Enciclopédia de Números 24:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 24: 25

Versão Versículo
ARA Então, Balaão se levantou, e se foi, e voltou para a sua terra; e também Balaque se foi pelo seu caminho.
ARC Então Balaão levantou-se, e foi-se, e voltou ao seu lugar, e também Balaque se foi pelo seu caminho.
TB Tendo-se Balaão levantado, foi-se e voltou para o seu lugar; e também Balaque foi o seu caminho.
HSB וַיָּ֣קָם בִּלְעָ֔ם וַיֵּ֖לֶךְ וַיָּ֣שָׁב לִמְקֹמ֑וֹ וְגַם־ בָּלָ֖ק הָלַ֥ךְ לְדַרְכּֽוֹ׃ פ
BKJ E Balaão se levantou, e retornou ao seu lugar; e Balaque também seguiu o seu caminho.
LTT Então Balaão levantou-se, e se foi, e voltou ao seu lugar, e também Balaque se foi pelo seu caminho.
BJ2 Depois Balaão se levantou, partiu e voltou para os seus. Balac também seguiu o seu caminho.
VULG Surrexitque Balaam, et reversus est in locum suum : Balac quoque via, qua venerat, rediit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 24:25

Números 24:11 Agora, pois, foge para o teu lugar; eu tinha dito que te honraria grandemente; mas eis que o Senhor te privou desta honra.
Números 31:8 Mataram mais, além dos que já foram mortos, os reis dos midianitas, a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada.
Josué 13:22 Também os filhos de Israel mataram a fio de espada a Balaão, filho de Beor, o adivinho, como os mais que por eles foram mortos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
E. A TERCEIRA PROFECIA, 23:27-24.13

  1. O Prelúdio (23:27-24,2)

"Aí Balaque levou Balaão até o alto do monte Peor [outro lugar alto], no lado que dá para o deserto" (28, NTLH; cf. ARA). Fizeram o mesmo padrão de sacrifícios (29).

Porém, vendo Balaão que bem parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel (1), não se afastou, como fizera anteriormente, mas olhou para a "planície de Moabe onde Israel estava acampado" (VBB, nota de rodapé). Vendo a organização metódica e harmo-niosa das tendas de Israel "tribo por tribo" (NTLH; cf. NVI), veio sobre ele o Espírito de Deus' (2).

  1. O Homem do Oráculo (24.3,4)

Este poema é menos regular que os outros e contém dificuldades que os estudiosos não conseguiram solucionar. É diferente dos primeiros dois no ponto em que não é dirigido a Balaque, mas assume a forma de verdadeira "profecia" (NTLH) ou "oráculo" (NVI). Balaão começa apresentando suas credenciais: "São estas as palavras [o orácu-lo] do homem que pode ver claramente" (3, NTLH; cf. NVI; "agora capaz de ver os propósitos e a vontade de Deus", ATA). Era a "palavra [o oráculo] daquele que ouve as palavras de Deus, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso" (4, NVI). Balaão reivindicou autoridade divina para o que ia dizer, assumindo a postura dos profetas de dias posteriores.

  1. O Quadro de Israel (24:5-9)

Balaão, vendo as carreiras das tendas de Israel ordenadamente acampadas na pla-nície de Moabe, descreveu a cena em linguagem poética. Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas as tuas moradas, ó Israel! (5). Comparou o alinhamento em ordem do acampamento com os ribeiros (6; "vales", ARA), uma série de amplas planícies fér-teis, jardins ao pé dos rios. Na mente de Balaão, este quadro era como os pomares do seu país nativo que se estendem ao longo do rio Eufrates, onde a árvore de aloés ou babosa era símbolo de magnificência verdejante. Mas, o que estava diante dele era a plantação do Senhor, não do homem. Havia uma fonte perpétua de vida, como as árvo-res de sândalo que têm as raízes junto às águas.

Em seguida, temos uma descrição do Israel do futuro. "Águas manarão de seus bal-des' (ARA) e a sua semente estará em muitas águas (7). Esta é indicação óbvia de prosperidade bem como de virilidade. A força da nação é ilustrada por sua supremacia sobre os inimigos: O seu rei se exalçará mais do que Agague, e o seu reino será levantado.

Balaão, então, continua com uma repetição aproximada de sua segunda profecia. Descreve a grandeza da nação que o Senhor tirou do Egito, "cujas forças são como as do boi selvagem" (ARA), que consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará (8).

O quadro aqui retrata Israel como leão adormecido — sono do qual ninguém ousa despertá-lo —, satisfeito com sua incursão de caça. Esta descrição está em con-traste com 23.24, que mostra o grande poder do leão em tempos de guerra. Longe de ser afetado por maldições ou bênçãos de outrem, Israel é que é o padrão: Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem (9). A história con-firmou o fato de que Deus, de maneira muito incomum, manteve a mão sobre este povo.

  1. O Despertar da Raiva de Balaque (24:10-13)

Ao término da profecia, a ira de Balaque (10) ardeu. Como indicação de desprezo, bateu palmas (27,23) e aconselhou Balaão que fugisse para casa (11). Trata-se de insight impressionante da parte de Balaque, o fato de ter creditado ao SENHOR a obstrução de Balaão receber a honra que os moabitas queriam lhe dar. Mas Balaão não se deixou abater. Manteve-se fiel ao compromisso inicial: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não posso traspassar o mandado do SENHOR (13).

F. A QUARTA PROFECIA, 24:14-25

1. Uma Palavra de Despedida (24,14)

Antes de ir embora, de voltar a seu povo, Balaão fez uma profecia final, dizendo a Balaque o que este povo (Israel) fará ao teu povo (Moabe) nos últimos dias. Esta palavra veio sem os elaborados sacrifícios preliminares ou atos de adivinhação que tinham precedido as profecias anteriores. Avisar-te-ei é simplesmente "deixa-me te dizer" (Moffatt).

  1. Suas Credenciais (24.15,16)

Numa repetição da terceira profecia, Balaão falou de si mesmo. Disse que era al-guém cujos olhos são "perfeitos" (RSV, nota de rodapé; "vêem claramente", NVI; cf. NTLH), que "ouve as palavras de Deus", "possui o conhecimento do Altíssimo" e "vê a visão que vem do Todo-poderoso" (16, NVI).

  1. A Estrela que Vem de Jacó (24:17-19)

Balaão teve a visão de uma estrela que procederá de Jacó (17), o Rei que reinará em Israel no futuro — não agora... não de perto. No decorrer dos séculos, esta profe-cia foi considerada como visão do Messias, cujo nascimento seria marcado pelo apareci-mento de uma estrela do oriente (Mt 2:2). Balaão viu o surgimento de um cetro que "esmagará as frontes"' (NVI) dos moabitas, destruirá todos os filhos de Sete (17, "os filhos do orgulho"
15) e dominará (19) sobre seus inimigos.

  1. Os Oráculos Contra Certas Nações (24:20-25)
  2. A primeira nação mencionada nas visões de Balaão foi Edom (18), que se tornaria possessão de Israel. Esta profecia se cumpriu no tempo de Davi.
  3. Acerca dos amalequitas,' ele profetizou que este povo seria "destruído para sem-pre" (20, NTLH).
  4. Quanto aos queneus, embora a habitação fosse firme (21), a profecia diz que este povo seria consumido, até que Assur17 o levasse prisioneiro (22; "cativo", ARA).
  5. E, por fim, a respeito de Assur e Héber, profetizou Balaão que eles, por sua vez, pereceriam (24, ARA). Seriam destruídos para sempre (NTLH) sob o poder de um povo que, proveniente das costas de Quitim, viria em naus.

Com o término desta profecia, Balaão foi-se... ao seu lugar (25). Balaque se foi pelo seu caminho, abandonando, finalmente, o plano que tramara para trazer maldi-ção sobre Israel.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
*

24.1-9

O terceiro oráculo de Balaão retrata as bênçãos que Deus planeja para Israel, terminando com uma maldição extraída da promessa feita a Abraão contra aqueles que o amaldiçoassem (v. 9; Gn 12:3).

* 24:4

a visão do Todo-Poderoso. A palavra hebraica traduzida por "Todo-Poderoso" (também no v. 16) é a palavra hebraica Shaddai, um nome divino associado com as narrativas patriarcais (Gn 17:1; 28:3; 35:11; 43:14; 48:3; 49:25) que também ocorre com frequência no livro de Jó.

* 24:7

Agague. 1Sm 15:32,33 relata a morte de um rei amalequita que tinha esse nome. Aqui Balaão pode referir-se a um antigo rei proeminente dos amalequitas que tinha esse mesmo nome. Também é possível que "Agague" fosse um título, assim como o título "Faraó" era usado por muitos governantes egípcios.

* 24:10-11

Balaque recusou-se a pagar ao profeta contratado o seu "salário de injustiça" — a "honra" que ele estava esperando (22.7; 2Pe 2:15).

* 24.15-19

Em seu quarto oráculo, Balaão predisse o futuro advento de um conquistador real que triunfaria sobre Moabe e Edom. Um cumprimento inicial dessas predições acha-se em 2Sm 8:2-14, que descreve a vitória de Davi sobre os moabitas e os edomitas. Mas essas realizações prefiguram as conquistas maiores de Cristo (p.ex., Cl 2:15; 1Co 15:25,26; Ap 20:10,14).

* 24.20-25

Em seus oráculos finais, Balaão predisse a queda das outras nações da região.

* 24:20

Amaleque. Ver notas em Êx 17:8,16.

* 24:21

queneus. Uma tribo nômade de trabalhadores em metal, encontrados na Palestina, do período patriarcal em diante (Gn 15:19). O sogro de Moisés é identificado tanto como um midianita quanto como sendo um queneu (Êx 2:16; Jz 1:16). Os recabitas em Jr 35 são também considerados descendentes dos queneus (13 2:55'>1Cr 2:55; Ne 3:14).

* 24:22

Assur. Na época, os assírios do norte da Mesopotâmia já eram considerados um importante poder militar, mas suas maiores conquistas seriam feitas séculos mais tarde (conforme Is 36).

* 24:24

Quitim. Ver referência lateral. O nome hebraico para a ilha de Chipre veio a representar a região mediterrânea a oeste da Palestina. Em Dn 11:30, essa palavra é usada para predizer os efeitos do poder marítimo de Roma.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
24:1 Como Balaam era feiticeiro, procurava agouros ou sinais que o ajudassem a predizer o futuro. Nesta situação, entretanto, era claro que Deus mesmo era quem falava, de modo que Balaam não necessitava outros sinais, nem reais nem imaginadas.

24:7 Quem foi Agag? Agag era o título que lhe dava ao rei dos amalecitas, assim como Faraó era o título que lhe dava ao soberano do Egito. Saul, o primeiro rei do Israel, venceu ao Agag (1Sm 15:8). Balaam tinha profetizado corretamente a ruína dos velhos inimigos do Israel (Ex 17:14-16).

24:11 Apesar de que os motivos do Balaam não eram os corretos, neste momento atuou com integridade. A mensagem de Deus o tinha cheio de tal maneira que Balaam teve que falar a verdade. Ao fazê-lo, perdeu a recompensa que o tinha induzido a falar. O permanecer fiéis à Palavra de Deus pode nos custar promoções e vantagens a curto prazo. Mas os que escolhem a Deus e não ao dinheiro algum dia adquirirão a riqueza celestial infinita (Mt 6:19-21).

24.15-19 A estrela do Jacó se interpreta freqüentemente como uma referência ao Messías que teria que vir. Foi possivelmente esta profecia a que convenceu aos magos para que viajassem ao Israel em busca do menino Jesus (Mt 2:1-2). Parece estranho que Deus utilizasse a um feiticeiro como Balaam para predizer a vinda do Messías. Mas isto nos ensina que Deus pode utilizar algo ou qualquer pessoa para levar a cabo seus planos. Ao utilizar a um feiticeiro, Deus não está sugiriendo que a feitiçaria fora aceitável. A Bíblia a condenação em várias ocasiões (Ex 22:18; 2Cr 33:6; Ap 18:23). Entretanto, mostra que Deus é soberano sobre o bem e o mal.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
SACRIFÍCIO F. Balaão terço (23: 27-24: 14)

27 Então disse Balaque a Balaão: Ora vem, eu te levar a outro lugar; porventura ele vai agradar a Deus para que possas amaldiçoa-o dali. 28 E Balaque levou Balaão ao cume de Peor, que dá para baixo em cima do deserto. 29 E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros. 30 E Balak fez como dissera Balaão, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar. 1 Vendo Balaão que isso agradava a Jeová que abençoasse a Israel, não foi, como das outras vezes, a encontro dos encantamentos, mas voltou o rosto para o deserto. 2 E, levantando Balaão os olhos, e viu Israel acampado segundo as suas tribos; eo Espírito de Deus veio sobre Ec 3:1 E ele tomou a sua parábola, e disse:

Balaão, filho de Beor,

E o homem cujos olhos estavam fechados disse;

4 Ele aquele que ouve as palavras de Deus,

Quem vê a visão do Todo-Poderoso,

Caindo, e se lhe abrem os olhos:

5 Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó,

Os teus tabernáculos, ó Israel!

6 Como vales, elas se estendem;

Como jardins ao lado do rio, o,

Como lign-aloés que o Senhor plantou,

Como madeira de cedro junto às águas.

7 Água decorrem seus baldes,

E sua semente estará em muitas águas,

E o seu rei será maior do que Agag,

E o seu reino será exaltado.

8 Deus leva-o sair do Egito;

Ele tem como se fosse a força do boi selvagem;

Ele devorará as nações, seus adversários,

E deve quebrar os ossos,

E ferir -los completamente com suas flechas.

9 Agachou-se, deitou-se como um leão,

E, como uma leoa; quem o despertará?

Bem-aventurados sejam os que te abençoarem,

E amaldiçoados sejam os que te amaldiçoarem.

10 E a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e feriu as mãos; e Balac disse a Balaão, chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, e eis que já tens os abençoaste três vezes. 11 Agora, pois, refugia-te ao teu lugar: Eu pensei que para promover-te-ei uma grande honra; mas eis que o Senhor te privou dessa honra. 12 E Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo: 13 Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não posso ir além da palavra do Senhor, para fazer bem ou mal de meu próprio coração; ? o que o Senhor falar, isso falarei 14 E agora, eis que eu vou ao meu povo: vir, e eu vou anunciar-te o que este povo deve fazer para o teu povo nos últimos dias.

A fim de quebrar esta corrente de pensamento, Balak induz Balaão para visitar outro lugar alto (Mt. Peor), pensando que o Senhor pode mudar de idéia e permitir Balaão para amaldiçoar Israel. Mais uma vez, sete altares são construídas e os sacrifícios oferecidos. Parece que Balaão está agora convencido de que o Senhor quer que Israel abençoou, e ele não faz mais esforços para verificar se o Senhor mudou de idéia. Mais uma vez Balaão evita qualquer confronto direto com Balak recitando uma parábola poética descrevendo a favor Israel goza com o Senhor. Israel é comparado a um jardim by-side rio, e é forte e poderoso como uma leoa (vv. Nu 24:3-9 ). Depreende-se declarações proféticas de Balaão relativos a vitória de Israel sobre seus inimigos, que ele tinha idéias obtidas diretamente de Jeová. A força oculta, aparentemente, levou Balaão para dizer e fazer coisas que ele não quer fazer.

Balak tornou-se completamente revoltado com Balaão (v. Nu 24:10) e claramente diz a ele que ele tem abençoado Israel três vezes em vez de fazer o que ele havia sido condenado a fazer-maldição Israel. Balak diz Balaão para remover-se fora de seu país e ir para casa (v. Nu 24:11 ). Balaão diz Balak que ele não quis ir contra a palavra do Senhor para uma "casa cheia de prata e ouro."

PROFECIA G. Balaão AT PEOR (24: 15-25)

15 E, tomando a sua parábola, e disse:

Balaão, filho de Beor,

E o homem cujos olhos estavam fechados disse;

16 Ele diz, que ouve as palavras de Deus,

E conhece o conhecimento do Altíssimo,

Quem vê a visão do Todo-Poderoso,

Caindo, e se lhe abrem os olhos:

17 Eu o vejo, mas não agora;

Eu o contemplo, mas não de perto;

Porque brotará uma estrela procederá de Jacó,

E um cetro subirá de Israel,

E ferirá através das têmporas de Moabe

E destruirá todos os filhos de Sete.

18 E Edom será uma possessão,

Seir também será uma possessão, que eram seus inimigos;

Enquanto Israel faz proezas.

19 E de Jacó um dominará,

E destruirá os sobreviventes da cidade.

20 E ele olhou em Amaleque e proferiu a sua parábola, e disse:

Amaleque era a primeira das nações;

Mas o seu fim será a destruição.

21 E ele olhou sobre o queneu, e proferiu a sua parábola, e disse:

Forte é a tua habitação,

E o teu ninho está situado no rock.

22 No entanto Kain deve ser desperdiçado,

Até que Assur te leve por prisioneiro.

23 E, tomando a sua parábola, e disse:

Ai, quem viverá, quando Deus fizer isto?

24 Naus virão das costas de Quitim

E eles afligirão a Assur, e será afligida Eber;

E ele também será a destruição.

25 Então Balaão levantou-se, partiu e voltou para o seu lugar; e Balak também seguiu o seu caminho.

E ele tomou a sua parábola (v. Nu 24:15 ). Pela quarta vez Balaão encobre a questão de uma parábola poética em que ele prevê a queda de Moab, Edom, os amalequitas, Assur. É evidente que Balaão atinge uma nota messiânica nesta parábola (v. Nu 24:17 ). O episódio Balaão-Balak terminou agora e o profeta volta para casa. Clarke diz:

1. Parece ... que Balaão sabia e adoraram o Deus verdadeiro.

2. Que ele tinha sido um verdadeiro profeta ...

3. Que ele fez praticar alguns ramos ilícitas de conhecimento.

4. Que, embora ele era um crente no Deus verdadeiro, mas ele era avarento ", ele amou o prêmio da injustiça".

5. Que não parece que ... ele desejava para amaldiçoar Israel, quando ele descobriu que eles eram os servos do Deus verdadeiro.

6. Que é possível que ele não sabia esta em primeiro lugar. Balak lhe tinha dito que havia um povo numeroso que saiu do Egito ... saqueadores, hordas errantes, freeboaters.

7. Que assim que ele descobriu isso desagradou a Deus ele alegremente se ofereceu para devolver e não avançou até que ele não tinha apenas a permissão, mas a autoridade de Deus para prosseguir.

8. Que quando ele veio em vista do acampamento dos israelitas que ele não tentou fazer uso de qualquer meio de feitiçaria.

A verdade, no entanto, que Israel sofreu com a influência de Balaão. É evidente que o maior dano que Balaão trouxe sobre Israel estava em convencê-los a se casar entre os moabitas. Ao fazer isso, eles estabeleceram laços de sangue com os incrédulos e por sua vez, foram atraídos para sacrificar aos deuses moabitas. Foram as mulheres moabitas e não Balaão que realmente influenciou os israelitas a se extraviar.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
  • A terceira visão — Israel e Canaã (Nu 24:1-4)
  • Dessa vez, Balaão não usou nenhum de seus encantamentos; em vez dis-so, o Espírito de Deus veio sobre ele e abriu-lhe os olhos. Essa visão descreve Israel desfrutando suas bênçãos na terra prometida, depois de derrotar as outras nações. Nes-sa visão, observe a ênfase sobre a água, um item precioso no deserto. Essa visão era mais do que Balaque podia suportar. Ele ameaça Balaão e afirma que "o Senhor" o impedira de receber riquezas e honra (vv. 10-11). Então, o profeta tem uma quar-ta visão.

  • A quarta visão — a glória futura de Israel (Nu 24:10-4)
  • Provavelmente, há duas formas de vermos essa mensagem simbólica. Com certeza, o rei Davi ajusta-se à descrição, já que derrotou os moabitas, os edomitas e outros povos (veja 2Sm 8:2,2Sm 8:14). Contudo, o cumprimento máximo está em Cristo, o Messias, a Estrela de Jacó e o Cetro de Israel. Israel domina-rá quando Cristo retornar e esta-belecer o Reino milenar. Os vários inimigos de Israel serão vencidos. VejaLc 1:68-42.

    Em suas quatro visões, Ba- laão apresenta uma bonita história de Israel, todo o caminho desde a eleição dele como nação até a exal-tação dele no Reino. Claro que po-demos transferir essas verdades para os crentes do Novo Testamento: es-colhidos por Deus, justificados (para que sejamos aceitos no amado), os quais receberam uma herança mag-nífica em Cristo e a quem lhes foi prometida a glória futura.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
    24:1-14 Nesta terceira profecia, o próprio Balaão se deixou convencer, v. 1, dispensou a magia e começou a ter uma experiência mais profunda da vontade divina, profetizando com grande fervor, mas aquilo que serve para inspirar os fiéis sempre é um tropeço e uma ofensa aos pagãos, como se vê na reação de Balaque, v. 10. • N. Hom. O vigésimo quarto capítulo nos ensina:
    1) Quanta relutância há em reconhecer a verdade, v. 1;
    2) Palavras finas com desejos baixos acompanham ações indignas;
    3) O julgamento bíblico desses acontecimentos se lê em Dt 23:5; Js 13:22 e 24.10; Mq 6:5; 2Pe 2:15-61; Jd 1:11; Ap 4:0) Os característicos do Messias, vv. 17-19: o esplendor (a estrela); a realeza (o cetro), ,v. 17; a vitória (ferirá); a possessão, v. 18; e a autoridade ("o dominador") v. 19.

    24.9 Benditos os que te abençoarem. Israel faz parte da bênção dada a Abraão, Gn 12:3, e tudo se cumpre finalmente em Cristo (Gl 3:16). • N. Hom. Esta terceira bênção (vv. 3-9) nos ensina:
    1) O poder do Espírito Santo em inspirar até os desobedientes a levarem avante os propósitos divinos, v. 2 e Jo 11:49-43; Jo 2:0) Esta inspiração vem em palavras ditadas pelo próprio Deus, v. 4, que é o caso da Bíblia inteira;
    3) Aquilo que faz que uma pessoa ou uma nação seja considerada boa é o fato de estar viajando no caminho que Deus lhe indica, v. 5;
    4) O reino eterno de Deus é a herança dos fiéis, Ez 7:22; Ez 5:0) Aos fiéis pertence a bênção de Deus que vale para o tempo e para a eternidade, v. 9.

    24.16 Porém de olhos abertos. Muitos profetas pagãos caíram em transe, mas Balaão ainda conservava seus poderes mentais neste dado momento.

    24.17 Esta visão se refere à vinda de um Personagem num futuro distante: uma estrela é Cristo, que ilumina todo o sentido da vida e da religião, 2Pe 1:19. Um cetro. Primeiramente, é Davi, cuja vitória sobre Edom se descreve em 2Sm 8:2, 2Sm 8:14, mas depois, é o Filho de Davi de Quem Davi não passa de um mero precursor, Jesus Cristo, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. • N. Hom. O vigésimo quinto capítulo nos ensina:
    1) Os Aspectos do Pecado: a) a vitória. que se ganha no setor material pode causar a derrota no aspecto espiritual: Israel venceu o direito de morar nas campinas de Moabe (22.124.25), mas logo sucumbiu às tentações do ambiente pagão, 25.1; b) associação significativa entre os pecados da prostituição e da idolatria vv. 1-2; 1Co 6:13-46; c) As terríveis possibilidades do pecado espalhar-se, mesmo entre o povo de Deus; d) "O salário do pecado é a morte", Rm 6:23; Rm 2:0) Os aspectos da Expiação: a) Tem por base um zelo pela glória de Deus, v. 13;He 10:5-58; b) revela a retidão de Deus Rm 3:21-45; c) demonstra a atitude de Deus para com o pecado; d) é a própria Redenção, a Salvação por intermédio de um Substituto.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
    g)    O terceiro oráculo de Balaão (24:1-9)
    Balaão desiste de sua magia (v. 1; conforme 23.23)
    e olha para o deserto, onde Israel está acampado nas campinas de Moabe (conforme 22.1). Ele vê Israel acampado, tribo por tribo (v. 2; cf. cap.
    2) e o Espírito de Deus veio sobre ele. E interessante observar que somente após ele abandonar a sua adivinhação se diz que o Espírito de Deus veio sobre ele, como se fosse um verdadeiro profeta de Israel. Em

    23.5,16, se diz simplesmente que o Senhor colocou uma mensagem na sua boca. Acerca de outros exemplos de homens indignos profetizando, conforme 1Sm 19:20-9; Jo 11:15. v. 3. oráculo', uma palavra em geral associada com o nome de Javé. vêem claramente: a palavra ocorre somente aqui e no v. 15 e o seu significado é incerto. Alguns estudiosos acham que os olhos dele estavam fechados em estado de êxtase, mas conforme o v. 4. A BJ traz: “oráculo do homem de olhar penetrante”, v. 4. Deus: hebraico ’El. Conforme 23.22,23. Todo-poderoso: hebraico shaddai, um nome pelo qual Deus se deu a conhecer aos patriarcas e que é especialmente encontrado em Jó (conforme Gn 17:1Ex 6:3; 5:17 etc.). Os tempos verbais no v. 4 talvez sugiram um costume, cai prostrado: conforme Ez 1:28; Ez 8:17,Ez 8:18; Ap 1:17. que vê com clareza: BJ: “os seus olhos se abrem”; cremos que se refere aqui à visão interior (cf. Ef 1:18). v. 6. corno vales: a NTLH escolhe um sentido raro da palavra, traduzindo: “fila de palmeiras”. jardins: conforme Is 1:30; Is 44:4; Is 58:11aloés: muito conhecido em virtude de sua fragrância (conforme Sl 45:8). plantados pelo Senhor: como o jardim do Éden (Gn 2:8). v. 7. Seus reservatórios de água transbordarão: “O povo é personificado como um homem carregando dois baldes transbordantes de água [...] aquela fonte principal de todas as bênçãos e prosperidade no oriente escaldante” (Keil). maior do que Agague-, parece que Agague era um nome genérico para o rei dos amalequi-tas, assim como “faraó” o era para os egípcios. A LXX traz “Gogue” (conforme Ez 38:1). Conforme o versículo 20 e 1Sm 15:8. Acerca de rei, conforme Gn 17.6; 35:11. A primeira parte do v. 8 repete

    23.22, e a segunda parte conduz ao leão do v. 9. flechas provavelmente se refere a armas de guerra em geral.

    h) Balaque dispensa Balaão (24:10-14)

    Balaque bate as palmas de suas mãos, o que era um sinal de raiva, desprezo ou desespero (conforme 27:23; Lm 2:15; Ez 21:17;

    22.13), e ordena que Balaão volte para casa. Balaão lembra Balaque das palavras Dt 22:18 e expressa a sua intenção de voltar para casa, mas antes disso ele vai pronunciar mais um oráculo acerca do que Israel vai fazer com Moabe nos últimos dias, ou dias futuros, expressões usadas constantemente na literatura bíblica posterior a respeito da época do Messias, mas épocas anteriores podem ser incluídas entre as que apontavam para aquela época.

    i) O quarto oráculo de Balaão (24.15
    24)
    O oráculo não trata somente de Moabe. E dividido em quatro partes que começam com as palavras pronunciou este oráculo (v. 15,20,

    21,23). A primeira trata de Moabe e Edom; a segunda, de Amaleque; a terceira, dos que-neus; e a quarta, de grandes potências mundiais. “Temos aqui uma série de profecias, começando com a aparição do Messias e terminando com a destruição do anticristo. Não há paralelo disso nas Escrituras, com exceção das visões de Daniel” (A. Edersheim, Bible History, v. 1, 1875, p. 31). Os v. 15,16 são iguais aos v. 3,4, a não ser pela palavras que possui o conhecimento do Altíssimo: conforme Gn

    14:19-22 e Dt 32:8. Balaão afirma que teve acesso aos conselhos secretos de Deus (cf. 15:8).

    (1) Uma estrela e um cetro (v. 17-19)

    A menção principal desses versículos pode ser referente a Davi, que derrotou Moabe e subjugou os idumeus (conforme 2Sm 8:2,2Sm 8:11-10Sl 60:8), mas, como o próprio Davi aponta para o filho maior do grande Davi, a profecia da estrela e do cetro também aponta para ele (conforme Gn 49:10; Sl 45:6; Mt 2:2; Ap 2:28; Ap 22:16). “Essa interpretação estava tão difundida entre os judeus que o pseudomessias que se levantou na época de Adriano, em quem até o rabi Akiba acreditou, assumiu o nome de Bar Cochba (Filho de uma Estrela) em con-seqüência dessa profecia” (Keil). A NTLH provavelmente está correta em interpretar cetro (lit. “vara”) como “cometa”. Moabe é naturalmente mencionado primeiro em virtude do desejo de Balaque de amaldiçoar Israel e depois Edom, o seu vizinho ao sul, porque também se opunha a eles (conforme 20.20,

    21). v. 17. frontes: ou “cantos” (da cabeça);

    conforme Jr 48:45. Se a tradução descendentes de Sete é aceitável, a referência é aparentemente a uma tribo desconhecida, aparentada dos moa-bitas. Alguns comentaristas judeus entendiam que se referia aos filhos de Sete, filho de Adão, i.e., a humanidade, mas isso não é adequado. Melhor é a expressão na nota de rodapé da NVI: “arrogantes” (conforme Jr 48:45), ou NEB: “filhos da discórdia”, “com o que se entende, de acordo com a analogia de Jacó e Israel (v. 17), Edom e Seir (v. 18), que os moabitas são homens que causam confusão e brigas” (Keil). Seir (v. 18), ou monte Seir, era o nome antigo de Edom (conforme Gn 32:3; 36:8Dt 2:1). Na época de Moisés, Israel não teve permissão para lutar contra Edom (conforme 20.21; Dt 2:4,Dt 2:5), mas no futuro isso será diferente. No v. 19, Balaão ainda está pensando principalmente em Edom, mas as palavras podem ter um significado mais amplo referindo-se ao domínio de Israel em geral e à destruição de todos os seus inimigos. A NEB traz: “ele destruirá o último sobrevivente de Ar” (v. comentário de 22.36), mas já se tratou de Moabe no v. 17. Albright traduziu de forma semelhante, mas ele pressupôs uma transposição e colocou as palavras após o v. 17.

    (2)    Amaleque (v. 20)

    De Peor, Balaão conseguia enxergar a região dos amalequitas que se localizava ao sul (conforme 13.29). o primeiro entre as nações\ Keil entendeu isso no sentido de que Amaleque foi a primeira nação a atacar Israel (conforme Ex 17:8


    16) — uma interpretação questionável. Balaão prediz a ruína final de Amaleque, destacando-se aqui o contraste entre primeiro e fim.

    (3)    Os queneus (v. 21,22)

    Da forma como está a tradução, aparentemente o significado é que, apesar da sua segurança aparente, os queneus serão arruinados e levados ao cativeiro pelos assírios ou simplesmente pelos “assuritas” (Gn 25:3). Outra tradução, no entanto, apoiada pelo Targum Palestino e por Keil diz: “Caim não será devastado até que Assur o leve cativo”. Ressalta-se que os queneus de que lemos em Juízes eram descendentes de Hobabe e amistosos com Israel (conforme Nu 10:29; Jz 1:16; Jz 4:11). Assim, podemos entender as palavras como predição de segurança longa e duradoura para eles em contraste com os amalequitas. Em ninho, há um jogo de palavras, pois qên em hebraico significa “ninho” (conforme Am 1:4). firmado na rocha\ não temos certeza de que fortaleza nas montanhas se fala aqui. Os altos de En-Gedi são uma possibilidade, como Sela, mais tarde Petra. “A palavra significa ‘ferreiro’, e a presença de cobre a sudeste do golfo de Acaba, a região dos queneus e midianitas, confirma essa interpretação” (J. A. Motyer, NBD).

    A referência a Assur nos v. 22,24 tem sido muito contestada. Em geral, se crê que se refira à Assíria, a forma grega de Assur. Albright eliminou a referência ao entender a palavra como um verbo, “eu olho”, evidentemente influenciado pelo seu desejo de limitar as referências a povos que estavam ativos nessa região no século XIII a.C. A NEB elimina a palavra no v. 22, mas não no v. 24. Alguns eruditos a têm associado a uma tribo local (conforme Gn 25:3), mas, como N. H. Snaith observou, “essa tribo é pequena demais aqui” (.NCentB); isso é verdade em relação ao v. 24, mas não ao v. 22. M. Noth aceitou a referência à Assíria, mas datou as palavras de época muito posterior à de Moisés. Se, no entanto, admitimos o elemento da profecia genuína, que os discursos de Balaão certamente afirmam ser, não vemos razão por que a referência à Assíria não pudesse ter validade aqui, mas há alguma incerteza na interpretação desses oráculos.

    (4) Juízos distantes (v. 23,24)

    Balaão enxerga juízos tão universais que ele duvida de que alguém vá sobreviver a eles (v. 23). A BJ traz: “Os povos do Mar se reúnem ao norte”; a NEB: “Ah, quem são esses que se reúnem no norte...?” Isso está baseado em reposicionamento dos sinais dia-críticos e em emenda textual, v. 24. Quitim: conforme Gn 10:4. “Parece que o nome veio a ser atribuído a toda a ilha de Chipre (Is 23:1,Is 23:12) e depois de forma mais geral à região costeira do Mediterrâneo Oriental. Na quarta visão de Daniel [...] ‘os navios de Quitim’ deve se referir a Roma” (T. C. Mitchell, NBD;

    conforme Ez 11:30). O Targum Onqelos traz “romanos” aqui; a Vulgata tem “trirremes da Itália”. Em IMacabeus 1.1; 8.5 Quitim é usado para se referir à Grécia. Héber, de onde se deriva “hebreu”, pode ser uma designação poética de Israel (conforme Gn 10:21,25; 11:14ss). A profecia pode estar se referindo à derrota dos assírios diante dos gregos e romanos, à aflição de Israel infligida por essas potências e à destruição subseqüente dos impérios grego e romano.

    E importante observar que o v. 23 não diz que Balaão viu Assur como viu Amaleque (v. 20) e os queneus (v. 21), pois os assírios ainda estavam no futuro distante. A referência da LXX a Ogue, retomada pela JB (a BJ em inglês), também é estranha. A NEB, seguindo a LXX, traz “invasores”, em vez de navios (v. 24); conforme NTLH: “inimigos nos seus navios”.

    j) Balaão e Balaque se separam (24.25)
    v. 25. voltou para casa: 31.16 sugere que ele não o fez imediatamente, mas permaneceu entre os midianitas. As palavras talvez signifiquem simplesmente que ele partiu em direção à sua terra, ou casa.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 24 versículo 25
    XVI. AS CONSEQÜÊNCIAS Nu 24:25-4; Gl 6:1).

    Dicionário

    Balaque

    -

    Filho de Zipor, foi o rei moabita que convocou Balaão para amaldiçoar o povo de Israel, movido pelo medo, ao tomar conhecimento da vitória dos israelitas sobre outros povos. Achou que seria possível contratar Balaão para lançar uma maldição sobre os hebreus e, assim, derrotá-los (Nm 22). A despeito da insensatez de Balaão, Deus o usou várias vezes para confrontar Balaque e abençoar o povo, ao invés de amaldiçoar (Nm 23:11), para consternação do rei moabita. Os escritores bíblicos viram Balaque como um exemplo de extrema imprudência e uma ilustração de como os pagãos subestimam o poder do Deus de Israel. Tentar amaldiçoar o povo a quem Senhor abençoou só poderia resultar em maldição sobre si mesmo! (Js 24:9; Jz 11:25). As gerações futuras são desafiadas a lembrar do exemplo de Balaque e dessa maneira evitar o juízo de Deus (Mq 6:5). Da mesma forma, o falso ensino deve ser evitado, devido à sedução e aos efeitos perigosos que causa sobre a congregação (Ap 2:14). S.V.


    Balaque [Esgotado ? Devastador ?]

    Rei de Moabe que contratou Balaão para que amaldiçoasse os israelitas (Nm 22—24).


    hebraico: devastador, gastando

    Balaão

    -

    Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22:5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13:2Mq 6:5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2:14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31:8-16).

    Permanece como uma advertência quanto aos perigos de se permitir que um forasteiro (Balaão era de Petor, região do Eufrates) se infiltre e perversamente crie tumulto na comunidade de Deus. Esse falso profeta tipificou a situação de instabilidade de Israel no tempo de Moisés. A intervenção do legislador em favor do povo impedira a aniquilação da nação sob o juízo do Senhor (Nm 22:49). Após testemunhar uma grande vitória pelas mãos de Deus, os hebreus logo foram seduzidos pelas práticas dos moabitas (veja Números 25).

    De acordo com Números 22, Balaão foi convocado pelo rei Balaque, de Moabe. Deus interveio, mandando um anjo bloquear seu caminho. Há uma ironia no fato de que a jumenta reconheceu o ser angelical, como também a intervenção de Deus, enquanto Balaão nada percebeu. A história desse falso profeta é mais bem lembrada pelas palavras do animal, que mostrou maior sabedoria do que seu dono e era capaz de proferir oráculos mais sábios! Finalmente, Balaão foi autorizado a prosseguir sua jornada.

    Balaão experimentava uma comunicação privilegiada com Deus, que falava com o povo por meio dos oráculos; entretanto, da mesma maneira que os israelitas, ele acendeu a ira de Deus, com sua relutância em fazer “somente o que Eu te disser” (Nm 22:20s). Seduzido pela bajulação (Nm 22:17) e mais interessado em descobrir um meio de acomodar os interesses do que em prestar atenção aos oráculos que sairiam de sua própria boca, Balaão entrou para a tradição rabínica como um diplomata eficiente, mas enganador. Balaque não estava interessado nas palavras de Balaão (Nm 24:10s). De acordo com Números 31:8-16, esse falso profeta aconselhou os midianitas a atrair os israelitas para os pecados sexuais em Peor. Por essa razão, foi morto por Moisés e seus homens junto com os reis midianitas (Nm 31). A despeito da mistura de verdadeiros e falsos oráculos e da lealdade mista do profeta, Deus continuou a intervir, para guiar seu povo na vitória sobre seus inimigos.

    Dessa maneira, o episódio de Balaão tornou-se mais um exemplo da total soberania de Deus que opera para o bem de seu povo.

    II Pedro 2:15, Judas 11 e Apocalipse 2:14 advertem o povo de Deus quanto ao perigo de aceitarem em seu meio um pagão com uma maneira de falar suave e eloqüente, que se apóia em seu conhecimento como uma forma de religiosidade, e desvia-se para sua própria destruição. Uma aparência de piedade encobre convicções frágeis e superficiais, que podem ser compradas (Nm 22:17), e também um arrependimento superficial (v. 34), o qual tem vida curta.

    II Pedro 2:15-16 mostra Balaão como um homem de talento profético, mas com desejo de usar os dons de Deus, a fim de alcançar seus objetivos pessoais. Assim, o apóstolo alertou para o perigo das palavras “arrogantes de vaidade”, porque funcionam como uma cobertura para os desejos malignos. O cristão deve ser grato porque tal vaidade de coração será exposta no dia do julgamento (Jd 11). Para o apóstolo João, ao escrever à igreja em Pérgamo, o pior pecado não é de fato o da auto-engano, porque este no final será exposto. Pelo contrário, a maneira como Balaão foi induzido ao adultério espiritual por Balaque é muito pior (veja mais detalhes em Balaque). E, assim, o juízo mais rigoroso está reservado para os que conscientemente induzem outros ao erro. Como aconteceu com Balaão, as conseqüências do pecado finalmente os apanham (cf. Nm 31:8; Js 13:22). S.V.


    Balaão [Senhor do Povo ? Devorador ?] - Profeta da cidade de Petor, na MESOPOTÂMIA. Ele abençoou o povo de Israel, mas depois o levou ao pecado (Nu 22:5—24:
    2) 5; 31.8,16; (2Pe 2:15); (Jz 11).

    Caminho

    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Lugar

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    בִּלעָם קוּם יָלַךְ שׁוּב מָקוֹם בָּלָק הָלַךְ דֶּרֶךְ
    Números 24: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então, BalaãoH1109 בִּלעָםH1109 se levantouH6965 קוּםH6965 H8799, e se foiH3212 יָלַךְH3212 H8799, e voltouH7725 שׁוּבH7725 H8799 para a sua terraH4725 מָקוֹםH4725; e também BalaqueH1111 בָּלָקH1111 se foiH1980 הָלַךְH1980 H8804 pelo seu caminhoH1870 דֶּרֶךְH1870.
    Números 24: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H1109
    Bilʻâm
    בִּלְעָם
    o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
    (to Balaam)
    Substantivo
    H1111
    Bâlâq
    בָּלָק
    murmurar, resmungar, queixar-se, dizer algo contra em um tom baixo
    (they grumbled)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    H1571
    gam
    גַּם
    também / além de
    (also)
    Advérbio
    H1870
    derek
    דֶּרֶךְ
    o caminho
    (the way)
    Substantivo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H4725
    mâqôwm
    מָקֹום
    Lugar, colocar
    (place)
    Substantivo
    H6965
    qûwm
    קוּם
    levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    (that rose up)
    Verbo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo


    בִּלְעָם


    (H1109)
    Bilʻâm (bil-awm')

    01109 בלעם Bil am̀

    provavelmente procedente de 1077 e 5971, grego 903 Βαλααμ; DITAT - 251b Balaão = “não do povo” n pr m

    1. o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
    2. uma cidade em Manassés

    בָּלָק


    (H1111)
    Bâlâq (baw-lawk')

    01111 בלק Balaq

    de 1110, grego 904 Βαλακ; n pr m

    Balaque = “devastador”

    1. um rei de Moabe que contratou Balaão para amaldiçoar Israel

    גַּם


    (H1571)
    gam (gam)

    01571 גם gam

    por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

    1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
      1. também, ainda mais (dando ênfase)
      2. nem, nem...nem (sentido negativo)
      3. até mesmo (dando ênfase)
      4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
      5. também (de correspondência ou retribuição)
      6. mas, ainda, embora (adversativo)
      7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
    2. (DITAT) novamente, igualmente

    דֶּרֶךְ


    (H1870)
    derek (deh'-rek)

    01870 דרך derek

    procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

    1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
      1. estrada, caminho, vereda
      2. jornada
      3. direção
      4. maneira, hábito, caminho
      5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
      6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    מָקֹום


    (H4725)
    mâqôwm (maw-kome')

    04725 מקום maqowm ou מקם maqom também (fem.) מקומה m eqowmaĥ מקמה m eqomaĥ

    procedente de 6965; DITAT - 1999h; n m

    1. lugar onde permanecer, lugar
      1. lugar onde permanecer, posto, posição, ofício
      2. lugar, lugar de residência humana
      3. cidade, terra, região
      4. lugar, localidade, ponto
      5. espaço, quarto, distância
      6. região, quarteirão, direção
      7. dar lugar a, em lugar de

    קוּם


    (H6965)
    qûwm (koom)

    06965 קום quwm

    uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

    1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
      1. (Qal)
        1. levantar
        2. levantar-se (no sentido hostil)
        3. levantar-se, tornar-se poderoso
        4. levantar, entrar em cena
        5. estar de pé
          1. manter-se
          2. ser estabelecido, ser confirmado
          3. permanecer, resistir
          4. estar fixo
          5. ser válido (diz-se de um voto)
          6. ser provado
          7. está cumprido
          8. persistir
          9. estar parado, estar fixo
      2. (Piel)
        1. cumprir
        2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
      3. (Polel) erguer
      4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
      5. (Hifil)
        1. levar a levantar, erguer
        2. levantar, erigir, edificar, construir
        3. levantar, trazer à cena
        4. despertar, provocar, instigar, investigar
        5. levantar, constituir
        6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
        7. tornar obrigatório
        8. realizar, levar a efeito
      6. (Hofal) ser levantado

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta