Enciclopédia de Jonas 4:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jn 4: 1

Versão Versículo
ARA Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado.
ARC MAS desgostou-se Jonas extremamente disso, e ficou todo ressentido.
TB Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.
HSB וַיֵּ֥רַע אֶל־ יוֹנָ֖ה רָעָ֣ה גְדוֹלָ֑ה וַיִּ֖חַר לֽוֹ׃
BKJ Mas isso desagradou muito a Jonas, e ele ficou enfurecido.
LTT Mas isso desagradou a Jonas parecendo-lhe enorme mal, e isto fez arder ira nele.
BJ2 Mas isso trouxe a Jonas um grande desgosto e ele ficou irado.
VULG Et afflictus est Jonas afflictione magna, et iratus est :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jonas 4:1

Jonas 4:4 E disse o Senhor: É razoável esse teu ressentimento?
Jonas 4:9 Então, disse Deus a Jonas: É acaso razoável que assim te enfades por causa da aboboreira? E ele disse: É justo que me enfade a ponto de desejar a morte.
Mateus 20:15 Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
Lucas 7:39 Quando isso viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
Lucas 15:28 Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
Atos 13:46 Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.
Tiago 4:5 Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
SEÇÃO IV

DEUS CONVENCE JONAS PELA LÓGICA

Jonas 4:1-11

A. O DESCONTENTAMENTO DE JONAS 4:1-3

A auto-estima e o nacionalismo de Jonas o indispuseram a aceitar as intenções mi-sericordiosas de Deus para com um povo arrependido. Os ninivitas fizeram com que ele ficasse profundamente ressentido com o perdão mostrado àquela cidade. Ver milhares dos inimigos de Israel em busca de Deus, na verdade, enfureceu o profeta.

De seu baixo ponto de vista, tudo o que via era que sua predição não se cumprira -portanto, era falsa — e o inimigo nacional de Israel fora poupado. Desgostou-se Jonas extremamente... e ficou todo ressentido (1). Literalmente: "Foi mal para Jonas" e "isto [o desgosto] o queimava".

O profeta percebeu que, se a Assíria, o destruidor predito de Israel (Os 9:3-11.5,11; Am 5:27) fosse destruída como profetizara, Israel ficaria livre de seu maior perigo. Não haveria pesado tributo a pagar, e o país se desenvolveria em uma nação mais forte e influente. Porém agora parecia que, com a salvação dos inimigos de Israel, Jonas anun-ciava a destruição de seu próprio povo.

Mas Israel não seria poupado apenas com a destruição de Nínive. Eram seus própri-os pecados que destruíam a nação israelita (cf. Mt 7:4-5).

A despeito de seu espírito hostil, Jonas considerava-se crente fiel, pois orou ao SENHOR (2). É tristemente comum que a pessoa que observa as formas devocionais e se considere crente manifeste atitudes insensíveis e rejeite a vontade de Deus.

"Há crentes que supõem que o dom de profecia e o dom de operação de maravilhas são os mais importantes concedidos aos homens; mas quem pensa assim está completa-mente enganado, pois estes dons não mudam o coração. Jonas tinha o dom de profecia, mas não tinha recebido a graça que destrói o velho homem e recria a alma em Cristo Jesus. Este é o amor mencionado por Paulo; a pessoa que não tem esse amor, mesmo que tenha o dom de profecia e remova montanhas milagrosamente, à vista de Deus e apesar de algum bem que colha disso, é como o bronze que ressoa ou como o címbalo que retine".1

O profeta petulante culpou o Senhor, não só por poupar a cidade inimiga, mas por sua fuga pessoal e desobediente a Társis. Ele ousou dizer: Fugi, pois sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal (2). Assim, defendeu o próprio fracasso e culpou a bondade de Deus. Talvez tivesse em mente o texto de Êxodo 34:6 (cf. Jl 2:13).

Jonas sentia-se pessoalmente desacreditado e humilhado. Vencido pela autopiedade, preferiu morrer a ter de enfrentar a vergonha de ser alvo de riso entre sua própria gente quando voltasse para casa. Tinha certeza de que o julgariam pelos resultados da profe-cia. Por isso, orou: Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a minha vida, porque me-lhor me é morrer do que viver (3). Sua reputação e prestígio entre os amigos e compa-triotas lhe eram mais importantes que a preservação de milhares de pessoas inocentes.

Elias, em certa ocasião, quando viu o resultado desfavorável de eventos nos quais se envolvera, também pediu a morte (1 Rs 19.4). Teve ciúme por Deus e ficou angustiado, porque tão poucos buscavam ao Senhor. Por outro lado, Jonas teve ciúme de Deus e ficou angustiado, porque tanta gente buscava ao Senhor (cf. Nm 11:15; 6:8-9).

Pouco antes (2.6), o profeta ficou extremamente alegre e grato quando Deus lhe poupara a vida. Naquela ocasião, falou eloqüentemente da misericórdia do Senhor. Ago-ra, menospreza a vida porque essa mesma bondade divina foi mostrada a outros. É tra-gicamente verdadeiro que os homens não percebem de que espírito eles são (cf. Lc 9:55). O desgosto irado de Jonas mostrou falta de autocontrole, de reverência a Deus e de amor pelos homens.

Como era diferente a atitude de Paulo diante da vida e da morte! Ele tinha "desejo de partir e estar com Cristo", mas também estava disposto a viver, se fosse usado pelo Senhor para oferecer a misericórdia divina aos outros. Ainda que a morte lhe fosse ganho pessoal, viver seria para a maior honra de Cristo (Fp 1:20-26).

B. O PARECER DE DEUS, 4:4-9

Deus, que salvara Jonas da morte quando este estava em desobediência flagrante, faz um debate com ele acerca de seu estado de espírito descontente e zangado. É razoá-vel esse teu ressentimento? (1; cf. Tg 1:20). A verdadeira questão era: Por que Jonas estava com raiva? Qual era a base para este comportamento? O Senhor estava insatisfei-to com a atitude do profeta, mas não o reprovou abertamente. Somente apresentou a situação de forma que Jonas visse por si mesmo como sua conduta era infantil e, assim, mudasse de atitude.

"O que o Senhor diz a Jonas, transmite-o a todos que, irados, estão no ofício de curar almas. [...] Se estão irados, não com os homens mas com os pecados dos homens, se odeiam e perseguem, não os homens mas as maldades dos homens, então estão certos em sua ira; tal zelo é bom. Mas se estão irados, não com os pecados mas com os homens, se odeiam, não as maldades mas os homens, então estão errados em sua ira; tal zelo é ruim" 2

O texto profético não nos informa se Jonas, em seu íntimo, reconheceu sua atitude errada. Pelo visto, sua consciência não ficou suficientemente abalada. Ainda de mau humor, permaneceu à distância segura, fora da cidade, para ver o que aconteceria. Tal-vez "esperasse contra a esperança" de que, embora os 40 dias tivessem passado, a cidade ainda poderia ser destruída. Construiu, para si, uma cabana (5) ou "um abrigo com ramos e folhas" (BV) e sentou-se para observar.

Ao falar verbalmente, agora o Senhor usa "recursos visuais" para que o profeta tar-dio em aprender consiga entender. Primeiro, providenciou melhor sombra contra o calor do sol, ao fazer germinar uma aboboreira, que subiu por cima de Jonas, que se alegrou em extremo por causa da aboboreira. (6). Deus sabe quantas vezes estamos desanimados e cometemos falta em virtude de estarmos fisicamente cansados; e o Se-nhor, por ser misericordioso, nos providencia alivio (cf. I Reis 19:1-8; Sl 103:13-14). O termo hebraico não indica a natureza exata da planta que Deus deu para Jonas, mas julga-se que era uma mamoneira ou uma variedade de melão. A velocidade milagrosa do crescimento é outra prova do cuidado de Deus por este profeta relutante.

Jonas ficou alegre pela aboboreira. Mas alegria não é necessariamente gratidão; e pelo visto o profeta carecia dessa qualidade. Sua alegria era completamente egoísta e carnal. Alegrou-se pelo presente, mas não teve a mínima consideração pelo doador. Quando o presente murchou, ficou bravo e queixou-se com Deus.

Ao dar continuidade à lição prática, Deus enviou um bicho... o qual feriu a aboboreira, e esta se secou (7). A esta altura, os ramos da cabana que o profeta fizera também murcharam, e deixaram-no quase totalmente à mercê dos causticantes raios solares. Para impressioná-lo ainda mais, aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou uni vento calmoso, oriental, e o sol feriu a cabeça de Jonas e ele des-maiou, e desejou (hb., pediu; cf. ARA; BV) com toda a sua alma morrer (8). Talvez este vento fosse o siroco, que traz do deserto calor ardente e pó sufocante, e torna a vida insuportável mesmo em lugares fechados.

A frustração mental e espiritual de Jonas aumentou com o sofrimento físico. O Se-nhor falou com o profeta que continuou egoísta e insensível, bravo e inflexível. Em sua preocupação consigo mesmo, não entendeu o essencial que Deus procurava lhe mostrar. Se, porventura, afligiu-se pela destruição de uma mera planta que apenas lhe dava som-bra, não deveria entristecer-se muito mais pela destruição de uma cidade inteira?

C. A PREOCUPAÇÃO DE DEUS POR TODOS 4:10-11

Quando o Senhor falou com Jonas, explicou o que tentara dizer, ao argumentar a partir de um caso menor para um maior. Ele disse: Tiveste compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste... que, em uma noite, nasceu e, em uma noite, pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais? (10,11).

As opiniões variam quanto à interpretação da declaração relativa à população da cidade. Certos estudiosos entendem que as 120.000 pessoas mencionadas referem-se apenas a crianças, o que nos leva a supor que a população total girava em torno de 600.000 habitantes. Outros deduzem que os 120:000 dizem respeito aos indivíduos que desconheciam a lei moral de Deus (ver terminologia semelhante em Dt 5:32; Js 1:7). Se este for o caso, os 120:000 seriam a população total. Seja como for, Deus expressa sua preocupação pelo sofrimento de quem não pode se valer.

O Senhor mostrava como a exclusividade religiosa de Jonas o cegara. A mensa-gem era: Você nada teve a ver com a origem ou crescimento da aboboreira que pouco viveu, mas se afligiu por sua destruição. Você ficou desgostoso com a perda da planta efêmera que serviu para o prazer temporário de um só indivíduo e sobre a qual não tinha controle. Não deveria eu ter muito mais compaixão por uma cidade grande, antiga e cheia de almas imortais, de cujos seres eu sou o Autor e de cujas vidas eu sou o Sustentador?

Esta passagem unida com Lucas 19:41 nos ajuda a perceber a atitude de Deus com as cidades. Sabemos que são centros de crime e iniqüidade, de pobreza e degradação. Mas Deus as ama. Ele se enternece por elas. Isto é particularmente relevante em vista da urbanização continuada de nosso mundo. Talvez a tendência da igreja evangélica a evitar o centro da cidade e priorizar os bairros não esteja de acordo com a preocupação compassiva de nosso Deus. G. Campbell Morgan escreveu: "Deus não abandonou as cidades. Ele ainda envia seus profetas, seus mensageiros, seu Filho. Pelo Espírito San-to, o Senhor é a força efetiva e sempre presente para o alívio de toda condição ocasiona-da pelo mal e sofrimento. Não há problema complexo demais para a sua sabedoria; não há força adversária poderosa demais para o seu poder; não há trevas densas demais para a sua luz; não há ninharia insignificante demais para a sua atenção. Ele trabalha pela restauração das cidades. Qual é a responsabilidade da cidade? Para que existe a igreja de Cristo? Para os poucos seletos que hoje cultuam dentro de edifícios chamados pelo nome divino? Se assim for, em nome de Deus fechem as portas! Tais igrejas não têm missão, e não deveriam existir. A igreja de Cristo existe para revelar Deus e agir em união com ele". 3

Por vezes, somos inclinados a, como Jonas, subestimar as coisas menos importantes da vida, as que são temporais. Mesmo quando pensamos nas bênçãos espirituais, temos a propensão a fazer esse apreço exagerado em sua relação conosco mesmos, com nossos familiares, com nossos amigos, com nosso grupo social. Mas a preocupação de Deus, que abrange as coisas temporais e as espirituais, alcança a última pessoa da ponta extrema do mundo. A vontade de nosso Pai é que ninguém pereça (2 Pe 3.9).

O conhecimento desta atitude divina estimulou Paulo a clamar: "(o´ profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" (Rm 11:33). O poeta F. W Faber escreveu:

[...] O amor de Deus é mais vasto

Que a medida da mente humana;

E o coração do Eterno

É maravilhosissimamente terno. (N. do T.).

O amor de Deus constrangeu o apóstolo a deixar tudo para ser embaixador de Cristo (Fp 3:8). Sem dúvida, concordaria plenamente com as palavras recentemente escritas por S. C. Yoder: "Para ter sido um pregador eficaz nos dias de Jonas, da Igreja primitiva, da Idade Média, ou nos tempos modernos, alguém como Jonas, deve morrer para a sen-sualidade, a atração, a sedução, o lucro e a recompensa, os quais o homem deve sacrificar e estar contente com as compensações que o Senhor tem para dar".4

O amor de Deus em nosso coração nos constrangerá a aceitarmos o pleno compro-misso que o Senhor buscou em Jonas e recebeu com alegria de Paulo. Esse amor afinará nossos ouvidos à sua voz, de forma que ouviremos o chamado de Deus para testificarmos mundialmente de sua salvação. Atenderemos ao seu chamado para exercermos uma mordomia solene e sagrada da vida e das posses. A medida de nossa resposta ao chamado de Deus é, na realidade, a extensão de nosso amor por Ele.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Introdução ao Capítulo 4 do Livro de Jonas

Quão Absurdo é Limitar a Misericórdia de Deus (Jn 4:1-11)

Agora o autor sagrado chega ao lugar onde ataca indiretamente (mas de maneira óbvia) o xenofobismo de Israel, tão condenável quanto o anti-semitismo. É um absurdo limitar o amor de Deus, aplicando-o exclusivamente ao povo de Israel, aos “eleitos” ou a qualquer outro grupo seleto. “Porquanto Deus amou o mundo de tal maneira... “ (Jo 3:16). O calvinismo radical cai no mesmo tipo de abismo em que Jonas caiu, em sua pequena compreensão sobre o amor de Deus. Outro tanto se dá no tocante a todo exclusivismo.

Dt 4:1

Com isso desgostou-se Jonas extremamente, e ficou irado. Quase nem podemos acreditar quando lemos este versículo. Jonas pregou o arrependimento por ter sido forçado a tanto. Ele não tinha a atitude de um missionário no estrangeiro. Quando sua pregação foi bem-sucedida, ele ficou desgostoso com o que Yahweh tinha feito, pois por certo não fora o poder de Jonas que produziu o arrependimento dos ninivitas. O capítulo 4 inteiro deste livro é uma narrativa da infelicidade de Jonas sobre a questão. De fato, sua ira e desprazer foram um repúdio ao propósito de Deus tanto quanto havia sido sua fuga original para Társis. Deus teve compaixão dos pagãos, mas Jonas desejava que eles perecessem. Deus teve misericórdia dos pagãos, mas Jonas não demonstrou pena alguma. Deus se regozijou diante dos pecadores que se arrependeram. Jonas preferia vê-los perecer! Uma natureza destituída de sentimentos é típica de todas as formas de exclusivismo. Jonas continuava sendo o nacionalista de visão estreita e míope como sempre fora. Ele pouco sabia do grande amor de Deus e de Sua misericórdia eterna, e nem ao menos desejava aprender a respeito.

E ficou irado, O hebraico original fala em queimar. O homem superficial ficou “queimado” com ódio e ira, porque Deus realizara uma grande obra! O pobre Jonas provavelmente chegou a supor que tinha fracassado como profeta, visto que suas profecias de condenação não se cumpriram. E, assim sendo, esqueceu a própria razão da pregação: mudar as pessoas para melhor.

Jn 4:2

E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! “Jonas queixou-se ao Senhor e disse: ‘Eu sabia que isso aconteceria! Eu sabia disso quando ainda me achava em meu país. Foi por isso que fugi rapidamente para Társis. Eu sabia que és um Deus que é bondoso e que mostras misericórdia. Não te iras facilmente. Tens um grande amor. Eu sabia que preferirías perdoá-los a puni-los" (NCV). Este é um versículo em tudo notável. Diz-nos que a razão mesma pela qual Jonas fugiu foi evitar obter sucesso em sua pregação em Ninive, e que ele esperava que eles não se arrependessem. Ele preferia que os ninivitas morressem em seus pecados! Se Jonas fingia ser um crente fiel, na realidade era um rebelde no coração, mantendo-se em oposição à s realizações de Yahweh entre as nações (ver Is 11:9). Jonas, naturalmente, aparece aqui como representante da nação de Israel, uma nação plena de xenofobismo irracional e maligno. Os romanos acusavam os judeus de “ódio contra a raça humana”. Jonas exemplificava esse sentimento. Contrastar essa atitude com a passagem deEx 34:6,Ex 34:7, sobre a qual provavelmente repousa a declaração deste versículo. O profeta sabia a verdade sobre os atributos divinos da misericórdia e do amor, mas não queria ver uma demonstração prática desses atributos no tocante aos povos gentilicos. Note o leitor a conduta blasfema de Jonas. Ele fez dos excelentes atributos de Deus, que beneficiam os homens, qualidades negativas que não deveriam ser exercidas, exceto no “caso de Israel”, naturalmente. Em outras palavras, Jonas virtualmente acusou Deus de fazer o mal, porquanto fizera o bem!

Jn 4:3

Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida. Visto que Jonas fora privado da satisfação de ver a morte dos pagãos, ele decidiu que era vantajoso se ele mesmo morresse. Yahweh, o Poder, que salvara os ninivitas, também tinha autoridade para pôr fim à vida de Jonas, e foi nesse sentido que o profeta orou. Este versículo, portanto, ilustra a maligna perversidade do homem. O autor sacro estava falando sobre a exclusivista nação de Israel, que não podia cuidar de ninguém, exceto de si mesma. Caros leitores, a mesma maiignidade e perversidade é característica de todo o tipo de exclusivismo. O exclusivismo serve a alguma pequena e arrogante comunidade e esquece que “Deus amou o mundo de tal maneira... “ (Jo 3:16).

A lição contra o denominacionalismo é clara, onde cada grupo pensa ser “o exclusivo povo de Deus”, ou, pelo menos, “a melhor parte” da massa. As esperanças de Jonas sentiam-se desapontadas, e eram de que o povo de Nínive perecesse! “Platão contendia que a agência divina é sempre uma agência persuasiva, procurando conquistar homens através da persuasão dos ideais” (William Scarlett, in loc.). Contrastar isso com o caso de Moisés, em Nu 11:15. “Jonas ficou tão desapontado, emocionalmente falando, que perdeu toda a razão para a existência. Deus estava preocupado com a cidade (ver Jn 4:11), mas Jonas não” (John D. Hannah, in loc.).

Jn 4:4

E disse o Senhor: É razoável essa tua ira? A palavra de Yahweh veio novamente a Jonas para repreendê-lo por suas atitudes ímpias. A questão retórica espera uma resposta negativa: Jonas não agiu bem por irar-se e acumular tanto ódio contra outros povos. A ira de Jonas estava errada, e assim também são todos os exdusivismos. Jonas tinha paixão pela morte de outras pessoas. “A ira não é boa para nenhum homem. Um pregador, ministro, bispo ou profeta sempre irado é uma abominação. Aquele que, quando denuncia os pecadores, pela palavra de Deus, adiciona suas próprias paixões, é um homem cruel e mau” (Adam Clarke, in loc).

Jn 4:5

Então Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente. Ainda esperançoso de que a ira divina caísse sobre a cidade, Jonas saiu um pouco para fora da cidade, para o lado oriental, armando para si uma barraca e sentando-se à sombra. Ele esperava que Deus mudasse de idéia e liquidasse com aqueles pagãos devidamente arrependidos.

Note o leitor como o exclusivismo persistiu até o fim, contra toda a razão e dignidade, O profeta continuou insistindo sobre a justiça divina e a destruição, porquanto essa era a essência de sua prédíca. Mas ele esqueceu os valores maiores da lei: a misericórdia e o amor. Provavelmente seu limite de 40 dias (ver Jn 3:4) estava prestes a expirar, mas ele não abandonaria a area enquanto esse limite não estivesse terminado. Sua profecia de condenação lería lugar? Jonas continuava esperando que assim acontecesse. James D. Smart (in loc.) supõe que certo número de dias ainda restassem para completar o total de 40 dias, sendo essa a razão pela qual Jonas construiu sua cabana protetora. Ele viveria nas proximidades somente para ver algo de ruim acontecer aos outros! Os sofrimentos de outras pessoas simplesmente lhe trariam prazer. Mas Deus já havia agido com amor, cancelando a profecia de condenação, porquanto os objetos potenciais da profecia já haviam experimentado transformação moral e espiritual. Naquele momento, os nínivitas certamente eram espíriíualmente superiores ao homem ruim, Jonas.

Jn 4:6

Então fez o Senhor Deus nascer uma planta. Yahweh-Elohim (o Deus Eterno e Todo-poderoso) exerceu Seu controle sobre a natureza, fazendo crescer uma espetacular planta de “cuia" (conforme dizem algumas versões), a qual deu a Jonas sombra e abrigo. Tornou-se essa planta outro fato da misericórdia de Deus, o tema do cântico de Jonas. O pobre Jonas sentía-se mais confortável em sua miséria, enquanto a cuia bloqueava os raios de sol. Finalmente, Jonas encontrou alguma coisa que o deixou feliz, a saber, a planta da cuia. Teve, porém, uma felicidade egoísta. Durante todo o tempo, porém, o profeta Jonas esperava ver o fogo de Deus descer e consumir os habitantes impotentes de Ninive, ou talvez, um grande terremoto que poria fim àquela cidade. Note o leitor a nova intervenção divina. A cuia cresceu rapidamente, por ordem de Yahweh, tal como o grande peixe tinha sido preparado por decreto divino, para cumprir a sua tarefa (ver Jn 1:17,Jn 1:4,Jn 1:17; Jn 2:3,Jn 2:10; Jn 3:1,Jn 3:2; Jn 4:1,Jn 4:6-8). As nações aparecem e desaparecem segundo a vontade divina (Atos 17). A história da igreja também está sob o controle de Deus (1 Cron 10 .32 ). Ver também Dn 10:13,Dn 10:21; Dn 12:1; Dt 32:8; Is 40:15,Is 40:28; Jr 46:28

6. História: Linear ou circular? Usualmente a Bíblia apresenta uma história linear: começo; acontecimentos sucessivos, seguindo uma linha; alvo dos acontecimentos — um fim. Mas existem também indicações do conceito cíclico. As eras futuras (eternas) apresentam a possibilidade de repetições de ciclos. Orígenes achava que já se tinham passado muitos ciclos de queda moral seguidos por redenções na história passada remota e misteriosa. Ele acreditava que os ciclos sempre continuarão. Provavelmente, as histórias lineares constituem partes de ciclos. A história parece linear, mas cada linha é parte de um ciclo. A igreja oriental ortodoxa, de modo geral, aceita o conceito dos grandes ciclos. Niguém pode descobrir onde a história começou, nem marcar um fim. Esta parte da Igreja Cristã aceita a idéia da preexistência da alma, e faz da eternidade futura um campo missionário, onde o processo da redenção continua. Este ponto de vista nega que a morte biológica do indivíduo é o seu fim de oportunidade. Todos os fins são instrumentos de novos começos (ver ponto 7). A graça de Deus nunca desiste.
7. Significado e Destino. Muitos teólogos vêem um fim pessimista para a maioria da humanidade. Contrariamente, eu vejo evidências para a idéia de que o amor de Deus escreverá o último capitulo da história humana, se for legítimo usar a palavra último. Além disto, é certo dizer que o julgamento é um dedo da mão amorosa de Deus. É isto que o Mistério da Vontade de Deus (ver no Dicionário) revela a um mundo cansado e doente. Afinal, todas as coisas devem ser recapituiadas ao redor do Logos como Cabeça (Ef 1:9,Ef 1:10). Todas as finalidades servem de instrumentos de novos começos. Este belo quadro de lógica concorda com alguns de nossos versículos bíblicos mais finos. Alguns teólogos deixam os homens na tempestade do julgamento, para sempre e sempre, Mas outros vêem o julgamento como meio de um novo começo. Ver o artigo Julgamento de Deus dos Homens Perdidos, no Dicionário.

8 Restauração e Redenção. A realização mais exaltada da obra de Deus será a redenção do homem. Nesta redenção, o redimido participará na natureza divina. Ver esta augusta doutrina, no Novo Testamento Interpretado nas exposições de 2Pe 1:4; 2Co 3:18; Cl 2:10; Ef 3:19 e Rm 8:29. Ver Transformação segundo a Imagem de Cristo, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.

Os não redimidos serão restaurados. Isto será parte necessária do Mistério da Vontade de Deus. Se não for assim, o Grande Vencedor da luta cósmica será o Diabo, uma idéia intolerável. Portanto, deixe o poder de Deus operar sem os falsos limites que a mente humana impõe sobre ele. A soberania de Deus deve operar em termos de Seu amor. Sendo assim, é o amor de Deus que vai escrever o último capítulo da história humana. O amor de Deus deve ser efetivo, não meramente potencial. Dizer que foi o mundo que Deus amou, mas que Ele, depois de amar esse mundo, não aplicou os meios adequados para fazer seu amor efetivo, é uma teologia desastrosa.

9. O Poder e os Milagres. A história é um processo miraculoso porque a vontade de Deus acompanha e influencia este processo. Nós vivemos em um tempo em que podemos somente ler sobre as grandes intervenções divinas na história, e precisamos ter fé para aceitar a idéia de que aquele poder continua operando. A qualquer momento, como um relâmpago do céu, o poder divino pode mudar o curso da história, em um instante. De qualquer maneira, cremos na Bíblia e em sua mensagem de esperança. Outros viram acontecimentos notáveis. Nós cremos porque eles viram.

Temível é o caso,
Lágrimas há no mero relato:
Inevitavelmente chegou o tempo Quando ninguém podia dizer:
“Eu vi!”
Jubiloso é o caso,
Alegria há no mero relato:
É chegado o tempo Quando eu posso dizer:
“Eu sei, porque eles viram”.
(Russell Norman Champlin)
Teu toque tem ainda o poder antigo.
Nenhuma palavra Tua cai por terra inútil;
Ouve nesta solene hora da noite,
É em tua compaixão, cura-nos a todos.
(Henry Twell)
O amor concede eu um momento o que o trabalho não poderia obter em uma era.
(Gothe)
O amor é a prova da espiritualidade

(ver Jo 4:7)

Ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para dotar de bens os que me amam, e lhes encher os tesouros.

(Pv 8:20,Pv 8:21)


Champlin - Comentários de Jonas Capítulo 4 versículo 1
Esta passagem descreve o drama que a misericórdia divina trouxe ao ânimo de Jonas. Ao perdoar os ninivitas, o SENHOR tornou sem efeito a predição de Jonas (conforme Jn 3:4), em vista do que ele poderia ser visto como falso profeta (Dt 18:21-22; conforme Jr 28:9). Daí, a intensidade da sua ira.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
*

4.1-11 O livro termina com a lição recebida pelo furioso Jonas acerca da misericórdia divina e compaixão do próprio Deus. É notável que não somos informados de como Jonas reagiu diante dessa instrução. Ao invés disso, nós ficamos com o contraste entre a atitude ressentida de Jonas e a grande misericórdia de Deus para com os ninivitas.

* 4.1 desgostou-se Jonas extremamente. O hebraico é particularmente vívido (lit. “Era mau a Jonas como um grande erro”). A emoção de Jonas é expressa na linguagem mais forte possível. Seu maior temor era que o Senhor iria conceder perdão ao mais odiado inimigo de Israel.

* 4.2 és Deus clemente... te arrependes do mal. A razão inicial para a fuga de Jonas para Társis é revelada. Apesar de sua desobediência patente e sua intolerância, Jonas entendeu o caráter de Deus. Aqui ele reproduz uma fórmula litúrgica descrevendo a misericórdia de Deus a um Israel não merecedor (ex., Êx 34:6; Nm 14:18; Ne 9:17; Sl 103:8; Jl 2:13). Somente aqui e em Joel 2:13 a referência ao arrependimento divino (“que se arrepende do mal”) finaliza a fórmula (3.10, nota), uma inclusão apropriada para o contexto do arrependimento e absolvição de Nínive.

* 4.5 Jonas saiu da cidade... fez uma enramada. Grato por seu próprio livramento, Jonas ainda se recusa a aceitar o dos ninivitas. Esperando que o Senhor executasse o julgamento, Jonas sai da cidade para um lugar estratégico a fim de poder ver a destruição da cidade.

*

4.6 fez o SENHOR Deus nascer uma planta. Ver nota em 1.17. Provavelmente devido à escassez de madeira nessa região árida, o abrigo de Jonas não era adequado para proporcionar proteção do ardente sol do Oriente Médio. O tipo de vegetação gerada aqui é incerta; alguns sugerem a mamoneira, que cresce rapidamente a até uma altura de 4 metros e meio.

* 4.7, 8 A mesma mão divina que, em sua misericórdia, havia providenciado o grande peixe e a sombra, agora traz um verme para secar a planta, e um vento quente do leste (provavelmente o temido siroco do mundo mediterrâneo) para atormentar o já amargurado profeta.

*

4.9-11 A intenção divina das lições práticas é agora revelada. A grandiosa compaixão de Deus pelo povo e os animais que ele criou e sustentou (v. 11) é contrastada com a intolerante preocupação de Jonas com a planta (v. 10). O leitor lembra da compaixão de Jesus quando ele contemplava as multidões (Mt 9:36; Mc 6:34; 8:2), e sua afirmação em Mt 10:29 de que nem um pardal cairá se não for essa a vontade do Pai. Em sua infância, a igreja do Novo Testamento, que em grande parte era judaica, iria ainda lutar novamente com a questão da dimensão da misericórdia de Deus, quando o Senhor abria os corações dos gentios para obedecer ao evangelho (At 11:18-15.14; 28.28).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
4:1 por que se zangou tanto Jonás quando Deus perdoou ao Nínive? Os judeus da época do Jonás não queriam compartilhar a mensagem de Deus com as nações gentis, semelhante à atitude que se viu nos dias do Paulo (1Ts 2:14-16). Tinham esquecido sua razão de ser como nação: servir de bênção ao resto do mundo ao proclamar a mensagem de Deus às demais nações (Gn 22:18). Jonás pensava que Deus não podia salvar a uma nação pagã tão perversa. Entretanto, isso é exatamente o que Deus faz com qualquer que lhe aproxima com fé.

4:1, 2 Jonás revelou por que não tinha querido ir ao Nínive (1.3). Não queria perdão para os ninivitas: queria-os destruídos. Não entendia que o Deus do Israel era também o Deus do mundo inteiro. surpreende-se quando certas pessoas se entregam a Deus? você terá uma visão tão estreita como a do Jonás? Não devemos esquecer que, em realidade, ninguém merece o perdão de Deus.

4:3 Jonás tratou de evitar a tarefa de levar a mensagem de Deus ao Nínive (1.2, 3); logo sentiu desejos de morrer porque a destruição não ocorreu. Que logo tinha esquecido quão misericordioso foi Deus com ele quando estava dentro do peixe (2.9, 10). Jonás se sentiu feliz quando Deus o salvou, mas furioso quando Nínive se salvou. Jonás estava aprendendo uma valiosa lição quanto à misericórdia e o perdão de Deus. Deus não perdoava sozinho ao Jonás, a não ser a qualquer que se arrependesse e acreditasse.

4:3 Ao Jonás possivelmente preocupava mais sua reputação que a de Deus. Sabia que se a gente se arrependia, o castigo de que falava não ia chegar. ia sentir vergonha, embora Deus se glorificaria. Está você interessado na glória de Deus ou na sua?

4.5-11 Deus tratou meigamente ao Jonás como o tinha feito com o Nínive e Israel, e como o faz conosco. Deus pôde ter destruído ao Jonás por sua ira desafiante, mas optou por lhe ensinar uma lição. Se obedecermos a vontade de Deus, O nos guiará. Seu forte castigo é para os que se empenham em rebelar-se.

4:9 Jonás se zangou porque a figueira se secou, mas não se zangou pelo que lhe tivesse acontecido ao Nínive. Muitos de nós choramos pela morte de um animal doméstico ou porque nos tem quebrado um objeto de muito valor sentimental. choramos porque um amigo não conhece deus? É mais fácil ser sensíveis a nossos próprios interesses que à necessidade espiritual das pessoas que nos rodeiam.

4.10, 11 Às vezes a gente quisesse castigo e destruição para as pessoas cuja perversidade parece merecer castigo imediato. Mas Deus é mais misericordioso do que imaginamos. Deus sente compaixão por quão pecadores queremos que castigue, e busca a maneira de que se aproximem do. Qual é sua atitude quanto aos perversos? Quer vê-los destruídos? Ou quer que experimentem a misericórdia e o perdão divino?

4:11 Deus salvou aos marinheiros quando imploraram misericórdia. Deus salvou ao Jonás quando orou dentro do peixe. Deus salvou aos ninivitas quanto aceitaram a mensagem do Jonás. Deus responde a oração dos que o invocam. Sempre faz que se cumpra sua vontade, e deseja que todos se voltem para O para salvar-se. Uma pessoa se salva quando disposta atenção às advertências de Deus na Bíblia. Se reagirmos com obediência, Deus será bondoso, e receberemos sua misericórdia, não seu castigo.

MILAGRES DO LIVRO DO JONAS

Deus enviou uma tormenta : 1:4

Deus mandou um grande peixe que se tragasse ao Jonás: 1.17

Deus ordenou ao peixe que vomitasse ao Jonás: 2.10

Deus preparou uma aboboreira que desse sombra ao Jonás: 4.6

Deus mandou um verme que secou a aboboreira: 4.7

Deus mandou um vento abrasador sobre o Jonás: 4.8


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
IV. Eventos conclusivos (Ob 4:1)

1 Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. 2 E orou ao Senhor, e disse: Peço-te, Senhor, não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Portanto, eu se apressou a fugir para Társis; pois eu sabia que és um Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. 3 , pois, agora, ó Senhor, tome, peço-te, a minha vida de mim; Porque é melhor para mim morrer do que viver. 4 E o Senhor disse: É razoável essa tua ira? 5 Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se no lado leste da cidade, e lá fez uma cabana, e sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria com a cidade.

Se este capítulo não tinha sido adicionada ao livro de Jonas, o leitor pode razoavelmente concluir que Jonas fugiu da ordem do Senhor, no início, porque ele era um covarde. Aqui a causa de sua desobediência anterior é visto como tendo sido patriotismo estreito.

Nínive era a capital do Império Assírio. Seus exércitos haviam conquistado grande parte do mundo e foram empurrando cada vez mais perto das fronteiras de Israel. Para Jonas, um israelita, para aparecer nas ruas de Nínive e proclamar sua derrubada poderia resultar em ridículo embaraçoso e até mesmo tortura, é verdade; mas o medo não era problema primário de Jonas. Não tinha Assurnazirpal III (884-860 AC) conquistaram a Armênia, exigiu homenagem da rei hitita de Carchemish, e colocar os fenícios sob tributo? Não tinha Shalmaneser II (859-825 AC ), tomada Hamath e derrotou um exército combinado de Síria, Ammon, Arvad, Arábia e Israel? Se ele não tivesse invadido a Arménia e tomado posse da prata, sal e minas de alabastro em Cilícia? Se ele não tivesse obrigou o rei de Babilônia, a se curvar diante dele? Não tinha Samas-Ramman IV (824-812 AC) travada campanhas militares bem-sucedidas contra Media? Não era própria nação de Jonas em iminente perigo de ser atacado por um monstro para o nordeste?

Jonas era um patriota ardente. Ele odiava Nínive e tudo por que ela estava. Agradava-lhe saber que a paciência de Deus com a maldade de Nínive estava no fim; ele queria ter nada a ver com restaurar-lhe o favor de Deus. Por isso, disse ele, eu se apressou a fugir para Társis. Agora seus medos estavam sendo realizados, e isso desagradou extremamente a Jonas.

Jonas estava tão infeliz que ele queria morrer, pelo menos ele disse que ele fez. Que ele não queria sofrimento pessoal para ser uma parte do processo, no entanto, é visto em sua reação à morte da cabaça (v. Jn 4:9 ). Não era que ele se importava tanto para a cabaça, mas a cabaça foi útil para ele.

O problema de Jonas não é que ele era patriótico. Nem era errado querer ser confortável. Problema de Jonas era um problema antigo: Jonas era egoísta. Ele queria que Deus abençoe-country tudo, conforto, etc., que se relaciona com ele e sua; mas ele estava querendo que todos os que possam interferir com o seu modo de vida deve ser apagado da face da terra.

Há uma sugestão na história que Jonas duvidaram da autenticidade do arrependimento de Nínive. Apenas no caso de seu show de virar provou ser hipocrisia, ele tirou uma distância confortável da área para um lugar onde ele poderia ver a execução da ira de Deus. As montanhas ao leste da cidade forneceu-lhe uma excelente plataforma, e lá ele fez uma cabana, e sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria com a cidade.

Embora este livro é poderoso em seu impacto missionário, é claro que o próprio Jonas não compartilhar seu espírito missionário. Sua pregação a Nínive estava sob coação e não a partir de um coração compassivo. Jonas não ver como Deus vê. Então Jonas estava com raiva.

MISERICÓRDIA DE DEUS B. enfatizado (4: 6-11)

6 E o Senhor Deus nascer uma aboboreira, e fê-la crescer por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, para o livrar do seu caso mal. Então Jonas se alegrou em extremo por causa da cabaça. 7 Mas Deus enviou um bicho quando a manhã se levantou no dia seguinte, e feriu a cabaça, que se secou. 8 E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento leste sensual; eo sol bateu na cabeça de Jonas, que ele desmaiou, e pediu para si mesmo que ele poderia morrer, e disse: É melhor para mim morrer do que viver. 9 E disse Deus a Jonas: É razoável essa tua ficar com raiva para a cabaça? . E ele disse, eu faço bem de estar com raiva, até a morte 10 E disse o SENHOR: Tiveste em conta para a cabaça, para que tu não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que surgiu em uma noite, e pereceram em uma noite: 11 e que eu não deveria ter em conta para Nínive, a grande cidade, em que são mais do que sixscore mil pessoas que não sabem discernir entre a sua mão direita ea sua mão esquerda; e também muito gado?

O primeiro ato misericordioso do Senhor revelada neste livro tinha sido para o próprio profeta rebelde quando Ele o salvou da morte. Agora Deus preparou uma cabaça, e fez dela por cima de Jonas. Como gentil e longanimidade Deus é para com os Seus filhos! Caso contrário, a maioria de nós há muito que teria sido cortada.

Deus tem melhores coisas em mente para nós do que o nosso conforto pessoal. Ele está mais interessado em construir caráter em nós do que nos mostrar um bom tempo. Ele às vezes dá para que Ele pudesse ter o dom de distância e nos dar algo melhor em seu lugar. Ele preparou um verme, ... e feriu a cabaça, que se secou. Ele também preparou um vento leste sensual. Quando ele fez isso, a ira de Jonas tornou-se essencialmente pessoal. Deus ensinou a Jonas que através dele Ele poderia ensinar-Israel e nós.Jonas não tinha aprendido o que todos os homens precisam aprender: que ninguém realmente merece boa da mão de Deus; o bem que recebemos é de Sua misericórdia. Nem teve ele aprendeu, com o apóstolo, para "contar tudo alegria" quando os problemas vêm (Jc 1:2 ).

Capítulo 4 explica e dá caráter a todo o livro. É verdade, ele deixa o leitor curioso para saber mais sobre o comportamento posterior da cidade e das atividades posteriores do Jonas. Um gostaria de saber se o próprio Jonas foi um homem mudado como resultado do relacionamento de Deus com ele. Seria interessante saber como claramente os israelitas nos dias de Jonas entendeu o significado deste livro-é claro que eles não respondeu como uma nação. Este capítulo confronta o leitor com a séria consideração da questão de saber se a sua própria resposta à necessidade humana é a mesma que é tão bem exemplificado por Deus. Antes essa pergunta, cada filho de Adão está em algum grau condenou.

Bibliografia

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
  • Rebelião — a lição com a misericórdia de Deus (4)
  • Se você tivesse escrito esse último capítulo, provavelmente mostraria Jonas, na cidade de Nínive, ensinan-do com zelo às pessoas e ajudando- as em suas decisões espirituais. Mas Deus não o escreveu dessa forma. Em vez de encontrarmos um jubi-loso pregador, vemos um pregador desobediente, raivoso com as pes-soas e com Deus. Vemos um adulto agindo como criança, um crente se comportando como um ímpio. Ve-mos Jonas sentado do lado de fora da cidade, tentando sentir-se confor-tável e, na verdade, esperando que o julgamento de Deus caísse sobre o povo. Eis uma coisa surpreenden-te: o Senhor manda um grande avi- vamento como resultado da prega-ção de um homem que nem mesmo ama as almas para quem prega!

    Esta é a licão-chave do livro: o amor e a misericórdia de Deus pelas almas perdidas. Jonas sen-tia pena de si mesmo e até mágoa pela planta que o abrigou e, de-pois, morreu, mas ele não sentia amor sincero nem misericórdia pe-las multidões da cidade de Nínive. E possível servir ao Senhor mesmo sem amar as pessoas. Esse~prõf&fa, conforme retratado nesse capítulo, não se assemelha a Jesus Cristo, pois Jesus olhou do alto uma cida-de de almas perdidas e chorou. No capítulo 1, Deus controla o vento e as águas; no capítulo 2, o peixe; e, no capítulo 4, a planta, o verme e o vento. Mas ele não podia controlar Jonas sem que o profeta se entregas-se a ele. Tudo na natureza obede-ce à Palavra do Senhor, exceto os seres humanos: e os homens são os que têm as melhores razões para lhe obedecer. Pensaríamos que Jonas se endireitaria com o Senhor, confes-saria seus pecados e continuaria seu ministério. E Deus poupou Nínive por mais um século e meio.

    Claro, Jonas é um símbolo de Jesus Cristo (Mt 12:39-40) em sua morte, sepultamento e ressurreição. Cristo era maior que Jonas como pessoa (ele é o Filho de Deus), na extensão de sua obra (ele salvou o mundo todo, não apenas uma ci-dade), em seu sacrifício (ele mor-reu para salvar os outros) e em seu amor por aqueles que não o me-reciam. Algumas pessoas também vêem em Jonas um retrato da nação judia: desobediente, expulsa da ter-ra; "engolida" pelo mar de gentios; preservada, apesar da oposição ao Senhor; essa nação foi trazida de volta e teve uma nova chance.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
    4.1 Desgostou-se Jonas. Jonas preocupava-se com o fato de sua profecia não se ter cumprido, por causa do arrependimento dos ninivitas. Não sabia que até há júbilo diante dos anjos de Deus por um único pecador que se arrepende (Lc 15:10).

    4.2 Que Deus é misericordioso até para com os gentios Jonas já havia entendido; o que estava fora da visão dele é que nada devia impedir que a mensagem do amor de Deus fosse pregada até aos confins da terra, para que nada limitasse o alcance da graça divina.
    4.6 Uma planta. Talvez era a mamoneira, que produz o óleo de rícino. Cresce rapidamente, tem folhas largas, mas também morre com facilidade, apesar da sua aparência de quase ser um arbusto.

    4.8 Jonas aprendeu a dar valor a uma planta, mas ainda teve que entender que a compaixão de Deus se estende a todas as suas criaturas.
    4.11 Cento e vinte mil pessoas sem diretrizes religiosas formam um objeto mais digno da compaixão do missionário, do que o conforto próprio.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
    IV. CAPÍTULO 4: O Senhor SALVA O DESAPONTADO JONAS DE ATITUDES ERRADAS
    Jonas continuou tendo de aprender novas lições, isso porque havia se tornado obediente ao seu chamado. Jonas parece não ter entendido a sua própria aventura e já esqueceu a graça derramada generosamente sobre ele e também parece inconsciente do fato de que ela deveria ser compartilhada com outros. Jonas agora se comporta como o servo que não perdoa ou o irmão mais velho do filho pródigo. Isso não esgota o amor e a paciência de Deus, e ele novamente toma o seu servo rebelde pela mão.

    Aí perguntamos: por que “a pomba” se transforma em falcão quando se trata de Nínive? Ele sente essa indignação patriótica porque, senão, os inimigos de Israel serão poupados e se tornarão a “vara da ira de Deus” (Is 10:5) contra Israel? E significativo observar que um dos resultados da missão bem-sucedida de Jonas a Nínive é desfazer toda a bênção trazida sobre Israel por meio da profecia anterior de Jonas. As fronteiras ampliadas de Israel sob Jeroboão II serão perdidas para os assírios. Não é de admirar que Jonas esteja irado.

    v. 2. Ele orou: assim como havia feito no peixe. Mesmo com as atitudes erradas, mantemos a forma exterior. Senhor: Jonas usa a palavra, mas questiona o direito de Deus ao senhorio. “Ó Senhor Deus, eu não disse, antes de deixar a minha terra, que era isso mesmo que ias fazer?” (NTLH). Isso finalmente nos dá a razão da relutância inicial de Jonas, pois “a pomba” não queria sair para uma missão redentora de misericórdia para poupar o inimigo mais perigoso de Israel. Eu sabia: em virtude de sua experiência pessoal de graça, experimentada apesar da sua desobediência, ele sabe que Deus é um Deus per-doador que terá misericórdia do pecador, tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas depois te arrependes: Jonas está citando os “Treze Atributos” (Ex 34:6,7), também citados por Joel (2.13). Ele bem pode tê-los memorizado quando criança — mas não queria aceitá-los. v. 3. Jonas pede para morrer. Será que ele está irado pelo constrangimento pessoal de ser obrigado a profetizar algo que tanto o Senhor quanto ele sabiam que não aconteceria, assim fazendo-o parecer um tolo e, pior, um falso profeta (Dt 18:20-5)? Para o profeta até então popular e bem-sucedido, a perda da reputação é demais. Por que continuar vivendo? A sua atitude nos lembra Elias (1Rs 19:4). Ambos evidentemente tiveram de arriscar a vida por nada enquanto os inimigos de Israel continuavam poderosos. Ambos parecem ter chegado próximo a um colapso nervoso.

    Nem sempre é fácil conciliar a vontade geral de Deus de salvar com a sua vontade particular de que Jonas fosse um profeta de destruição. Quando Deus escolheu Jonas, ele queria que o seu povo (a igreja) tivesse parte na salvação determinada para Nínive (Ellul). Se Jonas aceita o chamado, se ele é verdadeiramente salvo, é para os outros. Precisamos estar permeados da convicção de que, se a graça foi conferida a nós, é principalmente para os outros. O cristão não é somente a pessoa salva por Cristo; ele é a pessoa que Deus usa para a salvação de outros por meio de Cristo, v. 4. E mais fácil arrepender-se de pecados declarados e abertos que os ninivitas cometeram do que se arrepender de um ressentimento no coração como Jonas precisa fazer. “A melhor forma de tratar essas pessoas é com uma suavidade sarcástica, um pouco de humor, um empurrãozinho, deixá-las expostas aos elementos da natureza e pegá-las de surpresa nos seus próprios preconceitos declarados. Tudo isso — ouso pensar, inclusive o humor — estão presentes na forma de Deus tratar Jonas. Isso é natural e é belo. Duas vezes a voz divina diz com suave sarcasmo: ‘Você está muito zangado?. Jonas não responde — como o seu silêncio aqui é semelhante à vida!” (G. A. Smith, ad. loc.)
    A atitude de Jonas aqui certamente é um retrato da atitude de Israel para com os gentios. Assim, o comentarista judeu J. H. Hertz (Pentateuch and Haftorahs, Soncino, 1968) escreve: “Tampouco pode ser apenas a lição de que os gentios também são criaturas de Deus e dignos de perdão se sinceramente se arrependerem [...] o ensino essencial é que o amor de Deus, o seu cuidado e seu perdão devem ser concedidos aos gentios, e isso não de má vontade". O conhecimento de que Deus era infmitamente bondoso perseguia o orgulho dos judeus; surgiu o temor e o ciúme de que Deus iria demonstrar a sua graça a outros, e não só a eles. Deus havia sido tão bondoso e paciente com eles que eles não conseguiam confiar nele para que mostrasse essas misericórdias aos outros, nem a seus piores opressores. Nesse caso, qual era o sentido da singularidade e dos privilégios deles? (Que os eleitos do Senhor em qualquer época considerem isso!).

    v. 5. Jonas senta e observa. Deus tinha de fato falado com ele? Ou tinha sido somente uma ilusão dos seus sentidos? Teria ele compreendido mal o chamado de Deus? A forma extraordinária em que ele primeiro rejeitou o chamado de Deus e foi então conduzido a enxergar a necessidade para aí aceitá-lo significava que Jonas não poderia duvidar do seu chamado, somente aceito após o segundo convite. Então ele ainda espera que Nínive seja destruída com fogo e os seus habitantes sejam “grelhados”? Teria ele compreendido mal a misericórdia de Deus? v. 6. o Senhor Deus\ essa expressão composta Yahweh-’Elõhim é uma característica de Gn 2 e 3, “possivelmente relevante para a provisão miraculosa da planta que lhe deu abrigo” (Kidner). Em geral, “o Senhor” é usado num contexto israelita, em que Jonas está envolvido, e “Deus”, no contexto dos marinheiros pagãos e dos ninivitas, embora esse padrão seja deixado de lado depois desse versículo, e ’Elõhim trata com Jonas nos v. 7-9. uma planta (ARC e ACF: “aboboreira”): talvez o mamoneiro (Ricinus communis L.), com folhas em forma de palma da mão, e notável pelo seu crescimento rápido. Em países tropicais, plantas como o bambu normalmente brotam rapidamente, e não precisamos pensar necessariamente nesse suprimento como miraculoso, mas como providencial (conforme R. K. Harrison, Introduction to the OT, p. 910-1). v. 7. uma lagarta-, tudo, a não ser Jonas, obedece à ordem direta de Deus (1.4; 2.10; 4.6, 7,8), até uma peste de inseto, v. 8. um vento oriental muito quente-, o siroco (conforme Jr 18:17; Os

    13.15), um vento seco, sufocante, quente e poeirento vindo do deserto, agravando o desconforto da vigília de Jonas. O fato de o Senhor preparar a planta, a lagarta e o vento para abençoar Jonas num dia e arruiná-lo no outro certamente é uma demonstração da sua soberania na sua forma de lidar com as nações como Israel e Nínive, e nos lembra do fato de que da sua soberania recebemos a prosperidade ou o infortúnio, a saúde ou a enfermidade, v. 9,10. Tanto a planta quanto os ninivitas eram obra das mãos de Deus, e ele se importa com o que criou. v. 11. Não deveria eu ter pena...? Essa é a grande questão, pois Jonas está indignado porque Deus concedeu o perdão aos inimigos arrependidos de Israel, cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda', uma expressão singular, e assim não temos base bíblica para decidir se estavam incluídas as crianças que não alcançaram ainda a idade da prestação de contas, ou que era mais provavelmente toda a população ignorante. Cálculos baseados em dimensões de uma cidade assíria comparável, Ninrode em 879 a.C.com uma população de 69.674 pessoas, mas consistindo geograficamente em somente a metade do tamanho (NBD), sugere que é mais provável que esse número seja o de toda a população, muitos rebanhos', é totalmente apropriado que num livro em que um monstro marinho, uma lagarta e uma planta, como também os elementos da natureza, obedecem à vontade de Deus, ele também tenha misericórdia de animais irracionais.

    Assim, Deus tem compaixão e adia o juízo sobre Nínive por causa do seu povo ignorante e dos animais. O juízo final sobre Nínive foi declarado por Naum e cumprido em 612 a.C. Por que Deus poupou Nínive e permitiu que se tornasse mais tarde a “vara da sua ira” (Is 10:5) contra Israel? Israel precisava saber que Deus era Senhor da Assíria também, e que se agora ele não trazia juízo sobre eles, isso não significava que não era soberano. Deus é soberano para trazer tanto juízo quanto misericórdia sobre quem ele quiser.

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    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 3

    Jonas 4

    IV. Aprendendo. Jn 4:1-11.

    A. Queixas. Jn 4:1-3. Jonas obedecera ao Senhor indo a Nínive e pregando a mensagem de Deus, mas a atitude do seu coração não fora mudada. Ele odiava tanto os ninivitas por causa de sua crueldade que lá no fundo do seu coração antegozava a sua destruição. Agora, passados os quarenta dias, Nínive continuava intacta.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jonas Capítulo 4 do versículo 1 até o 11
    V. DUAS REAÇÕES AO ARREPENDIMENTO DE JONAS: JEOVÁ DESAFIA A JONAS Jo 3:10-43 e especialmente Jr 18:6-24).

    >Jn 4:3

    Porém aqui atingimos o âmago do problema de Jonas. Agora Jonas confessa explicitamente a razão, até este ponto oculta, pela qual inicialmente procurava fugir do mandado de Jeová. A pergunta que forma o clímax do livro se destaca claramente aos olhos: "Deveria Jeová poupar Nínive?"

    Era na certeza do conhecimento que Deus pouparia Nínive se seus habitantes se arrependessem, que Jonas tentara fugir para Társis. Agora que Nínive se havia arrependido, Jonas ficou sabendo que não sobreviria castigo contra Nínive e isso ele não estava preparado para enfrentar. Ele não podia reconciliar o fato com o que sabia ser o caráter imutável de Deus. Novamente procurou antes a morte do que ver a face de Deus e viver. Tira-me a minha vida, porque melhor me é morrer do que viver (3). Compare-se a oração de Elias, em 1Rs 19:4, e as bases para a mesma.

    >Jn 4:4

    Mas Jeová desafiou diretamente a Jonas. Sua pergunta (4) poderia ser fraseada como: "Tens razão em estar irado?" A força não é muito diferente, num ou noutro caso. O primeiro é um desafio explícito ao reto comportamento de Jonas. O segundo pertence mais à natureza de uma exclamação de surpresa de que Jonas estivesse em desacordo com a mente de Deus.

    Na passagem final do livro (Jo 4:5-43), Deus apresentou Seu desafio a Jonas de forma dramática, na parábola viva da aboboreira. Por meio dessa parábola Deus extraiu de Jonas uma confissão, no tocante à aboboreira, que subentende sua falta de retidão no tocante a Nínive.

    Jonas, aguardando em última esperança que expirassem os quarenta dias de sua predição (4), é novamente objeto das "preparações" de Deus. Desta vez, uma aboboreira (6), um bicho (7) e um vento calmoso oriental (8) foram os elementos empregados. Na depressão de Jonas, tratou Deus do profeta da seguinte maneira: Primeiramente, aliviou a tristeza de Jonas, provendo um abrigo adicional na espessa folhagem da aboboreira tropical. No dia seguinte o Senhor reverteu a situação e permitiu que Jonas sofresse aguda aflição física, mediante a destruição da aboboreira. Jonas ficou indignado por haver perecido a aboboreira. Embora em sentido algum fosse aquela "sua" aboboreira e que por natureza fosse de curta duração, Jonas, não obstante, tê-la-ia poupado, visto produzir-lhe conforto.

    >Jn 4:11

    E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive...? pergunta Jeová. Será que Jonas não podia ver motivo para compadecer-se das 120.000 ignorantes pessoas e dos animais mudos que ali viviam? Que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua esquerda (11). Provavelmente se refere à sua ignorância, em comparação com os israelitas, sobre a lei de Deus. A ignorância daquele povo e o desamparo do gado não foram, naturalmente, a única base para o exercício da misericórdia de Jeová, mas essas coisas foram mencionadas para mostrar quão faltoso, mesmo em simpatia comum, era o exclusivismo religioso de Jonas. Egoísmo, cegueira, falta de retidão: essas coisas são progressivamente reveladas na parábola, como pecados de Jonas.

    A última palavra pertence a Deus, "cuja característica é sempre mostrar misericórdia", e o livro de Jonas é outro marco que aponta para a plena revelação da salvação de Deus, a qual, em Sua misericórdia soberana e sua graça, seria "luz para revelação aos gentios" (Lc 2:32). A mensagem evangélica do livro de Jonas pode ser expressa nas palavras do apóstolo Paulo: "Que diremos, pois? Há injustiça da parta de Deus? De modo nenhum. Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão" (Rm 9:14-45).

    D. W. B. Robinson.


    Profetas Menores

    Justiça e Esperança, Mensagem dos profetas menores por Dionísio Pape, da Aliança Bíblica Universitária
    Profetas Menores - Introdução ao Capítulo 4 do Livro de Jonas

    Obediência Sem Amor (Cap. 4)

    Jonas sentiu um terrível desgosto por ver o povo de Nínive perdoado da sentença por ele proclamada. Sua depressão espiritual ainda não estava curada. Orou zangado com Deus. Uma explosão de ira não poucas vezes indica uma obediência imperfeita, ou uma queixa interior contra o Senhor. Em sua oração, protestou contra a grande misericórdia divina:

    "Eu sabia que és Deus clemente." (Jn 4:2)

    Jonas tinha um conhecimento teórico do amor de Deus. Teologicamente admitia que Deus é amor. O problema crucial foi a aplicação da teologia ortodoxa à realidade vivencial. O seu ódio para com os ninivitas era maior do que o seu amor para com a mensagem da graça divina.
    O ministério de Jonas foi instrutivo. Ele pregava com satisfação a mensagem do fogo e enxofre. Mandava para o inferno. Obedecia, mas sem amor. Nenhuma lágrima descia em suas faces. Tinha mais interesse pela sua reputação como pregador do que pela salvação dos perdidos. Para ele, as palavras pregadas eram mais importantes que as pessoas. Este egoísmo crasso, esta insensibilidade desumana servem como lição para todos os pregadores. Tamanho orgulho levou Jonas mais uma vez a desejar o suicídio.

    "Melhor me é morrer do que viver." (Jn 4:3)

    Não é difícil o verdadeiro crente ceder à tentação da autodestruição, uma vez que se tenha afastado do Senhor, ou que lhe tenha obedecido maquinalmente, mas sem amor.
    Deus dialogou com Jonas com imensa paciência. Jonas não lhe respondeu, assentou-se fora da cidade de Nínive, "até ver o que aconteceria à cidade." (Jn 4:5)
    Tão duro foi o coração do profeta, que este ainda esperava que Deus mudasse de pensamento e destruísse a cidade odiada! Ele quis salvar a sua reputação de profeta até o fim. Que os peritos em escatologia se lembrem dele . . .
    A única vez que lemos que Jonas se alegrou ocorreu quando uma planta lhe ofereceu sombra no calor do dia. Talvez não exista em todas as Escrituras um exemplo de egoísmo espiritual tão marcante como Jonas. Devemos admitir, no entanto, que muitas vezes somos semelhantes a ele. Interessamo-nos por alguma coisa passageira, de valor insignificante, mas que nos dá prazer à exclusão de todo interesse pelas almas que perecem ao nosso redor.

    O mesmo Deus que lançou sobre o mar um forte vento, que deparou um grande peixe, e que fez subir uma planta frondosa, enviou também um minúsculo verme. Na verdade, "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28). Deus não poupa esforços para ensinar a seus servos as suas verdades. Deus é sempre Senhor das circunstâncias, contornando qualquer situação humana a fim de impor a sua vontade.

    A planta confortadora murchou, e Jonas foi exposto ao desconforto do siroco, vento abrasador que sopra no Oriente Médio. O sol causticante fê-lo desmaiar. Mais uma vez a depressão espiritual levou Jonas ao caminho da autodestruição.

    "Melhor me é morrer do que viver." (Jn 4:8)

    Deus não tinha atendido às expectativas do profeta. Em vez de vingar-se, mostrou misericórdia para com o povo crudelíssimo de Nínive. E em vez de proteger o seu profeta, deixou-o sofrer, abalando-o com o siroco. Jonas foi tão egoísta que não aprendeu a lição. Foi necessário que o Senhor lhe explicasse.

    "Tens compaixão da planta! " (Jn 4:10)

    Finalmente Jonas aprendeu. Deus tem compaixão dos pecadores. Por isso foi que mandou Jonas em primeiro lugar para Nínive. é a compaixão, o amor na prática que é o recado divino. Jonas então não sentia esse amor para com os perdidos, especialmente do estrangeiro, e mais particularmente da Assíria. Quem prega sem compaixão, sem amor, não articula bem o recado de Deus. O amor de Jonas se limitava a si mesmo. A sua compaixão ora egocêntrica. Mesmo assim, como grão de mostarda, aquela compaixão que sentiu para com a planta pôde servir-lhe de um pequenino exemplo.
    Como a compaixão de Deus é grande!

    "Não hei de eu ter compaixão
    da grande cidade de Nínive?" (Jn 4:11)

    Deus não ama uma nação mais do que outra. O seu amor é infinito. Sabe amar os piores homens com um perfeito amor, até o ponto de dar o seu único Filho para salvá-los. Deus não é racista. Com Deus não há distinção de pessoas.
    Em Nínive, viviam 120:000 pessoas "que não sabiam discernir entre a mão direita e a mão esquerda" uma referência às crianças. Com este número de crianças, havia com certeza mais de meio milhão de habitantes, todos precisando da salvação. Deus ama as crianças como Pai celestial. Será possível que o coração insensível de Jonas não responderia ao apelo tocante de criancinhas inocentes? Quem evangeliza uma criança ganha uma pessoa inteira. Quem evangeliza o adulto ganha uma vida já gasta pela metade. A cegueira espiritual de Jonas vedou-lhe os olhos, para não perceber quão grande era a oportunidade da sua missão. Ganhando as crianças, a futura geração seria bem diferente da dos pais.
    O Senhor conhece os seus servos. Sem dúvida Jonas era de uma família de agricultores. Daria valor aos rebanhos de bois e de ovelhas, riqueza principal da época. Mais uma vez o Senhor raciocinou com o profeta sem amor. Para que sacrificar animais de tanta utilidade e de tanto valor? Deus tem compaixão até dos animais como Criador.
    A lição é clara. Quem ama, deve amar toda a criação de Deus: as plantas, os animais e os homens. Deus ama o mundo. Para nós sermos porta-vozes do Evangelho de Jesus Cristo é preciso aprender a amar. Não basta pregar a verdade, toda a verdade e somente a verdade. O livro de Jonas nos ensina que a obediência ao apelo evangelístico e missionário não é válida sem a demonstração de amor real.


    Dicionário

    Desgostar

    Desgostar ABORRECER 2, (Sl 95:10).

    desgostar
    v. 1. tr. dir. Causar desgosto a; descontentar, magoar. 2. tr. ind. e pron. Não gostar; desagradar-se.

    Extremamente

    Extremamente Exageradamente (Gl 1:14).

    Jonas

    Uma pomba. Filho de Amitai (Verdadeiro), natural de Gate-Hefer, pequena aldeia de Zebulom, na Galiléia, hoje chamada el-Meshad. Jonas é mencionado em 2 Rs 14.25 – ele havia anunciado o aumento do reino de israel, o qual recuperaria os seus antigos limites, tendo este fato a sua realização no valor e predomínio de Jeroboão
    ii. Viveu, provavelmente, durante o reinado desse rei, ou talvez, antes, pelo tempo de Jeoacaz. Este Jonas é geralmente identificado com o principal personagem do livro de Jonas.

    1. Veja Jonas, o profeta.


    2. Jonas, filho de Amitai, o profeta de Gate-Hefer, é mencionado apenas uma vez na Bíblia em II Reis 14:25. Creditado como o que predisse, no reinado de Jeroboão II, a devolução das fronteiras de Israel pelos sírios. Gate-Hefer ficava no território de Zebulom e supõe-se que a profecia foi proferida no início do século VIII a.C.


    3. Jonas, o pai de Simão Pedro (Mt 16:17, onde em nossas versões é chamado de Barjonas); também chamado de João. Jonas é a forma hebraica para o nome. Era pai de Simão Pedro e de André. Veja João, item 3.


    Jonas [Pomba] -

    1) Profeta de Israel, filho de Amitai, natural de Gate-Hefer, que predisse a vitória de Jeroboão II sobre a Síria (2Rs 14:23-25). É o autor do livro que leva seu nome (Jn 1:1);
    v. JONAS, LIVRO DE).

    2) Pai de Simão Pedro (Jo 1:42), RC).

    Jonas 1. Pai de Pedro (Mt 16:17).

    2. Profeta, filho de Amati e natural de Gat-Jefer, ao norte de Nazaré. Segundo 2Rs 14:25, profetizou antes de o reino de Israel estender-se até o norte da Síria, sob o reinado de Jeroboão II. O livro que leva seu nome faz parte da coleção dos profetas menores. Jesus refere-se a ele, comparando sua permanência no ventre do peixe com o tempo que mediaria entre sua morte e sua ressurreição (Mt 12:39-41; 16,4; Lc 11:29ss.).


    Ressentido

    Ofendido

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jonas 4: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Mas isso desagradou a Jonas parecendo-lhe enorme mal, e isto fez arder ira nele.
    Jonas 4: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    760 a.C.
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H2734
    chârâh
    חָרָה
    estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
    (And angry)
    Verbo
    H3124
    Yôwnâh
    יֹונָה
    filho de Amitai e natural de Gate-Hefer; quinto dos profetas menores; profetizou durante
    (Jonah)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H7451
    raʻ
    רַע
    ruim, mau
    (and evil)
    Adjetivo
    H7489
    râʻaʻ
    רָעַע
    ser ruim, ser mau
    (do act so wickedly)
    Verbo


    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    חָרָה


    (H2734)
    chârâh (khaw-raw')

    02734 חרה charah

    uma raiz primitiva [veja 2787]; DITAT - 736; v

    1. estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
      1. (Qal) queimar, inflamar (ira)
      2. (Nifal) estar com raiva de, estar inflamado
      3. (Hifil) queimar, inflamar
      4. (Hitpael) esquentar-se de irritação

    יֹונָה


    (H3124)
    Yôwnâh (yo-naw')

    03124 יונה Yonah

    o mesmo que 3123, grego 2495 Ιοανας e 920 βαριωνας; n pr m

    Jonas = “pomba”

    1. filho de Amitai e natural de Gate-Hefer; quinto dos profetas menores; profetizou durante o reinado de Jeroboão II e foi enviado por Deus para profetizar também em Nínive

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    רַע


    (H7451)
    raʻ (rah)

    07451 רע ra ̀

    procedente de 7489; DITAT - 2191a,2191c adj.

    1. ruim, mau
      1. ruim, desagradável, maligno
      2. ruim, desagradável, maligno (que causa dor, infelicidade, miséria)
      3. mau, desagradável
      4. ruim (referindo-se à qualidade - terra, água, etc)
      5. ruim (referindo-se ao valor)
      6. pior que, o pior (comparação)
      7. triste, infeliz
      8. mau (muito dolorido)
      9. mau, grosseiro (de mau caráter)
      10. ruim, mau, ímpio (eticamente)
        1. referindo-se de forma geral, de pessoas, de pensamentos
        2. atos, ações n. m.
    2. mal, aflição, miséria, ferida, calamidade
      1. mal, aflição, adversidade
      2. mal, ferida, dano
      3. mal (sentido ético) n. f.
    3. mal, miséria, aflição, ferida
      1. mal, miséria, aflição
      2. mal, ferida, dano
      3. mal (ético)

    רָעַע


    (H7489)
    râʻaʻ (raw-ah')

    07489 רעע ra a ̀ ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2191,2192; v.

    1. ser ruim, ser mau
      1. (Qal)
        1. ser desagradável
        2. ser triste
        3. ser ofensivo, ser mau
        4. ser perverso, ser mau (eticamente)
      2. (Hifil)
        1. causar dano, ferir
        2. agir maldosa ou perversamente
        3. erro (particípio)
    2. quebrar, despedaçar
      1. (Qal)
        1. quebrar
        2. quebrado (particípio)
        3. ser quebrado
      2. (Hitpolel) ser quebrado, ser despedaçado, ser totalmente quebrado