Enciclopédia de Amós 3:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 3: 8

Versão Versículo
ARA Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?
ARC Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Jeová, quem não profetizará?
TB Rugiu o leão, quem não terá medo? Falou o Senhor Jeová, quem não profetizará?
HSB אַרְיֵ֥ה שָׁאָ֖ג מִ֣י לֹ֣א יִירָ֑א אֲדֹנָ֤י יְהוִה֙ דִּבֶּ֔ר מִ֖י לֹ֥א יִנָּבֵֽא׃
BKJ Rugiu o leão, quem não temerá? O Senhor DEUS falou, quem não profetizará?
LTT Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor DEUS, quem não profetizará?
BJ2 Um leão rugiu: quem não temerá? O Senhor Iahweh falou: quem não profetizará?
VULG Leo rugiet, quis non timebit ? Dominus Deus locutus est, quis non prophetabit ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 3:8

Jó 32:18 Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange.
Jeremias 20:9 Então, disse eu: Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso.
Amós 1:2 E disse: O Senhor bramará de Sião e de Jerusalém dará a sua voz; nas habitações dos pastores haverá pranto, e secar-se-á o cume do Carmelo.
Amós 2:12 Mas vós aos nazireus destes vinho a beber e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis.
Amós 3:4 Bramirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no covil a sua voz, se nada tiver apanhado?
Amós 7:12 Depois, Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza;
Jonas 1:1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Jonas 3:1 E veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo:
Atos 4:20 porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.
Atos 5:20 Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida.
Atos 5:29 Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
I Coríntios 9:16 Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!
Apocalipse 5:5 E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO II

SERMÕES SOBRE O FUTURO JULGAMENTO DE ISRAEL

Amós 3:1-6.14

Na segunda seção da profecia, Amós particulariza as acusações apresentadas nos primeiros dois capítulos e enfatiza a finalidade com que fala sobre o julgamento vindou-ro. Os sermões começam com esta expressão: Ouvi esta palavra (3.1; cf. 4.1; 5.1), o que identifica a autoridade do profeta e a fonte de suas declarações.

A. A RELAÇÃO DE ISRAEL COM DEUS, 3:1-8

Amós lembra a ocasião em que Deus libertou Israel da terra do Egito (1). A figura da noiva não é usada aqui da maneira como é empregada em Oséias. Contudo, é possível que o profeta tivesse em mente a mesma comparação quando usou a expressão: De to-das as famílias da terra a vós somente conheci' (2). A razão para a escolha de Deus em estabelecer sua peculiar relação com Israel por "amor-eleição" (ver Introdução de O Livro de Oséias) é tão inescrutável quanto a escolha de uma noiva.'

1. A Eleição (3.1,2)

Ao considerar que os filhos de Israel foram especialmente escolhidos, eles têm uma responsabilidade especial. O julgamento de Deus tem de ser mais severo sobre o seu povo por causa da eleição (cf. 2 Cron 36.16; Is 1:2-4). Ouvi esta palavra que o SENHOR fala contra vós, filhos de Israel (1).

É a relação descrita no versículo 2 que separa Israel para um papel especial entre as famílias da terra e também para uma responsabilidade específica. O pecado de Israel não exige transigência da parte de Jeová por causa dessa relação de concerto, mas julga-mento de todas as suas injustiças.

2. A Autoridade do Profeta (3:3-8)

Apesar da eleição dos israelitas, eles são rebeldes e arrogantes. A nação não ouvirá o profeta (cf. Am 2:4-7:10-13). Amós estabeleceu seu direito e dever de profetizar mediante uma série de símiles retirados da própria vida.'

Os versículos 3:6 ilustram a relação causal entre as declarações do profeta e sua fonte em Deus. Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? (3) não sugere a relação entre Jeová e seu povo, mas entre Deus e seu profeta, que foi enviado a Samaria e Betel para declarar o julgamento contra a nação escolhida.

O leão (4) é Jeová (cf. Am 1:2; Joel 3:16), que não ruge sem causa.'

Cairá a ave no laço em terra, se não houver laço para ela? (5). O laço (moquesh) é uma rede com uma vara para lançamento que só é acionada quando a caça se coloca no lugar pretendido. 5O castigo é tão merecido quanto certo. Como em Joel, o pecador ar-mou a própria armadilha.

Amós continua no versículo 6 com o mesmo argumento causal. Tocar-se-á a buzi-na na cidade, e o povo não estremecerá? (6). No seu clímax, o profeta compara o iminente julgamento de Deus com o toque da buzina (ou "trombeta", ARA). É um aviso sobre o inimigo que se aproxima e resulta em ansiedade e medo para o povo. O julga-mento é de Jeová que usa o inimigo como instrumento de destruição. Assim, o SE-NHOR... o terá feito. Os símiles nos versículos 1:6 são nitidamente elucidados nos versículos 7:8, onde o pensamento é explicado. Jeová executa seus propósitos de jul-gamento somente depois de avisar seu povo por meio de seus profetas. "Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas" (7, ARA).

Amós defende sua chamada. Ele tem o direito de representar Deus nos julgamen-tos divinos. Bramiu o leão... falou o Senhor JEOVÁ (8). Amós nada pode fazer, exceto profetizar.

B. A PECAMINOSIDADE DE SANARIA, 3:9-4.3

Agora que foram assentadas as fundações para as declarações autorizadas, Amós passa a revelar o que o Senhor determinou fazer com a nação pecadora.

  1. O Pecado da Opressão (3.9,10

Os versículos 9:10 são uma convocação a Asdode (9; a LXX diz Assíria) e ao Egito para que se reúnam e vejam os opressores em Samaria a fim de que, assim, testemu-nhem contra o povo de Deus. Mais uma vez Jeová usa nações estrangeiras como instru-mento de julgamento. São os habitantes do palácio que julgariam com justiça os pecados dentro dos palácios (10) de Samaria. O versículo 10 transmite compaixão e condenação: Eles não sabem fazer o que é reto. O povo de Israel perdeu todo senso de realidade moral, honestidade e integridade.

  1. A Destruição Vindoura (3.11,12)

Um inimigo surgirá, e cercará a tua terra (11), ou seja, o ataque virá de todos os lados. Ele possuirá a terra ao saquear os palácios ("fortalezas", NTLH; NVI; cf. ARA; BV; ECA) e derrubará (lançará abaixo) o esplendor de Samaria. Assim, os inimi-gos, ao atacarem os morros que circundam a cidade, destruirão suas fortificações e seus belos edifícios.

O profeta conclui com um símile em resposta a uma pergunta presumida: A destrui-ção será total? Ninguém escapará? Amós responde com ironia: "Sim, poucos escaparão!" Será como o pastor (12) que recupera duas pernas ou UM pedacinho da orelha (tíbia e o lóbulo da orelha). A última metade do versículo 12 é outra ilustração da mesma verdade. Quando os filhos de Israel forem levados em cativeiro eles terão deixado ape-nas o canto da liteira. O marfim e o tecido fino vinham de Damasco. Veja como Smith-Goodspeed traduz a figura: "Um canto do leito e uma perna da cama" (cf. ARA). Samaria será totalmente destruída!

  1. O Destino de Betel (3:13-15)

A palavra: ouvi (13), coerente com o versículo 9, é dirigida aos pagãos que protesta-rão contra a casa de Jacó (a totalidade de Israel) e aprenderão a lição com a destrui-ção de Samaria. O nome o Senhor JEOVÁ, o Deus dos Exércitos, é para fortalecer a declaração de que Jeová é o Deus de todos os povos e tem os recursos suficientes e ade-quados para executar suas ameaças.

O castigo é estendido aos altares de Betel (14), o lugar da idolatria. A destruição incluirá os chifres do altar, ou seja, o lugar de refúgio, além das casas (15) luxuosas do rei e da nobreza. Os chifres do altar eram projeções dos cantos do altar, algo semelhan-te aos chifres do boi. Possuíam santidade especial como lugar de refúgio (I Reis 2:28). O cumprimento da profecia ocorreu quando Salmaneser tomou Samaria (II Reis 17:5-6).

O capítulo 3 oferece pelo menos "três grandes entendimentos espirituais":

1) Privilé-gio pessoal significa maior responsabilidade, 1,2;

2) Deus não reprova ou convence os homens sem causa, 3-8;

3) Infidelidade a Deus ocasiona julgamento divino, 13-15.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Amós Capítulo 3 versículo 8
Nesta série de expressões (traduzidas como perguntas retóricas), são sempre apresentados dois fatos unidos por uma relação de causa e efeito:
um desses fatos é evidente e pode ser percebido; o outro não se pode observar diretamente, mas deve ser deduzido como causa e explicação do primeiro. A série tem sua culminância no v. Am 3:8, mostrando que também existe uma relação causal entre a mensagem do autêntico profeta e a voz de Deus que por meio dele se faz ouvir. Conforme Jr 20:7-18; 1Co 9:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
*

3.1-15

Deus aciona um processo contra Israel através de seu servo, Amós.

* 3:1

Ouvi a palavra. Esse mandamento solene ocorre de novo em 4.1 e 5.1, e reflete mandamentos para ouvir e obedecer o Senhor, existentes nos documentos do pacto original (Dt 4:1; 5:1; 6:3). Ele também ocorre regularmente nas ações judiciais da Aliança (Jr 2:4; Os 4:1).

* 3:2

somente a vós outros vos escolhi. Em adição ao conhecimento (Gn 4:9), a palavra hebraica para "escolhi" tem uma vasta gama de significados, incluindo o sentido de relações sexuais (Gn 4:1). Aqui o termo denota a escolha soberana da parte de Deus, ou eleição de Israel como o objeto de seu cuidado amoroso (Gn 18:19; conforme Dt 7:7,8).

portanto. As graças do pacto do Senhor incluem a punição pelos pecados, precisamente por que ele ama o seu povo demais para permitir que o pecado passe sem disciplina (Pv 3:11,12).

* 3.3-6

Amós apresenta uma série de questões para as quais a resposta, em cada caso, é perfeitamente clara. O propósito dessas perguntas é enfatizar que a mensagem de Amós vem da parte de Deus.

* 3:3

Andarão. "Andar junto" com alguém, neste caso, significa concordar com o destino e rota. Implicitamente, o profeta "anda" com o Senhor.

* 3:4

Rugirá. Sendo um caçador silencioso, o leão ruge somente depois que a sorte de sua presa está selada. Assim como há uma razão para o rugido do leão, assim também deve haver uma causa por detrás das declarações do profeta.

* 3:5

armadilha. Ver a referência lateral. Nenhuma ave seria apanhada em uma arapuca sem qualquer isca.

* 3:6

trombeta. Ver nota em 2.2. No mundo antigo, o cerco de uma cidade era uma possibilidade terrível, pois freqüentemente resultava em inanição da população, seguidas de todos os horrores da conquista: estupros, pilhagem, assassinato e incêndios.

mal. O Antigo Testamento ensina que o Senhor é o Criador da paz e da calamidade (Is 45:7). Isso não quer dizer que Deus seja o autor do mal, mas antes, que, soberanamente, ele envia desastres ou adversidades sobre os indivíduos e nações, como uma justa punição. As maldições proferidas em Gn 3:14-19 mostram que o Senhor é quem envia tais punições.

* 3:7

O SENHOR... não fará coisa alguma, sem primeiro revelar. O Senhor que age dessa maneira também revela-se e interpreta seus atos aos profetas e através deles. Deus revelou os seus planos acerca de Sodoma e Gomorra a Abraão, o primeiro "profeta" designado assim nas Escrituras (Gn 18:17 e 20.7).

seus servos, os profetas. Moisés, o supremo profeta do Antigo Testamento foi chamado de "servo do SENHOR" (Dt 34:5). Profetas subsequentes foram caracterizados pela frase similar: "Meus servos, os profetas" (Jr 7:25; Ez 38:17; conforme Dn 9:10).

* 3:8

quem não profetizará? Da mesma maneira que o rugido do leão evoca o medo, assim também a voz do Senhor compelia os profetas a proclamarem a sua palavra (Dt 18:18; conforme 1Co 9:16).

* 3:9

Fazei ouvir isto. Este mandato está no plural, e, aparentemente, é dirigido aos servos do Senhor, os profetas.

Asdode... Egito. Poeticamente, Amós convocou a nobreza pagã para considerar a injustiça que reinava em Samaria. Israel (o reino do norte) deveria ser mais justo, e não menos, que seus vizinhos pagãos; e é irônico que estes pagãos fossem chamados como testemunhas da má conduta de Israel.

os montes de Samaria. A cidade de Samaria estava cercada por montes, de onde os espectadores são solicitados a contemplá-la.

tumultos. Ou "perturbações" conforme a palavra foi traduzida em 2Cr 15:5. Tais condições eram resultantes do pecado, e eram o contrário de "paz" (no hebraico, shalom).

* 3:10

a violência e a devastação. Os bens mal adquiridos com seu comportamento violento e destrutivo. Os ricos haviam saqueado e pilhado os pobres.

* 3:11

inimigo. A Assíria. O pensamento contido neste versículo reflete a substância da maldição do pacto pela desobediência (Dt 28:52).

* 3:12

o pastor livra... um pedacinho. De acordo com as leis antigas, os pastores deveriam demonstrar sua diligência ao resgatar uma porção de uma ovelha, apanhada por alguma besta fera (conforme Gn 31:39 e nota). A ovelha de Israel só será salva em uma condição mutilada — de fato, a nação seria destruída.

parte do leito. Os ricos reclinavam-se preguiçosamente em divãs baixos (como os romanos faziam mais tarde em seus banquetes), desfrutando do luxo que extorquiam dos pobres (6.4).

* 3:13

Ouvi e protestai. O mandamento aqui (no plural) pode ter sido dirigido aos pagãos que tinham sido convocados como testemunhas, ou aos mensageiros do Senhor, que receberam ordens de convocar as testemunhas pagãs (v. 9 nota).

* 3:14

No dia... por causa das suas transgressões. O fraseado aqui usado nos faz relembrar os documentos originais da Aliança (Êx 32:34).

altares de Betel. Jeroboão I tinha feito um bezerro de ouro para Israel adorar em Betel, no norte, como alternativa para desestimular a adoração em Jerusalém no sul, e tinha instalado ali um altar (1Rs 12:25-33). Tanto o altar quanto o santuário foram mais tarde destruídos por Josias (2Rs 23:15).

pontas do altar. Um fugitivo podia abrigar-se no templo segurando os chifres do altar (1Rs 1:49-51), embora esse privilégio nem sempre tenha sido observado (1Rs 2:28-35). Até esse último recurso para um Israel pecaminoso seria cortado.

* 3:15

a casa de inverno... a casa de verão. A possessão tanto de uma casa de inverno quanto de uma casa de verão era um grande luxo, que somente os reis ou os muito ricos podiam sustentar. O Senhor destruiria essas casas múltiplas e mansões decoradas. A Assíria, o instrumento de julgamento de Deus (Is 10:5,6), era hábil em tal destruição e saque, como as vastas riquezas de Nínive testificam amplamente (Na 2.9).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
3:2 Deus escolheu ao Israel para que fora o povo por meio do qual outras nações do mundo o conheceriam o. Fez esta promessa ao Abraão, pai dos israelitas (Gn 12:1, Gn 12:3). Israel não teve que fazer nada para que fora o escolhido; Deus lhe deu este privilégio especial porque assim queria fazê-lo, não porque se merecessem um trato especial (Dt 9:4-6). A soberba por sua posição privilegiada, entretanto, endureceu o coração do Israel para cumprir com a vontade de Deus e com o compromisso para outros.

3.3-6 Amós demonstra como dois sucessos podem interrelacionarse, e usa para isso uma série de perguntas retóricas. uma vez que, o primeiro dos eventos aconteça, o segundo o seguirá. Amós estava lhes demonstrando que a revelação de Deus a ele era um sinal seguro de que o castigo sobreviria.

3:6 Deus mesmo enviaria o desastre ao Israel. Asdod era uma cidade filistéia e o lugar onde se encontrava o templo do Dagón, um deus pagão.

3:7 Até em sua ira, Deus é misericordioso; sempre advertiu a seu povo por meio dos profetas antes de castigá-lo. As advertências sobre o pecado e do castigo se aplicam às pessoas de hoje da mesma maneira que para o Israel. devido a sua advertência é que não teremos desculpas quando sobrevier o castigo. Não tome à ligeira as advertências da Palavra de Deus sobre o castigo. Deus se valeu dos profetas para lhe advertir a seu povo, para que este não disputasse, nem se queixasse ao chegar o momento do castigo. Mas o povo não queria arrepender-se. Suas advertências são uma forma em que O lhes mostra sua misericórdia.

3:9 Amós descreveu a Filistéia e Egito como testemunhas dos grandes pecados do Israel. Até os vizinhos mais perversos do Israel foram testemunhas do castigo de Deus sobre os pecados do Israel.

3:10 o Israel se esqueceu como obrar corretamente. Quanto mais pecavam, mais difícil lhes resultava recordar o que Deus queria. O mesmo nos acontece. Quanto mais nos demoremos para reconhecer e desprezar nosso pecado, mais forte nos apanhará até que finalmente, esquecemo-nos do que é fazer o correto.

3.11, 12 O inimigo que se aproximava era Assíria que conquistou à nação e reagiu como Amós predisse. Dispersaram ao povo entre as nações estrangeiras e se localizaram aos estrangeiros entre estas nações para manter a paz. Os líderes do Israel roubaram a seus concidadãos indefesos e agora eles mesmos estavam indefesos ante os assírios. Amós adicionou que embora tratassem de arrepender-se, seria muito tarde. A destruição seria total e não ficaria nada de valor.

3:14 O castigo que Deus emitiu sobre os altares do Israel mostrou seu rechaço para o sistema religioso tão poluído que tinha o povo. Os chifres do altar simbolizavam amparo (1Rs 1:49-53) e os altares falsos logo desapareceriam. O santuário, o amparo e o refúgio do povo desapareceriam breve quando chegasse o castigo (veja-se 4.4).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
II. A vileza DE ISRAEL (Jl 3:1)

1. A afirmação do Profeta (3: 1-8)

1 Ouvi esta palavra que o Senhor fala contra vós, ó filhos de Israel, contra toda a família que fiz subir da terra do Egito, dizendo: 2 Você só tenho conhecido de todas as famílias da terra; por isso eu vou punirei por todas as vossas iniqüidades. 3 Shall andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? 4 Bramirá o leão no bosque, sem que tenha presa? será o leãozinho fora de seu covil, se nada tiver apanhado? 5 Cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha é definido por ele? será uma armadilha brotam do chão, e ter tomado nada? 6 Porventura a trombeta ser soprado em uma cidade, e as pessoas não tenham medo? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito? 7 Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, a não ser que ele revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas. 8 Rugiu o leão; quem não temerá? O Senhor Deus falou; quem não profetizará?

Os capítulos Am 1:1 e Am 2:1 provavelmente contêm sermão inicial Amos 'para os israelitas no santuário de Betel. Mas ele permaneceu lá e pregou novamente. Capítulos 3:6 provavelmente contêm seleções de vários sermões pregados em ocasiões posteriores. Nestes ele trata quase exclusivamente com o pecado de Israel, especialmente com o veredicto e sentença de Jeová sobre esse pecado. GL Robinson chama capítulo 3 o maior capítulo do livro.

Amos começou a sua mensagem no capítulo 3 apontando-o contra toda a família -todos doze tribos em dois reinos. E mais uma vez ele jogou nessa nota, Você só tem que conhecer (conforme Dt 7:6. ). Privilégios de Israel tornou impossível para o seu pecado para ser dispensado ou camuflada. Suas iniqüidades, todos eles, com todas as suas consequências naturais, deve ser visitado em cima deles.

Amos tinha bastante certeza ganhou a atenção dos adoradores no santuário, e, provavelmente, uma espécie de respeito relutante de muitos deles. Mas, a fim de garantir a sua mensagem, tanto quanto possível a sua atenção e respeito, ele agora anunciou dramaticamente a origem de sua mensagem. Para isso, ele usou sete parábolas, sob a forma de perguntas retóricas, cada um afirmando um fato facilmente reconhecido por seus ouvintes:

(1) Two não andar no mesmo lugar e ao mesmo tempo, exceto por nomeação anterior (conforme margem).

(2) Um leão não rugir, a menos que ele tenha encontrado a sua presa.

(3) Um jovem leão não chora de sua den (ie, rosnar com satisfação), a menos que ele tomou alguma coisa.

(4) Um pássaro não pode cair em uma armadilha, salvo se tiver sido definido para ele.

(5) A armadilha não brotará de seu esconderijo, a menos que um animal disparou-lo e foi pego por ela.

(6) A trombeta de alarme não pode ser soado em uma cidade sem as pessoas estarem assustados.

(7) Evil (não o mal moral, mas o mal infligido em julgamento) não acontecer uma cidade a menos que o Senhor inflige-lo.

Assim como seguramente como estes sete parábolas são verdadeiras, apenas por isso, deve-se reconhecer que o Senhor Deus não fará coisa alguma, a não ser que ele revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas (conforme Gn 18:1)

9 Publicar ye nos palácios de Ashdod, e nos palácios da terra do Egito, e dizer: Ajuntai-vos sobre os montes de Samaria, e eis o que grandes alvoroços estão aí, e que opressões no meio dela. 10 Para eles sabem não fazer o certo, diz o Senhor, que armazenar até violência e roubo em seus palácios. 11 Portanto assim diz o Senhor Deus: Um adversário haverá , mesmo por toda a terra; e ele deve derrubar a tua fortaleza, e os teus palácios serão saqueados. 12 Assim diz o Senhor: Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas, ou um pedacinho da orelha, por isso os filhos de Israel ser salvado que jazem em Samaria, no canto de um sofá, e sobre as almofadas de seda de uma cama.

Assim como Amos já havia denunciado os pecados dos vizinhos de Israel diante dos israelitas, agora ele chama pelo pecado de Israel a ser publicado em Ashdod, uma das cinco principais cidades da Filístia, e no Egito . Ele novamente repreende opressões, a violência, e roubo . E, apesar de eminência militar atual de Israel, ele promete que o adversário deve ser encontrado que o levará Israel baixo. Assim como o pastor encontra apenas partes do corpo do cordeiro depois de dirigir afastado o leão, portanto, apenas um remanescente daqueles vendido para sofás e almofadas de seda será salvo. Amos, o homem do ar livre, o pobre homem, foi violentamente oposição aos opressores ricos que viviam em palácios e pendeu na facilidade indulgente. Deus usou reação natural Amos 'contra tal suavidade cego e debilitante para denunciar a idolatria das coisas de Israel.

3. Testemunho The Nations "( 3: 13-15)

13 Ouvi, e testemunhar contra a casa de Jacó, diz o Senhor Deus, o Deus dos Exércitos. 14 Pois no dia em que eu punir as transgressões de Israel sobre ele, eu também vai visitar os altares de Betel; e as pontas do altar serão cortadas, e cairão por terra. 15 E ferirei a casa de inverno com a casa de verão; e as casas de marfim perecerão, e as grandes casas terão fim, diz o Senhor.

Enquanto Philistia e Egito havia sido chamado para vir e ver o que estava ocorrendo em Samaria, agora eles são chamados a testemunhar contra a casa de Jacó . E o Senhor fez específico algumas das coisas que eram mais detestável para Ele e que particularmente chamou seu castigo: o santuário de Betel, a multiplicação das casas dos ricos até que teve tanto de inverno de casas e de casas de verão, enquanto os pobres eram gemendo sob o fardo de suas vidas diárias.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
3.1 Toda a família. As doze tribos, agora divididas entre duas nações.

3.2 Somente a vós outros vos escolhi. O fato de Deus ter escolhido a Israel (Dt 7:6-5; Êx 19:5-6), de ter-lhe dado o sacerdócio e a lei, tornou o povo duplamente responsável perante Deus; por isso o amor de Deus se revelou em julgamento e disciplina.

3:3-6 Estas perguntas simples demonstram que, assim como a gente usa da lógica para perceber as verdades da vida natural, assim também, na vida espiritual, deve-se ver que a desgraça é o resultado do pecado.
3.7 Este versículo revela que os profetas são pessoas que sabem discernir os sinais dos tempos, perceber a vontade e o propósito de Deus com a mesma lógica revelada nos vv. 3-6, e depois levar estes conhecimentos como mensagem divina ao povo. Quem quiser fazer esta obra, hoje tem a Bíblia para o guiar no conhecimento da natureza divina.
3.9 Asdode. Uma cidade dos filisteus, para: onde a arca foi levada, quando caiu nas mãos dos mesmos depois da derrota do exército israelita (1Sm 5:1-9). juntamente com o Egito, representam as nações pagãs que já perseguiram o povo de Deus, mas que, sendo menos pecaminosas do que o Israel pervertido, serviriam como testemunhas das maldades que se praticavam em Samaria, capital de Israel naquela época.

3.11 Um inimigo. Os assírios que cumpriram a profecia (conforme 2Rs 17:18).

3.12 Um pedacinho. Um pastor mercenário tinha o dever de apresentar, provas concretas, caso uma ovelha tivesse sido despedaçada por algum animal selvagem; senão, a perda lhe seria cobrada como se a ovelha lhe tivesse servido de refeição. Assim também, os restos de Israel seriam suficientes apenas para comprovar que a nação tinha existido antes da invasão.

3.14 Altares de Betel. Betel foi um centro de adoração de ídolos, depois que Jeroboão I havia colocado um bezerro de ouro em Dã e outro em Betel (1Rs 12:25-11). Foi para lá que Amós levou a sua mensagem.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
III. A TERRA CORRUPTA (3.1—6.14)
Essa seção consiste em mais cinco oráculos bem definidos, nos quais o profeta mostra em muitos detalhes a profundidade em que Israel caiu e a inevitabilidade do justo juízo de Deus sobre eles como resultado. Três oráculos começam com a fórmula de proclamação Ouçam esta palavra (3.1; 4.1; 5.1), e dois começam com a expressão Ai de (5.18; 6.1). Cada um dos oráculos é o retrato da condenação não abrandada, destacando diversos aspectos dos males que assolam a nação.


1) O juízo é inevitável (3:1-8)
Os primeiros dois versículos desse oráculo sublinham o relacionamento especial de Israel com Javé e fundamentam o juízo vindouro nesse relacionamento. O profeta evidentemente está pensando em termos de aliança entre Deus e o seu povo e do relacionamento singular entre Javé e Israel, embora o termo “aliança” não seja usado por Amós.
O fato de que Israel havia sido tirado do Egito (v. 1) forma a base da reivindicação de posse de soberania de Deus sobre eles. O grande ato redentor de Deus é a base do relacionamento exclusivo que Amós anuncia no v. 2: Escolhi apenas vocês de todas as famílias da terra. Essa é uma declaração enfática e destaca Israel no contexto da história do mundo.

Entre todas as nações do mundo, somente Israel é aquela que Javé “conhece” (verbo empregado nas versões tradicionais e geralmente usado para traduzir o verbo heb.). O problema é a interpretação estrita do verbo “conhecer” (yãda‘) (na NVI, escolhi). Em alguns textos (e.g., Sl 1:6; Na 1:7 etc.), o verbo simplesmente significa cuidar de alguém. Em outros contextos, o verbo é usado no sentido bem próximo da idéia de eleição (e.g., Jr 1:5; Dt 9:24; Dn 13:5). O contexto dos versículos sugere que esse significado é o exigido aqui, e devemos, talvez, interpretar o verbo com o significado de “reconhecer por aliança”. Assim, visto que Deus escolheu e reconheceu somente Israel como parceiro de aliança, ele vai castigar o povo por todas as suas iniqüidades. O grande privilégio que havia sido conferido a Israel carregava consigo responsabilidades igualmente grandes, mas desde o início estas haviam sido ignoradas, Israel tinha considerado a eleição somente uma forma de favoritismo, em vez de um chamado para responsabilidades especiais. Assim, Amós introduz o inexorável por isso (v. 2); em virtude de sua posição especial, o povo tem razão em esperar o castigo de Deus sobre o seu pecado e fracasso. Ser escolhido por Deus significa ser colocado debaixo do juízo dele, uma mensagem que precisa de confirmação constante, inclusive em nossos dias (Lc 12:48).

Em seguida, nesses versículos, Amós autentica tanto a sua mensagem quanto o seu chamado como profeta. Todo o ditado é uma habilidosa associação entre causa e efeito. Ela é desenvolvida como uma série de perguntas, cada qual podendo ser respondida somente pela concordância do público, conduzindo o todo à declaração final (v. 8) segundo a qual, da mesma forma que eventos naturais estão associados nessa corrente causal, também há uma relação causal por trás das suas palavras a Israel.
As diversas figuras de linguagem que Amós usa nessa seção são extraídas da vida cotidiana do povo, observações derivadas da sua experiência de criador de ovelhas. Além disso, também ilustram a maestria de Amós em dominar o conteúdo e as técnicas da argumentação proverbial tradicional. A seqüên-cia é formulada num crescendo nos v. 3-6; é pouco provável encontrar duas pessoas caminhando juntas pelas colinas solitárias da Judéia se não estiverem de acordo (v. 3). O leão não ruge na floresta, a não ser que tenha pego algum animal selvagem. O verbo “rugir” indica o som feroz do leão ao pegar a sua presa em contraste com o rosnado satisfeito que ele dá sobre a presa morta (v. 4). Um pássaro não cai, a não ser que uma armadilha (rede) tenha sido armada para (lançada sobre) ele, e uma armadilha não se desarma, a não ser que um animal tenha sido pego nela (v. 5). Outra ilustração é que, quando a sentinela dá o alarme com a trombeta, toda a vila vai ficar alvoroçada porque isso significa que salteadores estão se aproximando (v. 6). De maneira semelhante, se um infortúnio, como uma praga, caísse sobre uma cidade, teria sido a ação de Deus por trás dela (v. 6). O v. 7 parece um tanto fora de lugar nesses versículos e não é impossível que represente um acréscimo editorial para destacar a importante verdade de que o profeta faz parte do conselho de Deus (plano: sõd), e Deus revela a sua mensagem ao profeta porque este está nesse relacionamento singular com Deus e sabe as diretrizes dele e como foram formuladas e decretadas. Daí, as suas mensagens são verdadeiras e precisam ser cridas e obedecidas.

No v. 8, a seção chega ao clímax. Depois das ilustrações, vem agora a declaração de um fato: Um leão rugiu, por isso o juízo é iminente. 0 Senhor, o Soberano, falou, e Amós não consegue fazer outra coisa senão profetizar. O paralelo entre o rugido do leão e a voz de Deus (encontrado também em 1.2; Jr

25,30) está fundamentado no som ressonante do trovão. Deus faz a sua voz ressoar no temporal com relâmpago e trovão quando aparece contra os seus inimigos. Amós ouviu a voz de Javé, o trovão está ribombando, a tempestade está se aproximando, e é sobre Israel que ela vai desabar.

2) A causa do juízo (3:9-11)
Nesses versículos, Amós emite uma intimação retórica aos mensageiros, dizendo-lhes que levem o convite aos palácios de Asdode e do Egito. E incontestável que “Assíria” (v. 9, RSV) está correto aqui, e não “Asdode” (NVI, v. a nr.), seguindo-se assim a LXX. Essas nações são convidadas dessa maneira irônica a ver a situação apavorante que existe em Israel. grande tumulto-, indica a vida de abandono de Samaria e a desintegração do primado da lei, que resultam em opressão ou em atos de violência. A acusação principal é simplesmente que Eles não sabem agir com retidão (v. 10). A palavra retidão significa o que é correto e honesto em contraste com o que é falso, e nesse contexto Amós parece ter usado a palavra com o sentido do que é aceitável e correto em relação ao tribunal e às práticas comerciais. O problema principal era que a sociedade antiga tinha sido mudada. Os palácios (v. 10) tinham se tornado depósitos de tesouros em que os ricos armazenavam o que roubaram e saquearam. Por isso, vem o Portanto (v. 11) da lógica moral: por causa do estado em que se encontra o país e da voracidade da sua elite, essa nação será destruída. Os assírios já foram chamados para serem testemunhas dos males da terra, e agora, mesmo que não tenha sido especificado diretamente, há pouca dúvida de que Amós os imagine como ferramentas do juízo de Deus, para serem o inimigo que cercará o país. O resultado é que as fortalezas serão derrubadas, e os palácios, saqueados.


3) O juízo é completo (3:12-15)
O v. 12 forma um tipo de declaração parabólica na qual uma situação que é bem conhecida, nesse caso um pastor resgatando parte de uma ovelha da boca do leão, é comparada com a situação que seguiria a destruição de Israel pelo ataque assírio. Comparações parabólicas assim são encontradas ainda em outros trechos de Amós (2.13 5:7-24; 6.12; 9.9). O estilo é de um provérbio popular, e o nosso Senhor usava com muita habilidade esse tipo de ensino. Durante os seus anos de experiência de pastor, Amós certamente teve de resgatar ovelhas do seu rebanho que haviam sido tomadas por leões, e a situação descrita no v. 12 certamente lhe era bem conhecida.
O pastor faz a sua tentativa inútil e, na verdade, só encontra restos, dois ossos, um pedaço (lóbulo) da orelha que o leão havia deixado. Nessa situação, livra é um tanto irônico. Esse será, assim diz Amós, o destino de Israel; já se ouviu o rugido do leão, e o seu ataque destruidor está por acontecer.

A segunda parte do v. 12 apresenta alguns problemas textuais. A formulação da NVI com a ponta de uma cama e um pedaço de sofá possivelmente transmite o sentido (a VA, como algumas versões tradicionais [ACF], é praticamente sem sentido nesse ponto, embora siga o texto hebraico quase que literalmente; v. detalhes acerca dos problemas textuais em comentários maiores). O sentido poderia ser que os poucos que escapariam ao ataque não levariam nada, a não ser um pedaço de móvel velho ou talvez um pedaço de pano, mas a interpretação desse trecho é obscura. Os v. 13-15 detalham a forma em que esse castigo virá. O juízo será efetuado sobre os aspectos religiosos e civis da vida da nação.

Os altares de Betei (v. 14) simbolizam a vida religiosa de Israel. Betei era o santuário principal do Reino do Norte na época de Jeroboão II (7.10,13; Js 4:15; Js 10:5 etc.). O santuário foi destruído por Josias quando ele ampliou a sua reforma até o que havia sido o território de Israel (2Rs 23:15). As pontas do altar (heb. “chifres”) eram pequenas projeções em cada canto do topo do altar. Um fugitivo poderia buscar refúgio e obter imunidade ao se agarrar às pontas do altar (1Rs 1:50; 1Rs 2:28), mas agora toda forma de segurança será removida. Israel não obterá imunidade alguma do inimigo que está vindo contra o povo; aliás, até os altares serão destruídos. E não somente a casa do seu deus será destruída, e talvez Amós esteja dando um toque irônico ao seu uso de Betei, mas também as casas dos homens serão arrasadas, v. 15. a casa de inverno junto com a casa de verão; as casas enfeitadas de marfim: essas casas eram a evidência do luxo que havia sido acumulado por meio da exploração dos pobres, e tudo isso também cairia debaixo do juízo de Javé. casas enfeitadas de marfim-, uma referência às mansões decoradas com objetos e desenhos embutidos de marfim (v. 1Rs 22:39 e mais detalhes no NBD, “Marfim” e “Samaria”).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15

II. Três Sermões Contra Israel. 3:1 - 6:14.

Amós 3

A. A Declaração do Julgamento. Am 3:1-15. Esta parte do livro é uma expansão do tema dos dois primeiros capítulos. Amós começa mostrando o relacionamento único que Israel desfruta para com Jeová. Mas sob a compulsão de sua responsabilidade profética, o profeta também fala da mensagem de condenação e adverte da destruição.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 3 do versículo 1 até o 15
III. PROCLAMAÇÃO DA MENSAGEM DO PROFETAJl 3:1-30. Aqui o tema é desenvolvido em detalhes maiores. A mensagem, que expressa condenação quase sem alivio, toma a forma de três discursos, que são iniciados com as palavras Ouvi esta palavra (Jl 3:1; Jl 4:1 e Jl 5:1).

a) Primeiro Discurso (Jl 3:1-30). Após um anúncio tão ousado e revolucionário de julgamento, nos versículos 1:2, atacando todo o orgulho e vanglória de um povo privilegiado, Amós prossegue para explicar seu aparecimento na cena. Palavras tão ousadas exigem alguma autentificação sobre a autoridade do profeta e, nos versículos 3:8, ele fornece, numa série de breves comparações, a base sobre a qual ele reivindicava ser ouvido. Todo efeito tem sua causa; seu aparecimento em Israel também tinha sua causa. As ilustrações apresentadas são quase todas tiradas da vida do deserto e da agricultura. Alguns eruditos têm sugerido que a expressão De todas as famílias da terra (2; em heb., adamah; lit. "solo") foi usada propositadamente para "frisar a perversidade e mortalidade de todos eles". Andarão dois juntos...? (3). Não é provável que dois homens se encontrem num deserto sem caminhos. Caso estejam andando juntos, pode-se concluir com segurança que assim está acontecendo por terem feito essa combinação. Bramará o leão...? (4). O rugido de um leão significa que o leão saltou sobre sua presa, pois o leão, quando caça, faz silêncio até que sua presa tenha sido avistada. A inferência é que a voz de Amós era um sinal de que o julgamento de Jeová havia chegado. Cairá a ave...? (5). O laço é a armadilha que se solta e prende o pássaro quando este toca no chamariz e o que a imagem quer salientar é que, assim como a ave capturada prova a existência do laço, igualmente a voz condenatória do profeta é uma indicação do desígnio de Deus. Tocar-se-á a buzina...? (6). Quando a shophar (buzina de chifre) era tocada, o povo sabia que havia algo de significativo naquilo. O mesmo era verdade a respeito de alguma calamidade que sobreviesse a uma cidade: era um sinal que Jeová havia permitido a calamidade por algum motivo justo. Por meio desses golpes interrogativos, Amós prepara o terreno para o verdadeiro ponto que queria fazer: Falou o Senhor Jeová, quem não profetizará? (8). Eis aqui o clímax desta seção. O aparecimento de Amós como profeta em Israel tinha a sua causa: Deus havia falado à sua alma; ele não podia deixar de falar. "Um homem não escolhe para ser profeta; é escolhido".

>Am 3:9

2. O APELO POR TESTEMUNHO (Jl 3:9-30). Ajuntai-vos... e vede... (9). Os vizinhos pagãos são chamados para testemunhar a contenda dentro de Samaria, provocada pela brutal ganância e rapacidade dos ricos. Havia violência e furto, e as vítimas, sem dúvida, são os pobres indefesos. Os ricos, que viviam entesourado nos seus palácios a violência e a destruição (10), eram tão vis que pareciam incapazes de fazer o que era direito.

>Am 3:11

3. O ANÚNCIO DE JULGAMENTO (Jl 3:11-30). O agente desse julgamento é descrito como um inimigo que cercará a tua terra, bloqueando-a por todos os lados. Cerca de 734 A. C., Tiglate-Pileser pilhou Gileade e a Galiléia e, cerca de 724 A. C., Salmaneser pilhou o norte de Israel. Samaria foi cercada por três anos e, finalmente, foi conquistada. Os palácios foram pilhados e os ricos e delicados foram levados ao cativeiro. A natureza desse julgamento incluía a diminuição das forças (11) e a deportação do povo (12). Este último ponto é vividamente ilustrado pelo profeta-pastor. Samaria seria quase totalmente destruída. Assim como um pastor às vezes pouco pode fazer, senão talvez recuperar os últimos restos de uma ovelha, assim também ninguém, executando alguns poucos pobres sobreviventes, escapariam da destruição em geral. A menção de Damasco, no fim do versículo 12, levanta um ponto difícil. Damasco era, naturalmente, a capital da Síria, e o profeta já havia tratado a respeito dela. Alguns traduzem essa passagem como: "Assim os filhos de Israel, que habitam em Samaria, escaparão com o canto da liteira ou com a fazenda de Damasco de um divã" (conforme Ehrlich e outros). O quadro inteiro retrata miséria total para os poucos sobreviventes de Samaria. Os dois últimos versículos deste capítulo indicam a extensão do julgamento. Os santuários sagrados de Betel, edificados por Jeroboão I depois da divisão do reino, compartilharão da condenação de Samaria: haveria completa e total profanação do altar. A sorte que caberia aos ricos também caberia às suas mansões. A casa de inverno (provavelmente edificada para ser habitada durante o frio), juntamente com as casas de marfim (provavelmente com incrustações de marfim; mas cfr. 1Rs 22:39), perecerão. Para o profeta-pastor, que conhecia as tribulações dos pobres, e que dormia debaixo do céu aberto de Deus, essas habitações elaboradas devem ter parecido como a própria encarnação do orgulho, da auto-indulgência e do desvio de Deus.


Dicionário

Bramir

Bramir BRAMAR (Jr 31:35).

verbo intransitivo Dar bramidos; rugir.
Dar gritos coléricos.
Fazer estrondo; ressoar fortemente; retumbar, ribombar.
verbo transitivo Dizer aos brados.

Jeová

substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.

(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)

Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).

Leão

substantivo masculino [Zoologia] Grande mamífero carnívoro da família dos felídeos, do gênero Panthera leo, de pelo flavo, sendo o macho dotado de ampla juba, adstrito atualmente às savanas da África.
Figurado Homem valente e corajoso.
Figurado Indivíduo de personalidade complicada; intratável.
Figurado Aquele que se acha conquistador; namorador.
Figurado Quem é alvo do interesse alheio ou recebe todas as atenções.
[Pejorativo] Órgão do governo que recebe os impostos; Receita Federal.
[Astrologia] No Zodíaco, o quinto signo que vai do dia 23 de julho ao dia 23 de agosto.
No jogo do bicho, as dezenas 61 e 64.
Parte do leão, a melhor porção de uma partilha.
Etimologia (origem da palavra leão). Do latim leo.onis.

o leão acha-se mencionado umas 130 vezes nas Escrituras, sendo nomeado mais vezes do que qualquer outro animal. Em tempos antigos o leão vagueava pela Síria e Ásia Menor, mas já desde o meado do século dezenove não tem sido visto na Palestina, Encontros pessoais com o leão teve-os Sansão (Jz 14:6), Davi (1 Sm 17.36), e Benaia, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.20). As armadilhas eram meios vulgares de capturar leões. outro método de os caçar consistia em fazê-los sair do seu covil para uma rede, que era colocada por ali perto. Ainda hoje este meio é empregado na india. Algumas vezes a rede e a cova se combinavam, quando se desejava apanhar vivo o animal. Há referências a estes dois métodos em 19:6 e Ez 19. A morte natural de um leão é pela fome: ‘Perece o leão, porque não há presa’ (4:11). os leões eram considerados como o tipo da mais alta coragem. Entre os melhores guerreiros de Davi estavam os homens de Gade cujos rostos eram como rostos de leões (1 Cr 12.8).o leão era o emblema da principesca tribo de Judá – todavia, por causa da sua ferocidade, emprega-se metaforicamente o leão por crueldade e curiosidade maligna (Sl 7:2 – 22.21 – 2 Tm 4.17), e também pelo próprio Satanás (1 Pe 5.8).

Leão O mais conhecido dos animais mamíferos carnívoros e o mais forte (Pv 30:30). A juba, isto é, a crina ao redor do pescoço, lhe dá uma aparência real. Havia leões na Palestina, principalmente no vale do Jordão (Jr 49:19), onde sempre ofereciam perigo a pessoas e animais (Sl 17:12). Figuradamente, ataque inesperado e violento (Sl 22:21); 1P

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Profetizar

Profetizar Anunciar a mensagem de Deus às pessoas (Is 30:10); (1Co 14:4).

verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Prever o futuro por aptidão natural ou por influência divina: profetizou o apocalipse; profetizava aos fiéis o retorno do Salvador; tem o hábito de profetizar.
verbo transitivo direto Prever alguma coisa através de deduções; prognosticar: o pai previa o divórcio do filho; previram a falência da empresa.
verbo transitivo direto e intransitivo Disseminar a palavra de Deus.
Etimologia (origem da palavra profetizar). Do latim prophetizare.

[...] no contexto bíblico profetizar é pronunciar verdades religiosas sob inspiração divina, não necessariamente predizer acontecimentos futuros, mas, admoestar, exortar, confortar, etc.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 2, cap• 6


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Temer

verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Ter ou expressar muito medo, fobia, temor; recear: tememos um desastre ecológico; não se deve temer das medidas de austeridade; o corajoso não teme; não se teme as injustiças da vida.
verbo transitivo indireto Expressar receios, preocupação; preocupar-se: temia pela morte da mãe.
verbo transitivo direto Por Extensão Demonstrar muito respeito, obediência ou reverência por: temia dogmas religiosos.
Etimologia (origem da palavra temer). Do latim timerere.

recear, suspeitar, desconfiar. – Temer, aqui, é “crer na probabilidade de um mal ou contratempo qualquer: temo que ele se desdiga; temo que me censurem”. – Recear é temer o engano, a falsidade, o mal que outrem nos pode fazer, ou o prejuízo que nos pode causar, sem que, porém, tenhamos grandes fundamentos que justifiquem o nosso receio: receamos que não venha; os escarmentados receiam tudo de todos. – Suspeitar é formar um mau juízo em virtude de indícios ou antecedentes: “suspeito que ele me engana”. (Bruns.) – Parece haver, do último para o primeiro, uma perfeita gradação na força expressiva destes verbos: suspeitamos desconfiando, isto é, inquietando-nos ligeiramente; receamos preocupando-nos; tememos pondo-nos em guarda, quase afligindo-nos. – Desconfiar é menos que recear e temer, mas é mais que suspeitar. Desconfia aquele que tem já algum motivo um tanto sério para, conquanto, esse motivo não atinja diretamente a pessoa ou coisa de que se desconfia. No meio de bandidos desconfiaríamos de um santo. Desconfiaríamos de um homem de bem que convivesse com velhacos. O marechal confiava desconfiando.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Amós 3: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor DEUS, quem não profetizará?
Amós 3: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

766 a.C.
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3372
yârêʼ
יָרֵא
temer, reverenciar, ter medo
(and I was afraid)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H5012
nâbâʼ
נָבָא
profetizar
(and they prophesied)
Verbo
H738
ʼărîy
אֲרִי
leão
(of a lion)
Substantivo
H7580
shâʼag
שָׁאַג
(Qal) rugir
(roared)
Verbo


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָרֵא


(H3372)
yârêʼ (yaw-ray')

03372 ירא yare’

uma raiz primitiva; DITAT - 907,908; v

  1. temer, reverenciar, ter medo
    1. (Qal)
      1. temer, ter medo
      2. ter admiração por, ser admirado
      3. temer, reverenciar, honrar, respeitar
    2. (Nifal)
      1. ser temível, ser pavoroso, ser temido
      2. causar espanto e admiração, ser tratado com admiração
      3. inspirar reverência ou temor ou respeito piedoso
    3. (Piel) amedrontar, aterrorizar
  2. (DITAT) atirar, derramar

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


נָבָא


(H5012)
nâbâʼ (naw-baw')

05012 נבא naba’

uma raiz primitiva; DITAT - 1277; v

  1. profetizar
    1. (Nifal)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas
    2. (Hitpael)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas

אֲרִי


(H738)
ʼărîy (ar-ee')

0738 ארי ’ariy ou (forma alongada) אריה ̀aryeh

procedente de 717 (no sentido de violência); DITAT - 158a; n m

  1. leão
    1. figuras ou imagens de leões

שָׁאַג


(H7580)
shâʼag (shaw-ag')

07580 שאג sha’ag

uma raiz primitiva; DITAT - 2300; v.

  1. (Qal) rugir
    1. referindo-se ao leão, conquistador, SENHOR, grito de angústia