Enciclopédia de Números 33:32-32
Índice
Perícope
nm 33: 32
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | partiram de Benê-Jaacã e acamparam-se em Hor-Hagidgade; |
ARC | E partiram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em Hor-Hagidgade. |
TB | Tendo partido de Bene-Jaacã, acamparam-se em Hor-Gidgade. |
HSB | וַיִּסְע֖וּ מִבְּנֵ֣י יַעֲקָ֑ן וַֽיַּחֲנ֖וּ בְּחֹ֥ר הַגִּדְגָּֽד׃ |
BKJ | E partiram de Benê-Jaacã, e acamparam em Hor-Hagidgade. |
LTT | E partiram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em Hor-Hagidgade. |
BJ2 | Partiram de Henê-Jacã e acamparam em Hor-Gadgad. |
VULG | Profectique de Benejaacan, venerunt in montem Gadgad. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 33:32
Referências Cruzadas
Deuteronômio 10:7 | Dali, partiram a Gudgoda e de Gudgoda a Jotbatá, terra de ribeiros de águas. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
A ROTA DO ÊXODO
Não há dúvida de que um êxodo israelita partindo do Egito realmente aconteceu. Contudo, continuam existindo várias e importantes dúvidas históricas e geográficas sobre acontecimentos antes e durante o Êxodo. As dúvidas geográficas receberão mais atenção aqui, mas talvez seja oportuno, primeiro, acrescentar algumas rápidas informações históricas.OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Já na época do "Reino Médio" do Egito, no final da XII dinastia (aprox. 1800 a.C.) ou mesmo antes, um número cada vez maior de asiáticos veio para o Egito e se estabeleceu basicamente no leste do delta do Nilo e na região ao redor.
Os egípcios vieram a chamar essas pessoas de hegaw Whasut, uma expressão que significava "governantes de terras estrangeiras", mas que se referia, mais especificamente, aos governantes procedentes de Canaã que falavam um dialeto semítico ocidental. 13 Empregamos a forma aportuguesada do termo grego usado para descrever essas pessoas: hicsos. Ao longo do século 18 a.C., o poder egípcio foi diminuindo, ao mesmo tempo que o número de hicsos foi crescendo. As estruturas peculiares das construções dos hicsos, a forma de seus objetos cerâmicos e várias práticas sociais e religiosas cananeias refletem uma força relativa e uma independência crescente. Atribui-se aos hicsos introduzirem no Egito várias formas de inovação tecnológica militar, inclusive carros de guerra puxados por cavalos, arcos compostos e aríetes,104 o que os teria tornado uma forca militar ainda mais notável e uma entidade política com autodeterminação. No final, por volta de 1640 a.C., os hicsos se tornaram suficientemente fortes para tomar o controle de quase todo o Egito, constituindo aquilo que, na história egípcia, é hoje conhecido como XV e XVI dinastias Os hicsos se estabeleceram basicamente em Aváris/T. el-Dab'a, no braço mais oriental (Pelúsio) do delta, e ali cresceram e prosperam por cerca de 100 anos.
A independência da cidade durante esse período também se refletiu no amplo alcance de seu comércio, que se estendia pelo Mediterrâneo oriental, o Levante e a Mesopotâmia e, no sul, chegava até a Núbia. Por volta de 1560 a.C. os egípcios saquearam Aváris, a capital hicsa. Não muito depois, os hicsos foram expulsos do Egito por príncipes naturais dali e começou, na história egípcia, o período denominado "Reino Novo". Os faraós do Reino Novo realizaram um esforco concentrado - até mesmo impetuoso - para fazer com que o Egito reunificado ficasse livre de qualquer vestígio de influência hicsa. Até mesmo numerosas campanhas militares foram lancadas contra os hicsos em Canaã e na Síria e, no devido tempo, contra seus aliados asiáticos, em especial os arameus e os mitânios.
A história bíblica e os dados arqueológicos parecem indicar que foi diante de um monarca hicso que José compareceu como intérprete de sonhos (Gn
Essa teoria pode explicar como José - um não egípcio - pôde experimentar uma ascensão política tão meteórica, chegando à posição de vice-regente num país que normalmente exibia uma mentalidade xenófoba e, às vezes, arrogante diante de estrangeiros. De forma semelhante, o faraó acolheu calorosamente a família semítica de José, que vinha de Canaã (Gn
Dando sequência a essa teoria, o "novo rei, que não havia conhecido José [e] levantou-se sobre o Egito" (Ex
O CONTEXTO GEOGRÁFICO
As narrativas bíblicas situam na cidade de Ramessés o ponto de partida do êxodo israelita do Egito (Nm
A Ramessés bíblica tornou-se uma enorme metrópole em expansão, cobrindo uma área de pelo menos 15 quilômetros quadrados no espaço de uns mil hectares.
Na cidade havia um enorme conjunto de prédios régios e religiosos. A maioria foi construída com tijolos de barro (Ex
Partindo de Ramessés, os israelitas chegaram a Sucote (Ex
Já faz muito tempo que estudiosos reconheceram que Sucote é o equivalente Um texto egípcio do século 13 indica que Pitom ficava a oeste de Tieku/Sucote.! Alguns estudiosos têm procurado Tjeku/Sucote em T. el-Maskhuta ' e acreditam que o nome original Sucote se reflita no nome moderno Maskhuta. Se for esse o caso, então T. er-Retaba se torna um excelente candidato para a localização da Pitom bíblica (Ex
A Bíblia diz que os israelitas, que estavam indo embora, foram de Sucote para Eta, às margens do ermo/deserto (Ex
Vindos de Etã, os israelitas chegaram a Pi-Hairote, que, conforme descrição no livro de Êxodo, ficava "entre Migdol e o mar, em frente de Baal-Zefom" (Ex
Onde quer que tenha sido esse lugar, devia ficar bem ao lado da massa de água que Israel atravessou "em terra seca", visto que, de acordo com Exodo, os israelitas ficaram acampados "junto ao mar" (14,26) e, de acordo com Números, logo após partirem de Pi-Hairote, passaram "pelo meio do mar até o deserto" (Nm
É obieto de debate se o nome Pi-Hairote é de origem egípcia (pi(r)-hahiroth significa "casa de Hator" uma deusa celeste egípcia]) ou semítica (com o sentido de "escavar/cortar", o que deixa implícita a localização junto a um canal). Quanto a esta última possibilidade, o mapa apresenta os vestígios de um canal, só recentemente descoberto, que, saindo do lago Timsah, estendia-se até o litoral do Mediterrâneo. Trechos desse canal têm cerca de 70 metros de largura na superfície, cerca de 20 metros de largura no fundo e quase 3 metros de profundidade. Sem dúvida, o canal estava operante na época em que os israelitas saíram do Egito, qualquer que seja a data que se aceite para o Êxodo. Estudiosos concluíram que, embora também possa ter sido construído para navegação ou irrigação, na Antiguidade seu propósito principal era servir de barreira defensiva militar.
Outra indicação de que Pi-Hairote pode ter tido relação com algum tipo de obstáculo defensivo militar é que nos dois relatos do Êxodo ele aparece junto com Migdol (Ex
Um desses lugares fica na área do uádi Tumilat mais a leste, 16 provavelmente bem próximo da moderna 1smaília. Se, depois de T. el-Maskhuta, os israelitas estavam indo na direção leste pelo uádi Tumilat, é de se prever que teriam chegado a Maktar/Migdol.
A Bíblia registra que, logo no início da viagem do Êxodo, Israel foi proibido de ir pelo "caminho da terra dos filisteus" (Ex
Caso não fosse uma rota consagrada, parece que a proibição divina teria sido desnecessária. Além disso, um texto egípcio do século 13 a.C. I8 conta sobre um oficial egípcio que saiu em perseguição de fugitivos que haviam passado por Ramessés, Tjeku/Sucote e Maktar/Migdol - nessa ordem - e então haviam se dirigido para o norte, presumivelmente na direção de Canaã. A probabilidade de que tanto Israel quanto o oficial egípcio tenham passado por três lugares com os mesmos nomes e exatamente na mesma sequência, num intervalo de apenas poucos dias, é grande demais para ser coincidência.
Os dados são um forte indício de que os fugitivos, o oficial egípcio e os israelitas estavam todos seguindo pelo mesmo bem conhecido e bastante usado corredor de trânsito, e - no caso dos israelitas - não era uma alternativa fora de mão, na tentativa de não serem detectados pelo faraó e suas forças. O mapa mostra três dessas vias de trânsito que, saindo do delta, irradiavam para o leste. Do norte para o sul, são:
- (1) " caminho da terra dos filisteus";
- (2) "o caminho de Sur" (Gn
16: );7 - (3) uma estrada que, mais tarde, ficou conhecida como "Darb el-Haj" (uma estrada de peregrinação do Egito até Meca).
Conforme dito acima, Deus excluiu a opção mais ao norte (Ex
OS 1SRAELITAS JUNTO AO MAR
Os israelitas chegaram a uma massa de água onde seriam resgatados e o exército egípcio seria afogado. O Antigo Testamento grego (LXX) identifica essa massa de água como o ervthrá thálassa ("mar Vermelho"), o que tem levado muitos a imaginar que Israel deve ter ficado junto à massa de água que hoje conhecemos pelo nome de mar Vermelho. Contudo, no mundo clássico, quando a LXX foi traduzida, a expressão ervthrá thálassa podia designar não apenas aquilo que, num mapa moderno, seria chamado de mar Vermelho, mas também o golfo Pérsico, o oceano Índico e/ou águas a eles associadas... ou até mesmo todas essas massas de água juntas.!° Parece, então, que os tradutores da LXX empregaram a expressão erythrá thálassa de uma maneira consistente com seu uso em outros textos do mundo clássico (At
A mãe de Moisés pôs o filho num cesto e colocou o cesto no meio dos sûf (Ex
Em egípcio, a palavra tw/fy) frequentemente designava uma região onde havia tanto brejos com papiros quanto pastagens. Com a rota criada devido à localização de Ramessés, Sucote/ Tieku e Migdol/Maktar, parece mais plausível que a travessia milagrosa do "mar" (SI 77.19,20) aconteceu no lago Timsah ou ali perto, onde a artéria de transporte existente (°o caminho de Sur') cruzava uma série de lagos. Mesmo se esforçando para ser ardentemente bíblico nesse ponto, é impossível que se chegue a certas conclusões geográficas indisputáveis nessa parte da investigação.
Contudo, embora a Bíblia forneça bem poucos detalhes relevantes - tanto geográficos quanto logísticos - da travessia milagrosa, o que é claro, mas com frequência ignorado, é o fato de que, ao que parece, a travessia levou bem pouco tempo. Pensa-se que a cronologia dos acontecimentos foi a seguinte:
- 1. os egípcios estavam avançando rapidamente na direção dos israelitas quando "anoiteceu" (Ex
14: ; v. 20b).10-20 - 2. quando Moisés estendeu a mão, veio um forte vento oriental que dividiu as águas "toda aquela noite" e permitiu a passagem dos israelitas (Ex
14: ; cp. 15.8,10);21-22 - 3. na "vigília da manha" (quando a luz matutina começava a aparecer), os carros dos egípcios já estavam atolando no lamaçal (Ex
14: );23-25 - 4. ao "amanhecer" (Ex
14: ; v. 27b), a torrente de água afogou os egípcios no mar.26-28
Parece que os israelitas iniciaram sua travessia depois do pôr do sol e, contudo, quando começava a raiar o dia, na perseguição, os egípcios já estavam tentando atravessar o mar. Isso dá a entender convincentemente que toda a travessia israelita se estendeu no máximo por oito horas.
Os israelitas tinham acabado de ser emancipados da escravidão e haviam deixado o Egito às pressas, com seus rebanhos e manadas (Ex
Tendo experimentado livramento ali na água, em seguida Israel foi orientado a iniciar viagem para o monte Sinai. Bem poucas questões geográficas do Antigo Testamento têm sido objeto de debate mais intenso do que a localização do monte Sinai. Hoje em dia, o monte sagrado é procurado em qualquer uma de três regiões principais:
- (1) em algum lugar no noroeste da Arábia Saudita ou no sul da Jordânia;
- (2) em algum lugar no norte da península do Sinai;
- (3) em algum lugar nas regiões montanhosas de granito, no sul do Sinai.
PROCURANDO O MONTE SINAI NA ARÁBIA SAUDITA/SUL DA JORDÂNIA
Defensores da hipótese saudita/jordaniana destacam três detalhes apresentados na Bíblia. Primeiro, depois de fugir de um faraó que procurava tirar-lhe a vida, Moisés passou a residir na terra de Midia e se tornou genro de um sacerdote que vivia ali (Ex
De acordo com esse ponto de vista, a terra de Midia estava situada exclusivamente a leste do golfo de Ácaba. Afirma-se ainda que a estrutura geológica de montanhas Aninhado abaixo das encostas do jebel Musa ("o monte de Moisés"), fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina.
dentro da própria península do Sinai não favorece atividade vulcânica nem sísmica, ou, pelo menos, não favoreceu atividade recente. E, por fim, esse ponto de vista sustenta que representa a única opção importante para situar o monte santo dentro da Arábia. É muito provável que estudiosos com essa opinião situem o monte Sinai em um dos seguintes lugares: Petra, j. Bagir, i. al-Lawz, j. Manifa ou Hala el-Bedr.
Objeções levantadas a cada um dos três argumentos a favor de uma localização saudita/jordaniana têm diminuído sua força. A tradição bíblica associa Moisés aos queneus (Jz
11) e também aos midianitas. Não se pode afirmar que, antes do período greco-romano, os midianitas nômades ou sua subtribo, os queneus, estivessem confinados em uma só região.
Midianitas residiram dentro do território de Moabe (Gn
A questão da "Arábia" exige esclarecimento adicional.
Quem utiliza o termo atualmente pode se referir ou à Arábia Saudita ou a toda a península Arábica. De modo análogo, referências antigas à "Arábia" podiam denotar áreas diferentes.12 Aliás, em geral o mundo clássico atesta pelo menos cinco regiões distintas conhecidas como "Arábia"125 Em função disso, é essencial que o intérprete moderno entenda que o apóstolo Paulo (Gl
PROCURANDO O MONTE SINAI NO NORTE DA PENÍNSULA DO SINAI
Quando situam o monte Sinai no j. Sin Bisher, j. Magharah, j. Helal, j. Yeleg, j. Kharif, j. Karkom ou na própria Cades-Barneia, defensores da hipótese do norte do Sinai também procuram ancorar seus argumentos na Bíblia. Para começar, o pedido de Moisés ao faraó foi para ir deserto adentro numa distância que levava três dias de viagem (Ex
Vistos no conjunto, esses argumentos parecem bastante fortes, mas, vistos isoladamente, pode-se considerar que não são conclusivos. A proposta dos três dias pressupõe uma interpretação literal da expressão "três dias", o que poderia ser tão provável quanto interpretá-la como um período aproximado ou um exemplo de barganha oriental.
Ela também exige que o destino envolvido no pedido de Moisés fosse o monte Sinai, embora o texto nunca afirme isso. Os destinos propostos no Sinai ficam a pelo menos 120 quilômetros da região de Gósen - uma distância grande demais para cobrir em três dias. Anais desse período em geral indicam que o exército egípcio conseguia cobrir cerca de 24 quilômetros por dia. Os israelitas, com a dificuldade natural representada pelas mulheres, filhos, rebanhos e manadas (Êx 12.37.38: 34.3), não conseguiriam viajar tanto. Hoje a distância média diária que um grupo de beduínos consegue percorrer naquele terreno é de cerca de 9,5 quilômetros. 127 E há, listados, um total de oito acampamentos intermediários entre o livramento de Israel junto ao mar e sua chegada no monte Sinai (Nm
A viagem de Gósen ao monte Sinai aconteceu na primavera (Ex
O lugar do encontro entre os israelitas e os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16) continua envolto num certo mistério, em especial à luz da narrativa de I Samuel 15. Em outras passagens do Antigo Testamento, parece que os amalequitas são encontrados basicamente em regiões no norte. São situados na terra de Edom (Gn
Além disso, vários textos bíblicos dão a entender que o monte Sinai estava separado da região de Cades-Barneia por uma grande distância. No itinerário israelita entre o monte Sinai e Cades (Nm
PROCURANDO O MONTE SINAI NO SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Defensores do ponto de vista do monte Sinai no sul tendem a procurar o monte Sinai no j. Serbal, Ras Safsaf, j. Katarina ou j. Musa. Esse ponto de vista também tem uma tradição antiga e com muitos argumentos em seu Evor: mais de 2.500 inscrições nabateias foram encontradas perto de Serbal, com datas já dos séculos
•Uma tradição crista que remonta ao início da era bizantina reverencia o local do j. Musa ("monte de Moisés"), o que surpreende em vários aspectos. No sul do Sinai, há dez outros cumes mais altos do que o j. Musa, o que os torna escolhas mais prováveis, caso a escolha se desse apenas por acaso ou com base na altitude ou aparência. Na realidade, o contorno da topografia ao redor deixa o pico do j. Musa quase invisível para as planícies próximas e fica claro que o monte não atrai nenhuma atenção. Apesar disso, à época de perseguições romanas no século 3,136 um pequeno grupo de ascetas cristãos estava vivendo no j. Musa e, já no início do século 4, existia um mosteiro no sopé do monte.
A tradição que associa o j. Musa ao monte Sinai merece crédito também porque vai contra a tendência bizantina de estabelecer santuários em locais de fácil acesso a peregrinos cristãos. E, ao contrário de muitos antigos lugares cristãos no Levante, o monte Sinai não está associado ao Novo Testamento, mas ao Deus do Antigo Testamento e aos profetas Moisés e Elias. Ele está bem na periferia da tradição cristã. Como dado adicional que favorece uma localização no sul, alguns lugares ao longo do itinerário israelita até o monte Sinai (Êx 15:22-19,1) e entre o monte Sinai e Cades-Barneia (Nm
1) lembram os nomes de alguns lugares modernos, e a localização de três pontos intermediários de parada necessariamente pressupõe uma rota do sul. Mas é preciso fazer uma advertência. Visto que a maior parte do sul do Sinai nunca foi habitada de forma permanente, não se deve afirmar que todos, a maior parte ou mesmo muitos postos intermediários de parada no itinerário podem ser hoje localizados com precisão geográfica. Os textos bíblicos informam que os israelitas deram nome a alguns dos lugares enquanto passavam por eles (e.g., Mara Êx 15.23]; Massá e Meribá [Êx 17.7]). É óbvio que nomes dados em tais circunstâncias jamais se tornariam permanentes. Entretanto, não há dúvida de que Eziom-Geber (Nm
Parece que a localização da própria Eziom-Geber faria com que a rota norte do Sinai desse uma volta impossível. Pois como alguém explica uma viagem do j. Kharif, j. Karkom, j. Helal, j. Yeleg ou até mesmo do j. Sin Bisher até Eziom-Geber, se o destino do itinerário é Cades-Barneia? Da mesma maneira, se fosse possível comprovar indubitavelmente a identificação de qualquer um dos outros dois lugares (Feiran, Di-Zaabe), a tese saudita/jordaniana também seria considerada geograficamente incoerente. Por isso, a impressão é que a tradicional hipótese sul do Sinai é a mais provável. Parece que é a que tem o máximo em seu favor e nada decisivo contra ela.
SEGUINDO A ROTA DOS 1SRAELITAS
Com base nessa conclusão, é possível reconstruir uma rota israelita plausível até o monte Sinai, então até Cades-Barneia e, por fim, até Sitim. Do lugar em que foram livrados do Egito, é provável que os israelitas tenham seguido para o sul, pela estrada costeira a leste do golfo de Suez, indo por toda ela até a foz do uádi Feiran, ao longo do qual havia uma série de oásis e poços para fornecer água.
Uma rota alternativa pelo uádi Matalla os teria levado para o interior do continente, em um ponto logo ao sul da moderna Abu Zeneimeh, passando por Serabit el-Khadim e, em seguida, indo numa diagonal rumo ao sudeste, até encontrar o uádi Feiran, perto de Refidim. Essa é, porém, uma alternativa extremamente problemática, tanto do ponto de vista histórico quanto do geográfico.!# Por sua vez, o uádi Feiran (também conhecido em seus trechos superiores como uádi Sheikh) é uma passagem bem larga, contínua e com subida suave, que atravessa a região de granito, a qual, pelo contrário, é irregular e um pouco íngreme; o uádi Feiran é todo assim até o passo de Watiya. Seguindo pelo passo de Watiya, os israelitas então teriam dobrado para o sul e saído diretamente na planície de er-Raha, localizada logo ao norte do j. Musa.
Mais tarde, quando partiram do monte Sinai rumo a Eziom-Geber e além, o uádi Nasb teria sido uma escolha excelente. Seguindo o curso desse uádi isolado, que era contínuo e com descida suave, até o ponto de sua desembocadura, perto da moderna Dahab, os israelitas teriam passado por uma rede de oásis,45 dos quais o mais proeminente era Bir Nasb. Com relativa facilidade, teriam conseguido atravessar a barreira montanhosa que corre longitudinalmente ao longo do leste da península e flanqueia o golfo de Ácaba. E, então, chegando ao golfo, teriam caminhado para o norte, entre a serra e o golfo, de novo passando por vários oásis, inclusive o Nuweiba - o maior e mais fértil oásis de todo o Sinai oriental - até que, por fim, chegassem a Eziom-Geber.
A partir dali, o mais provável é que os israelitas teriam seguido na direção noroeste, indo por uma estrada hoje conhecida como Darb al-Ghazza, rumo a Cades-Barneia (Ain Qadeis). Foi de Cades-Barneia que doze homens foram enviados para entrar em Canaã e espionar ali (Nm 13). Quando a maioria daqueles homens apresentou um relatório sem fé e negativo, aceito pela comunidade de Israel (Nm
Quando, finalmente, os israelitas partiram de Cades e estavam a caminho de Sitim, o rei de Edom não permitiu que fossem por Punom, um passo que atravessa as montanhas de Edom até chegar à "Estrada Real" (Nm
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
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COLETÂNEA DE FATOS DIVERSOS
A. Os ACAMPAMENTOS DO EGITO A CANAÃ, 33:1-56
1. Introdução (33:1-4)
Este capítulo faz uma lista dos "estágios" (RSV) das jornadas dos filhos de Israel (1) do Egito às planícies de Moabe, de onde entraram em Canaã sob o comando de Josué. Sem contar o ponto de partida e o último acampamento próximo do rio Jordão, há 40 lugares em que os israelitas pararam.
Não eram nomes de cidades existentes ou de marcos distintos. Eram, em muitos casos, nomes dados aos lugares na ocasião em que acamparam com o propósito conheci-do apenas pela própria congregação.' Por conseguinte, a identificação dos locais em sua maioria foi logo apagada depois que levantaram acampamento. Pelos dados que temos não é possível refazer o itinerário certo ou detalhado destas viagens. Esta impossibilida-de aflige o historiador hodierno que gosta de determinar com precisão todo lugar e toda ocorrência. Porém, o relato da viagem longa e dificil de Israel desde o Egito até Canaã é confiável e a rota pode ser suficientemente estabelecida para dar as direções gerais.
A tradição judaica proporciona ajuda considerável concernente ao propósito deste registro dos "estágios" da jornada.' Foi escrito para servir de memorial de interesse histórico e de profunda significação religiosa. Toda viagem e todo ponto de parada dão indicações de ensino, advertência ou incentivo para Israel. O Midrash diz: "Pode ser comparado a um rei que levou o filho doente a um lugar distante para ser curado. Na viagem de regresso, o rei recontaria afetuosamente ao rapaz todas as experiências por que passaram em cada um dos lugares em que pararam. 'Neste lugar, dormimos; naquele, nos refrescamos do ca-lor do dia; no outro, você teve terríveis dores de cabeça!' Israel é o filho de Deus de quem Ele tem compaixão, como um pai que se compadece do filho".
O crédito pelo registro é dado a Moisés, mas foi o SENHOR (2) o Comandante da viagem. O ponto de partida foi Ramessés (3; ver Mapa 3). A data foi no dia quinze do primeiro mês, no dia seguinte à Páscoa. A partida de Israel foi pública, feita por alta mão' (cf. Êx
Segundo os seus exércitos (1) é com mais precisão "grupo por grupo" (NTLH).
Houve 11 acampamentos neste trajeto da viagem. Este trecho está relacionado com o cenário histórico de Êxodo
Houve 21 acampamentos durante a viagem do Sinai até à chegada final em Cades (36). Muitos destes nomes, mais numerosos que os dos outros dois trechos da viagem, não são identificáveis em termos da geografia moderna. Treze dos lugares não são men-cionados em outro lugar da Bíblia. Este período abrange a viagem inicial do Sinai (16) a Cades (provavelmente o mesmo que Ritma, 18; cf. 12.16; Dt
Esta seção começa com a repetição de 20:22-29. Acrescenta a informação da idade de Arão (39) quando morreu. Há diferenças entre esta passagem e o registro de 21:4-20, as quais não podem ser devidamente explicadas. É provável que o propósito inicial não fosse fazer um registro completo. Cada relato foi preparado de acordo com determinada estrutura conceitual, e ambos são necessários para compor a visão geral.
Na véspera da entrada de Israel em Canaã, o Senhor dá a ordem: Tomareis a terra em possessão e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para pos-suí-la (53). A pena por não a cumprir era séria: Se não as lançardes fora, então elas serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas costas (55). A história nos conta que o ideal não foi alcançado e esta profecia se tornou realidade. Deus fizera a Israel como (56) pensara fazer a Canaã. Esta é, provavelmente, referência ao cativeiro na Babilônia.
Parte vital desta ordem se relacionava com a destruição total dos instrumentos cananeus de adoração: as figuras ("pedras com figura", ARA), as imagens de fundição (supostamente feitas à semelhança dos seus deuses) e os lugares altos (52) de adoração. O sucesso em permanecer na terra e cumprir o propósito de Deus para eles dependia de se manterem livres da adoração idólatra dos povos aos quais conquistavam. A história nos informa que, em muitos casos 1srael também fracassou neste ponto.
Estas ordens se baseavam no fato de que Deus lhes dera a terra para possuí-la (53). Uma vez mais, Deus assegura que as famílias e as tribos ("as tribos e os grupos de famílias", NTLH) seriam estabelecidas por tamanho e por sorte em regiões de Canaã (cf. Nm
Genebra
33:3-4
Estes versículos oferecem um resumo vívido da partida dos israelitas do Egito.
* 33:4
todos os seus primogênitos. Ver Êx
contra os deuses... juízos. Ver nota em Êx
* 33.5-48
Muitos dos nomes desta lista podem representar acampamentos no deserto que desde então desapareceram. Quanto a outras menções, ver as referências cruzadas.
* 33:31
Benê-Jaacã. Ver Dt
* 33:36
deserto de Zim. Ver 13.21.
* 33:44
Ijé-Abarim. Ver 27.12.
* 33:52
desapossareis... todos os moradores. Deus ordenou aqui o extermínio completo dos cananeus e a destruição de todos os sinais externos da idolatria, conforme tinha sido feito aos midianitas (cap. 31).
* 33:53
nela habitareis. Deus estabeleceu aqui regras para a ocupação da terra, lembrando desta forma as ordens dadas em 26:52-56.
Matthew Henry
Wesley
Tempo é levado agora para fazer uma transcrição histórico escrito da jornada de Israel do Egito para a sua localização atual. Muitas implicações e aplicações espirituais podem ser extraídas dessa jornada no deserto. Um estudo dos lugares, pessoas e coisas mostra significado espiritual definitiva.
1. Egito . A terra do Egito era a terra de Cão, o que significa a frase descritiva, "preto como o pecado" é bem conhecida e aplica-se muito bem para o Egito desde que o nome é sinônimo de pecado ("black". Ap
2. Faraó . Este rei egípcio governou o Egito com mão de ferro. Uma imagem de projetos satânicos é apresentado em Ex
3. Os Filhos de Israel . Os filhos hebreus tipificam as pessoas que se tornam insatisfeitos com o salário do pecado e honestamente longo de uma vida melhor. Quando as pessoas estão prontas para abandonar o pecado para a justiça, há sempre um grande líder, que está pronto para levá-los do Egito para Canaã. "Quem quiser pode vir." Mesmo um pecador é importante o suficiente para o Guia do Céu para conduzir um êxodo para a terra prometida. Nosso Senhor não só nos livra do Egito, mas Ele vai conosco a cada passo do caminho.
4. Moisés . Moisés é um tipo de Cristo, que leva as pessoas para fora da terra do pecado. Ele foi dada ao povo no momento certo, assim como Cristo veio quando o Moisés é comparado a Cristo, o Grande Libertador "plenitude do tempo foi a chegar." (Dt
Moisés foi rejeitado pelo seu povo. Quando Moisés recebeu o chamado para o serviço, ele disse: "eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: O Senhor não te apareceu" (Ex
Deus enviou credenciais com Moisés para que as pessoas possam saber que ele foi enviado de Deus. Os milagres que Moisés realizados foram parecido com os milagres de Cristo. Os milagres de Cristo, como os de Moisés, tinham a intenção de dar crédito a Sua missão divina.
Do desejo dos hebreus para sacrificar a Deus, aprendemos que não podemos construir o nosso altar de adoração na "terra do pecado." Faraó queria que eles oferecem seus sacrifícios dentro de suas fronteiras. Moisés foi divinamente obrigados a ir "três dias de viagem" da terra.
É também necessário para os verdadeiros crentes para sair da "amizade com o mundo é inimizade contra Deus" ("Egito". 1Jo
5. As imitações de Faraó . Faraó chamou seus mágicos juntos, e eles duplicado muitos dos milagres. Satanás também tem uma falsa religião, e suas fronteiras correr tão perto do verdadeiro que muitos são enganados. Satanás é religioso, e, desde que ele pode manter as pessoas satisfeitas com um humanista, marca racionalista da religião que ele está feliz. Imitando a coisa real é muito mais eficaz do que a infidelidade a título definitivo. Religião com alguma aparência de realidade é sempre perigoso, porque não há verdade nele o suficiente para torná-lo atraente. Deus quer totalmente cristãos comprometidos. Compromisso não é no livro de regras do verdadeiro crente. Sem compromisso Moisés declarou o caso com clareza e ao ponto: "Não será uma unha ficará" (Ex
. 6 A Páscoa (Ex
. 9 The Wilderness (Ex
O Senhor ordenou aos israelitas que fazer um trabalho completo de dirigir os cananeus da terra. É bastante provável que eles tinham ganhado a posse da terra pela força cada vez mais cedo, e eles estavam a sofrer o mesmo tratamento que eles imposta antigos habitantes.
A natureza depravada dos cananeus tornou-se necessário que eles sejam removidos da terra por medo de infectar o povo de Deus com a sua lasciva e sensual adoração das forças reprodutivos da natureza. Incluem-se nesta adoração cultual era prostituição templo e imoralidade do tipo mais depravado. Clarke faz o seguinte comentário:
Tem sido comum entre os homens piedosos considerar esses cananeus remanescentes na terra, como emblemas do pecado que habita; e deve-se admitir que o que esses remanescentes cananeus eram para o povo de Israel, que eram desobedientes a Deus, como é pecado interior a todos aqueles que não terão o sangue da aliança para purificá-los de toda injustiça. Por um tempo, enquanto que a consciência é concurso, essas pessoas sentem-se angustiados em todos os seus passos, prejudicado em todos os seus serviços religiosos, e angustiado além da medida por causa da lei-a autoridade eo poder do pecado, que se encontram em guerra em seus membros: por e pelo olho da sua mente torna-se obscurecida pelos piercings constantes do pecado, até que, finalmente, fatalmente convencido de que o pecado deve habitar neles enquanto eles vivem, eles acomodar as suas mentes para a sua situação, suas consciências perdem o seu curso, e eles se contentam em esperar a redenção onde e quando ele nunca foi prometido, ou seja, além do túmulo!O sistema cananeu de adoração era idolatria do tipo mais vil. Muitos tipos de sensuais e sexuais símbolos, imagens e objetos caracterizada seu ritual. Representações dos órgãos sexuais masculinos (chamados pólos) foram afixados em "High Places", onde o culto foi realizado diante. O ato sexual tornou-se uma espécie de abertura simpático aos deuses da natureza, que por sua vez eram esperados para fazer a terra fértil e os animais produtivos. Todos esses objetos ritualísticos fosse completamente destruída, e os habitantes deviam ser expulsos. O Senhor adverte as pessoas de que elas sofrerão consequências graves se não seguir as ordens explícitas. Se os cananeus são autorizados a permanecer eles serão como picadas nos olhos e espinhos em seus lados. Essas metáforas e figuras de linguagem transmitir a advertência de que, se eles permitirem esses idólatras depravados a permanecer na terra que vai ser atormentado e assediado por todos os lados.
Wiersbe
Nu 35:16-4 deixa claro que Deus considera o assassinato (com intenção deliberada) e o ho-micídio culposo (por acidente) duas coisas distintas. Nas leis modernas, seguimos essa distinção. Quando o assassino tem intenção delibera-da de matar, ele tem uma história de ódio com a vítima. Contudo, a pessoa que mata outra por aciden-te não tem intenção assassina. Ela merece o direito de apresentar seu caso e de salvar sua vida. Esse era o objetivo das cidades de refúgio. O homicida tinha de fugir para a ci-dade de refúgio mais próxima, em que os anciãos poderíam encontrá- lo, ouvir seu caso e presidir o jul-gamento. Se eles decidissem que a pessoa era culpada, enviavam-na à autoridade adequada e, depois, matavam-na (Dt
- O sentido do tipo
Essas seis cidades de refúgio são um belo símbolo de Cristo, em quem *nos refugiamos [...] para tomar posse da esperança a nós proposta" (He 6:18, NVI).
- As cidades eram designadas por Deus
Era um ato de graça, pois todos os homens são pecadores e merecem morrer. Moisés não escolheu as ci-dades, pois a Lei não pode salvar qualquer um. Essas cidades não eram designadas por sacerdotes terrenos, embora fossem cidades sacerdotais. O coração amoroso de Deus designava as cidades e enviava o Messias. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" Jo
- As cidades eram anunciadas na Palavra
Js
- As cidades eram acessíveis a todos
Se você consultar um mapa da terra santa, verá que as seis cida-des estão arranjadas de forma que nenhuma das tribos ficasse muito distante do lugar de segurança. Ao norte do lado ocidental do Jordão, ficava Quedes; na área central, Si- quém; e Hebrom, no sul. Do lado oriental do rio (em que Rúben, Gade e Manassés escolheram se estabelecer), estava Golã ao norte, Ramote na parte central e Bezer ao sul. Essas cidades eram acessíveis. Algumas delas estavam localizadas em montes, para que ficassem até mais proeminentes. A tradição diz que os sacerdotes cuidavam para que as estradas de acesso a essas seis cidades estivessem sempre em bom estado, como também eles punham sinalizadores para guiar os fugitivos. Os rabis também dizem que nunca se fechavam os portões dessas cidades. Que imagem de Cristo! Com certeza, o caminho para a cidade é iluminado! Nin-guém precisa perguntar-se quem é o Salvador ou como chegar a ele, pois vamos a ele por meio da fé. Ele nunca rejeitará nenhum peca-dor (Jo
- As cidades eram adequadas para satisfazer o necessitado
Enquanto o assassino permanecesse na cidade, estava seguro. Ele era libertado quando o sumo sacerdote morria. Isso não indica que podemos "deixar Cris-to" e perder nossa salvação, pois não construímos nossa doutrina a partir de tipos; antes, interpretamos os tipos com base nas doutrinas. O verdadeiro cristão não perece nunca, mas, quan-do deixa de "permanecer em Cristo", ele abre a porta para o perigo espiritu-al e físico. Nosso Sumo Sacerdote não morrerá nunca, e, porque ele vive, nós também vivemos.
Pondere sobre os nomes das cidades a fim de ver a suficiência de Jesus Cristo para satisfazer todas as nossas necessidades. Quedes significa "retidão", e essa é nossa primeira necessidade. Quando va-mos a Cristo, ele nos dá sua retidão e perdoa todos os nossos pecados (2Co
Observe que se diz ao assassi-no que fuja para a cidade. A pessoa não pode se dar ao luxo de demorar! E hoje, também, o pecador perdido não pode dar-se ao luxo de demo-rar a fugir para o único refúgio que existe, Jesus Cristo.
- O sentido dispensacional Alguns estudiosos vêem nessas ci-dades um retrato de Israel e sua re-jeição a Cristo. Israel matou Cristo por ignorância e cegueira (At
3: ). Ele é um "tipo" para os judeus que serão salvos no futuro, pois verão Cristo em glória, da mesma forma que Paulo o viu (Atos 9).14-44
Russell Shedd
33.2 Escreveu Moisés. O itinerário das viagens foi escrito por Moisés "conforme ao mandado do Senhor"; esta é uma das muitas instâncias que nos dão a entender que os cinco livros de Moisés foram, realmente, documentos contemporâneos escritos pelo próprio punho de Moisés, Êx
1) Uma triste lembrança do pecado: o histórico das peregrinações no deserto é algo que a obediência teria evitado, 14:21-23;
2) Uma solene lembrança da disciplina. Passo a passo, Deus tinha disciplinado o povo, provando, guiando, treinando, avisando e ensinando. O futuro seria igual aos amargos anos de deserto se o povo não aprendesse a ficar fiel a Deus, vv. 5-56;
3) Uma esplêndida lembrança da fidelidade de Deus, em nunca abandonar o povo que lhe tinha sido tão infiel, compare 2Tm 2:13. Esta fidelidade imutável de Deus é o refúgio seguro dos crentes, Ml
33.5 Sucote. Quer dizer "Barracas", as casas dos israelitas no decurso das suas peregrinações, ou seja; os "Tabernáculos".
33.7 Migdol. Quer dizer "Torre", na fronteira do Egito, o último obstáculo transposto, antes de chegarem ao Mar Vermelho.
33.9 Mara. Quer dizer "Amargo", o lugar onde a água era impotável, Êx
33.10 Junto ao Mar Vermelho. Agora o obstáculo seria visto do outro lado, o lado da segurança da vitória, da gratidão a Deus. Todos os obstáculos da vida devem ser tratados assim pelos crentes que são mais do que vencedores em Cristo, Rm
33.14 Refidim. Quer dizer "Expansões", o primeiro dos dois lugares onde Moisés recebeu água da rocha, Êx
33.15 Sinai. Foi ali que o povo recebeu os Dez Mandamentos, Êx 20.
33.16 Quibrote-Hataavá. Quer dizer "Os Sepulcros da Concupiscência", onde o apetite carnal dos israelitas superou o desejo de serem independentes e herdeiros da Terra Prometida. Nu 11:31-4.
33.36 Cades. Foi daqui que os espias rebeldes saíram
33.39 A morte de Arão era tão importante que exigiu uma pausa na narrativa da marcha dos israelitas para a Terra Prometida. A marcha dos crentes para a Herança Eterna, também tem significado: comprova a imperfeição e mortalidade que acompanhavam o antigo sacerdócio,He 7:8-58, leva-nos, portanto, a confiar no Sacerdote Eterno, Jesus Cristo, Hb
33.40 O cananeu. Esta tribo consta como uma das sete nações pagãs que habitavam em Canaã, e este rei derrotado serve para representar todos aqueles que tentaram barrar o caminho dos israelitas para Canaã, dos quais alguns se descrevem em Nm 21.
33.49 Junto ao Jordão. Finalmente, o povo de Israel estava mobilizado ao longo da fronteira natural de Canaã, o rio que haveria de atravessar. Chegaram ao lugar da obediência, da esperança e do desafio à coragem e à fé. É interessante notar que a marcha descrita nos vv. 5-49 é uma marcha que deixa de mencionar os quarenta anos de desobediência durante os quais o povo ficou no deserto até a morte de uma geração. 33:50-56 A partilha da terra de Canaã deveria ser justa e eqüitativa, de acordo com o tamanho da tribo; sendo a subdivisão de cada porção, distribuída por sortes entre as várias famílias que existiam em cada tribo. Os habitantes da terra deveriam ser eliminados juntamente com seus ídolos, para não tentarem aos israelitas, um espinho ao seu lado. • N. Hom. O trigésimo quarto capítulo descreve para nós:
1) A promessa da dádiva de Deus, cujo desfrutar já podemos antecipar, v. 1;
2) A garantia que Deus dá com respeito à herança futura, v. 13;
3) O cuidado de Deus em dividir esta herança segundo as necessidades humanas;
4) O método de Deus, de distribuir Suas bênçãos pelas mãos de um sacerdote e de um líder, que são tipos do Senhor Jesus Cristo, dAquele que nos dá a nossa herança eterna, Ef
NVI F. F. Bruce
O capítulo é um itinerário da caminhada de Israel desde o Egito até as campinas de Moabe. E puramente factual, não havendo nenhuma menção de fracasso e nenhuma referência à geração incrédula.
Com as exceções prováveis do incidente do homem recolhendo lenha no sábado (cf. 15:32-36) e a rebelião de Corá (conforme o cap. 16), essa é toda a informação que temos dos 38 anos da peregrinação.
A referência à terra em 15.2 implica que as ofertas aí mencionadas não foram apresentadas no deserto (conforme 28.6). Sabemos que a circuncisão foi abandonada (conforme Js
“O número de estações, ou etapas, que é muito pequeno em relação aos 37 anos (somente 17 de Ritmá ou Cades até Eziom-Geber), é prova suficiente de que a comunidade de Israel não ficou constantemente vagueando durante todo aquele tempo, mas pode ter permanecido em muitos dos lugares de acampamento, provavelmente aqueles que forneciam provisão farta de água e pastos, não somente por semanas e meses, mas até por anos. O povo espalhava-se por todos os lados em torno do lugar do tabernáculo, fazendo uso dos meios de sobrevivência que o deserto oferecia, e se reunindo novamente quando havia escassez, com o propósito de ir adiante e buscar em outro lugar um espaço adequado para um novo acampamento” (Keil). Muitos lugares mencionados no capítulo não foram identificados.
As etapas podem ser divididas da seguinte maneira:
a) Do Egito até o Sinai (33:3-15)
b) Do Sinai até Ritmá (Cades) (33:16-18)
c) De Ritmá até Cades (anos de peregrinação) (33:19-36)
d) De Cades até Sitim (33:37-49)
No v. 2 observe a referência à autoria de Moisés, v. 3. Ramessés: conforme Êx
v. 16. Quibrote-Elataavá: conforme 11.34. Acerca da omissão de Taberá, conforme 11.3. v. 17. Hazerote. conforme 11.35. Era um “povoado no extremo norte do atual golfo de Acaba” (NBD). A maioria das cidades entre Hazerote e Moserote (v. 30,31) não podem ser identificadas, v. 18. Ritmá: provavelmente Cades. Conforme 20.1.
v. 23. monteSéfer. Conder (no artigo “Wanderings” [Peregrinações] na ISBE, p. 3.067
8) identifica Séfer com um local a 95 quilômetros de Hazerote. v. 30. Moserote: conforme 20.22 e Dt
48.22). v. 47. montes de Abarim: conforme 21 AZ. Entre o v. 45 e o v. 49 são mencionadas quatro etapas que cobrem uma distância de aproximadamente 40 quilômetros, enquanto em
21:13-20 “lemos acerca de um avanço mais gradual e cuidadoso na terra dos amorreus” (C. R. Conder, ISBE, p. 3.069). v. 49. Bete-Jesimote: conforme Ez
XIV. ORIENTAÇÕES COM VISTAS À ENTRADA NA TERRA (33.50—36.13)
1) A destruição dos habitantes da terra e de seus ídolos (33:50-56)
v. 52. expulsem: i.e., ao destruí-los (conforme Dt
7.1,2). imagens esculpidas: conforme Lv
Francis Davidson
Esta enumeração resume as etapas descritas em Êx
Dicionário
Acampar
verbo transitivo Militar Estabelecer, instalar em um campo.Instalar-se de maneira provisória (na praia, no campo).
Bene
hebraico: filhoBené
-Hor
1. Montanha na fronteira de Edom, geralmente identificada com Jebel Nebi-Harun, ao sudeste de Petra – mas preferem alguns a identificação com Jebel Madura, ao noroeste de Edom. Foi uma das estações dos israelitas, quando eles andavam na sua peregrinação pelo deserto – e ali morreu Arão, sendo lá o lugar da sua sepultura (NmHor [Montanha] - Monte situado em Edom, onde Arão foi enterrado (Nu 20:22).
Jaacã
-Torcedor
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בְּנֵי יַעֲקָן
(H1142)
חָנָה
(H2583)
uma raiz primitiva [veja 2603]; DITAT- 690; v
- declinar, inclinar, acampar, curvar-se, pôr cerco a
- (Qal)
- declinar
- acampar
חֹר הַגִּדְגָּד
(H2735)
נָסַע
(H5265)
uma raiz primitiva; DITAT - 1380; v
- arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
- (Qal)
- arrancar ou puxar para cima
- pôr-se a caminho, partir
- pôr-se a caminho, marchar
- ir em frente (referindo-se ao vento)
- (Nifal) ser arrancado, ser removido, ser tirado
- (Hifil)
- fazer partir, levar embora, levar a mover-se bruscamente
- remover, extrair