[Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

Confrontar: ó e oh.

ó 1
(latim o)
interjeição

Palavra usada para chamar ou invocar.

Confrontar: oh e ò.

Ver também dúvida linguística: oh/ó.

ó 2
nome masculino

Nome da letra o ou O.

Confrontar: ò.

o |u| |u| 2
(latim ille, illa, illud, aquele)
artigo definido masculino singular

1. Quando junto de um nome que determina.

pronome pessoal

2. Esse homem.

3. Essa coisa.

pronome demonstrativo

4. Aquilo.

Confrontar: ó.

Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

o |ó| |ó| 1
(latim o)
nome masculino

1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

símbolo

5. Símbolo de oeste.

6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

Plural: ós ou oo.

ô
(latim o)
nome masculino

[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

Confrontar: o.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Oséias 6: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Também para ti, ó Judá, está designada uma ceifa, quando Eu voltar atrás o cativeiro do Meu povo.
Oséias 6: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

753 a.C.
H1571
gam
גַּם
também / além de
(also)
Advérbio
H3063
Yᵉhûwdâh
יְהוּדָה
Judá
(Judah)
Substantivo
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H7105
qâtsîyr
קָצִיר
ceifa, colheita
(and harvest)
Substantivo
H7622
shᵉbûwth
שְׁבוּת
()
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H7896
shîyth
שִׁית
pôr, colocar
(I will put)
Verbo


גַּם


(H1571)
gam (gam)

01571 גם gam

por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

  1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
    1. também, ainda mais (dando ênfase)
    2. nem, nem...nem (sentido negativo)
    3. até mesmo (dando ênfase)
    4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
    5. também (de correspondência ou retribuição)
    6. mas, ainda, embora (adversativo)
    7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
  2. (DITAT) novamente, igualmente

יְהוּדָה


(H3063)
Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

03063 יהודה Y ehuwdaĥ

procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

  1. o filho de Jacó com Lia
  2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
  3. o território ocupado pela tribo de Judá
  4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
  5. um levita na época de Esdras
  6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
  7. um músico levita na época de Neemias
  8. um sacerdote na época de Neemias

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

קָצִיר


(H7105)
qâtsîyr (kaw-tseer')

07105 קציר qatsiyr

procedente de 7114; DITAT - 2062a,2062b; n. m.

  1. ceifa, colheita
    1. processo de colheita
    2. safra, o que é colhido ou ceifado
    3. época de colheita
  2. galhos, ramos

שְׁבוּת


(H7622)
shᵉbûwth (sheb-ooth')

07622 שבות sh ebuwtĥ ou שׂבית sh ebiytĥ

procedente de 7617; DITAT - 2311d; n. f.

  1. cativeiro, cativos

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

שִׁית


(H7896)
shîyth (sheeth)

07896 שית shiyth

uma raiz primitiva; DITAT - 2380; v.

  1. pôr, colocar
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar (a mão sobre)
      2. colocar, postar, designar, fixar, estar determinado a
      3. constituir, fazer (alguém ou alguma coisa), fazer igual a, realizar
      4. assumir a posição de
      5. devastar
    2. (Hofal) ser imposto, ser colocado sobre