Enciclopédia de Zacarias 9:3-3
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Apêndices
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
zc 9: 3
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro, como a lama das ruas. |
ARC | E Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro fino como a lama das ruas. |
TB | Tiro edificou para si um lugar forte, e amontoou prata como o pó e ouro fino como a lama das ruas. |
HSB | וַתִּ֥בֶן צֹ֛ר מָצ֖וֹר לָ֑הּ וַתִּצְבָּר־ כֶּ֙סֶף֙ כֶּֽעָפָ֔ר וְחָר֖וּץ כְּטִ֥יט חוּצֽוֹת׃ |
LTT | |
BJ2 | Tiro construiu para si uma fortaleza e amontoou prata como pó e ouro como lama das ruas. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Zacarias 9:3
Referências Cruzadas
Josué 19:29 | E voltava este termo a Ramá e até à forte cidade de Tiro; então, tornava este termo a Hosa, e as suas saídas estavam para o mar, desde o quinhão da terra até Aczibe; |
II Samuel 24:7 | E vieram à fortaleza de Tiro, e a todas as cidades dos heveus e dos cananeus, e saíram para a banda do sul de Judá, a Berseba. |
I Reis 10:27 | E fez o rei que em Jerusalém houvesse prata como pedras e cedros em abundância, como figueiras bravas que estão nas planícies. |
Jó 22:24 | Então, amontoarás ouro como pó e o ouro de Ofir, como pedras dos ribeiros. |
Jó 27:16 | Se amontoar prata como pó, e aparelhar vestes como lodo, |
Isaías 23:8 | Quem formou este desígnio contra Tiro, a cidade coroada, cujos mercadores são príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra? |
Ezequiel 27:33 | Quando as tuas mercadorias eram exportadas pelos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão da tua fazenda e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra. |
Ezequiel 28:4 | pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste o teu poder e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros; |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O COMÉRCIO DE TIRO
A cidade de Tiro ficava numa ilha próxima à costa do atual Líbano. Tiro prosperou através do comércio com o Egito e dominou grande parte das cidades da costa e do interior do Líbano. Hirão (969-936 a.C.), rei de Tiro, enviou madeira de cedro e coníferas a Salomão (970-930 a.C.) para a construção do templo do Senhor em Jerusalém.' Tiro fundou colônias em várias regiões do Mediterrâneo: Citium em Chipre (a Quitim mencionada em Gn
EZEQUIEL PROFETIZA CONTRA TIRO
Ezequiel profetizou acerca de várias nações vizinhas. No décimo primeiro ano do exílio de 597 a.C, ou seja, em 586 a.C., Ezequiel profetizou contra Tiro. Jerusalém seria capturada pelo exército babilônico sob o comando de Nabucodonosor em 18 de julho desse mesmo ano. Numa profecia feita, provavelmente, em 13 de fevereiro ou 15 de março de 586 a.C., Ezequiel vê Tiro se regozijando com a queda de Jerusalém: "Bem feito! Está quebrada a porta dôs povos; abriu-se para mim; eu me tornarei rico, agora que ela está assolada" (Ez
O LAMENTO POR TIRO
Em Ezequiel
Os remadores eram homens das cidades costeiras de sidom e Arvade. Os homens de Tiro, talvez marinheiros de uma classe superior, eram pilotos. Homens de Gebal (isto é, Biblos) eram encarregados de manter a embarcação calafetada, enquanto homens da Pérsia, de Lídia (oeste da Turquia) e Pute (Líbia) eram mercenários. Homens de Arvade e Heleque, cidades costeiras ao norte (Cilícia, na Turquia) e Gamade (possivelmente no norte da Turquia) eram encarregados de defender a cidade. Não se sabe ao certo a localização de Társis, provavelmente a cidade mais distante com a qual Tiro negociava. Talvez fosse a colônia que Tiro havia fundado no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha, ou suas colônias na Sardenha ou Sicília, ou ainda, numa região bem mais próxima, a cidade de Tarso, no sul da atual Turquia. Não obstante sua localização, Társis tinha vários metais (prata, ferro, estanho e chumbo) e os comerciava com Tiro. Javà, Tubal e Meseque artigos de bronze. A cidade de Togarma, também na atual lurqua (provavelmente a cidade moderna de Gürün), era conhecida antiguidade pela criação de cavalos. Os habitantes de Dedà (Rodes) também realizavam comércio com liro e pagavam com presas de elefante e um tipo de madeira traduzido como "bano" De cor preta avermelhada e proveniente das regioes mais secas da Africa tropical, essa madeira não era o ébano verdadeiro, desconhecido naquela época.
A descrição dos produtos da Síria (Harà): esmeralda (ou turquesa), tecido púrpura, obras bordadas, linho fino, coral e pedras preciosas (ou rubis), se encaixa melhor com Edom, a região ao sul do mar Morto que possuía acesso ao mar Vermelho (onde havia coral) e à península do Sinai (onde havia turquesa). No hebraico, o nome Edom difere em apenas uma letra do nome Harã, de modo que é plausível emendar essa parte do texto. Em troca das mercadorias de Tiro, Judá e Israel davam trigo de Minite, em Amom, mel, azeite e bálsamo, um produto pelo qual Gileade era conhecida
Damasco, na Síria, negociava com produtos de seus arredores: vinho de Helbon e là de Saar: Com uma pequena emenda, pode-se ler no texto hebraico que os mercadores de Damasco também negociavam barris de vino de Uzal, correspondente à região de ur Abdin no sudeste da Turquia, de onde Nabucodonosor (605-562 aC.) mandava buscar seu vinho. Também comercializavam duas especiarias: cássia (a flor da canela) e cálamo (um tipo de cana). Dificilmente as esperarias usadas nesse período ram adquiridas da índia ou de lugares mais distantes do Oriente, de onde vinham no tempo do Império Romano. É mais provável que fossem provenientes do sul da Arábia.
A lista termina com os outros parceiros comerciais de Tiro. A localização de Harà, Eden, Sabá e da Assíria é conhecida. Harà ficava no sudeste da Turquia, enquanto Éden era situada mais ao sul, na atual Síria. Sabá é o atual lêmen e a Assíria ficava na região correspondente ao norte do Iraque. Cane talvez ficasse próxima de Harà, mas trata-se apenas de uma conjetura. Quilmade talvez se refira aos medos, do Irâ. Os produtos comercializados com esses povos ram ricos e variados: lindas roupas, tecido púrpura, bordados e tapetes de várias cores, com cordas trançadas e resistentes, sendo estes últimos um produto característico de toda a região nos dias de hoje.
O FIM DE TIRO
O comércio de Tiro, descrito de forma tão vívida por Ezequiel, estava condenado. "O vento oriental te quebrou no coração dos mares. As tuas riquezas, as tuas mercadorias, os teus bens, os teus marinheiros, os teus pilotos, os calafates, os que faziam os teus negócios e todos os teus soldados que estão em ti, juntamente com toda a multidão do povo que está no meio de ti, se afundarão no coração dos mares no dia da tua ruína" (Ez
![Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo. Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.](/uploads/appendix/1666411791-a1.png)
![Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo. Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.](/uploads/appendix/1666411791-a2.png)
![A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque. A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.](/uploads/appendix/1666411791-a3.png)
VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
TOPOGRAFIA FÍSICAUMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.
UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.
UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn
PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.
CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm
![A localização estratégica da Palestina A localização estratégica da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a1.png)
![As regiões geográficas da Palestina As regiões geográficas da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a2.png)
![Altitude da Palestina Altitude da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a3.png)
![Samaria Samaria](/uploads/appendix/1667915754-a4.png)
![O vale de Jezreel O vale de Jezreel](/uploads/appendix/1667915754-a5.png)
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Gênesis e as viagens dos patriarcas
Informações no mapa
Carquemis
Alepo
Ebla
Hamate
Tadmor (Palmira)
Hobá
Sídon
Damasco
GRANDE MAR
Tiro
Dã
Asterote-Carnaim
Megido
Hã
Dotã
Siquém
Sucote
Penuel
Betel
Gileade
Belém
CANAÃ
Gaza
Hebrom
MOABE
Torrente do Egito
Gerar
Berseba
Poço de Reobote
Bozra
Sur
Poço de Beer-Laai-Roi
Gósen
Ramessés
Om
Mênfis
EGITO
Rio Nilo
Cades, En-Mispate
Deserto de Parã
EDOM, SEIR
Temã
Avite
El-Parã (Elate)
Harã
PADÃ-ARÃ
Rio Eufrates
Mari
ASSÍRIA
Nínive
Calá
Assur
Rio Hídequel (Tigre)
MESOPOTÂMIA
ELÃO
Babel (Babilônia)
SINEAR (BABILÔNIA)
CALDEIA
Ereque
Ur
Siquém
Sucote
Maanaim
Penuel, Peniel
Vale do Jaboque
Rio Jordão
Betel, Luz
Ai
Mte. Moriá
Salém (Jerusalém)
Belém, Efrate
Timná
Aczibe
Manre
Hebrom, Quiriate-Arba
Caverna de Macpela
Mar Salgado
Planície de Savé-Quiriataim
Berseba
Vale de Sidim
Neguebe
Zoar, Bela
?Sodoma
?Gomorra
?Admá
?Zeboim
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
TIRO
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:33.267, Longitude:35.217)Nome Atual: Sur
Nome Grego: Τύρος
Atualmente: Líbano
Cidade portuária com porto importante. Ez
![Mapa Bíblico de TIRO Mapa Bíblico de TIRO](/uploads/map/6244c2d85725c6244c2d857267.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
ORÁCULOS DEPOIS DA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
Ao iniciarmos a segunda seção da profecia de Zacarias percebemos imediata-mente que estamos em outra situação histórica e profética. Abruptamente e sem avi-so, cessam as promessas preciosas de um futuro glorioso para Sião e lemos anúncios tristes e desastrosos para nações e cidades que aparecem pela primeira vez na narra-tiva deste profeta. Há mudança significativa na fraseologia. A fórmula introdutória já não é "a palavra do SENHOR", mas o peso da palavra do SENHOR. Esta ex-pressão ritual é anteposta a dois grupos de profecias compostos de três capítulos cada (Zc
Zacarias está agora bem avançado em idade, e estes pesos exercem grande pressão em seu espírito. Mas à medida que são anunciados, despontam as glórias do Messias e do seu reinado universal. As visões da primeira seção estavam relacionadas primariamente com acontecimentos contemporâneos, sobretudo a reconstrução do Templo; a segunda seção é primariamente futurista. Mostra o caminho para a vinda de Cristo e descreve assuntos em Israel e no mundo quando o reino de Cristo estiver instaurado e a "santida-de ao SENHOR" for o lema da terra inteira.
A. O PESO DE HADRAQUE, Zc 9:1-11.17
Este é o primeiro de dois "pesos" que compõem o teor da segunda seção de Zacarias. A palavra hebraica significa "oráculo" como também peso (1). É provavelmente deriva-da de um radical que tem o sentido de "levantar", ou seja, levantar a voz, sobretudo quando o anúncio é de caráter ameaçador ou "difícil de carregar ou transmitir". 1
1. Os Preparativos para o Messias (Zc
Os problemas iniciais que o resto que voltara do exílio enfrentou com a reconstrução da cidade e do Templo agora estão quase todos resolvidos. Contudo, Jerusalém se encon-tra cercada e pressionada, ao norte, pela Síria e Tiro, e ao sul, por Asquelom, Gaza e Ecrom (ver mapa 2). É para animar os judeus que Zacarias prediz a proximidade de uma invasão na qual estes vizinhos fortes e hostis serão destruídos. Esta é uma paráfrase do versículo 1: "Esta mensagem fala sobre a maldição que Deus lançou contra as terras de Hadraque e Damasco porque o Senhor vigia de perto todos os homens, do mesmo modo que observa Israel" (BV). O oráculo declara que as cidades da Síria estavam sob o juízo de Deus, e destaca especialmente três cidades: Hadraque, Damasco (1) e Hamate (2), que ficava 160 quilômetros ao norte de Damasco; e Hadraque situava-se provavelmen-te na mesma região, embora seu local exato não seja conhecido. A segunda parte do versículo 1 não está clara. Talvez signifique que os olhos do homem (ou quem sabe seja melhor de "Arã" ou "Síria", NTLH) e de todas as tribos de Israel se voltarão para o SENHOR em reverente contemplação de seus julgamentos justos.
As próximas a cair seriam Tiro e Sidom, as principais cidades da Fenícia, apesar do fato de, em certo sentido mundano, serem muito sábias (2). O profeta declara que, embora Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro fino como a lama das ruas... o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo (3,4). A cidade de Tiro estava situada em uma ilha distante uns 800 metros do continente e totalmente cercada por muros maciços. Mas ainda que se considerasse inconquistável, as calamidades preditas por Zacarias verdadeiramente se abateram sobre ela. Alexandre, o Grande, construiu um dique artificial do continente à ilha e, depois de um assédio de sete meses, destruiu completamente a cidade orgulhosa e matou milhares de seus habitantes.
A Filístia ficava ao sul de Tiro, e a queda desta naturalmente amedrontaria as cida-des menos fortalecidas que ficavam no caminho de Alexandre. Asquelom o verá e te-merá, também Gaza e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua espe-rança (que Tiro pudesse socorrer) será iludida (5). O rei de Gaza morreria e Asquelom ficaria despovoada. Um povo mestiço (em vez de bastardo, 6; cf. NTLH) moraria em Asdode, e a soberba dos filisteus seria totalmente esmagada. O profeta prediz que, depois de abandonar a prática pagã de comer sangue, o resto da Filístia ficaria para o nosso Deus (7). Isto significa que os filisteus se converteriam à fé de Israel. Será como príncipe em Judá significa "que os filisteus [...] assumirão seu lugar, governo e povo como uma das divisões da nação judaica".2 Ecrom será como um jebuseu significa que esta cidade filistéia se tornaria como Jebus (Jerusalém). Josefo declara que ocorreu mes-mo essa incorporação de filisteus aos judeus. O versículo 8 é uma promessa de proteção para Judá, enquanto seus vizinhos estiverem nas garras do invasor: E me acamparei ao redor da minha casa, contra o exército, para que ninguém passe e... volte.
O profeta prevê a carreira promissora de Alexandre, o Grande (336-323 a.C.). Não é por acaso que esta passagem precede a predição do rei messiânico. Na opinião de Zacarias, o grande guerreiro preparava o caminho para Cristo. "Nesta previsão, o pro-feta leu o futuro com mais nitidez do que poderia ter percebido naqueles dias", observa acertadamente J. E. McFadyen, "pois, pela expansão do idioma grego que adveio de suas conquistas, Alexandre nem sonhava que preparava o caminho para a Da [Septuagintal e o Novo Testamento, nos quais a história de nosso Deus foi contada para todo o mundo. De certo modo jamais suposto por ele ou por Zacarias, Alexandre foi um dos preparadores do caminho para a vinda do Senhor".3 Esta interpretação da predição de Zacarias está em perfeita harmonia com o parecer de Pedro sobre a profe-cia do Antigo Testamento (ver 1 Pe 1.10,11).
2. A Apresentação do Messias (Zc
Por estar o caminho pronto para o advento, agora vem o rei messiânico (9). Os intér-pretes tanto cristãos como judeus, tanto liberais como conservadores, vêem aqui indubitável predição messiânica. Dentan comenta: "O profeta encara o exército de Ale-xandre somente como uma ferramenta na mão de Deus. Cavalgam invisivelmente com ele o Deus de Israel e o há muito esperado Príncipe da paz, que está a ponto de entrar em Jerusalém e restabelecer [...] as glórias espirituais do antigo reino de Davi".4 Collins afirma: "A referência a Cristo é direta e imediata". 5 O intérprete judeu Eli Cashdan cita Rashi com o mesmo sentido: "Esta só pode ser referência ao rei Messias de quem é dito: E o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar, visto que não encontramos outro rei com domínio tão vasto durante os dias do segundo Templo".6 E com exatidão, T. T. Perowne analisa: "Não há acontecimento na história judaica que corresponda sequer tipicamente com esta predição". Quando Jesus de Nazaré entrou em Jerusalém no domingo que antecedeu sua morte, cumpria conscientemente esta grande profecia e apresentava-se para a cidade como o rei messiânico há tanto tempo esperado.
Zacarias anuncia que a entrada do rei será ocasião de grande alegria em Jerusalém. Ver Lucas
O profeta descreve o caráter do Messias: Ele é justo e Salvador (9; "ele vem triun-fante e vitorioso", NVI). Em hebraico, Salvador é um particípio passivo e deveria ser traduzido, literalmente, por "sendo salvo" (no sentido de ser divinamente defendido). Ao ressuscitar Jesus, Deus ratificou as declarações messiânicas de nosso Senhor e o defendeu diante de seus algozes. No dia do Pentecostes, Pedro declarou: "A esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos
Pobre e montado sobre um jumento (9), pois é o prometido Príncipe da paz. Zacarias anuncia que o Messias não será um conquistador montado em um cavalo de guerra, mas será um rei humilde que cavalga em um despretensioso animal de carga, usado para fins pacíficos. "Até hoje no Oriente os jumentos são usados, conforme des-crição no cântico de Débora, por altos funcionários, mas somente quando estão em missão civil e não em incumbência militar".9 Seu reinado se assemelhará ao seu caráter: E destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído; e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar e desde o rio até às extremidades da terra (10). O Príncipe da paz acabará com todo tipo de equipamento militar quando seu reino estiver completamente estabelecido (cf. Is
Ao falar para a filha de Sião, Zacarias compara seu estado cativo com os presos em uma cova em que não há água (11). Tais cativos encaram a morte inevitável e horrível. Esse seria o destino de Israel, se não fosse por causa do sangue do teu concerto (cf. Êx
3. O Programa do Messias (Zc
12)
a) A prometida vitória de Sião sobre a Grécia (9:13-17). "Este oráculo está singular-mente fora de compasso com o espírito do último, que anunciou a chegada da paz messiânica", admite George Adam Smith. Mas cita a observação de Stade sobre os capí-tulos
A maioria dos comentaristas concorda que o versículo 13 inicia um novo tópico, como destaca Smith. Nos versículos
"Na ótica dos comentaristas judeus, o versículo prediz as guerras empreendidas com sucesso pelos heróis macabeus contra os regentes gregos da Síria. Rashi faz a seguinte paráfrase: 'No fim, os gregos tomarão o reino das mãos dos reis da Pérsia; eles vos mal-tratarão, mas curvarei Judá para mim como um arco de guerra, e os judeus farão guerra contra Antíoco nos dias dos asmonianos". 11
Os versículos
Champlin
Genebra
9.1—11.17
O profeta volve agora a sua atenção para o futuro do reino de Deus, desenvolvendo o seu tema mediante dois longos oráculos (caps. 9—11 e 12—14). A primeira profecia da última metade do livro enfoca a vinda de Deus, o Rei, a fim de julgar os incrédulos. Os versículos de abertura (9.1-8) retratam Deus como um guerreiro vingador que virá tomar posse de sua terra, com a destruição de todos os inimigos pagãos que atravessam seu caminho (conforme Is
* 9:1
sentença pronunciada pelo Senhor. Essa frase exata é usada por três vezes no Antigo Testamento (aqui e em Zc
terra de Hadraque. Conhecida como Hatarica, nas inscrições cuneiformes assírias, essa é a cidade mais ao norte citada nos vs. 1-8. A descrição aqui é bastante geral, e não devemos buscar um cumprimento específico.
Damasco. A capital da Síria, o país vizinho de Israel, ao norte.
O SENHOR põe os olhos sobre os homens. Todos os povos estão sob o escrutínio dos olhos do Senhor sob eles fixados; por semelhante modo, os povos olharão para o Rei Todo-poderoso quando ele se aproximar com a sua justiça, a fim de julgar a humanidade.
*
9:2
Hamate. Uma cidade localizada no rio Orontes, ao norte de Damasco.
Tiro e Sidom. Cidades fenícias do litoral do mar Mediterrâneo. Eram centros comerciais por todo o período bíblico. A descrição delas como centros "cuja sabedoria é grande" pode relacionar-se à esperteza nos negócios. O julgamento divino dessas duas cidades é um tema profético comum (Jr
*
9:5
Ascalom... Gaza... Ecrom. Essas fortes cidades da Filístia não serão capazes de resistir ao poder do guerreiro que se aproximará, sendo este o próprio Deus. Essas cidades foram destinadas para o castigo por diversas vezes no Antigo Tstamento (Is
*
9:9-10
Esta importante profecia do Antigo Testamento recebe cumprimento tanto na entrada triunfal de Jesus, em Jerusalém (Mt
*
9:9
ó filha de Sião. Um título comumente usado para falar da santa cidade de Deus, Jerusalém, e seus habitantes (Is
o teu Rei. A descendência real de Davi, prometida reiteradamente (2Sm
em jumento. Um sinal da humildade de Cristo. Ver a nota em Mt
*
9.10
os carros... os cavalos. Implementos de guerra seriam abolidos duante o reinado pacífico do Rei justo (Is
domínio... de mar a mar. O governo universal e soberano de Deus é fundamental na religião do Antigo Testamento (Sl
* 9:11
sangue da tua aliança. Uma referência à provisão da aliança divina para expiar o pecado (Êx
*
9:13
ó Grécia. Literalmente, diz aqui o original hebraico, "ó Javã" (Gn
*
9:14
redemoinhos do sul. O Deus de Israel é agora retratado como quem vinha da região sul do deserto, montado nas nuvens da tempestade (2Sm
* 9:15
encher-se-ão... ficarão ensopados. O povo de Deus estaria exultando de santa alegria, por causa da vitória e da presença de Deus (At
*
9:16
rebanho... pedras de uma coroa. O povo de Deus repousa em segurança, sob os cuidados divinos (13.7; Ez
Matthew Henry
Wesley
Os oito primeiros capítulos da profecia de Zacarias foram escritos quando o profeta era um homem jovem, e no espaço de cerca de dois anos (520-518 AC ). Eles não só formar um pouco mais do que metade do espaço do livro, mas são, de as duas porções, de longe a mais importante. No entanto, os últimos seis capítulos não são de forma a serem contados como sem importância.
Os últimos seis capítulos foram escritos muito mais tarde, provavelmente quando o profeta estava bem ao longo dos últimos anos. Eles são profecias, como tal, não a descrição de visões, como a maioria dos oito primeiros capítulos são.
Porque estes últimos seis capítulos são tão diferentes no tom, muitos estudiosos têm sugerido que eles não foram escritos pelo próprio Zacarias. Mas, como é mostrado no início da "Introdução", existem bases estilísticas e outros para a compreensão de que o mesmo homem, inspirada pelo Espírito, escreveu todos os capítulos.
1. Jerusalém será salvo de Alexander (9: 1-8)
1 O peso da palavra do Senhor sobre a terra do Hadraque, e Damasco será o seu lugar de descanso (para o olho do homem e de todas as tribos de Israel é para com Jeová); 2 e Hamate, também, que confina com o assunto; Tiro e Sidon, porque eles são muito sábio. 3 E Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro como a lama das ruas. 4 Eis que o Senhor a despojará, e ferirá o seu poder no mar; e ela será consumida pelo fogo. 5 Ashkelon verá isso, e de medo; Gaza também, e terá grande dor; e Ekron, porque a sua esperança será posta à vergonha; eo rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada. 6 E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus. 7 E eu vou tirar-lhe sangue para fora de sua boca, e sua abominações dentre os seus dentes; e ele também ficará como um resto para o nosso Deus; e ele será como chefe em Judá, e Ecrom como um jebuseu. 8 E eu acamparei sobre a minha casa contra o exército, para que ninguém passe, nem volte; e não opressor passará mais por eles, porque agora vi com os meus olhos.Nesta passagem, o profeta vê que muitos estados e cidades-estado vai cair antes que algum exército sem nome, mas que Jerusalém será poupado. Como se lê Josephus e outros historiadores, é claro que Alexandre, o Grande e seu exército cumpriu essa profecia. Alexander derrotou os persas em 333 AC , na Batalha de Isso, na Ásia Menor. Desde a vitória, Alexandre mudou para o sul e derrubou, local por local, os estados e cidades-estados que vieram sob o domínio da Pérsia, e alguns, como Tiro, que nunca tinha sido subjugados por Persia. Tudo isso Zacarias prediz.
Só aqui, em todo o Antigo Testamento, é o país da Hadraque (v. Zc
Alexandre, o Grande fez esta conquista dos povos; mas como o Senhor estava atrás de vitória os pagãos de Nabucodonosor sobre Judá, assim Jeová figurou em vitórias de Alexandre. Assim, em vez de todo mundo olhando com consternação com este exército e sua geral, o olho do homem (humanidade, v. Zc
Tyre está no caminho da avalanche deste exército. Tiro, um orgulhoso e pomposo, esperto nos negócios, o New York do mundo (ver Ezequiel 28. ), que nunca havia sido vencido por qualquer exército! Salmaneser da Assíria tinha sitiado esta cidade por cinco anos, sem sucesso; e Nabucodonosor, Pv
Em contraste com Alexandre, o Grande, Zacarias vê que outro tipo de rei que um dia vai aparecer no palco da história humana. Jerusalém é a exultam (v. Zc
Ele será apenas (justos), em contraste com o rei grego. Ele será humilde, e montado sobre um jumento, que também será um contraste com o homem da Macedônia.
Bem conhecido é o cumprimento desta profecia, quando Cristo entrou em Jerusalém no que chamamos de Domingo de Ramos-a Entrada Triunfal (ver Mt
O restante deste capítulo (vv. Zc
Russell Shedd
9.2 Tiro e Sidom, cidades da Fenícia, eram as duas mais velhas e ricas cidades do mundo. A maior parte de suas riquezas foi obtida através do comércio marítimo.
9.3,4 Tiro parecia impossível ser vencida, por causa da sua riqueza e poder, mas Deus prediz a sua ruína e isto foi exatamente o que aconteceu na invasão da Palestina por Alexandre o Grande (333 a.C.).
9.5,6 Estes versos descrevem a conquista e marcha de Alexandre, ao longo da praia, e retrata o terror que as cidades filistéias sentiram quando ouviram que mesmo a grande Tiro tinha sido destruída.
9.8 No meio de todo esse perigo, a Israel é prometida a proteção divina Alexandre protegeu a Jerusalém em 332 a.C., cumprindo cabalmente esta predição.
9.9 A entrada triunfal de Cristo é claramente prescrita aqui. Foi cumprida exatamente, quando ele entrou triunfalmente em Jerusalém (Mt
1) Justiça sem egoísmo;
2) Salvação sem mesquinhez;
3) Humildade sem desdém; tudo isto na pessoa do Emanuel, "Deus conosco” (conforme Is
9.10 O Messias, quando reinar na Terra, falará não somente da paz, mas trará com Ele a paz, a qual se estenderá de mar a mar, Na primeira vinda trouxe paz com Deus pelo Seu sangue vertido (13.1; Ap
9.11 Sangue do tua aliança (conforme Êx
9.13 Deus aparece aqui como guerreiro, tomando Judá para seu arco e Efraim como flecha, curvando a arma contra os inimigos de Sião. Provavelmente este trecho fala das vitórias dos judeus macabeus (170-140 a.C.) sobre os selêucidas, herdeiros dos poderes de Alexandre.
9.14 Do Sul. A mais violenta tempestade freqüentemente vem do deserto (conforme Is
9.15 Encher-se-ão com o sangue dos seus inimigos.
9.16 O povo de Deus é descrito por duas figuras neste verso, que demonstram a Sua relação com Eles: rebanho; pedras de uma coroa. Lembram-nos de passagens como Jo
9.17 Proteção e provisão divina para Seu povo, devemos concordar com estas palavras (conforme Jr
NVI F. F. Bruce
I. A RESTAURAÇÃO DE JUDÁ (9.1—11.3)
1) Invasão divina (9:1-8)
As diferenças marcantes entre a primeira e a segunda seções do livro (conforme Introdução) concentram-se principalmente no sentido da urgência acerca das promessas da primeira seção, associadas particularmente ao tema da reconstrução do templo nos seus trechos finais, enquanto na segunda seção há um tom apocalíptico mais acentuado e uma conotação messiânica mais forte. Mesmo assim, as duas seções estão evidentemente ligadas pela ênfase dada ao plano do livramento divino. Se, como mostra o texto, o templo e o seu futuro estão em primeiro plano na mente do profeta na primeira seção (especialmente caps. 7 e 8), o fato de que horizontes diferentes e mais indefinidos pareçam estar em vista na segunda seção, intercalados com uma série de passagens proféticas relativamente breves com um estilo em geral diferente, não precisa ser considerado indicação clara de autoria diferente. Vai muito além das evidências sugerir que uma unidade de autoria implicaria “uma estranha dupla personalidade” (assim
C. Stuhlmacher, Haggai, Zechariah, Malachi, in: The Jerome Biblkal Comentary, p. 395).
v. 1. “Peso da palavra do Senhor” (ARG), refletindo o texto hebraico, na NVI é abreviado por A advertência do Senhor. “Peso” não é, como sugerem algumas versões, um título a ser sobreposto à obra, mas introduz a expressão seguinte:“palavra do Senhor”. Embora “palavra” com freqüência seja uma referência a um oráculo profético, isso não representa dificuldade alguma aqui. “Oráculo” (heb. massã) é derivado do verbo nãsã, “levantar”, daí “peso”. O termo ocorre com freqüência em conexão com a obra essencial de um profeta no ATOS, mas somente em três ocorrências é ligado imediatamente à expressão “palavra do Senhor”; aqui, em 12.1 e em Ml
A NVI traduz incorretamente contra a terra de Hadraque. A preposição hebraica aqui significa “em” (“na”), como traz a BJ. O topônimo Hadraque não é mencionado em lugar algum do ATOS, a não ser aqui. Provavelmente deve ser identificado com uma cidade no norte da Síria, Hatarikka, assim chamada em inscrições cuneiformes da Assíria, (conforme J. B. Pritchard, ANET, 1955, p. 282-3). A palavra do Senhor também cairá sobre Damasco (lit. “e Damasco seu lugar de descanso”). Damasco, a capital da Síria, era inimiga tradicional de Israel. A mensagem aparentemente é que a palavra do Senhor, tendo operado em Judá, começa a ter influência sobre seus vizinhos. porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade. A ARC traz “porque o olhar do homem e de todas as tribos de Israel se volta para o Senhor”, que é uma tradução literal do texto hebraico. Mas Adam (homem) em hebraico pode ser confundido na transmissão textual com aram, uma pequena diferença na escrita da letra dalet (d), trocando-a por resh (r), semelhante à anterior, só que mais arredondada. Da mesma forma, “olho de” (heb. ‘êyn) pode ser confundido com “cidades de” (‘ãrê), embora isso seja menos provável. Por isso, precisamos nos esforçar para ficar o mais próximo do significado que o contexto parece exigir. Por essa razão, talvez seja melhor ler “Porque os olhos do Senhor estão sobre Arã (Síria) assim como estão sobre todas as tribos de Israel”, que segue com naturalidade a primeira parte do versículo, como também se conecta de maneira adequada com o que segue. (Conforme a BJ, que traz ainda outra possibilidade), v. 2. Hamate: Mencionada em Jl
28.19). V. um esboço importante da história de Tiro em D. J. Wiseman, Tiro, NBD; conforme P.
K. Hitti, History of Syria (Londres, 1951).
Sidom foi uma das primeiras cidades fenícias, e era especialmente conhecida por seu porto, embora sejam muito sábias: Isso, como J. G. Baldwin observa (Haggai, Zechariah, Malachi, p. 159), é uma tradução incorreta. O verbo está no singular — “é muito sábia”. A expressão deve ser lida então como o início da próxima frase, para trazer: “Embora seja muito sábia, Tiro construiu para Sl uma fortaleza”. Aqui temos também um jogo de palavras; Tiro (heb. sõr) e fortaleza (heb. mãsôr). acumulou prata [...] e ouro: Hirão I, rei de Tiro (c. 979-945 a.C.), construiu um caminho elevado ligando o porto à sua fortaleza (2Cr
2Cr
2) O Rei-Messias (9.9,10)
A fim de ter uma melhor perspectiva do futuro, o profeta focaliza a atenção agora na chegada do rei. Esse oráculo breve é bem conhecido a partir do NT (conforme Mt
12.14,15) em que, no entanto, há um desvio considerável do texto hebraico e da Septuaginta. v. 9. Alegre-se muito [...] Exulte-. Indica o fervor do anúncio do profeta, cidade de Sido (heb. “filha”): Como já foi observado, “filha” é um termo que no ATOS com freqüência denota relações cortadas (e.g., Is
11). A presença de dois animais é produto do paralelismo hebraico. Só se tem em mente aqui um animal. O fato de que os dois animais aparecem em uma das referências do NT a esse oráculo (conforme Mt
3) A vitória de Judá (9:11-17)
Com o cenário pronto para a vinda do rei de Israel e o estabelecimento da paz mundial, o profeta se volta agora para o livramento de
Judá. Em concordância com a promessa a seu povo no tempo de Moisés, Deus vai intervir por causa do sangue da minha aliança (conforme Ex
24.8). A base original do tratamento especial que Deus dá a seu povo nunca é esquecida. A essência hemática da aliança era lembrada diariamente nos serviços do tabernáculo (cf. Ex
31.31). Contudo, as palavras “sangue da aliança” ocorrem somente aqui, em Ex
v. 12. Voltem à sua fortaleza (He 1:0’bissãrôn): Embora o substantivo seja de derivação desconhecida, as diversas sugestões de emenda textual pouco fazem para melhorar o sentido. A maioria das versões deixa o texto como está porque num sentido bem real Judá e Jerusalém eram fortalezas de proteção divina na qual os exilados que retornaram podiam confiar seguramente. Esses exilados haviam sido prisionríros da esperança, cativados pela expectativa do dia do livramento, e fortalecidos pela declaração: restaurarei tudo em dobro para vocês, sem dúvida sugerindo que o desespero do cativeiro seria substituído por muita alegria, v. 13. O poder de Deus, porém, ainda está com o seu povo. O Norte e o Sul compartilhariam do propósito de Deus na vitória, assim como o arco e a flecha precisam ser usados juntos. Levando adiante a figura de linguagem, os filhos de Sião são a espada do Todo-poderoso a ser brandida contra os filhos da Grécia (heb. yãwãri). Essa linha do poema é omitida pela NEB e considerada uma glosa explicativa por uma série de comentaristas (conforme H. G. Mitchell, op. cit., p. 279-80). As razões geralmente apresentadas são que as primeiras duas linhas formam um dístico e este normalmente seria seguido de um segundo dístico. Mas essas palavras quebram o padrão e, por isso, são um acréscimo ao texto. Esse tipo de acréscimo, crêem alguns estudiosos, teria sido feito facilmente no período dos macabeus, em que a menção específica da Grécia teria sido um meio conveniente de atualizar as palavras do profeta tornando-as mais inteligíveis numa situação que envolvia a luta contra o helenismo. Mas a versão grega retém as palavras, e isso é evidência forte de que devemos manter as palavras no nosso texto. Embora o termo heb. yãwãn normalmente seja interpretado por “Grécia”, a referência aqui provavelmente seja mais ampla e deva ser aplicada a povos estrangeiros (conforme Introdução).
v. 14. O profeta emprega agora uma linguagem apocalíptica distinta ao retratar a batalha decisiva contra os inimigos de Israel. Deus aparecerá (conforme Hc
Moody
IV. O Futuro das Nações, Israel e o Reino do Messias. 9:1 - 14:21. A. A Primeira Sentença. 9:1 - 11:17
Francis Davidson
A "sabedoria" atribuída a Tiro e Sidom (ver versículo 2), tinha caráter puramente mundano. Por meio de seu comércio aquelas cidades se haviam tornado imensamente ricas; porém, a riqueza geral se equiparava à sua grande iniqüidade. Tiro, que ficava situada numa ilha cerca de oitocentos metros do continente, edificara para si mesmo fortalezas, cercando-se de grandes muros. Porém, embora os habitantes de Tiro se sentissem seguros em suas defesas, vieram contra eles as calamidades preditas nestes versículos. Alexandre, em sua determinação para dominar a cidade, construiu, mesmo em meio a dificuldades quase incríveis, um molhe artificial que ligava a ilha com o continente e destruiu completamente a orgulhosa cidade. (Cfr. Ez
Dicionário
Amontoar
verbo transitivo direto Juntar em grande quantidade; acumular: amontoar dinheiro.verbo transitivo direto e pronominal Reunir de modo desordenado: amontoou citações; as roupas de amontoam no varal.
verbo pronominal Aumentar em número; multiplicar-se: os males se amontoam.
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Guardar com a intenção de poupar; amealhar: a igreja amontoava riquezas; é prudente amontoar.
verbo transitivo direto Figurado Expressar opiniões confusa e ilogicamente: amontoou argumentos para sua demissão.
Etimologia (origem da palavra amontoar). A + montão + ar.
acumular, ajuntar, reunir, arrumar, emaçar. – Todos estes verbos enunciam a ideia de reunir, de formar conjunto, de associar coisas em quantidade. – Amontoar é “reunir aos montes, formar montão, juntar sem ordem”. – Acumular é sinônimo quase perfeito de amontoar: apenas acrescenta à significação deste uma ideia de continuidade e de reflexão: o que se acumula já sobra, já excede à medida normal. Por isso dizemos – acumular empregos ou cargos; acumular fortuna ou riquezas; mas não dizemos – acumular o trigo no campo; acumular as pedras que vêm da montanha; nem – acumular as frutas que se estão colhendo, ou – os peixes que se estão pescando: porque em todos estes casos não se subentende medida a encher. Aí deve usar-se o verbo amontoar, ajuntar, ou reunir. – Ajuntar e reunir são muito difíceis de distinguir-se: ajuntar é “pôr um ao lado, unido ao outro, ou uns a outros”; reunir é “tornar a unir”; portanto – é “unir outra vez o que já fora unido”: e aí está no que consiste a diferença entre os dois. É por isso que dizemos: “aquele homem, com toda aquela atividade e economia, depressa ajuntará dinheiro ou fortuna”; e não diremos: “aquele homem reunirá...” Pode-se dizer indiferentemente: “reunir ou ajuntar as forças debandadas ou dispersas”; mas ninguém diria: ajuntei meus irmãos para combinarmos a resolução mais acertada”... (e sim – reuni meus irmãos...) – Arrumar é “propriamente pôr em rumas, arranjar um sobre outro”. – Emaçar é “reunir, ou ajuntar em maço, isto é, formar de algumas ou muitas coisas um só volume”. “Emaçamos os papéis, e arrumamos os maços no armário ou na estante”.
Como
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Edificar
verbo transitivo direto Erguer ou elevar uma construção de acordo com uma estrutura pré-estabelecida e com o auxílio dos materiais necessários: edificar um apartamento.Desenvolver uma ideologia, uma teoria etc.; instituir: edificar uma nova doutrina religiosa.
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Ser levado ou conduzido em direção ao aperfeiçoamento moral e/ou religioso; conduzir à virtude: o conhecimento edifica o ser humano; livros educativos edificam; edificavam-se indo ao teatro regularmente.
Etimologia (origem da palavra edificar). Do latim aedificare.
Edificar
1) Construir (2Sm
2) Elevar social e espiritualmente (1Co
Fino
adjetivo Delgado, pouco espesso.Aguçado: ponta fina.
Delicado: rosto fino.
De qualidade superior: vinho fino.
Figurado Cortês, educado.
Sagaz, ladino: fino como ele só!
Apurado, escolhido: a caça é fina.
Diz-se das pedras e das pérolas naturais empregadas em joalheria, com exceção dos diamantes, rubis, safiras e esmeraldas.
Que percebe os menores matizes (falando-se dos sentidos): ouvido fino.
substantivo masculino [Popular] Coisa excelente, delicada.
[Brasil] Tirar um fino, passar quase raspando por alguma coisa, especialmente um veículo.
Fortalezar
verbo transitivo direto Fortificar; guarnecer.Lama
substantivo feminino Mistura de terra, argila e água, de que resulta uma massa pastosa.Lodo.
Figurado Vida, condição ou circunstâncias abjetas, desprezíveis, lamentáveis ou reprováveis; labéu.
Lamá
Lamá V. LEMÁ (MtOuro
Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (MtDo latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.
o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx
50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (Jó
substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
expressão Coração de ouro. Coração generoso.
Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
Ouro fino. Ouro sem liga.
Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.
Prata
substantivo feminino Elemento químico que se caracteriza por ser precioso e metálico.Gramática Representado pelo símbolo: Ag.
Por Extensão Prataria; reunião dos objetos constituídos por prata.
Por Extensão A moeda feita em prata; moeda de prata.
Por Extensão Brasil. Informal. Uma quantia em dinheiro; o próprio dinheiro.
Etimologia (origem da palavra prata). Do latim platta.
Prata Metal precioso que era utilizado para trabalhos de joalheria e fabricação de moedas como o siclo (Mt
Pó
substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra pó). Do latim pulvus, pulvum.
substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra pó). Do latim pulvus, pulvum.
Ruas
1. Via ladeada de casas (nas povoações).
2. [Por extensão] Os habitantes de uma rua; a plebe.
3. Álea e, em geral, todo o espaço por onde se pode caminhar num jardim ou horta.
4. Expressão usada para afastar ou mandar embora. = FORA
Tiro
substantivo masculino Ação ou efeito de atirar; disparar qualquer arma de fogo: tiro certeiro.A carga disparada pela arma de fogo; disparo: tiro de revólver.
Bala; carga que se dispara de cada vez: revólver de seis tiros.
Distância que alcança a carga ou o disparo.
Figurado Produzir resultado seguro e imediato.
Lugar ou curso no qual se aprende a atirar com armas de fogo ou se faz exercício com elas.
Ação de puxar carros por cavalgadura: cavalo de tiro.
Calabre ou tirante com que se une o boi ou a besta tanto à charrua como à carruagem.
locução adverbial De um tiro. De uma só vez.
Dar um tiro em. Acabar, liquidar ou encerrar um assunto, um trabalho etc.
[Brasil] Informal. Dar um tiro na praça. Causar prejuízo ao outro através de uma falência fraudulenta.
Sair o tiro pela culatra. Quando o resultado de uma ação é o contrário do que esperava quem a praticou.
Ser tiro e queda. De pontaria certa.
Ângulo de tiro. Ângulo formado pela linha de tiro com as horizontais do plano de tiro.
Plano de tiro. O plano vertical que passa pela linha de tiro de uma arma de fogo.
Tiro de cavalos, de bois etc. Parelha de cavalos, de bois etc.
Tiro cego. Tiro sem pontaria certa; disparado à queima-roupa.
Etimologia (origem da palavra tiro). Forma regressiva de tirar.
É hoje Es-Sur, uma pobre povoação Foi, em tempos antigos, uma fortificada cidade da Fenícia, situada sobre uma península rochosa, primitivamente uma ilha da parte oriental do Mediterrâneo, colonizada pela gente de Sidom (is
Tiro Porto da Fenícia situado numa ilha ao norte do Carmelo e ao sul de Sidom (1Rs
Tiro Como Sidônia, um antigo porto fenício no Mediterrâneo (Mt
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בָּנָה
(H1129)
uma raiz primitiva; DITAT - 255; v
- construir, reconstruir, estabelecer, fazer continuar
- (Qal)
- construir, reconstruir
- construir uma casa (i.e., estabelecer uma família)
- (Nifal)
- ser construído
- ser reconstruído
- estabelecido (referindo-se a exilados restaurados) (fig.)
- estabelecido (tornado permanente)
- ser constituído (de esposa sem filhos tornando-se a mãe de uma família através dos filhos de uma concubina)
חוּץ
(H2351)
(ambas as formas fem. no pl.) procedente de uma raiz não utilizada significando romper; DITAT - 627a; n m
- fora, por fora, rua, do lado de fora
חֲרוּץ
(H2742)
particípio pass. de 2782; DITAT - 752a,b,753a adj
- com ponta afiada, afiado, diligente n m
- decisão severa, decisão
- trincheira, fosso, vala
- ouro (poético)
טִיט
(H2916)
procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando ser pegajoso [talvez procedente de 2894, com a idéia de sujeira a ser varrida]; DITAT - 796a; n m
- lama, barro, lodo, lamaçal
- lama, lodo
- barro (poético)
כֶּסֶף
(H3701)
procedente de 3700; DITAT - 1015a; n m
- prata, dinheiro
- prata
- como metal
- como ornamento
- como cor
- dinheiro, siclos, talentos
מָצֹור
(H4692)
procedente de 6696; DITAT - 1898a; n m
- cerco, sítio, trincheira, fortificações de sítio
- cerco
- cercado, fortificações de sítio, rampa
עָפָר
(H6083)
procedente de 6080; DITAT - 1664a; n m
- terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
- terra seca ou solta
- entulho
- argamassa
- minério
צָבַר
(H6651)
uma raiz primitiva; DITAT - 1874; v.
- (Qal) empilhar, amontoar
- referindo-se a cereal, terra ou prata