Enciclopédia de Miquéias 1:7-7
Índice
Perícope
mq 1: 7
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas, e todos os salários de sua impureza serão queimados, e de todos os seus ídolos eu farei uma ruína, porque do preço da prostituição os ajuntou, e a este preço volverão. |
ARC | E todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas, e todos os seus salários serão queimados pelo fogo, e de todos os seus ídolos eu farei uma assolação, porque do preço de sua prostituição os ajuntou, e em recompensa de prostituta se volverão. |
TB | Todas as suas imagens esculpidas serão feitas em pedaços, e todos os seus salários serão queimados a fogo; quanto a todos os seus ídolos, deles farei uma desolação; porque pelo salário de prostituta os tem ajuntado, e para o salário de prostituta voltarão. |
HSB | וְכָל־ פְּסִילֶ֣יהָ יֻכַּ֗תּוּ וְכָל־ אֶתְנַנֶּ֙יהָ֙ יִשָּׂרְפ֣וּ בָאֵ֔שׁ וְכָל־ עֲצַבֶּ֖יהָ אָשִׂ֣ים שְׁמָמָ֑ה כִּ֠י מֵאֶתְנַ֤ן זוֹנָה֙ קִבָּ֔צָה וְעַד־ אֶתְנַ֥ן זוֹנָ֖ה יָשֽׁוּבוּ׃ |
BKJ | E todas as imagens de escultura serão despedaçadas, e todas as pagas serão queimadas com fogo, e de todos os ídolos eu farei uma assolação; pois os ajuntou pelo preço de uma prostituta, e pelo preço de uma prostituta retornarão. |
LTT | |
BJ2 | Todos os seus ídolos serão destroçados, todos os seus salários |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 1:7
Referências Cruzadas
Levítico 26:30 | E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens do sol, e lançarei o vosso cadáver sobre o cadáver dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós. |
Deuteronômio 9:21 | Porém eu tomei o vosso pecado, o bezerro que tínheis feito, e o queimei a fogo, e o pisei, moendo-o bem, até que se desfez em pó; e o seu pó lancei no ribeiro que descia do monte. |
Deuteronômio 23:18 | Não trarás salário de rameira nem preço de cão à casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque ambos estes são igualmente abominação ao Senhor, teu Deus. |
II Reis 23:14 | Semelhantemente quebrou as estátuas, e cortou os bosques, e encheu o seu lugar com ossos de homens. |
II Crônicas 31:1 | E, acabando tudo isso, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram as estátuas, cortaram os bosques e derribaram os altos e altares por todo o Judá e Benjamim, como também em Efraim e Manassés, até que tudo destruíram; então, tornaram todos os filhos de Israel, cada um para sua possessão, para as cidades deles. |
II Crônicas 34:6 | O mesmo fez nas cidades de Manassés, e de Efraim, e de Simeão, e ainda até Naftali, em seus lugares assolados, ao redor. |
Isaías 27:9 | Por isso, se expiará a iniquidade de Jacó, e este será todo o fruto de se haver tirado o seu pecado; quando ele fizer a todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, os bosques e as imagens do sol não poderão ficar em pé. |
Jeremias 44:17 | antes, certamente, cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; e tivemos, então, fartura de pão, e andávamos alegres, e não vimos mal algum. |
Oséias 2:5 | Porque sua mãe se prostituiu, aquela que os concebeu houve-se torpemente porque diz: Irei atrás de meus namorados, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. |
Oséias 2:12 | E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: É esta a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão. |
Oséias 8:6 | Porque isso é mesmo de Israel; um artífice o fez, e não é Deus; mas em pedaços será desfeito o bezerro de Samaria. |
Oséias 10:5 | Os moradores de Samaria serão atemorizados pelo bezerro de Bete-Áven, porquanto o seu povo se lamentará por causa dele, como também os seus sacerdotes (que nele se alegravam), e por causa da sua glória, que se apartou dela. |
Joel 3:3 | E lançaram a sorte sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem. |
Apocalipse 18:3 | Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela. E os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. |
Apocalipse 18:9 | E os reis da terra, que se prostituíram com ela e viveram em delícias, a chorarão e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio. |
Apocalipse 18:12 | mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda madeira odorífera, e todo vaso de marfim, e todo vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore; |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
O JULGAMENTO DE DEUS ESTÁ PERTO
Miquéias
A. QUE JULGAMENTO? 1:1-16
1. Deus Apresenta-se Pessoalmente (1:1-5)
Como todos os verdadeiros profetas em Israel, Miquéias, sob inspiração divina, ex-pôs a mensagem de Deus aos seus contemporâneos. Sentia-se sob autoridade direta de Deus, a quem apenas deveria obedecer, pois a palavra do SENHOR (1) veio a ele. Conhecedor da vontade e dos propósitos santos do Senhor, Miquéias sentiu-se compelido a compartilhar com seu povo estes desígnios solenes. Com a confiança em Deus e a certe-za de que falava as palavras da verdade, o profeta era destemido e não dava a mínima para as conseqüências pessoais ao entregar a mensagem.
Sob este aspecto, Miquéias é um modelo para os pregadores de todos os tempos. O mensageiro tem de ser homem de Deus e da Palavra de Deus. Deve ser confiante de que tem uma revelação divina. Precisa ser ousado ao falar a verdade para passar segurança e ser convincente. Só o homem que, como Miquéias, se sente compelido por Deus deve engajar-se na obra da pregação. Mas o que sente esta compulsão não ousa tardar em obedecer.
Natural de Morasete ou Moresete (ver Introdução), Miquéias profetizou durante os reinados de três reis sucessivos de Judá: Jotão, Acaz e Ezequias (1; ver diagrama A). Esta prova interna fixa a data de seus trabalhos entre 750 e 687 a.C. Embora morasse em Judá, sua mensagem era pertinente a Samaria, capital de Israel, e a Jerusalém, capital de Judá. Ao considerarmos que Samaria foi destruída em 712 a.C., é claro que a primeira parte da profecia deve ser datada antes desse ano.
Este capítulo, que estremece com o julgamento iminente, inicia com uma descrição gráfica e figurativa do Senhor que desce do lugar de sua habitação santa para julgar um povo rebelde. A terra inteira é convocada. Todos os homens de todos lugares recebem a ordem de parar e ouvir o que Deus tem a dizer sobre o templo da sua santidade (2). O Senhor viera lidar principalmente com a transgressão de Jacó (5; o Reino do Norte) e de sua capital, Samaria, e com a maldade de Judá, que se concentrava em sua capital, Jerusalém. Mas Jeová é o Deus de toda a terra. O Senhor não está afastado de nosso mundo. Preocupa-se com os assuntos humanos. Sua palavra é mais urgente que qual-quer coisa que demande nossa atenção. Todos têm de parar e prestar atenção. "Onde Deus tem uma boca para falar, temos de ter ouvidos para ouvir; todos precisamos agir assim, porque a mensagem diz respeito a todos".'
O SENHOR... andará sobre as alturas da terra (3). A imagem descreve o Deus que usa o cume das montanhas como degraus para se aproximar do povo. Debaixo de seus passos largos e majestosos, as montanhas desaparecem e a terra se torna uma planície nivelada: "Debaixo dele as montanhas se derretem e fluem para os vales, como cera que se derrete diante do fogo e escorre como água" (4, Phillips). Veja como Moffatt traduz o versículo 5.
E tudo isso por causa da transgressão de Jacó, Por causa dos pecados da casa de Judá! A transgressão de Jacó? Não está em Samaria? O pecado de Judá? Não está em Jerusalém?
Até hoje Deus interfere nos assuntos dos homens e das nações. Sempre que o Senhor entra em uma situação, é para mudar. Não há circunstância que esteja fora de seu inte-resse ou haja alguém que escape de seu julgamento.
2. Como será o Julgamento de Deus (1.6,7)
Ao falar na primeira pessoa, Deus declara que Samaria será completamente arrasa-da. Farei de Samaria um montão de pedras do campo (6). Segundo a Versão Bíbli-ca de Berkeley, o montão de pedras do campo são terraplanagens em terreno pedre-goso para uso comum no cultivo de uvas. A cidade outrora orgulhosa se tornará um lugar vazio para a plantação de vinhedos. Descobrirei os seus fundamentos, ou seja, as paredes de pedra dos edifícios e as muralhas da cidade serão lançadas para o vale abai-xo, a fim de deixar as fundações descobertas e expostas para todos verem — um memorial trágico por causa da desobediência e falta de espiritualidade do povo. Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas (7). Os ídolos das deidades pagãs, cuja adoração fora praticada em Israel, serão estraçalhados e os presentes dados a esses ído-los, queimados.
Esta ruína virá sobre a cidade, porque Samaria abandonara o verdadeiro Deus e cometera prostituição espiritual. Como a esposa infiel vai atrás de outros homens, assim Israel tinha seguido outros deuses. Além disso, grande parte da prosperidade da cidade era resultado de taxas das prostitutas cultuais ligadas aos recintos adjacentes aos tem-plos pagãos. A Septuaginta traduz o versículo 7d assim: "Porque juntou dos salários da fornicação, e dos salários da fornicação acumulou riquezas".
Este julgamento foi realizado pelos exércitos assírios sob o comando de Salmaneser e de Sargão (2 Rs 17:4-6). Quando Oséias, rei de Israel, reteve o tributo da Assíria, Salmaneser saqueou a terra, lançou Oséias na prisão e sitiou a cidade. Em 721 a.C., depois de três anos de assédio, Sargão (por esta época, rei da Assíria) reduziu a cidade a entulho e fez de Samaria estado vassalo regido por um governador provinciano na antiga cidade da realeza. Em sua inscrição, Sargão afirma ter deportado nesta ocasião 27.290 israelitas. A maioria destes foi mandado para a Média, onde se estabeleceu. Para com-pletar as classes mais pobres que ficaram na terra, Sargão importou estrangeiros de várias regiões de dominação assíria.
3. O Profeta Lamenta (1:8-16)
Miquéias pranteia não só o golpe mortal que se abaterá sobre Israel, mas também o fato de que as corrupções do Reino do Norte tomaram conta de Judá, até chegar a Jeru-salém. Em vista disso, deduz-se que o julgamento de Deus englobaria a pátria do profe-ta. De fato, o sucessor de Sargão, Senaqueribe, invadiu Judá e sitiou a própria Jerusa-lém. Talvez seja isso que Miquéias quis dizer quando profetizou: Estendeu-se até à porta do meu povo, até Jerusalém (9).
Miquéias bem sabia que o desentendimento moral e espiritual entre um povo era uma ferida fatal que só podia ser curada pela volta a Deus. A sua chaga é incurável é, literalmente, "ele está gravemente doente por causa de suas feridas". Para o profeta, está bastante claro que o salário do pecado sempre é a morte.
É fato sério que a obstinação no pecado entre qualquer grupo de pessoas sempre ocasiona o julgamento divino. Trata-se de urna ferida que só Deus pode curar.
Para dramatizar sua tremenda preocupação e impressionar o povo com a escassez que, sem dúvida, viria, Miquéias expressa abertamente sua dor de maneira comum em seus dias. Por isso, lamentarei, e uivarei, e andarei despojado e nu (8). Ele tirou os calçados e a roupa de cima. O profeta ficou tão profundamente abalado pelo que viria sobre sua gente, que tinha vontade de fazer "lamentações como de chacais e pranto como de avestruzes" (8b, ARA). Os terríveis uivos noturnos dos chacais (dragões) e o som triste e pesaroso das avestruzes expressam emoções de medo e tormento que palpita-vam incontrolavelmente no interior do profeta.
Os homens de Deus que desejam eficiência no ministério devem tomar parte na preocupação sensata de Miquéias pelos santos sofredores e pelo julgamento dos pecado-res. É necessário que o ministro seja incitado pela palavra que recebe do Senhor. Tem de ser tocado pela verdade que dá ao povo; pois é somente quando seu coração tem esse tipo de preocupação que sua mensagem atinge o coração dos que o ouvem. Para que a prega-ção seja significativa, a comunicação tem de ser de coração para coração.
Miquéias ficou não só aflito com a situação difícil e triste do povo, mas também com raiva quando lembrou os pecados que ocasionaram esta catástrofe. Por causa disso, foi extremamente satírico ao anunciar a destruição que viria sobre Judá, ao servir-se de uma série de trocadilhos (10-15) feitos com os nomes das cidades da região sudoeste da Palestina. O dramático jogo de palavras aparece na tradução de J. B. Phillips:
Portanto, em Gate, onde as histórias são contadas, não digais uma palavra!
Em Aco, a cidade da Lamentação, não derrameis uma lágrima!
Em Afra, a casa do Pó, rastejai no pó!
E vós que morais em Safir, a cidade da Beleza, saí, pois a vossa vergonha está
descoberta!
Vós que morais em Zaanã, a cidade da Marcha, agora não há marcha para vós! E Bete-Ezel, situada na ladeira, em sua tristeza não pode oferecer posição segura, Os habitantes de Marote, a cidade da Amargura, esperam tremulamente pelo bem, Mas a desgraça desceu do Senhor até a porta de Jerusalém!
Agora, vós que morais em Laquis, cidade famosíssima por seus cavalos,
Pegai vossos corcéis mais velozes e atrelai-os aos vossos carros!
Pois o pecado da filha de Sião começou convosco,
E em vós achou-se a fonte da rebelião de Israel.
Portanto, dai vosso dote de despedida para Moresete de Gate!
As casas de Aczibe, aquele riacho seco, foram uma ilusão para os reis de Israel, E uma vez mais trago um conquistador contra vós, homens de Moresete, Enquanto a glória de Israel está escondida na caverna de Adulão.
Miquéias fala que Laquis foi o princípio do pecado para a filha de Sião (Jerusa-lém, 13). O profeta quer dizer que foi aqui que as corrupções idólatras do Reino do Norte encontraram seu primeiro ponto de apoio no Reino do Sul. Ele dá a entender (14,15) que as pessoas deste lugar queriam enviar presentes à cidade natal do profeta, Moresete-Gate ou Maressa, e à vizinha cidade de Aczibe, a fim de garantir o apoio delas contra o inimigo. Mas essa ajuda, diz o profeta, não virá, pois um herdeiro (15, "inimigo", NTLH; "vencedor", ECA; ou "conquistado?, NVI) também derrotará tais cidades. Nas palavras Adulão a gló-ria de Israel, Miquéias recorda que o apuro de Judá é como o de Davi, que em um desespe-rado momento de fuga achou refúgio na caverna de Adulão, situada perto de Maressa. Ele vê a glória da outrora orgulhosa nação hebraica enfrentando uma nova Adulão de desespero.
O lamento triste de Miquéias se encerra com uma conclamação para o povo lamen-tar a perda iminente de seus filhos. Essas crianças, que foram criadas com esmero e carinho, estão destinadas a uma vida dura de escravidão na terra do inimigo. Ao falar deste pranto, Miquéias usa um símbolo comum de aflição: Faze-te calva e tosquia-te (16). Devem tosquiar (raspar) as cabeças (cf. Am
Como indicado acima, este julgamento que Miquéias presenciou sobre Judá acarre-tava no cerco de Senaqueribe em 701 a.C. Ao compararmos esta passagem com Isaías
Champlin
Tradução provável; outra tradução possível:
os seus troncos sagrados. Os donativos queimados ao fogo provinham do preço da prostituição. Conforme Os
O ouro e a prata com que se fabricavam os ídolos provinham das oferendas recolhidas em um culto licencioso e contaminado pelo paganismo. Por isso, seriam levados como despojo de guerra pelos inimigos de Israel e, de acordo com uma prática habitual no Antigo Oriente, apresentados como oferenda no templo dos seus deuses. Notar que o profeta aplica também a esse culto pagão a imagem da prostituição.
Genebra
1.1
Miquéias, morastita. O nome Miquéias é uma forma abreviada de Micayahu ("Quem é como Yahweh?"). A cidade de Moresete estava localizada perto de Gate, na Sefelá, isto é, nos sopés das colinas de Judá.
que em visão. A mensagem divina dada a Miquéias tomou a forma de uma revelação sobrenatural à visão e à audição interiores do profeta.
*
1.2-7
Essa profecia consiste em quatro partes: a convocação das nações ao julgamento (v. 2); uma visão simbólica de Deus transtornando a criação (vs. 3 e 4); uma acusação contra as capitais de Israel (v. 5); e a sentença divina acerca da destruição de Samaria (vs. 6 e 7).
*
1.2
todos os povos... contra vós outros. O julgamento de Deus contra Samaria (vs. 6 e
7) exemplifica e prefigura o julgamento divino contra todos os povos que cometem a idolatria e os crimes sociais.
*
1.3-5
Por detrás do exército assírio, o profeta viu a mão de Deus (conforme Is
*
1:3
altos da terra. Quem quer que controlasse as regiões altas de Israel, controlava a nação.
*
1:4
fogo... num abismo. Essas palavras vinculam a visão simbólica com a queda histórica de Samaria (vs. 6 e 7), a qual ficava localizada em uma colina (1Rs
*
1:5
Jacó... Israel. "Jacó" e "Israel" ocorrem juntos com frequência no livro de Miquéias, referindo-se a todo o povo na aliança com Deus; algumas vezes, "Jacó" representa o povo de Israel como um todo (2.12; 3.1,8,9). A segunda ocorrência de "Jacó", neste versículo, aponta para o reino do norte, Israel, em distinção ao reino de Judá. Neste livro de Miquéias, entretanto, "Israel" designa Judá como representante da nação inteira.
*
1:7
preço da prostituição. As antigas religiões de fertilidade do antigo Oriente Próximo envolviam prostituição ritual, uma atividade estritamente proibida para Israel (Dt
*
1.8-16
Este lamento divide-se em três partes: Uma introdução, declarando a resolução de Miquéias de lamentar pelo exílio de Judá (vs. 8 e 9); um corpo principal, com uma série de jogos de palavras acerca dos nomes das fortalezas de Judá (referências laterais) predizendo a queda e o exílio de Judá (vs. 10-15); e uma conclusão, convocando a casa de Davi para participar da lamentação, porque a nação iria para o exílio (v. 16).
*
1:8
despojado e nu. Um ato simbólico referindo-se à ameaça do cativeiro (Is
*
1:9
porta. O rei da Assíria, Senaqueribe, alcançou os portões de Jerusalém, mas não tomou a cidade (v. 12; Introdução: Data e Ocasião).
*
1:10
Não o anuncieis em Gate. O lamento de Miquéias por causa da queda da casa de Davi nos faz lembrar o lamento de Davi sobre a queda de Saul, em circunstâncias parecidas (2Sm
revolvei-vos no pó. Uma vívida expressão de tristeza em vista de uma derrota humilhante (Jr
*
1:11
Zaanã... sair. Ver a referência lateral. Apesar de seu nome — rica em rebanhos — os habitantes dessa cidade se acovardariam e não sairiam à batalha.
Bete-Ezel. Literalmente, esse nome significa “casa adjacente”. A palavra hebraica Ezel assemelha-se a um verbo que significa "retirar" ou "reter". Essa cidade haveria de reter sua proteção de Judá por haver sido anexada pelo conquistador.
*
1:12
Marote. Ver a referência lateral. Embora anelasse pelo bem, essa cidade experimentaria o amargor da derrota.
*
1:13
corcéis... carro... Laquis. Uma grande cidade-fortaleza de Judá, localizada a sudoeste de Jerusalém, Laquis abrigava um contingente de carros de combate. Aqui a referência aos corcéis (o termo hebraico correspondente assemelha-se a "Laquis") talvez subentenda que os carros de combate eram usados para fugir, e não para combater.
o princípio do pecado. A natureza exata dessas transgressões não é explicada. Muitos têm sugerido que isso envolvia a importação de cavalos do Egito para serem usados na guerra (5.10; Dt
a filha de Sião. Uma personificação de Jerusalém.
*
1:14
presentes. Está em foco aqui o dote que um pai daria à sua filha, quando ela partir para a casa de seu marido (1Rs
as casas de Aczibe serão para engano. Ver a referência lateral. O nome dessa cidade se parece muito com a palavra hebraica que significa "enganadora", vocábulo esse usado para indicar um "ilusório ribeiro", em Jr
*
1:15
chegará até Adulão a glória de Israel. Assim como Davi tinha fugido para a caverna de Adulão (2Sm
Matthew Henry
13) e a injustiça para outros (2.1, 2, 8, 9; 3.2, 3, 9-11; 7:2-6). Estes pecados se infiltraram de forma flagrante nas cidades capitais e infectaram a nação inteira.1:9 Os pecados da Samaria já eram incuráveis; e o castigo de Deus sobre ela já tinha começado. Seu pecado não era como um arranhão na pele, mas sim como uma punhalada em um órgão vital. O pecado tinha ocasionado uma ferida que logo se tornaria mortal. (Em realidade Samaria foi destruída a princípios do ministério do Miqueas). Em forma trágica, o pecado da Samaria influiu em Jerusalém e o castigo chegou a suas próprias portas. Isto provavelmente se refere ao sítio do Senaquerib no ano 701 a.C. (ver 2 Rseis
Wesley
O livro de Miquéias começa com uma palavra mais autorizada: . A palavra do Senhor que veio a Miquéias Micah, cujo nome significa "Quem é como o Senhor" era um homem de fé, a quem o Senhor poderia confiar uma revelação de Sua vontade, mesmo uma proclamação de advertência e julgamento. Com o coração cheio de lágrimas, ele entregou sem medo ou favor. Saber que Deus havia falado era sua única compulsão necessária.
Os povos da terra, aqueles fora de Israel e Judá, são chamados a testemunhar o que o Senhor está prestes a fazer para Israel e Judá, que eles podem lucrar com o exemplo de negociação de Jeová com a injustiça em qualquer nação que se encontra.
Portanto, Jeová fala desde o seu santo templo, literalmente, o templo da santidade d'Ele, que não é ninguém na terra como em Jerusalém, mas no próprio céu (conforme Is
Em lamento do profeta vemos Micah o patriota e Micah o profeta misturados em um só. (Vv. As aldeias vizinhas de Israel 10-15 ). são caros ao coração de Micah ! Meu povo É ! meu povo Esse soluço é ouvido ao longo do livro (Mq
Russell Shedd
1.2 Testemunha contra vós outros. Deus conhece os corações dos homens, não ignorando nenhum das seus feitos e das suas atitudes.
1.3,4 Os profetas entendiam claramente que o pecado do povo, quando confrontado pela revelação da presença de Deus, teria, que, produzir calamidades em grande escala (Jl
1.5 Transgressão. Refere-se tanto à idolatria, como à injustiça das quais as duas capitais, Samaria e Jerusalém, se haviam tornado centros; o abandono dos campos em busca da prosperidade urbana não tinha produzido. um tipo de vida condizente com a piedade e o amor.
1.6 Por isso, farei. Os vários passos que levaram à destruição final de Samaria descrevem-se profeticamente nos vv. 6-16, nos quais os nomes das cidades são o roteiro normal de qualquer invasor. Foi de fato o caminho seguido pelos assírios em 725 a.C. quando foram cercar Samaria, cuja destruição foi a primeira do rei Sargom II, em 722, depois de cercarem-na os exércitos, de seu pai, Salmaneser V. Esta é a invasão descrita em 2Rs
1.10 Bete-Leafra. Quer dizer "Casa do pó"; ao nome de cada cidade aqui mencionada, corresponde alguma expressão de medo ou de aflição.
1.11 Passa. Heb ãvarfaz assonância com Shafir. Sair. Heb yãça', "é semelhante à forma hebraica de Zaanã: ça'anãn.
1.13 Ao carro. Heb lãrekhesh, semelhante à forma hebraica de Laquis; esta seria a maneira de fuga adotada pelos habitantes da cidade que comerciavam com o Egito em carros e em cavalos, induzindo os israelitas a confiar mais em alianças políticas e em exércitos do que em Deus.
1.14 Engano. Heb 'akhzãbh, semelhante à forma hebraica de Aczibe.
1.15 Tomará posse. Heb hayyõesh, "causará o herdar”, semelhante ao nome Moresete. Adulão. Será o esconderijo dos nobres de Israel, como foi o caso do rei Davi, séculos antes (1Sm
NVI F. F. Bruce
Essa seção prevê a destruição tanto de Samaria (1,6) quanto de Jerusalém (3.12). A razão desse castigo é a conduta ímpia do povo de Deus, especialmente dos ricos e dos investidos de autoridade.
1) O sobrescrito (1.1)
Mesmo que a mensagem de Miquéias fosse direcionada tanto a Samaria quanto a Jerusalém, o seu período de atividade é datado somente pelos reinados de reis de Judá, destacando a sua origem e o seu interesse principal. A sua mensagem não é constituída meramente de observações e comentários políticos astutos, mas é a palavra do Senhor.
2) O destino que aguardava Samaria (1:2-9)
v. 2-4. Miquéias inicia com uma breve seção que estabelece duas premissas fundamentais para toda a sua perspectiva. Em primeiro lugar, o Senhor é soberano; em segundo lugar, o lugar da habitação do Senhor é absolutamente santo, um reflexo da sua pessoa (v. 2). Por isso, todos os povos da terra são intimados a dar atenção às acusações dele (v.
2) e até mesmo a terra (6 terra) é retratada como que tremendo quando ele anda sobre ela. Em linguagem vívida e figurada, os montes são descritos como se derretendo como cera diante do fogo (v. 4). A linguagem do terremoto e da tempestade é tipicamente associada à presença do Senhor (conforme Ex
3) O inimigo se aproxima de Jerusalém (1:10-16)
O tema desse trecho é a descrição do avanço de um exército inimigo, através de povoados e cidades da região de Miquéias, a caminho de Jerusalém (v. 12). Em detalhes, é extremamente complicado em virtude de seus jogos de palavras excepcionalmente longos com os nomes dos lugares. Nem todos os lugares podem ser identificados atualmente, e alguns dos trocadilhos ficaram obscurecidos na transmissão. Mais importante, no entanto, do que a identificação dos lugares ou da recuperação do significado dos jogos de palavras é a apreciação do impacto do parágrafo como um todo. Ao passo que em línguas modernas ocidentais, como no português, o trocadilho é um artifício reservado quase que exclusivamente para o humor, no hebraico era considerado uma ferramenta adequada para expressar emoções profundas (conforme Jr
Moody
I. O Iminente Juízo de Israel e Judá por causa do Pecado
Persistente. Mq
Francis Davidson
Aqui temos um jogo de palavras, no hebraico, que envolve os nomes das aldeias, impossível de ser traduzido para o português. G. A. Smith, Pusey e outros têm feito as seguintes sugestões. Não o anuncies em Gate (10; cfr. 2Sm
Laquis é descrito como o princípio do pecado para a filha de Sião (13). De conformidade com G. A. Smith, o profeta estaria desafiando os habitantes daquela aldeia para que atassem os animais ligeiros ao carro, visto que ela estava intimamente ligada com o tráfico de carruagens. Era uma orientação errada, tanto de Israel como de Judá, comprar grandes quantidades de cavalos e carruagens do Egito. A nação era, desse modo, encorajada a acreditar que estava se transformando num poder militar; porém, durante todo o tempo estava apenas exaurindo seus recursos financeiros. Pois, por mais apropriados que fossem as carruagens para as terras planas do Nilo, eram completamente inúteis no terreno montanhoso de Judá. Além disso, tal exibição de guerra estava levando a nação a olhar para si mesma e para seus aliados, em lugar de olhar para Jeová. Por essa razão os profetas de Jeová olhavam as carruagens com ar de desaprovação e consideravam-nas uma fonte de erro.
Tem sido sugerido que em Laquis, na planície costeira, os cavalos recém-comprados eram deixados a descansar antes do finalmente seguirem até Jerusalém. Desse modo podia ser dito que Laquis era o princípio do pecado para a filha de Sião. No que respeita às palavras do versículo 15, chegará até Adulão a glória de Israel, cfr. Is
Dicionário
Ajuntar
verbo bitransitivo e pronominal Juntar, colocar junto ou perto; unir-se: ajuntar os alunos da escola; os melhores se ajuntaram.Reunir pessoas ou coisas que têm relações entre si; unir uma coisa com outra: ajuntar os bons e os maus.
Juntar em grande quantidade; acumular, acrescentar, coligir: ajuntar dinheiro.
verbo intransitivo Unir de maneira muito próxima: não temos o dinheiro todo, estamos ajuntando.
Etimologia (origem da palavra ajuntar). A + juntar.
Assolação
Assolação DESOLAÇÃO (Jrassolação s. .M 1. Ato ou efeito de assolar. 2. Devastação, estrago, ruína.
Escultura
As artes de bordar e esculpir foram muito utilizadas na construção do tabernáculo e do templo, bem como na ornamentação das vestes sacerdotais. No tempo de Salomão, o artista Hirão, da Fenícia, tinha o principal cuidado nesta espécie de trabalhos, e também dirigia grandes obras de arquitetura (ÊxEscultura Objeto ESCULPIDO (Ex
escultura s. f. 1. Arte de esculpir. 2. Obra que resulta do exercício dessa arte. 3. Estatuária.
Farar
verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.
Fogo
substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7
Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a
[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009
O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt
C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.
Preço
preço (ê), s. .M 1. Valor em dinheiro de uma mercadoria ou de um trabalho; custo. 2. Avaliação em dinheiro ou em valor assimilável a dinheiro. 3. Castigo, punição, recompensa. 4. Consideração, importância, merecimento, valia.substantivo masculino Valor que se paga ou que se recebe por algo; quantia que estabelece o valor do que se pretende vender ou comprar; valor, importância: qual é o preço deste carro?
Figurado O que se recebe por; o resultado de um sacrifício; penalidade: a felicidade tem seu preço.
Relação estabelecida pela ação de trocar um bem (propriedade) por outro.
Etimologia (origem da palavra preço). Do latim pretium.ii, mérito.
Prostituição
substantivo feminino Ação de prostituir.Comércio profissional do sexo.
Figurado Uso degradante de uma coisa.
Trato sexual com outra ou outro distinto do próprio cônjuge, em troca de dinheiro ou em outra forma de pagamento. Na antiguidade houve inclusive a prostituição sagrada. Os profetas, assim como recorreram à imagem do matrimônio para expressar a intimidade de Deus com seu povo, também empregaram a de prostituição como expressão da infidelidade (cf. Os 2; Ex
A prostituição não teve seu início nos primeiros dias da Humanidade, pois os homens ainda não possuíam os vícios e as paixões. Com o desenvolvimento das paixões é que vieram a surgir os maus costumes no seio dos agrupamentos humanos. Antes de Jesus, já existia a prostituição, mas não era tolerada pela religião dominante (que até mesmo aconselhava a lapidação da mulher adúltera), impossibilitando de certo modo a sua expansão. [...] O mercado organizado dos prazeres sexuais não foi uma promoção originariamente das mulheres, mas, sim, dos homens [...]. Sob o aspecto lesivo à nobre finalidade do sexo, na condição imprescritível de instrumento de formação da família, a prostituição, como flagelo social, só é tolerada do ponto de vista do direito ao direcionamento às manifestações do livre-arbítrio feminino, atentatórias ao pleno acatamento à lei de procriação, a que deploravelmente permanecem desatentos o homem e a mulher. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7
Prostituição
1) Comércio sexual do corpo (Os
2) Figuradamente, infidelidade a Deus (Jr
Prostituta
Prostituta V. MERETRIZ (PvQueimados
(latim cremo, -are)
1. Consumir pelo fogo.
2. Crestar; esbrasear.
3. Dissipar; esbanjar.
4. [Informal] Destilar.
5. Causar ou sofrer desprestígio de reputação, em geral de alguém que ocupa um cargo, uma função ou uma posição.
6. Estar muito quente. = ESCALDAR
7. Causar ardor febril.
8. Sofrer queimadura.
9. Crestar-se.
10. Perder o viço.
11. Impacientar-se, irar-se.
1. Ardente; em que há muito calor.
2. Que ardeu.
3. Tostado; bronzeado pelo sol.
4. [Brasil] Zangado.
5. Esturro.
6. Jogo popular.
7. Botânica Tubérculo seco da mandioca.
8.
[Portugal: Açores]
Ornitologia
Ave de rapina (Buteo buteo rothschildi) da família dos
Recompensa
Indiscutivelmente, a recompensa por excelência, a mais perfeita e justa, será aquela que mais diretamente gratificar o Espírito do educando: a satisfação do dever cumprido. [...]Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 3
Recompensa Algo que se recebe por algum bem ou mal que se praticou; galardão (Sl
Salários
-Serão
serão s. .M 1. Tarefa ou trabalho noturno. 2. Duração ou remuneração desse trabalho. 3. Reunião familiar à noite. 4. Sarau.Volver
Transportar, levar consigo, rolar: as águas volviam os seixos.
Revolver, pôr em movimento, agitar.
verbo intransitivo Militar Voz de comando para ordenar a marcha em sentido contrário: meia volta, volver.
verbo intransitivo e pronominal Agitar-se, voltear-se, revolver-se: volvia-se em busca de certas imagens.
Decorrer, correr, passar: volveram-se seis meses, e tudo voltou à calma.
Volver os olhos, olhar, mirar.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
זָנָה
(H2181)
uma raiz primitiva [bem alimentado e portanto libertino]; DITAT - 563; v
- praticar fornicação, ser uma meretriz, agir como meretriz
- (Qal)
- ser uma meretriz, agir como meretriz, cometer fornicação
- cometer adultério
- ser um prostituto ou prostituta cultual
- ser infiel (a Deus) (fig.)
- (Pual) agir como meretriz
- (Hifil)
- levar a cometer adultério
- forçar à prostituição
- cometer fornicação
כִּי
(H3588)
uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj
- que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
- que
- sim, verdadeiramente
- quando (referindo-se ao tempo)
- quando, se, embora (com força concessiva)
- porque, desde (conexão causal)
- mas (depois da negação)
- isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
- mas antes, mas
- exceto que
- somente, não obstante
- certamente
- isto é
- mas se
- embora que
- e ainda mais que, entretanto
כֹּל
(H3605)
כָּתַת
(H3807)
uma raiz primitiva; DITAT - 1062; v
- bater, esmagar batendo, esmagar em pedaços, triturar fino
- (Qal)
- bater ou triturar fino
- bater, martelar
- (Piel)
- bater ou triturar fino
- bater, martelar
- (Pual) ser batido
- (Hifil) bater em pedaços, despedaçar
- (Hofal) ser batido, ser triturado
עַד
(H5704)
propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep
- até onde, até, até que, enquanto, durante
- referindo-se a espaço
- até onde, até que, mesmo até
- em combinação
- de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
- referindo-se ao tempo
- até a, até, durante, fim
- referindo-se a grau
- mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
- até, enquanto, ao ponto de, mesmo que
עָצָב
(H6091)
procedente de 6087; DITAT - 1667c; n m
- ídolo, imagem
פְּסִיל
(H6456)
procedente de 6458; DITAT - 1788b; n. m.
- imagem, ídolo, imagem esculpida
קָבַץ
(H6908)
uma raiz primitiva; DITAT - 1983; v.
- reunir, juntar
- (Qal) reunir, coletar, juntar
- (Nifal)
- juntar, ajuntar
- ser reunido
- (Piel) reunir, ajuntar, levar
- (Pual) ser reunido
- (Hitpael) ajuntar, ser ajuntado
שׁוּב
(H7725)
uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.
- retornar, voltar
- (Qal)
- voltar, retornar
- voltar
- retornar, chegar ou ir de volta
- retornar para, ir de volta, voltar
- referindo-se à morte
- referindo-se às relações humanas (fig.)
- referindo-se às relações espirituais (fig.)
- voltar as costas (para Deus), apostatar
- afastar-se (de Deus)
- voltar (para Deus), arrepender
- voltar-se (do mal)
- referindo-se a coisas inanimadas
- em repetição
- (Polel)
- trazer de volta
- restaurar, renovar, reparar (fig.)
- desencaminhar (sedutoramente)
- demonstrar afastamento, apostatar
- (Pual) restaurado (particípio)
- (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
- trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
- trazer de volta, renovar, restaurar
- trazer de volta, relatar a, responder
- devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
- voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
- virar (o rosto), voltar-se para
- voltar-se contra
- trazer de volta à memória
- demonstrar afastamento
- reverter, revogar
- (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
- (Pulal) trazido de volta
שׂוּם
(H7760)
uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.
- pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
- (Qal)
- pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
- estabelecer, direcionar, direcionar para
- estender (compaixão) (fig.)
- pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
- colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
- pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
- (Hifil) colocar ou fazer como sinal
- (Hofal) ser posto
אֵשׁ
(H784)
uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f
- fogo
- fogo, chamas
- fogo sobrenatural (junto com teofania)
- fogo (para cozinhar, assar, crestar)
- fogo do altar
- a ira de Deus (fig.)
שְׁמָמָה
(H8077)
procedente de 8076; DITAT - 2409b,2409c; n. f.
- devastação, ruínas, desolação
שָׂרַף
(H8313)
uma raiz primitiva; DITAT - 2292; v.
- queimar
- (Qal) queimar
- (Nifal) ser queimado
- (Piel) que queima, abrasador (particípio)
- (Pual) ser destruído pelo fogo, ser queimado
אֶתְנַן
(H868)
o mesmo que 866; DITAT - 2529a; n m
- pagamento de prostituta, preço
- paga (de prostituta)
- referente a idolatria de Israel, Jerusalém, Tiro (fig.)