Enciclopédia de Levítico 25:46-46

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 25: 46

Versão Versículo
ARA Deixá-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para os haverem como possessão; perpetuamente os fareis servir, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com tirania, um sobre os outros.
ARC E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir: mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, cada um sobre o seu irmão, não vos assenhoreareis dele com rigor.
TB Deixá-los-eis por herança a vossos filhos depois de vós, para terem como possessão; desses tomareis os vossos escravos para sempre, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não dominareis com rigor, uns sobre os outros.
HSB וְהִתְנַחֲלְתֶּ֨ם‪‬ אֹתָ֜ם לִבְנֵיכֶ֤ם אַחֲרֵיכֶם֙ לָרֶ֣שֶׁת אֲחֻזָּ֔ה לְעֹלָ֖ם בָּהֶ֣ם תַּעֲבֹ֑דוּ וּבְאַ֨חֵיכֶ֤ם בְּנֵֽי־ יִשְׂרָאֵל֙ אִ֣ישׁ בְּאָחִ֔יו לֹא־ תִרְדֶּ֥ה ב֖וֹ בְּפָֽרֶךְ׃ ס
BKJ E os possuireis por herança para vossos filhos depois de vós, para os herdarem por possessão; eles serão vossos servos para sempre, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não governareis uns sobre os outros com rigor.
LTT E os possuirás por herança para vossos filhos depois de vós, para os herdarem por possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros.
BJ2 e deixá-los-eis como herança a vossos filhos depois divos, para que os possuam como propriedade perpétua. Tê-los-eis como escravo; mas sobre os vossos irmãos, os filhos de Israel, pessoa alguma exercerá poder de domínio.[m]
VULG et hæreditario jure transmittetis ad posteros, ac possidebitis in æternum : fratres autem vestros filios 1sraël ne opprimatis per potentiam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 25:46

Levítico 25:43 Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor.
Isaías 14:2 E os povos os receberão e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos e servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55
SEÇÃO IX

OS ANOS SANTOS

Levítico 25:1-55

No capítulo 23, o sábado como dia de descanso foi tratado com relação às festas sagradas. Agora, o mesmo princípio é válido para o sétimo ano (25:1-7) e o qüinquagésimo ano, período que coroa sete ciclos de sete anos (25:8-55).

A. O ANO SABÁTICO, 25:1-7

O princípio do sábado (2), instituição que parece ter sido exclusiva para Israel (ver cap. 23), é ampliado para os anos. A suspensão do trabalho no sétimo dia é umà consagração do tempo. A ordem é descansar durante todo o sétimo ano. O tempo, como todos os outros recursos, pertence a Deus. A observância do sétimo ano (4) ilustra o direito de Deus sobre o tempo de Israel e a exigência de que Israel confie nele para a provisão de suas necessidades. Referência a esta observância ocorre em Êxodo 23:10-11, onde o contexto indica interesse humanitário. Há também referên-cias em Deuteronômio 31:10; II Reis 19:29; Neemias 10:31; e no livro apócrifo de 1 Macabeus 6.49,53. Josefo declara que este ano sabático foi observado durante os dias de Alexandre, o Grande (Antiguidades Judaicas, XI, viii,
6) e no tempo do rei Herodes (XIX, xvi, 2). Tácito também se refere a essa prática em sua obra intitulada História (5.4).

Os versículos 6:7 parecem modificar a limitação do versículo 5. O significado pro-vável é que, ainda que não haja cultivo formal, devem ser feitos colheita e armazenamento de colheitas durante o ano sabático. O que cresce por si mesmo pode ser usado para consumo durante o período.

B. O JUBILEU, 25:8-55

A observância efetiva do Ano do Jubileu em Israel tem sido seriamente contestada. Há quem proponha que represente "a teorização sacerdotal e nunca uma política factual".- Snaith ressaltou que em II Reis 19:29 (e Is 37:30) são usadas palavras hebraicas diferen-tes para aludir a "o que cresce por si mesmo no primeiro ano" (saphiach) e "o que cresce por si mesmo no segundo ano" (sachish).2

Este ano tinha de começar no mês sétimo, aos dez do mês, no Dia da Expiação (9), com o soar da trombeta do jubileu. Tinha de ser ano de soltura e liberdade na terra a todos os seus moradores (10). A terra e o povo recebiam um sábado (descan-so), e todas as propriedades que foram alienadas do dono original seriam devolvidas. Encontramos na história de Nabote ilustração do princípio exarado aqui. O rei Acabe queria comprar-lhe a vinha. Mas Nabote não a vendeu, porque, como herança da família. pertencia aos seus descendentes como também a ele (1 Rs 21.3).

Esta prática significava que a terra era avaliada conforme o número dos anos que faltava para o jubileu (15), para que ocorresse a transferência de propriedade. O preço de compra era determinado pelo número dos anos das novidades, ou seja, pelo número de colheitas e não pelo valor próprio da terra. Este era destaque extraordinário do ensino do Antigo Testamento de que a propriedade pertencia ao Senhor — a terra é minha (23). Ele a dera em custódia para certas famílias israelitas, e não se venderá permanentemente a outrem. Deus era o Dono permanente.

A propriedade dentro de cidade murada (29) era exceção a esta lei. Podia ser res-gatada pelo vendedor no prazo de um ano inteiro; caso contrário, ficava vendida inde-finidamente (30). Esta limitação de resgate não valia para as casas dos levitas, as quais ficavam em cidades. Suas propriedades poderiam ser resgatadas a qualquer hora por um levita (32), visto que tais cidades eram a única possessão dessas pessoas em Israel

  • cf. Nm 35:1-5). Se a propriedade dentro dos muros da cidade não fosse resgatada por um levita, voltaria a ele no ano do jubileu. O campo do arrabalde das suas cidades
  • as pastagens pertencentes às cidades levíticas, cf. NVI) não podia ser vendido de forma alguma.
  • O Ano do Jubileu também tinha de ser ano de liberação de escravos (35-55). Na introdução desta subdivisão acha-se uma mensagem que expressa preocupação pelos pobres em Israel (35). Se o indivíduo não podia se sustentar, esperava-se que um hebreu providenciasse que fosse sustentado. Sob o antigo concerto, não se devia aceitar usura (36; "juros", ARA; cf. NVI; NTLH) por dinheiro emprestado ao pobre. O sustento dos necessitados era manifestação de verdadeiro temor do Senhor. Deus exigia isto dos israelitas, visto que os tinha comprado da terra do Egito (38) e os sustentaria até que os estabelecesse na terra que lhes dera.

    O hebreu que ficasse tão pobre a ponto de se vender para outro hebreu, não podia ser tratado como escravo (39), mas como jornaleiro (40; "trabalhador contratado", NVI) ou peregrino ("residente temporário", NVI) até o Ano do Jubileu. Deus disse: Não te assenhorearás dele com rigor (43), ou seja, "não os trate com crueldade" (NTLH), ou "com tirania" (ARA), ou com aspereza (cf. vv. 46,53). Os israelitas podiam possuir os não-hebreus como escravos (44) e dá-los como propriedade familiar (46). Tal não se fazia com os hebreus. Além disso, se em Israel o hebreu fosse comprado por um estrangeiro ou por um peregrino (47), esse hebreu poderia ser resgatado (48). Um parente o resga-taria por um preço consistente com o tempo que faltasse para chegar o Ano do Jubileu (50), quando então sairia livre sem pagamento. A razão dada para a vigência desta lei (55) é a mesma que se aplicava à propriedade. Os hebreus foram resgatados por Deus e eram propriedade exclusivamente divina. Não estava certo outro ser dono deles. Suas habilidades profissionais poderiam ser contratadas por outrem, mas eles poderiam ser possuídos somente por Deus que os resgatara. Não seria esta uma palavra para nós acerca da dignidade de todo filho de Deus e de nossa responsabilidade uns pelos outros?


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Levítico Capítulo 25 versículo 46
    Ex 21:2-6; Dt 15:12-18.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 50
    *

    25.1-55

    O Senhor demonstra ser o proprietário da Terra Prometida através de leis que impedem a exploração da terra e de seus ocupantes (v. 23, nota).

    * 25.1-7

    Da mesma maneira que o homem necessita de um dia de descanso, a terra sem fertilizantes precisava ficar em repouso por algum tempo. Ver as regulamentações similares em Êx 23:10,11.

    * 25:10

    jubileu. Mais do que um ano para o descanso da terra, este era um ano em que todos os pobres que tinham caído em dívida recebiam a chance de um novo início. Os empréstimos eram perdoados. Terras que tivessem sido vendidas eram devolvidas aos seus proprietários originais, e os escravos recebiam alforria (v.40).

    * 25:13

    tornareis cada um à sua possessão. Deus protegia a sua dádiva de terras a cada família dentro da comunidade da aliança. Dessa maneira, ele conservava a estrutura da família, provendo a vida em perpetuidade para ela, e impedindo a exploração comercial de sua dádiva.

    * 25:23

    a terra é minha. Embora Deus tivesse dado a Israel o território como uma de suas boas dádivas, para ser desfrutado (Dt 6:10-12; 8.10-13), mesmo assim o proprietário real era ele, e assim poderia terminar o prazo de arrendamento, caso o povo se tornasse um inquilino indesejável. Os israelitas não eram possuidores da terra como um direito inalienável, mas dentro da estrutura de um relacionamento de aliança com Deus. A terra não era uma propriedade privada que pudesse ser vendida ou comprada. Simbolizava a vida com Deus.

    * 25:25

    Todas as vendas aqui descritas aconteceram por causa de adversidades. As terras não deviam ser vendidas permanentemente de uma família para outra.

    * 25:26

    Esperava-se que um parente comprasse as terras de um homem pobre, a fim de devolvê-la a ele. Seja como for, ele ou seus familiares as recebiam no Ano do Jubileu.

    * 25:29-30

    Em contraste com as terras dedicadas à agricultura, as casas dentro das cidades tinham que ser remidas dentro de um ano, ou a venda era considerada permanente.

    * 25:36

    Ver nota em Dt 23:19 (Sl 15:5).

    * 25:39

    Se um homem vendesse um filho ou filha à escravidão, por motivo de dívida, o escravo receberia liberdade após sete anos (Êx 21:2-11; Dt 15:12-18). Este texto trata de uma dívida ainda pior, onde, presumivelmente depois de ter vendido suas terras, um homem e todos os seus familiares foram vendidos como escravos (v. 41). Nesse caso, todos recebiam liberdade no Ano do Jubileu.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55
    25.1-7 O ano sabático brindava um ano de cada sete para descanso da terra (não se arava). Isto constituía uma boa administração dos recursos naturais e recordava ao povo o controle de Deus e sua provisão para eles.

    25.8-17 O ano do jubileu tinha que celebrar-se cada cinqüenta anos. Incluía o cancelamento de todas as dívidas, a liberação de todos os escravos e a devolução a seus donos originais de todas as terras que tinham sido vendidas. Não existe nenhum indício na Bíblia de que alguma vez se levou a cabo o ano do jubileu. Se o Israel tivesse seguido esta prática fielmente, teriam tido uma sociedade sem pobreza permanente.

    25:23 Algum dia, o povo possuiria a terra do Canaán, mas no plano de Deus, só Deus era dono absoluto. Queria que seu povo evitasse a avareza e o materialismo. Se você tiver a atitude de que sua vida é propriedade de Deus e que unicamente está aos cuidados dela, então se fará mais disponível a outros. Mas será difícil se mantiver uma atitude de dono de sua vida. Pense em si mesmo como um administrador de tudo o que está sob seu cuidado, não como um dono.

    25.35ss A Bíblia faz muita ênfase na ajuda aos pobres e desamparados, especialmente a órfãos, viúvas e incapacitados. Na sociedade israelita, às mulheres não lhes pagava por trabalhar; assim, uma viúva e seus filhos não tinham como viver. Tampouco havia trabalho para os seriamente incapacitados nesta nação de granjeiros e pastores. devia-se ajudar ao pobre sem lhe aplicar nenhum interesse. A responsabilidade individual e da família pelos pobre era crucial já que não havia ajuda por parte do governo.

    25.35-37 Deus disse que abandonar ao pobre era pecado. No Israel não se permitia a pobreza permanente. As famílias financeiramente solventes eram responsáveis por ajudar e amparar aos que estavam em necessidade. Muitas vezes não fazemos nada, não por falta de compaixão, mas sim porque nos encontramos afligidos pelo tamanho do problema e não sabemos por onde começar. Deus não espera que você elimine a pobreza, nem tampouco que descuide a sua família para prover para outros. O espera, entretanto, que quando você veja alguém com necessidade o ajude da maneira que possa, incluindo a hospitalidade.

    25:44 por que permitiu Deus que os israelitas comprassem escravos? Sob as leis hebréias, os escravos eram tratados de uma forma diferente que nas outras nações. Eram vistos como seres humanos com dignidade e não como animais. Os escravos hebreus, por exemplo, participavam das festas religiosas e descansavam na sábado. Em nenhuma parte a Bíblia comuta a escravidão, mas reconhece sua existência. As leis de Deus ofereciam muitas instruções sobre como tratar aos escravos.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55
    4. Instruções sobre a terra (Lv 25:26)

    1 E o Senhor disse a Moisés no monte Sinai, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrares na terra que eu vos dou, então a terra guardará um sábado ao Senhor. 3 Seis anos tu semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; 4 mas no sétimo ano haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor: tu não semearás o teu campo, nem podar a tua vinha. 5 O que nascer de si mesmo da tua sega não segarás, e as uvas da tua despiu vinha tu não recolher: será um ano de descanso para a terra. 6 E o sábado da terra servirá de alimento para você; para ti e para teu servo, e por tua serva, e para teu servo contratado e para o teu estrangeiro, que hospedar contigo. 7 E, para o teu animal, e para os animais que estão na tua terra, tudo será o aumento do mesmo ser para alimentos.

    A lei do ano sabático estipulado que a terra possuída pelos hebreus deveria repousar durante um ano em cada sete anos. Não só houve grãos a serem semeadas, mas durante este tempo olivais e vinhas deviam permanecer autônoma.

    Durante este ano, o que quer que a terra produziu por si só não era para ser colhido e armazenado como de costume pelo proprietário ou inquilino, mas era para ser deixada para o consumo público. O pobre, o escravo, bem como o estrangeiro pode participar dele livremente.

    O motivo caridade era, de fato, uma das razões para esta prática (Ex 23:10 , Ex 23:11 ). Outra indicação do espírito de caridade que foi a predominar durante o ano sabático foi o fato de que as pessoas que tinham emprestado dinheiro não foram obrigados, durante este ano para fazer o pagamento de suas dívidas (Dt 15:1 ). O plano era também para proporcionar descanso para a terra (v. Lv 25:5 ). Um efeito ainda mais importante era apontar-se o fato de que a terra realmente pertencia a Jeová, que lhe daria de volta para o seu povo para a supervisão (v. Lv 25:2 ).

    O ano sabático era para começar no final do sétimo mês eclesiástica de Israel (ver notas em 23: 23-25 ​​). Não se afirma, no entanto, quando o povo, após a sua chegada na Palestina, foram para começar seu cálculo para o sétimo ano para essa observância.Mas parece provável que eles não iria fazê-lo até que bastante geral possuíram a terra e as tribos se estabeleceram em suas porções (Js 5:12 ).

    Houve aparentemente não há encontros religiosos especiais necessárias, mas Dt 31:10 sugere que era para ser um ano passou no ensino e na formação de Israel nas leis de Jeová. Além disso, para a realização das exigências desta lei e, portanto, para provar as promessas de Deus iria impressionar Israel com a realidade da presença e providência de Jeová e treiná-los em hábitos de confiança (vv. Lv 25:20-22 ). Não só isso, mas a obediência a esta lei faria Israel conspícuo entre os outros povos da Palestina. Seria, portanto, oferecem uma oportunidade notável para testemunhar a sua fé como eles procuraram responder a questões ligadas a surgir entre os de fora com quem eles entram em contato.

    b. O Ano do Jubileu (25: 8-55)

    Todos os anos cinquenta, no encerramento do Dia do chifre trombetas da Expiação ram ressoou por toda a terra proclamando o ano do jubileu, assim chamada a partir da palavra hebraica yobhel , que significa "carneiro", cujo chifre foi usada na proclamação.As regras sabáticos para descansar a terra (. Vv 1-7) estavam em vigor durante este ano extraordinário; mas havia regulamentos adicionais que forneceram ainda maiores liberdades e mais liberdade.

    (1) as suas regras de Observação (25: 8-22)

    8 E te número sete semanas de anos, sete vezes sete anos; e haverá a ti os dias de sete semanas de anos, quarenta e nove anos. 9 Então te enviar no exterior a trombeta alto no décimo dia do sétimo mês; no dia da expiação fareis enviar ao exterior a trombeta por toda a vossa terra. 10 E vós santificam o quinquagésimo ano, e proclamar a liberdade em toda a terra até todos os seus habitantes: será um jubileu até você; e tornareis, cada um à sua possessão, e tornareis, cada um à sua família. 11 A jubileu deve Esse ano qüinquagésimo será para vós; não vos semeiam, nem colhem O que nascer de si mesmo, nem ajuntam as uvas . nele das vides não tratadas 12 Pois é um jubileu; santo será para vós; comereis o aumento dos mesmos para fora do campo.

    13 Nesse ano do jubileu tornareis, cada um à sua possessão. 14 E se tu vender alguma coisa ao teu próximo, ou comprar de mão do teu próximo, não vos errado outra. 15 De acordo com o número de anos após os tu jubileu deverás buy do teu próximo, econforme o número de anos de colheitas que ele te venderá. 16 De acordo com a multidão dos anos hás de aumentar o preço da mesma, e de acordo com a raridade dos anos hás de diminuir o preço do mesmo; para o número de culturas que se queixa ele te vende. 17 e não haveis de errado outra; mas temerás o teu Deus; porque eu sou o Senhor vosso Deus.

    18 Pelo que haveis de fazer os meus estatutos, e guardem os meus juízos e fazê-las; e haveis de habitar na terra em segurança. 19 E a terra dará o seu fruto, e comereis o seu preenchimento, e nela habitarão em segurança. 20 E se vos digo: Que havemos de comer o sétimo ano? eis que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita; 21 então eu mandarei a minha bênção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos. 22 E vós a semear o oitavo ano, e comer de as frutas, a antiga loja; até o nono ano, até que venha a colheita, comereis a velha.

    No ano do jubileu todas as terras revertido para a família original livre de ónus (vv. Lv 25:10 , Lv 25:13 ). Por isso, foi que não havia ninguém para ser capaz de comprar terras em Israel em perpetuidade (v. Lv 25:23 ). Foi realmente uma questão de leasing. O valor do aluguel a ser pago foi contado sobre o valor aproximado de colheitas nos anos restantes antes do jubileu (vv. Lv 25:14-16 ). Este regulamento feita naturalmente para a preservação cuidadosa das genealogias. E por causa da lei ninguém família poderia crescer exorbitantemente rico adicionando permanentemente propriedade para propriedade; nem poderia ser qualquer família condenado a pobreza perpétua, por qualquer posses poderiam ter sido perdidas foram restauradas a cada 50 anos.

    Para manter as leis sabáticas em relação à terra trouxe bênçãos especiais de Deus. Ele declarou que, no sexto ano anterior, para a observância do ano sabático que haveria uma "safra" de modo que pudessem estabelecer-se na loja. Se não houvesse, em seguida, suprimentos suficientes que podem ser obtidos a partir da terra inculta, ainda haveria muita comida para todos (vv. Lv 25:18-22 ; conforme 2Rs 19:29 ; Is 37:30. ). Mesmo quando o ano do jubileu, seguido um ano sabático, haveria comida suficiente na safra do sexto ano para dois anos seguintes (v. Lv 25:21 ).

    No ano de jubileu escravos foram libertados (. Vv 10 , 39-43 ), e os devedores foram absolvidos (Dt 15:2 ).

    O profeta Isaías (Is 61:1-3 ).

    Não era para ser exceção feita no caso de casas da cidade que não pertencem a levitas. Neste caso, se a casa não foi vendida resgatados no prazo de um ano que se tornaria o comprador em perpetuidade (vv. Lv 25:29 , Lv 25:30 ). Esta foi a ser permitida porque as casas da cidade não foram considerados necessários meios de apoio, como foram os campos. Isso também deu oportunidade para prosélitos à propriedade; e propriedade da cidade era adequado para as pessoas envolvidas em um comércio ou uma embarcação.

    Se, no entanto, a casa de um levita eram para ser vendido, pode ser resgatado a qualquer momento, mesmo depois de um ano, tinham passado. E se não resgatados (v. Lv 25:33 , margem) que gostaria de voltar a ele no ano do jubileu. Para a propriedade dado os levitas para o serviço no santuário era permanecer permanentemente em sua posse (vv. Lv 25:32 , Lv 25:33 ; conforme Nu 35:1. ).

    (3) Tratamento dos Pobres (25: 35-55)

    35 E, se teu irmão empobrecer, e sua mão falhar contigo; tu virás defender ele: como um estranho e peregrino viverá contigo. 36 Não tomarás dele juros nem aumento, mas temerás o teu Deus; de que teu irmão viva contigo. 37 Tu não lhe darás teu dinheiro a juros, nem dar-lhe teus víveres por lucro. 38 eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, para vos dar a terra de Canaã, e para ser o seu Deus.

    39 E, se teu irmão empobrecer contigo, e vender-se a ti; tu não fazê-lo para servir como escravo. 40 Como jornaleiro, como peregrino, ele será contigo; ele deve servir contigo até o ano do jubileu: 41 então sairá do teu serviço, ele e seus filhos com ele, e voltará para a sua própria família, e até a posse de seus pais ele voltar. 42 Pois eles são meus servos, que tirei da terra do Egito. eles não serão vendidos como escravos 43 Tu não dominá-lo com rigor, mas temerás o teu Dt 44:1 ).

    Nenhum israelita era para ser autorizado a comprar um de seus irmãos como escravo. Um homem pobre foi, no entanto, de ser capaz de vender-se como um agente contratado por seis anos, ou até que o ano do jubileu, se o ano jubilar deve vir em primeiro lugar (vv. Lv 25:39-43 ; conforme Ex 21:1 ; . Dt 15:12 ).

    Era para ser admissível, no entanto, para os israelitas têm escravos entre os não-israelitas (vv. Lv 25:44-46 ). Caso um israelita se pobre e vender-se para servir a um residente não-israelita da terra como um agente contratado até o ano do jubileu, no ínterim ele pode ser resgatado por um parente próximo; ou se ele se tornou capaz, ele também pode se redimir por reembolsar o dinheiro empregador na proporção do tempo restante até o ano do jubileu (vv. Lv 25:47-55 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55
    O sistema econômico de Israel basea-va-se em três princípios fundamen-tais:
    (1) a terra pertencia a Deus, e ele tinha o direito de controlá-la (v. 23);

    1. o povo pertencia a Deus, porque ele o libertara da escravidão do Egito (vv. 38,42,55); e

    3- os judeus eram uma família ("teu irmão") e deviam cuidar uns dos outros (vv. 25,35-36,39,49). Josué e o exército judeu conquistaram a terra de Canaã, mas Deus determinou a herança deles (Js 13:0). O povo habitaria na terra e desfrutaria de seus frutos, mas Deus era dono dela e determinava como seria usada.

    Esse capítulo foca estes três tó-picos relacionados à economia da nação.

    O ano sabático (25:1-7,18-22)

    O calendário judeu do Antigo Testa-mento funcionava em uma série de "setes". O sétimo dia da semana era o sábado (ou shabbath). Sete sema-nas depois da Páscoa era Pentecostes, e o sétimo mês do ano traz a Fes-ta das Trombetas, o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos. A cada sete anos, acontecia o "ano sabáti-co", e depois de sete anos sabáticos acontecia o Ano do Jubileu.

    O ano sabático foi a forma de Deus permitir que a terra descansas-se e restaurasse sua produtividade. Nesse ano, o povo não podia ter a colheita regular, mas qualquer pes-soa podia comer os frutos dos cam-pos e dos pomares. Deus prometeu fornecer uma safra abundante no sexto ano, portanto observar o Ano Sabático era realmente um teste de fé para as pessoas. Era também uma expressão do amor do Senhor pelos pobres da terra (Êx 23:10-12). De acordo comDt 15:1-5). Era algo como uma sema-na de conferência bíblica em que o povo era lembrado do que Deus fizera por ele e do que ele queria em troca. Precisa-se ensinar a Pala-vra de Deus a seu povo, pois toda geração nova ainda não a aprendeu, e as gerações antigas precisam lem-brar-se dela.

    1. O Ano do Jubileu (Lv 25:8-17,23-24)

    A palavra "jubileu" deriva-se da pa-lavra hebraica yobel, que significa "chifre de carneiro". Anunciava-se esse ano especial com o soar de trombetas no Dia da Expiação. As-sim, o ano iniciava-se com jejum e arrependimento, pois nesse dia a nação confessava seus pecados ao Senhor (Lv 1:6).

    Durante esse ano, a pessoa re-cuperava a terra que fora vendida. Assim, a terra não saía da família, ou clã. Em qualquer compra de pro-priedade judaica, calculava-se o preço até o próximo Ano do Jubileu, quando a terra voltaria para o pro-prietário original. Nesse cálculo, o fator principal era quanto alimento ela poderia produzir nesse período. A terra, como no ano sabático, de-veria descansar no Ano do Jubileu. As pessoas tinham de confiar na provisão de Deus para o ano sabá-tico (o 49-), para o Ano do Jubileu (502) e para o 512 ano, quando po-deríam semear de novo. Não have-ría colheita até o ano seguinte.

    A terra não era propriedade das pessoas, portanto elas não podiam vendê-la em caráter permanente. Deus dera-lhes a terra (Gn 12:1-3; 15:7; 17:8; Dt 5:16) e permitira-lhes usá-la, mas ele sempre teria o con-trole dela. As pessoas deviam andar em temor a Deus e não deviam usar a riqueza para oprimir umas às ou-tras.

    Nesse ano especial, liberta-vam-se os escravos, e, assim, eles reintegravam-se a suas famílias. O "Sino da Liberdade", na Filadélfia, tem uma gravação com a frase "Pro-clamareis liberdade na terra a todos os seus moradores" (v. 10).

    O Ano do Jubileu relaciona-se à era do Reino em que Jesus Cristo rei-nará em glória e cumprirá as promes-sas feitas ao povo judeu. Leia Is 61:0), que se refere ao Ano do Jubileu. Ele não leu "o dia da vingança do nosso Deus" (Is 61:2), pois esse dia não chegará até que Deus termine seu programa atual de "constituir [...] um povo para o seu nome" (Lc 15:14).

    1. O cuidado com o pobre (Lv 25:25-55)

    Aplicava-se essa lei independente-mente de ser ano sabático ou Ano do Jubileu. Os versículos 25:28 es-tabelecem os princípios gerais e, de-pois, apresentam-nos sua aplicação a situações específicas. A pessoa que vende a propriedade por cau-sa de dificuldade financeira pode readquiri-la a qualquer momento ou um irmão pode fazer isso por ela. Contudo, estabelece-se o preço conforme o número de anos que fal-tam para o Ano do Jubileu.

    1. A casa na cidade (vv. 29-34)

    Essa era uma propriedade muito va-liosa por causa da segurança que a cidade murada fornecia. Por essa razão, o vendedor tinha apenas o prazo de um ano para comprá-la de volta. Depois desse período, o pro-prietário poderia ficar com a pro-priedade pelo tempo que quisesse; e ela não voltaria para o proprietá-rio original no Ano do Jubileu. En-tretanto, essa regra não se aplicava às casas dos levitas. Pois o levita dava sua propriedade ao Senhor. VejaAt 4:34-44.

    1. O irmão pobre (vv. 35-46)

    Os judeus não deviam oprimir nem tirar vantagem uns dos outros em assuntos financeiros. Se empresta-vam dinheiro, não deviam cobrar juros; se vendiam alimento, não deviam ter lucro exorbitante. Veja

    Ne 5:0).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55
    25:1-7 Sábado de descanso solene para a terra. O principio de haver um sábado ou descanso cada semana, se estende aqui aos anos também, havendo um ano sabático cada sete anos. Isto era como que um reconhecimento do direito de Deus sobre a terra, 24.23. Deus havia dado a terra aos seus servos (Israel), e esperava que fossem mordomos fiéis. Enquanto Israel confiasse em Deus, podiam contar com a promessa divina de boas colheitas, para que houvesse bastante suprimento para o sétimo ano, no qual não podia haver sega. Isso também ajudava a manter a fertilidade do solo, permitindo que ficasse sem ser lavrado em certas épocas. O sétimo ano era também aquele no qual os senhores davam liberdade aos servos. Êx 21:2; Dt 15:0.

    25:8-55 O ano de jubileu. Vinha depois de cada sétimo ano sabático, portanto no qüinquagésimo ano. Nesse ano, todos os escravos tinham sua liberdade restaurada, e todos os proprietários recebiam seus haveres em restituição, além de haver um cancelamento geral de todas as dívidas. Esta era uma excelente maneira de evitar os extremos de riqueza demasiada e de pobreza aviltante. O preço da terra vendida ou arrendada era baseada no número de anos durante os quais poderia ser usada até ao ano do jubileu, que começava no dia da expiação. Em Ezequiel, este ano foi chamado "ano da liberdade”, Ez 46:17; parece que Isaías se refere ao jubileu quando profetiza sobre "o ano aceitável do Senhor", Is 61:2. Se este for o caso, então aprendemos de Lc 4:18-42 podemos ver as leis da redenção em prática, com Boaz, ancestral de Cristo, como redentor. Se um homem perdesse sua herança, ele mesmo, ou um dos seus parentes (v. 49 com a Nota) podia reavê-la, na condição de pagar o valor estimativo das colheitas, até o jubileu.

    25:29-31 As casas das aldeias eram consideradas como parte da herança das famílias que receberam aquelas terras de Deus, na ocasião da divisão da terra. Ficavam dentro da herança da família, ou perto dela, e eram essenciais para se poder atender de perto todos os misteres agriculturais das heranças. As casas dentro das cidades podiam ter sido adquiridas para propósitos comerciais, ou por motivos do enriquecimento particular das famílias. As casas dos levitas não estavam incluídas neste regulamento, mesmo quando ficavam, dentro das cidades muradas. O ideal dos israelitas sempre era que cada um possuísse suficiente terreno, com casa, horta, pomar e curral, para seu sustento próprio. Qualquer mão de obra perita, ou qualquer viagem de negócios, seria um esforço extra para os que queriam "progredir".

    25:39-42 Comparar com Êx 21:2, que coloca o sexto ano como limite para um hebreu servir ao seu senhor," ainda que tenha sido comprado.

    25.49 Parente. Heb gõ'el, que tem dois sentidos:
    1) Redentor, alguém que liberta mediante um pagamento;
    2) Vingador, alguém que exigia a prestação de contas por algum dano feito. Em ambos os casos, o gõ'el era um parente próximo, que cuidava dos interesses da família. O "Redentor" é um belo tipo de Cristo:
    1) Redimia pessoas e heranças, Gl 4:5; Ef 1:7, Ef 1:11, Ef 1:14; Ef 2:0) O redentor tinha que ser um parente, Rt 3:12, Rt 3:13; Gl 4:4, He 2:15; He 3:0) O redentor tinha que possuir condições para redimir,Rt 4:4-8; Jr 50:34, Jo 10:18; Jo 4:0) A obra do redentor se completava ao pagar satisfatoriamente o justo preço exigido; 25,27; 1Pe 1:18, 1Pe 1:19, Gl 3:13. Veja Pv 23:11 e, sobre "Vingador" Nm 35:12.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55

    10) O
    ano sabático e o jubileu (25:1-55)

    Aqui temos ampliações do princípio do sábado. Tanto fontes bíblicas quanto pós-bí-blicas confirmam ao menos a observância do ano sabático por parte dos judeus (v. NBD, p. 1.043).

    a)    O ano sabático (25:1-7)
    v. 2. O fato de que a própria terra deveria guardar um sábado para o Senhor mostra que o ano sabático tinha um propósito mais amplo do que a condição do solo. Em certo sentido, a instituição do ano sabático era uma afirmação sobre a quem, de fato, a terra pertencia (conforme v. 23, “porque ela [a terra] é minha”). O v. 5 proíbe a colheita sistemática do que cresce espontaneamente no ano sem cultivo, v. 6. A expressão ano de descanso refere-se ao que cresce espontaneamente; a produção não cultivada que surgira do que havia caído no chão durante a colheita anterior deveria estar disponível para todos. Ex 23.10,11 menciona somente os “pobres” e os “animais do campo” como beneficiários dessa instituição.

    b)    O ano do jubileu (25:8-12)
    v. 8. Depois de sete vezes sete anos, vinha o ano sabático par excellence. v. 9. Em todo o país, deveriam fazer soar a trombeta no Dia da Expiação (que ocorria perto do ano novo; conforme 23,24) e assim anunciar a chegada do ano do jubileu. Esse era o ano mais importante em relação à reivindicação que Deus fazia do direito tanto sobre a terra (v. 23) quanto sobre o povo (v. 42); a terra não era cultivada (v. 11,12), a terra que tinha mudado de mãos era devolvida ao seu proprietário original (v. 13) e os escravos podiam recuperar a sua liberdade (v. 39ss). “Is 61:1-23 está saturado da fraseologia do ano do jubileu, e Cristo adotou essa passagem para explicar a sua própria missão” (Lc 4:18ss). (A. W. F. Blunt, HDB [edição em um volume], p. 809). v. 10. libertação: a palavra hebraica está associada a um termo acadiano que significa “libertar de obrigações”. Na Babilônia, isso estava nas mãos do rei, de quem se esperava que estabelecesse a justiça normalmente por meio de uma série de decretos promulgados no início do seu reinado, jubileu: é derivado do hebraico yõbhêl, “carneiro, chifre de carneiro” (observe, porém, que uma palavra diferente é traduzida por trombeta no v. 9). v. 11. No que tange à terra e ao seu usufruto, aplicam-se as leis do ano sabático (conforme v. 4,5). Isso significava dois anos sem cultivo em seqüên-cia — pois o ano do jubileu seguia o quadragésimo nono ano sabático — e o v. 21 leva em consideração essa situação, pelo menos em teoria.

    c) A legislação conseqüente acerca da propriedade (25:13-34)
    v. 13. A terra voltava ao seu primeiro proprietário no ano do jubileu; em última instância, a terra era inalienável, v. 15. Isso significava que as transações eram reguladas de acordo com a proximidade do ano do jubileu, pois o que se comprava ou vendia na verdade era um “número de colheitas” (v. 16). Essas vendas geralmente ocorriam quando uma família caía em desgraça financeira, e a devolução automática da terra ao seu proprietário inicial limitava a duração da penúria ou insolvência. Os v. 14,17 são dirigidos àqueles que talvez sejam tentados a fazer fortuna com o infortúnio do seu próximo. O Senhor é o protetor dos destituídos (Dt 15:9). v. 21. Além do que cresceria por Sl só, haveria suficiente para três anos do produto da colheita do sexto ano. v. 22. As referências ao oitavo e ao nono ano reforçam a tese de que os v. 20ss estão falando do ano sabático, embora alguns pensem que se refiram ao do jubileu. Contra esse ponto de vista, pode-se dizer que não haveria semeadura no oitavo ano, visto que cada ano do jubileu viria após o sétimo ano sabático da série. Os dados aqui podem ser considerados facilmente na pressuposição de um ano novo na primavera, visto que a primeira semeadura após o ano sabático não seria possível até o final do oitavo ano, e a colheita só ocorreria no início do nono ano. Mas o v. 9 indica que o ano do jubileu — e portanto, pressupomos, também o ano sabático — começava no outono. Seja qual for a solução do problema, os v. 20ss são claramente um estímulo para que se dê a Deus o seu lugar e se confie as conseqüên-cias a ele. Embora não tenham nada que ver com títulos ou escrituras de transferência de propriedade, eles preparam o caminho para a reivindicação no v. 23: a terra é minha. v. 23. Os israelitas não deixaram de ser estrangeiros e imigrantes quando deixaram para trás o Egito e o deserto; agora eram arrendatários de Deus para toda a vida. v. 24. A terra era de Deus, e ele a havia partilhado com eles de acordo com sua vontade e propósito. Nenhuma mudança temporária de sorte e destino poderia separar uma família da sua herança; sempre deveria prevalecer o direito de resgate da terra. Essa lei existia independentemente da lei da devolução automática da terra no ano do jubileu, v. 25. parente mais próximo traduz gõ ’êl, “resgatador” (conforme NEB: “o seu parente mais próximo que tem a tarefa de redimir”; conforme NTLH: “seu parente mais chegado”). Um gõ’êl tinha o direito de readquirir uma propriedade a qualquer tempo em nome de um parente empobrecido (conforme Rt 4:14; Jr 32:0; 23:19), embora seja permitida no caso de estrangeiros (Dt 23:20). Dt 25:1,Dt 25:2 trata do perdão de dívidas ou, no mínimo, da sua suspensão a cada sete anos. v. 38. A dívida comum do povo com relação a Deus deveria resultar em preocupação social pelos menos privilegiados (cf. 19.34,36; 25.55). v. 39. Não deveria haver algo como um israelita tornar-se escravo de outro israelita. As dificuldades financeiras poderiam até levar uma pessoa a vender os seus serviços a um credor, mas a escravidão era terminantemente proibida, v. 40. Além disso, o período do serviço deveria terminar no ano do jubileu. Visto que Ex 21:2-6 concede a liberdade a um servo judeu após seis anos de serviço, a presente regra deve ter sido aplicada no caso em que o ano do jubileu precedia a conclusão dos seis anos. O v. 42 reivindica para Deus o serviço de todos aqueles que haviam sido libertados da escravidão no Egito (conforme v. 38). Eles eram escravos (servos) de Deus; conforme a designação que Paulo faz de Sl mesmo como escravo de Cristo no NT. v. 43. mas temam o seu Deus: conforme o v. 36. v. 44ss. Os não-israelitas poderiam ser comprados como escravos para sempre (v. 46); eram propriedade hereditária, e a regulamentação do ano do jubileu não se aplicava a eles. v. 47. Um residente temporário prospera e compra um israelita como servo. v. 48,49. A redenção por meio de um parente ou por meio dos rendimentos do próprio servo é permitida (cf. a lei acerca da propriedade nos v. 25,26). v. 50ss. Conforme v. 15,16,27.


    11) Recompensa e castigo (26:1-46) Embora não seja o capítulo conclusivo de Levítico, o cap. 26 é um desfecho adequado de todos os capítulos precedentes. Era prática muito difundida no Oriente Médio acrescentar uma série de bênçãos e maldições a um tratado ou documento legal com o fim de dissuadir as partes de quebrarem o acordo. E para esse fim as maldições eram mais importantes. E esse o caso aqui e em Dt 28, o exemplo bíblico mais conhecido desse fenômeno. Se o povo de Deus caminhar nos caminhos dele, vai desfrutar de bênçãos; se não o fizer, os problemas mais terríveis estão à espera deles.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 1 até o 55

    Levítico 25


    3) O Uso Santo dos Anos. Lv 25:1-55.

    Discute-se o Ano Sabático (vs. Lv 25:2-7); ordena-se a observância do Ano do Jubileu (vs. Lv 25:8-12); e refere-se ao efeito do Ano do Jubileu sobre a propriedade (vs. Lv 25:13-34) e pessoas (vs. Lv 25:35-55).


    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 35 até o 55

    35-55. O segundo efeito do Ano do Jubileu apresenta-se nos versículos restantes do capítulo.


    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 44 até o 46

    44-46. Escravos ou escravas. O trabalho escravo devia se restringir àqueles que eram comprados nas nações estrangeiras e aos estrangeiros estabelecidos entre os judeus. Esta categoria de escravos ('ebed, de 'eibad, "servir ou trabalhar"; cons. 'obadya, Obadias, lit., servo do Senhor) e escravas ('eima, "serva"), passavam como herança de pais para filhos (v. Lv 25:46).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 25 do versículo 8 até o 55
    b) O Jubileu (Lv 25:8-55).

    1. COMO OBSERVÁ-LO (Lv 25:8-22). O quinquagésimo ano é cuidadosamente definido como o seguinte a sete anos sabáticos (8), sendo anunciado por toda a parte ao som da trombeta no dia da expiação desse quinquagésimo ano (9). A trombeta era um chifre (qeren) de carneiro (cfr. Js 6:4 e segs.). Por conseguinte, o vocábulo "jubileu" derivou de yobhel, "carneiro" em hebraico. Mais tarde associaram-se as idéias, tornando-se jubileu sinônimo de trombeta. Em Êx 19:13, 19, ainda se usam as duas palavras. A mesma lei relativa às colheitas e às sementeiras aplicava-se a este ano, tal como a todos os anos sabáticos que o precediam; e, como começava no outono, era legítimo que o mesmo sucedesse com os anos sabáticos. Era o ano da liberdade, do regresso à possessão de cada um e ao seio da sua família (10). Este regresso à normalidade, como poderíamos chamar-lhe, assentaria numa base rigorosamente equitativa (14-17). As compras e as vendas eram reguladas pela aproximação do ano do Jubileu.

    E se disserdes: Que comeremos no ano sétimo? (20). Deus admite que pudessem vir a ser levantadas objeções, mas sem qualquer fundamento. Ele promete enviar a Sua bênção sobre o povo no sexto ano. Também tem em vista o problema maior do ano do jubileu que seguia o ano sabático. Nota-se por três anos (21) e oitavo e nono anos (22).

    >Lv 25:23

    2. A LEI DA REDENÇÃO (Lv 25:23-34). O princípio que abrange a lei da redenção é que a terra pertence a Deus, e não a qualquer dos mortais, que no fim de contas não passam de estrangeiros e peregrinos (23), mordomos das terras que lhes são confiadas, rendeiros temporários das propriedades do Senhor. Cfr. Êx 22:21 nota; Dt 10:19 nota. O resgate da terra (25-28) podia ser feito por um parente (25), pelo próprio dono (26 e segs.) ou apoderar-se dela automaticamente no ano do Jubileu, exceção feita para a "casa de moradia em cidade murada" (29), que só podia ser resgatada dentro do ano da venda, pelo fato de não ter qualquer relação com a terra ou com as culturas. Por outro lado, as casas das aldeias eram consideradas como o "campo da terra", talvez por nelas morarem os lavradores e os pastores (31). Para os bens dos levitas haveria um privilégio muito especial (32-34).

    >Lv 25:35

    3. COMO TRATAR OS POBRES, OS ESTRANGEIROS E OS PEREGRINOS (Lv 25:35-55). É de frisar a diferença entre quando teu irmão (vers. 25,35,39,47) e vossos irmãos, os filhos de Israel (46). O respeito pelo estrangeiro (cfr. Lv 19:34; Dt 10:18) não queria dizer que se não fizesse distinção entre ele e o verdadeiro irmão israelita. Insistia-se apenas na posição do israelita, que era completamente diversa da de qualquer outro. Os empréstimos deviam ser feitos sem interesse, sem qualquer espécie de usura (cfr. Êx 22:25 nota; Dt 23:19 nota). Se um israelita se vendesse a si próprio, não devia ser tido como escravo, mas simples servo assalariado, a quem se devia tratar com a máxima deferência, e no ano do jubileu seria libertado, se este fosse celebrado antes de terminados os seis anos de serviço (Êx 21:2-4; Dt 15:12 e segs.).

    A lei da libertação dos servos não era aplicada aos estrangeiros, que deviam ser tratados como escravos incapazes de beneficiarem da redenção (44-46). Mas as leis da redenção estendiam-se ao caso do que se vendesse a si próprio a um estranho ou a um peregrino, o qual, como se disse, teria de obedecer às prescrições da Lei, ou, pelo menos, não as transgredir. Em tais circunstâncias o israelita podia ser remido ou simplesmente ser posto em liberdade no ano do jubileu, e nunca tratado com severidade (47-54). A razão para esta diferença está em que os israelitas eram servos do Senhor, por Ele libertados da escravidão humana, sobretudo das mãos dos egípcios (35).


    Dicionário

    Assenhorear

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Ter modos, atitudes ou privilégios de senhor; dominar como senhor ou dono de algo ou alguém: na época das navegações, os portugueses assenhorearam muitas regiões do planeta.
    verbo pronominal Tomar para si a posse de alguma coisa; dar controle ou domínio de algo a si mesmo; apoderar, apossar: na ditadura, os militares assenhoraram-se de todos os poderes da República.
    Etimologia (origem da palavra assenhorear). A + senhor + ear.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Assenhorear Dominar (At 9:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Herança

    substantivo feminino Bem, direito ou obrigação transmitidos por disposição testamentária ou por via de sucessão.
    Legado, patrimônio.
    Figurado Condição, sorte, situação que se recebe dos pais.
    Genét. Conjunto de caracteres hereditários transmitidos pelos genes; hereditariedade.
    Herança jacente, aquela que fica sob a guarda, conservação e administração de um curador, por não haver herdeiros conhecidos.
    Herança vacante, a que se devolve ao Estado se, praticadas todas as diligências legais, não aparecerem herdeiros.

    A lei mosaica, que dizia respeito à sucessão das terras, não era de forma alguma complicada. A propriedade do pai era igualmente repartida entre os filhos, à exceção do mais velho que tinha uma dobrada porção (Dt 21:17). Quando não havia filhos, mas somente neste caso, as filhas partilhavam na herança, imposta a condição de que haviam de casar com homens da sua própria tribo (Nm 36:6 e seg.). Não havendo filhos nem filhas, ia a propriedade do morto para o seu irmão, e na falta deste para o tio paterno, e finalmente para o parente mais próximo. Uma interessante feição da lei mosaica acerca da herança era a disposição de que, se uma mulher enviuvasse, e não tivesse filhos, o parente mais próximo do seu falecido marido tinha o direito de casar com ela – se ele não quisesse recebê-la por mulher, então tinha o mesmo direito o que estivesse mais próximo em parentesco (Rt 3:12-13 – 4). Neste caso era obrigado o novo marido pelo ‘direito da herança’ a remir a propriedade da sua mulher, quando esta tivesse deixado de a possuir (Jr 32:7). Deve ser lembrado que todas as leis relativas à propriedade da terra foram estabelecidas com o fim de evitar que saíssem esses bens da posse da família (Dt. 21.15 a 17). As leis referentes ao ano do jubileu deviam ter o mesmo objetivo, isto é, o de rigorosamente fixar as propriedades rurais numa certa linha de herdeiros. Desta maneira a sucessão na posse era um fato de direito, e não de escolha. os filhos, na verdade, tinham o direito de reclamar a sua herança antes da morte do pai, contanto que estivessem todos de acordo. isto era assim com respeito aos bens pessoais, de que o proprietário podia dispor como quisesse. A este costume se refere a parábola do filho pródigo (Lc 15).

    Herança
    1) Propriedades ou bens recebidos de um antepassado após a sua morte (1Rs 21:3)

    2) Figuradamente, a terra de Canaã, dada por Deus ao seu povo (1Rs 8:36); o próprio Javé (Sl 16:5); o reino de Deus com todas as suas bênçãos presentes e futuras (He 9:15); (Rm 8:17); (1Pe 1:)

    Herdar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Receber por herança: herdar uma grande fortuna.
    Adquirir por parentesco ou hereditariedade: herdou o caráter do pai.
    Deixar em herança, legar: bens que os antepassados lhe herdaram.
    Fonte: Priberam

    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Irmãos

    -

    Israel

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Perpetuamente

    Dicionário Comum
    advérbio De maneira perpétua, incessante e constante; cuja duração é eterna; para sempre: ninguém vive perpetuamente.
    Etimologia (origem da palavra perpetuamente). Perpétu
    (o): + mente.
    Fonte: Priberam

    Possessão

    substantivo feminino Ação ou consequência de possuir.
    Determinada coisa que se possui - objeto possuído.
    História Área, território, terra possuída por um Estado - designado como domínio ou colônia: Angola foi possessão de Portugal.
    Circunstância em que alguém está possuído por algo sobre-humano, por uma paixão, por um tormento, por uma obsessão etc.
    Religião Expressão ou circunstância em que alguém está sob o efeito de forças sobre-humanas ou em estado de transe: ele estava em possessão de forças do mal.
    plural Possessões.
    Etimologia (origem da palavra possessão). Do latim possessio.onis.

    Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14, it• 47

    Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até a aberração das faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinônimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a idéia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 241

    [...] A subjugação, quando no paroxismo, é que vulgarmente dão o nome de possessão. É de notar-se que, nesse estado, o indivíduo tem muitas vezes consciência de que o que faz é ridículo, mas é forçado a fazê-lo, tal como se um homem mais vigoroso do que ele o obrigasse a mover, contra a vontade, os braços, as pernas e a língua.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Manifestações dos Espíritos

    O Espiritismo considera na gênese do fenômeno da possessão a faculdade mediúnica desgovernada e trata o caso pelo processo do diálogo com o Espírito possessor, buscando compreender suas razões para esclarecê-lo e libertá-lo da sua própria ignorância e confusão mental.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 18

    Imantação do Espírito a determinada pessoa, dominando-a física e moralmente.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11

    Possessão e subjugação caracterizam-se pelo inteiro controle do Espírito sobre o encarnado.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 8

    A possessão de que falam os Evangelhos nos casos que relatam não era mais do que subjugação. Jesus se servia sempre das expressões em uso, de acordo com os preconceitos e as tradições, a fim de ser compreendido e, mais ainda, escutado. Independentemente da obsessão e da subjugação, quer corporal apenas, quer corporal e moral, há os casos, a que podeis chamar possessão, em que o Espírito do obsessor se substitui ao do encarnado no seu corpo, a fim de servir-se deste como se lhe pertencera. Tais casos são muito raros.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    No caso de possessão, o domínio é mais completo. O Espírito obsessor como que se substitui ao do encarnado no seu corpo, donde, por assim dizer, expulsa o outro, para servir-se desse corpo, como se lhe pertencera, ficando a este ligada a vítima, apenas por um cordão fluídico, com o auxílio do perispírito. Combinando os fluidos do seu perispírito com os do perispírito do encarnado, o mau Espírito se introduz no instrumento corpóreo deste último e lhe imprime uma ação que é efeito daquela combinação fluídica. Essa substituição tanto pode dar-se no estado de vigília como no de sonambulismo do encarnado.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O termo possessão, na literatura espírita mediúnica, é adotado com bastante P freqüência (vide, por exemplo, Nos domínios da mediunidade) e na prática designa aqueles casos realmente mais graves de obsessão. Seria, assim, o seu grau máximo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 8


    Possessão Ver Demônios.

    Possuir

    ter. – Temos aquilo que nos pertence; possuímos o que é nosso e de que estamos de posse. Para ter, segundo Alv. Pas., não é necessário poder dispor de uma coisa, nem mesmo que ela esteja atualmente entre nossas mãos ou sob a nossa guarda direta; basta que essa coisa seja nossa. Para possuir é necessário, se não rigorosamente que a coisa esteja em nossas mãos, pelo menos que tenhamos o poder atual de dispor dela. Um homem pode ter muito dinheiro, e não o possuir propriamente, se o tiver emprestado: este homem não é senhor do seu dinheiro, não pode dispor dele, porque o não possui, apesar de o ter. Em suma: ter é ser dono, proprietário, senhor; possuir é estar de posse ou na posse.

    verbo transitivo direto Estar na posse de; ter algo como seu: possuía três casas.
    Ter; ser definido ou qualificado por: Ouro Preto possui muitas igrejas.
    Encerrar; carregar consigo; expressar uma característica específica: o cantor possui talento.
    Por Extensão Estar dominado por algum espírito ou divindade.
    Ter uma relação sexual ou intensa com alguém.
    verbo transitivo direto e pronominal Dominar; submeter-se a: a violência possuiu o policial; possuiu-se de violência.
    verbo pronominal Ser convencido por: o aluno se possuiu de seus direitos.
    Etimologia (origem da palavra possuir). Do latim possidere.

    Rigor

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Excesso de força; fortaleza, rijeza, dureza.
    Tensão excessiva; falta de flexibilidade; inflexibilidade, rigidez.
    Grande severidade de princípios, de moral etc.; austeridade, intransigência.
    Exatidão exagerada, excesso de escrúpulo: os rigores da legislação.
    Qualidade do que é penoso, difícil, doloroso: os rigores da miséria.
    Precisão no modo de se portar, de agir; pontualidade: rigor nos horários.
    Grande força e intensidade de um fenômeno: os rigores do inverno.
    Etimologia (origem da palavra rigor). Do latim rigore, "rigidez, dureza, força".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Vigor, rigidez, rijeza, dureza.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rigor Dureza; severidade (Mt 10:15).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    S

    substantivo masculino Décima oitava letra do nosso alfabeto e décima quarta das consoantes.

    substantivo masculino Décima oitava letra do nosso alfabeto e décima quarta das consoantes.

    s (esse), s. .M Décima oitava letra do alfabeto português. Consoante constritiva, fricativa, alveolar, surda; tem som de z, quando intervocálico: casa, pesar; no final do prefixo trans seguido de vogal: transação, transitivo; e em seguida ao prefixo ob em obséquio e derivados; quando dobrado, tem som de ç: pássaro, ressalvar. nu.M Numa série, indicada pelas letras do alfabeto, corresponde ao décimo oitavo lugar.

    Servir

    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 25: 46 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E os possuirás por herança para vossos filhos depois de vós, para os herdarem por possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros.
    Levítico 25: 46 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H272
    ʼăchuzzâh
    אֲחֻזָּה
    possessão, propriedade
    (possession)
    Substantivo
    H310
    ʼachar
    אַחַר
    depois de / após
    (after)
    Advérbio
    H3423
    yârash
    יָרַשׁ
    tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um
    (is heir)
    Verbo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5157
    nâchal
    נָחַל
    tomar como possessão, adquirir, herdar, possuir
    (and inherit)
    Verbo
    H5647
    ʻâbad
    עָבַד
    trabalhar, servir
    (to cultivate)
    Verbo
    H5769
    ʻôwlâm
    עֹולָם
    para sempre
    (forever)
    Substantivo
    H6531
    perek
    פֶּרֶךְ
    ()
    H7287
    râdâh
    רָדָה
    governar, ter domínio, dominar, submeter
    (and let them have dominion)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    אֲחֻזָּה


    (H272)
    ʼăchuzzâh (akh-ooz-zaw')

    0272 אחזה ’achuzzah

    procedente do particípio passivo de 270; DITAT - 64a; n f

    1. possessão, propriedade
      1. terra
      2. possessão por herança

    אַחַר


    (H310)
    ʼachar (akh-ar')

    0310 אחר ’achar

    procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

    1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

      depois (referindo-se ao tempo)

      1. como um advérbio
        1. atrás (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se a tempo)
      2. como uma preposição
        1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se ao tempo)
        3. além de
      3. como uma conjunção
      4. depois disso
      5. como um substantivo
        1. parte posterior
      6. com outras preposições
        1. detrás
        2. do que segue

    יָרַשׁ


    (H3423)
    yârash (yaw-rash')

    03423 ירש yarash ou ירשׂ yaresh

    uma raiz primitiva; DITAT - 920; v

    1. tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um herdeiro
      1. (Qal)
        1. tomar posse de
        2. herdar
        3. empobrecer, ficar pobre, ser pobre
      2. (Nifal) ser desapossado, ser empobrecido, vir a ficar pobre
      3. (Piel) devorar
      4. (Hifil)
        1. levar a possuir ou herdar
        2. levar outros a possuir ou herdar
        3. empobrecer
        4. desapossar
        5. destruir, levar a ruína, deserdar

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    נָחַל


    (H5157)
    nâchal (naw-khal')

    05157 נחל nachal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1342; v

    1. tomar como possessão, adquirir, herdar, possuir
      1. (Qal)
        1. tomar posse, herdar
        2. ter ou tomar como uma possessão ou propriedade (fig.)
        3. dividir a terra para possuí-la
        4. adquirir (testemunhas) (fig.)
      2. (Piel) dividir para possuir
      3. (Hitpael) possuir alguém de
      4. (Hifil)
        1. dar como possessão
        2. fazer herdar, dar como herança
      5. (Hofal) ser repartido, ser feito proprietário de

    עָבַד


    (H5647)
    ʻâbad (aw-bad')

    05647 עבד ̀abad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1553; v

    1. trabalhar, servir
      1. (Qal)
        1. labutar, trabalhar, fazer trabalhos
        2. trabalhar para outro, servir a outro com trabalho
        3. servir como subordinado
        4. servir (Deus)
        5. servir (com tarefa levítica)
      2. (Nifal)
        1. ser trabalhado, ser cultivado (referindo-se ao solo)
        2. tornar-se servo
      3. (Pual) ser trabalhado
      4. (Hifil)
        1. compelir ao trabalho, fazer trabalhar, fazer servir
        2. fazer servir como subordinado
      5. (Hofal) ser levado ou induzido a servir

    עֹולָם


    (H5769)
    ʻôwlâm (o-lawm')

    05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

    procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

    1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
      1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
      2. (referindo-se ao futuro)
        1. para sempre, sempre
        2. existência contínua, perpétuo
        3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

    פֶּרֶךְ


    (H6531)
    perek (peh'-rek)

    06531 פרך perek

    procedente de uma raiz não utilizada significando separar; DITAT - 1817a; n. m.

    1. dureza, severidade, crueldade

    רָדָה


    (H7287)
    râdâh (raw-daw')

    07287 רדה radah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2121,2122; v.

    1. governar, ter domínio, dominar, submeter
      1. (Qal) ter domínio, governar, subjugar
      2. (Hifil) levar a dominar
    2. raspar
      1. (Qal) raspar, retirar

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo