Enciclopédia de Números 25:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 25: 10

Versão Versículo
ARA Então, disse o Senhor a Moisés:
ARC Então o Senhor falou a Moisés, dizendo:
TB Então, disse Jeová a Moisés:
HSB וַיְדַבֵּ֥ר יְהוָ֖ה אֶל־ מֹשֶׁ֥ה לֵּאמֹֽר׃
BKJ E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
LTT Então o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
BJ2 Iahweh falou a Moisés e disse:
VULG Dixitque Dominus ad Moysen :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 25:10

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

nm 25:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:23-33


23. Naquele dia chegaram a ele uns saduceus, dizendo não haver ressurreição, e perguntaram-lhe,

24. dizendo: Mestre, Moisés disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, o irmão dele casará com a mulher dele e ressuscitará a semente de seu irmão.

25. Ora, havia sete irmãos, entre nós, e o primeiro, casado, morreu, não tendo semente, e deixou a mulher dele a seu irmão.

26. Igualmente o segundo e o terceiro, até o sétimo.

27. Depois de todos, morreu a mulher.

28. Na ressurreição, pois, de qual dos sete será a mulher? Pois todos a tiveram.

29. Respondendo, porém, Jesus disse-lhes: "Enganai-vos, não sabendo as Escrituras nem a força de Deus,

30. pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu.

31. Quanto, porém, à ressurreição dos mortos, não lestes o dito pelo Deus a vós, dizendo:

32. Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó? Não é o Deus de mortos, mas de vivos".

33. E ouvindo, as multidões maravilhavam-se acerca do ensino dele.

MC 12:18-27


18. E chegaram uns saduceus a ele, os quais dizem não haver ressurreição, e perguntaramlhe, dizendo:

19. Mestre, Moisés escreveunos que se algum irmão morrer e deixar mulher e não deixar filho, que o irmão dele tome a mulher e suscite uma semente para seu irmão.

20. Havia sete irmãos; e o primeiro tomou mulher e, morrendo, não deixou semente.

21. E o segundo tomou-a e morreu e não deixou semente; e o terceiro igualmente.

22. E os sete não deixaram semente. Por último de todos também a mulher morreu.

23. Na ressurreição, de qual deles será a mulher? Pois os sete a tiveram como mulher.

24. Disse-lhes Jesus: "Não é por isso que vos enganais, não sabendo as Escrituras nem a força de Deus?

25. Pois quando ressuscitarem dos mortos, nem se casarão nem se darão em casamento, mas são como anjos nos céus.

26. Mas quanto aos mortos que se reerguem, não lestes no livro de Moisés, na sarça, como lhe disse Deus: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó?

27. Não é um Deus de mortos, mas de vivos: muito vos enganais".

LC 20:27-39


27. Chegando, porém, alguns dos saduceus, que negavam haver ressurreição, perguntaramlhe,

28. dizendo: Mestre, Moisés nos escreveu: se algum irmão morrer tendo mulher e esse seja sem filho, que o irmão dele tome a mulher e suscite a semente a seu irmão.

29. Havia, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher e morreu sem filho,

30. e o segundo 31. e o terceiro tomaram-na, e igualmente os sete não deixaram filhos e morreram.

32. Por último também a mulher morreu.

33. Na ressurreição, pois, a mulher de qual deles se tornará esposa? Pois os sete a tiveram como mulher.

34. E disse-lhe Jesus: "Os filhos deste eon casam-se e dão-se em casamento,

35. mas os dignos de participar daquele eon e da ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento,

36. pois já nem podem morrer, pois são quais anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.

37. Que os mortos se reerguem, também Moisés revelou na sarça, como disse: O senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaac, e Deus de Jacó.

38. Deus, contudo, não é de mortos, mas de vivos, pois, para ele, todos vivem".

39. Respondendo, porém, alguns dos escribas disseram: Mestre, falaste bem!



Chegou a vez dos saduceus. Salomão (cfr. 1RS, 2:35) constituiu Sadoc (Zadok) sacerdote. Era da tribo de Levi. E seus descendentes assim ainda se mantiveram, como atesta Ezequiel (Ezequiel 40:46) fiéis a YHWH, para servi-lo. Quando foram condenados outros elementos e famílias levitas, YHWH abriu uma exceção para os saduceus: "mas os sacerdotes levitas, filhos de Sadoc, que cumpriram as funções prescritas de meu santuário, quando os filhos de Israel se desviaram de mim, esses se chegarão a mim para servir-me" (Ez. 44:15). Já no tempo de Jesus estava bem firmado o partido político-religioso dos saduceus, que constituíam a aristocracia sacerdotal entre os judeus, dificilmente "descendo" a discutir com a plebe: os doutores, fariseus e anciãos é que agitadamente tomavam a si essa tarefa.


A questão proposta ao Rabi Nazareno era, provavelmente, velha objeção jamais solucionada, e argumento irrespondível, quando apresentado aos fariseus e doutores para combater a "ressurreição".


Strack e Billerbeck (o. c. t. 3, pág. 650) cita o Tratado Jebannoth (4, 6b, 35) que traz um desses "casos": eram treze irmãos, sendo doze casados, mas todos estes morrem sem filhos; o décimo terceiro recebe as doze viúvas e fica, com cada uma, um mês do ano; após três anos, está com trinta e seis filhos. Era "casos" que visavam a demonstrar o "absurdo" da ressurreição.


Os casos citados prendem-se à chamada "Lei do Levirato" (NM 25:1-10): "Se irmãos moram juntos e um deles morrer e não tiver filhos, a mulher do defunto não se casará com gente estranha, de fora; mas o irmão de seu marido estará com ela, recebê-la-á como mulher fará a obrigação de um cunhado, com ela".


Chamamos a atenção do leitor para o que escrevemos atrás (vol. 6): o adultério só existia para as mulheres.


A questão foi proposta, e a resposta aguardada ansiosamente.


Sem alterar-se, diz-lhes Jesus que "não conhecem as Escrituras, pois quando os espíritos se erguem (ressurgem) abandonando os corpos cadaverizados, são COMO os anjos do céu: nem (os homens) se casam, nem (as mulheres) se dão em casamento". Essa resposta, porém, constituía uma afirmativa teórica, que podia ser aceita ou recusada de plano.


Sabendo disso, Jesus traz um argumento irrespondível, citando exatamente uma frase do Êxodo (Êxodo 3:6), pois os saduceus só aceitavam o Pentateuco como divinamente inspirado. Aí se encontra a palavra de YHWH: "Eu sou o deus de Abraão, o deus de Isaac, o deus de Jacob". Ora, os três já haviam morrido, para a Terra. No entanto, YHWH - afirma Jesus de acordo com a crença dos fariseus - não é um deus de mortos, mas de vivos.


A resposta foi tão inesperada e tão fantasticamente irretrucável, que os próprios escribas não puderam conter-se e elogiaram de público o adversário: "Mestre, falaste bem"!


Em Lucas há dois pormenores que chamam a atenção: "os filhos deste eon casam-se... mas os dignos de participar daquele eon e da ressurreição dos mortos, não; pois nem mais podem morrer, sendo QUAIS anjos, filhos de Deus, já que são filhos da ressurreição".


O outro: "Não é Deus de mortos, mas de vivos, pois para ele, todos vivem".


Aprofundemos o estudo dentro do possível.


Aprendamos, primeiramente, a lição que nos é dada a respeito do reerguimento do espírito, após abandonar à terra seu corpo imprestável, na chamada "ressurreição dos mortos" (anástasis ek tõn nekrõn). Note-se, de passagem, que jamais fala o Novo Testamento em ressurreição DA CARNE invenção muito posterior; só fala em ressurreição "dos mortos", valendo esse DOS como ponto de partida, ablativo (em inglês from).


A distinção é feita com a palavra eon (aiôn), opondo-se este eon, ao que vem após, aquele eon: dois estágios da mesma vida contínua, eterna, indestrutível. Neste eon, mergulhados na matéria, há necessidade do uso de uniões sexuais para que se propague a humanidade, evitando o desaparecimento da espécie humana. Imperativo biológico, imposto pela natureza a todos os seres.


No entanto, alguns são dignos de participar daquele eon e da ressurreição dos mortos. Se só alguns são dignos, isto quer dizer quem nem todos o são, e por isso, nem todos ressurgem. Como seria isso?


Sabemos que a grande massa de catalogados como pertencentes à espécie hominal, na realidade ainda não atingiu plenamente esse estágio, pois se acha pouco acima da escala animal não racionalizada.


São seres recém-saídos do reino animal, que "ainda não têm espírito" (Jud. 19), isto é, que ainda não tomaram consciência de serem espíritos, mas se julgam somente "o corpo". Estes, quando perdem esse corpo e o largam no chão da terra, permanecem adormecidos, (como os bichos), com vaga percepção de que existem, mas incapazes de pensar. Apenas "sentem" sensações (etérico) e emoções (astral).


O intelecto não está ainda firmado independentemente. Por isso, vão e voltam de seguida, automaticamente, para reaver outro corpo, para o qual se sentem irresistivelmente atraídos. Isso ocorre com os animais já individualizados e com os seres humanos ainda animalizados, que constituem a imensa maioria da massa terrestre. Ainda "não são dignos", por incapacidade intelectiva á evolutiva de verdadeiramente ressurgir, ou seja, de - fora da matéria poderem levar vida indepente, livre e consciente.


Não se trata, pois somente de dignidade moral, mas de capacidade evolutiva (kataxiôthéntes, de katarióô julgo alguém digno de algo"). Ninguém pode ser digno de receber alguma coisa que não entenda.


Dessa forma não chegam a viver no plano astral: apenas vegetam, aguardando o novo e inevitável mergulho na matéria densa. E não "vivem"; mas continuam "mortos": então, não ressurgiram dos mortos! Incapacidade por atraso, por involução. Não são dignos por não terem aquele mínimo grau de evolução necessária.


Aqueles, todavia, que já alcançaram um grau evolutivo que os faça perceber seu novo estado no mundo astral; aqueles que despertam fora do corpo, consciente de si, e portanto vivem "naquele eon", esses "são dignos de ressuscitar": afastam-se, de fato, de seus cadáveres que debaixo da terra apodrecem, erguem-se (egeírô) realmente do meio dos outros "mortos", e penetram na vida espiritual semelhante à dos mensageiros divinos. Sabem que são filhos de Deus. Sabem que são homens ressuscitados ("filhos da ressurreição"). Sabem que jamais morrerão: estão vendo que não existe a morte. Sabem que não há necessidade, para eles, nesse novo estado, de uniões sexuais, e que todo amor é sentimento, mais que emoção. E sabem que o amor é a chave da vida. Preparam-se, então, para futuros encontros no planeta denso, para recomeçarem suas experiências de aprendizado ou de resgate.


A propósito, encontramos um trecho de um livro ainda inédito do Professor Pietro Ubaldi (cap. 16, "O Meu Caso Parapsicológico", da obra "Um Destino Seguindo Cristo"), que vem confirmar tudo isso.


Escreveu ele: "Nos primitivos não desenvolvidos no supraconsciente, ativos apenas no plano físico, a vida é somente a corpórea e a morte dá a sensação da anulação final, e é, por isso, olhada com terror. Mas isso não quer dizer que eles não sobrevivam. Mas sobrevivem caindo na inconsciência ou ficando com a capacidade de pensar apenas no nível do subconsciente animal, o faz realmente sofrer essa sufocante diminuição vital, que é o que torna terrível a morte. Extinto o cérebro, que era a zona dentro da qual estava limitada toda a consciência que o indivíduo possuía, mentalmente é como se este fosse finito, mesmo que sobrevivam em seu subconsciente resíduos de reminiscências terrestres. Para tais indivíduos, a vida é a do corpo no plano físico, por isso temem perdê-la e, perdida, a procuram, reencar nando-se para tornar a viver no plano físico deles, o único em que se sentem vivos. Pelo contrário, no indivíduo que alcançou desenvolvimento mental e nível de consciência psicocêntrico mais avançado que o normal, a sobrevivência da personalidade, após a morte, advém sem nenhuma perda de consciência, em estado lúcido, sem a sensação da anulação e da morte".


Prossigamos em nosso raciocínio: então, enquanto lá vivem, todos se sentem irmãos, amando-se profunda, sincera e fraternalmente, sem exclusivismos nem ciúmes. Que importa se a mulher pertenceu corporalmente aos sete? Não é mais de nenhum, pois aquele corpo que foi possuído, não mais existe: filha da ressurreição, imortalizada no amor universal, semelhante aos angélicos mensageiros do plano astral, compreende que a união de corpos é totalmente superada quando se perdem esses corpos.


O Mestre, entretanto, reforça sua lição, pois é preciso fixar categoricamente o princípio irrecusável da vida após a morte. E o texto trazido para comprová-lo, jamais fora utilizado pelos rabinos com essa interpretação espiritual. Mas é taxativo.


Quando Moisés, no Sinai, ouve a voz de seu espírito-guia, YHWH, (naquela época o espírito-guia era chamado "Deus", conforme vimos no vol. 5), ele deseja saber de quem se trata. E YHWH, sem zangarse, identifica-se como sendo o mesmo espírito-guia "de teu pai (Amram), de Abraão, de Isaac e de Jacob". Não diz: "FUI o deus de" ... mas diz: "SOU o deus de" ... A diferença é sutil, mas filosoficamente importante: YHWH continua sendo o espírito-guia ou deus de Amram, de Abraão, de Isaac, e de Jacob. Então, eles continuam vivos! Quem se daria ao trabalho de querer guiar algo que deixou de existir (morreu)?


E o acréscimo de Lucas traz um impacto de grandiosidade magnificente e confortadora, numa das mais sublimes lições, que o Cristo jamais deu aos homens: "para Deus, todos vivem".


Vejamos o original: pántes gàr autôi zôsin. Podemos interpretá-la de quatro maneiras diferentes:
a) "pois para ele (Deus) todos vivem (são vivos);
b) "pois todos vivem para ele (Deus)";
c) "pois todos vivem por ele (Deus)" - considerando-se o autôi como dativo de agente; embora só seja este usado, em geral, com verbos na voz passiva no perfeito ou no mais que perfeito ou com adjetivos.

d) "pois todos vivem nele (em Deus)" - caso em que teria que subentender-se a preposição en.


Os dois primeiros significados são traduções literais, rigorosamente dentro da expressão original, sem nenhum desvio interpretativo; e como procuramos manter sempre o máximo de fidelidade ao original, usamos em nossa tradução o primeiro sentido, que é o mais fiel ao texto, inclusive quanto à ordem das palavras.


Há que penetrar, portanto, o significado do texto tal como chegou até nós. E, sem a menor dúvida, para Deus, que é a Vida substante a todas as coisas e a todos os seres, tudo o que existe partilha de Sua Vida, e logicamente vive. A morte seria o aniquilamento, isto é, a não-existência, o nada. E sendo Deus TUDO, o nada não pode coexistir onde o Tudo impera: teríamos que imaginar "buracos vazios" no Todo.


Então, o ensino é perfeito: "para Deus, todos vivem", não importa se revestidos de matéria pesada ou dela libertos em planos superiores de vibração. Este o sentido REAL da frase.


Mas esse mesmo sentido REAL é consentâneo com o ensino que se oculta nessa ideia: "todos vivem EM Deus". Se Deus é a substância última de tudo o que existe (pois só Ele É), concluímos licitamente que tudo existo NELE. Daí a exatidão da frase paulina: "pois todos vivemos nele", embora aí Paulo empregue a preposição: en autôi gàr zômen (AT 17:28), a fim de que o sentido de sua frase não ficasse dúbio, como ficou no texto de Lucas (autor, aliás, tanto do Evangelho quanto dos Atos. Por que, num, teria usado a preposição e no outro a teria omitido?).


Terminada a exposição, procuremos penetrar SENTINDO a sublimidade do ensino, que deve ser sempre repetido, para não correr o risco de ser olvidado e para que aprofundemos dia a dia o alcance ilimitado de sua expressão.


Aprendamos que nossa vida, que se manifesta de fora, é a exteriorização da VIDA interna, que constitui, simplesmente, a expressão do Deus imanente em nós. Anotemos entrementes que não somos privilegiados, nós os humanos. Se a vida é comprovada pelo movimento intrínseco, tudo o que vive, se move por força intrínseca (a força divina); e o corolário brilha legítimo a nossos olhos: tudo o que se move por impulso íntimo, tem vida.


Se outrora, por ignorância científica, nossos ancestrais negavam movimento intrínseco (e portanto vida) às matérias inorgânicas (ferro, ouro, pedra, cobre, etc.), verificamos hoje que a classificação deixou de ter perfeita exatidão, pois desde os átomos, tudo está em celeríssima movimentação por impulso intrínseco; então, os próprios átomos do ferro, do ouro, da pedra, do cobre, etc., têm vida.


Vida própria? Não: vida cósmica, isto é, vida divina, porque a Divindade lhes é a substância última.


Mas também os seres orgânicos, animais e homens inclusive, não possuem vida própria, pois "todos vivem NELE", todos usufruem a manifestação da vida de Deus.


Essa VIDA é a Divindade, o Espírito (-Santo), que se manifesta em Som (Palavra, Verbo, Logos, isto é VERDADE), o qual, por sua vez, se manifesta em movimento intrínseco, que cria e sustenta tudo, ao qual denominamos o CRISTO Cósmico: é o movimento "Permeado" ou "Ungido" (Cristo) pela VIDA VERDADEIRA.


Isso não é criação nossa: o próprio Cristo, manifestado em Jesus, o ensinou quando disse: "EU (o Cristo) sou o CAMINHO DA VERDADE (da Palavra ou Logos) e DA VIDA (Espírito)" (JO 14:6).


É assim que, iluminada pela Luz, a humanidade pode entrever a grande REALIDADE e descobrir o rumo, estabelecer a rota, demarcar o roteiro, e seguir adiante, até atingir a meta: luzes ofuscantes que nos apresenta a Beleza Divina!



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO VI

OS ACONTECIMENTOS EM MOABE

Números 25:1-32.42

A. Os FRACASSOS MORAIS 25:1-18

  1. O Grande Problema de Israel (25:1-5)

Ao longo das gerações, Israel achou difícil guardar o mandamento divino de não se casar com pessoas das terras aonde iam se fixar (Êx 34:12-16; Dt 7:1-6). Logo nos primei-ros contatos com outras nações, "habitandó Israel em Sitim,' começou o povo a prosti-tuir-se com as filhas dos moabitas" (1, ARA). Esta mistura libertina levou os israelitas a pecar em sentido religioso e moral, visto que os fez sacrificar aos deuses de Moabe e a adorá-los.2 Por causa disso, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel (3). Ele ordenou que Moisés enforcasse "os chefes do povo" (4, NTLH; cf. NVI), que eram moral-mente responsáveis. Também instruiu que os juízes matassem todo homem que tivesse se unido ao deus Baal-Peor (5).

  1. Os Envolvimentos com os Midianitas (25:6-9,14,15)

Padrão semelhante se desenvolveu com relação às filhas dos midianitas, conforme representado por esta ocorrência. Um israelita trouxe, ousadamente, uma midianita para apresentar como esposa.' Esta ação foi feita descaradamente, perante os olhos de Moisés e de toda a congregação, mesmo enquanto havia súplicas e orações diante da Tenda do Encontro (6). As orações diziam respeito a uma praga' que estava em anda-mento. De modo ágil, Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, avaliando o grau de seri-edade da situação, se levantou, "pegou uma lança" (7, NTLH) e atravessou a ambos (8). O nome do homem era Zinri e o nome da mulher era Cosbi. Ele era "príncipe" (ARA; cf. NTLH; NVI) da tribo de Simeão e ela era princesa de Midiã (14,15).

  1. Finéias é Recompensado (25:10-13)

Por causa de sua agilidade, zelo, perspicácia espiritual e pronta intervenção a favor de Israel, Deus recompensou Finéias com o concerto do sacerdócio perpétuo (13).

  1. A Autorização de Guerra Contra Midiã (25:16-18)

Por causa desta sedução dos homens israelitas pelas mulheres midianitas, Deus autorizou guerra contra a nação. Afligireis os midianitas e os ferireis (17), ordenou o Senhor. Esta ordem foi executada e registrada no capítulo 31. A severidade deste castigo, ao passo que os moabitas não receberam semelhante punição, pode ser explicada pelo fato de que os midianitas tentaram, de propósito, destruir os israelitas moralmen-te depois de não conseguirem destruí-los por oráculos. Pelo visto, Balaão patrocinou esta sedução (31.16).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
*

25.1-3

Temendo o ataque de vastas hostes de israelitas (22,3) e tendo falhado em impedir o avanço deles por meio de Balaão, os moabitas e os midianitas (por instigação de Balaão, 31.16), em seguida tentaram subverter e assimilar Israel através da idolatria e da imoralidade. Quando o mundo não pode eliminar o testemunho dos eleitos através de um conflito direto, então tenta neutralizar esse testemunho absorvendo os eleitos no mundo. O Israel do Antigo Testamento haveria de sobreviver mediante a separação física de seus vizinhos (Lv 18:24; Dt 7:3; Js 23:12,13), confiando nas promessas divinas sobre a Terra Prometida e sobre o Messias.

O incidente de Baal Peor foi visto mais tarde como sendo um perfeito exemplo das tentações a que o povo em aliança com Deus esteve exposto, por parte dos povos que moravam ao seu redor (Dt 4:3; Js 22:17; Sl 106:28; Os 9:10).

* 25:1

Sitim. A palavra hebraica (referência lateral) identifica a região do outro lado do Jordão, oposta a Jericó (conforme Js 2:1). Ali, a adoração ao deus da fertilidade local se unia à prostituição ritual (vs. 1-3,6).

* 25:3

Juntando-se Israel a Baal-Peor. Desafiando abertamente a aliança estabelecida entre o Senhor e Israel, os israelitas se uniram ao deus falso através de sua adoração idólatra.

* 25:4

enforca-os. Ver nota em Dt 21:22.

* 25:11

animado com o meu zelo. Note o leitor que Finéias é aqui destacado como quem incorporava o próprio zelo de Deus pela pureza de seu povo. Tal zelo mereceu para Finéias a recomendação divina e a promessa de um sacerdócio perpétuo (v. 13). Mais tarde na história dos judeus, Finéias tornou-se um símbolo de lealdade absoluta à lei de Deus (Sl 106:30,31).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
25:1 Este versículo mostra a grande provocação ao que o Israel se tinha que enfrentar. O problema mais perigoso para o Moisés e Josué não era o exército armado do Jericó, a não ser a tentação sutil de formar alianças com as religiões e culturas pagãs dos cananeos.

25:1, 2 A Bíblia não menciona como os homens israelitas se envolveram com a imoralidade sexual. Sabemos que a prostituição sagrada era uma prática comum entre as religiões cananeas. Possivelmente ao princípio não pensaram em adorar aos ídolos, a não ser em ter relações sexuais. Não passou muito tempo sem que começassem a assistir às festas locais e às celebrações familiares que incluíam a adoração de ídolos. Logo estiveram colocados de pés e cabeça nas práticas da cultura pagã. Seu desejo de diversão e prazer os levou a faltar a seu compromisso espiritual. afrouxou você as normas para justificar seus desejos?

25.1-3 Esta combinação de pecado sexual e idolatria, como depois se soube, foi idéia do Balaam (vejam-se 31.16; Ap 2:14), o mesmo Balaam que acabava de benzer ao Israel e que parecia estar de seu lado. É muito fácil entender por que os israelitas se desviaram: Balaam parecia dizer e fazer o correto, ao menos o pareceu por um tempo (22-24). Não foi mas sim até que Balaam ocasionou um grande machuco em suas vidas pessoais e em sua nação que os israelitas se precaveram de que era um homem cheio de avareza que utilizava a feitiçaria e que estava profundamente metido nas práticas de religiões pagãs. Devemos tomar o cuidado de avaliar tanto as palavras como os fatos dos que dizem oferecer ajuda espiritual.

25:3 Baal era o deus mais popular no Canaán, a terra a que o Israel estava a ponto de entrar. Representado por um touro, símbolo de força e fertilidade, era o deus das chuvas e das colheitas. Os israelitas continuamente se sentiram atraídos à adoração do Baal, em que a prostituição jogava um papel importante, durante os anos que estiveram no Canaán. Já que Baal era tão popular, seu nome era utilizado usualmente como nome genérico de todos os deuses locais.

25:6 A frase "trouxe... a seus irmãos" se referia à habitação interior da loja da pessoa. Claramente à mulher a levaram a sua loja para ter relações sexuais. Zimri desprezou a tal ponto a lei de Deus que fez entrar na mulher ao acampamento mesmo.

25:10, 11 Da história do Finees se desprende com claridade que certa ira é adequada e justificada. O estava zangado por seu zelo das coisas do Senhor. Mas como se sabe quando nossa ira é apropriada e quando deve reprimir-se? Pergunte-se isto quando estiver molesto: (1) por que estou zangado? (2) De quem são os direitos que se violaram (meus ou de outros)? (3) Está-se violando a verdade (um princípio de Deus)? Se só forem nossos direitos os que estão em jogo, será mais sábio manter nossos sentimentos de ira sob controle. Mas se a que está em jogo é a verdade, a ira pode ser justificada, apesar de que a violência e a vingança são pelo general uma forma incorreta de expressá-lo (o caso do Finees foi único). Se pretendemos ser mais e mais como Deus, o pecado deve nos incomodar.

25.12-13 O ato do Finees fez expiação para a nação do Israel; o castigo divino cessou. Por causa disto, seus descendentes chegariam a ser os supremos sacerdotes do Israel. Foi assim ao longo da história do tabernáculo e do templo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
H. ISRAEL comete adultério em Moab (25: 1-18)

1 E Israel ficou em Shittim; e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas: 2 pois elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; eo povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses. 3 E Israel se juntou a Baal-Peor:., a ira do Senhor se acendeu contra Israel 4 E disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca -los ao Senhor diante do sol, que a grande ira do Senhor se retirará de Israel. 5 E Moisés disse aos juízes de Israel: Mate cada um os seus homens que se juntaram a Baal-Peor.

6 E eis que um dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita à vista de Moisés e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto estavam chorando à porta da tenda . de reunião 7 Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, viu, ele se levantou do meio da congregação, e tomou uma lança na mão; 8 e foi após o homem de Israel para o pavilhão, e empurrou ambos completamente, o homem de Israel, e à mulher, pelo seu corpo. Então a praga cessou de sobre os filhos de Israel. 9 E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.

10 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 11 Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, em que ele foi zeloso com o meu zelo no meio deles, para que eu consumia não os filhos de Israel no meu ciúme.12 Pelo que dizem: Eis que lhe dou o meu pacto de paz, 13 e ela será para ele e para a sua descendência depois dele, o pacto de um sacerdócio perpétuo; porquanto foi zeloso pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.

14 Ora, o nome do homem de Israel, que foi morto, que foi morto com a midianita era Zinri, filho de Salu, príncipe da casa paterna entre os simeonitas. 15 E o nome da mulher midianita que era mortos era Cozbi, filha de Zur; ele era cabeça do povo da casa paterna em Midiã.

16 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 17 Vex os midianitas, e feri-los; 18 para eles vos afligiram a vós com as suas ciladas com que vos enganaram no caso de Peor, e no caso de Cozbi, a filha do príncipe de Midiã, a sua irmã, que foi morta no dia da praga no caso de Peor.

Não só o povo de Israel cometer adultério com as filhas dos moabitas; eles também cometeu adultério espiritual, ajoelhando-se e adorar os deuses Baal (v. Nu 25:2 ). A ira do Senhor foi provocada contra os líderes de Israel para conduzir o povo à idolatria e adultério. Moisés foi ordenado a executar os líderes que foram responsáveis ​​por esse terrível desenvolvimento. Eles foram a ser executado pendurando antes do sol . Pode-se supor que isso significava que executá-los no lugar mais visível, durante o dia.

A audácia apóstata que algumas das pessoas expressa é visto na situação em que um israelita trouxe uma mulher pagã não limpo para o recinto do local de culto. Tem sido sugerido que a mulher era uma prostituta comum (Vulgata), mas é mais provável que esta era uma união matrimonial. Tal casamento estava em oposição direta à lei de Deus. A gravidade desse delito é visto no fato de que o resto da congregação estava em um estado de humilhação e oração em frente ao tabernáculo. Isso pode ser comparado a um bando de arruaceiros que perturbam um culto na igreja.

Quando o sumo sacerdote viu esta demonstração vergonhosa, ele tomou uma lança e executado tanto o homem quanto a mulher no local (vv. Nu 25:7-8 ). Clarke sugere que esse ato só poderia ser justificada pelas "exigências prementes do caso."

Aparentemente, a execução deste homem e mulher trouxe o assunto a uma conclusão. Vinte e quatro mil pessoas morreram por causa da praga o Senhor havia imposto ao povo por sua conduta vergonhosa (v. Nu 25:9 ). O Senhor olhou para a execução do casal como uma reivindicação do seu juízo. Finéias agiu em nome do Senhor, e, portanto, recebeu Sua aprovação e bênção (vv. Nu 25:11-12 ).

O nome do homem (v. Nu 25:14 ). Pela primeira vez, os nomes do homem e da mulher que cometeu o sacrilégio horrível são dadas. Zinri da tribo de Simeão, o homem, e Cozbi o midianita era a mulher aqui em questão.

Vex os midianitas (v. Nu 25:17 ). Moisés é condenada a se vingar em cheio sobre os midianitas por causa do mal que havia causado. A importação completa deste ataque é dado em 31: 1-20 .


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
  • A vitória de Balaão sobre Israel (Nu 25:0), então ele vem como serpente. Acautele-se contra a ami-zade dos inimigos de Deus! O sorri-so deles é uma armadilha.

    Finéias, neto de Arão, assu-miu uma posição definitiva em favor do Senhor e opôs-se a essa concessão do povo de Deus aos pagãos (2Co 6:14-47). A praga do Senhor já começara. Quando Fi-néias matou o homem e a mulher culpados, a praga cessou, mas não antes Dt 24:0. Precisamos de mais homens corajosos como Finéias, que se candidatem à se-paração e à santidade nesta era em que as pessoas dizem aos cristãos que se tornem amigos de seus ini-migos espirituais.

    É claro que Balaão pensou que os pecados de Israel destruiríam a nação. Esse foi o erro de Balaão mencionado em Jd 1:11 menciona a doutrina de Balaão. Ele aconselhou Balaque a convidar os judeus a mis-turarem-se com os gentios, a casa-rem-se com as moabitas e a partici-parem de suas festas pecaminosas. Esse tipo de "doutrina" nada mais é que concessão. É interessante que a advertência do Novo Testamento conste da carta à igreja de Pérgamo, pois "Pérgamo" significa "casado". Este é o grande perigo de hoje: os cristãos, individualmente, e a igreja (e as denominações), coletivamen-te, esquecem seu chamado para ser separados e juntam-se ao mundo. Isso só pode trazer julgamento.

    Para outras referências a Balaão, vejaDt 23:4-5; Js 24:9-6; Judas 11 e Apoca-lipse 2:14.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
    25.4 Toma todos os cabeças do povo e enforca-os. Isto porque pecaram contra o Senhor. Israel é seduzido à prostituição e à idolatria por causa do iníquo conselho de Balaão 31.16.

    25:6-15 Mostra o zelo de Finéias e como ele expiou o pecado do povo, v. 13. Por este gesto de zelo, Deus confirmou, com concerto de paz, o sacerdócio que já tinha confiado à família de Arão.
    25.8 Então a praga cessou. A retidão de Finéias, futuro sacerdote do Israel, executou a justiça, Sl 106:30, e fez cessar a maldição que, causada pela idolatria do povo, se atribui ao conselho de Balaão que, segundo as tradições israelitas, foi a causa dessa prostituição com a filhas dos moabitas, v. 1;Ap 2:14, Ap 2:20; Nu 31:16. A retidão perfeita de Cristo afasta o julgamento merecido por nós, os que nEle cremos.

    25.11 Meu zelo. Este ato de Finéias revelou que ainda havia entre o povo quem mostrasse zelo pelas coisas de Deus, zelo em vindicar a retidão. Por isso, Deus reconheceu seu ato, ao ponto de o considerar um ato de expiação (v. 13), aliás, a única ocasião descrita do Antigo Testamento na qual um ato, individual, não prescrito pela Lei, foi aceito como uma expiação, que escudou o povo contra a ira de Deus (Sl 106:31).

    25.1.8 O paganismo ao redor de Israel sempre levava o povo de Deus à idolatria. O mundanismo ao redor da Igreja sempre quer levá-la ao caso de Peor e ao caso de Cosbi, ou seja, à impureza da carne e do espírito, 2 Co7.1.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18
    X. NA PLANÍCIE DE MOABE (25.1—27.23)

    1) Israel e as filhas de Moabe (25:1-18)
    a)    Baal-Peor (25:1-5)
    Em Sitim ou Abel-Sitim (conforme 33.49), o último estágio antes de Israel cruzar o rio Jordão, o povo foi seduzido e caiu na adoração imoral dos deuses dos moabitas (v. 2). Somente um deus, Baal-Peor, é mencionado nos v. 3,5. Baal significa “dono”, “senhor”, e a referência aparentemente é a Camos, o principal deus dos moabitas (conforme 21.29). matar, a forma exata da execução não é indicada, diante do Senhor: conforme 2Sm 21:6,2Sm 21:9, i.e., para que ele veja que a justiça foi feita. v. 5.juízes de Israel: cf. Êx 18:25,26.

    b)    Finéias (25:6-9)

    Finéias, o neto de Arão (v. 7), executou sumariamente um israelita e uma mulher moabita — os midianitas e moabitas estavam agindo em conjunto (conforme 22,4) — que diante de todos entraram numa tenda (v. 8), i.e., na parte interna de uma tenda, obviamente com propósito imoral, enquanto o povo estava chorando por causa da ira do Senhor, v. 8. a praga: na realidade, não foi mencionada no trecho anterior (conforme 14.37; 16:48-50). Com base em Dt 4:3, sabemos que todos os homens envolvidos nisso foram eliminados, e, com base em Dt 2:14ss, podemos deduzir que todos pertenciam à nova geração, pois tinham cruzado o vale de Zerede (conforme Nu 21:12). “Com base nesse ato de Finéias e exemplos semelhantes de Samuel (1Sm 15:33) e Matadas (IMac 2.24), os judeus posteriormente elaboraram o chamado “direito do zelote”, zelotarum, de acordo com o qual qualquer pessoa, mesmo que supostamente não fosse qualificada por sua posição oficial, possuía o direito, em casos de qualquer tipo de ofensa destemida às instituições teocráticas, de executar a vingança contra o criminoso” (Keil). Finéias, aliás, veio a ser reverenciado como o arquétipo de zelote de Deus. Em Js 22:30Js 22:31, nós o encontramos com uma atitude mais conciliatória.

    c)    Uma aliança de paz (25:10-13)

    Visto que Finéias afastou a ira de Deus (v. 11; conforme Sl 106:23; Jr 28:20), Deus estabeleceu com ele a sua aliança de paz. Acerca de “paz”, conforme 6.26. Deus fez a ele uma promessa de paz, uma paz garantida por meio da concessão do sacerdócio perpétuo com os seus sacrifícios de propiciação (conforme Jz 20:28). “De acordo com essa promessa, o sumo sacerdócio que passou de Eleazar a Finéias continuou na sua família, com exceção de uma breve interrupção nos dias de Eli, até a época da última dissolução gradual do Estado judeu por meio da tirania de Herodes e de seus sucessores” (Keil).

    d)    Os culpados (25.14,15)
    O casal culpado pertencia à elite. O homem era Zinri, cujo pai era um dos líderes da tribo de Simeão (conforme 1.4). Precisamos observar que os simeonitas tiveram um declínio, no segundo recenseamento, maior do que todas as outras tribos (conforme cap. 26). A mulher era Cosbi, filha de Zur, um dos líderes de Midiã (v. 15,18). Acerca de Zur, conforme 31.8; Js 13:21.

    e) Castigo para os midianitas (25:16-18)
    Os midianitas devem ser castigados (conforme cap. 31). Os moabitas não são mencionados aqui; eles tinham sido motivados pelo medo, mas não havia razão para que os midianitas se envolvessem nessa questão. Podemos concluir também, do fato de que Balaão aconselhou os midianitas (conforme 31.16), que estes foram os principais agentes da perversão de Israel. Também poderiam ter tido mais conhecimento, com homens como Jetro entre eles.

    2) O segundo recenseamento (26:1-65) Daqui até o final do livro, temos os preparativos para a entrada na terra. Nesse capítulo, há um segundo recenseamento. Há semelhanças entre este recenseamento e o do cap. 1, mas há também diferenças marcantes. A nova geração é contada, em parte com propósitos militares (v. 2), mas também visando a entrada na herança da terra prometida. Por isso são mencionados os diversos clãs e são dadas instruções acerca da divisão da terra entre as diferentes tribos (v. 52-56). O aspecto militar é muito mais destacado no cap. 1.

    Algumas tribos cresceram, inclusive as três do acampamento de Judá. A própria tribo de Judá continuou sendo a maior (conforme Gn 49:8

    12). Algumas diminuíram em número, incluindo as três do acampamento de Rúben. O maior crescimento ocorreu em Manassés (mas v.comentário Dt 1:20ss) e o maior decréscimo em Simeão (conforme 25.14), e o decréscimo total foi de 1.820. Conforme comentário Dt 1:20-5.

    O capítulo deve ser comparado com Gn 46, Ex 6 e lCr 4—8. Em alguns casos, foram omitidos alguns nomes, provavelmente porque as famílias tinham desaparecido, e numa série de casos houve diferença de ortografia. Algumas dessas diferenças podem ter surgido no decorrer da transmissão, outras talvez sejam devidas às diferenças comuns na soletra-ção de muitos nomes.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 1 até o 18

    Nu 25:1 mostra que Balaão, que não conseguiu desviar Deus do Seu povo, teve sucesso em desviar alguns dentre o povo de Deus. O Novo Testamento fala de "o caminho de Balaão" (2Pe 2:15), referindose ao seu amor ao "salário da injustiça" (cons. Nu 22:1), e à "doutrina de Balaão" (Ap 2:14), referindo-se a este incidente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 25 do versículo 6 até o 15
    b) O zelo de Finéias (Nm 25:6-15).

    Quando alguém em posição de destaque tem a infelicidade de abonar um crime, é perniciosa a influência que tal atitude pode vir a ter na sociedade. A não se admitir uma intervenção, é o país inteiro que poderá sofrer as conseqüências. Por esse motivo elogiou o Senhor quem tomou ação decisiva nessa emergência. Muitos, porém, zelosos em casos vulgares, talvez ficassem contentes em não ver quando um dos chamados "grandes" está envolvido (14). Mais longe ainda iria tal influência se não o detivessem, tanto mais que não agia em segredo, mas na presença de todos. Finéias cumpria, no entanto, uma missão abençoada por Deus, que visava à salvação do povo. Não era a inveja ou a vingança o móvel de tamanho zelo. Como recompensa, deu o Senhor a Finéias o "seu concerto de paz, e ele e a sua semente depois dele, teria o concerto do sacerdócio perpétuo" (12-13). Se excetuarmos um breve intervalo no tempo dos Juízes, Finéias e os seus descendentes desempenharam sempre as funções de sumos-sacerdotes através de toda a história hebraica. O vocábulo Shalom tem um sentido mais amplo que a nossa palavra "paz", pois envolve uma condição total de prosperidade e de bem-estar. Cfr. Êx 18:7; 1Cr 18:10 etc.


    Dicionário

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    דָּבַר יְהוָה מֹשֶׁה אָמַר
    Números 25: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então, disseH1696 דָּבַרH1696 H8762 o SENHORH3068 יְהוָהH3068 a MoisésH4872 מֹשֶׁהH4872 H559 אָמַרH559 H8800:
    Números 25: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar