Enciclopédia de Habacuque 1:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hc 1: 16

Versão Versículo
ARA Por isso, oferece sacrifício à sua rede e queima incenso à sua varredoura; porque por elas enriqueceu a sua porção, e tem gordura a sua comida.
ARC Por isso sacrifica à sua rede, e queima incenso à sua draga; porque com elas se engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.
TB Por isso, oferece sacrifícios à sua rede e queima incenso à sua varredoura; porque por elas é rica a sua porção, e abundante, a sua comida.
HSB עַל־ כֵּן֙ יְזַבֵּ֣חַ לְחֶרְמ֔וֹ וִֽיקַטֵּ֖ר לְמִכְמַרְתּ֑וֹ כִּ֤י בָהֵ֙מָּה֙ שָׁמֵ֣ן חֶלְק֔וֹ וּמַאֲכָל֖וֹ בְּרִאָֽה׃
BKJ Por isso eles sacrificarão à sua rede, e queimarão incenso à sua varredoura; porque através delas a sua porção é gorda, e sua carne abundante.
LTT Por isso sacrificará à sua rede- de- captura, e queimará incenso à sua rede varredoura; porque com elas a sua porção fez-se gorda, e a sua comida abundante.
BJ2 Por isso ele oferece sacrifícios à sua rede, incenso à sua nassa;pois por causa delas a sua porção foi abundante e o seu alimento copioso.[q]
VULG Propterea immolabit sagenæ suæ, et sacrificabit reti suo, quia in ipsis incrassata est pars ejus, et cibus ejus electus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Habacuque 1:16

Deuteronômio 8:17 e não digas no teu coração: A minha força e a fortaleza de meu braço me adquiriram este poder.
Isaías 10:13 Porquanto disse: Com a força da minha mão fiz isto e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e, como valente, abati aos que se sentavam sobre tronos.
Isaías 37:24 Por meio de teus servos, afrontaste o Senhor e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortarei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas e entrarei no seu cume mais elevado, no bosque do seu campo fértil.
Ezequiel 28:3 eis que mais sábio és que Daniel, não há segredo algum que se possa esconder de ti;
Ezequiel 29:3 Fala e dize: Assim diz o Senhor Jeová: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito, grande dragão, que pousas no meio dos teus rios e que dizes: O meu rio é meu, e eu o fiz para mim.
Daniel 4:30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?
Daniel 5:23 E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.
Habacuque 1:11 Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo este poder ao seu deus.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO I

A QUEIXA DE HABACUQUE

Habacuque 1:1-4

  1. TÍTULO, 1.1

Embora Habacuque seja chamado profeta (nabi), não é um mensageiro no sentido tradicional. A função do profeta era falar com o povo em nome de Deus para proclamar a vontade divina que foi recebida em revelação especial. No caso dele, vemos justamente o inverso: Fala com o Senhor em nome do povo. Mantém um discurso com Deus e o faz de maneira tal que quase chegamos a classificá-lo de cético em vez de profeta. "Este é o começo da especulação em Israel".'

É possível que o que realmente temos aqui seja um vislumbre da vida interior de um profeta; os conflitos secretos antes da proclamação. De certo modo, um tanto quanto diferente, temos a mesma coisa no caso de Oséias, cujos problemas matrimoniais lhe prepararam o coração para a mensagem que tinha de anunciar. Com Habacuque, pode ser a elaboração trabalhosa, na bigorna da vida, de um ponto teológico fundamental de sua pregação pública. Esta idéia estaria de acordo com a argumentação de Davidson,2 a qual defende que o verdadeiro tema do livro é a destruição dos caldeus narrada no capítulo 2.

Peso (1; "oráculo", ECA; "sentença", ARA; "mensagem", NTLH; "advertência", NVI) implica revelação. Refere-se muitas vezes a acontecimentos futuros e também é usado com relação ao pronunciamento de destruição (cf. Ob 1).

  1. O PROBLEMA DO PROFETA, 1:2-4

É precisamente no ponto de identificar a ocasião da queixa que surge a maior diver-sidade de interpretações. Há pelo menos cinco opiniões nitidamente diferentes, cada qual com uma defesa elaborada de sua posição. A interpretação que requer mais malaba-rismo do texto é a que identifica o ímpio (4) com os próprios caldeus. Porém, o estabele-cimento da veracidade da leitura do versículo 6 no tempo futuro, sensatamente elimina esta identificação. O candidato mais provável, ainda que com pouca probabilidade, é o Egito. Se a profecia for colocada durante o primeiro reinado de Jeoaquim, há boas razões para o Egito ser o objeto da queixa de Habacuque. O referido rei de Judá era vassalo do Egito durante o reinado de Faraó-Neco, que há pouco matara Josias e estabelecera posi-ção segura na Ásia a leste da Palestina.

Outra resposta mais provável e que recebe apoio considerável é identificar o ímpio com a Assíria, que fora o foco da atenção de Naum. Este terror das nações oprimia Judá e exercia grande influência em seus assuntos internos. Igualmente foram os caldeus que deram um fim a esta grande e temível nação.

Há um argumento a favor da opinião de que a queixa é dirigida à interferência estrangeira: a ausência de exortação ao arrependimento. Supõe-se que haveria tal exor-tação se a queixa fosse por causa das "maldades nacionais".3 Seguir esta linha de argu-mentação leva à conclusão de que

1) a profecia foi escrita durante os dias de Josias, quando a idolatria era proibida; e que

2) o profeta levantava um lamento por seu povo em virtude da opressão imerecida que os estrangeiros exerciam sobre eles.

Contudo, é muito provável que esta queixa seja ocasionada pelo mal dentro da pró-pria nação do profeta de Judá. Esta é a interpretação tradicional e a que faz mais sentido no quadro geral, como revela a natureza da segunda queixa.

Até quando? (2), o profeta clama, mas Deus não ouve. Então questiona o Senhor. Por que é que Deus nada faz? Trata-se do problema clássico: "A verdade está sempre no patíbulo. O mal está sempre no trono". A situação excruciante surge da vasta discrepân-cia entre fé e fato. Se Deus é justo e soberano, por que o justo sofre enquanto o ímpio prospera? Esta é a pergunta feita por milhares de pessoas de todas as épocas. O proble-ma que Habacuque trata em nível nacional é o mesmo que o livro de Jó menciona na esfera pessoal. É mais fácil lidar com o problema em nível pessoal; portanto, a prova para a fé de Habacuque é muito mais severa.

Só quem possui fé em um Deus bom tem problema com relação ao governo do mun-do. Quem acredita em politeísmo ou numa deidade indiferente ou má, não tem problema com as injustiças flagrantes no mundo. É a fé monoteísta que tem de lutar por sua exis-tência em face dos fatos que a desafiam.

Muitos julgam que é um atrevimento questionar a operação de Deus. Esta posição é falsa e a prova é a inclusão das reclamações de Jó e Habacuque na Bíblia. Se precisarmos de mais provas, ouçamos o grito do Calvário: "Deus meu, Deus meu, por que me desampa-raste?" (Mt 27:46; Mac 15.34). Provavelmente, é mais errado abafar as dúvidas sinceras do que dar expansão a elas no esforço sério de achar uma pista para o significado da vida. G. A. Smith tinha razão quando observou em um dos seus comentários incisivos: "Não são os temperamentos mais rudes, mas os mais excelentes que são expostos ao ceticismo".

No versículo 2, o profeta usa dois verbos para denotar clamor. O primeiro (clama-rei) é usado especialmente como clamor de ajuda; o segundo (gritarei) significa gritar quando a pessoa leva um susto. Ambos os verbos também são empregados em 19:7.

As injustiças civis eram abundantes (3), situação também prevalecente no século VIII a.C., nos dias de Amós e Oséias que clamaram com veemência contra tais perversões. Há três pares de substantivos usados para destacar a situação: iniqüidade e ve-xação (perversão), destruição e violência, e contenda e litígio (cf. Is 58:4). Esta é a paráfrase do versículo: "Será que eu tenho de assistir a todo esse pecado e a toda essa tristeza à minha volta para sempre? Para qualquer lugar que olhe, existe violência e chantagem. Homens que dão a vida por uma discussão e uma briga" (BV).

A lei (4) é a Torá, o termo judaico para referir-se à lei de Moisés. Sentença e juízo (ambos tradução de mishpat) dizem respeito à prática ou costume estabelecido. 4 A Torá era o manancial de toda a justiça legal, mas aqui as pessoas eram despojadas de seus benefícios, principalmente porque o ímpio cerca o justo. O verbo hebraico traduzido por se afrouxa quer dizer "fica entorpecida" ou "fica paralisada" (cf. Gn 45:26, onde é traduzido por "desmaiou"). Esta era a situação que vigorava durante o reinado de Manassés, com um partido governante que não temia a Deus. A verdadeira liberdade e justiça estão firmemente baseadas na religiosidade e na retidão. Sempre que estas ca-racterísticas estão ausentes, a justiça é pervertida. Habacuque deduz que mesmo onde haja algo semelhante à justiça, sai o juízo pervertido (o julgamento "sai pervertido", Smith-Goodspeed; cf. "a justiça é torcida", ARA). O ímpio torce o julgamento "justo" para seus próprios fins.

SEÇÃO II

A RESPOSTA DE DEUS

Habacuque 1:5-11

  1. A OBRA DE DEUS, 1:5

A resposta de Deus para Habacuque é esta certeza consoladora: Eu estou emepenhado. A frase vede entre as nações mostra o lugar onde o Senhor trabalha. A mesma palavra é traduzida no versículo 13 por "os que procedem aleivosamente". Diversos expositores sugerem que o versículo 5 deveria ter a leitura: "Vede, incrédulos" (i.e., judeus incrédu-los; 1 cf. Atos 13:41: "Olhem, escarnecedores", onde a NVI segue a LXX). 2

No original hebraico, o aviso: maravilhai-vos, e admirai-vos contém duas formas do mesmo verbo. Taylor sugere a seguinte reprodução: "Estremecei e ficai horrorizados". 3

O profeta declara: Vós não crereis no que Deus fará. Era inacreditável que a colos-sal estátua de ferro da Assíria tivesse pés de barro e logo estatelaria no chão.4 Ou, talvez fosse incrível aos judeus que Deus lhes entregasse nas mãos uma nação estrangeira -que tinha o Templo, os sacrifícios e a cidade de Davi.

A frase em vossos dias limita a profecia à vida das pessoas a quem o profeta se dirigia, se quisermos manter a integridade do livro.

  1. O INSTRUMENTO DA OBRA DE DEUS, 1:6-11

O vocábulo caldeus (6) é derivado da palavra hebraica kasdim, que é o termo babilônico e assírio kaldu mencionado nas inscrições assírias de cerca de 880 a.C. Os kaldu habitavam na região mais baixa da Babilônia. Em 721 a.C., Merodaque-Baladã tornou-se rei e reinou por 12 anos (Is 39:1). De acordo com as inscrições, foi chamado rei da terra dos kaldu. Sob o reinado de Nabopolassar e Nabucodonosor, os kaldu tornaram se a classe governante na Babilônia. A princípio, há indícios de que Nabopolassar foi vice-rei da Babilônia durante o reinado de Assurbanipal da Assíria e seu sucessor. Du-rante uma insurreição de povos vassalos do sul, provavelmente em 612 ou 611 a.C., juntou forças com os rebeldes e declarou independência da Assíria.

Pela época da data tradicional de Habacuque, já fazia 20 anos que Nabopolassar estava no trono e era bem conhecido em Judá. Esta data limita a significação profética da primeira visão. No esforço de explicar isto, Driver sustenta que a palavra suscito significa: "Estou suscitando para estabelecer e confirmar", para dizer que a Babilônia ainda não estava em posição de desafiar o domínio da Assíria.

Em seguida, Habacuque passa a fazer uma descrição dos invasores caldeus.

  1. Seu Caráter (1,6)

Os caldeus eram nação amarga e apressada, "uma nação selvagem e ameaçadora dominada por impulsos violentos, que sem pensar cometiam ações terríveis".5

  1. Sua Arrogância (1,7)

A declaração: Dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza, é mais bem traduzida por "criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade" (ARA). Os caldeus tornaram-se "lei para si mesmos" (cf. NTLH), ao presumirem superioridade política. Juízo é mishpat, que ocorre no versículo 4 (ver comentários ali) ; aqui indica direito legal e moral. O direito internacional não era um conceito para tais tribos bárbaras, nem havia a idéia de lei natural que estipulasse os cânones universais da justiça. O poder era o que determinavam, e os padrões de justiça eram erigidos em sua supremacia militar.

  1. Sua Tática (1,8)

Os leopardos estão entre os animais mais velozes de todos e que ficam à espreita de suas presas, sobre as quais pulam inesperadamente. Os lobos à tarde são mencionados duas vezes nas Escrituras (cf. Sf 3:3). Eram símbolos de ferocidade "por causa das súbi-tas destruições que, na avidez da fome, cometiam nos rebanhos naquela hora do dia".6 Os seus cavaleiros espalham-se por toda parte tem esta interpretação: "As suas tropas de cavalos marcham orgulhosamente" (BV). As águias referem-se aos abutres, não aos urubus que se alimentam de carne putrefata; trata-se do abutre que, em vôos ou de pontos altos, vasculha o território em busca de presas vivas.

  1. Suas Conquistas (1,9)

Este é um dos versículos mais difíceis do livro. A primeira frase está devidamente inteligível, mas a seguinte é dúbia, e deixa o texto ambíguo. Esta tradução: "O terror deles vai adiante deles" (RSV), é reconhecidamente uma emenda do texto. Certos comen-taristas dão o significado de que a conquista do território é tão veloz e ávida que parece que o engolem. Esta interpretação apóia-se na palavra hebraica traduzida por buscará. Está relacionada a um verbo que em Gênesis 24:17 é traduzido por: "Deixa-me beber", ou literalmente, "obriga alguém a engolir eles". Como o vento oriental, cujo poder de secar é tão eficaz que parece beber a umidade, "sorvem" suas vítimas.

A interpretação mais consistente diz que esta passagem refere-se às conquistas, que se assemelhavam ao forte vento oriental que irredutivelmente avançava.

  1. Sua Invencibilidade (1,10)

Não há poder que resista à vitória arrasadora dos caldeus. Eles marcharão com menosprezo sobre todos que ousarem resistir. Amontoando terra diz respeito à tática militar de fazer montículos até à altura do muro dos defensores. Assim, os guerreiros atacantes estavam em nível com os defensores e anulavam a proteção dos muros.

  1. Sua Exaltação (1,11)

A primeira frase é excessivamente difícil.' Pelo visto, há três etapas na auto-exaltação dos caldeus:

1) Estavam tão cheios de orgulho por terem tomado as fortalezas que muda-ram de direção e passaram para novas conquistas, talvez para Judá.
2) E se farão cul-pados é tradução apoiada por Lehrman.

3) 0 terceiro passo é fortalecer o seu deus. Este é o consenso, em oposição a atribuindo este poder ao seu deus. Em todo caso, signi-fica que, ao divinizar seu próprio poder, se tornaram culpados de negar a Deus.

Eaton argumenta que esta descrição (6-11) não estabelece com precisão o avanço dos exércitos babilônicos. Se este julgamento for aceito, não há porque nos inquietar. A visão de Habacuque é uma descrição do tipo apocalíptico de uma visitação de julgamento. Certos expositores defendem que estes invasores são figuras apocalípticas sem terem contrapartes históricas em particular. Talvez, a posição aceitável seja que, mesmo que esta não seja descrição histórica detalhada, é referência a um determinado povo e sua tarefa como instrumento de Deus.
Temos aqui, implicitamente, uma filosofia da história que se harmoniza com os vis-lumbres dos grandes profetas, como Isaías. Deus é o Senhor da história, que transforma a fúria dos homens em Seu louvor. O Todo-Poderoso usa os homens que têm outros objetivos e atribuem seu poder a outras fontes para atingir seus propósitos na história. Assim, seu governo está seguro e, ao mesmo tempo, as nações permanecem responsáveis por suas ações. Contudo, esta fé levanta outro problema, talvez até mais grave para Habacuque, o qual ele continua a questionar.

SEÇÃO III

HABACUQUE REPLICA A DEUS

Habacuque 1:12-17

Agora, a pergunta de Habacuque não é: Por que este tipo de mundo?, mas: Por que o Senhor é como é? Este é um novo tipo de especulação em Israel. O profeta tem uma fé básica no tipo de Deus conhecido por Israel, e soa-lhe incompatível que o Todo-poderoso use um instrumento tão injusto como os caldeus. Nós não morreremos (12) pode ter a leitura: "Tu não morrerás" (Moffatt; cf. NVI; NTLH). Se esta leitura for mantida, torna-se expressão de fé apesar das dúvidas do profeta. O significado também se ajusta à última parte do versículo que relata por que Deus estabeleceu a nação caldéia — para castigar, ou seja, para corrigir seu povo.

Habacuque não tem dúvida sobre a santidade de Deus. Esta característica divina é de natureza absoluta e moral: Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação ("maldade", NVI) não podes contemplar (13). A santidade de Deus não pode tolerar o pecado e qualquer forma de mal. Mas o problema é que o povo escolhido para ser castigado é mais justo que o povo que administra o castigo. O medo toma conta do coração do profeta ao ver o avanço voraz dos caldeus e perceber que logo o seu povo, até o remanescente fiel, será apanhado na rede.

Os homens tornam-se como os desgraçados peixes do mar (14), ou as minhocas (cf. "cardumes", BV), sem líder diante do avanço inexorável. O quadro da pesca é desenvolvi-do. O pescador (a Caldéia) os apanha com o anzol (15) e atrai muitos peixes do mar com a rede e a rede varredoura ("arrastão", ECA). Este processo continua até encher as redes. Depois, amontoa os peixes na praia para que morram.'

Sacrificar até sua rede (16) deve ser comparado ao versículo 11, e indica que adora-vam sua força e poder. Queimar incenso ao seu arrastão sugere que viviam no luxo, regozijando-se em auto-adoração, fazendo da força seu deus.

Desesperado, Habacuque conclui seu lamento no versículo 17 com estas palavras comoventes (tradução de Smith-Goodspeed) :

Continuará ele esvaziando sua rede para sempre, E nunca cessará de aniquilar as nações?


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1.1

ao profeta Habacuque. Ver Introdução: Autor.

Sentença. Ou, “oráculo”, “profecia”, é geralmente um termo técnico usado para indicar profecia de julgamento contra uma nação estrangeira (Is 13:1; 15:1; Na 1.1; Ml 1:1, nota).

revelada. A mensagem divina tomou a forma de uma revelação sobrenatural declarada à visão ou audição interior do profeta (Mq 1:1).

* 1.2-4

A primeira queixa de Habacuque: o profeta está aflito e angustiado por ver como o povo de Deus continuamente se desviava de uma vida alicerçada na Aliança. Ele não vivia mais como um povo salvo e escolhido (Êx 19:4-6). Mas Habacuque está ainda mais inquieto pela aparente inatividade do Senhor. Qualquer violação da Aliança deveria trazer maldições e julgamento (Dt 28:15-68). Desta maneira, ele apelava ao Senhor, numa linguagem que lembra a dos salmos de lamentação individual, para reparar uma situação aparentemente sem solução. O diálogo apaixonante de Habacuque e sua luta angustiada com o Senhor dominam a primeira parte do livro (1.2-2.20).

* 1.2

Até quando. A pergunta impaciente, característica dos salmos de lamentação (Sl 13:2; 62:3; Jr 47:6), indica a insistência e perseverança no apelo do profeta ao Senhor, o Juiz final nas questões de desobediência à sua Aliança.

clamarei eu. Isto indica o alto clamor de alguém em profunda aflição (Sl 22:24; 30:2).

Violência. Este termo resume a transgressão deliberada, brutal e insensível dos direitos e privilégios dos membros da comunidade da Aliança.

não salvarás. Habacuque observa dolorosamente a aparente indiferença e inatividade do Senhor em face do sofrimento injusto.

* 1.3

Por que. A pergunta dá continuidade à queixa (conforme Lm 5:20).

opressão. Lit. “trabalho” ou “labuta” que leva à angústia, à exaustão, e ao desespero.

contendas, e o litígio. A maldade sem controle resulta numa comunidade dividida repleta de suspeitas, acusações, e ataques pessoais.

* 1.4 a lei se afrouxa. Lit. “A lei está entorpecida.” A palavra para “lei” (hebraico torah) denota o padrão divinamente revelado para a vida dentro da Aliança. O poder e a influência dos ímpios tinham deixado a lei ineficaz.

o perverso. Aqueles em Israel que rejeitavam a vontade e a lei do Senhor.

* 1.5-11 A primeira resposta de Deus: o Senhor enviará os babilônios para julgar seu povo. Ele usa instrumentos incomuns contra seu povo infiel — os terríveis babilônios (conforme Is 10:5, 6).

* 1.5 maravilhai-vos... não crereis. O método de Deus — a vitória dos perversos sobre os “mais justos” (v. 13) — iria colocar uma pedra de tropeço para a fé dos que ouviam Habacuque.

*

1.6 suscito. O Deus soberano de Israel controla toda potência da História, incluindo os agressivos caldeus.

caldeus. Também chamados de babilônios, ou neo-babilônios, os caldeus atingiram o poder quando o Império assírio caiu. Nínive, a capital da Assíria, foi destruída em 612 a.C. Os caldeus governaram até que sua capital, a Babilônia, foi destruída pelos persas em 539.

* 1.7 eles mesmos... direito. Isto descreve a arrogância do inimigo por vir, cujos padrões de ação e honra eram inteiramente egoístas.

* 1.8, 9

Figuras intensas retratam a velocidade e resolução desses guerreiros ferozes e conquistadores.

* 1.10 Eles escarnecem dos reis. Os assustadores exércitos babilônios olham para os obstáculos como desafios e tratam sua oposição com menosprezo.

amontoando terra, as tomam. Rampas de cerco construídas pelos invasores para obter acesso aos muros fortificados de uma cidade.

* 1.11 cujo poder é o seu deus. Ou, “este seu poder e seu deus.” O orgulho, especialmente a deificação do seu próprio poder, é uma ofensa contra Deus, o único que merece nossa adoração.

* 1.12-17 A segunda queixa de Habacuque: o plano do Senhor de usar os perversos babilônios para punir Israel parece estar em flagrante oposição ao próprio caráter revelado de Deus.

*

1.12 desde a eternidade. Sendo o eterno Deus da História e Senhor do seu povo, ele tem liberdade de escolher os agentes do castigo. Mas apesar de afirmar esta verdade, a revolta de Habacuque a nega.

meu Deus, ó meu Santo. Um relacionamento pessoal com o Deus incomparável, o Santo, faz com que a confusão se torne em convicção de que a angústia presente não será o fim. E Habacuque vai ainda livrar-se da confusão em que se encontra.

ó Rocha. Este antigo nome mosaico para Deus enfatiza a fidedignidade e proteção divinas (Dt 32:4, nota).

* 1:14

Por que fazes. Uma ousada acusação de Habacuque. Se o Senhor tolera as más ações dos babilônios, ele se torna responsável pela sorte de suas vítimas.

homens como os peixes. A figura da Babilônia como um pescador pegando peixes indefesos é desenvolvida nos vs. 14-17. A pesca era uma importante atividade na Babilônia, que estava localizada na região dos rios Tigre e Eufrates e era delimitada ao sul pelo Golfo Pérsico. Alguns antigos afrescos de parede encontrados no Oriente Médio retratam governantes vitoriosos levando seus cativos em redes de pescaria.

não têm quem os governe. Não havia quem os protegesse. Reis no antigo Oriente eram vistos como os protetores do seu povo (1Sm 8:20). Uma acusação implícita também pode estar presente aqui, visto que o Senhor era o Rei e protetor do seu povo (Dt 33:5; Is 63:18, 19).

*

1.16 sacrifício. Os instrumentos de seu sucesso são idolatrados e adorados (v. 11, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
HABACUC profetizou para o Judá desde 612-589 a.C.

Ambiente da época: Os últimos quatro reis do Judá foram homens malvados que rechaçaram a Deus e oprimiram a seu povo. Babilônia invadiu Judá duas vezes antes de que finalmente a destruíra em 586. Era um momento de temor, opressão, perseguição, imoralidade e falta de lei.

Mensagem principal : Habacuc não entendia por que Deus parecia não fazer nada com a maldade da sociedade. Logo se deu conta que unicamente a fé em Deus daria respostas a suas perguntas.

Importância da mensagem : Em vez de questionar os caminhos de Deus, devemos nos dar conta de que O é totalmente justo, e devemos acreditar que O está ao leme e que algum dia o mal será finalmente destruído.

Profetas contemporâneos : Jeremías (627-596) Daniel (605-536) Ezequiel (593-571)

1:1 Habacuc viveu no Judá durante o reinado do Joacim (2 Rseis 23:36-24.5). Profetizou entre a queda do Nínive (capital de Assíria) em 612 a.C. e a invasão do Judá em 589 a.C. Com Assíria desorganizada, Babilônia se convertia na potência mundial dominante. Este livro narra o diálogo do profeta com Deus ao lhe perguntar: "por que Deus parece indiferente ante o mal? por que parecesse como se a gente malvada fica sem castigo?" Embora outros livros proféticos levam a Palavra de Deus ao homem, este livro leva as perguntas do homem a Deus.

1.2-4 Habacuc, entristecido pela corrupção que via seu redor, derrubou seu coração a Deus. Na atualidade, a injustiça segue flagrante, mas não permita que a preocupação o faça duvidar de Deus nem se revele em seu contrário. Pelo contrário, estude a mensagem que deu ao Habacuc e reconheça os planos e propósitos do a longo prazo. Pense que Deus faz o que é bom, embora não entenda por que obra dessa forma.

1:5 Deus respondeu às perguntas e preocupações do Habacuc lhe assegurando que realizaria maravilhas que o assombrariam. Quando as circunstâncias que nos rodeiam se voltam quase insuportáveis, perguntamo-nos se Deus nos esqueceu. Entretanto, recordemos que O está ao leme. Tem um plano e julgará aos malfeitores a seu tempo. Se formos na verdade humildes, estaremos dispostos a aceitar a resposta de Deus e a esperar o momento.

1.5ss Deus disse aos habitantes de Jerusalém que se surpreenderiam do que estava a ponto de fazer. O povo veria uma série de feitos incríveis: (1) Judá, seu próprio reino independente e próspero, logo seria uma nação submetida; (2) Egito, uma potência mundial durante séculos, seria esmagada quase por completo; (3) Nínive, capital do Império Assírio, seria tão saqueada que o povo esqueceria onde estava localizada; e (4) os caldeos (babilonios) levantariam-se com grande poder. Eram palavras realmente surpreendentes, mas o povo viu seu cumprimento.

1:6 Os caldeos (babilonios), que viviam ao noroeste do golfo Pérsico, surgiram com grande poder ao redor de 630 a.C. e começaram a impor-se no Império Assírio. Já para 605 a.C. tinham conquistado a Assíria e Egito para converter-se na primeira potência mundial. Entretanto, eram tão malvados como os assírios porque procuravam cativos (1.9), estavam orgulhosos de suas táticas de guerra (1,10) e confiavam em seu poderio militar (1.11).

1:10 Os exércitos podiam conquistar cidades fortificadas porque construíam aterros, maciço de terra que acumulavam contra as muralhas.

1:11 Os babilonios estavam orgulhosos de seu poderio militar, estratégia, seus exércitos e armas. Como não respeitavam ao ser humano, seus exércitos levavam a sua nação riquezas, botas de cano longo, prisioneiros e tributos das nações conquistadas. Tal é a essência da idolatria: pedir aos deuses que fabricou sua ajuda para obter o que desejam. A essência do cristianismo é lhe pedir ao Deus que nos fez que nos ajude a obter o que desejamos. A meta da idolatria é sua glória; a meta do cristianismo é a glória de Deus.

1:13 Judá receberia seu castigo de mãos dos babilonios. Habacuc se sentiu consternado porque Deus ia utilizar a uma nação mais malvada que Judá para castigá-la. Mas os babilonios não sabiam que Deus os utilizava para que Judá voltasse para O e o orgulho de Babilônia por suas vitórias seria sua ruína. O mal é autodestructivo e nunca está fora do alcance de Deus. O pode utilizar qualquer instrumento, embora seja pouco comum, para nos corrigir ou nos castigar. Quando nos merecemos o castigo ou a disciplina, como podemos nos queixar pela classe de "vara" com a que Deus nos castiga?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. Habacuque pergunta por que Deus permite tirania de errado (Hc 1:1)

2 Senhor, como clamarei eu, e tu não ouvir? Eu clamo a ti, da violência, e tu não salvarás. 3 Por que tu me mostrar a iniqüidade, e olhai para a perversidade? para a destruição ea violência estão diante de mim; e há contendas, eo litígio se levantasse. 4 Portanto, a lei se afrouxa, ea justiça nunca se manifesta; para o ímpio cerca o justo; portanto, a justiça é pervertida.

Habacuque fala em linha reta desde o ombro até o Senhor e não é repreendido por Ele. Como clamarei eu, e tu não me escutarás? Habacuque em desespero soluça: . Eu choro ... eu grito Aqui são duas palavras distintas para chorar: (1) chorar em perigo para ajudar (shawa' ; conforme Sl 18:6 ; Sl 22:24 ; 19:7 ). Em 19:7)

5 Eis que vos entre as nações, e olhar, e me pergunto maravilhosamente; Eu estou trabalhando para uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar que ele for contada. 6 Pois eis que suscito os caldeus, essa nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para possuir habitação -Locais que não são suas. 7 Eles são terríveis e terrível; seu julgamento e sua dignidade proceder a partir de si mesmos. 8 Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, se mais ferozes do que os lobos a tarde; e os seus cavaleiros pressionar orgulhosa em: sim, os seus cavaleiros vêm de longe; eles voam como a águia que se apressa a devorar. 9 Eles vêm todos eles para a violência; o conjunto de suas faces é para a frente; e eles ajuntam cativos como areia. 10 Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria a ele; ele derideth todas as fortalezas; para ele amontoa pó, e toma-a. 11 Em seguida, ele deve varrer por como um vento, e deve passar sobre, e ser culpado, mesmo que ele cujo poder é o seu deus.

Jeová responde de Habacuque "porquê" com, Eis que ... Eu estou trabalhando [nos bastidores] uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar que ele for contada. Eis que ... olha ... maravilha: . aqui estão três imperativos Eis que vos entre as nações, diz o Senhor. Ele os convida a observar Suas operações entre as nações que estão prontos para julgamento. Judá não será exceção (conforme Jr 25:32. ). Olha, e maravilhai (conforme : Is 29:9. , Is 29:10 ;) porque eu estou trabalhando uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar ainda que seja disse. manifestações divinas são frequentemente classificado como de trabalho (conforme Hc 3:2 , Hc 3:12 ; . Sl 44:1 ). Pois eis que suscito os caldeus. Lo é outra palavra enfática para a atenção (conforme "ai", "lo", "ir" de Is 6:1. , KJV).

Assegurando-se da realidade de Deus, ele proclama corajosamente, nós não morreremos (v. Hc 1:12 ), não importa o que pode acontecer. E neste dia de tumulto e maldade grosseira e descarada, nós também precisamos de uma nova visão de Deus. Nós, também, preciso vê-lo tão pessoal, soberano, santo, eterno, todo-cuidar-o Jeová de manutenção da aliança. A Igreja primitiva, também, enfrentou dias mais difíceis, mas fez exploits porque tinha uma visão semelhante de e fé em Deus (conforme At 4:24 ).

Para Habacuque Deus era real, e não menos assim foram as tristes realidades sobre ele. Estes confundiu até mesmo como eles fizeram o salmista (Sl 73:1 ).

Nos versículos 14:17 , vemos como realisticamente ele enfrentou seus problemas, os caldeus diabólicas (babilônios), que ainda adoravam os instrumentos de destruição. "Será que tudo isso acontecendo para sempre? ? Deve mal nunca triunfará "Habacuque vem corajosamente a Deus e diz-lhe tudo (conforme Lc 11:5 ). A palavra-chave aqui é "importunação", ou seja, sem pudor; ou seja, não tendo nada que cause vergonha. E é por isso Habacuque podia falar tão abertamente a Deus!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. O profeta questiona (1)

A. Por que Deus está em silêncio e inativo? (vv. 1-4)

Esse é o primeiro problema que con-funde o profeta. Ele olhou para o mun-do e viu violência (1:2-3,9; 2:8,17), iniqüidade, opressão, contenda e lití-gio. A lei não era imposta, não havia proteção legal para o inocente que era sentenciado como culpado. As cortes eram manipuladas por advoga-dos egoístas e juizes cruéis. Toda a na-ção sofria por causa da perversidade do governo. No entanto, parecia que Deus não fazia nada a respeito disso. Ao lado desses problemas internos, havia a ameaça do Império Babilônio que assolava o cenário político.

Nos versículos 5:11, Deus res-ponde ao profeta: "Realizo, em vos-sos dias, obra tal, que vós não cre-reis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus [...] para apoderar-se de moradas que não são suas [para conquistar as nações e ser meu instrumento de disciplina para o povo]". Como é verdadeiro que Deus opera em nosso mundo, e nós não percebemos isso (Rm 8:28; 2Co 4:17). Em At 13:41, Pau-lo cita o versículo 1:5 e aplica-o à propagação do evangelho entre os gentios. Nesses versículos, o Senhor descreve o exército caldeu, e a ima-gem não é das mais bonitas. Eles são amargos e impetuosos, pavorosos e terríveis, "voam como águia que se precipita a devorar". Não é neces-sário contar a Habacuque como os caldeus são terríveis, pois ele já sa-bia como eles eram perversos.

B. Como Deus pode usar uma nação tão pecadora para uma causa santa? (vv. 12-17)

A resposta que Deus fornece, nos versículos 5:11, apenas cria novos problemas para Habacuque. Ele não entendia como o Senhor podia usar uma nação tão perversa para disci-plinar seu povo escolhido, os judeus. Habacuque afirma algo em que quer dizer isto: "É verdade que nós pe-camos e merecemos o castigo, mas os caldeus são muito mais perversos que nós. Se alguém merece discipli-na, estes são os caldeus". Um Deus santo pode sentar e assistir a seu povo ser pego como peixe ou pisado como inseto (vv. 14-15)? Os caldeus poderíam se vangloriar desta forma: "Nossos deuses deram-nos vitória. Jeová não é o Deus verdadeiro".

Não há nada de errado com o fato de o crente lutar com os proble-mas da vida e tentar resolvê-los. Às vezes, parece que Deus não se im-porta com seu povo, que abandonou os seus e ajuda os pagãos. Muitos milhões de crentes foram martiriza- dos por causa de sua fé. Podemos adorar, crer e servir com honestida-de a um Senhor cujos caminhos são aparentemente tão contraditórios?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1-4 O clamor do profeta a Deus.
1.1 Habacuque. A vida particular deste profeta assim como a dos outros profetas menores e pouco conhecida (conforme NCB, p. 892).

1.2 O enigma da oração não respondida. O enigma para Habacuque era o silêncio, a aparente inatividade e despreocupação da parte de Deus em vista do pecado.
1:3-5 Habacuque, olhando ao redor, vendo o pecado espalhado por todas as direções, ficou perplexo em face do porque de Deus não agir. O livro inicia com uma interrogação e termina com uma exclamação (conforme 1.2 com 3.19). Este tem sido o clamor dos crentes em todas as épocas. Deus, porém, sempre responde, no tempo determinado por sua vontade.
1.5- 11 Resposta do Senhor à oração de Habacuque.

1.5 O Senhor vai responder a oração de Habacuque de maneira não conhecida ou imaginada por ele (conforme At 13:40-44).

1.6 Deus irá levantar os caldeus para punir o seu povo desobediente. Caldeus. Uma tribo de semitas (também chamados babilônios), que ocupara a região entre a Babilônia e o Golfo Pérsico. Fortificando-se, marchou contra os assírios c. 630 a.C. Vinte e cinco anos mais tarde tinha conquistado a maior parte do Oriente Próximo.

1.6- 11 Os caldeus viriam a ser o instrumento nas mãos do Senhor para julgar e humilhar tanto os judeus como as outras nações que se esqueceram de Deus.
1.6- 8 O instrumento descrito.
1.9- 10 O instrumento atuando.
1.11 O última pecado do instrumento.
1.12- 17 O segundo enigma de Habacuque. Note a série de perguntas que Habacuque lança a Deus nestes versículos.
1.12 Não morreremos. Habacuque sabe, que, mesmo que Deus castigue a Israel, Ele não irá destruir por completo o seu povo eleito.

1.13- 17 Habacuque fica perplexo ao saber que o Senhor usará um povo sem o temor de Deus como o seu instrumento de punição e pergunta a Deus por quanto tempo os caldeus continuarão na ascendência.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17

1)    Título (1.1)

A introdução é caracterizada pela simplicidade e por um senso de autoridade espiritual. O nome e o ofício de Habacuque são mencionados, mas a atenção se concentra na natureza e origem de sua mensagem. O termo Advertência (algumas versões trazem “oráculo”) indica um comunicado divino recebido para ser transmitido como uma declaração solene e marcada pela autoridade. “Peso” (ARG, ACF) destaca a responsabilidade que é transferida para o agente humano. (V. uma análise detalhada de massã' em Zacarias, TOTT, p. 162-3, nota adicional). A expressão revelada deixa propositadamente vago o meio pelo qual essa revelação foi transmitida (conforme Jl 3:7).


2)    Habacuque protesta contra Deus (1:2-4)

As condições: Um espírito de anarquia está amplamente difundido, e, como hoje, usa como armas a destruição e a violência. Gomo resultado da amargura entre facções rivais, há luta e conflito por todo lado\ em todos os lugares, predomina o caos moral. Não muito tempo antes, sob Josias, a lei (torah) havia sido redescoberta e reaplicada à vida da comunidade (2Rs 21:0). Agora ela é novamente inoperante (se enfraquece-, “se afrouxa”, ARA; lit. “está entorpecida”). Designada por Deus para a orientação da vida do seu povo em questões morais e também rituais, ela está sendo abertamente escarnecida e desconsiderada e, por conseqüência, levada ao descrédito. Em todos os lugares, parece que o poder está do lado das pessoas erradas, de maneira que os “maus levam vantagem sobre os bons” (NTLH). Os justos em vão esperam por apoio ou reparação do tribunal. A justiça que eles esperam não é nada mais do que uma caricatura dela, pois é pervertida. Os defensores da verdade e da pureza que ainda há são escarnecidos ou ignorados. A lei (torah) é rejeitada, e, por conseqüência, a justiça (mispât) é abandonada.

0 efeito: Para Habacuque, a repugnância desse trágico estado de coisas é acentuada porque ele enxerga a situação de forma muito clara (v. 3a). Aliás, ele praticamente censura Deus por compeli-lo a olhar para a condição desesperadora do seu povo. Uma atitude escapista (conforme Sl 55:6,Sl 55:7; Jr 9:2) é impossível. A sensibilidade tanto para as mazelas quanto para as necessidades da sociedade surge do relacionamento com Deus.

Contudo, o maior problema e a causa que está na raiz da sua angústia são que Deus parece tanto silencioso — sem que tu ouças — quanto inativo — sem que tragas salvação (v. 2). E isso, muito mais do que a falta de obediência à lei, a injustiça e a opressão que causam a perplexidade do profeta. O seu grito é Até quando...? (conforme Sl 89:46; Jr 12:4; Zc 1:12Ap 6:10). As suas intercessões têm sido urgentes e sofridas, e de fato o seu terror explode às vezes em um grito de exclamação: Violência! (uma oração de uma palavra). Ele está confuso e magoado porque o Deus que ele conhece e a quem ele chama pelo nome da aliança, JavéSenhor, não intervém. Mas o pior está por vir: “os enigmas da condução divina da história estão se tornando ainda mais obscuros” (von Rad, p. 190).


3) Deus responde (1:5-11)

Olhem as nações: (conforme “Por que me fazes ver a injustiça...?”, v. 3). O olhar de Habacuque precisa de uma mudança de direção. Também requer ser focalizado, como sugere o imperativo Olhem. A resposta que ele recebe corresponde à dupla queixa que ele fez. Deus lhe informa que, apesar de todas as aparências, ele não está inativo — nos dias de vocês farei algo. E se ele esteve silencioso foi só por causa da relutância do profeta e do povo que ele representa em aceitar a solução que Deus está propondo — não creriam se lhes fosse contado (conforme Is 53:1). Deus não estava afastado, como imaginava Habacuque, deixando que as coisas acontecessem sem a sua supervisão. Ele já havia começado a agir, mas de maneira que se mostraria inacreditável e inaceitável. A duplicação Olhem [...] fiquem atônitos e pasmem indica a Habacuque como ele ficaria completamente aturdido quando fosse confrontado com a incompreensibilidade do plano de Deus. As idéias preconcebidas podem bem ter tornado mais difícil para ele aceitar a resposta de Deus, mas as suas orações não podem ser consideradas infrutíferas.

Observação: Paulo usa esse versículo no seu sermão na sinagoga em Antioquia da Pi-sídia (At 13:40,At 13:41). Ele o cita da LXX, “que se adaptava mais ao seu propósito” (F. F. Bruce, ActsThe English Text, p. 279), e prossegue em aplicá-lo à extraordinária salvação oferecida pelo evangelho, como também ao terrível julgamento que aguarda os que a rejeitam.

Os versículos seguintes (6-11) descrevem a arma forjada pelo Todo-poderoso como a vara da sua ira (Is 10:5). E suficiente para fazer tremer o coração mais valente. Estou trazendo: a ARA diz: “Pois eis que suscito”, uma tradução mais próxima do original hebraico. Mas isso dificilmente estaria se referindo ao estabelecimento da Babilônia como potência mundial, mas ao fato de que a sua atenção está se voltando agora para Judá. Por isso, a NVI aqui traduz melhor a idéia do original. Em relação ao retrato que se faz nesses versículos das forças babilônias, tem-se dito que “não está em harmonia com o real progresso e a verdadeira natureza dos exércitos de Na-bopolassar depois de 625” (Eaton, p. 89). Isso, no entanto, não parece dar reconhecimento suficiente à natureza poética e dramática desse retrato do inimigo.

E provável que Habacuque já soubesse da imensa força militar e da natureza dos babilônios. A crueldade e determinação deles eram tais que nada parecia poder barrá-los. Movidos por ambição egoísta e por ganância, eles vêm para apoderar-se de moradias que não [lhes] pertencem. A ameaça de invasão por eles deixa a população aterrorizada (v. 7a, 9a). Eles não reconhecem nenhum tratado internacional de conduta militar, não prestam contas a nenhum poder superior; é uma nação que cria a sua própria justiça e promove a sua própria honra. A natureza desses padrões, que eles determinam sozinhos, pode ser aferida do pânico que eles inspiram.

Imagens muito fortes são usadas para retratar a cavalaria do inimigo: como leopardos por causa da rapidez e a brusquidão com que se lançam sobre as suas vítimas, como lobos no crepúsculo por causa da crueldade e da implacabilidade com que perseguem o seu inimigo, e como ave de rapina que mergulha para devorar a presa por causa da imprevisão do seu ataque.

Embora o texto dos versículos restantes desse parágrafo (9-11) seja incerto, o retrato que transmite não é. violência é melhor traduzido por “despojo” (v. 9a). A expressão seguinte é considerada pela maioria dos tradutores uma referência aos “rostos” do inimigo (conforme ARA, ARC e ACF). “Um mar de faces avança” (NEB), “as suas faces ardentes como o vento oriental” (JB em inglês). Se optarmos pela última, a figura de uma tempestade de areia pode estar por trás da afirmação seguinte: fazendo tantos prisioneiros como a areia da praia. A deportação em massa segue o ataque. Eles não são intimidados por homens de renome nem detidos pela fortaleza mais robusta, constroem rampas de terra e por elas as conquistam é uma referência aos montes de terra feitos no cerco diante da cidade murada, possibilitando o avanço dos invasores para que assaltassem a fortaleza (conforme Jr

32.24). A descrição chega ao seu clímax com as palavras passam como o vento e prosseguem.

A sua carreira de conquistas é tão devastadora quanto um furacão. Em todo esse esboço das forças babilônias, a marca predominante é a do seu avanço rápido e irresistível.
O princípio segundo o qual eles operam é o que tem motivado muitos déspotas antes e depois deles — “o poder define o direito” (v. 7b). No caso deles, no entanto, esse mal é aumentado e tornado mais abominável pelo fato de que deifícam e adoram a sua invencibilidade — têm por deus a sua própria força (v. 11). E isso, acima de tudo, que os faz merecer o veredicto: homens carregados de culpa. Não é de admirar, então, que essa seção precisasse ser prefaciada com a declaração: fiquem atônitos e pasmem; pois nos dias de vocês farei algo em que não creriam se lhes fosse contado (v. 5). Deus fala desse panorama horrendo como uma ação sua, direta e pessoal (observe a repetição da primeira pessoa: “farei”, “estou”; v. 5,6). Não se pode esperar disso tudo outro efeito sobre o seu servo que não uma profunda perplexidade.


4) O profeta objeta (1:12-17)

Habacuque, pronto para expressar a sua objeção à estratégia divina, primeiro se fortalece na reafirmação da sua fé. (1) Deus é eterno. Ele, sem dúvida, encontra conforto nessa verdade (conforme Dt 33:27; Sl 90:1). O corolário “nós não morreremos” (nr. da NVI; o texto traz tu não morrerás\ conforme Ml 3:6) pode bem representar uma emenda feita por um escriba antigo para quem a associação entre “Deus” e “morrer” era considerada irreverência (conforme “tu és imortal”, NTLH). (2) Senhor —    aquele que pelo amor leal da aliança se compromete a abençoar o seu povo. (3) Deus —    supremo, poderoso, confiável. (4) Santo — santo no seu caráter e justo nas ações (uma convicção da qual o profeta se nega a abrir mão). (5) Rocha — o refúgio permanente de todos os que confiam nele. Assim, Habacuque recita o que ele sabe de Deus e, empregando duas vezes o pronome pessoal possessivo meu, se apega àquela grande realidade. Além disso, ele confirma que entendeu o plano que Deus lhe revelou, isto é, que os babilônios vão ser uma ferramenta para aplicar o castigo (v. 12b). Essa combinação entre fé e compreensão constitui, por um lado, o fundamento em que ele se apóia para enfrentar a crise, e, por outro, a causa da sua perplexidade. Essa perplexidade ele agora traz a público.

O rumo proposto por Deus parece estar em contradição aberta com o seu caráter. Como pode aquele cujos olhos sempre devoraram o mal (Ap 1:14) “suportar” a traição de homens maus? v. 13. perversos-, (“infiéis”, RSV; conforme fidelidade, 2.4b). Anteriormente Habacuque tinha lamentado que os ímpios prejudicam os justos (v. 4); agora ele encara o fato de que os ímpios devoram os que são mais justos que eles. Vítimas inocentes vão sofrer um destino pior do que antes, e Deus aparentemente não é nada mais do que um espectador — calado. O que é muito mais desconcertante ainda é que ele está ativamente usando um agente impuro na execução do seu propósito (v. 12b,14). A relação imediata entre as ações de Deus e as dos homens é destacada pela referência a ambos com a mesma metáfora (conforme o “tu” implícito com respeito a Deus, v. 14; ele e sua com respeito aos caldeus, v. 1517). Com o seu protesto a plenos pulmões, precisamos questionar se o profeta não foi longe demais na sua censura a Deus (v. 14), e se não se infiltrou uma medida de exagero no retrato do pescador reverenciando a sua rede. A irrupção chega ao clímax com a pergunta desafiadora que é lançada diante de Deus para que a responda (v. 17).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 12 até o 17
IV. SEGUNDA QUEIXA Hc 1:12-2.1

Se os caldeus idolatravam sua própria força bruta, como poderiam ser eles usados por um Deus que não pode, por Sua própria natureza, ver o mal (13)? E se esse Deus vier a usá-los, então Ele terá de ser semelhante a eles, tratando os homens como se fossem os peixes do mar (14), para serem capturados e mortos à vontade, cuja única consideração é o prazer que se deriva de sua destruição (15 e segs.). A natureza revelada de Deus e o objetivo real de adoração dos caldeus parecem morrer perante a suposição que Deus pudesse usar os caldeus. O profeta não via possibilidade de explicação, de qualquer dos lados. Deus tinha de vindicar a Si mesmo. Vigiarei... o que eu responderei (Hc 2:1). O profeta estava profundamente consciente da urgência da situação. "Ele tinha um posto a manter, uma trincheira a guardar" (G. Adam Smith).

Nós não morreremos (12). O Talmude tem: "Tu não morrerás", o que faz melhor sentido. Não é necessário considerar a segunda metade deste versículo como uma intrusão (sic I. C. C.). O que cria o problema para Habacuque é o fato que para juízo o puseste. A Septuaginta tem uma tradução diferente. No versículo 16 há um trocadilho referente à palavra rede e à palavra "coisa maldita", que é praticamente a mesma coisa em hebraico.


Dicionário

Comida

substantivo feminino Alimento, refeição.
[Chulismo] Mulher com que se têm, secretamente, relações sexuais.
substantivo feminino plural Negociata, negócio ilícito.

Comida Aquilo que é ingerido para sustentar o corpo e mantê-lo vivo. Em geral os judeus serviam duas refeições ao dia. Comiam verduras e frutas (Nu 11:5; Dt 23:24), peixe (Ne 13:16), carne (Lv 11), mel (Pv 24:13), leite, manteiga e queijo (Dt 32:14; 10:10), tudo acompanhado de pão de farinha de trigo, ou de CENTEIO, ou de CEVADA (Ex 29:2; Jo 6:9).

Comida Ver Alimentos.

Draga

draga | s. f. | s. f. pl.
3ª pess. sing. pres. ind. de dragar
2ª pess. sing. imp. de dragar

dra·ga
(inglês drag)
nome feminino

1. Máquina para limpar ou aprofundar o fundo dos rios, canais, portos ou áreas afins.


dragas
nome feminino plural

2. [Náutica] Escoras que sustentam a embarcação em seco.


dra·gar -
(inglês [to] drag)
verbo transitivo

1. Limpar ou profundar o fundo das águas navegáveis por meios da draga.

2. [Marinha] Rocegar.


Engordar

verbo transitivo Tornar gordo, cevar, tornar gorduroso.
verbo intransitivo Criar gordura (o vinho).
Nutrir-se, alimentar-se bem.
Figurado Enriquecer, prosperar (à custa de outrem).

Engordar
1) Tornar gordo (Ne 9:25)

2) Enriquecer (Dt 32:15).

Engrossar

verbo transitivo Tornar grosso, espesso: engrossar um molho.
Tornar mais numeroso: novas tropas engrossaram as fileiras inimigas.
Aumentar em massa ou volume: as chuvas engrossaram o rio.
[Brasil] Fig. Adular, bajular: engrossava o patrão para obter-lhe os favores.
verbo intransitivo Tornar-se grosso, forte, numeroso: sua cintura engrossava dia a dia.
Engrossar a voz, mudar de timbre, tornando-a mais grave.

Incenso

Incenso Produto resinoso extraído por meio de uma incisão na casca de uma árvore procedente da Índia, Somália ou Arábia do Sul. Era utilizado para fins litúrgicos (Lc 1:9-11).

Incenso Resina aromática de certas árvores que, misturada com ESPECIARIAS (Ex 30:34-38), era queimada nas cerimônias de adoração a Deus (Lv 16:13), de manhã e à tarde (Ex 30:1-10). O incenso era símbolo das orações que subiam para Deus (Sl 141:2; Ap 8:3-5).

Substância seca, resinosa, aromática, de cor amarela, de gosto amargo e picante, mas extremamente odorífera. A árvore, de onde se extrai a goma por incisão na casca, cresce na Arábia e na india. Chama-se, também, incenso ao fumo que se eleva pela combustão daquela substância aromática. Há duas palavras hebraicas que se traduzem por incenso – uma significa propriamente a espécie de goma – a outra refere-se ao fumo que sai do sacrifício e do incensário. o incenso era oferecido, ou juntamente com outras oblações (como em Lv 2:1), ou só sobre o altar do incenso (Êx 30:1-9), ou num incensário (Lv 16:12Nm 16:17). A preparação do incenso acha-se descrita em Êx 30:34-38 – e as ocasiões cerimoniais para queimar o incenso em Êx 30:7-8 – igualmente no dia da expiação era posto o incenso sobre o fogo (Lv 16. 12, 13). No N.T. é somente mencionado o incenso em relação com o culto do templo (Lc 1:10-11), e no Apocalipse (5.8 – 8.3,4 – e 18.13). os seus vapores aromáticos eram considerados símbolo da oração que sobe até Deus (Sl 142:2Ap 5:8 – 8.3, 4), dando, de certo modo, uma idéia da perfeição de Deus nos vários elementos que entravam na sua composição. Também eram uma manifestação típica da intercessão de Cristo. Durante os quatro primeiros séculos da igreja cristã não há indicio algum do uso do incenso no culto cristão, embora isso fosse vulgar nos serviços religiosos do paganismo. o uso do incenso em fumigações apareceu mais tarde, constituindo depois um rito.

Incenso veio do latim "incensum", queimado, do verbo "incendere", queimar, raiz do português "incendiar", mas passou a designar substância resinosa aromática que, ao ser queimada, primeiramente em sacrifícios religiosos e mais tarde em cerimônias litúrgicas, ensejou significado específico a partir do odor penetrante que exala.

substantivo masculino Resina aromática extraída principalmente de uma planta da Arábia e da Abissínia, da família das terebintáceas, e que desprende à combustão um cheiro agradável e forte. (É usado em certas cerimônias litúrgicas.).
Figurado Elogio, lisonja.
As pessoas às vezes acrescentam sândalo ou outras substâncias ao incenso para que desprenda odores especiais. Geralmente o incenso é apresentado comercialmente em forma de pó ou bastões.

Porção

substantivo feminino Parte de alguma coisa; parcela, fração: porção de terra.
Quantidade reduzida de algo; bocado, dose: porção de batatas.
Parte destinada a alguém em específico: porção da herança.
[Popular] Excesso de alguma coisa: tinha uma porção de dívidas!
Quantidade de algo com um propósito específico; ração.
Etimologia (origem da palavra porção). Do latim portio.onis.

Queima

substantivo feminino Ação de queimar; queimada.
Figurado Liquidação, a preço baixo, de estoque de mercadorias.

queima s. f. 1. Ação ou efeito de queimar. 2. Queimação, cremação, combustão. 3. Queimada nas matas, nos campos ou nas roças. 4. Efeito da geada sobre as plantas. 5. Liquidação a baixo preço de mercadorias em saldo ou de todo o estoque por motivo de liquidação de negócio.

Rede

substantivo feminino Tecido de malha com aberturas regulares.
É feita pelo entrelaçamento de fibras que são ligadas por nós ou entrelaçadas nos pontos de cruzamento. As redes podem ser feitas de algodão, raiom, náilon ou outras fibras. A rede de trançado simples é mais comum, mas a rede de trançado duplo é mais resistente.

os egípcios faziam as suas redes de fio de linho, usando uma farpa própria, de madeira – e, como as redes do Egito eram bem conhecidas dos primitivos judeus (is 19:8), é possível que a forma e material fossem os mesmos nos dois países. As redes que se usavam para as aves no Egito eram de duas espécies: armadilhas e laços. (*veja Caçador.) A rede emprega-se como uma imagem dos sutis artifícios dos inimigos de Deus (Sl 9:15 – 25.15 – 31.4), significando, também, o inevitável castigo da Providência (Lm 1:13Ez 12:13os 7:12). Usa-se igualmente o termo a respeito da obra, que de um modo semelhante à corda, enfeita o capitel da coluna (1 Rs l.17).

Rede Fios trançados em forma de MALHA, usada para caçar (Is 51:20), enfeitar (Jr 52:23) ou pescar (Mt 4:18). Figuradamente, CILADA (Sl 57:6).

Sacrificar

verbo transitivo Oferecer em sacrifício, em holocausto à divindade; imolar.
Consagrar inteiramente.
Desprezar (coisa ou pessoa) em favor de (outra): sacrificar a vida pelos filhos.
Diminuir o valor, prejudicar, pôr em risco: o autor sacrificou o papel.
Renunciar voluntariamente a.
verbo pronominal Devotar-se inteiramente a; tornar-se vítima de (algum ideal, interesse): sacrificar-se pela pátria, pelos filhos.

Sacrificar Oferecer SACRIFÍCIO (Ex 3:18)

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Habacuque 1: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Por isso sacrificará à sua rede- de- captura, e queimará incenso à sua rede varredoura; porque com elas a sua porção fez-se gorda, e a sua comida abundante.
Habacuque 1: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

625 a.C.
H1277
bârîyʼ
בָּרִיא
gordo
(and fat)
Adjetivo
H1992
hêm
הֵם
eles / elas
(they)
Pronome
H2076
zâbach
זָבַח
abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
(and offered)
Verbo
H2506
chêleq
חֵלֶק
porção, parcela, parte, território
(and the portion)
Substantivo
H2764
chêrem
חֵרֶם
חרם cherem
(set apart)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3978
maʼăkâl
מַאֲכָל
Comida
(food)
Substantivo
H4365
mikmereth
מִכְמֶרֶת
()
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6999
qâṭar
קָטַר
sacrificar, queimar incenso, queimar sacrifícios, oferecer sacrifícios em forma de fumaça
(and burn [them])
Verbo
H8082
shâmên
שָׁמֵן
gordo, rico, robusto
([shall be] rich)
Adjetivo


בָּרִיא


(H1277)
bârîyʼ (baw-ree')

01277 בריא bariy’

procedente de 1254 (no sentido de 1262); DITAT - 279a; adj

  1. gordo
  2. (DITAT) gordo, mais gordo, alimentado, firme, farto, abundante

הֵם


(H1992)
hêm (haym)

01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

  1. eles, estes, os mesmos, quem

זָבַח


(H2076)
zâbach (zaw-bakh')

02076 זבח zabach

uma raiz primitiva; DITAT - 525; v

  1. abater, matar, sacrificar, imolar para sacrifício
    1. (Qal)
      1. imolar para sacrifício
      2. abater para comer
      3. abater em julgamento divino
    2. (Piel) sacrificar, oferecer sacrifício

חֵלֶק


(H2506)
chêleq (khay'lek)

02506 חלק cheleq

procedente de 2505, grego 184 Ακελδαμα; DITAT - 669a; n m

  1. porção, parcela, parte, território
    1. porção, parcela
    2. porção, extensão, parcela (referindo-se à terra)
    3. porção de alguém, propriedade de alguém
    4. porção (escolhida)
    5. porção, recompensa (referindo-se a Deus)
  2. lisura, sedução, lisonja

חֵרֶם


(H2764)
chêrem (khay'-rem)

02764 חרם cherem

ou (Zc 14:11) חרם cherem

procedente de 2763; DITAT - 744a,745a; n m

  1. uma coisa devotada, uma coisa dedicada, proibição, devoção
  2. uma rede, coisa perfurada
  3. que foi completamente destruído, (designado para) destruição total

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

מַאֲכָל


(H3978)
maʼăkâl (mah-ak-awl')

03978 מאכל ma’akal

procedente de 398; DITAT - 85d; n m

  1. comida, fruto, alimento

מִכְמֶרֶת


(H4365)
mikmereth (mik-meh'-reth)

04365 מכמרת mikmereth ou מכמרת mikmoreth

procedente de 4364; DITAT - 995c; n f

  1. rede, rede de pesca

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

קָטַר


(H6999)
qâṭar (kaw-tar')

06999 קטר qatar

uma raiz primitiva [idêntica a 7000 com a idéia de fumigação em um lugar fechado expulsando, talvez, assim os ocupantes]; DITAT - 2011,2011e,2011g v.

  1. sacrificar, queimar incenso, queimar sacrifícios, oferecer sacrifícios em forma de fumaça
    1. (Piel)
      1. oferecer sacrifícios em forma de fumaça
      2. sacrificiar
    2. (Pual) oferecer um sacrifício
    3. (Hifil)
      1. oferecer sacrifícios em forma de fumaça
      2. incensar, oferecer incenso
      3. levar a queimar sobre
    4. (Hofal) ser levado a fumegar n. m.
  2. incenso n. f.
  3. altar do inceso

שָׁמֵן


(H8082)
shâmên (shaw-mane')

08082 שמן shamen

procedente de 8080; DITAT - 2410a; adj.

  1. gordo, rico, robusto
    1. gordo, abundante (referindo-se ao alimento)
    2. corpulento, robusto (referindo-se aos homens)