Enciclopédia de Amós 2:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 2: 3

Versão Versículo
ARA Eliminarei o juiz do meio dele e a todos os seus príncipes com ele matarei, diz o Senhor.
ARC E tirarei o juiz do meio dele, e a todos os seus príncipes com ele matarei, diz o Senhor.
TB Do meio dele exterminarei o juízo e farei morrer com ele todos os seus príncipes, diz Jeová.
HSB וְהִכְרַתִּ֥י שׁוֹפֵ֖ט מִקִּרְבָּ֑הּ וְכָל־ שָׂרֶ֛יהָ אֶהֱר֥וֹג עִמּ֖וֹ אָמַ֥ר יְהוָֽה׃ פ
LTT E exterminarei o juiz do meio dele, e a todos os seus príncipes com ele matarei, diz o SENHOR.
BJ2 Exterminarei o juiz de seu meio, e com ele matarei todos os seus príncipes, disse Iahweh.[u]
VULG Et disperdam judicem de medio ejus, et omnes principes ejus interficiam cum eo, dicit Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 2:3

Números 24:17 Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas e destruirá todos os filhos de Sete.
Salmos 2:10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.
Isaías 40:23 o que faz voltar ao nada os príncipes e torna coisa vã os juízes da terra.
Jeremias 48:7 Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemos sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
Jeremias 48:25 Está cortado o poder de Moabe, e quebrantado o seu braço, diz o Senhor.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
  1. Moabe (Am 2:1-3)

A profecia final contra os vizinhos de Israel é dirigida a Moabe, situado entre Edom e Amom (ver mapa 2). O delito específico era contra o rei de Edom (1), cujos ossos foram queimados até virar cal.

Embora não haja referência histórica ao incidente, talvez se refira à guerra que Jorão, governante de Israel, e Josafá, monarca de Judá, empreenderam contra os moabitas, na qual o rei de Edom era aliado de Israel (2 Rs 3).8 Jerônimo menciona uma tradição judaica, a qual registra que os moabitas desenterraram os ossos do rei de Edom, lançaram sobre eles muitos insultos e os queimaram até virar pó.

Como castigo, o Senhor queimaria a principal cidade de Moabe, Queriote (2), e acabaria com a nação. Todas as profecias de 1.6 em diante cumpriram-se com as inva-sões dos caldeus que levaram os habitantes em cativeiro (Ez 25).

Na época em que Amós profetizou, a ameaça da Assíria (Tiglate-Pileser III, 745-727 a.C.) ainda era uma pequena nuvem no horizonte. Mas o profeta anuncia os julgamentos vindouros, não só por causa das ambições assírias, mas porque Jeová estava em ação na área política. Amós afirma que Jeová é soberano sobre todas as nações da terra. Os povos mencionados são mera indicação da extensão de sua soberania. Neste ponto, o profeta não afirmava que anunciava algo inteiramente novo, mas com certeza "falou com tonicidade inquietantemente nova".9

  1. ORÁCULO CONTRA JUDÁ, 2.4,5

Depois de haver dedicado a atenção às nações vizinhas, Amós trata do Reino do Sul, Judá. Este é o segundo passo em direção ao golpe final contra Israel.

No que se refere a Judá, Amós condena a rejeição da lei do SENHOR (4; Torá; esta "lei" era a soma total de todos os preceitos dados por Jeová como norma de vida). Estatu-tos (chuqqim) são os preceitos que não constam na Torá e abrangem, inclusive, as leis cerimoniais e morais.' A palavra mentiras (4) deve ser traduzida por "ídolos" ("deuses falsos", NTLH; NVI), ou "as vaidades que eles fizeram"Lxx(

O castigo indicado no versículo 5 foi executado por Nabucodonosor, em 586 a.C., quando destruiu Jerusalém e levou a maior parte da população para a Babilônia (ver diagrama A).

  1. ORÁCULOS CONTRA ISRAEL, Am 2:6-16

Amós finalmente passa a tratar de Israel. Imaginamos o desapontamento das pessoas nas praças. Se porventura aplaudiram o profeta por suas mensagens contra os inimigos e murmuraram de suas profecias contra Judá, é fácil entendermos a hostilidade quando ele declarou a verdade sobre Israel. Precisamente com o mesmo linguajar que usara antes, Amós anunciou que o julgamento que Deus fará contra Israel era igualmente irrevogável.

1. A Rebelião de Israel (2:6-8)

Esta é a primeira acusação: Vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos (6). Em geral, os intérpretes afirmam que esta frase alude ao costu-me de condenar os inocentes em troca de suborno e dar os pobres aos credores (por ni-nharia) para servirem de escravos. Faziam assim em virtude da lei escrita em Levítico 25:39 (cf. II Reis 4:1).12 Desta forma, os ricos não mostravam a mínima consideração pelos justos (tsaddiq). Aqueles que suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres (7) são indivíduos que "pisam a cabeça dos pobres no pó da terra" (ECA; cf. BV). A atitude é fraseada em particípios como se eles "arquejassem" na ânsia de humilhar os pobres. Além disso, eles pervertem o caminho dos mansos, ou seja, os afastam do trajeto natural da vida, para direcioná-los à destruição.

A terceira acusação era a profanação do santo nome do Senhor pela imoralidade repulsiva de um homem e seu pai terem relações sexuais com uma moça. "O significa-do é com uma mesma moça; mas a palavra hebraica achath [mesma] não ocorre no original, porque tem o propósito de obstar todo possível equívoco de que era permitido os dois irem a prostitutas diferentes. De acordo com a lei, este pecado era equivalente a incesto e tinha de ser punido com a morte"."

A quarta acusação dizia respeito à casa de seus deuses (8). Eles bebiam vinho comprado com as quantias pagas pelos multados. As roupas sobre as quais dormiam ao lado de altares profanavam o nome santo de Jeová, visto que a vestimenta penhorada tinha de ser devolvida antes que a noite caísse (Êx 22:26).

  1. A Revelação de Deus (2:9-12)

O privilégio ocasiona a correspondente responsabilidade. Amós não pôde deixar de realçar que, visto que Jeová favorecia Israel acima de todas as outras nações, o Senhor as considerava responsáveis por seus pecados.' É esta revelação de Deus na história que provoca a recitação da destruição do amorreu (9, os antigos habitantes de Canaã) como preparação para a migração de Israel do Egito (10) para que possuísseis a terra do amorreu (cf. Js 3:10). A expressão: destruí o seu fruto por cima e as suas raízes por baixo (9) é figura para indicar a devastação total.

O cuidado de Jeová foi expresso por sua proteção na viagem do Egito para Canaã e pelo levantamento de profetas (11) e nazireus para revelar a vontade santa a Israel. Os nazireus eram homens com um chamado específico que buscavam privar-se de:

1) beber bebida forte,

2) comer carne e

3) cortar os cabelos. Sansão, Samuel e, provavel-mente, João Batista eram nazireus. Em vista desta providência divina e contra a lei de Deus, os israelitas tentaram os nazireus com vinho a beber (12) e procuraram silenciar os profetas: Não profetizeis. A palavra do Senhor não lhes era agradável.

  1. O Esperado Julgamento (2:13-16)

Por causa das graves transgressões, o Senhor anuncia um julgamento do qual nin-guém escapará. Será uma opressão na qual os mais fortes padecerão. "Eis que eu vos apertarei no vosso lugar como [...] aperta um carro cheio de feixes" (13, ECA; cf. NVI). Israel tem de sentir a pressão moedora do carro totalmente carregado. Outros exposito-res, com leve mudança no verbo hebraico traduzido por "apertar" (mudança apoiada pela LXX), obtêm o significado "oscilar": "Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós, como oscila um carro carregado de feixes" (ARA)."
Os versículos 14:16 descrevem a incapacidade de Israel fugir do Senhor. O ágil (14) não conseguirá escapar. O forte "não reterá suas forças e o guerreiro não salvará a sua vida" (RSV; cf. NVI). Nem o arqueiro, o soldado de infantaria e o cavaleiro poderão opor-se ao julgamento do Senhor (15). Nu (16) sugere a absoluta impotência do homem "despojado de todos os recursos com os quais conta para se manter quando enfrentar a catástrofe finar.'

Amós choca seus ouvintes ao anunciar os julgamentos sobre Israel depois do monó-logo contra as nações vizinhas. Estas são as razões para "os julgamentos de Deus contra o seu povo":

1) Desprezaram a lei do Senhor, 4b;

2) Tentaram enganar seu Criador, 4c;

3) Sacrificaram a integridade que Deus lhes dera, 6;

4) Oprimiram os pobres, 7a;

5) Caíram na imoralidade, 7c;
6) Profanaram aquilo que era sagrado, 8,12. Portanto, Deus destrui-rá todos os que quebraram o concerto com o Senhor, 14-16.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
*

2:1

queimou os ossos do rei de Edom. De acordo com a tradição hebraica os ossos do rei moabita, Mesa. Tal queima indicava um desprezo especial, e era concebida como algo que privava o morto de paz no após-vida. Josias queimou os ossos de falsos sacerdotes no altar de Betel (2Rs 23:15,16).

* 2:2

Queriote. Provavelmente, era o nome de uma das grandes cidades dos moabitas, que também era um centro religioso (Jr 48:41). O local exato da mesma é incerto. Alternativamente, a palavra hebraica poderia ser considerada com o sentido de "cidades", conforme os tradutores da Septuaginta (Antigo Testamento Grego) a entenderam.

trombeta. Essa trombeta (no hebraico, shophar) era feita de um chifre de carneiro, e transmitia sinais de ordem nas guerras antigas.

* 2:3

Eliminarei. Ver nota em 1.5.

* 2:4

Judá. Estavam concluídos os cinco oráculos contra nações pagãs, e o reino do sul, Judá, agora era ameaçado. O julgamento divino aproximava-se cada vez mais do reino do norte, Israel, onde o próprio Amós profetizava (v. 6).

rejeitaram a lei... estatutos. Por terem rejeitado a lei do pacto revelada por Deus, e, portanto, o próprio Deus, eles tinham-se tornado particularmente merecedores do juízo divino (Êx 15:26; Dt 4:39,40). Os privilégios do pacto de Judá implicavam em maior responsabilidade (conforme Lc 12:48).

após elas andaram seus pais. A antiga expressão idiomática do Oriente Próximo, "andar após", significa seguir em obediência como um vassalo ou servo. Judá estava seguindo mentiras, servindo de vassalo de deuses falsos ou demônios (Dt 32:17; Rm 6:16; 1Co 10:20).

* 2:5

meterei fogo. Ver nota em 1.4.

Jerusalém. Jerusalém significa "cidade da paz". A palavra hebraica para "paz" (shalom) denota não somente a ausência de guerra, mas também prosperidade e bem-estar. Visto que Judá não havia procurado integridade no Senhor, eles veriam a destruição, e não a paz. Essa profecia foi cumprida mais de cento e cinquenta anos mais tarde, quando Nabucodonosor II conquistou Jerusalém e incendiou cada edifício notável, incluindo a casa real (2Rs 25:8-10).

* 2:6

Israel. Começa aqui a acusação do reino do norte — Israel é culpada de injustiça social, imoralidade sexual e abusos religiosos (vs. 6-8).

vendem o justo por dinheiro. Temos aqui uma referência ao sistema judicial corrupto. Os juízes dispunham-se a condenar os inocentes mediante o pagamento de um suborno.

o necessitado. O Senhor tinha uma preocupação especial com o fim de que os direitos deles sejam protegidos (Êx 23:6; Jr 5:28), mas os pobres estavam sendo vendidos à escravidão, mesmo por dívidas insignificantes (aqui simbolizadas por um par de sandálias). A escravidão indigente em Israel era legal, mas foi cuidadosamente limitada pela lei de Moisés (Êx 21:2; Dt 15:12; 1Pe 2:18 e notas).

* 2:7

coabitam com a mesma jovem. Amós denuncia aqui a paixão sexual descontrolada. Tal conduta era contra a intenção original de Deus (Gn 2:21-24; Mt 19:4-6), além de profanar o santo nome de Deus (Lv 18:24). A lei mosaica proibia a união sexual entre pessoas relacionadas por parentesco próximo de sangue (Lv 18:6-18); e embora a legislação mosaica não mencione essa situação específica (compartilhar de uma prostituta em comum), o princípio básico deveria ainda ser aplicado.

* 2:8

se deitam... sobre roupas. Eles se entregavam ao culto de prostituição da fertilidade, ao lado dos altares, profanando assim o nome do Senhor. Havia muitos altares em Israel, incluindo aqueles de Betel (3.14), Dã (8,14) e Gilgal (Os 12:11). Seus pecados de licenciosidade sexual e idolatria somavam-se ao fato que dormiam sobre roupas tomadas como garantia para empréstimos, por parte dos pobres. Tais vestes não deveriam ser retidas durante a noite (Êx 22:26; Dt 24:12,13).

o vinho dos que foram multados. Vinho tomado dos pobres como pagamento por multas injustamente impostas. Talvez a bebedeira acompanhasse a indulgência sexual que acaba de ser mencionada.

* 2:9

eu destruí... o amorreu. Fiel às suas promessas da aliança com Israel (Gn 15:16-21), o Senhor tinha expulsado os cananeus (simplesmente chamados aqui de "amorreus") da Terra Prometida. Ver nota em Gn 10:16.

como a dos cedros. Essa descrição relembra o relatório dado pelos doze espias (Nm 13:32,33), mas também a ira de Deus contra tudo que é altivo e orgulhoso (Is 2:12-18).

fruto por cima... raízes por baixo. Uma expressão poética que indica destruição completa.

* 2:10

da terra do Egito. Ao lembrar-lhes de sua fidelidade à Aliança (conforme Gn 50:24; Êx 3:8), o Senhor firma sua causa contra a infidelidade de Israel.

* 2:11

suscitei profetas. Soberanamente, o Senhor levantou profetas (Dt 18:15-22), juízes (Jz 2:18), sacerdotes (1Sm 2:35) e reis (2Sm 7:12). Os profetas serviam como mensageiros do processo legal, enviados por Deus para conclamar o povo de Deus à obediência.

nazireus. Ver nota em Nm 6:1-21. O Antigo Testamento cita Sansão como um nazireu (Jz 13:4,5). Samuel provavelmente também foi um nazireu (1Sm 1:11, nota).

* 2:12

Mas vós. Em contraste com a fidelidade do Senhor, Israel procurava frustrar os propósitos de Deus, ordenando aos mensageiros de Deus que não profetizassem, e fazendo os nazireus beberem vinho (uma violação de seus votos). Mostravam o seu desprezo tanto pelo Senhor como pela sua lei.

* 2:13

farei oscilar a terra debaixo de vós. O original hebraico deste versículo é difícil de traduzir. Talvez devêssemos traduzi-lo como: "Eu vos pressionarei para baixo". Assim como uma carruagem atola pela pressão de seu conteúdo, e assim torna-se imóvel, assim também Israel será incapaz de fugir (v. 14).

* 2:14

ao ágil, o forte. Um quadro vívido de impotência: os ligeiros dos pés não conseguirão escapar, e os fortes não permanecerão de pé.

* 2:15

arco... pés... cavalo. Todas as unidades do exército falharão perante a ira de Deus.

* 2:16

fugirá nu. Até os mais bravos guerreiros não somente se desfarão de sua armadura e de suas armas, mas também de todo o empecilho, incluindo as vestes, no pânico de sua fuga inútil. Essa fuga despida é uma total humilhação.

naquele dia. A frase com freqüência indica o dia do juízo do Senhor (Sf 1:7, nota). Aqui, refere-se ao dia da conquista de Israel pelos assírios, que já se aproximava.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2.1-3 Os moabitas descendiam da relação incestuosa do Lot com sua filha maior (Gn 19:30-38). Balac, rei do Moab, tratou de contratar a um vidente, Balaam, para amaldiçoar aos israelitas para que pudessem ser derrotados (Números 22:24). Balaam se negou, entretanto, alguns moabitas tiveram êxito ao fazer que o Israel adorasse ao Baal (Nu 25:1-3). Os moabitas eram conhecidos por suas atrocidades (2Rs 3:26-27). Um achado arqueológico, a pedra moabita, revela que Moab sempre estava preparado para aproveitar-se da queda de outros.

2.4-6 Amós ganhou a sua audiência quando proclamou o castigo de Deus contra as nações malvadas que rodeavam ao Israel. Inclusive falou contra sua própria nação, Judá, antes de enfocasse ao iminente castigo de Deus sobre o Israel.

2.4-6 Depois do reinado do Salomão, o reino se dividiu e as tribos do Judá e Benjamim constituíram o reino do Sul (Judá) sob o reinado do Roboam, filho do Salomão. As outras dez tribos constituíram o reino do Norte (Israel), e seguiram ao Jeroboam, que se tinha revelado contra Roboam.

Deus julgou severamente a outras nações por suas más ações e atrocidades. Entretanto, também prometeu julgar ao Israel e ao Judá devido a que passaram por cima a Palavra revelada de Deus. As outras nações não a conheciam, mas Judá e Israel, o povo de Deus, sabia o que Deus queria. Mesmo assim continuaram ignorando-o, e se uniram às nações pagãs para adorar a seus ídolos.

2.6ss Deus condenou ao Israel por cinco pecados específicos: (1) vender aos pobres como escravos (vejam-se Dt 15:7-11; Am 8:6), (2) explorar aos pobres (vejam-se Ex 23:6; Dt 16:19), (3) participar de pervertidos pecados sexuais (veja-se Lv 20:11-12), (4) tomar garantias colaterais ilícitas para os empréstimos (vejam-se Ex 22:26-27; Dt 24:6, Dt 24:12-13), e (5) adorar falsos deuses (veja-se Ex 20:3-5).

2.6, 7 Amós falou com a classe alta. Não havia classe média na nação, solo os muito ricos e os muito pobres. Os ricos observavam os rituais religiosos. Davam dízimos extras, assistiam aos lugares de adoração e ofereciam sacrifícios. Entretanto, eram ambiciosos e injustos, e se aproveitavam dos indefesos. Assegure-se de não esquecer-se dos pobres enquanto que assiste com fidelidade à igreja e leva a cabo os rituais religiosos. Deus espera que vivamos por fé, e isso significa responder às necessidades dos menos afortunados.

2.9-11 Constantemente os profetas desafiavam ao povo para que recordasse o que Deus tinha feito! Quando lemos uma lista como esta, surpreende-nos a infidelidade do Israel. Mas, o que diriam os profetas de nós? A fidelidade anterior de Deus deveu haver recordado a quão israelitas deviam obedecê-lo; da mesma forma, o que Deus tem feito por nós deve nos recordar que devemos viver para O.

2:11 Os nazareos faziam votos para abster do vinho e se deixavam crescer o cabelo. Entretanto, em vez de respeitá-los por suas vidas disciplinadas e moderadas, respiravam-nos a romper seus votos. Se os nazareos caíam na corrupção, teriam muito pouca boa influência sobre os israelitas.

2:16 Aquele dia se refere ao dia em que Assíria atacaria o Israel, destruiria Samaria e se levaria a povo cativo (722 a.C.). Esta derrota militar ocorreu umas quantas décadas depois deste anúncio.

2:16 A televisão e o cinema estão cheios de imagens de gente que parece não temer a nada. Muitas pessoas na atualidade procuraram amoldar suas vidas segundo estas imagens, querem ser fortes e valentes a qualquer preço. Entretanto, Deus não se impressiona com nossa fortaleza. Até o mais forte ou valente dos homens correrá de medo quando chegar o castigo de Deus. Pode recordar pessoas que se consideram o suficientemente fortes ou valentes para viver sem Deus? Não permita que sua retórica de auto-suficiência o vibre. Tenha presente que Deus não teme a ninguém, e que algum dia todas as pessoas lhe temerão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
6. Moab (2: 1-3)

1 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque queimou os ossos do rei de Edom em Ct 2:1 Por isso porei fogo a Moabe, e ele consumirá os palácios de Kerioth; e Moabe morrerá com grande estrondo, com alarido, e com o som da trombeta; 3 e exterminarei o juiz do meio dele, e matarei todos os seus príncipes com ele, diz o Senhor.

Moab foi outro vizinho próximo de Israel, estando situado a leste do Mar Morto, entre Ammon para o norte e para o sul Edom. O pecado em particular apontada por Amos por sua dura repreensão foi a queima de os ossos do rei de Edom . Este desonrarem o cadáver de um rei estrangeiro foi uma ruptura violenta com a reverência normal, comprovada a tumba naqueles tempos antigos, e o único pecado repreendeu nesta série por Amos, que não dizem respeito a um crime contra Israel. No entanto, é possível que este incidente ocorreu por causa de uma aliança anterior de Edom com Israel (conforme 2Rs 3:1)

1. Judá (2: 4-5)

4 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Judá, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque rejeitaram a lei do Senhor, e não guardaram os seus estatutos, e suas mentiras causaram os enganou, depois que seus pais fez caminhada. 5 Por isso porei fogo a Judá, e ele consumirá os palácios de Jerusalém .

Muito antes do dia da psicologia moderna, Amos soube captar a sua audiência. Homem adora ouvir os pecados do seu próximo repreendeu, especialmente os de seus parentes que têm assumido anteriormente uma atitude "mais santo do que tu". E assim, o prazer foi adicionada para encantar como Amos virou de denunciar os pecados das terras dos gentios e começou a repreendê sua própria terra natal, o Reino do Sul de Judá.

Novamente Amos usa o refrão agora familiar, Por três transgressões ... sim, para quatro . Mas agora, uma vez que ele está lidando com o próprio povo de Jeová, e em preparação para o ataque ainda mais devastador que ele vai fazer em Israel, ele especifica três transgressões de Judá, em vez de apenas um, como tinha feito com os gentios: (1) eles têm rejeitaram a lei do Senhor, (2) que não guardaram os seus estatutos, e (3) as suas mentiras (ou seja, seus falsos deuses-conforme Jr 16:19) os fez errar . Devido a isso, o mesmo fogo que a guerra trouxe sobre as nações dos gentios será o castigo de Judá.

2. Israel (2: 6-16)

1. A acusação (2: 6-8)

6 Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Israel, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque vendem o justo por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos- 7 eles que pant após o pó da terra sobre a cabeça dos pobres, pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai irem à mesma moça, assim profanando o meu santo nome: 8 e eles deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas; e na casa de seu Deus bebem o vinho dos que foram multados.

Público Amos 'tinha sido tão feliz no início de sua mensagem, quando ele estava denunciando seus vizinhos, que poucos se qualquer observou como ele estava se movendo cada vez mais perto deles. Então, de repente ele caiu, e com uma veemência unapproached por que tinha ido antes. Por três ... sim, para quatro -a introdução familiarizado foi repetido novamente. Mas desta vez Amos não parou com especificando apenas um pecado, como fizera com os gentios, nem com três, como tinha feito com Judá.Ele acusou Israel com um total de sete atos de transgressão. Os quatro primeiros relacionado com aspectos econômicos e judiciais: (1) eles venderam o justo por dinheiro, (2) que venderam ... os necessitados por um par de sapatos, (3) que ... pant após o pó da terra na cabeça dos pobres, e (4) eles ... pervertem o caminho dos mansos. Os homens no poder em Israel eram gananciosos, agarrando depois de terra, vendendo para fora causas justas e pessoas humildes para depoimento e pagou subornos. Os restantes três acusações relacionadas com a área religiosa da vida: (5) um homem e seu pai entram à mesma moça, assim profanando o meu santo nome, (6) se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas, e (7) , na casa de seu Deus bebem o vinho dos que foram multados. Israel tinha se envolvido em prostituição templo, exercida por pagãos em honra de seus falsos deuses, mas exercida por Israel, mesmo em nome de Jeová. Este culto imoral desde prostitutas masculino e feminino nas próprio recinto do templo em Bethel em nome da religião. Eles haviam se multiplicado os seus altares, e com uma referência de volta para a sua ganância, deitou-se em seus bacanais por estes altares em peças de vestuário que tira dos pobres como garantia de suas dívidas em transgressão da lei (conforme Ex 22:25. ). E o próprio vinho que beberam diante do Senhor como um ato de adoração era o que tinham injustamente que tira dos pobres através de multas judiciais.

Através de todas as acusações que se sobrepõem e se entrelaçam, pode-se ver claramente a raiva Amos 'queimando em quatro pecados básicos de Israel: cobiça, desprezo pela justiça, a imoralidade sexual, e desrespeito para com nome e vontade de Deus. A coisa toda encontrou suas raízes na cobiça, que havia exaltado prazeres carnais como os objetos de culto e resultou em excessiva auto-indulgência.

b. As circunstâncias agravantes (2: 9-12)

9 Contudo eu destruí o amorreu diante deles, cuja altura era como a altura dos cedros, e que era forte como os carvalhos; mas destruí o seu fruto por cima, e as suas raízes por baixo. 10 Também vos fiz subir da terra do Egito, e levou 40 anos no deserto, para possuir a terra dos amorreus. 11 E eu levantei de seus filhos para profetas, e dos vossos jovens nazireus. Não é mesmo assim, ó filhos de Israel? diz o Senhor. 12 Mas vós aos nazireus destes vinho a beber, e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis.

Pecado é pecado, quem o comete. Mas o pecado torna-se ainda mais pecaminosa, ainda mais indesculpável, quando cometidos por aqueles a quem Deus concedeu medidas incomuns de luz e bênção. Assim foi com Israel, libertados do Egito, liderado no deserto, dada a terra de um povo muito mais poderoso do que eles, visitado por profetas e nazireus. Mas Israel voltaram sua luz para as trevas, profanando o Nazirites e silenciando os profetas.

c. O Julgamento (2: 13-16)

13 Eis que eu pressione você em seu lugar, como um carrinho presseth que é cheio de feixes. 14 E voo perecerão da rápida; nem o forte deve reforçar a sua força; nem o poderoso livrará; 15 não ficará em pé o que maneja o arco; e ele o ligeiro de pés se entregar a si mesmo ; nem aquele que cavalga o cavalo livrará, 16 e aquele que é corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia, diz o Senhor.

Era absolutamente impossível para pecaminoso Israel para escapar da punição divina. Jeová pressioná-los em seu lugar como um carrinho cheio de feixes pressiona o chão debaixo dele. E assim como Israel era culpado de sete actos especificados da transgressão, para que houvesse sete actos especificados de retribuição: (1) voo perecerão da swift, (2) a forte não deve reforçar a sua força, (3) nem o poderoso livrará, (4) não ficará em pé o que maneja o arco, (5) que o ligeiro de pé não deve entregar-se, (6)nem o que cavalga o cavalo deverá entregar-se, (7) aquele que é corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia. Tudo em que os homens normalmente colocam sua confiança em que o dia seria de nenhum proveito vôo, força, poder, o arco, a rapidez, a cavalo, de coragem. Presente curso de Israel já estava destruindo seus recursos. Castigo divino iria completar a destruição.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2.1 Algo desta luta se descreve em 2Rs 3:5-12. As rivalidades se desenvolveram a tal ponto que, não havendo possibilidade de conseguir prender ou matar o rei inimigo, abriu-se o túmulo de um rei morto, para o ultrajar profanando seus ossos.

2.2 Queriote. Capital de Moabe e centro do culto a Camos.

2.4 Judá. Os pecados nacionais dos povos vizinhos foram denunciados por Amós neste grande discurso público feito em Betel; agora chega a vez da nação gêmea, antes de se tratar da própria nação de Israel, dos próprios ouvintes de Amós que até então estavam gostando da mensagem. Este discurso introdutório (1:1-2,16) abriu o caminho à verdadeira mensagem de Amós: o apelo à nação do norte.

2.5 Jerusalém. A história subseqüente de Jerusalém contém uma série de invasões: cercada por Senaqueribe em 710 a.C., dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

2.8 Roupas. As roupas dos pobres eram peças quadradas de tecido, que serviam como cobertas, à noite. Aqui, os credores estão exigindo até as vestimentas necessárias para a sobrevivência, em penhor pela dívida. Segundo a lei, as roupas deveriam ser restituídas ao seu dono antes do pôr-do-sol (Êx 22:26). Vinho dos que foram multados. O dinheiro injustamente recolhido dos pobres gastava-se na compra de vinho para as festas imorais.

2.9 O amorreu. Uma tribo de Canaã, talvez a mais adiantada, simbolizando aqui todos os tipos de habitantes originais de Canaã, cuja pujança era semelhante à das árvores que cresciam na sua terra.

2.13 A linguagem de Amós é a linguagem do pastor e do fazendeiro; Amós demonstra que Deus chama todo e qualquer tipo de homem para cumprir sua tarefa.
2.15 Sem harmonia com a vontade de Deus, nenhuma escapatória terá êxito.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16

6) Os pecados de Moabe (2:1-3)
A terra de Moabe estava situada a leste do mar Morto, e a fronteira com Israel não era fixa, embora o rio Arnom fosse geralmente considerado o limite. O ponto de interesse na condenação de Moabe é que o crime não tinha nada que ver com Israel. Moabe é condenado porque ele queimou até reduzir a cinzas os ossos do rei de Edom (v. 1). As circunstâncias históricas exatas desse ato não podem ser determinadas, e a natureza do crime também é um tanto obscura. E provável, no entanto, que os moabitas tenham profanado um túmulo real em Edom (v. 2Rs 23:16). Roubo e profanação de túmulos eram crimes especialmente desprezíveis, pois se dava muita importância ao descanso de um morto no lugar de sepultamento da família. Os moabitas, por outro lado, podem ter capturado um rei edomita e, depois de o terem morto, queimaram o seu corpo até que os seus ossos estivessem calcinados. Isso parece ter sido um tratamento reservado somente a criminosos na cultura da época (observe Gn 38:24; Lv 20.14; 21:9).

Mais uma vez, o castigo a ser retribuído a eles é o desastre militar completo (v. 2) e a retirada de todo o poder e autoridade (v. 3). E interessante observar que a segunda parte do v. 2 é composta de palavras fortes, extraídas do vocabulário da batalha, e ela evoca todo tumulto e barulho de um exército no meio de um ataque, incluindo os gritos de guerra. A trombeta (sõphãr) era o chifre de carneiro usado para tocar o alarme ou anunciar o ataque. O governante de Moabe e os líderes do povo vão ser exterminados (v. 3). Amós usa a palavra governador (sõphet) aqui, em vez de rei. A palavra talvez seja somente um sinônimo de rei nesse contexto, mas normalmente parece ter sido reservada para líderes civis de posição inferior, como os juízes da confederação israelita, cuja tarefa era garantir a justiça e resolver disputas judiciais. E possível que o uso do termo indique que Moabe tenha pago tributos a outro Estado nessa época, talvez até mesmo a Israel (observe o comentário vago de 2Rs 14:25).

A importância real dessa seção está no fato de que Amós sinaliza a Israel que o seu Deus é o Deus de toda a terra, aquele que estava profundamente interessado em todos os povos e castiga o pecado, não importa onde ocorra. Ele estava interessado, portanto, não somente em Israel e nos que o importunavam, mas também nos relacionamentos entre todos os Estados e nações. As leis de conduta que haviam sido reveladas a Israel eram válidas além de todos os limites internacionais. Javé não era simplesmente um Deus tutelar, interessado somente no seu próprio povo, mas era o Deus que exigia justiça e eqüi-dade entre as nações, pois o seu governo estendia-se a todos os homens, e em todas as circunstâncias.

7) Os pecados de Judá (2.4,5)
Esse oráculo leva a atenção da periferia para o centro geográfico. O círculo de oráculos deu a volta por todas as nações vizinhas, faltando agora somente Judá e Israel no centro. O pecado de Judá (v. 4) não é tão específico ou concreto como as acusações em outros oráculos nessa série. A acusação dirigida contra Judá é a de desobediência e apostasia em geral; a rejeição proposital das exigências de Javé para a sua vida nacional e individual. Os versículos destacam o conceito bíblico do pecado como o estado de rebelião ativa contra Deus demonstrada no fato de que rejeitaram a lei do Senhor, ou seja, a revelação da sua vontade. O fato de Judá ter negligenciado os seus decretos — os mandamentos específicos de Javé — ocorreu apesar da evidente recuperação da adoração genuína sob a liderança de Uzias. Fica claro que houve somente uma restauração dos aspectos exteriores da adoração, confirmada na expressão porque se deixou enganar por deuses falsos (supostamente o culto a Baal), que ainda eram adorados pelo povo como havia ocorrido no passado. Um grande número de estudiosos tem considerado possível a hipótese de que essa acusação particular está fora de sintonia com os outros oráculos da série e representa um acréscimo inserido na profecia por editores posteriores. A genuinidade dessas palavras é defendida de forma convincente por Hammershaimb (p. 45-6).


8) Os pecados de Israel (2:6-16)
Amós agora deu a volta completa e chegou ao verdadeiro público a quem a sua mensagem foi principalmente dirigida. As diversas nações à volta de Israel foram consideradas. Ao fazer isso, ele preparou a sua acusação final contra o próprio povo de Israel. A concordância silenciosa dos seus ouvintes com as declarações de juízo anteriores foi na verdade uma autocondenação; ao condenar os outros, estavam se condenando a Sl mesmos. Amós inicia a sua condenação da nação com uma lista dos pecados do povo. O oráculo contra Israel é muito mais longo e complexo, tanto na estrutura quanto no estilo, do que os oráculos anteriores contra as nações vizinhas. Isso era de esperar, visto que a acusação é uma lista ampliada dos pecados de Israel. O anúncio do castigo propriamente dito só começa no v. 13, em que a exclamação Agora, então introduz a proclamação do castigo de Deus sobre a nação.

A acusação começa com uma referência à escravidão (v. 6) e um comentário mordaz ao estado dos tribunais de justiça, que já não ministravam a justiça imparcial. A situação imaginada no v. 6 pode ser a da venda de um devedor insolvente para pagar as suas dívidas acumuladas (observe Lv 25:39; 2Rs 4:1Ne 5:5). Numa terra em que a seca era algo comum, e a ferrugem e os gafanhotos causavam destruições freqüentes, um empréstimo de proporções maiores era com freqüência a única forma de se manter ativa a agricultura familiar. Uma vez com dívidas, no entanto, não era tarefa fácil sair dessa situação; os juros eram exorbitantes, e muitos israelitas eram forçados a se vender como escravos para poder pagar as dívidas acumuladas. O termo traduzido por prata significa simplesmente dinheiro, possivelmente uma quantia insignificante. A expressão paralela um par de sandálias pode ser uma expressão idiomática que denominava a transferência regular de terras, sendo uma referência ao fato de que o homem era vendido ou por dinheiro ou pela terra. Por outro lado, as expressões podem significar nada mais do que o fato de que os juízes em Israel eram influenciados por subornos irrisórios.

O que está claro, com base nas acusações, é que os processos legais não estavam ajudando em nada o justo (saddiq). A palavra aqui não significa o que é moralmente correto, mas indica a parte inocente numa causa judicial, o homem que a corte deveria ter vindicado. As cortes judiciais eram perversas, e os ricos e influentes conseguiam dominá-las. O resultado era que a injustiça social predominava. Negava-se a justiça ao oprimido (v. 7) porque os pobres eram explorados, e não ajudados. A expressão Pisam a cabeça dos necessitados como pisam o pó da terra provavelmente é figurada e significa que os direitos dos pobres eram pisados (conforme Is 3:15).

Há duas possibilidades de interpretação da situação no v. 7b em que Pai e filho possuem a mesma mulher. Poderia ser uma referência à prostituição cultual, que era uma prática regular na adoração dos cultos de fertilidade no mundo antigo. Está claro, com base em outros escritos proféticos, que Israel havia adotado a prática junto com outros aspectos da religião cananéia local. Por outro lado, alguns sugerem que a mulher era uma escrava que era usada como concubina tanto pelo pai quanto pelo filho, o que era expressamente proibido em Êx 21:8 (v. tb. Dt 22:30). O destaque que se dá ao pai e ao filho ressalta a promiscuidade ligada a essa situação. No entanto, em vista da relação dessas afirmações com o v. 8 que está claramente num contexto cultual, e do fato de que o verbo traduzido por possuem não é o verbo comumente usado para se referir a relações sexuais, parece preferível considerar a acusação em associação com a prática da prostituição cultual na terra de Israel, por meio da qual os israelitas profanam o meu santo nome. O v. 8 continua a destacar o fato de que a religião de Israel havia se divorciado totalmente da moralidade e de qualquer idéia de comportamento ético prático. Esse divórcio entre religião e moralidade tinha resultado na corrupção geral da sociedade.

v. 8. roupas tomadas como penhor, uma referência ao procedimento-padrão de se garantir um empréstimo. O devedor deixava a sua capa com aquele que lhe concedia o empréstimo como garantia pela dívida. No entanto, Ex 22:26 estabelece que essa vestimenta dada em garantia tinha de ser devolvida ao devedor antes do pôr-do-sol, pois era sua proteção e servia de cobertor à noite. Amós indica assim que essas limitações legais estavam sendo totalmente desconsideradas. A adoração havia se tornado uma desculpa para a indulgência em diversas orgias; o vinho que era bebido era pago com dinheiro vindo de taxas pagas no tribunal, e as capas em que se espreguiçavam eram artigos penhorados confiscados. Esse tipo de comportamento inevitavelmente teria efeitos sérios sobre a nação. Os pobres estavam sofrendo debaixo do poder dos ricos, que conseguiam usar o tribunal para tirar vantagens dele como ferramenta de exploração. As instituições sociais estavam sendo continuamente violadas, e a justiça tinha sido descartada pela voracidade, materialismo e ganância.

Os v. 9-12 destacam o fato de que o comportamento de Israel era ainda mais abominável em vista dos atos poderosos que Deus havia realizado pela salvação deles. A ordem dos tópicos talvez surpreenda, pois a conquista (v. 9) vem antes da referência ao êxodo e à peregrinação no deserto (v. 10). “Essa ordem incomum tem a sua própria lógica; ela ressalta que a existência de Israel na terra dos amorreus é resultado da obra de Javé” (J. L. Mays). O foco da atenção está no imenso poder de Deus e aponta para “o contraste gritante entre os atos de bondade de Javé para com o povo e a pecaminosidade com a qual de forma tão vergonhosa eles têm retribuído à bondade dele” (Hammershaimb). v. 9. os amorreus: usado com referência aos diversos grupos cananeus, e não à tribo específica com esse nome. Uma série de grupos tribais ori-ginariamente de Canaã. Eram descritos como de estatura e força gigantescas, daí a referência a cedro e carvalho (Nu 13 22:4; Dt 2:10Dt 2:20). É importante ressaltar que os amorreus foram distinguidos como estando entre os piores ofensores em relação às práticas religiosas de Canaã. Os diversos cultos de fertilidade são agrupados sob o simples título “a maldade dos amorreus” (Gn 15:16), e isso leva a uma proeminência ainda maior o fato de Israel ter desprezado Javé e seus caminhos, visto que agora estavam deslizando para as práticas ímpias das mesmas nações que o poder de Javé tinha expulso de diante deles.

A ação de Javé, no entanto, nãõ estava limitada ao êxodo e à conquista, mas continuou entre o seu povo. Foi vista no preparo e chamado de profetas e nazireus, i.e., “consagrados” (v. 11), cuja obra é uma manifestação contínua do poder e da presença de Deus. Israel, no entanto, havia ignorado a presença de Deus entre eles e zombado dos servos dele. O nazireu asceta havia sido forçado a quebrar os seus votos e a beber vinho (Nu 6:1

3); os profetas haviam sido intimidados, e assim não ousavam falar (v. 12). Deus não havia deixado o seu povo sem testemunhas da sua obra e da sua palavra, mas Israel havia rejeitado Deus, rejeitado os ideais dele entre os nazireus e suprimido a verdade dos profetas. Surpreende pouco o fato de que, nessa situação, o Deus do poder e da força, que uma vez havia esmagado os amorreus para o bem do seu povo, era agora o Deus que tornaria a história da salvação em história de juízo.
Assim, Amós prossegue e faz uma declaração de juízo, que ocupa os v. 13-16, descrito em mais detalhes do que nos oráculos anteriores. O justo juízo divino iria vindicar Deus e sua justiça, e ao fazer isso a nação seria esmagada como feixes de trigo na eira de malhar cereais. O texto do v. 13 é difícil, visto que o verbo ocorre só aqui no ATOS e é de significado incerto. A RSV sugere que o efeito sobre a nação é como se ela fosse esmagada debaixo da pesada carroça [...] carregada de trigo, mas isso está baseado num aramaísmo que seria improvável na época de Amós. Por outro lado, o verbo pode significar “retalhar”, e a idéia então seria que a nação seria cortada assim como a carroça de malhar retalhava a palha (melhor do que trigo) na eira. Seja qual for o significado dado ao verbo, está claro que o efeito final da ação de Deus seria catastrófico para a nação. O poderio militar ostentado por Israel não valeria nada no dia da revelação da ira e do castigo de Deus. Ninguém escaparia (v. 14-16). Não importaria quão ágeis eles fossem, quão valentes ou fortes, aliás o mais valente entre eles tiraria as roupas para facilitar a fuga (v. 16). A nuvem tempestuosa da Assíria passaria sobre a terra, e não haveria ninguém que pudesse se opor a ela.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3

B. Acusação das Nações Vizinhas. 1:3 - 2:3. Amós foi um profeta de Israel, mas ele deu início à sua pregação com o aviso de que o juízo estava para se desencadear sobre as nações vizinhas. Deste modo ele foi capaz de mostrar que, desde que as outras nações iam ser castigadas, Israel também não poderia escapar. Tendo ela pregado a verdade através dos profetas do Senhor, sua condenação era maior que a das nações que não possuíam esta verdade.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 3
f) Moabe (Am 2:1-3)

Se os amonitas eram culpados do crime de declarar guerra contra as crianças ainda não nascidas, os moabitas eram culpados do crime de declarar guerra contra um cadáver (1). O crime de Moabe foi contra o figadal inimigo de Israel, os edomitas; não obstante, o profeta condena-o por ter sido um crime vergonhoso contra a humanidade. A profanação do corpo era um grande sacrilégio aos olhos do mundo antigo. A alma (nephesh), no pensamento semítico, estava tão identificada com o corpo que queimar este era o mesmo que destruir aquela. A conseqüência seria que o fogo (guerra) ... consumirá os palácios de Queriote (lit., "das cidades"). Tem sido sugerido que Queriote, a capital de Moabe, talvez tenha consistido de diversas vilas absorvidas, como Londres, o que explica seu nome estar no plural, no original. Moabe pereceria em meio a tumulto, em meio ao ruído e fragor da batalha, e seu juiz, ou governante, provavelmente um rei vassalo nomeado por Jeroboão, juntamente com seus príncipes e nobres, igualmente pereceria.


Dicionário

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Juiz

substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
[Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
[Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

Provém do latim judex, duas palavras unidas numa só: ius (o correto) + dex (relacionado com dizer), ou seja, o juiz é aquele que diz o que é justo e o que é certo. Quando é a favor do nosso time, claro...

Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4:29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29:10Js 23:2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7:2-10Js 22:14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18:14-26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1:15-16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11:24-25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio.) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27:18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2:12-15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18:15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1:17-18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16:18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2:14Jz 8:14Ed 10:829:9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8:14-15). (*veja Boaz, Rute.) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17:12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7:25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância.

Juiz
1) Pessoa que tem o poder de julgar causas, dando sentenças (Ex 18:13-26; Sl 82).


2) Líder militar, libertador e governador das tribos do povo de Israel. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul como rei, o povo de Israel foi governado por estes juízes: OTNIEL, EÚDE, SANGAR, DÉBORA, BARAQUE, GIDEÃO, ABIMELEQUE, TOLA, JAIR, JEFTÉ, IBSÃ, ELOM, ABDOM, SANSÃO, ELI e SAMUEL.


Matar

verbo transitivo direto e intransitivo Assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar.
verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se.
verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação.
Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento.
Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva.
Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos.
Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome.
[Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira.
[Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito.
verbo transitivo direto e intransitivo Afligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar.
Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata.
verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais.
Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável.
verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só.
Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.

de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.

Meio

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
כָּרַת שָׁפַט קֶרֶב שַׂר הָרַג אָמַר יְהוָה
Amós 2: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

EliminareiH3772 כָּרַתH3772 H8689 o juizH8199 שָׁפַטH8199 H8802 do meioH7130 קֶרֶבH7130 dele e a todos os seus príncipesH8269 שַׂרH8269 com ele matareiH2026 הָרַגH2026 H8799, dizH559 אָמַרH559 H8804 o SENHORH3068 יְהוָהH3068.
Amós 2: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

766 a.C.
H2026
hârag
הָרַג
matar, executar, assassinar, destruir, assassino, matador, fora de controle
(and slew him)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3772
kârath
כָּרַת
cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
(be cut off)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H7130
qereb
קֶרֶב
meio, entre, entranha, centro
(in herself)
Substantivo
H8199
shâphaṭ
שָׁפַט
julgar, governar, vindicar, punir
(judge)
Verbo
H8269
sar
שַׂר
Os princípes
(The princes)
Substantivo


הָרַג


(H2026)
hârag (haw-rag')

02026 הרג harag

uma raiz primitiva; DITAT - 514; v

  1. matar, executar, assassinar, destruir, assassino, matador, fora de controle
    1. (Qal)
      1. matar, executar
      2. destruir, arruinar
    2. (Nifal) ser morto
    3. (Pual) ser morto, ser executado

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כָּרַת


(H3772)
kârath (kaw-rath')

03772 כרת karath

uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

  1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
    1. (Qal)
      1. cortar fora
        1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
      2. derrubar
      3. talhar
      4. entrar em ou fazer uma aliança
    2. (Nifal)
      1. ser cortado fora
      2. ser derrubado
      3. ser mastigado
      4. ser cortado fora, reprovar
    3. (Pual)
      1. ser cortado
      2. ser derrubado
    4. (Hifil)
      1. cortar fora
      2. cortar fora, destruir
      3. derrubar, destruir
      4. remover
      5. deixar perecer
    5. (Hofal) ser cortado

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

קֶרֶב


(H7130)
qereb (keh'-reb)

07130 קרב qereb

procedente de 7126; DITAT - 2066a; n. m.

  1. meio, entre, entranha, centro
    1. parte interna
      1. sentido físico
      2. como sede do pensamento e da emoção
      3. como faculdade do pensamento e da emoção
    2. no meio, entre, dentre (um grupo de pessoas)
    3. entranhas (de animais sacrificados)

שָׁפַט


(H8199)
shâphaṭ (shaw-fat')

08199 שפט shaphat

uma raiz primitiva; DITAT - 2443; v.

  1. julgar, governar, vindicar, punir
    1. (Qal)
      1. agir como legislador ou juiz ou governador (referindo-se a Deus, homem)
        1. administrar, governar, julgar
      2. decidir controvérsia (referindo-se a Deus, homem)
      3. executar juízo
        1. discriminando (referindo-se ao homem)
        2. vindicando
        3. condenando e punindo
        4. no advento teofânico para juízo final
    2. (Nifal)
      1. entrar em controvérsia, pleitear, manter controvérsia
      2. ser julgado
    3. (Poel) juiz, oponente em juízo (particípio)

שַׂר


(H8269)
sar (sar)

08269 שר sar

procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

  1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
    1. comandante, chefe
    2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
    3. capitão, general, comandante (militar)
    4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
    5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
    6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
    7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
    8. anjo protetor
    9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
    10. diretor