Enciclopédia de Obadias 1:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ob 1: 16

Versão Versículo
ARA Porque, como bebestes no meu santo monte, assim beberão, de contínuo, todas as nações; beberão, sorverão e serão como se nunca tivessem sido.
ARC Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade, assim beberão de contínuo todas as nações: beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido.
TB Pois como bebeste sobre o meu santo monte, assim beberão de contínuo todas as nações, sim, beberão, e sorverão, e serão como se nunca fossem.
HSB כִּ֗י כַּֽאֲשֶׁ֤ר שְׁתִיתֶם֙ עַל־ הַ֣ר קָדְשִׁ֔י יִשְׁתּ֥וּ כָֽל־ הַגּוֹיִ֖ם תָּמִ֑יד וְשָׁת֣וּ וְלָע֔וּ וְהָי֖וּ כְּל֥וֹא הָיֽוּ׃
BKJ Pois assim como vós bebestes sobre o meu santo monte, assim todos os pagãos beberão continuamente; sim, eles beberão e engolirão, e serão como se nunca tivessem existido.
LTT Porque, como vós bebestes sobre o Meu santo monte, também assim, de contínuo, beberão de ti todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido.
BJ2 Porque assim como bebeste em minha montanha santa, assim beberão todas as nações sem cessar;[t] elas beberão e sorverão e serão como se nunca tivessem existido!
VULG Quomodo enim bibistis super montem sanctum meum, bibent omnes gentes jugiter : et bibent, et absorbebunt, et erunt quasi non sint.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Obadias 1:16

Salmos 75:8 Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho ferve, cheio de mistura, e dá a beber dele; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes.
Isaías 8:9 Alvoroçai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai ouvidos, todos os que sois de longínquas terras; cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e sereis feitos em pedaços.
Isaías 29:7 E como o sonho e uma visão da noite será a multidão de todas as nações que hão de pelejar contra Ariel, como também todos os que pelejarem contra ela e contra os seus muros e a puserem em aperto.
Isaías 42:14 Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto, e a todos assolarei, e juntamente devorarei.
Isaías 49:25 Mas assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque eu contenderei com os que contendem contigo e os teus filhos eu remirei.
Isaías 51:22 Assim diz o teu Senhor, Jeová, e teu Deus, que pleiteará a causa do seu povo: Eis que eu tomo da tua mão o cálice da vacilação, as fezes do cálice do meu furor; nunca mais dele beberás.
Jeremias 25:15 Porque assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este copo de vinho do furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar.
Jeremias 25:27 Pois lhes dirás: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Bebei, e embebedai-vos, e vomitai, e caí, e não torneis a levantar-vos, por causa da espada que eu vos enviarei.
Jeremias 49:12 Porque assim diz o Senhor: Eis que aqueles que não estavam condenados a beber o copo totalmente o beberão, e tu ficarias inteiramente impune? Não ficarás impune, mas, certamente, o beberás.
Joel 3:17 E vós sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém será santidade; estranhos não passarão mais por ela.
Habacuque 1:9 Eles todos virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles congregarão os cativos como areia.
I Pedro 4:17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO I

O JULGAMENTO DE EDOM

Obadias 1:9

O livro começa com o título: Visão de Obadias (1). O termo traduzido por visão é a palavra comumente usada para descrever o teor de uma revelação divina dada a um dos profetas (Is 1:1; Jr 14:14; Ez 7:26; Na 1.1). Ao se referir à pregação ("novas", ARA; "notícia", BV) do SENHOR, talvez Obadias afirme que cita algum dos profetas de Deus — palavras as quais percebia que na ocasião eram particularmente pertinentes (cf. Jr 49:14). O embaixador (ou "mensageiro", ARA) que foi enviado às nações pode ter sido uma pessoa ou pessoas subversivas enviadas por um rei para incitar as nações circunvizinhas contra Edom. Também é possível que o profeta se refira a um espírito instigador do desassossego geral, inveja e má vontade para com Edom (ver mapa

1) entre as nações vizinhas, que fora resultado de causas políticas. Qualquer que tenha sido a situação serviu como mensageiro do Senhor, pois Deus a usou para dar início ao seu propósito de julgar os edomitas.

Deus não interfe nos assuntos edomitas, de certa maneira notavelmente milagrosa, mas elaborava a conspiração e deslealdade das nações circunvizinhas. Estes fatos nos lembram que "há no mundo forças históricas em operação que tornam precária a posição de qualquer nação, por mais forte que pareça. A mensagem de Obadias é peculiarmente apropriada como declaração profética que toda nação poderosa, rica e bem estabelecida faz bem em ouvir"!

Eis que te fiz pequeno... tu és mui desprezado (2) é mais bem traduzido pelo modo profético: "Eis que te farei pequeno [...]; tu serás totalmente desprezado" (ECA). O texto hebraico diz respeito a algo já determinado na mente de Deus, mas que ainda está no futuro humano (cf. ATA; NTLH; NVI; VBB).

A terra de Edom se estendia ao longo das encostas da cadeia de montanhas rocho-sas do monte Seir, em direção do golfo de Áqaba e chegava quase ao mar Morto. O território variava de regiões férteis, que produziam trigo, uva, figo, romã e azeitona, a altos picos montanhosos separados por desfiladeiros profundos. A meio caminho na principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se situava em um pro-fundo vale cercado por 60 metros de precipício, acessível somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura.

Assim, os edomitas habitavam literalmente nas fendas das rochas (3), cuja posi-ção era praticamente impenetrável e inconquistável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo conseguira entrar pelos caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das montanhas. Nessas posições, uma pequena companhia militar de edomitas podia facilmente defen-der a passagem entre as montanhas contra um exército inteiro de invasores. Essa posi-ção elevada permitia que observassem as atividades dos povos em redor. Como o leão pronto para se lançar sobre a presa, os edomitas sempre estavam alertas para se dedicar ao saque de seus vizinhos sempre que a ocasião fosse oportuna.

Por ser um povo inteligente, os edomitas desenvolveram uma civilização muito su-perior às tribos que vagavam pelos desertos circunvizinhos. De suas casas no alto, con-trolavam as rotas comerciais de Áqaba e do Egito (ver mapa 1). Este comércio lhes dava acesso a mercadorias e riquezas desconhecidas por seus vizinhos. Em conseqüência dis-so, ficaram orgulhosos, arrogantes e hostis (3).

Viviam isolados e sozinhos como a águia, com suas casas no alto da solidez monta-nhosa — por assim dizer, entre as estrelas (4). Mas por seu orgulho eles seriam derru-bados, de acordo com o princípio de vida expressado em Provérbios 16:18: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda". A bravata de Edom também é condenada em Ezequiel 35:13.

Os julgamentos de Deus tinham de ser severos. O profeta lembra os edomitas que quando um grupo de ladrões faz uma invasão noturna, ou quando colhedores de uva passam por um vinhedo, sempre deixam algo. Mas não será assim com os espoliadores que virão contra Edom. A nação será totalmente devastada. Edom, o descendente de Esaú. (6), será reduzido a nada. Seus bens e riquezas entesourados, escondidos nas ca-vernas mais secretas, inacessíveis e armazenados nas fortalezas mais espetaculares, serão vasculhados e confiscados (cf. Jr 49:10). A tradução que George Adam Smith2 faz dos versículos 5:6 é proveitosa:

Como tu estás completamente arruinado!

Se ladrões noturnos tivessem entrado em tua casa,
Eles teriam roubado mais do que precisassem?
Se colhedores de uva tivessem entrado em teu terreno,
Eles não teriam deixado os respigos?
Como Esaú foi pilhado,
Como foram roubados seus tesouros!

Os edomitas buscavam abrigo e segurança nas fendas das rochas. Ao rirem talvez da profecia de Obadias, mostravam-se confiantes em sua pátria rochosa, nunca antes invadida. Estavam certos de que ali estariam protegidos até da vingança de Deus profetizada pelo profeta. Mas, sua esperança de refúgio era vã, como é a esperança de todos os que resistem a Deus. Só nele há segurança. Existe alguém acerca de quem Isaías escre-veu que é "como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, [...] e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2). Deus é único. Em nosso Senhor Jesus Cristo todos que quiserem acham refúgio seguro de toda deflagração de julgamento que vier. W. O. Cushing alegrou-se com essa realidade e escreveu:

Oh, firme na Rocha que é mais alta que eu,

Minha alma fugiria de seus conflitos e tristezas.
Sou tão pecador, estou tão cansado, Teu somente serei.

Tu és a bendita "Rocha dos Séculos", em Ti me refugio. (N. do T.)

Os edomitas orgulhavam-se de seus tesouros, como os povos e nações de hoje. Mas a Bíblia contém muitos avisos para não pormos a confiança nas riquezas terrenas. Leia Salmo 62:10; Provérbios 23:5; I Timóteo 6:5-11 e comprove a verdade destes ensinamentos divinos.

A destruição de Edom seria muito mais amarga, porque viria das mãos de amigos: Todos os teus confederados... os que gozam da tua paz (7). Nações que foram alia-das enganarão os edomitas. Aqueles que na qualidade de amigos íntimos comeram de sua comida usarão esta falsa amizade para conspirar contra eles. Os edomitas, há muito eminentes por sua sabedoria e prudência (4:1; Jr 49:7), aferraram-se tolamente à segurança de sua posição geográfica, com vastos compartimentos de riquezas e sua situ-ação política. Não perceberiam o desenrolar dos acontecimentos enquanto seus supostos amigos armassem armadilhas para apanhá-los. Estes mesmos amigos e aliados expulsa-riam os edomitas de suas terras, ao lançá-los para fora dos teus limites.

Não se pode confiar na sabedoria mundana 1Co 1:18-19,27). "O orgulho e a autoconfiança seduzem o homem à queda. Quando ele está caído, a autoconfiança traída passa imediatamente para o desespero. [...] Os homens não usam os recursos que lhe restam, porque o que eles valorizam, os deixa na mão. A confiança indevida é o pai do medo indevido". 3

Armadilha (7) ou "ciladas" (BV; NVI).

A situação trágica descrita por Obadias desenvolveu-se em Edom logo após esta profecia. Nos séculos 6 e V a.C. os registros históricos mostram que, sob força de coação árabe, os edomitas foram expulsos do país e instalaram-se no sul da Palestina.
A montanha de Esaú (8) era a principal fortaleza de Edom, que consistia nos altos pontos proeminentes da região de Sela ou Petra. Temã (9) era importante cidade edomita distante cerca de oito quilômetros da capital. Os teus valentes... estarão atemoriza-dos — o desânimo destes guerreiros é descrito com mais detalhes em Jeremias 49:22.

A atitude de Edom é excelente ilustração de "os trágicos frutos do orgulho":

1) O orgulho de coração é enganoso, 3a: no comércio, nos assuntos intelectuais e nos valores morais;

2) O orgulho de coração é atrevido, 3c, pois se atreve a contar com as vantagens materiais e a própria habilidade humana sem pensar na intervenção divina;

3) O orgu-lho de coração é destrutivo, 4 (cf. Pv 16:18; Lc 14:11), já que Deus pode usar vários meios de abater os orgulhosos: dificuldades econômicas, incapacidade física, perda, conflito doméstico, difamação ou até a morte.

SEÇÃO II

RAZÕES PARA O JULGAMENTO

Obadias 10:14

Deus nunca age em julgamento sem uma boa razão. Nessa seção, o Senhor revela para os edomitas por que julgará destrutivamente. O principal pecado contra Jeová foi o tratamento cruel que deram aos próprios irmãos no tempo da tragédia e sofrimento. A expressão teu irmão Jacó (10) é usada para realçar a relação que existia entre os edomitas, por serem filhos de Esaú, e os homens de Judá, que eram filhos de seu irmão gêmeo Jacó.

Neste ponto, o Antigo Testamento prenuncia as declarações solenes do Novo Testa-mento concernentes à nossa atitude para com todos os homens, pois cada um deles deve ser considerado como irmão. Tudo que fazemos a favor ou contra nosso irmão realizamos a favor ou contra o próprio Deus (Mt 25:31-46; 1 Jo 3:10-15; 4.20,21). Não há dúvida de que muitas das aflições sociais que sofremos hoje em dia, como as questões raciais, são em grande parte colheita que fazemos das sementes ruins que as gerações passadas semearam. Ninguém pode escapar da lei inalterável: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7).

Os atos de antagonismo pelos quais Edom seria julgado remontavam à recusa em conceder passagem para Israel viajar por suas fronteiras durante o êxodo do Egito à Palestina (Nm 20:14-21). Este procedimento alcançou um ponto culminante no modo em que Edom tratou Judá, quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C. Nessa ocasião, os edomitas fiaram indiferentes e não ofereceram ajuda até que se certificasse para qual lado dirigia-se a maré da batalha. Mas este procedimento os tornou parte do exército invasor (11). Nesta versão bíblica a acusação fica bem clara: "No dia em que foste indiferente com teu irmão Jacó, no dia em que os estranhos levaram cativo o seu exército e carregaram a sua riqueza, e os estrangeiros entraram pelas suas portas e lançaram sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles" (ATA; cf. BV).

Pelos versículos 12:14, entendemos que os edomitas na verdade ajudaram os babilônios quando viram que Nabucodonosor seria o vencedor. O profeta detalha grafica-mente alguns procedimentos utilizados por eles para esse fim. Não devias olhar para o dia (12), ou seja, "não devias ter olhado com prazer para o dia" (ARA). Olhar, satisfei-to, para o seu mal (13) seria "olhar com prazer para o sofrimento deles" (ATA; cf. BV; ECA). Não temos informação histórica sobre os métodos exatos que os edomitas usaram para colaborar com os invasores. Talvez tivessem se unido ao saque da nação ferida (estender as tuas mãos contra o seu exército seria "ter lançado mão nos seus bens", ARA; cf. NTLH; NVI) e bloqueado a fuga dos refugiados (parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem,
14) e até entregue traiçoeiramente os judeus fugitivos às mãos babilônicas (entregar os que lhe restassem). Por estes procedimen-tos, Edom procurava colocar-se sob as boas graças diante dos invasores babilônicos vito-riosos, mas estas ações eram indesculpáveis para Deus. Jeremias 49:7-22 e II Reis 25 são provavelmente escrituras paralelas a esta porção de Obadias.

SEÇÃO III

O DIA DO SENHOR

Obadias 15:21

Obadias dá a entender que o julgamento de Edom não terminará apenas com a expulsão dos edomitas de sua pátria amada. Ele faz referência ao dia do SENHOR (15), um dos grandes temas do Antigo Testamento (Jl 1:15-3.14; Sf 1:7). Esta profecia, como muitas outras, anuncia que o dia está perto, ou seja, decididamente próximo e iminente, mas nenhum texto profético declara o tempo exato de sua ocorrência. Nem sabemos o modo e métodos do dia. Mas entendemos algo do seu caráter. Naquele dia, só

  • Senhor será exaltado (Is 2:11), e todas as nações que se esquecem de Deus serão castigadas (Sl 9:17).
  • Edom estará entre essas nações ímpias que finalmente serão julgadas. Obadias lhes anuncia: Como tu fizeste, assim se fará contigo (15). Esta profecia sugere o ensino do Novo Testamento em passagens como Mateus 6:14-15; 18:21-35; Lucas 6:31; Tiago 2:13.

    O profeta lembra aos edomitas a orgia e bebedeira que fizeram em Jerusalém na ocasião em que a cidade foi pilhada por Nabucodonosor. Obadias diz que, semelhan-temente, todas as nações (16) que vivem sem Deus beberão da sua ira e a destruição será como se nunca tivessem sido (cf. Jr 25:15-28).

    Em contraste com essa cena, no monte Sião (17), em Jerusalém, o local do Templo santo, haverá livramento (escape, cf. NTLH) da ira divina. E o monte será santo. Aqui, esta santidade está relacionada apenas parcialmente com a qualidade moral tão destacada no Novo Testamento. Obadias se refere à liberdade da contaminação de na-ções ímpias e, assim, indica proteção contra o do ataque (Jl 2:32-3.17). A casa de Jacó, ou seja, Judá, recuperará os territórios que Deus outrora lhe dera. A Septuaginta traduz o versículo de forma interessante: "A casa de Jacó receberá por herança aqueles que os tomaram por herança" (17).

    A casa de José (18) refere-se ao Reino do Norte, que, em 721 a.C., fora destruído por Sargão. Em concordância com as profecias de Oséias 1:11 e Ezequiel 37:16-22, Israel se unirá a Judá, o Reino do Sul, e juntos, como a chama queima a palha, destruirão Edom (cf. Is 11:13-14).

    Os versículos 19:20 falam da extensão da herança de Israel. A história narra que durante o exílio de Israel os edomitas ocuparam as cidades do Sul (19) de Judá, o Neguebe (cf. ARA), a região ao sul de Hebrom em direção ao deserto de Parã. Depois do exílio, os do Sul, ou seja, os homens de Judá que voltarem do exílio, possuirão Edom, a monta-nha de Esaú. As planícies são a região que fica a oeste de Hebrom em direção ao mar. Os que possuirão Efraim e Samaria são, provavelmente, os homens de Israel que anti-gamente tinham possuído a região montanhosa da Palestina. Estas conquistas foram realizadas no século II a.C., quando os judeus, sob a liderança dos macabeus, atacaram e ocuparam as áreas indicadas.

    Os cativos (20) se referem aos exilados. Este exército dos filhos de Israel seria os moradores do Reino do Norte que, em 721 a.C., foram deportados por Sargão depois da queda de Samaria. Os cananeus eram os fenícios. Zarefate era uma cidade que ficava entre Tiro e Sidom (ver mapa
    1) ; é a Sarepta de Lucas 4:26. Os cativos de Jeru-salém eram os habitantes do Reino do Sul que, em 586 a.C., foram levados por Nabucodonosor para Sefarade, provavelmente Sardes, na Ásia Menor.

    Os dois temas principais do livro de Obadias estão resumidos no último versículo. O profeta anuncia que os salvadores israelitas, homens sábios de perspicácia espiritual e fé, reinarão em Edom, o território outrora ocupado pelos ímpios e mundanos filhos de Esaú. O plano de Deus é que, no fim, o espiritual se eleve sobre o profano. E o reino será do SENHOR: Deus reinará sobre tudo e sobre todos (Sl 22:28-103.19; Zc 14:9; Ap 11:15).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 16
    Como bebestes:
    Estas palavras são dirigidas aos habitantes de Judá. A respeito do cálice da ira do SENHOR, ver Jr 25:15, e Cálice na Concordância Temática.16 Meu santo monte:
    Ver Sl 2:6,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    *

    1 Visão. Uma revelação sobrenatural declarada à visão ou audição interior do profeta. Obadias introduz a mensagem que ele recebeu do Senhor sobre Edom.

    Assim diz o SENHOR Deus. Deus revelou o conteúdo da profecia (conforme 2Pe 1:21). Isto eleva a qualidade moral de sua severidade acima da vontade vingativa do homem até a pureza da justiça divina.

    Edom. O rancor entre Edom e Israel começou no período patriarcal. Deus abençoou Isaque e Rebeca com filhos gêmeos, Esaú e Jacó (Gn 25:21-26; conforme Ml 1:2, 3; Rm 9:10-13). A rivalidade pessoal entre Jacó e Esaú (Gn 27), de quem as nações de Israel e Edom descenderam, se transformou num conflito de dimensões nacionais (13 2:15-15'>Ex 15:13-15; Nm 20:14-21; 1Sm 14:47; 2Sm 8:13, 14; 1Rs 11:14, 15; 2Rs 8:20-22; 14:7). Edom também representa simbolicamente os inimigos do povo de Deus (Is 63:1-6).

    levantemo-nos contra Edom, para a guerra. Falando para o seu povo, o profeta vê significado divino nas notícias de uma conspiração contra Edom. Por detrás da trama humana, o Senhor Soberano está operando. O fato de que essas notícias chegaram aos ouvidos de Obadias em conexão com esta visão não era coincidência; era um sinal do cumprimento da profecia.

    * 2-14 Deus declara guerra contra Edom, resolvendo humilhar (vs. 2-4) e saquear (vs. 5-7) aquela nação. Nenhum sábio governante ou bravo guerreiro em Edom resistirá ao ataque divino (vs. 8-10). Edom, que havia sido cruelmente indiferente para com as angústias de Judá (vs. 11-14), irá cair.

    * 3 fendas das rochas. A palavra em hebraico para “rochas” (sela‘) também era o nome de uma cidade fortificada nas altas regiões rochosas de Edom. O acidentado terreno da montanha de Edom desencorajava a invasão de fora e encorajava a complacência em seu interior.

    * 3, 4 A pergunta arrogante de Edom (“Quem me deitará por terra?”) é respondida com a solene resolução de Deus (“de lá te derrubarei”).

    *

    4 remontares como águia... entre as estrelas. Uma descrição hiperbólica do falso sentimento de segurança dos edomitas. Apesar da aparente segurança de Edom, ninguém pode se elevar acima de Deus. Embora Edom parecesse invencível, Deus chamou Israel para compreender que nenhum poder terreno pode escapar à sua justiça soberana.

    * 7 As nações conspiradoras do v. 1 revelam ser os próprios aliados de Edom. É uma questão de justiça que Edom fosse traída pelos amigos, tendo apunhalado o “irmão Jacó” (v. 10) pelas costas.

    * 8-10 Embora sábio e poderoso, Edom não será páreo para o Senhor.

    * 9 Temã. O nome pessoal de um descendente de Esaú (Gn 36:11), que também era usado para a nação edomita.

    *

    11, 12 Edom é condenado por ter violado a lei de compaixão fraternal ao se unir, como divertimento malicioso, aos inimigos de Deus enquanto esses destruíam Judá. A interação entre “teu irmão” no v. 10 e os “estrangeiros” invasores aqui é poderosa. A exploração da adversidade de um irmão demonstrou que o verdadeiro propósito de Edom estava em conseguir ficar em posição elevada no mundo, sem levar em conta os absolutos morais e espirituais. As sementes do caráter moral de Edom foram semeadas pelo seu ancestral Esaú que mostrou que se importava mais com os prazeres terrenos do que com o reino de Deus ao desprezar as bênçãos decorrentes de seu direito como primogênito e casando-se com mulheres hititas (Gn 25:29-34; 26:34, 35; conforme 27.46—28.1). Traduzido nos termos do Novo Testamento, Edom personifica o espírito “do mundo” (1Jo 2:15-17).

    * 15-18 O dia da retribuição divina destruirá todos os inimigos de Deus e vindicará seu povo, através de quem ele executará seu julgamento.

    * 15

    o Dia do SENHOR... sobre todas as nações. Para o dia do Senhor, ver Is 2:11,12. Agora o profeta coloca o julgamento de Edom contra o pano de fundo global da prestação de contas moral que Deus faz com todas as nações. Este episódio com Edom é somente uma pequena amostra do julgamento da parte de Deus; ele não irá parar enquanto não tiver limpado seu mundo de todos os seus inimigos. A conexão entre Edom e o resto das nações é a sua rebelião contra Deus, que todas elas têm em comum.

    * 16 A orgia dos ébrios edomitas no monte do templo sagrado em Jerusalém é respondida à altura com a taça da ira de Deus sendo forçada pelos lábios de Edom e todas as nações que profanaram as coisas de Deus.

    *

    17 o monte será santo. Não mais vítima da pilhagem de exércitos, o Monte Sião será novamente santo, limpo, purificado por Deus.

    * 18 ninguém mais restará. Aqueles “que restaram” (v. 14) de Judá irão se reerguer como um fogo ardente de ira divina para consumir Edom, não deixando um único sobrevivente sequer. Embora Edom fosse poderoso nos dias de Obadias, na perspectiva de Deus essa nação não é nada.

    * o Senhor o falou. Assim como uma assinatura, esta oração enfatiza a imutabilidade das intenções de Deus. Ele já se comprometeu.

    * 19, 20 O povo exilado de Deus voltará a ocupar a terra de sua herança, as fronteiras que serão restauradas e expandidas.

    *

    19

    Deus promete ao seu povo que as fronteiras do reino davídico serão restauradas ao sul (“o monte de Esaú”), ao oeste (Filístia), ao norte (“os campos de Efraim e... de Samaria”), e ao leste (“Gileade”).

    * 20 As fronteiras do reino davídico não serão apenas restauradas (v. 19), mas também estendidas até alcançar o Sarepta ao norte, entre Tiro e Sidom.

    Sefarade. A localização é incerta. As suposições incluem Sardes na Ásia Menor, Espanha, e Média. Deus leva o seu povo exilado a crer que nenhuma deportação terrena poderá removê-los além do alcance do seu amor.

    *

    21 Salvadores. O povo de Deus, transformado de fugitivo (v. 14) em libertador, irá reinar sobre aquele que foi certa vez um território inimigo.

    o reino será do SENHOR. Embora toda a realidade criada pertença ao Senhor já agora (Sl 47:2; 145:13), Obadias está ressaltando um aspecto diferente aqui — que o reino será do Senhor quando ele julgar seus inimigos e libertar seu povo definitivamente. Deus será tudo em todos, e seu povo, triunfante, glorioso, reinará para sempre com ele. Nessa promessa, Judá encontrou esperança para um futuro sem mais perseguição edomita; aqui também a igreja encontra esperança para o futuro, quando o reino deste mundo tiver se tornado no reino do nosso Senhor e de seu Cristo (Ap 11:15).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    ABDIAS foi profeta no Judá ao redor de 853 a.C.

    Ambiente da época: Edom sempre era um espinho no flanco do Judá. Freqüentemente participaram dos taques que outros inimigos iniciaram.

    Mensagem principal: Deus julgará ao Edom por suas más ações em contra do povo de Deus.

    Importância da mensagem: Ao igual a Edom foi destruída e desapareceu como nação, assim Deus destruirá aos soberbos e malvados.

    Profetas contemporâneos: Elías (875-848) Miqueas (865-853) e Jehú (855-840?)

    1 Abdías foi um profeta do Judá que falou do julgamento de Deus contra a nação do Edom. Há duas datas que usualmente se dão a esta profecia: (1) entre os anos 848:841 a.C., quando ao rei Joram e Jerusalém os atacaram a coalizão filisteu-árabe (2Cr 21:16ss), ou (2) em 586 a.C., quando os babilonios destruíram por completo a Jerusalém (2 Rseis 25; II Crônicas 36). Edom se regozijou pelas desgraças do Israel e Judá, mesmo que os edomitas e judeus descendiam de dois irmãos, Esaú e Jacó (Gn 25:19-26). Mas do mesmo modo que estes dois irmãos estavam em constante conflito, Israel e Edom raramente estavam em paz. Deus pronunciou julgamento sobre o Edom por suas ações insensíveis e maliciosas para seu povo.

    3 Edom era o vizinho do Judá se localizado ao sul e compartilhavam uma fronteira comum. Os vizinhos não sempre são amigos e Edom não queria ter nada que ver com o Judá. Seu capital nesse tempo era Sela (talvez tenha sido logo a cidade da Petra). Sela se considerava uma cidade impenetrável porque estava em um escarpado e perto de um canhão ao que solo chegava por um caminho estreito. As coisas que Edom considerava como fortaleza desta cidade constituíram sua ruína: (1) a segurança na cidade (vv. 3, 4), Deus os faria baixar das alturas; (2) a soberba por sua auto-suficiência (Gn 5:4), Deus os humilharia; (3) a riqueza (vv. 5, 6), os ladrões roubariam tudo o que tivessem; (4) os aliados (Gn 5:7), Deus faria que se voltassem contra Edom; (5) a sabedoria (vv. 8, 9), tudo seria destruído.

    3 Os edomitas se sentiam seguros e orgulhosos de sua auto-suficiência. Mas se enganavam devido a que não há segurança perdurável se separados de Deus. Está sua segurança em objetos ou em pessoas? Pergunte-se quanta segurança perdurável lhe oferecem realmente. As posses e a gente pode desaparecer em um momento, mas Deus não troca. Solo O pode nos oferecer verdadeira segurança.

    4 Os edomitas estavam orgulhosos de sua cidade cravada na rocha. Na atualidade é considerada como uma das maravilhas do mundo antigo, mas solo como atração turística. A Bíblia adverte que a soberba é a rota mais segura para a autodestruição (Pv 16:18). Ao igual a Sela (Petra) e Edom caíram, a gente soberba cairá. Uma pessoa humilde está mais segura que uma pessoa soberba, já que a humildade nos dá uma perspectiva mais adequada da gente mesmo e do mundo.

    4-9 Deus não pronunciou estes julgamentos severos contra Edom por vingança a não ser para exercer justiça. Deus é moralmente perfeito e demanda justiça e retidão perfeitas. Os edomitas simplesmente estavam obtendo o que se mereciam. devido a que assassinaram, seriam assassinados. devido a que roubaram, sofreriam roubos. devido a que se aproveitaram de outros, aproveitariam-se deles. Não peque pensando que "ninguém se inteirará" ou "que não o apanharão". Deus conhece todos nossos pecados, e O será justo.

    8 Edom se caracterizava por seus sábios. Existe uma diferença, entretanto, entre a sabedoria do homem e a sabedoria de Deus. Os edomitas puderam ter sido sábios nos caminhos do mundo, mas foram parvos porque ignoraram e se burlaram de Deus.

    9 Elifaz, um dos três amigos do Jó (Jó_2:11), era do Temán, oito quilômetros ao leste da Petra. Temán foi chamado assim pelo neto do Esaú (Gn 36:10-12).

    10, 11 Os israelitas descendiam do Jacó, e os edomitas de seu irmão, Esaú (Gn 25:19-26). Em vez de ajudar ao Israel e ao Judá quando o necessitavam, Edom permitiu que fossem destruídos e inclusive saquearam o que ficava. Edom se constituiu em seu inimigo, e seria destruído. Qualquer que não ajude ao povo de Deus é inimigo de Deus. Se você não ajudou a alguém em tempos de necessidade, pecou. O pecado não inclui sozinho o que fazemos, mas também o que nos negamos a fazer. Não despreze nem negue ajuda aos necessitados.

    12 Edom estava contente de ver o Judá em problemas. Seu rancor os levou a querer ver destruída à nação. Por esta má ação, Deus apagou ao Edom. Quão freqüentemente se alegra pelas desgraças de outros? devido a que unicamente Deus é o juiz, nunca devemos nos alegrar das desgraças de outros, inclusive se pensarmos que as merecem (veja-se Pv 24:17).

    12-14 De todos os vizinhos do Judá e Israel, Edom era o único ao que não lhe prometeu nenhuma misericórdia por parte de Deus. Isto foi devido a que saquearam Jerusalém, e se alegraram por suas desgraças. Traíram a seus irmãos de sangue em momentos de crise e ajudaram a seus inimigos. (Vejam-se também Sl 137:7; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 1:11-12.)

    15 por que a vingança de Deus cairia sobre as nações gentis? Edom não era a única nação que se alegrou com a queda do Judá. Todas as nações e os indivíduos serão julgados pela forma em que tratam ao povo de Deus. Algumas nações da atualidade tratam ao povo de Deus em forma favorável, enquanto que outras são hostis para eles. Deus julgará a todas as pessoas de acordo com a forma em que tratem a outros, especialmente aos crentes (Ap 20:12-13). Jesus falou disto em Mt 25:31-46.

    17-21 Judas Macabeo derrotou aos edomitas em 185 a.C. A nação já não existia no primeiro século D.C. No tempo da profecia do Abdías, pôde ter parecido que Edom sobreviveria mais que Judá. Mas Edom se desvaneceu e Judá segue existindo. Isto demonstra a absoluta certeza da Palavra de Deus e do castigo que aguarda todos os que maltrataram a

    19 Neguev era a região mais ao sul no Judá. Era uma região árida e quente. As colinas estavam no leste do Judá.

    20 As fronteiras do reino poderiam haver-se estendido até a Sefela (campos filisteus) e Sarepta, ao sul, entre Tiro e Sidón na costa mediterránea. Sefarad deve ter sido a cidade do Sardis.

    21 Abdías levou a mensagem de Deus sobre o castigo do Edom. Deus estava molesto tanto por sua rebelião interna como pela externa. A gente da atualidade se parece muito a dos tempos do Abdías. Vemos a arrogância, a inveja e a falsidade e nos perguntamos quando terminará tudo isto. Apesar dos efeitos do pecado, entretanto, Deus tem o controle. Quando em frente luta, não se desespere, nem renuncie a toda esperança. Saiba que quando tudo esteja dito e feito, o Senhor seguirá sendo o Rei, e a confiança que você deposite no não será em vão.

    21 Edom é um exemplo de todas as nações que são hostis com Deus. Nada pode romper a promessa de Deus de proteger a seu povo da destruição total. No livro do Abdías vemos quatro aspectos da mensagem de Deus sobre o julgamento: (1) o mal certamente será castigado; (2) os que são fiéis a Deus têm a esperança de um novo futuro; (3) Deus é soberano na história da humanidade; (4) o propósito final de Deus é estabelecer seu reino eternal. Os edomitas tinham sido cruéis com o povo de Deus. Eram arrogantes e soberbos, e se aproveitavam das desgraças alheias. Qualquer nação que maltrate às pessoas que obedecem a Deus será castigada, apesar do invencível que pareça. De maneira similar nós, como indivíduos, não devemos permitir nos sentir tão "cômodos" com nossa riqueza ou segurança que não possamos ajudar ao povo de Deus em necessidade. Isto é pecado. E devido a que Deus é justo, as pessoas que semeiam pecado colherão castigo.

    HISTÓRIA DO CONFLITO ENTRE o Israel E EDOM

    A nação do Israel descendia do Jacó; a nação do Edom descendia do Esaú.: Gn 25:23

    Jacó e Esaú lutaram no ventre de sua mãe.: Gn 25:19-26

    Esaú vendeu sua primogenitura e a bênção passou ao Jacó.: Gn 25:29-34

    Edom não quis deixar passar aos israelitas por sua terra.: Nu 20:14-22

    Os reis do Israel tiveram conflitos constantes com o Edom.:

    -- Saul: 1Sm 14:47-48

    -- Davi: 2Sm 8:13-14

    -- Salomão: 1Rs 11:14-22

    -- Joram: 2Rs 8:20-22; 2Cr 21:8ss

    -- Acaz: 2Cr 28:16

    Edom respirou a Babilônia para que destruíra Jerusalém.: Sl 137:7


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Situação I. EDOM'S: os progressos em sua situação (. Obad 1-9)

    1 Visão de Obadias.

    Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Temos ouvido novas da parte do Senhor, que um embaixador é enviado por entre as nações, dizendo : Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra. 2 Eis que te fiz pequeno entre as nações .: tu és muito desprezado 3 A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, cuja habitação é alta; que dizes no teu coração: Quem me derrubará em terra? 4 Embora subas ao alto como águia, e embora o teu ninho ser definido entre as estrelas, eu te trará dali, diz Jeová.

    5 Se viessem a ti ladrões, ou assaltantes de noite (como estás destruído!), não furtariam somente o que lhes bastasse? Se vindimadores viessem a ti, não deixariam alguns rabiscos? 6 Como são as coisas de Esaú procurou! como são os seus tesouros ocultos! 7 Todos os homens de teu confederação te trouxe em teu caminho até à fronteira: os homens que estavam em paz contigo te enganaram, e prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão lay uma armadilha debaixo de ti.: não há nele entendimento8 Acaso não acontecerá naquele dia, diz o Senhor, destruir os sábios de Edom, eo entendimento do monte de Esaú? 9 E os teus valentes, ó Temã, te espantes, a fim de que cada um pode ser cortado a partir do monte de Esaú pela matança.

    Obadias afirma claramente os passos para baixo da situação de Edom. Eles são os seguintes: (1) Jeová agita as nações contra Edom (v. Ob 1:1 ;) (2) Edom, portanto, é desprezada pelas nações (v. Ob 1:2 ); (3) coração enganado de Edom é descoberto (vv. Ob 1:3 , Ob 1:4 ); (4) conquistadores de Edom será pior do que ladrões (vv. Ob 1:5 , Ob 1:6 ); (5) as nações confiança de Edom, homens de teu confederação (homens, Enos , ou seja, os homens fracos), vai traí-los (v. Ob 1:7 ); (6) Jeová vai tirar sabedoria de conselheiros e coragem dos soldados (vv. Ob 1:8, Ob 1:9 ).

    O título deste livro é A Visão de Obadias . Em seguida, as palavras a respeito de Edom siga imediatamente, ligando a sua visão com o seu Revelador, Jeová. O livro é, na forma de uma cena de tribunal. Os participantes são os edomitas que estão sendo arraigned, os israelitas, que são os acusadores, e Jeová que é o Juiz. O nome do profeta significa "servo ou adorador de Jeová." Nada mais se sabe de Obadias. Os edomitas eram descendentes de Esaú e ocuparam uma região montanhosa cerca de cem quilômetros de comprimento e 20 milhas de largura, considerada por eles como inexpugnável.

    Três vezes neste breve capítulo Obadias lembra ao leitor que estas não são as suas palavras, mas de Jeová (vv. Ob 1:1 , Ob 1:8 , Ob 1:18 ). Por iniciativa do Senhor, nações vizinhas sobre Edom são despertadas contra ela: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra . A palavra eis que dá especial ênfase à mensagem. Jeová fala com os edomitas como eles enfrentam o juiz: "O orgulho é a sua queda. Você tem uma falsa segurança. Você será humilhado "(vv. Ob 1:1-4 ).

    O assaltante agarrando seu saque pela força leva apenas o que ele deseja, principalmente. O ladrão que rouba secretamente e sem força leva apenas aquilo que parece de valor. Vindimadores deixar gleanings (conforme Jr 49:9 ; Dt 23:7 ). Versículo Ob 1:12 : A partir de indiferença Edom passa a se alegrar ... sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína, progredindo, assim, ao prazer positivo na humilhação de Israel. Ela se sente compelido a falar orgulhosamente (ou seja, hebraico, "amplia a boca" com o riso; conforme Sl 35:21. ; Is 57:4 ; Os 2:1 ; Sf 1:7 , Sf 1:14 ; Ez 25:1 ).

    Tal como vós bebestes no meu santo monte (v. Ob 1:16 ). Santo monte de Jeová, Monte Sião, foi o local do templo do Senhor em Jerusalém (conforme Is 11:9 . Os ímpios de Edom, Judá, Israel, e todas as nações "este cálice do vinho da ira" de Jeová, "estar embriagado, e vomitar, e cairá, e não mais se levantar" (Jr 25:15 , Jr 25:27) .

    IV. RESTAURAÇÃO DE ISRAEL (Am 1:17 ).

    Na primeira parte da visão de Obadias as diversas nações são chamados a executar o julgamento contra Edom. Aqui (v. Ob 1:18) Israel e Judá se tornam os instrumentos, Jacó e José representando as doze tribos. Edom será completamente aniquilada, mesmo como o fogo consome completamente arrasadas. Esta profecia encontrou sua realização nas mãos dos judeus, pela primeira vez por Judas Macabeu (166 AC) e completamente sob João Hircano (135 AC ). A restauração do reino davídico, no sul é prevista e foi cumprida em nossos dias. Mesmo na Faixa de Gaza foi capturada dos árabes por Israel em junho de 1967. Para cumprir a profecia, no norte do campo de Efraim eo campo de Samaria seria restaurada para Israel, e no leste do Rio Jordão Benjamin possuiria Gilead . A partir de Sarepta (entre Sidon e Tiro) ao longo do Mar Mediterrâneo em direção ao sul, a fronteira ocidental é esticar, incluindo as cidades do Sul, ou seja, Negueb, como estudiosos acreditam. Estas fronteiras ampliadas passam a ser os bens (v. Ob 1:17) do remanescente fiel de Israel e Judá por determinação divina, porque o Senhor o disse (v. Ob 1:18 ).

    Jeová triunfos (v. Ob 1:21 ). Neste trecho final do livro, o autor passa do temporal para o eterno, do Mt. física Zion julgar o monte de Esaú ao reinado espiritual do Rei dos reis no poder supremo sobre toda a terra. Obadias junta pela visão "a voz de uma grande multidão, ... dizendo: Aleluia, porque o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso, reina" (Ap 19:6 ).

    Bibliografia

    Bewer, Julius A. " A Crítica e Exegetical em Obadias e Joel , " The International Critical Commentary . Eds. Charles Augustus Briggs, Samuel Rolles Driver e Alfred Plummer. Nova Iorque: Scribner, 1911.

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    Wade, GW "O Livro de Obadias," Westminster Comentários . London: Methuen de 1925.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Obadias

    O período: 586 a.C.; o lugar: Je-rusalém; o evento: a destruição de Jerusalém pelo exército babilônio. Percebemos a fúria dos soldados quando destroem os muros, ma-tam as pessoas e queimam a ci-dade. Mas também vemos mais uma coisa. Um grupo de cidadãos da nação vizinha — os edomitas — quando se levanta do outro lado e encoraja o exército babi-lônio: "Arrasai, arrasai-a. [...] Fe-liz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra" (SI 137:7-9). Quem são essas pesso-as que desejam que essas coisas terríveis aconteçam com seus vizi-nhos? Eles são irmãos dos judeus. Os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão mais velho de Jacó (Gn 25:21-26). No exterior, Esaú parecia um homem muito melhor que Jacó, cheio de esquemas; no entanto, Deus escolheu Jacó e re-jeitou Esaú. Esaú mudou-se para as montanhas, do sul, e estabe-leceu o reino edomita (Iduméia), contudo seus descendentes per-manecem inimigos.

    Esse pequeno relato de Oba-dias (o menor do Antigo Testamen-to) lida com esses dois irmãos: Esaú e Jacó — Edom e Israel. O profeta apresenta uma mensagem dupla:

    I. A vingança de Deus sobre Esaú (vv. 1-16)

    Jr 49:7-24 já anunciara a des-truição de Edom; na verdade, Oba-dias apresenta algumas citações de Jeremias. Esse é o "rumor" ou "rela-to" que Obadias ouviu. Deus vinga-ria Israel e destruiría Edom. Por quê? Por causa de seus pecados. Quais eram esses pecados?

  • Orgulho (vv. 3-4)
  • Edom era uma nação pequena que se gabava de suas realizações. Na verdade, Edom foi entalhada na ro-cha, realmente o povo estava "ani-nhado" na rocha (v. 4). A principal cidade de Edom, Petra, foi escavada nos lados das montanhas, e a forta-leza parece inexpugnável. Compare comIs 14:12-23.

  • Alianças (v. 7)
  • Os edomitas aliaram-se com as na-ções circunvizinhas para oprimir Je-rusalém, em vez de compartilhar o fardo de seus irmãos de Israel.

  • Violência (v. 10)
  • Os edomitas ajudaram na destruição de Jerusalém. Como? Ao não fazer nada para impedi-la e ao encorajar os que, de fato, fizeram o estrago. Eles estavam presentes (v. 11) e não ficaram do lado dos judeus. Isso nos faz lembrar do sacerdote e do levita na parábola que Cristo contou so-bre o bom samaritano (Lc 10:31-42).

    Podemos não levantar realmente a mão para ferir alguém, mas ao assis-tir e não fazer nada somos cúmpli-ces do crime.

  • Alegria (v. 12)
  • Edom deveria chorar pela calami-dade que aconteceu com seu ir-mão; contudo, em vez disso, ale-grou-se e sentiu prazer. Veja Pro-vérbios 24:1-7-1 8.

  • Saque (v. 13)
  • Eles tiraram vantagem da situação dos judeus e roubaram as riquezas do povo e da cidade. Deus viu essa pilhagem, embora os ladrões te-nham escapado.

  • Obstrução da fuga de judeus (v. 14)
  • Alguns judeus tentaram fugir e prote-ger suas famílias, todavia os edomitas bloquearam o caminho deles. Eles até ajudaram a capturar os que fugiram e os levaram para os babilônios.

  • Celebrações com bebida (v. 16)
  • Os edomitas pegaram os suprimen-tos de vinho e fizeram uma grande celebração. Por fim, o inimigo deles fora derrotado.

    Observe que o versículo 15, no entanto, informa que Deus os tratará da mesma forma que trataram os ju-deus. Veja tambémSl 137:8-19. Eles traíram os judeus, por isso seus aliados também os traíram (v. 7).

    Eles pilharam e saquearam; assim, a nação deles também seria roubada (vv. 5-6). Edom foi violenta e seria totalmente exterminada (vv. 9-10). Edom queria a destruição dos ju-deus, no entanto foi destruída pelos babilônios (v. 10,18). Edom colheu o que plantou. Veja também Isaí- as 34:5-15; Ezequiel 25:12-14; 35:1- 15; Jl 1:11-30.

    II. Deus dá vitória a Jacó (w. 17-21)

    "Mas", essa pequena partícula que inicia o versículo 17 marca o ponto de virada. Deus promete livramen-to e purificação para o monte Sião. Sim, Israel pecou, e o templo foi destruído por causa do pecado dele, todavia o Senhor restaura e purifica "a casa de Jacó", mas não a de Esaú (os edomitas). No versículo 18, ob-serve que há reunião e restauração, pois a casa de José (as tribos do sul) e a casa de Jacó são como fogo con-tra Edom. Chegará o dia em que os judeus "possuirão as suas herdades" — sua terra, seu templo, sua cidade e seu reino. Nos versículos 1:7-20, a palavra-chave é "possuir". Sem dúvida, a terra pertence a Israel por causa da promessa do Senhor a Abraão. Ele também possui sua cidade. Contudo, não tem a posse total dessas coisas, pois as nações gentias têm dominado sua terra há séculos. Todavia, aproxima-se o dia em que Jesus Cristo retornará para devolver a Israel suas posses a fim de que as usufrua e use-as para a glória de Deus.

    "E o reino será do Senhor." Que forma maravilhosa de terminar esse breve livro! Hoje, o Rei é rejeitado, e o trono de Davi está vazio, em Jeru-salém. Os judeus estão na triste situa-ção descrita emDn 3:4-28 — sem rei, sem sacerdote, sem sacrifício e sem sacerdócio. No entanto, quando Cristo retornar, a nação levantará os olhos para o Traspassado e será pu-rificada e perdoada, e o reino será estabelecido. Daniel viu Cristo, a Pe-dra, descer e esmagar todos os reinos do mundo (Ez 2:44-27). Não impor-ta o que aconteça com os interesses de Israel enquanto as nações gentias tentam controlá-lo ou capturá-lo, te-nha certeza de que Deus cuida de seu povo e, um dia, lhe dará o reino prometido.

    Todavia, devemos nos apro-fundar se quisermos apreender toda a mensagem espiritual que esse livro transmite, pois "Esaú" e "Jacó" representam mais que dois irmãos e duas nações. Eles repre-sentam duas forças que se opõem — a carne e o Espírito. Esaú era um homem bem-apessoado, ativo, sau-dável, sociável, atlético; Jacó era caseiro e cheio de truques e de pla-nos egoístas. Se tivéssemos de es-colher entre esses dois jovens, sem dúvida, escolheriamos Esaú. Deus, porém, escolheu Jacó. Ao longo da Bíblia, o Senhor é conhecido como "o Deus de Jacó". Isso é a graça do Senhor. A salvação é mérito, é gra-ça, e graça apenas. Deus usou Jacó como pai das tribos de Israel. O Se-nhor deu suas alianças e promessas a Jacó, não a Esaú.

    Assim, Jacó representa o filho de Deus, escolhido pela graça do Se-nhor, aquele que muitas vezes peca e fracassa, porém, no fim, ganha sua herança. Ele representa a luta entre a carne e o Espírito (Gl 5:16-48). Esaú representa a carne — atraente, poderoso, orgulhoso, ávido e rebel-de, além de sempre parecer estar do lado vencedor. Entretanto, Deus pronunciou o julgamento sobre a carne, e, um dia, esse julgamento virá. Edom era orgulhoso e rebelde e riu quando Jerusalém caiu. Con-tudo, depois de cinco anos, Edom também caiu ante os babilônios — e onde está Edom hoje? Este mundo vangloria-se da carne, do que ela realiza, de como ela é forte, contu-do chegará o dia em que toda a car-ne cairá diante da vitória de Cristo. Leia Ap 19:11-66 e observe com cuidado os versículos 17:18 que mencionam a "carne" repetidas vezes.

    A batalha entre Esaú e Jacó, car-ne e Espírito, acontece ao longo de toda a Bíblia. Os Herodes do Novo Testamento eram edomitas. Um de-les matou os bebês judeus na espe-rança de destruir a Cristo (Mt 2:16-40. Car-ne versus Espírito, orgulho versus submissão, os caminhos do homem versus os de Deus: a batalha con-tinuará até o retorno de Cristo e o estabelecimento do reino.

    A história tem uma lei de retri-buição: as nações recebem das ou-tras exatamente o que lhes deram (v. 15). VejaJr 50:29. As nações gentias, especificamente, serão cha-madas a prestar contas pela forma como trataram os judeus. Pode levar muito tempo, mas o julgamento de Deus cairá sobre todos os que se re-cusaram a fazer a vontade dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    1 Obadias. Quer dizer "servo do Senhor", nome comum na Bíblia. Assim diz o Senhor Deus. Esta é uma expressão que indica a autoridade divina da profecia inteira. Edom. Esta nação, composta dos descendentes de Esaú, irmão de Jacó (que veio a ser chamado Israel), repetidas vezes estava em guerra contra a nação irmã, Israel. O caso mais terrível desta inimizade, entretanto, revelou-se quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém juntamente com o templo em 586 a.C., oportunidade aproveitada pelos edomitas para depredar o que restava da cidade e das fazendas abandonadas.

    2 A mensagem para Edom começa neste versículo, depois da introdução que descreve o assunto e a situação.
    3 Habitas nas fendas das rochas. Refere-se à capital de Edom, a grande cidade de pedra esculpida, na rocha sólida e por isso mesmo chamada Sela ("rocha" em hebraico) e Petra ("rocha" em latim). Alta morada. A maior parte de Edom era rochosa e alta; o que resta de Sela mostra quão seguros os edomitas podiam se sentir. Aliás, os vv. 6 e 7 dão a entender que só uma traição podia abrir o caminho àquela fortaleza.

    6 Esaú. Pai de todos os edomitas, e irmão gêmeo de Jacó, ao qual odiava por causa da profecia de que Esaú serviria a Jacó (Gn 25:23, 30). Esta rivalidade contra Israel foi herdada pelos edomitas (2Cr 21:8-14; Nu 20:14-4). Esquadrinhados. Talvez haja aqui uma dupla referência:
    1) Obra de um espião a revelar os segredos da fortaleza; e
    2) Obra dos soldados invasores, nada deixando de valor na cidade assaltada.

    7 Na época de Obadias, a infiltração dos árabes na direção de Edom já havia começado, mas foi apenas no século V a.C. que a capital caiu em suas mãos, da maneira aqui profetizada. Por outro lado, porém, parece que o mesmo Nabucodonosor que destruiu a Jerusalém, invadiu a Edom alguns anos mais tarde, isto é, no ano 581 a.C.
    11-14 Este trecho relembra o que os edomitas tinham feito depois da destruição de Jerusalém, fazendo por merecer, assim, posteriormente, um fim semelhante.
    15 O Dia do Senhor. Heb yôm yehõwâh, o dia no qual Deus julga abertamente, publicamente, sem haver escape (Sf 1:14-36). Todos os "dias do Senhor" são apenas prelúdios do grande período final do julgamento, preeminentemente o Dia do Senhor descrito em Apocalipse, caps. 6 até 20, que começa com o derramamento dos julgamentos sobre a terra, e tem por clímax a volta pessoal de Cristo, a destruição dos inimigos de Deus (Ap 19:11-66) e o estabelecimento do Seu reino (Ap 20:1-66).

    16 Bebestes. Refere-se à ira de Deus.

    17 Livramento. Um meio de escape. É possível que aqui se profetize a vinda do Salvador que, no monte Sião, em Jerusalém, viria a oferecer-se como libertação do pecado e das suas conseqüências eternas.

    18 Ninguém mais restará. Não existe mais nenhum edomita no mundo de hoje.

    20 Sefarade. Uma cidade que ficava, entre Tiro e Sidom, mencionada em 1Rs 17:9 e Lc

    4.26 sob o nome de Sarepta.
    21 Salvadores. Os próprios judeus aplicam esta palavra ao Messias e aos Seus servos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Am 1:1

    Título (v. la)
    A profecia de Obadias é chamada de Visão (heb. hãzôn), um termo usado para falar da natureza revelatória da compreensão profética do significado de eventos históricos específicos. A visão do profeta é idêntica à palavra de Javé (conforme v. lb).

    I. O JUÍZO DE DEUS SOBRE EDOM (V. 1B-10)
    v. 1. O título o Sobe?'ano, o Senhor (heb. 'Adõnãi Yahweh) destaca a honra e a majestade do Deus de Israel: só ele é “Senhor (heb. ’ãdôn) de toda a terra” (Sl 97:5; Mq 4:13Zc 4:14); ele é o Senhor soberano da história. a respeito de Edom\ os edomitas habitavam a região montanhosa a sudeste de Judá, entre o mar Morto e o golfo de Acaba. Nós ouvimos: Obadias fala como líder de uma comunidade de profetas. “Rumores” na 5A no lugar de mensagem (“notícias” ou “uma revelação”) é enganoso. Um mensageiro (“arauto”; anjo?)/o/ enviado às nações para chamá-las à guerra contra Edom. v. 2-4. A palavra de Deus vem contra uma nação orgulhosa. O povo que pensa que é tão grande e elevado vai ser rebaixado, nas cavidades das rochas (heb. sela‘): o hebraico faz eco com a fortaleza de Selá nas montanhas de Edom (conforme 2Rs 14:7), que controlava a bacia em que mais tarde os nabateus construíram a famosa cidade de Petra. Mas a autoconfiança de Edom é falsa; mesmo que fosse capaz de subir tão alto como a águia e conseguisse fazer o seu ninho nas estrelas, não seria capaz de fugir do juízo de Deus. v. 5. A condenação que está para cair sobre Edom é retratada por figuras de linguagem muito nítidas. Os saqueadores de Edom são comparados a ladrões que vêm de noite como colhedores de uvas; ladrões normalmente só pegam o que eles querem, e colhedores de uvas deixam um resto para os pobres (Lv

    19.10); mas os que saquearem Edom não deixarão nada. v. 6,7. O profeta lamenta a morte de Edom como se já fosse um evento do passado. O estilo é o de um canto fúnebre. Esaú\ observe o uso do nome de um indivíduo para representar um grupo maior, uma forma de pensamento tipicamente semítica que os estudiosos chamam “personalidade coletiva”. Conforme também o uso de “Edom” (Esaú) e “Jacó” para personificar os edomitas e israelitas em todo o livro. (Acerca dessa idéia tão importante do ATOS, conforme E. Jacob, Theology of the OT, 1958, p. 153-6; e esp. H. W. Robinson, Corporate Personality in Ancient Israel, 1964.) v. 8. Os montes de Esaú representam a região montanhosa habitada pelos edomitas em contraste com o “monte Sião” (Jerusalém; conforme v. 17). v. 9. Temã era a cidade principal de Edom e era protegida pela cidade-fortaleza próxima de Selá; os seus habitantes eram famosos pela sua sabedoria (conforme Jr 49:7; Is 51:17; Jr 25:15,Jr 25:16; Hc 2:15,Hc 2:16; Zc 12:2Ez 23:32-34; Lm 4:21). v. 17,18. Mas um remanescente de Israel será firmado no monte Sião reconsagrado (conforme Os 3:17); a descendên-áa de Jacó (i.e., Judá, o Reino do Sul) e a de José (i.e., Israel, o Reino do Norte; conforme Jl 5:6Zc 10:6) serão reunidas (conforme Is 11:13,Is 11:14; Jr 3:18Jr 23:5,Jr 23:6; Jr 31:1; Ez 37:15-27; Dn 2:2; Mq 2:12Zc 9:10), e a descendência de Esaú (Edom) será destruída, v. 19,20. A restauração de Judá vai incluir uma expansão do seu território; os israelitas do Neguebe vão receber a terra de Edom (os montes de Esaú); os israelitas da Sefelá vão ocupar a planície costeira conhecida como terra dos filisteus; o território do antigo Reino do Norte (Efraim e Samaria) será novamente ocupado pelos israelitas, como também Gileade e a Transjordânia; os exilados vão voltar a possuir a terra até o extremo norte em Sarepta e até o extremo sul no Neguebe. V. um mapa para entender melhor os locais geográficos mencionados, v. 20. A localização exata de Sefarade é desconhecida; a identificação mais provável é com Sardis na Asia Menor (conhecida entre os persas como Sfarda). v. 21. vencedores', líderes levantados pelo Senhor entre o povo como nos dias dos juízes (conforme Jz 2:16; Jz 3:9,Jz 3:15 etc.) serão estabelecidos em Jerusalém para governar a terra de Edom (e as outras nações). O reino que será estabelecido não será simplesmente um reino humano, mas será do Senhor (conforme “Reino”, DTE).

    BIBLIOGRAFIA
    Allen, L. C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and Micah. NICOT. Grand Rapids, 1976.

    Bevver, J. A. Obadiah, in: A Critical and Exegetical Commentary on Micah, Zephaniah, Nahum, Obadiah and Joel. J. M. P. Smith et al. ICC. Edinburgh e New York, 1911.

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    Meyers, J. Hosea to Jonah. Layman’s Bible Commentary. London e Richmond, 1959. Wade, G. W. The Books of the Prophets Micah, Obadiah, Joel and Jonah. WC. London, 1925.

    Watts, J. D. W. Obadiah: A Critical Exegetical Commentary. Grand Rapids, 1970.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 15 até o 16

    V. Edom Sentenciada. Versículos Ob 1:15-20.

    A. Julgamento. Versículos Ob 1:15, Ob 1:16. O promotor fundamentou o seu caso contra Edom e, agora, o Juiz esboça a base para punir o criminoso.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 16
    OBADIAS - Se o livro de Obadias é uma escritura inspirada, por que então ele não é citado no NT?

    (Esta questão é abordada no comentário de Ec 1:1.)

    OBADIAS - A profecia de Obadias é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu?

    PROBLEMA:
    A profecia de Obadias é essencialmente uma mensagem de juízo moral e divino sobre as nações. Dos 21 versículos que compõem este livro, 16 são dirigidos como pronunciamentos de juízos que estavam para vir contra Edom e 5 versículos são dedicados ao futuro triunfo de Israel sobre Edom. Mas isso não é apenas uma afirmação do nacionalismo judeu, e não uma revelação de Deus?

    SOLUÇÃO: O livro de Obadias é uma revelação da soberania de Deus apresentada em meio à uma desgraça e derrota da nação. A impotência do povo de Deus contra os seus inimigos era um reflexo do poder do Deus de Israel. Yahveh não era um Deus derrotado? Não estava Ele sem poder para resistir aos inimigos do seu povo? "Não!", foi a retumbante resposta de Obadias! O Deus de Israel manterá as suas promessas mesmo que o futuro não pareça bom. As nações não entenderam que sua vitória temporária sobre o povo de Israel era uma obra do próprio Deus. A mensagem de Obadias é que o Deus de Israel sempre possui o controle total da situação e cumprirá seu propósito. É uma mensagem de fé, esperança e de vitória sobre os inimigos de Deus.

    Mas o triunfo de Israel será uma bênção para todas as nações. A apostasia de Israel trouxe juízo. Mas, "se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?" (Rm 11:15). O livro de Obadias não é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu. É uma declaração da fidelidade de Deus e um testemunho de sua justiça moral, pela qual ele por fim estabelecerá a justiça na terra.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 15 até o 21
    III. JULGAMENTO DE EDOM E DE TODAS AS NAÇÕES NO DIA DO SENHOR; RESTAURAÇÃO DE JUDÁ. Ob 15:21

    O dia do Senhor (15) é um dos grandes temas do Antigo Testamento. Seu caráter é salientado e não tanto sua ocasião exata, embora se trate do desenlace final da história, e geralmente seja referido como iminente. Visto que "só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is 2:11), trata-se de um dia de justa retribuição contra "todas as gentes que se esquecem de Deus" (Sl 9:17). Entre esses povos, Edom também haveria de sofrer: como tu fizeste, assim se fará contigo (15).

    >Ob 1:16

    Parece que o versículo 16 é um golpe de ironia. O profeta, relembrando-se do modo pelo qual os edomitas folgaram e beberam em Jerusalém, depois da pilhagem da cidade, declara que as nações pagãs realmente beberam, mas de uma tal bebida e engolindo de tal maneira, que serão como se nunca tivessem sido.

    >Ob 1:17

    No julgamento de Jeová contra as nações, entretanto, haverá um lugar seguro: no monte de Sião haverá livramentos (17). Ali, "os da casa de Jacó" se congregarão. A frase: e ele será santo, não se refere à qualidade moral, mas à segurança contra a contaminação, e assim, contra o assalto dos pagãos, tal como em Os 3:17. O mais importante de tudo é que o remanescente salvo da casa de Jacó seria reinstalado nos territórios que desde os dias antigos lhe tinham sido dados por Deus.

    É interessante notar que, no versículo seguinte, a casa de José é mencionada paralelamente à casa de Jacó. Isso significa que haverá uma restauração do reino do norte, Israel, além da restauração do reino do sul, Judá.

    Historicamente falando, foi somente através de um único israelita fiel, Jesus Cristo, "o Leão da tribo de Judá" (Ap 5:5) -que os propósitos salvadores de Deus foram realizados. Por Sua morte, porém, o Cristo de Deus haveria de "reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos" (Jo 11:52); e, nos propósitos de Deus, o Israel espiritual, Seu povo escolhido, estará afinal completo em todas as suas tribos. Será a nação plenamente restaurada dos filhos de Israel que, como fogo, consumirão a casa inteira de Esaú.

    >Ob 1:19

    A completa extensão das "herdades" de Israel, é dada nos versículos 19:20. Nem todos os detalhes são claros, e essa passagem pode ter sido um tanto corrompida no hebraico; porém, uma vista de olhos sobre as principais divisões físicas do reino, em um mapa e um exame numa passagem como Jr 33:13, ajudarão a transmitir de modo satisfatório o sentido geral. Até os dias modernos o sul é conhecido pelo termo hebraico, o "Negebe", e é a área que fica ao sul de Hebrom, em direção ao deserto de Parã. A segunda divisão, chamada aqui de as planícies, é composta das terras baixas que em termos gerais ficam ao oeste de Hebrom, em direção ao mar. A faixa litorânea propriamente dita era ocupada pelos filisteus, que ali haviam chegado no século XII A. C., após os israelitas terem entrado na terra de Canaã. A terceira divisão, de Judá, deveria ser chamada de região montanhosa e se tem conjecturado que a sentença seguinte, do versículo 19, perdeu seu sujeito original e que (neste particular com algum apoio da Septuaginta) deveria ser restaurada para que lesse: "os da região montanhosa possuirão também os campos de Efraim e as colinas de Samaria".

    O texto do versículo seguinte é ainda mais incerto, mas, na sua totalidade, parece melhor considerá-lo como uma referência ao futuro dos dois principais grupos de exilados hebreus: primeiro, aqueles que foram deportados por Sargem, após a queda de Samaria, em 721 A. C. (deste exército dos filhos de Israel); e segundo, os cativos de Jerusalém, isto é, aqueles que foram levados por Nabucodonosor, em 586 A. C. O primeiro grupo ocupará a terra dos cananitas, (isto é, os fenícios; cfr. Mt 15:22 e Mc 7:26), visto que sua área original está atualmente ocupada por judeus do reino do sul. O último grupo ocupará as cidades do Negebe, que os judeus que ocupavam Edom, tinham vagas (19). Zarefate, que é apresentado como o lugar deste último cativeiro, não pode ser atualmente identificado. Têm sido sugeridas localizações na Mesopotâmia, na Ásia Menor e na Espanha. Mas, sem dúvida alguma, tratava-se de um grupo de judeus exilados que Obadias e seus ouvintes consideravam com especial interesse.

    O versículo final da profecia de Obadias reúne os temas principais do livro em duas notáveis afirmações. Primeiramente, temos a execução, de fato, do julgamento contra Edom, por meio de salvadores, cuja sede fica em Jerusalém. Para com os judeus, tais salvadores serão libertadores ou defensores (cfr. Jz 2:16 e Is 19:20), e para com os edomitas, serão executores da justiça.

    Finalmente, o reino será do Senhor. O povo de Deus nunca duvidou que Jeová estava controlando os acontecimentos como Rei, pois, como diz a Versão do Livro de Oração, "nunca esteja a terra tão inquieta", Sl 99:1. Porém, o povo de Deus sempre aguardou a plena expressão e reconhecimento de Seu governo soberano. Ver Ez 2:44 e Ez 7:27, e, especialmente, Ap 11:15, onde vemos que o povo de Deus continua regozijando-se na certeza "de que os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre".

    D. W. B. Robinson.


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Contínuo

    adjetivo Que não se divide; sem interrupções; constante, ininterrupto: linha contínua.
    Que não se pode nem se consegue interromper, parar: trabalho contínuo.
    Que se estende no tempo sem pausas nem intervalos; continuado, seguido: uso contínuo da terra para o cultivo de milho.
    Que se repete de modo consecutivo; sucessivo: uso contínuo de poder.
    Repleto de lógica e coerência: ideias contínuas.
    [Fonética] Diz-se de uma consoante produzida com estreitamento do canal bucal no ponto de articulação.
    substantivo masculino Funcionário que trabalha com entregas, visitas a bancos, entre outros; boy.
    Etimologia (origem da palavra contínuo). Do latim continuus.a.um, "ininterrupto".

    Engolir

    verbo transitivo Fazer descer pela garganta: engolir a comida.
    Figurado Aceitar, suportar alguma coisa desagradável: engolir uma afronta.
    Fam. Acreditar ingenuamente: fizeram-no engolir a história.
    Engolir em seco, ficar calado, aceitar um insulto, sem responder.
    Figurado Sofrer censura ou dano sem se queixar.
    Fam. Engolir com os olhos, olhar avidamente.
    Fam. Engolir a pílula, ser ludibriado, acreditar em mentira.

    Monte

    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


    Nações

    nação | s. f. | s. f. pl.
    Será que queria dizer nações?

    na·ção
    nome feminino

    1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

    2. Estado que se governa por leis próprias.

    3. Casta, raça.

    4. Naturalidade, pátria.


    nações
    nome feminino plural

    5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


    direito das nações
    Direito internacional.


    Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

    Nações Ver Gentios.

    Nunca

    advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
    De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
    De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
    Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
    Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.

    Santidade

    É por assim dizer o atributo essencial de Deus. Encerra a idéia de seu mistério, de sua glória e majestade, de sua bondade e fidelidade. O termo hebreu kadosh significa “separar”, é o ser absolutamente distinto, que inspira respeito e adoração, não conflitante com a confiança, sobretudo desde que Jesus se dirige sempre a ele como Pai e nos ensina a chamá-lo assim.

    A santidade do homem consiste antes de tudo na posse da graça de Deus que o transforma em seu interior fazendo-o participar da santidade e do ser de Deus.


    Santidade
    1) Atributo de Deus (Pai, Filho e Espírito) pelo qual ele é moralmente puro e perfeito, separado e acima do que é mau e imperfeito (Ex 15:11); (Sl 29:2); (He 12:10)

    2) Qualidade do membro do povo de Deus que o leva a se separar dos pagãos, a não seguir os maus costumes deste mundo, a pertencer somente a Deus e a ser completamente fiel a ele (1Ts 3:13). 3 No AT, separação de coisas ou pessoas para Deus e para o culto. Eram santos os sacerdotes (Lv 21:6-8), os NAZIREUS (Nu 6:5-8), Canaã (Zc 2:12), Jerusalém (Is 52:1), o Templo (Sl 11:4), os altares, o óleo e os utensílios do culto (Ex 30:25-29) , os sacrifícios (Ex 28:38)

    Santidade Ver Santo.

    Serão

    serão s. .M 1. Tarefa ou trabalho noturno. 2. Duração ou remuneração desse trabalho. 3. Reunião familiar à noite. 4. Sarau.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Obadias 1: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porque, como vós bebestes sobre o Meu santo monte, também assim, de contínuo, beberão de ti todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido.
    Obadias 1: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H1471
    gôwy
    גֹּוי
    nação, povo
    (of the Gentiles)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2022
    har
    הַר
    as montanhas
    (the mountains)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H3886
    lûwaʻ
    לוּעַ
    desprender de um lado ou do lado
    (paralyzed)
    Verbo - Futuro do pretérito ou passivo - nominativo masculino singular
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6944
    qôdesh
    קֹדֶשׁ
    sagrado
    (holy)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H8354
    shâthâh
    שָׁתָה
    beber
    (And he drank)
    Verbo
    H8548
    tâmîyd
    תָּמִיד
    continuidade, perpetuidade, estender
    (always)
    Substantivo


    גֹּוי


    (H1471)
    gôwy (go'-ee)

    01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

    aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

    1. nação, povo
      1. nação, povo
        1. noralmente referindo-se a não judeus
        2. referindo-se aos descendentes de Abraão
        3. referindo-se a Israel
      2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
      3. Goim? = “nações”

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    הַר


    (H2022)
    har (har)

    02022 הר har

    uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

    1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    לוּעַ


    (H3886)
    lûwaʻ (loo'-ah)

    03886 לוע luwa ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1098; v

    1. (Qal) engolir, sorver

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    קֹדֶשׁ


    (H6944)
    qôdesh (ko'-desh)

    06944 קדש qodesh

    procedente de 6942; DITAT - 1990a; n. m.

    1. separado, santidade, sacralidade, posto à parte
      1. separado, santidade, sacralidade
        1. referindo-se a Deus
        2. referindo-se a lugares
        3. referindo-se a coisas
      2. algo à parte, separado

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    שָׁתָה


    (H8354)
    shâthâh (shaw-thaw')

    08354 שתה shathah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2477; v.

    1. beber
      1. (Qal)
        1. beber
          1. referindo-se a beber o cálice da ira de Deus, de massacre, de ações ímpias (fig.)
        2. festejar
      2. (Nifal) ser bebido

    תָּמִיד


    (H8548)
    tâmîyd (taw-meed')

    08548 תמיד tamiyd

    procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 1157a; n. m.

    1. continuidade, perpetuidade, estender
      1. continuamente, continuadamente (como advérbio)
      2. continuidade (substantivo)